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3. Prazos: O prazo será de cinco dias, a partir da intimação da decisão (art. 586,
CPP). No caso do inciso XIV, será de vinte dias, a contar da publicação da lista
geral de jurados (CPP, art. 586, caput e seu § único).
III) que julgar procedente exceção, salvo a de suspeição. O art. 95, do CPP,
enumera as cinco exceções oponíveis, a saber: suspeição, incompetência do
juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada.
IV) que pronunciar o réu. No primeiro caso, temos uma decisão interlocutória
mista não terminativa, que encerra uma fase do procedimento, sem julgar o
mérito, isto é, sem declarar o réu culpado.
XVIII) que decidir o incidente de falsidade (art. 145, CPP). O dispositivo refere-
se à decisão proferida no processo incidente instaurado a pedido de alguma das
partes para constatar a autenticidade de documento que se suspeita falso.
Obs: Os incisos XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII foram “derrogados” pela Lei de
Execução Penal (Lei nº 7.210/84)
Por outro lado, argumenta-se que não possuem caráter infringente (não
ensejam a modificação substancial da decisão), pois se destinam a
esclarecimentos ou pequenas correções, daí não constituírem recurso, porém
meio de integração da sentença ou acórdão.
3. Hipóteses de Cabimento
a) somente contra decisão de 2ª Instância;
b) Decisão proferida em Apelação, Recurso em Sentido Estrito ou Agravo em
Execução. Não cabe embargos em decisão que julga revisão criminal;
c) Decisão não unânime;
d)Desfavorável ao réu;
e) Um voto vencido em favor do réu.
4. Extensão dos Embargos: Os embargos não podem extrapolar os limites do
voto vencido. Se o voto vencido é parcial, a pretensão deduzida nos embargos
estará limitada aos termos do voto vencido.
6. Prazo: 48 horas.
5. HABEAS CORPUS ( art. 5°, inc. LXVIII da CF/ art. 647 e segs. CPP).
a) Quando não houver justa causa (inciso I): A hipótese trata da falta de justa
causa para a prisão, para o inquérito e para o processo. Só há justa causa para a
prisão no caso de flagrante delito ou de ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente.
b) Quando alguém estiver preso por mais tempo do que a lei determina (inciso
II): a hipótese cuida do excesso nas prisões provisórias, e/ou referentes ao prazo
para o encerramento da instrução criminal que, em regra, é de 105 dias no
procedimento comum ordinário.
c) Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo (inciso III):
só pode determinar a prisão, a autoridade judiciária dotada de competência
material e territorial, salvo caso de prisão em flagrante. Ex. prisão alimentícia
decretada por Juiz criminal, ou vice-versa.
d) Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação (inciso IV): por
exemplo, sentenciado que já cumpriu sua pena, mas continua preso.
e) Quando não se admitir a fiança, nos casos em que a lei a prevê (inciso V): as
hipóteses em que a lei prevê a fiança (arts. 323, 324 e 335, do CPP).
11. Efeitos:
a) a concessão de HC liberatório implica seja o paciente posto em liberdade,
salvo se outro motivo deva ser mantido na prisão (art. 600, § 1º);
b) se a ordem de HC for concedida para evitar ameaça de violência ou coação
ilegal, será expedida ordem de salvo-conduto (licença escrita para transitar
livremente) em favor do paciente;
c) se a ordem for concedida para anular o processo, este será renovado a partir
do momento e que se verificou a eiva (CPP, art. 652);
d) quando a ordem for concedida para trancar inquérito policial ou ação penal,
esta impedirá seu curso normal;
e) a decisão favorável do HC pode ser estendida (efeito extensivo) a outros
interessados que se encontrem na situação idêntica à do paciente beneficiado
(art. 580, do CPP, aplicável por analogia).
12. Recursos
a) cabe recurso em sentido estrito da decisão do juiz que conceder ou negar a
ordem de habeas corpus (CPP, art. 581, X);
b) cabe recurso oficial da concessão — reexame obrigatório (CPP, art. 574, I).
8. REVISÃO CRIMINAL (art. 621, CPP)
4. Pressupostos:
1. existência de sentença condenatória. A sentença absolutória imprópria
também admite, pois fixa medida de segurança. Não importa a infração
cometida e nem o procedimento. Não cabe revisão criminal contra sentença
absolutória própria e nem contra decisão do juiz das execuções. Também não
cabe contra decisão que concede perdão judicial e decisão de pronúncia.
2. trânsito em julgado. Se ocorrer a prescrição da pretensão punitiva não é mais
possível entrar com revisão criminal, porque não existe sentença condenatória.
9. Competência:
1. STF e STJ - são competentes para julgar a revisão de suas próprias
condenações;
2. TRF - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das
condenações dos juízes federais;
3. TJ - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das
condenações dos juízes de 1º grau, que são da sua competência recursal;
Obs: Se o réu for absolvido na revisão criminal, todos os seus direitos são
restabelecidos automaticamente.
13. Indenização Civil: Quando o réu é condenado por erro judiciário, ele tem
direito a uma indenização civil.
Cabe ao réu entrar com uma ação autônoma de indenização ou pedir a
indenização no próprio pedido de revisão (art. 630, CPP). Neste último caso, se
o Tribunal reconhecer o direito a indenização, ele não fixa o quantum. Cabe ao
réu, antes de executar a decisão, liquidá-la.
A responsabilidade objetiva de pagar a indenização é do Estado. Se a
condenação foi pela Justiça Federal, quem paga é a União. Já, se a condenação
foi pela Justiça Estadual, quem paga a indenização é o Estado-Membro.
14. Teoria da Afirmação: O autor da ação de revisão deve afirmar na inicial uma
das hipóteses legais de cabimento da revisão, sob pena de carência de ação.
15. Não cabe revisão criminal: para reexame de provas; para alterar o
fundamento da condenação.