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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Laboratório de Geotecnia e Pavimentação (LAPAV)

LIGANTES ASFÁLTICOS E CAMADAS DE


PAVIMENTOS


Prof. Ricardo Melo
UFPB/CT/DECA/LAPAV. Disciplina (código): Pavimentação (1703194) – Materiais para pavimentação: asfalto. Prof. Ricardo Melo 2

REFERÊNCIAS
● DNIT. Manual de Pavimentação. 3ª. Ed.. Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes. Rio de Janeiro. 2006.
● Bernucci, L. B. et al.. Pavimentação asfáltica: formação básica
para engenheiros. 3ª. Reimpressão. PETROBRÁS – Petróleo
Brasileiro S/A / ABEDA – Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Asfalto. Rio de Janeiro. 2010.
● Senço, W.. Manual de Técnicas de Pavimentação. Ed. Pini. São
Paulo. 1997.
● Guarçoni, D.. Materiais, misturas asfálticas e reciclagem de
revestimentos. Manual do aluno. Vol. 1: Misturas betuminosas.
DNIT. Rio de Janeiro. 2009
● Páginas na internet. Diversas.
3

"Faze para ti uma arca


da madeira de gofer;
farás compartimentos na
arca e a betumarás por
dentro e por fora com
betume." Gênesis 6:14

Fonte: https://www.bibliaonline.com.br/acf/busca?q=betume; http://tukakubana.blogspot.com.br/2010/01/arca-de-noe-eraredonda.html. Acesso em 13/08/2017.


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Margarina Leite

Maionese caseira

O que isso
tem a ver?

Fonte: http://aldeiatem.com/uploads/midias/0a3f06d69b237564557ea009f08b9815.jpg [2017?]; http://nadafragil.com.br/wp-content/uploads/213.png [2017?]; http://sfagro.uol.com.br/wp-content/uploads/


2016/06/1306_leite_vaca.jpg (2016). Acesso em 13/08/2017; http://cozinhalegal.com.br/receita/336/Maionese-caseira-em-30-segundos. Acesso em 25/07/2018.
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Asfaltos natural e destilado do petróleo


Trinidad e Tobago

Fonte: http://www.richard-seaman.com [2013?]; http://www.icarito.cl/ [2013?]


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PORQUE A PREFERÊNCIA PELOS


PAVIMENTOS ASFÁLTICOS?
● Adesividade asfalto-agregados

● Impermeabilidade

● Durabilidade da mistura e manutenção das


propriedades do asfalto por anos

● Resistente à ação de ácidos, álcalis e sais

● Possibilidade de trabalho a diversas temperaturas

● Preço competitivo e vantajoso


Fonte: Senço (1997); Bernnuci et al. (2010)
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DEFINIÇÕES

● Betume: mistura de hidrocarbonetos solúvel em


bissulfeto de carbono
● Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do
petróleo de forma natural ou por destilação, cujo
principal componente é o betume, podendo ainda
conter oxigênio, nitrogênio e enxofre em pequena
porcentagem
● Alcatrão: designação genérica de um produto que
contém hidrocarbonetos, que se obtém da queima
ou destilação destrutiva do carvão, madeira, etc...

Fonte: Bernnuci et al. (2010)


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Ligantes asfálticos para pavimentação

Cimento asfáltico de petróleo (CAP) Asfalto diluído de petróleo (ADP)

Emulsão asfáltica de petróleo (EAP)


Fonte: http://www.vaasphalt.org/wp-content/uploads/2013/05/liquid-asphalt.jpg; http://www.myasphaltpavingproject.com/wp-content/uploads/2011/07/PG-52-34.jpg; Acesso em 13/08/2017.
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CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO


(CAP)
● Ligante asfáltico (asfalto ou betume)
○ Brasil e EUA: asfalto Margarina
○ Europa: betume
○ Produto da destilação do petróleo no qual são
separadas as frações leves por vaporização,
fracionamento e condensação, com poder
impermeabilizante e aglutinante, composto por
mínimo de 99,5% de betume
● Características organolépticas
○ Estado: semissólido à baixa temperatura
○ Cor: preta brilhante
○ Odor: inodoro
Fonte: Guarçoni (2009); transportes.ime.eb.br (2008)
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ASFALTO DILUÍDO DE PETRÓLEO


(ADP) ou “cutback”
● Diluição do CAP por solvente derivado
de petróleo, com volatilidade adequada
● Tipos de solventes
○ Cura rápida (CR): gasolina ou nafta
○ Cura média (CM): querosene
● Diluente funciona apenas como veículo para
proporcionar produto menos viscoso
● Segunda forma de avaliação
○ Início da faixa de viscosidade cinemática de
aceitação em cada classe: CR250.
Fonte: Bernnuci et al. (2010) ;Guarçoni (2009); transportes.ime.eb.br (2008)
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EMULSÃO ASFÁLTICA DE
PETRÓLEO (EAP)
● Emulsão: dispersão estável de dois ou
Leite
mais líquidos imiscíveis.
● Combinação de CAP, água e
emulsificante obtido em emulsificação em
moinho coloidal, que resulta em líquido
Maionese caseira
marrom, com consistência entre água e
creme.
○ Composição: água (30 a 50%); CAP (50 a
70%); e agentes emulsificantes (0,1 a 2,5%)
● Uso em processo a frio de pavimentação
e manutenção de rodovias
Fonte: ABEDA. Manual básico de emulsões asfálticas. Rio de Janeiro, ABEDA, 2001. 2ª. Ed. 2010.
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CLASSIFICAÇÃO DAS
EMULSÕES ASFÁLTICAS
● Quanto à carga de partícula
○ Catiônica
○ Aniônica
○ Neutra
○ Anfotérica
● Quanto ao tempo de ruptura
○ Ruptura rápida – RR
○ Ruptura média – RM
○ Ruptura lenta – RL
○ Ruptura controlada – RC

Fonte: ABEDA. Manual básico de emulsões asfálticas. Rio de Janeiro, ABEDA, 2001. 2ª. Ed. 2010.
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Ruptura da emulsão asfáltica

(1) (2) (3)

emulsão emulsão Película de CAP

agregado agregado agregado

Fonte: Adaptado de http://www.rubberslurry.com/index-3.html (2009). Acesso 14/08/2017.


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ENSAIOS E ESPECIFICAÇÕES
● Penetração (ME 003/99): CAP, ADP*, EAP*
● Ponto de fulgor (ME 148/94): CAP, ADP
● Ductibilidade (ME 163/98): CAP, ADP*, EAP*
● Ponto de amolecimento: CAP
● Viscosidade (ME 004/94): CAP, ADP, EAP
● Índice de Suscetibilidade Térmica: CAP
● Efeito do calor e do ar (ABNT NBR 14736/2001):
CAP
● Densidade relativa: CAP, ADP (ME 193/96)
● Solubilidade: CAP
● Destilação: ADP (ME 012/94) e EAP
● Carga de partícula: EAP
● Sedimentação: EAP
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Penetração

Ricardo Melo (2014)


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Ponto de amolecimento

Ricardo Melo (2016)


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Índice de Suscetibilidade Térmica


Log P

α
temperatura

IST

Brasil: -1,5 ≤ IST ≤ +0,7


IST < -1,5: asfalto muito suscetível a alta temperatura;
amolece rapidamente
IST > +0,7: asfalto oxidado, pouco sensível à variação
de temperatura; quebradiço à baixa temperatura
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Ponto de fulgor

Fonte: Nunes (2014)


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Dutibilidade

Fonte: Guarçoni (2009)


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Viscosidade

Ricardo Melo (2016) Camila Nunes (2018)


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Cimento asfáltico de petróleo (EM 095/2006-DNIT)


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Destilação de asfalto diluído

Fonte: Bernucci (2010)


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Massa específica máxima do ADP

Fonte: Solotest [ano?]


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Asfalto diluído de cura média (EM363/97-DNER)


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Carga da partícula

Ricardo Melo (2016)


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Sedimentação

Fonte: Guarçoni (2009)


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Emulsão asfáltica catiônica (EM369/1997-DNIT)


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Tipos de ligantes asfálticos


Memorizar!
Natural Rochas asfálticas: xistos e arenitos
(NA) Lagos asfálticos

Sólidos: oxidados, soprados

CAP 30/45
Cimento CAP 50/70
Semi-sólidos CAP 85/100
asfáltico
CAP 150/200
Petróleo
(AP)
Asfalto Cura rápida CR
diluído Cura rápida CM
Líquidos Cura lenta CL
Ruptura rápida RR
Catiônica Ruptura média RM
Ruptura lenta RL
Emulsão
asfáltica Ruptura rápida RR
Alcatrão Aniônica Ruptura média RM
Líquidos: AP1 a AP6 Ruptura lenta RL
(AP) Semi-sólidos: AP7 a AP12
Fonte: adaptado de DNIT (2006)
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Uso de ligantes
asfálticos em
pavimentação
30

Uma breve comparação…

Ligante Temperatura (oC) Aplicação

CAP 170 CAUQ

ADP 50-60 Imprimação

EAP 25 Operação tapa-buraco


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Concreto asfáltico usinado


a quente (CAUQ): mistura Av. Flamboyant - Bancários
CAP + agregados

Ricardo Melo (2011)


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Imprimação: viaduto do Geisel (2015)


ADP

Ricardo Melo (2015)


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Pintura de ligação

EAP

Ricardo Melo (2018)


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Macadame
betuminoso

Fonte: http://www.highwaysmaintenance.com/ (2012)


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Pré-misturado a frio (PMF):


mistura EAP + agregados

Fonte: http://www.alalmeida.com.br/media/cache/562/0x1024/1.jpg, 2017 (acesso em 28-09-2020)


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Lama asfáltica (LA): mistura EAP


com polímeros + agregados

Fonte: https://brasilpav.com.br/ (2020), acesso em 28-02-2020


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Tipo de serviço Ligante asfáltico
Imprimação CM-30; CM-70 Memorizar!

Pintura de ligação RR-1C, RR-2C, RM-1C, RM-2C,


RL-1C
Tratamento superficial CAP-150/200, CAP-7
RR-2C, RR-1C, RR-2, RR-1
Macadame betuminoso CAP-85/100, CAP-7
RR-2C, RR-1C, RR-2, RR-1
Pré-misturado a frio RM-2C, RM-1C, RM-2, RM-1, RL-1C,
RL-1
Pré-misturado a quente CAP-85/100, CAP-20, CAP-50/70,
CAP-40, CAP-30/45
Concreto asfáltico usinado a CAP-85/100, CAP-20, CAP-50/70,
quente e areia asfalto a quente CAP-40, CAP-30/45
Lama asfáltica LA-1C, LA-2C, LA-1, LA-2, LA-E
Solo-betume RL-1C, LA-1C, LA-2C
Fonte: adaptado do DNIT (2006)
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Revestimentos flexíveis
betuminosos
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● São aqueles revestimentos constituídos de


associações de asfalto e agregados
● A associação pode ser feita de duas
maneiras:
○ Por penetração
○ Por mistura

DNIT (2006)
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● Por penetração direta: macadame


betuminoso (base) DNIT 149/2010 – ES
● Por penetração invertida: tratamento
superficial
○ Simples: TSS (DNIT 146/2012 – ES)
○ Duplo: TSD (DNIT 147/2012 – ES)
○ Triplo: TST (DNIT 148/2012 – ES)
Macadame betuminoso Tratamento superficial
Agregados
Ligante

TSS

http://gonzalocamacho.com/wp-content/uploads/2015/09/caltran.jpg [2017?] Acesso em 16/08/17.


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Tratamento Superficial Duplo


DNIT 147/2012 – ES
Agregados

● Pedra britada, cascalho ou seixo rolado


● Partículas limpas, duras, resistentes, sem
torrões de argila e substâncias nocivas
● Abrasão Los Angeles ≤ 40% (DNER-ME
035/98)
● Índice de forma > 0,5 (DNER-ME 086/94)
● Durabilidade, perda < 12% (DNER-ME
089/94)

DNIT 147/2012 – ES
Granulometria dos agregados

DNIT 147/2012 – ES
Ligante asfáltico

● Cimento asfáltico CAP-150/200


● Emulsão asfáltica RR-2C
● Taxas de aplicação

DNIT 147/2012 – ES
Tratamento superficial simples e duplo
Pavimentos novos
Reabilitação de pavimentos antigos

Revestimento
(antigo)

Base
Sub-base

http://asfaltodequalidade.blogspot.com/2018/11/tratamento-superficial-e-micropavimento.html
Tratamento superficial:
lançamento de ligante e
espalhamento de
agregados

Fonte: https://www.romanelli.com.br/uploads/blog/img_2934_20190628.JPG (acesso em 30-09-20)


Tratamento superficial:
ligante espalhado
Tratamento superficial:
compactação da camada

Fonte: Mendonça e Rodrigues (2010). http://dc239.4shared.com/doc/BnAxT11u/preview.html


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Revestimentos flexíveis
betuminosos por mistura
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● Nesse tipo de revestimento, o agregado é


envolvido pelo ligante antes da
compactação

● Tipos
○ Em função do processo de mistura
● Pré-misturado em usina
● Misturados “in loco” (ou na pista)
○ Em função da temperatura
● Pré-misturado a frio
● Pré-misturado a quente

DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA/LAPAV. Sub-bases, bases e revestimentos. Prof. Ricardo Melo

Pré-misturado a frio (PMF):


operação tapa-buraco

http://www.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2013/07/opera%C3%A7%C3%A3o-tapa-buraco_foto_corneliolima-28.jpg (acesso em
15/07/2014)
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Revestimento pré-misturado a quente

● Concreto Asfáltico Usinado a Quente


(CAUQ), concreto asfáltico ou Concreto
Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ)
○ Pré-misturado a quente com graduação
densa, em que são feitas rigorosas exigências
no que diz respeito a equipamentos de
construção e índices tecnológicos, como
granulometria, teor de betume, estabilidade,
vazios, entre outros
○ DNIT 031/2006 ES

DNIT (2006); http://www.voegele.info/ (Acesso 28-10-14)


Materiais
● Ligantes asfálticos: CAP-30/45; 50/70; 85/100
● Agregados
○ Graúdo: pedra britada, escória ou seixo rolado
● Abrasão Los Angeles ≤ 50% (DNER-ME 035/98)
● Índice de forma > 0,5 (DNER-ME 086/94)
● Durabilidade, perda < 12% (DNER-ME 089/94)
○ Miúdo: areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos
● Partícula resistente, sem torrões de argila e
substâncias nocivas
● Equivalente de areia ≥ 55%
○ Material de enchimento (fíler)
● Secos e sem grumos; constituídos por materiais
minerais: cimento Portland, cal extinta, pó-calcário,
cinza volante
○ Melhorador de adesividade
DNIT 031/2006 ES
Composição da mistura
Granulometria Dosagem da mistura asfáltica

● Granulometria

DNIT 031/2006 ES
Execução

● Deve ser feita pintura de ligação


○ Se passados 7 dias após a imprimação, ou houve
trânsito, ou base recoberta com areia, pó-de-
pedra
● Temperatura dos materiais para a mistura
○ CAP: função da relação temperatura-viscosidade,
com viscosidade entre 75 a 150 SSF
○ 107 oC ≤ temperatura do ligante ≤ 177 oC
○ Agregados: aquecidos a temperaturas de
10 oC a 15 oC acima da temperatura do
ligante, sem ultrapassar 177 oC
DNIT 031/2006 ES; http://mundialrepresentacoes.com.br/imagens/ecoxisto005.jpg [2017?], acesso 16/08/17
Produção do
concreto asfáltico

Ricardo Melo (2006) DNIT 031/2006 ES


Transporte do concreto asfáltico
e distribuição da mistura

Ricardo Melo (2015) DNIT 031/2006 ES


Compactação da mistura
asfáltica

Ricardo Melo (2015)


DNIT 031/2006 ES
Inspeção – controle de insumos
● Ligante asfáltico
○ Todo carregamento que chegar à obra: 1 ensaio
penetração; ponto de fulgor; espuma; e viscosidade
Saybolt-Furol
○ Cada 100 t de ligante: 1 ensaio susceptibilidade
térmica e viscosidade Saybolt-Furol (curva
viscosidade x temperatura)
● Agregados
○ Ensaios eventuais (se houver dúvidas ou variações
do material): desgaste Los Angeles, adesividade e
Índice de forma do agregado graúdo
○ Ensaios de rotina (a cada 8 h de trabalho)
● 2 granulometrias do agregado, de cada silo quente
● 1 equivalente de areia do agregado miúdo
● 1 granulometria do fíler
DNIT 031/2006 ES
● Controle da usinagem do concreto asfáltico
○ Extração de asfalto de amostras coletadas na
pista, logo após passagem da acabadora
○ Porcentagem de ligante deve estar conforme o
projeto, com tolerância máxima de ± 0,3%
○ Mínimo de 1 determinação a cada 700 m2 de pista
● Controle da graduação da mistura de
agregados
○ Fazer ensaio de granulometria para checar se
está de acordo com as faixas especificadas no
projeto
● Controle da temperatura
○ Medição de temperaturas: agregado (quente),
ligante (usina) e mistura (saída do misturador)
○ Variações permitidas de ± 5 oC
DNIT 031/2006 ES
● Controle da mistura
○ Ensaio Marshall em 3 CPs* de cada mistura por jornada
de 8 h
○ Ensaio de resistência à tração por compressão
diametral
○ Corpos-de-prova* moldados in loco antes da
compactação
● Espalhamento e compactação da mistura
○ Medição de temperatura no espalhamento e antes da
compactação da massa, com variações entre ± 5 oC
○ Determinar grau de compactação da massa
compactada
● Extração de corpos-de-prova na pista com brocas rotativas e
determinação da densidade aparente
● Comparar com a densidade aparente de
projeto
● Calcular grau de compactação
● 97% ≤ GC ≤ 101%
DNIT 031/2006 ES; http://www.wispave.org/wp-content/uploads/Density_Testing.jpg
Verificação do produto
● Espessura da camada
○ Variação ±5% em relação à espessura de projeto
● Alinhamento
○ Verificação do eixo e bordos da camada
Gerência de
○ Desvios não devem exceder ±5 cm pavimentos
● Acabamento da superfície
○ Uso de réguas (3,0 e 1,2 m) colocadas em
ângulo reto e paralelamente ao eixo longitudinal
da pista
● A variação entre quaisquer dois pontos das réguas não deve
exceder 0,5 cm
○ Acabamento longitudinal: medido pelo Quociente
de Irregularidade (QI) ≤ 35 contagens/km
DNIT 031/2006 ES
Gerência de
pavimentos

● Condições de segurança
○ Valor de resistência à derrapagem (VRD) ≥ 45
○ Altura da mancha de areia: 0,6 ≤ HS ≤ 1,2 mm

Perfilômetro (NCDOT) Pêndulo Britânico Mancha de areia

Determinação do QI Determinação do VRD Determinação de HS

DNIT 031/2006 ES; Bernucci et al. (2006); Moura (2004) apud Bernucci et al. (2006)
Inspeção

● Plano de amostragem – controle


tecnológico
○ Idem
● Condições de conformidade e não-
conformidades
○ Idem
● Condicionamentos ambientais
○ Idem
65

Revestimento rígido

Ricardo Melo (2011)


● Concreto de cimento, ou “concreto”, é
constituído por mistura de cimento
Portland, areia, agregado graúdo e água,
distribuído numa camada e devidamente
adensado
● Funciona ao mesmo tempo como
revestimento e base do pavimento
● DNIT 049/2004 - ES

DNIT (2006)
Pavimento rígido (faixa de rolamento)
Rodovia BR101 Norte - PB

Ricardo Melo (2012)


Sub-base em concreto compactado a rolo
Rodovia BR101 Sul - PB

Ricardo Melo (2007)


Espalhamento do concreto
Rodovia BR101 Sul - PB

Ricardo Melo (2007)


Execução da placa de concreto
Rodovia BR101 Sul - PB
Ricardo Melo (2007)
Regularização da placa
Rodovia BR101 Sul - PB

Ricardo Melo (2007)


Execução de ranhuras
Rodovia BR101 Sul - PB

Ricardo Melo (2007)


Cura química
Rodovia BR101 Sul - PB

Ricardo Melo (2007)


1. Serragem da junta 2. Limpeza da junta

3. Colocação de cordão 4. Preenchimento da junta

http://www.alliedconcretecutting.com.au/services/joint-sealing-and-crack-repair[2015?]; https://www.dot.state.oh.us/ [2015?];


http://www.dogfencediy.com/installation/cuts/ [2015?]; http://www.zel-aaren.se/products/Pox-Seal/ [2015?]
REVESTIMENTOS Memorizar!

• Por penetração • Tratamentos superficiais


• Macadames betuminosos
• Betuminosos •Pré-misturado de graduação
tipo aberta
• Por mistura • Na usina •Pré-misturado de graduação
tipo densa
•Areia-betume
Revestimentos
•Concreto betuminoso
flexíveis
•Sheet asphalt

•Alvenaria poliédrica

• Por calçamento •Pedra


•Paralelepípedos •Betume
•Cimento
•Cerâmica

Pavimentos •Concreto de cimento


rígidos •Macadame cimentado
Adaptado de DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA/LAPAV. Disciplina (código): Pavimentação (1703194) – Materiais para pavimentação: asfalto. Prof. Ricardo Melo 76

Dúvidas ou questões
Finalização da base

Tratamento
superficial Varrição
duplo 1ª. Pintura com emulsão
Lançamento da 1ª. camada
de agregados

Compactação
Varrição

2ª. Pintura com emulsão


Lançamento da 2ª. camada
de agregados

Compactação

http://html.rincondelvago.com/000245710.jpg Abertura ao tráfego com velocidade reduzida

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