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Eficácia de Programas de Intervenção Na Dislexia: Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia
Eficácia de Programas de Intervenção Na Dislexia: Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia
Lins-SP
2014
JULIANA ARTICO DA SILVA
Lins-SP
2014
Silva, Juliana Artico
S58p Pedagogia: eficácia de programas de intervenção na dislexia /
Juliana Artico da Silva. – – Lins, 2014.
56p. il. 31cm.
CDU 37
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a mim e aos meus amigos que sempre me apoiaram e
me incentivaram nos momentos mais marcantes e singulares de minha vida,
orientando-me e apoiando-me para que eu pudesse chegar até onde cheguei.
Juliana
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me ajudado a não desistir dos meus
sonhos, mesmo com as inúmeras dificuldades que surgiram durante os três anos de
curso.
Aos meus pais, Luiz Carlos e Ruth, e ao meu irmão Jiordano, que sempre
estiveram do meu lado me dando amor e força para seguir em frente.
Juliana
RESUMO
LISTA DE ABREVIAÇÕES
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
1 CONCEITO
1.1 Disgrafia
1.1.1 Causas
1.1.2 Características
1.1.3 Intervenção
1.2 Disortografia
1989, apud TORRES; FERNÁNDEZ, 2001, p. 76), pois uma criança disortográfica
não é, forçosamente, disgráfica.
1.2.1 Causas
Reis (2011, p.1) afirmou que 90% das disortografias têm como causa um
atraso de linguagem ou atraso global de desenvolvimento.
Citoler (1996, apud CRUZ, 2009) apresentou os fatores abaixo como
potencialmente justificativos das dificuldades disortográficas:
a) Problemas na automatização dos procedimentos da escrita, que se
traduzem na produção deficiente de textos;
b) Estratégias de ensino imaturas ou ineficazes, com a conseqüente
ignorância das regras de composição escrita;
c) Desconhecimento ou dificuldade em recordar os processos e subprocessos
implicados na escrita (carência nas capacidades metacognitivas de regulação e
controle dessa atividade).
Para Torres; Fernández (2001), por outro lado, as causas da disortografia
estão relacionadas com aspetos perceptivos, intelectuais, linguísticos, afetivo-
emocionais e pedagógicos.
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1.2.2 Características
1.2.3 Intervenção
Coimbra (2013) apresentou várias atividades que podem ser trabalhadas, tais
como:
a) Atividades/ estratégias para trabalhar a orientação espacial:
identificação, em conjuntos de imagens, a que corresponde à determinada ordem;
transposição de figuras geométricas simples e combinadas; reprodução de simetrias
na vertical e na horizontal; execução de grafismos simples e complexos; união de
pontos simples e complexos; descoberta de percursos em labirintos retilíneos e
curvos; contar objetos que estão parcialmente cobertos; realização de exercícios de
discriminação de letras e de algarismos “espelhados” e “invertidos” (p/q, b/d, 6/9).
b) Atividades/ estratégias para trabalhar percepção visual: descoberta de
diferenças em imagens semelhantes; enumeração de memória de objetos
observados; reconhecimento de figuras semiapagadas; reprodução, de memória, de
sequências de grafismos observados; identificação, em várias palavras, de
determinada sílaba; identificação da sombra igual a um modelo; identificação de
figuras, palavras, letras ou números iguais a um determinado modelo; ligação de
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Dizer à sua filha ou ao seu filho que você entende a sua dificuldade e que
estará sempre presente para ajudar; escolher uma escola que seja de sua confiança
e aberta para entender suas angústias, dúvidas, frustrações e que possa traçar um
plano de trabalho integrado ao processo de intervenção fonoaudiológica; garantir um
ambiente sem pressões extremas e exigências demasiadamente altas, que
certamente a criança não poderá atingir; ajudar nas tarefas e trabalhos escolares de
acordo com a necessidade da criança, com paciência e compreensão, entendendo
que ela faz somente o que pode e não porque não quer.
Segue um exemplo de um aluno com disortografia antes e após três meses
de intervenção:
Figura 1: aluno de 9 anos no 4º ano
1.3 Discalculia
1.3.1 Causas
1.3.2 Características
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1.3.3 Intervenção
Para obter resultados com a criança, o professor pode trabalhar com uma
equipe multidisciplinar.
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Ele não pode diferenciá-lo dos demais, deve ser paciente e evitar palavras
que dêem destaque às dificuldades do aluno. Aplicar jogos, brincadeiras e
“situações problema” que envolvam conteúdo matemático e um reforço com foco em
casos concretos relacionados com a realidade da criança. Sem esquecer que é
muito importante que o professor conheça a história de vida dos alunos, seus
conhecimentos sobre o assunto dado, suas condições sociológicas, psicológicas e
culturais.
O psicopedagogo ajuda na autoestima, valorizando as atividades realizadas
pela criança e assim identificando os instrumentos que auxiliarão no aprendizado.
1.4 Dislexia
O termo “dislexia” de forma simplista deriva-se do prefixo grego “dis” que quer
dizer “dificuldade, perturbação” e do elemento grego “lexia” que significa “ler”, sendo
assim, é a “dificuldade em ler”. (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2010, p.1).
Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem em leitura, escrita, ortografia e
matemática, ou uma combinação de duas ou três dessas dificuldades. O fato de
terem esses problemas não significa que a criança seja burra, se ela fracassar, não
fracassa sozinha, o professor, gestor e a escola também fracassam. Foi a primeira
palavra genérica utilizada para os vários problemas de aprendizagem. Com isso, ela
é “A Mãe dos Transtornos de Aprendizagem”. (RODRIGUES; SILVEIRA, 2008, P.1).
Foi identificada por Berklan em 1881, porém o termo “dislexia” foi inventado
em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o
termo para se referir a um jovem que apresentava habilidades intelectuais normais
em todos os outros aspectos, porém grande dificuldade no aprendizado da leitura e
da escrita.(OLIVEIRA; RODRIGUES, 2010, p.1).
Dr. Samuel Torrey Orton (1920) reavaliou dislexia como uma “lateralidade
cruzada do cérebro”, isto é o lado esquerdo do cérebro estaria fazendo o que o lado
direito supostamente deveria fazer. Em pouco tempo ele percebeu que essa teoria
estava incorreta e apresentou uma segunda teoria afirmando que se tratava de uma
“dominância hemisférica mista”, ou seja, o lado esquerdo do cérebro estaria às
vezes fazendo o que o lado direito deveria fazer, e vice-versa.
Fonseca (1995) coloca que dislexia se trata de uma desordem (dificuldade)
manifestada na aprendizagem da leitura, independentemente de instrução
convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural e, portanto,
dependente de funções cognitivas, que são de origem orgânica na maioria dos
casos.
Condemarim (1986) expressa seu pensamento sobre dislexia dizendo que é
um conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal (o lobo do cérebro
onde fica o centro nervoso da escrita), geralmente hereditária, ou às vezes
adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do leve
sintoma ao severo. É frequentemente acompanhada de transtorno na aprendizagem
da escrita, ortografia, gramática e redação.
Conforme ressalta Myklebust (1987), a dislexia representa um déficit na
capacidade de simbolizar, começa a se definir a partir da necessidade que tem a
criança de lidar receptivamente ou expressivamente com a representação da
realidade, ou antes, com a simbolização da realidade, ou poderíamos também dizer,
com a nomeação do mundo.
1.4.2 Causas
1.4.3 Características
Queiroz (2007) cita algumas características da dislexia, a saber:
1.4.4 Intervenção
Com a matemática nem todos os disléxicos têm problemas, mas aqueles que
os têm, geralmente são os denominados acalculia e discalculia, que geram as
distorções do sentido do tempo. Essas distorções aparecem com desorientações
visuais, auditivas e de equilíbrio/movimento.
Outra desorientação que o disléxico tem é o problema com a escrita,
diagnosticada como agrafia ou disgrafia. Ela surge porque o aluno obteve instruções
relativas à escrita num momento em que estava desorientado, ou para disfarçar
problemas com ortografia ou outras deficiências.
Braun e Davis (2004) citam que existem pelo menos vinte e sete diferentes
variações de uma palavra de quatro letras como a palavra “gato”.
Segue abaixo as possibilidades que os disléxicos podem criar em suas
mentes.
Fonte: O Dom da Dislexia. Davis, Ronal D.; Braun, Eldon M. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
Além das desorientações que as crianças disléxicas têm, elas também são
curiosas, podendo mudar o foco de sua atenção. Se elas acharem um determinado
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objeto mais interessante do que qualquer outra coisa no ambiente, elas vão prestar
mais atenção nele, gerando, com isso, a distração. Às vezes percebem coisas que
outras pessoas não percebem. Isso é natural delas, pois reparam e ficam curiosas
quanto ao que poderia ser.
Os disléxicos conseguem prestar atenção quando algo é prazeroso. Já se
concentrar para um disléxico "é algo que ameaça a própria vida e não é nada
agradável. Na verdade, é muito angustiante." O tédio causa essa desconcentração,
e é por conta disso, que uma criança disléxica se desconcentra com extrema
facilidade, pois o tédio a leva a dois caminhos na visão de Davis, (2004, p. 83) "Uma
criança disléxica entediada fará uma dentre duas coisas: ou ela irá desorientar para
dentro de sua própria imaginação criativa (devaneio) ou ela irá mudar sua atenção
para algo que é interessante (distração/desatenção)”.
Os seres humanos têm dois tipos de pensamentos, o conceitual verbal que
pensa com os sons das palavras, e o conceitual não verbal que pensa com as
imagens mentais de conceitos ou ideias. É necessário que o disléxico até os treze
anos seja um pensador não verbal, que pensa em imagens, pois esse processo não
verbal muitas vezes é mais rápido do que o verbal.
As questões relativas às estratégias para o trabalho com o aluno disléxico
serão abordadas no capítulo ll.
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CAPÍTULO II
Os professores devem saber que alunos com dislexia podem ser bem
sucedidos na escola; reconhecer que uma criança com dificuldades específicas de
aprendizagem pode demorar mais tempo para aprender e cansar-se rapidamente;
devem ser cuidadosos, não aplicando o rótulo à pessoa, mas ao comportamento;
assegurar um ambiente educativo estruturado, previsível e ordenado, na medida em
que as crianças com dificuldades de aprendizagem reagem de uma forma mais
positiva quando estão reunidas essas condições, utilizar instruções claras e de um
ritmo mais lento ou repetitivo; e devem valorizar as capacidades da criança e
procurar ensiná-la, apoiando-se nos seus pontos fortes.
O profissional deve reconhecer frustração sentida pelo aluno com dislexia;
reconhecer que o desempenho de um disléxico pode estar muito aquém do seu
potencial; reconhecer possíveis problemas de comportamento ou autoestima;
demonstrar simpatia, atenção e compreensão; construir uma boa relação professor-
aluno (CAMEIRÃO; LIMA, 2005, apud COGAN, 2002, p. 8).
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Shaywitz (2006) descreve que a escola perfeita não existe, pois não há um
lugar que possa satisfazer a todos, crianças e familiares, ao mesmo tempo. Cada
escola tem seus pontos positivos e negativos. O importante é verificar se a escola,
como um todo, agrada e se adapta às necessidades da família, mas, principalmente,
da criança.
No caso de uma criança que tem dificuldades de aprendizagem, é importante
que a família tenha de forma bem clara a postura da escola em relação a esta
situação, pois a criança precisará de um atendimento especial (MENEZES, 2007, p.
130).
2.1 Intervenções
Intervenções Terapêuticas
a) Intervenção psicológica;
b) Intervenção específica nas dificuldades de leitura e escrita;
c) Apoio ao contexto familiar.
c) Treino da fluência.
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CAPÍTULO III
A PESQUISA
3 METODOLOGIA
3.1. Participantes
conceitos que envolvem o conteúdo escolar, pois uma escola sensata, bem
organizada e preparada é aquela que atende às necessidades múltiplas dos alunos
de forma que sejam ensinados naquilo que necessitam saber.
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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
CONCLUSÃO
uso de estratégias voltadas para o ensino da leitura e da escrita, o que não atende
às necessidades sensoriais e fonológicas dos alunos.
É necessário oferecer aos professores um conhecimento específico e
adequado às necessidades de alunos com dislexia, de forma a evitar a angústia
desses professores em relação às dificuldades apresentadas pelos alunos, levando-
os a não se alimentar de falsas expectativas quanto ao rendimento acadêmico.
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REFERÊNCIAS
ANEXO
54
Anexo A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
APÊNDICES
56
APÊNDICE A