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Audiovisual

A inclusão dessa nova categoria despertou a atenção doa comunidade escolar e o


projeto selecionado pela escola partiu de estudantes com interesses e familiaridade
nessa arte. O audiovisual é um linguagem presente em diversas perspectivas no contexto
dos jovens na atualidade, como no cinema, nos vídeos do YouTube e Instagram, bem
como por meio dos jogos, como foi o caso dos estudantes que encabeçam o projeto da
escola na presente categoria. Jardson Nascimento e Pedro Pimentel despertaram para o
audiovisual a partir dos jogos online e de canais de YouTube e perceberam as
possibilidades de criarem e divulgarem suas obras, em especial em formato de
animações, como as tirinhas cômicas ou no gênero Gacha – jogos que criam histórias
por meio de desenhos e animações com traços de animes produzidos por meio de
aplicativos populares entre os gamers, como o Gacha Studio.
Contar a história de Sivuca por meio dessas linguagens possibilita o
desenvolvimento de competências e habilidades que mesclam o conhecimento de uma
arte centenária com as ferramentas de criação e circulação das obras de arte próprias do
século XXI, como são os celulares, computadores e a internet, e que tanto são exigidas
diante das novas demandas cotidianas da escola e do mundo do trabalho, bem como tem
democratizado o acesso e a produção de filmes, como no caso dos nossos estudantes.
Entendemos o cinema como construtor de representações que mescla realidade e
ficção, além de gêneros e suportes diversos. Como coloca Souza, “dessa forma, são
desativadas, ao mesmo tempo, as fronteiras rígidas entre um formato e outro” (2008, p.
105), deixando fluir a criatividade dos estudantes nesse processo de criação e
aprendizagem, mas prezando por uma obra coerente.
O projeto da nossa escola criará um curta-metragem abordando a biografia do
Mestre Sivuca. Levando em conta o tempo de duração estipulado para o curta-metragem
(de 1 a 5 minutos), optamos como saída criativa para construção de um roteiro coeso,
um recorte específico em torno da biografia de Sivuca. Mesclando o real e o ficcional
em torno da história de vida do homenageado, traremos como elemento central da
narrativa a sua relação com a “safona”. Contaremos e cantaremos uma história que
começou num dia de Santo Antônio, em 1939, quando tinha 9 anos de idade e seu pai
chegou com um fole de 2 baixos. Com ele, tocou sua primeira música, “Jardineira”, e
não parou mais. Nesse sentido, este instrumento musical, com o qual o multi-
instrumentista ganhou projeção mundial, será uma personagem central, assim como o
próprio Sivuca, na nossa proposta de uma “história cantada” em formato de animação,
que trará a história do artista e suas sanfonas, destacando a descoberta de seu amor à
música, episódios de sua saga com a sanfona a tiracolo em busca de espaço e
reconhecimento no meio musical e seu sucesso nos palcos.
Atentamos para a necessidade do processo de produção (orientações, edição,
etc.) cumprir o distanciamento social exigido pelo contexto vivenciado. Logo, a criação
de uma animação atenderia essa necessidade, visto que, as atividades são e continuarão
intermediadas de forma remota, não havendo necessidade, a princípio, de filmagens que
reúnam os participantes presencialmente.
Nesse processo, trilhamos o caminho de estudos na história de Sivuca e na
linguagem audiovisual, pesquisando e experimentando alguns gêneros
cinematográficos, aprendendo sobre elaboração de roteiro, filmagem, fotografia, trilha
sonora, edição, e, em específico a criação e a elaboração de animações para, assim,
produzir um filme criativo, informativo e que desperte o interesse de outros jovens, tão
familiarizados com o formato dos vídeos curtos de animação que circulam pelas redes
sociais e canais de comunicação rápida, em conhecer a arte e a história do Mestre
Sivuca.

REFERÊNCIA

PINTO, Otávio Sintônio. Sivuca em Quadrinhos. Ilustração de Val Fonseca. João


Pessoa: Editora Patmos, 2017.
SIVUCA. Sivuca [2004]. [Entrevista concedida a Dafne Sampaio, Daniel Almeida, Max
Eluard, Ricardo Tacioli e Sérgio Seabra]. Medium. São Paulo, 2004. (Disponível em:
https://medium.com/gafieiras/sivuca-2004-db01d4e1d3f4 Acesso em 11 de agosto de
2020).
SOUZA, Gustavo. Gênero, discurso e gêneros do discurso: contribuições de Carroll,
Nichols e Bakhtin para o estudo do documentário cinematográfico. In: Revista
Fronteiras – Estudos Midiáticos. São Leopoldo: Unisinos, mai/ago 2008, p104-110.
(Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/5380
Acesso em 11 de agosto de 2020)

INCLUIR NO PROJETO:

Nos objetivos específicos


- Estimular os estudantes na realização de obras de arte;

Tabela ...
Modalidade: Audiovisual
Professor-coordenador: Laércio Teodoro da Silva
Componentes: Em dupla.

Discente/ turma Suporte técnico


JARDSON LIMA DOS
NASCIMENTO (3º A) Celular

Notebook
PEDRO VINICIUS Internet
ARAÚJO PIMENTEL (3º
A)

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