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Corpos redondos

Cilindro
Considere dois planos paralelos, 
e σ, um círculo C de raio r contido
em , e uma reta s que intercepta
planos  e σ.

Chama-se cilindro circular, ou apenas cilindro, a


figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta paralelos à reta s, com uma
extremidade em um ponto de C e a outra em um ponto
do plano σ.
Elementos do cilindro
Classificação dos cilindros
Podemos classificar os cilindros de acordo com a inclinação da
reta s em relação aos planos  e σ que contêm as bases:

se a reta s é perpendicular se a reta s não é perpendicular


aos planos  e σ, o cilindro aos planos  e σ, o cilindro é
é reto (g = h). oblíquo (g ≠ h).
Observações
 Um cilindro circular reto também é
denominado cilindro de
revolução, pois pode ser obtido
pela rotação de uma superfície
retangular em torno da reta que
contém um dos lados dessa
superfície. A medida desse lado é
igual à altura h do cilindro, e a
medida do lado perpendicular a esse
é igual à medida do raio r da base
do cilindro.
Observações
 Se um cilindro reto tem altura igual ao dobro da medida do
raio da base (h = 2r), ele é chamado cilindro equilátero.
Secção meridiana de um cilindro
Uma secção meridiana de um cilindro é determinada
pela intersecção do cilindro com um plano que contenha
seu eixo.
Secção transversal de um cilindro
Uma secção transversal de um cilindro é a intersecção do
cilindro com um plano paralelo ao plano da base.
Planificação da superfície de um
cilindro reto
Área da superfície de um cilindro reto

Abase = r2

Alateral = 2rh

Atotal = 2r(r + h)
Exercício resolvido

R1. Dado um retângulo de dimensões 3 cm e 5 cm,


comparar a área lateral e a área total da superfície dos
cilindros de revolução dele obtidos.

Resolução
Fazendo a rotação do retângulo em torno do lado que
mede 3 cm, obtemos um cilindro reto de raio 5 cm e
altura 3 cm. Então:

Alateral = 2 ∙  ∙ 5 ∙ 3 = 30
Atotal = 2 ∙ 5 ∙  ∙ (5 + 3) = 80
Logo, esse cilindro tem área lateral
de 30 cm2 e área total de 80 cm2.
Exercício resolvido

R1.

Resolução
O outro cilindro de revolução tem raio 3 cm e altura 5 cm.
Então:
Alateral = 2 ∙  ∙ 5 ∙ 3 = 30

Atotal = 2 ∙ 3 ∙  ∙ (3 + 5) = 48
Logo, esse cilindro tem 30 cm2
de área lateral e área total de 48 cm2.
Portanto, as áreas laterais dos cilindros obtidos são iguais.
No entanto, quando fazemos a rotação do retângulo em torno
do lado menor, a área total da superfície do cilindro é maior.
Exercício resolvido

R2. Calcular a razão entre a área da base e a área da


secção meridiana de um cilindro equilátero.

Resolução
Vamos considerar um cilindro equilátero de
altura h e cuja base é um círculo de raio r.
A área da base é: Abase =  ∙ r2
Como um cilindro equilátero tem a altura igual ao dobro do
raio (h = 2r), a secção meridiana é um quadrado de lado 2r.

A área da secção meridiana é: Asecção meridiana = 2r ∙ 2r = 4r2


Assim, temos:  ∙
____r2
= 
_
4 ∙ r2 4
Volume de um cilindro

Vcilindro = r2h

Exemplo
Vamos calcular o volume máximo de areia que um recipiente de
formato cilíndrico pode conter. As medidas do recipiente são:
1,5 m de altura e 1 m de raio da base. (Adote:  = 3,14)
V = r2h
V = (3,14) ∙ (1)2 ∙ (1,5) ⇒ V = 4,71

Logo, o recipiente pode conter no máximo 4,71 m3 de areia.


Exercício resolvido

R3. Considerar três cilindros circulares retos: C, de altura h e


base de raio r; cilindro C’, de altura h e base de raio 2r; e
cilindro C’’, de altura 2h e base de raio r.
a) Comparar o volume de C’ com o de C.

b) Comparar o volume de C’’ com o de C.


c) Comparar o volume de C’ com o de C’’.
Exercício resolvido

R3.
Resolução

Primeiro calculamos o volume de C: V = r2h


a) C’ tem volume V’ =  ∙ (2r)2 ∙ h = 4(r2h), ou seja: V’ = 4V

Portanto, o volume de C’ é o quádruplo do volume de C.


b) C’’ tem volume V’’ =  ∙ r2 ∙ (2h) = 2(r2h), ou seja: V’’ = 2V
Portanto, o volume de C’’ é o dobro do volume de C.

c) Dos itens anteriores, temos: V’ = 4r2h = 2(2r2h), ou seja:


V’ = 2V’’
Portanto, o volume de C’ é o dobro do volume de C’’.
Cone
Vamos considerar um círculo C,
de centro O e de raio r, em um
plano , e um ponto V não
pertencente ao plano .

Chamamos de cone circular, ou apenas cone, a


reunião de todos os segmentos de reta com uma
extremidade em V e outra em um ponto de C.
Elementos do cone
Classificação dos cones
O cone pode ser classificado de acordo com a inclinação do
eixo em relação ao plano que contém a base:

 se o eixo é  se o eixo não é


perpendicular ao plano perpendicular ao plano que
que contém a base, então contém a base, então o
o cone é reto (h = ). cone é oblíquo (h < ).

cone reto cone oblíquo


Observações
 Um cone circular reto também é
denominado cone de revolução,
pois pode ser obtido pela rotação
de uma superfície triangular,
determinada por um triângulo
retângulo, em torno de uma reta
que contém um de seus catetos.
A medida desse cateto será igual à
altura do cone, e a medida do outro
cateto será igual à medida do raio
da base do cone.
Observações
 Se um cone reto tem medida da geratriz igual ao dobro
da medida do raio da base (g = 2r), ele é chamado de
cone equilátero.
Secção meridiana de um cone
Uma secção meridiana de um cone é determinada pela
intersecção do cone com um plano que contenha seu eixo.
Secção transversal de um cone
Uma secção transversal de um cone é a intersecção do
cone com um plano paralelo ao plano da base e que não
passe por seu vértice.
Planificações da superfície de um
cone reto
Planificações da superfície de um
cone reto
Relações métricas entre os elementos
de um cone reto
Exercício resolvido

R4. Calcular o comprimento da circunferência da base e a


altura de um cone reto cuja geratriz mede 13 cm e cujo
raio mede 5 cm.

Resolução
O comprimento da circunferência da base é dado por
C = 2r. Sabemos que o cone tem raio de medida r = 5 cm.
Assim:
C = 2 ∙  ∙ 5 ⇒ C = 10 ⇒ C ≃ 31,4
Portanto, o comprimento da circunferência da base é
aproximadamente 31,4 cm.
Exercício resolvido

R4.
Resolução

Sabendo que o cone é reto, podemos obter a altura por meio


de um triângulo retângulo, cuja hipotenusa é a geratriz e as
medidas dos catetos são a altura e o raio da base do cone.
Assim:
132 = h2 + 52
h2 = 144
h = 12

Portanto, a altura do cone é 12 cm.


Exercício resolvido

R5. Um cone reto de altura 10 cm tem por planificação da


superfície lateral um setor circular de ângulo  medindo
150º. Determinar o raio da base e a medida da geratriz
do cone.

Resolução

Como r2 + h2 = g2, temos: r2 + 102 = g2.


Logo: g2 – r2 = 100 (I)

Como : , temos:

150º= (II)
Exercício resolvido

R5.
Resolução
De (I) e (II), concluímos que:

⇒ ⇒

Portanto, o raio da base do cone mede aproximadamente


4,58 cm.
Como , o comprimento da geratriz mede
aproximadamente 11 cm.
Área da superfície de um cone reto

Abase = r2

Alateral = rg

Atotal = r(r + g)
Exercício resolvido

R6. Calcule a área lateral de um cone reto


cuja altura é 16 cm e cujo raio da base
mede 12 cm.
Resolução
Inicialmente vamos obter o comprimento da geratriz do cone:

Portanto, o comprimento da geratriz do cone é 20 cm.


A área lateral do cone é:
Alateral = rg ⇒ Alateral =  ∙ 12 ∙ 20 ⇒ Alateral = 240 ⇒
⇒ Alateral ≃ 753,6
Logo, a área lateral do cone é 240 cm2 ou aproximadamente,
≃ 753,6 cm2.
Exercício resolvido

R7. Determinar a área total da superfície de um cone


equilátero de geratriz g.

Resolução
Vamos considerar um cone equilátero de raio da base r,
comprimento da geratriz g e altura h.
Sabemos que, no cone equilátero, g = 2r; portanto: r =
Logo:
Atotal = Alateral + Abase
Atotal =  ∙ r ∙ g +  ∙ r2
Atotal =  ∙ ∙ g + ∙ = ∙  ∙ g2
Portanto: Atotal =  g2
Propriedades

1a propriedade: A razão entre a distância h’ de uma secção


transversal ao vértice do cone e a altura h do cone é igual à
razão entre a medida do raio r’ da secção transversal e a
medida do raio r da base, isto é:
Propriedades

2a propriedade: Seja A’ a área de uma secção transversal de


um cone, feita a uma distância h’ em relação ao vértice V, e A
a área da base desse cone, cuja altura é h. A razão entre A’ e
A é igual ao quadrado da razão entre h’ e h, isto é:
Propriedades
Exemplo
A secção transversal de um cone, feita a 84 cm do vértice, tem
10 cm de raio.

Vamos calcular a distância de uma secção de 4,5 cm de raio ao


vértice. Para isso, vamos chamar de x a distância entre o vértice e
essa secção. Como as distâncias das secções transversais ao vértice
são proporcionais a seus raios, temos:

Portanto, a secção de 4,5 cm de raio está a 37,8 cm do vértice.


Volume de um cone

Vcone = r2h
Exercício resolvido

R8. Observar a representação de uma taça e calcular


a quantidade máxima de líquido, em litro, que
ela pode comportar.

Resolução
A quantidade de líquido é dada pelo volume da taça.
Assim: V = r2h = ∙  ∙ 52 ∙ 20 ≃ 523,3

Sabemos que: 1ℓ = 1 dm3 e 1 dm3 = 1.000 cm3


Logo: 1ℓ = 1.000 cm3
Então: V ≃ 523,3 = 523,3 ∙ ⇒ V ≃ 0,523
Portanto, a taça pode conter até 0,523 ℓ.
Tronco de um cone reto
Considere um cone reto, de vértice V,
altura h e raio da base r, seccionado
por um plano , paralelamente ao
plano da base, a uma distância ht dela
(ht < h), que determina uma secção
transversal de centro O’ e raio r’,
conforme a figura ao lado.
Tronco de um cone reto
Ao seccionar o cone original, o plano  determina dois sólidos,
um cone menor, de mesmo vértice V, comprimento da
geratriz g’ e altura h’ = h – ht, e outro denominado tronco
de cone, de bases paralelas.
Elementos de um tronco de cone
Área da superfície de um tronco
de cone reto

Alateral = gt(R + r)

Abase menor = r2

Abase maior = R2

Atotal = gt(R + r) + r2 + R2


Exercício resolvido

R9. Calcular a área total da superfície de um tronco de cone


reto de bases paralelas cuja geratriz mede 6 cm e cujos
raios das bases medem 5 cm e 1 cm.
Exercício resolvido

R9.
Resolução
Alateral = gt(R + r) ⇒ Alateral =  ∙ 6 ∙ (5 + 1) ⇒ Alateral = 36
Abase menor = r2 ⇒ Abase menor =  ∙ 12 ⇒ Abase menor = 

Abase maior = R2 ⇒ Abase maior =  ∙ 52 ⇒ Abase maior = 25


Atotal = Alateral + Abase menor + Abase maior
Atotal = 36 +  + 25 ⇒ Atotal = 62

Portanto, a área total da superfície desse tronco de cone é


62 cm2.
Volume de um tronco de cone reto

Vtronco de cone =
Exercício resolvido

R10. Determinar o volume de um tronco de cone circular


reto de 4 cm de altura, cujo raio da base maior mede
6 cm e raio da base menor mede 3 cm.

Resolução

O volume do tronco de cone é dado por:


h
Vtronco de cone = ___t (R2 + Rr + r2)
3
∙4
Vtronco de cone = ____ (62 + 6 ∙ 3 + 32)
3
Vtronco de cone = 84 cm3
Exercício resolvido

R11. Dado um tronco de cone reto de bases


paralelas, calcular a razão entre os volumes
V’cone, do cone menor, e Vcone, do cone maior,
que determinam esse tronco, em função da
razão entre as respectivas alturas, h’ e h.
Resolução
O volume do tronco de cone é obtido do volume V’cone do

cone menor (de altura h’ e raio da base r’) e do volume Vcone


do cone maior (de altura h e raio da base r).
Os triângulos VO’A e VOB são semelhantes;
portanto: (I)
Exercício resolvido

R11.
Resolução
Como os volumes dos cones são dados por
V’cone = ∙  ∙ (r’)2 ∙ h’ e Vcone = ∙  ∙ r2 ∙ h, a razão entre
os volumes é:

(II)

Substituindo (I) em (II), obtemos a razão solicitada:


Exercício resolvido

R12. Calcular a quantidade máxima de

BIRY SARKIS
sorvete que o pote representado na
figura pode comportar.
Resolução
Calculando a altura do tronco de cone, temos:

O volume desse tronco de cone é:


h
Vtronco de cone = ___t (R2 + Rr + r2) =
3
= (72 + 7 ∙ 5 + 52) = 218
Logo, o pote comporta no máximo 218  cm3,
cerca de 2.270 cm3 de sorvete.
Esfera
Considere um ponto C do espaço e um número real e positivo r.

Chamamos de esfera o sólido formado por todos


os pontos P do espaço que estão a uma distância
de C menor ou igual a r.
Superfície esférica
A superfície esférica é a “casca” da esfera, ou seja,
é o conjunto de pontos P do espaço que estão a uma
distância de C igual a r.
Esfera de revolução
A esfera é considerada um sólido de revolução, pois pode
ser obtida pela rotação de um semicírculo em torno de
um eixo que passa por seu diâmetro.
Secção plana de uma esfera
Toda secção plana de uma esfera, ou intersecção de uma
esfera com um plano, é um ponto ou um círculo. Se o
plano de intersecção contiver o centro da esfera, então a
secção obtida será chamada círculo máximo.
Exercício resolvido

R13. Considerando que as esferas S1 e S2,


de raios medindo 3 cm e 4 cm,
respectivamente, são tangentes
externamente, determinar a
distância entre seus centros.

Resolução
Como as esferas são tangentes externamente, ou seja, têm
somente um ponto em comum, o segmento que une seus
centros tem medida r1 + r2. Nesse caso: 3 + 4 = 7

Então, a distância entre seus centros é 7 cm.


Exercício resolvido

R14. Calcular a medida r1 do raio de uma secção plana de


uma esfera sabendo que o raio da esfera mede 13 cm e
a distância dessa secção ao centro da esfera é 5 cm.

Resolução
Vamos destacar o triângulo retângulo
Observe a figura. COP:

Aplicando o teorema de Pitágoras no


∆COP, temos:
132 = 52 + r12 ⇒ r12 = 144 ⇒ r1 = 12
Portanto, r1 é igual a 12 cm.
Exercício resolvido

R15. Calcular o volume do cilindro inscrito na


semiesfera abaixo.

Resolução
Vcilindro = R2h ⇒ Vcilindro = (r2 – h2)h
Vcilindro = (42 – 22) ∙ 2 = 24
O volume do cilindro é 24 cm3.
Área da superfície esférica

Asuperfície esférica = 4r2

Exemplo
Vamos calcular a área da superfície esférica de raio 5 cm.

Sabemos que: Asuperfície esférica = 4r2

Considerando  ⋍ 3,14, temos:

A ⋍ 4 ∙ 3,14 ∙ 25 = 314

Portanto, a área da superfície esférica é de aproximadamente


314 cm2.
Volume da esfera

Vesfera = r3
Exercício resolvido

R16. Uma secção plana de uma esfera, distante cm do


centro dessa esfera, tem 36 cm2 de área. Calcular o
volume da esfera e a área de sua superfície.

Resolução
Como toda secção plana de uma esfera
é um círculo, então a área é dada por:
A1 = r12
Logo: 36 = r1 ⇒ r1 = 6 cm (raio da secção plana)
Assim, aplicando o teorema de Pitágoras no ∆COP,
calculamos o raio da esfera:

r2 = 62 + = 36 + 45 = 81 ⇒ r = 9
Exercício resolvido

R16.
Resolução

Agora, podemos calcular o volume V da


esfera e a área A de sua superfície:
V= r3 ⇒ V = ∙  ∙ 93 ⇒ V = 972 ⇒ V ≃ 3.053
A = 4r2 ⇒ A = 4 ∙  ∙ 92 ⇒ A = 324 ⇒ A ≃ 1.017
Portanto, o volume da esfera é aproximadamente 3.053 cm3
e a área da sua superfície é aproximadamente 1.017 cm2.
Exercício resolvido

R17. Uma esfera foi inscrita em um cubo,


conforme a figura ao lado. Calcular
o volume dessa esfera e determinar
a razão entre as áreas da superfície
cúbica e da superfície esférica.

Resolução

Da figura, temos a = 2r, e a aresta do cubo igual a 2 cm,


então r = 1 cm.
O volume da esfera é: Vesfera = ∙  ∙ 13 ⇒ Vesfera = 

A área da superfície cúbica é: Acubo = 6 ∙ 2 ∙ 2 ⇒ Acubo = 24


Exercício resolvido

R17.
Resolução

A área da superfície esférica é: Aesfera = 4 ∙  ∙ 12

Considerando  = 3,14:

Aesfera = 4 ∙ 3,14 = 12,56

A razão entre as áreas: ≃ 1,91

Logo, a área do cubo é quase o dobro da área da superfície

esférica.
Volume de uma cunha esférica
É chamado de cunha esférica o sólido gerado pela
rotação, por um ângulo de medida , de um semicírculo
de raio r em torno de um eixo que contém seu diâmetro.

Vcunha esférica =
Área de um fuso esférico
Pela rotação, por um ângulo de medida , de uma
semicircunferência de raio r em torno de um eixo que
contém seu diâmetro, obtemos um fuso esférico.

Afuso esférico =
Exercício resolvido

R18. Calcular o volume da cunha esférica e a


área do fuso esférico da figura ao lado,
em que r = 4 cm.

Resolução
Vcunha esférica = ⇒ Vcunha esférica = ≃ 14,9

Afuso esférico = ⇒ Afuso esférico = ≃ 11,2

Portanto, o volume da cunha esférica é aproximadamente


14,9 cm3 e a área do fuso esférico é aproximadamente
11,2 cm2.
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Adriano Rosa Lopes, Enrico Briese Casentini, Everton José Luciano,
Juliana Ikeda, Marilu Maranho Tassetto, Willian Raphael Silva
Assistência editorial: Pedro Almeida do Amaral Cortez
Preparação de texto: Renato da Rocha Carlos
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Daniela Chahin Barauna, Erika Freitas, Fernanda Siwiec, Monica de Souza e Yan Comunicação
Ilustração dos gráficos: Adilson Secco

EDITORA MODERNA
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Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
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Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres
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2012
Geometria analítica:
Conceitos básicos e a reta
Sistema cartesiano ortogonal
O sistema cartesiano ortogonal é formado por dois eixos
perpendiculares entre si. O eixo x (horizontal) é o eixo das
abscissas, e o eixo y (vertical) é o eixo das ordenadas.
Os eixos se cruzam no ponto O(0, 0), denominado origem
das coordenadas do plano cartesiano.
Podemos localizar qualquer ponto P do plano cartesiano por
meio de um único par ordenado (xp, yp) de números reais.
Reciprocamente, dado um par ordenado (xp, yp) de
números reais, associa-se a ele um único ponto P
pertencente ao plano.
Sistema cartesiano ortogonal
Exemplo
Considerando o plano cartesiano visto na abertura do capítulo,
vamos associar os pontos O, A e B aos pares ordenados
correspondentes:

 o ponto O (localização do centro


médico) à origem (0, 0) das
coordenadas do plano cartesiano;

 o ponto A (localização do
helicóptero) ao par ordenado (0, 8);

 o ponto B (localização do grupo


de pessoas) ao par ordenado (12, 13).
Quadrantes
Os eixos do plano cartesiano dividem esse plano em quatro
quadrantes, numerados no sentido anti-horário. A figura
abaixo indica essa numeração e as condições para que um
ponto P pertença ao quadrante.
Quadrantes
No plano cartesiano, a bissetriz
do 1o e do 3o quadrantes é
chamada de bissetriz dos
quadrantes ímpares.

Já a bissetriz do 2o e do
4o quadrantes é chamada
de bissetriz dos quadrantes
pares.
Exercício resolvido

R1. Determine as coordenadas


dos pontos indicados no plano

cartesiano.

Resolução

Observando a figura, percebemos que o ponto A está


associado ao par ordenado (3, 2); o ponto B, ao (1, –1);
o ponto C, ao (–3, 4); o ponto D, ao (–1, –3);
e o ponto E, ao (2, 0).
Exercício resolvido

R2. Determinar o valor real de b, de modo que o ponto


B(4, b – 4) pertença ao eixo das abscissas.

Resolução
Se o ponto B pertence ao eixo das abscissas, então:
yB = 0
Assim: b – 4 = 0 ⇒ b = 4
Exercício resolvido

R3. Representar no plano cartesiano os pontos A(1, 5), B(4, 1) e


C(1, 1). Depois, unir esses pontos com segmentos de retas.

Resolução
As coordenadas do ponto A

são: xA = 1 e yA = 5
As coordenadas do ponto B
são: xB = 4 e yB = 1

As coordenadas do ponto C
são: xC = 1 e yC = 1

Observe que os pontos A, B e C determinam o ∆ABC.


Distância entre dois pontos
Em muitas situações do cotidiano, precisamos conhecer a
distância entre dois pontos.
Vamos considerar dois pontos, A e B, sendo a distância entre
eles dada por dA,B, que é a medida do segmento de origem
A e extremidade B.
Distância entre dois pontos
Observe nos exemplos a seguir como calcular essa distância.

b)
a)

dA, B = 8 – 2 = 6 dA, B = 5 – 1 = 4
Distância entre dois pontos
c) Voltando à situação da abertura, vamos calcular a que
distância o helicóptero (ponto A) está do grupo de
pessoas (ponto B).
Para calcular essa distância,
vamos observar o ponto auxiliar
C(12, 8) no plano cartesiano.
Distância entre dois pontos
 distância do ponto A ao C (dA, C): 12 km
 distância do ponto B ao C (dB, C): 5 km
 distância do ponto A ao B (dA, B): d km

Os pontos A, B e C são os vértices de um triângulo


retângulo. Pelo teorema de Pitágoras, obtemos:

(dA, B)2 = (dA, C)2 + (dB, C)2 ⇒ d2 = 122 + 52 ⇒ d2 = 169 ⇒


⇒ d = 13 ou d = –13
A distância entre dois pontos, por definição, é um número
não negativo; então: d = 13 km

Logo, o helicóptero está a 13 km do grupo de pessoas.


Distância entre dois pontos
Vamos determinar a distância dA, B entre
dois pontos quaisquer A(xA, yA) e B(xB, yB).
Para isso, vamos representá-los
no plano cartesiano ao lado. Também
representamos um ponto auxiliar C,
de modo a formar um triângulo ABC,
retângulo em C.
Pelo teorema de Pitágoras: (dA, B)2 = (AC)2 + (BC)2
Sabemos que AC = |xB – xA| e que BC = |yB – yA|.
Como |xB – xA|2 = (xB – xA)2 e |yB – yA|2 = (yB – yA)2,
temos: (dA, B)2 = (xB – xA)2 + (yB – yA)2
Distância entre dois pontos
Portanto, a distância entre os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB)
do plano cartesiano é dada por:

dA, B =
Exercício resolvido

R4. Calcular a distância entre os pontos A(0, 3) e B(2, –1).


Resolução

Como A(0, 3) e B(2, –1), então:


xA = 0, yA = 3, xB = 2 e yB = –1

Substituindo esses valores em


dA, B = , temos:
dA, B =
dA, B =
dA, B =
dA, B =
Exercício resolvido

R5. Determinar m para que a distância entre A e B seja


5 unidades, dados os pontos A(–2, m) e B(1, 3).
Resolução
Como a distância entre A e B é 5 unidades, temos:
(dA, B)2 = (xB – xA)2 + (yB – yA)2 ⇒ 52 = (1 + 2)2 + (3 – m)2 ⇒
⇒ 25 = 32 + 9 – 6m + m2 ⇒ m2 – 6m – 7 = 0
Resolvendo a equação do 2o grau, temos dois valores de m que
tornam a distância entre A e B igual a 5 unidades:
m = 7 ou m = –1.
Exercício resolvido

R6. Determinar o ponto C(m, 2m), que é equidistante dos


pontos A(–7, 0) e B(3, 0).
Resolução
Como o ponto C é equidistante dos pontos A e B, então a
distância entre C e A é a mesma que entre C e B. Assim:
dA, C = dB, C = ⇒
⇒ (m+7)2 + 4m2 = (m – 3)2 + 4m2 ⇒ m2 + 14m + 49 =
= m2 – 6m + 9 ⇒ m = –2
Substituindo m = –2,
obtemos C(–2, –4).
Observe a representação gráfica:
Exercício resolvido

R7. Determinar o valor de x de modo que os pontos A(2, –1),


B(3, x) e C(–2, 5) sejam os vértices de um triângulo
retângulo em A.

Resolução

(dA, C)2 = (dA, B)2 + (dB, C)2

10 + 36 + 1 + (–1 – x)2 = 25 + (5 – x)2


53 + 1 + 2x + x2 = 25 + 25 – 10x + x2
12x = –4
x=
Coordenadas do ponto médio de um
segmento de reta
Ao considerar um segmento de extremos A(xA, yA) e
B(xB, yB), e ponto médio M(xM, yM), temos:

Logo, temos:
Coordenadas do ponto médio de um
segmento de reta
Exemplo
a) Vamos calcular as coordenadas do ponto médio do segmento
, sendo A(10, –4) e B(4, –6).

As coordenadas do ponto médio do segmento podem ser


dadas por:

xM = =7

yM = = –5

Logo, o ponto médio do


segmento é M(7, –5).
Coordenadas do ponto médio de um
segmento de reta
Exemplo
b) Vamos determinar o comprimento da mediana do triângulo
cujos vértices são A(2, 3), B(4, –2) e C(0, –6).

M é o ponto médio do segmento .

Calculando suas coordenadas, temos:

xM = yM =

Logo: M(2, –4)

Agora vamos calcular o comprimento da mediana.


dA, M = =7

Portanto, o comprimento da mediana é 7.


Coordenadas do ponto médio de um
segmento de reta
Exemplo
c) Vamos determinar as coordenadas do ponto B, sabendo que
M(–1, –1) é o ponto médio de , com A(–1,1).

xM =

yM =

Logo: B(–1, –3)


Coordenadas do baricentro de
um triângulo

Portanto, o baricentro G é dado por:


Coordenadas do baricentro de
um triângulo
Exemplos
a) Vamos calcular as coordenadas do baricentro do triângulo de
vértices A(3, 1), B(2, 6) e C(4, 2).

Logo, as coordenadas do baricentro são: (3, 3)


Coordenadas do baricentro de
um triângulo
Exemplos
b) Os pontos A(1, 5), B(2, 8) e C(x, y) são vértices de um
triângulo cujo baricentro é o ponto G(4, 2). Vamos
determinar as coordenadas do vértice C.

Portanto, as coordenadas do vértice são: (9, –7)


Condição de alinhamento
de três pontos

Três pontos A(xA,yA), B(xb, yb) e C(xc, yc)


são colineares se, e somente se:
Exercício resolvido

R8. Verificar se os pontos A(3, 2), B(4, 1) e C(1, 4) são


colineares.

Resolução
Vamos calcular o determinante:

D= = 3 + 2 + 16 – 1 –12 – 8 = 21 – 21 = 0

É importante observar que, se D = 0, os pontos são colineares


e, se D ≠ 0, os pontos são vértices de um triângulo.
Exercício resolvido

R9. Determinar o valor de k para que os pontos A(k, 7),


B(2, –3) e C(k, 1) sejam os vértices de um triângulo.

Resolução
Para que os pontos A, B e C sejam os vértices de um
triângulo, eles não podem estar alinhados. Assim:

Logo: k ≠ 2
Equação geral da reta

ax + by + c = 0
Equação geral da reta
Exemplo
Vamos obter a equação geral da reta r que passa pelos pontos
A(–1, 3) e B(3, 2).

Considere um ponto P(x, y) pertencente à reta r. Ele está alinhado


com os pontos A e B.
Equação geral da reta
Exemplo
Pela condição de alinhamento de três pontos, temos:

Portanto, a equação geral da reta que passa pelos pontos


A e B é: x + 4y – 11 = 0
Exercício resolvido

R10. Verificar se o ponto P(3, 2) pertence à reta s, cuja


equação é x – 3y + 3 = 0.

Resolução
Para que o ponto P(3, 2) pertença à reta s, suas coordenadas
devem satisfazer a equação dessa reta.
Substituindo x por 3 e y por 2 na equação x – 3y + 3 = 0,
temos:
3–3∙2+3=0⇒3–6+3=0⇒0=0
Portanto, o ponto P pertence à reta s.
: Exercício resolvido

R11. Os pontos A(2, 3), B(5, 1) e C(4, 4) são os vértices de


um triângulo. Determinar as equações das retas
suportes dos lados desse triângulo.
(Dado: as retas suportes dos lados de um triângulo
são retas que contêm os lados do triângulo.)

Resolução

Equação da reta suporte do lado :


y
Exercício resolvido

R11.
Resolução
Equação da reta suporte do lado :
y

Equação da reta suporte do lado :


y

Logo, as equações das retas suportes dos lados do triângulo


ABC são:
2x + 3y – 13 = 0, –x + 2y – 4 = 0, –3x – y + 16 = 0
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
A medida  do ângulo indicado ao lado é
chamada de inclinação da reta e é medida
a partir do eixo x no sentido anti-horário
(0º ≤  < 180º).

Chamamos de coeficiente angular ou declividade de uma


reta não perpendicular ao eixo x o número real m expresso
pela tangente trigonométrica de sua inclinação, ou seja:

m = tg 
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
Exemplos
a) Vamos determinar o coeficiente angular m da reta representada
abaixo:

O valor de m é determinado pela tg .


Logo:  = 60º ⇒ m = tg 60º ⇒ m =
Assim, o coeficiente angular é: 3
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
Exemplos
b) Vamos obter o coeficiente angular da reta representada abaixo:

O valor de m é dado pela tg .


Logo:  = 135º ⇒ m = tg 135º ⇒
⇒ –tg 45º ⇒ m = –1
Portanto, o coeficiente angular é: –1
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
O triângulo ABC é retângulo em C. Para 0º ≤  < 90º

Logo:
m = tg  =
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
O triângulo ABC é retângulo em C. Para 90º ≤  < 180º

Logo: m = tg = –tg(180º – ) =


=

Portanto, pelos casos anteriores,


concluímos que o coeficiente angular
m de uma reta não paralela aos eixos
é dado por:
Inclinação e coeficiente angular
de uma reta
Determinação do coeficiente angular

Exemplos
a) Vamos determinar o coeficiente angular da reta que passa
pelos pontos A(3, 2) e B(5, 7).

O coeficiente angular é:

b) Dados os pontos A(k, 2) e B(2, 5) de uma reta, e seu


coeficiente angular m = 1, vamos determinar o valor de k.
Exercício resolvido

R12. Determinar o coeficiente angular da reta r que passa


pelos pontos A(2, 3) e B(4, 9).

Resolução
O coeficiente angular é dado por:

Logo, o coeficiente angular da reta r é: 3


Exercício resolvido

R13. Calcular o valor de mr ∙ ms sabendo que mr e ms


correspondem, respectivamente, ao
coeficiente angular das retas r e s
apresentadas na figura.

Resolução
Coeficiente angular da reta r:
Note que: mr = tg β = 1 ⇒ β = 45º
Pela propriedade do ângulo externo, temos:
 = β + 90º ⇒  = 45º + 90º ⇒  = 135º
Então: ms = tg 135º = –1
Portanto: mr ∙ ms = 1 ∙ (–1) = –1
Equação da reta de coeficiente
angular m e que passa por um ponto
A(xA, yA)
Considere o ponto P(x, y)
na reta r não paralela ao eixo y,
sendo P ≠ A e m = tg .
Como m = tg , então:

Portanto, a equação de uma reta que passa por A(xA, yA) e


tem coeficiente angular m é:

y – yA = m(x – xA)
Equação da reta de coeficiente
angular m e que passa por um ponto
A(xA, yA)
Exemplo
Vamos determinar a equação da reta r que intercepta o eixo y no
ponto P(0,1) e o eixo x com uma inclinação de 150º.

Coeficiente angular: m = tg 150º = –tg 30º = – ; como P(0, 1)


pertence à reta r; temos:

y – yp = m(x – xp) ⇒ y – 1 = – ∙ (x – 0) ⇒ x + 3y – 3 = 0

Portanto, a equação da reta r é:

x + 3y – 3 = 0
Exercício resolvido

R14. Observar a figura e obter a


equação da reta r que passa pelo
ponto A e tem inclinação 45º.
Resolução
Para determinar a equação da reta r, é preciso encontrar
o coeficiente angular m:

m = tg  ⇒ m = tg 45º ⇒ m = 1
A reta procurada tem coeficiente angular m = 1 e passa pelo
ponto A(7, 1).
Assim: y – yA = m(x – xA) ⇒ y – 1 = 1 ∙ (x – 7) ⇒ x – y – 6 = 0
Portanto, x – y – 6 = 0 é a equação geral da reta r.
Exercício resolvido

R15. Determinar a equação da reta r que passa pelos


pontos A(–1, 2) e B(4, 3).

Resolução
Além do método da condição de alinhamento, usando
determinante, esse problema pode ser resolvido com o estudo
do coeficiente angular da reta. Vamos calcular o coeficiente
angular da reta determinada por A e B:
Exercício resolvido

R15.
Resolução

Após calcular o valor do coeficiente angular da reta, podemos


obter a equação da reta a partir de qualquer um de seus
pontos. A reta procurada tem coeficiente angular m = e
passa pelo ponto B(4, 3).
Assim: y – 3 = (x – 4) ⇒ 5y – 15 = x – 4 ⇒ x – 5y + 11 = 0

Portanto, x – 5y + 11 = 0 é a equação geral da reta r.


Exercício resolvido

R16. Sabendo que a inclinação da reta que passa pelos


pontos A(k, 2) e B(–1, 3) é 45o, determinar o valor de
k e a equação da reta que passa pelos pontos A e B.

Resolução
O coeficiente angular é: m = tg 45º ⇒ m = 1
Portanto: ⇒ ⇒ k = –2
A reta tem coeficiente angular m = 1 e passa por A(–2, 2).
Assim: y – 2 = 1(x + 2) ⇒ x – y + 4 = 0

Portanto, x – y + 4 = 0 é a equação geral da reta que passa


pelos pontos A e B.
Equação reduzida da reta

y = mx + n

A forma y = mx + n é denominada equação reduzida da


reta, sendo m o coeficiente angular da reta e n a ordenada
do ponto onde a reta intercepta o eixo y. O número n é
chamado de coeficiente linear da reta.
Equação reduzida da reta
Exemplo
Vamos escrever na forma reduzida a equação da reta que passa
pelo ponto A(2, 5) e tem coeficiente angular m = –1.

Como m = –1 e A(2, 5), temos:

y – yA = m(x – xA) ⇒ y – 5 = –1(x – 2) ⇒ y – 5 = –x + 2 ⇒

⇒ y = –x + 7

Portanto, a equação reduzida da reta


que passa pelo ponto A(2, 5) e tem
coeficiente angular m = –1 é: y = –x + 7
Exercício resolvido

R17. Determinar os coeficientes linear e angular da reta de


equação 6x – 5y – 30 = 0.

Resolução
Para determinar os coeficientes linear e angular da reta,
isolamos y em: 6x – 5y – 30 = 0

Assim: 6x – 5y – 30 = 0  –5y = –6x + 30  y = x–6


Comparando a equação acima com a equação reduzida da
reta, temos o coeficiente linear –6 e o coeficiente angular .
Exercício resolvido

R18. Dada a representação gráfica


da reta r, determinar a equação
reduzida de r.

Resolução
Observando a figura, temos:
coeficiente linear: n = 7 (ordenada do ponto de intersecção
de r com o eixo y)
 = 60º  m = tg 60º  m =
Substituindo m = e n = 7 na equação y = mx + n, obtemos
a equação reduzida de r: y = x+7
Equação segmentária da reta
A equação geral da reta r é dada por:

Dividindo os dois membros da equação por ab, obtemos:

A equação é denominada
equação segmentária da reta.
Equação segmentária da reta
Exemplo
a) Vamos determinar a equação segmentária
da reta r representada ao lado.

Como a reta r intercepta o eixo x em (–3, 0)


e o y em (0, –2), temos:

Portanto, é a equação segmentária da reta.


Equação segmentária da reta
Exemplo
b) Vamos determinar a equação segmentária da reta r cuja
equação geral é 2x – 3y + 4 = 0.

2x – 3y + 4 = 0 ⇒ 2x – 3y = –4 ⇒ =1

Portanto, = 1 é a equação segmentária da reta.


Equações paramétricas da reta
Equações paramétricas são aquelas que não relacionam
diretamente as coordenadas x e y. Essas equações são
dadas em função de uma terceira variável, t, chamada
parâmetro: , em que f e g são funções afins.
Equações paramétricas da reta
Exemplo
a) Observe a seguinte equação paramétrica da reta r:

A partir dela, vamos determinar a equação geral da reta r.


Para isso, vamos isolar t na primeira equação.

x = 2t + 4 ⇒ t =

Substituindo t por na segunda equação, temos:

y= – 3 ⇒ x – 2y – 10 = 0

Portanto, x – 2y – 10 = 0 é a equação geral da reta r.


Equações paramétricas da reta
Exemplo
b) Considerando a reta r cuja equação geral é 3x – 2y – 6 = 0,
vamos determinar as equações paramétricas dessa reta.

Isolando x na equação, temos:

3x – 2y – 6 = 0 ⇒ 3x = 2y + 6 ⇒ x =

Fazendo , obtemos: x = 2t e y = 3t – 1

Portanto, a reta r é definida por:

É importante observar que a escolha é arbitrária, pois há


outras possibilidades. Por exemplo, para , temos ,
que também representa a reta r.
Equações paramétricas da reta
Exemplo
c) Considerando os dados do exemplo b, vamos obter as
coordenadas do ponto P de r tal que t = –4.

Para t = –4, temos

Portanto: P(–8, –15)


Posição relativa de duas retas
no plano
Retas paralelas Retas concorrentes
Coincidentes Distintas Não perpendiculares Perpendiculares

r: 3x + y – 3 = 0 r: x + y – 2 = 0 r: 2x + y – 6 = 0 r: x + y – 5 = 0
s: 6x + 2y – 6 = 0 s: x + y – 4 = 0 s: –2x + y + 1 = 0 s: –x + y = 0
Retas paralelas

As retas r e s são paralelas As retas r e s são paralelas


distintas se, e somente se: coincidentes se, e somente se:

m r = ms e nr ≠ ns mr = ms e nr = ns
Retas paralelas
Exemplo
Vamos determinar a posição da reta r, de equação x + 2y – 6 = 0,
em relação à reta s, de equação 3x + 6y – 5 = 0.

Para obter os coeficientes angular e linear de r e s, usamos a


equação na forma reduzida.

Para a reta r, temos: x + 2y – 6 = 0 ⇒ y = ⇒

⇒ mr = e nr = 3

Para a reta s, temos: 3x + 6y – 5 = 0 ⇒ y = ⇒


⇒ ms = e ns =

Como mr = ms = e nr ≠ ns, então as retas r e s são


paralelas distintas.
Retas concorrentes

As retas r e s são concorrentes As retas r e s são concorrentes


se, e somente se: perpendiculares se, e somente se:

mr ≠ ms mr ∙ ms = –1
Retas concorrentes
Exemplo

Dadas as retas r e s, de equações 2x + 3y – 6 = 0 e


3x – 2y + 1 = 0, vamos verificar se elas são perpendiculares.
Observe:

reta r: 2x + 3y – 6 = 0 ⇒ y = ⇒ mr =

reta s: 3x – 2y + 1 = 0 ⇒ y = ⇒ ms =

Como = –1, temos: mr ∙ ms = –1; portanto, r ⊥ s.


Exercício resolvido

R19. Dado o ponto P(2, 1), obter a equação geral da


reta s que passa por P e é paralela à reta r de
equação 2x – y + 7 = 0.
Resolução
Para que as retas r e s sejam paralelas, é necessário que seus
coeficientes angulares sejam iguais.
Assim: mr = ms = 2
Como o ponto P(2, 1) pertence à reta s, temos:
y = ms ∙ x + ns ⇒ 1 = 2 ∙ 2 + ns ⇒ ns = –3
Portanto, a equação da reta s, paralela à reta r, é: y = 2x – 3
Retas concorrentes e o ângulo
formado entre elas
Admitindo que nenhuma das retas
seja perpendicular ao eixo x, temos:

Se uma das retas for vertical e a


outra não horizontal, teremos:
Retas concorrentes e o ângulo
formado entre elas
Exemplo
a) Vamos considerar as retas r e s de equações 5x + 8 = 0 e
y = x + 3, respectivamente, e determinar o ângulo agudo
formado entre elas.

Como r é perpendicular ao eixo x (reta vertical), temos:

tg θ =

Como ms = 1, temos: tg θ = ⇒ tg θ = 1 ⇒ θ = 45o

Portanto, o ângulo formado pelas retas r e s mede 45o.


Retas concorrentes e o ângulo
formado entre elas
Exemplo
a) Observe abaixo a representação das retas r e s no
plano cartesiano.
Retas concorrentes e o ângulo
formado entre elas
Exemplo
b) O ângulo formado entre as retas t e u mede 45º e o
coeficiente angular de t é mt = . Vamos determinar o
coeficiente angular mu da reta u.

tg θ = ⇒ tg 45º = ⇒1=

Para , temos: mu = –5

Para , temos: mu =

Portanto: mu = –5 ou mu =
Distância entre ponto e reta
Cálculo da distância entre um ponto e uma reta
Como você já viu, a distância de um ponto P a uma reta r é
a distância entre P e sua projeção P’ sobre r.
Distância entre ponto e reta
Cálculo da distância entre um ponto e uma reta
Exemplo
Vamos calcular a distância entre o ponto A(–2, 5) e a reta r de
equação 2x + y + 1 = 0.

Observe que, conhecendo a equação de r, devemos encontrar a


equação da reta s que passa por A e é perpendicular a r.
Sendo A’(x, y) o ponto onde as retas r e s se interceptam, então,
para resolver o problema, basta calcular a distância entre A e A’.
Distância entre ponto e reta
Cálculo da distância entre um ponto e uma reta
Exemplo
Coeficiente angular da reta r: 2x + y +1 = 0 ⇒ y = –2x – 1 ⇒ mr = –2

Para r ⊥ s, temos: mr ∙ ms = –1 ⇒ (–2) ∙ ms = –1 ⇒ ms =

Portanto, a equação da reta s que passa por A (–2, 5) é:

y – yA = ms (x – xA) ⇒ y – 5 = ∙ (x + 2) ⇒ x – 2y + 12 = 0
Distância entre ponto e reta
Cálculo da distância entre um ponto e uma reta
Exemplo
Como A’ = r ∩ s, devemos resolver o sistema formado
pelas equações das retas r e s e obter as coordenadas de A’.

Portanto: A’ =

Como dA, r = dA, A’, temos:

dA,r =

Logo, a distância entre o ponto A e a reta r é .


Fórmula da distância entre
ponto e reta
Fórmula da distância entre
ponto e reta
Exemplo
Dado o ponto P(–2, 5) e a reta r de equação 2x + y + 1 = 0,
vamos calcular a distância entre esse ponto e a reta r,
empregando a fórmula.
Exercício resolvido

R20. Dado o triângulo de vértices A(2, 4), B(–2, 2) e C(3, 0),


determinar a medida da altura relativa ao lado .

Resolução

A medida da altura procurada é a distância entre o ponto


A(2, 4) e a reta .

Portanto, a medida da altura do triângulo ABC relativa ao


lado é:
Exercício resolvido

R21. Calcular a distância entre as retas paralelas r e s,


de equações 2x – y + 4 = 0 e 2x – y – 7 = 0,
respectivamente.
Resolução
Sabemos que a distância entre duas retas paralelas é igual à
distância de um ponto P qualquer de uma delas à outra reta.

Então, vamos calcular as coordenadas de um ponto P


qualquer da reta r.
Exercício resolvido

R21.
Resolução

Para x = 0, temos: 2 ∙ 0 – y + 4 = 0 ⇒ y = 4
Portanto: P(0, 4)
Agora, basta calcular a distância entre P e a reta s.

Logo, a distância entre as duas retas é:


Área do triângulo: uma aplicação da
Geometria analítica
Considere o triângulo ABC indicado na figura abaixo.

Pela Geometria plana, sabemos que a área desse triângulo


é dada por:
Atriângulo= ∙ BC ∙ AH
Na Geometria analítica, escrevemos essa fórmula da
seguinte maneira:
Atriângulo= ∙ dB,C ∙ dA,r
Observe que, nesse caso, r é a reta suporte do lado do
triângulo.
Área do triângulo: uma aplicação da
Geometria analítica
Exemplo
Os pontos A(5, 2), B(3, 5) e C(1, 0) são
vértices do triângulo ABC
representado ao lado.

Para calcular a área desse triângulo, devemos determinar a


medida do lado .

dB,C =
Área do triângulo: uma aplicação da
Geometria analítica
Exemplo
Agora, vamos determinar a equação da reta r suporte do lado .

= 0 ⇒ 5x + y – 5 – 3y = 0 ⇒ 5x – 2y – 5 = 0

A distância do vértice A(5, 2) à reta r suporte do lado é dada por:

Utilizando os dados obtidos anteriormente, vamos calcular a área


do triângulo.
Atriângulo= ∙ dB,C ∙ dA,r ⇒ Atriângulo= = =8
Portanto, a área do triângulo é 8 unidades de área.
Fórmula da área do triângulo

Logo:
Fórmula da área do triângulo
Exemplo
Vamos calcular a área do triângulo de vértices A(5, 2), B(3, 5)
e C(1, 0).

D= = 25 + 2 – 5 – 6 = 16

Atriângulo = |D|  Atriângulo = |16|  Atriângulo = 8

Portanto, a área do triângulo é 8 unidades de área.


ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Adriano Rosa Lopes, Enrico Briese Casentini, Everton José Luciano,
Juliana Ikeda, Marilu Maranho Tassetto, Willian Raphael Silva
Assistência editorial: Pedro Almeida do Amaral Cortez
Preparação de texto: Renato da Rocha Carlos
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Iconografia: Daniela Chahin Barauna, Erika Freitas, Fernanda Siwiec, Monica de Souza e Yan Comunicação
Ilustração dos gráficos: Adilson Secco

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2012

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