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"Quando um documento é criado, ele possui valor primário. Associe esse valor com a ideia de
importância administrativa, ou valor administrativo. O documento é criado ou recebido pela instituição
para que ela cumpra suas finalidades. Por outro lado, quando perder este valor, é possível (embora nem
sempre ocorra, como veremos a frente) que o documento adquira valor secundário, de interesse para
outros indivíduos que não o usuário inicial."
"Enquanto o documento possuir valor administrativo, legal ou fiscal, ele não será capaz de adquirir valor
secundário, mesmo que esteja no arquivo intermediário da instituição (documentos que já não são
consultados com frequência)."
"A principal finalidade dos arquivos é servir a administração (valor primário), constituindo-se, com o
decorrer do tempo, em base do conhecimento da história (valor secundário)."
(Fonte: Cursinho do Estratégia)
Quando o documento perde o valor primário, é possível (embora nem sempre ocorra, como veremos a
frente) que o documento adquira valor secundário(secundário, mediato, acessório, histórico ou cultural),
de interesse para outros indivíduos que não o usuário inicial. O valor secundário mais lembrado em
provas é o valor histórico. Uma vez atribuído valor secundário ao documento, isto é permanente: o
documento nunca perderá seu valor secundário e nunca poderá ser descartado. Vamos a umexemplo:
Suponha que o Brasil assine um acordo comercial com o Irã. Esse acordo, assinado pelos presidentes dos
dois países, é um documento e possuirá valor primário assim que for assinado. No entanto, depois de
encerrado o acordo comercial, o objetivo do documento já foi atingido, de tal forma que o valor primário
é perdido. Ou seja, assim que o documento cumpre sua finalidade, ele perde seu valor primário. Neste
momento, deve-se decidir se o dito documento possuirá ou não valor secundário. Neste caso, o acordo
comercial entre o Brasil e Irã possui importância secundária e deverá servir, no futuro, de fonte de
consulta para pesquisas históricas ou culturais.
Assim, este documento, com certeza, terá valor secundário. Uma vez reconhecido em um documento o
valor secundário, tal característica é reputada permanente, e jamais poderá ser retirada do documento.
Observe, portanto, que todo documento possuirá valor primário, mas nem todo possuirá valor
secundário.
Mas não fiquemos por aí. Imagine-se, daqui há um ano, como servidor público, decidindo solicitar uma
alteração do seu período de férias junto ao RH do setor onde trabalha. Neste caso, você deverá assinar
um memorando ou um pedido formal à sua chefia, solicitando a troca das datas de suas férias. Isto é,
você deverá assinar um documento para ser encaminhado à chefia competente para analisar o seu
pedido. Logo que nasce, este documento assinado por você possuirá valor primário (ele tem o propósito
administrativo de fazer com que seu período de férias seja alterado). Depois que sua chefia autorizar (ou
não) a alteração do período de férias, o documento terá cumprido sua finalidade, de tal forma que
perderá seu valor primário. Mas esse documento não possuirá valor secundário, pois é irrelevante do
ponto de vista cultural ou histórico. Embora o documento deva ser guardado na unidade durante certo
tempo, para justificar os procedimentos essa guarda será temporária, o documento será descartado
após o decurso do prazo.
Esses dois conceitos são importantes para esclarecer a classificação quanto aos estágios de evolução
do arquivo:
- Arquivos Correntes (Primeira Idade): constituídos de documentos frequentemente
consultados. Valor administrativo;
- Arquivos Intermediários (Segunda Idade): Valor administrativo;
- Arquivos Permanentes (Terceira Idade): Valor histórico.