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A Cidadania e o Cidadão
A história da cidadania
Na região da Antiga Grécia, o território encontrava-se dividido em cidades. Cada cidade, também chamada
polis, tinha uma organização política própria, sendo as cidades totalmente independentes umas das outras. As
cidades funcionavam, portanto, de forma semelhante a Estados soberanos. Nestas Cidades-Estado, a cidadania
tinha um valor extraordinário, e o cidadão participava ativamente em todos os aspetos da vida na comunidade.
Porém, nem todos eram considerados iguais na antiga sociedade grega. Os gregos faziam a distinção entre “o
cidadão” e “o súbdito”, ambos habitantes da cidade mas com direitos e deveres muito diferentes. Apenas os
cidadãos gozavam de direitos como a participação na vida política e a possibilidade de ser eleito para cargos
públicos. As mulheres, os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos e, por isso, não possuíam
esses direitos.
Na Roma Antiga, a cidadania desenvolveu-se principalmente ao nível das leis. O estatuto legal de cidadania,
que atribuía ao cidadão um conjunto de privilégios, era concedido não só aos habitantes da cidade de Roma,
mas também aos indivíduos que habitavam os territórios conquistados pelo Império.
Mas foi com a Revolução Francesa, no século XVIII, que se desenvolveu a cidadania moderna. Os ideais desta
Revolução – a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade – iniciaram uma mudança que viria a transformar o
mundo ocidental. Em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), adopta a Declaração Universal dos
Direitos Humanos. Defendendo direitos fundamentais como o reconhecimento da dignidade humana, a
liberdade, a igualdade, a justiça e paz, a declaração dos direitos humanos influenciou, e continua a influenciar,
o conteúdo de muitas das legislações nacionais (como é o caso da Constituição da República Portuguesa) e
internacionais (por exemplo, a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia).
Mas a luta pelos direitos não se esgotou com a declaração dos direitos humanos. Seguiram-se-lhe outras lutas:
a dos trabalhadores pelos direitos sociais; a das mulheres pela igualdade; a da comunidade homossexual pela
não discriminação; a luta global pela preservação do meio ambiente, entre tantas outras.
1. O que é a Cidadania? Regista as palavras que te ocorrem quando ouves este termo.
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Excertos de artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos Direitos e liberdades individuais
1) «Toda a pessoa tem o direito de circular livremente e de escolher a sua residência a) Liberdade pessoal
no interior de um Estado.» (art.º 13) b) Direito à propriedade
2) «Ninguém será alvo de intromissão na sua vida privada, na sua família ou na sua c) Direito à segurança
correspondência» (art.º 12) d) Direito de não ser maltratado
3) «Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança da sua pessoa. e) Direito à presunção de
(art.º 3) inocência
4) «Ninguém será mantido em escravatura.» (art.º4) f) Direito ao respeito da vida
5) «Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis ou privada
degradantes.» (art.º5) g) Direito a um julgamento justo
6) «Todos são iguais perante a lei» (art.º.7) h) Liberdade de opinião
7) «Toda a pessoa acusada de um delito é considerada inocente até que a sua culpa i) Direito à igualdade perante a
tenha sido provada e legalmente estabelecida num processo público no qual todas lei
as garantias necessárias à sua defesa tenham sido asseguradas.» (art.º 11) j) Liberdade de circulação
8) «Toda a pessoa tem direito à liberdade de opinião e de expressão.» (art.19)
5. Para cada situação que te é apresentada, indica se se trata de um direito ou de um dever. Justifica.
6. Eis uma lista de “direitos” que tornariam a vida impossível se todos os quisessem aplicar. Explica.
8. Por fim, eis uma lista de temas. Destaca os 3 que te parecem mais interessantes e que gostarias de ver
tratados na aula.
Bom trabalho!