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Civismo e cortesia na vida quotidiana

O civismo e a cortesia na vida quotidiana são dois aspetos


importantíssimos para uma sociedade, ou seja, importantíssimos
para que a população viva de forma organizada, agradável e em
comunidade. De facto, a sociedade dos dias de hoje apesar de
dar importância a estes aspetos, na prática, a correria do dia-a-
dia e a necessidade de dar resposta a uma quantidade enorme
de tarefas ajuda a desenvolver o pensamento de que o civismo e
a cortesia talvez não sejam assim tão importantes ou que “ é só
desta vez”.
O civismo atualmente é uma característica que se encontra em
falta na nossa sociedade. A propagação de valores e regras,
essenciais para a vida coletiva, é algo que, mesmo existindo, não
é respeitado, para comprovar isso basta dar uma volta pelas ruas
movimentadas de Coimbra, onde se consegue recolher logo
dados empíricos que comprovam a falta de civismo das pessoas.
Vivemos numa sociedade impregnada de um individualismo que
consome a paciência de todos. Basta ver o ritual dos autocarros
em que o respeito pelos outros é posto de parte de modo a
garantir o sucesso os objetivos individuais, sendo que neste caso
é só querer garantir um lugar, mesmo que seja empurrando um
pobre sortudo contra as paredes do autocarro. Mas o melhor
exemplo de quando o individualismo testa a paciência das
pessoas, e consequentemente cria um ciclo vicioso de falta de
civismo, é na estrada. Na estrada deparamo-nos com exemplos
perfeitos desta falta de civismo. Esse desrespeito pelo código da
estrada e pelos outros utentes da via acaba por se traduzir em
acidentes com vítimas mortais.
No que diz respeito à cortesia, na minha opinião, o uso da
mesma é um modo de evitar o caos na sociedade atual. A
verdadeira cortesia é pensar no outro, antes de pensarmos em
nós mesmos. Por exemplo, se duas pessoas querem passar por
uma porta estreita, uma vai ter que dar lugar á outra. Outro
exemplo ainda mais simples é dizer bom dia aos condutores do
autocarro, funcionários da escola, entre outros. Isto é cortesia.
Porém percebemos que algumas pessoas focam as suas
gentilezas em pessoas específicas que possuem algum tipo de
importância na sociedade desde o diretor da escola do filho ao
patrão no trabalho, utilizando a cortesia como um meio para
alcançar um fim. Sendo assim, podemos dizer que esta cortesia é
dirigida, não é cortesia efetiva pois aquele que é cortês,
simplesmente o é, não precisa de o forçar.
De um modo geral, creio que as pessoas deviam fazer uma
reflexão sobre estes dois aspetos e tentar perceber que o ser
humano é um ser social, e para isso é preciso dar atenção ao
outro, e é aí que entra o civismo e a cortesia, de outra forma,
estaremos a caminhar para uma sociedade cada vez mais
individualista, narcisista e egoísta.

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