Atividades

Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular
Volumes 1 a 6

Livro do Professor
 Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
C289 Carneiro, Lucio Nicolau dos Santos.
Atividades padrão : ENEM, ensino médio / Lucio Nicolau dos Santos
Carneiro ; ilustrações Angela Giseli... [et al.] – Curitiba : Positivo, 2016..
v. 1 a 6 ; 111 MB ; ePUB .

Sistema Positivo de Ensino

ISBN 978-85-467-0459-0 (Livro do professor)

1. Ensino médio – Currículos. I. Giseli, Angela. II. Título.

CDD 373.3

©Autoria
Matemática e suas Tecnologias
Lucio Nicolau dos Santos Carneiro
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Biologia (Luiz Carlos Prazeres e Luciane Lazarini)
Física (Alysson Ramos Artuso e Luís Fernando Cordeiro) © Editora Positivo Ltda., 2009
Química (Gabriela Ido Sabino) Produção: Editora Positivo Ltda.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Rua Major Heitor Guimarães, 174
Língua Inglesa (Angela Maria Hoffmann Walesko)
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (Maria Josele 80440-120 – Curitiba – PR
Bucco Coelho, Nathalia Saliba Dias) Tel.: (0xx41) 3312-3500
Ciências Humanas e suas Tecnologias Fax: (0xx41) 3312-3599
Geografia (Carina Merlin)
História (Wilma Joseane Wünsch) Impressão e Acabamento
Gráfica Posigraf S.A.
Ilustrações: Angela Giseli, Jack Art, Rua Senador Accioly Filho, 500
Divanzir Padilha e Theo Cordeiro 81310-000 – Curitiba – PR
Projeto Gráfico e Capa: Vicente Design Tel.: (0xx41) 3212-5452
Cartografia: Julio Manoel França da Silva E-mail: posigraf@positivo.com.br
Diretor-Superintendente: Ruben Formighieri 2011
Diretor-Geral: Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial: Joseph Razouk Junior Contato: editora.spe@positivo.com.br
Gerente Editorial: Maria Elenice Costa Dantas
Gerente de Arte e Iconografia: Claudio Espósito Godoy
Todos os direitos reservados à Editora
Editora: Rose Marie Wünsch
Assistente de edição: Rosana Fidelix Positivo Ltda.
Editora de Arte: Angela Giseli de Souza
Coordenadora de Arte: Tatiane Esmanhotto Kaminski
Editoração: Alexandra M. Cezar
Cassiano Darella
Pesquisa Iconográfica: Larissa Warnavin
Janaína de Oliveira
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 1
on
isi
lV
ita
D ig

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27

Ensino Médio | Modular | Volume 1
Matemática e suas Tecnologias
1. Em uma escola de Ensino Médio, foi realizado um
levantamento estatístico em relação à frequência dos
alunos matriculados na 1.a série e verificou-se que:
• 10% dos alunos não frequentavam as aulas;
• 20% dos alunos que frequentavam as aulas não ob-
tiveram a frequência mínima necessária para serem
aprovados;
• dos demais alunos, apenas 75% foram aprovados.
Sabendo-se que apenas 135 alunos matriculados
foram aprovados, pode-se concluir que o número de
alunos reprovados foi igual a:
a) 90 b) 70 c) 25 d) 45 X e) 115
Leia as informações a seguir e responda às questões 2
e 3.
O cálculo do índice de massa corpórea para adultos
p futebol fora das Olimpíadas. A partir de então, as Copas
(IMC) é dado pela função IMC = 2 , em que p é o “peso”
h
em kg e h é a medida da altura em metros.
Uma pessoa com o IMC abaixo de 18,5 é considerada
subnutrida. Modelos femininas começam a vida profis-
sional a partir de 14 ou 15 anos, e a cobrança por corpos
muito magros é um fato. Um corpo esguio é, na opinião
de estilistas, o manequim ideal para harmonizar moda
e elegância. Em busca desse corpo “ideal”, algumas
modelos fazem regimes radicais que, em alguns casos,
levam à anorexia e podem até causar a morte. Isso
ocorreu com uma modelo que faleceu com cerca de 40
quilos e 1,74 m de altura.
2. Qual é o IMC aproximado para uma modelo que possui
as mesmas características apresentadas no enunciado
acima?
a) 11 X b) 13,20 c) 14,45
d) 16,02 e) 22,98
Atividades – Padrão ENEM
3. Qual é o “peso” mínimo aproximado que uma modelo
com 1,74 m de altura deveria ter para ser considerada
saudável de acordo com o IMC?
a) 32,2 kg X b) 56 kg c) 43,5 kg
d) 75,7 kg e) 49,1 kg
4. Em 1930, foi realizada a primeira Copa do Mundo no
Uruguai. Esse país foi escolhido para sediá-la, pois era
bicampeão olímpico de futebol, e, nesse ano, completa-
va o centenário de sua independência. A Olimpíada de
1928 teve muitas divergências quanto à participação de
jogadores amadores, logo ficou decidido que o futebol
não faria parte das Olimpíadas de 1932. O Brasil teve
uma participação fraca nessa 1.a Copa, sendo eliminado
na 1.a fase. O Uruguai foi o campeão, vencendo a Ar-
gentina por 4 x 2, em um jogo final violento. Assim,
a FIFA decidiu realizar um torneio internacional de
do Mundo foram realizadas de quatro em quatro anos.
Porém, em 1942 e 1946 não foram realizadas, devido
à Segunda Guerra Mundial. A Copa do Mundo de 2014,
que será realizada no Brasil, é a:
a) 18.a Copa do Mundo X b) 19.a Copa do Mundo
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
c) 20.a Copa do Mundo d) 21.a Copa do Mundo
e) 22.a Copa do Mundo
5. No Brasil, o sistema de numeração de sapatos ou tênis
é diferente do sistema adotado nos Estados Unidos.
Um estadunidense que pretende comprar um sapato
5p 28
no Brasil deve utilizar-se da fórmula N = ,
4
que indica o valor aproximado do número do calçado
N em função do comprimento p, em centímetros, do
pé. Um estadunidense que está passando as férias no
Brasil e quer comprar um sapato para o seu filho, que
está nos Estados Unidos, tem a informação de que o
comprimento do pé de seu filho é 22,8 cm. Qual é o
Volume 1
número de sapato que ele deverá comprar?
a) 35 X b) 36 c) 37 d) 38 e) 39
3
 6. Um clube cobra, pelo aluguel do salão de festas 10. Em uma escola, cujo regime é trimestral, a média anual
da piscina, uma taxa fixa de R$ 1.000,00 e mais para um aluno ser aprovado para a série seguinte é
R$ 50,00 por convidado; e pelo salão de festas determinada da seguinte maneira:
social, o aluguel composto por uma taxa fixa de (Nota do 1.o trimestre) + (Nota do 2.o trimestre) + 2(Nota do 3.o trimestre)
MA =
R$ 1.900,00, mais R$ 45,00 por convidado. Para que 4
o salão social seja mais vantajoso economicamente
Considerando que a média anual para um aluno ser
para uma pessoa que deseja fazer uma festa, o me-
aprovado é 7,0, marque a alternativa correta:
nor número N de convidados que a pessoa deve ter
na lista é tal que: a) Um aluno pode ser aprovado obtendo a média,
mesmo que sua nota seja zero no 3.o trimestre.
a) N = 178 b) N = 191 X c) N = 181
X b) Um aluno pode ser aprovado obtendo a média,
d) N = 179 e) N = 180
mesmo que sua nota seja zero no 1.o trimestre.
7. Em cada uma das salas de aula de uma escola, existem c) Um aluno cujas notas foram 9,0 e 8,0, nos dois
30 carteiras. Distribuídos os alunos da escola nas salas, primeiros trimestres, precisa de uma nota 4,0, no
uma delas fica com exatamente 20 carteiras vazias e, as mínimo, para ser aprovado obtendo a média.
demais, totalmente ocupadas. Utilizando quatro salas a
d) Obter uma nota 4,0 no 3.o trimestre, equivale a uma
menos e acrescentando 10 carteiras em cada uma delas,
nota 8,0 no 1.o ou 2.o trimestre.
todas ficam totalmente ocupadas. O número de alunos
da escola é: e) O cálculo da média está incoerente, pois o aluno
obtém três notas durante o ano, e a média é calcu-
a) 370 b) 380 c) 400
lada considerando-se quatro notas.
d) 410 X e) 440
11. A evolução do Ibovespa do final do ano de 2007 ao
8. Um gás, cujo volume inicial é V0, está com pressão final do ano de 2008 está representada no gráfico a
constante. O volume V, em litros, de um gás, e a tem-
seguir:
peratura T, em graus Celsius, estão relacionados por
V
meio da equação V = V0 + 0 T
273
em que V0 denota o volume do gás a 0oC. Assim, a
expressão que define a temperatura como função do
volume V é:
 V  273V V0
a) T =  V − 0  V0 b) T =
 273  V0
V 273V0 V V0
c) T = d) T =
V0 V0
V V0
X e) T = 273
V0
9. No início de um ano, uma pessoa investiu
Fonte: Ibovespa. Disponível em: <http://www.acionista.com.br/
R$ 5.000,00 em um fundo de ações. No 1.o trimestre graficos_comparativos/indicadores_mercado_2008.htm>. Acesso
do ano, ela perdeu 30% do que havia investido e, no em: 24 ago. 2009.
2.o trimestre, recuperou 30% do que havia perdido.
Dessa forma: De acordo com o gráfico dado, podemos afirmar que:
a) No final do 2.o trimestre, ela estava com a mesma a) de 31/11/07 até 30/05/08, houve apenas aumento
quantia que tinha no início do ano. na evolução do número de pontos na Bolsa;
b) No 1.o trimestre, ela perdeu 10% do investimento b) de 30/05/2008 até 28/12/08, a Bolsa teve uma
por mês. variação de 37 500 pontos;
X c) No final do semestre, ela teve um prejuízo de 21% c) a maior variação positiva ocorreu entre 28/04/08
do investimento inicial. e 30/05/08;
d) No final do semestre, ela estava com R$ 4.550,00. X d) as pessoas que aplicaram na Bolsa a partir de
e) Se, no 2. trimestre, ela tivesse recuperado o dobro
o 30/05/08 tiveram prejuízo em suas ações;
do que recuperou, então terminaria o semestre com e) as pessoas que aplicaram em ações na Bolsa, no
um valor maior que no começo do ano. início do período considerado, tiveram prejuízo.

4
12. Na compra de um televisor de LCD, Rodrigo optou
por pagar o valor de R$ 2.000,00 em duas presta-
ções iguais: a primeira, no momento da compra e, a
segunda, após um mês. Considere que a loja cobra a
taxa de juros de 5% sobre o saldo devedor e marque
a alternativa correta:
a) A primeira prestação é de R$ 1.000,00, e a segunda,
de R$ 1.050,00.
b) Cada uma das prestações é de R$ 1.000,00.
c) Cada uma das prestações é de R$ 1.050,00.
X d) Cada uma das prestações é de R$ 1.025,00.
e) Não é possível determinar as prestações mensais
iguais.
13. Um veículo flex ou bicombustível pode ser abasteci-
do com álcool ou gasolina. O rendimento do álcool
é menor que o da gasolina. Observe:
Um veículo, em viagem, percorre 10 km com um litro
de álcool e 15 km com um litro de gasolina. Quan-
do um motorista abastece o tanque do carro com
gasolina, na verdade, ele está abastecendo com um
combustível constituído de 75% de gasolina e 25%
de álcool. Se, na constituição desse combustível, for
reduzida a parcela de álcool para 20% e o número
de quilômetros percorridos por esse veículo variar
linearmente, de acordo com a proporção de álcool
utilizada, então, é correto afirmar que:
X a) se for utilizado um litro da nova mistura, o veículo
percorrerá mais de 15 km;
b) se for utilizado um litro da nova mistura, o veículo
percorrerá 15 km;
c) se for utilizado um litro da nova mistura, o veículo
percorrerá entre 10 km e 15 km;
d) se for utilizado um litro da nova mistura, o veículo
percorrerá menos que 10 km;
e) não é possível calcular quantos quilômetros esse
veículo percorrerá com um litro da nova mistura.
14. Uma pessoa possui um carro flex e abastece em 5 postos
de combustíveis diferentes nos caminhos que percorre
em sua cidade. Os donos dos postos, tentando equilibrar
a venda de gasolina com a venda de álcool, diminuíram
os preços da gasolina para atrair o consumidor. Observe
a tabela a seguir:
Álcool Gasolina
Posto 1 R$ 1,20 R$ 1,90
Posto 2 R$ 1,10 R$ 2,10
Posto 3 R$ 1,15 R$ 1,60
Posto 4 R$ 1,40 R$ 2,00
Posto 5 R$ 1,25 R$ 1,70
O rendimento do motor quando usa álcool é de apro-
ximadamente 70% do rendimento do motor quando
usa gasolina. Por meio das informações apresentadas,
marque a alternativa correta:
a) No posto 1, é mais vantajoso abastecer o tanque
com gasolina.
b) No posto 2, é indiferente abastecer o tanque com
gasolina ou álcool.
X c) No posto 3, é mais vantajoso abastecer o tanque
com gasolina.
d) No posto 4, é mais vantajoso abastecer o tanque
com álcool.
e) No posto 5, é mais vantajoso abastecer o tanque
com álcool.
15. Em um grupo de 1 000 pessoas, 95% contraíram o
vírus da gripe. Após tratamento com medicação expe-
rimental, 90% dessas pessoas que foram tratadas
ainda apresentavam o vírus da gripe. Quantas pes-
soas que estavam com a gripe foram curadas com a
medicação?
a) 50 b) 145 X c) 95 d) 100 e) 855
16. O projeto de uma casa popular vai ocupar uma re-
gião retangular, de dimensões b e h, em um terreno
triangular, de acordo com a figura a seguir:
O terreno é um triângulo retângulo, e um dos vértices
da região retangular da casa está sobre o maior lado
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
desse triângulo. Assim, podemos afirmar que:
a) a casa pode ser construída com dimensões b = 9 m
e h = 7 m;
b) as dimensões h = 6 m e b = 10 m vão determinar a
maior medida da área possível para a casa;
X c) a casa pode ser construída com b = 3 m e h = 12,5 m;
d) para b = 8 m, temos uma medida de área menor que
para b = 15 m;
e) é possível construir uma casa cujas dimensões sejam
b = 18 m e h = 15 m.
17. A administração de um teatro, em determinada cidade,
realiza anualmente um festival, em que, durante duas
semanas, ocorre um único espetáculo diferente por
Volume 1
dia. Para as pessoas que desejem assistir a alguns ou a
todos os espetáculos, foram propostos dois pacotes:
5
 1.o pacote – A pessoa paga R$ 90,00 e R$ 15,00 por
espetáculo.
2.o pacote – A pessoa paga R$ 70,00 para assistir 3 es-
petáculos e R$ 25,00 para cada espetáculo que quiser
assistir além dos 3 pagos.
Com base nesses dados, marque a alternativa correta:
a) Uma pessoa que vai assistir a sete peças, é mais
vantagem comprar o 1.o pacote.
b) A função que representa o 2.o pacote é p(x) = 70 + 25x,
em que x é o número de espetáculos a serem as-
sistidos.
c) Existe um número de espetáculos que é indiferente
para a pessoa que compre o 1.o ou o 2.o pacote.
d) Uma pessoa que comprou o 1. pacote e assistiu
o
a cinco peças economizou R$ 45,00 em relação à
compra do 2.o pacote.
X e) Se a pessoa pretende assistir a todas as peças, é
mais vantajoso comprar o 1.o pacote.
18. Em uma indústria, o custo diário de fabricação de x
unidades de um produto é de C(x) = x2 + x + 450, em
reais. Em um dia de trabalho, até as t primeiras horas
de produção, são fabricadas x(t) = 12t unidades. Analise
os itens a seguir:
I. Durante a 1.a hora, são produzidas a mesma quan-
tidade de unidades que durante a 5.a hora.
II. O gasto na produção, ao final da segunda hora, é
de R$ 1.050,00.
III. O custo de produção é crescente até determinado
número de unidades, depois é decrescente.
IV. A função que relaciona o número de unidades
em função do número de horas trabalhadas é
crescente.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item III é verdadeiro.
c) Os itens I, II e III são verdadeiros.
d) Os itens II e IV são verdadeiros.
X e) Os itens I, II e IV são verdadeiros.
19. Em uma padaria, um padeiro tem 12 quilos de fa-
rinha de trigo, 50 ovos e 5 quilos de manteiga. Ele
sabe que, para fazer 30 pães, precisa de 1,5 quilo de
farinha de trigo, 10 ovos e 250 gramas de manteiga.
Qual é a maior quantidade de pães que ele conseguirá
fazer com os ingredientes disponíveis na padaria?
a) 240 X b) 150
c) 600 d) 390
e) 990
6
20. Aumento do nível dos mares
Um aumento médio global dos mares de 9 a 88 centí-
metros é esperado nos próximos 100 anos, graças aos gases
de efeito estufa que já emitimos e provavelmente ainda
emitiremos. Isso acontecerá mais ou menos na mesma
medida que o derretimento do gelo e a expansão termal
dos oceanos (a água se expande quando aquecida). [...]
AQUECIMENTO global. Greenpeace. Disponível em: <http://oceans.
greenpeace.org/pt/nossos_oceanos/mudancas_climaticas>.
Acesso em: 24 set. 2009.
Considerando que esse aumento seja linear, o nível
dos oceanos vai aumentar em média:
a) 0,09 cm/ano; b) 0,88 cm/ ano;
c) 0,97 cm/ano; X d) 0,79 cm/ano;
e) 7,92 cm/ano.
21. Em determinado país, um trabalhador paga 20% de
seu salário bruto para a Receita Federal como imposto
de renda. Após esse desconto, o trabalhador recebe o
salário líquido. Na aquisição de bens e serviços, um
quarto desse valor é pago em tributos. Considerando-
-se apenas esses impostos, uma pessoa que trabalha e
recebe salários brutos e iguais e que gasta apenas em
bens e serviços, durante um ano, os impostos pagos
equivalem a aproximadamente:
a) 1 salário bruto; b) 2 salários brutos;
X c) 5 salários brutos; d) 6 salários brutos;
e) 8 salários brutos.
22. Devido à temporada de verão, o dono de um restau-
rante estudou a possibilidade de aumentar o valor
dos preços do cardápio. Esse aumento era temporário
e os preços voltariam aos que eram antes, após o
término da temporada. Dessa forma:
a) ao aumentar em 20% os preços do cardápio, deve-
-se, após a temporada, reduzi-los em 20%, ou seja,
multiplicá-los por 1,2 antes da temporada e por 0,8
após a temporada;
b) ao aumentar em 20% os preços do cardápio, deve-
-se, após a temporada, reduzi-los em 20%, ou seja,
multiplicá-los por 0,8 antes da temporada e por 1,2
após a temporada;
c) ao aumentar em 25% os preços do cardápio, é
preciso, após a temporada, reduzi-los em 20%, ou
seja, multiplicá-los por 0,75 antes da temporada e
por 1,2 após a temporada;
X d) ao aumentar em 25% os preços do cardápio, deve-
-se, após a temporada, reduzi-los em 20%, ou seja,
multiplicá-los por 1,25 antes da temporada e por
0,8 após a temporada;
e) Sem saber os preços do cardápio, é impossível cal-
cular quanto deve ser a redução dos preços após o
aumento.
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1. No decorrer da história da ciência, surgiram várias expli-
cações a respeito da relação entre força e movimento. A
seguir apresentamos duas delas: a de Aristóteles e a de
Newton. Para evitar complicações desnecessárias, vamos
admitir que a palavra “força” significa a resultante de
todas as forças que atuam sobre um corpo.
Aristóteles, filósofo grego que viveu antes de Cristo,
acreditava que, para um objeto permanecer em mo-
vimento, obrigatoriamente deveria existir uma força
agindo sobre ele. Se essa força fosse retirada, o corpo
pararia. Se aumentássemos o valor da força, a veloci-
dade aumentaria proporcionalmente. Se diminuíssemos
sua intensidade, a velocidade diminuiria. Força cons-
tante implicaria velocidade constante.
Hoje, porém, a Mecânica aceita e utilizada pela comu-
nidade científica é a de Newton, físico inglês nascido
no século XVII. Um dos fundamentos desse paradigma
é a concepção de que a força, segundo ele, é uma ação
exercida sobre um corpo a fim de alterar seu estado de
movimento. Em sua primeira lei, Newton afirma que,
se a força for nula, um corpo estará em repouso ou
em movimento retilíneo e uniforme, pois não existe o
agente capaz de alterar a velocidade.
Confrontando as ideias de Aristóteles e Newton, po-
demos afirmar:
I. As concepções de Aristóteles e Newton concordam
quanto ao estado de repouso.
II. As concepções de Aristóteles e Newton concor-
dam quanto ao estado de movimento, ou seja,
expressam as mesmas ideias, porém com palavras
diferentes.
III. Admitindo uma força constante e não nula atuando
sobre um corpo, conclui-se que as ideias de Aristó-
O astrônomo Cláudio Ptolomeu (85-165), autor do livro
Almagesto, uma das mais belas obras de astronomia da
história das ciências, não acreditava no movimento da
Terra, afirmando que, se nosso planeta possuísse mo-
vimento de rotação, sua velocidade deveria ser muito
grande e, por isso, os objetos que estivessem sobre ele
deveriam escapar (saindo pela tangente).
Isaac Newton (1642-1727), em seu livro intitulado
Principia, afirmou que um planeta gira em torno do Sol
e é mantido em sua órbita por uma força de origem
gravitacional, cujo valor é inversamente proporcional
ao quadrado da distância entre o centro do planeta e o
centro do Sol. Esse mesmo tipo de força, a gravitacio-
nal, mantém os objetos presos à Terra, impedindo-os
de escaparem devido à inércia.
De acordo com as informações acima, podemos afirmar:
I. Ptolomeu era um defensor do geocentrismo.
II. Embora Ptolomeu tenha escrito o livro Almagesto
cerca de quinze séculos antes de Newton enun-
ciar a Lei da Inércia, é possível perceber que,
intuitivamente, Ptolomeu tinha uma noção de
inércia.
III. A proposição de Newton deixa clara sua concepção
geocêntrica:
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
X a) I e II; b) II e III;
c) I e III; d) I, II e III;
e) I.
3. Esta tabela traz informações sobre alguns animais:
Animal
Velocidade Comprimento, Massa
(km/h) sem cauda (m) corpórea (kg)

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Guepardo 110 1,25 52
teles e Newton são coerentes e uma complementa
a outra. Veado
48 2 250
nobre
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): Gato
48 0,5 5
doméstico
X a) I; b) II;
Abelha 17 3,75 . 10–2 10–4
c) III; d) I, II e III;
e) I e II. Sobre esses dados, são feitas as seguintes afirma-
ções:
2. Concepções diferentes de Universo foram defendidas I. Em valores absolutos, o guepardo é o mais veloz
por variados filósofos e astrônomos. Os geocêntricos de todos.
acreditavam na Terra estática, ocupando o centro do
II. Levando-se em consideração a relação entre velo-
Universo, e que o Sol, as estrelas e os planetas giravam
cidade e comprimento do animal, o mais lento é o
em torno dela. Os heliocêntricos defendiam que o Sol
veado nobre, pois seu deslocamento por unidade
era o centro do Universo e que a Terra, assim como os
de tempo, em relação ao seu tamanho, é menor
Volume 1

demais planetas, girava em torno dele.

se comparado aos outros.

7
 III. Embora o veado nobre e o gato doméstico sejam igual- determinar o volume de um sólido com formato irregular,
mente rápidos, com certeza o gasto energético para conhecendo somente a sua massa, pode-se proceder da
atingir tal velocidade é muito maior para o veado. seguinte forma:
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): • Coloque água em um recipiente graduado, como uma
proveta, até um volume determinado.
a) I e II; b) II e III;
• Mergulhe o sólido de formato irregular no recipiente
c) I e III; X d) I, II e III;
contendo água e verifique o novo volume de água.
e) I.
• Com base nisso, determina-se a sua densidade.
4. Os gráficos constituem-se em uma das linguagens de Satisfeito e ansioso, pesou a “pedrinha” e descobriu
comunicação mais utilizadas pelas ciências. No caso que sua massa era de 13,5 g. Seguindo o procedimento
do gráfico da aceleração em função do tempo, além orientado pela professora, chegou à seguinte
de ele nos mostrar como essa grandeza varia, ainda conclusão:
pode nos informar qual foi a variação da velocidade
em determinado intervalo de tempo. Para obter
essa informação, basta calcular a área sob o gráfico,
compreendida entre os instantes desejados. Quanto
maior a área, maior será essa variação. Observe os
gráficos abaixo e, admitindo que todos obedeçam a

Jack Art
uma mesma escala, indique o que apresenta maior
variação de velocidade entre os instantes inicial (t0)
e final (t1): X a) O material desconhecido era de alumínio.
a) X b) b) O material desconhecido era de chumbo.
c) O material desconhecido era de prata.
d) O material desconhecido era de ouro.
e) O material desconhecido era de zinco.

c) d) 6. A composição química do café inclui, além da cafeína,

outras substâncias: as lactonas, que agem sobre o
sistema nervoso central e são tão estimulantes quanto
a cafeína; a celulose, que estimula os intestinos; os
minerais, importantes para o metabolismo; os açúcares
e o tanino, que acentuam o sabor; e os lipídios, que
e) caracterizam o aroma.
Na preparação de um cafezinho, quando a água quente
passa pelo pó de café, as substâncias nela solúveis são
extraídas do pó, restando as que não são solúveis. Esse
processo de separação é conhecido, quimicamente, por
extração por solvente, muito utilizado na preparação
de perfumes.
5. Um estudante encontrou uma “pedrinha” de formato
irregular de um material desconhecido. Curioso em Com essas informações, analise os itens abaixo:
verificar sua composição, consultou a tabela abaixo: I. O cafezinho é um sistema homogêneo.
Material Densidade II. O sabor e o aroma característicos do café vêm das
Alumínio 2,70 g/cm3 substâncias que não se dissolvem na água.
Chumbo 11,3 g/cm3 III. Quando a água quente passa pelo pó de café, além
Prata 10,5 g/cm3 da extração, ocorre o método de separação conhe-
Ouro 19,3 g/cm3 cido como filtração.
Zinco 7,10 g/cm3 IV. O cafezinho preparado é uma substância pura.
No entanto, precisava determinar a densidade do Estão corretas as afirmativas:
material encontrado. Para isso, recebeu a seguinte
a) I e II; X b) I e III;
orientação de sua professora:
Se o sólido apresentar forma geométrica bem definida, c) II e III; d) II, III e IV;
pode-se determinar seu volume. Porém, se precisar e) I, II, III e IV.
8
7. Para a maioria das pessoas, a ideia de dominar a
nanotecnologia para produzir circuitos eletrônicos
sugere algo totalmente futurista. Na verdade,
qualquer pessoa que tenha usado um computador
pessoal fabricado nos últimos anos teve seu trabalho
processado muito provavelmente por semicondutores
construídos em escala nanométrica. Esses microchips
– ou melhor, nanochips – incrivelmente sofisticados
são hoje fabricados aos milhões, mas os cientistas e
engenheiros responsáveis por seu desenvolvimento são
pouco reconhecidos.
OS PRIMEIROS nanochips. Disponível em: <http://www2.uol.com.
br/sciam/reportagens/os_primeiros_nanochips.html>. Acesso em:
05 jul. 2009.
O desenvolvimento dos nanochips só foi possível graças
aos avanços nas pesquisas sobre o átomo. Sobre esse
assunto, analise as afirmativas a seguir:
I. Um nanochip recebe esse nome devido ao seu
tamanho, ou seja, por ser muito pequeno, muito
menor que o metro.
II. Os produtos da nanotecnologia trabalham em
escalas visíveis ao olho humano, se comparados à
ordem de grandeza do átomo.
III. Os avanços na área da informática nos últimos
anos se deram graças ao desenvolvimento dos
nanochips, que são capazes de armazenar uma
grande quantidade de informações em um espaço
muito pequeno.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I; b) I e II;
X c) I e III; d) II e III;
e) I, II e III.
8. Certos materiais têm a característica de brilhar após
a exposição à luz, como é o caso daqueles usados em
interruptores, ponteiros de certos relógios e alguns
brinquedos. Esse fenômeno é o que chamamos de
fluorescência e se deve à passagem dos elétrons
nos níveis de energia, representados pelo gráfico a
seguir:
Ao receber energia, um elétron passa de um nível
menos energético para um nível mais energético, como
de E1 para E2. Após certo período, o elétron volta
para seu estado de energia fundamental, liberando
a energia recebida. Essa energia liberada pode ser
visível, conforme o espectro mostrado na imagem,
considerando que, quanto maior a diferença entre
os níveis de energia, mais próxima do violeta será a
luz emitida.
Jack Art
Com base nisso, julgue as afirmações a seguir:
I. A transição E3 – E1 é mais energética que E2 – E1.
II. Uma das aplicações desse fenômeno se dá na fa-
bricação de eletrodomésticos, como aparelhos de
micro-ondas.
III. Se uma transição entre E4 – E1 corresponder à luz
verde, uma transição E2 – E1 não poderá ser violeta.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e II; X b) I e III; c) III;
d) II e III; e) I, II e III.
9. O ciclo de vida do caruncho do feijão traz algo de
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
interessante. A fêmea desse besouro deposita os ovos
nos grãos de feijão e suas larvas se desenvolvem no
interior destes. O intervalo de tempo entre a postura
do ovo e o aparecimento do besouro adulto é de
aproximadamente 28 dias. O inseto, portanto, só se
torna visível quando se converte na forma adulta e
passa a caminhar sobre os grãos de feijão. Tal fato
faz muita gente pensar que esses bichos “brotam”
diretamente do feijão.
Kino.com.br/R-P
Volume 1
9
 A seguir são descritos procedimentos que se relacionam
com teorias sobre a origem dos seres vivos:
I. O naturalista e poeta italiano Francesco Redi
colocou carne no interior de oito frascos. Fechou
quatro deles e deixou os outros quatro abertos.
Após algum tempo, notou que os frascos abertos
estavam cheios de larvas enquanto os fechados
estavam livres de contaminação.
II. Van Helmont sugeria que uma camisa suada em
contato com palha de trigo e deixada por 21 dias
poderia acarretar a formação de filhotes de ratos.
III. Em 1745, o inglês John Needham utilizou vários
caldos nutritivos de carne. Colocou-os em frascos
que foram aquecidos e, em seguida, fechados e re-
aquecidos. Após alguns dias, notou o aparecimento
de micro-organismos no caldo.
IV. O americano Stanley Miller montou um aparelho
em que uma mistura de CH4, NH3, H2 e vapor-d’água
recebeu descargas elétricas. Com isso, obteve, como
resultado, a formação de moléculas orgânicas.
Os únicos procedimentos que, hipoteticamente,
permitiriam concluir que a crença popular, descrita no
texto, poderia ser aceita são aqueles indicados em:
a) I e II; X b) II e III;
d) I e IV; e) I e III.
10.
Sabemos que cada época possui seus próprios padrões
de beleza, orientados por determinados pressupostos. A
pintura (A Vênus no espelho), do artista flamengo Rubens,
retrata o corpo feminino com o padrão de beleza que
caracterizou a época barroca.
Naquele período, a fome assolava um grande número
de pessoas, levando-as à doença. A gordura, em certa
demasia, era, então, encarada como símbolo de prosperi-
dade. Portanto, as formas femininas “mais cheias” eram
muito valorizadas do ponto de vista sexual.
© Wikimedia Commons
RUBENS, Peter Paul. Vênus no espelho. 1 óleo sobre
madeira: color.; 124 x 98 cm. Fürstlich Liechtensteinische
Gemäldegalerie, Vaduz, Liechtenstein.
10
O enunciado refere-se a um grupo de componentes
que, curiosamente, entra na constituição de certos
hormônios ligados ao desejo sexual. Assinale a
opção que apresenta um fato biológico não ligado ao
componente em questão:
a) Para sobreviverem ao inverno prolongado, durante
a hibernação, alguns animais obtêm a energia que
precisam com base em determinado tecido de seu
corpo.
b) Muitas plantas apresentam uma camada de cera
sobre a epiderme de suas folhas, fato que as torna
relativamente impermeáveis.
c) Animais de regiões frias, como os polos, apresentam
determinado tecido de seu corpo muito desenvolvi-
do e que se apresenta como um eficiente isolante
térmico.
X d) Os artrópodos, que incluem insetos e aranhas, apre-
sentam um exoesqueleto de quitina que também
compõe a parede celular de fungos.
e) Os nervos são dotados de um revestimento que atua
como isolante elétrico, tornando mais eficiente o
impulso nervoso.
c) III e IV; 11. As enzimas capacitam células a executarem reações
químicas e a conduzirem processos complexos, sem o
uso de extremos de temperatura e pH, empregados por
químicos em laboratório. No entanto, por causa das
estruturas tridimensionais e da química de suas cadeias
laterais nos seus sítios ativos, as enzimas são altamente
sensíveis à temperatura e ao pH.
O gráfico a seguir representa a taxa de reação catalisada
por enzimas em função da temperatura:
Considerando-se que a temperatura tem grande
importância prática ao retardar os processos de lise
celular, indique, com base no gráfico, a temperatura
mais indicada para o transporte de órgãos humanos a
serem transplantados.
X a) A b) B c) C
d) D e) E
 Leia estas informações e responda às questões 12 como macarrão e outras massas, para atingirem
e 13. altas velocidades.
Observando a cobertura dos Jogos Olímpicos, e) Para um corredor de distâncias curtas, é mais
percebem-se as diferentes características físicas dos importante ser leve do que ser forte, pois é mais
atletas, conforme a modalidade esportiva. Nota-se, por interessante não gastar energia carregando “peso
exemplo, que os maratonistas são magros e os corredo- extra” do que contar com uma explosão muscular
res de provas de curta duração são fortes. elevada.
Para que os músculos realizem movimentos, preci-
sam de energia, que é produzida em função de muitas 13. O esquema a seguir representa, resumidamente, algu-
reações químicas, cujos principais (mas não únicos) mas reações químicas que podem ocorrer com a glicose
elementos são: o oxigênio e a glicose. Esse é o meta- no interior das células, sendo que a etapa indicada em
bolismo aeróbio que precisa de oxigênio e se caracte- 1 é comum aos três eventos seguintes.
2C3
riza pela produção de energia mais lenta. Em função Ácido lático
2
disso, pode fornecer energia, durante muito tempo,
2CO2
para exercícios que exigem alta resistência. Atletas 3
C6 2C3 2C2
que necessitam desse metabolismo mais desenvolvido 1
Glicose Ácido Etanol
precisam de muita glicose como fonte energética. Por pirúvico
isso, ingerem alimentos ricos nessa substância, tais
como: macarrão, arroz e cereais. 2CO2 4
2C2 Ciclo do ácido
Entretanto, quando é preciso produzir energia em Acetil-CoA cítrico
um curto espaço de tempo, sem ter de esperar pelo oxi- Pode-se afirmar que, para um maratonista, é mais vanta-
gênio, o corpo recorre ao metabolismo anaeróbio, que joso que a glicose siga a via metabólica que se inicia em:
fornece energia rapidamente, mas também se exaure a) 2; b) 3; X c) 4;
brevemente. Para se ter potência para os músculos, é
d) 2 e 3; e) nenhuma delas.
preciso seguir uma alimentação rica em proteínas, que
são encontradas principalmente nas carnes (vermelha
14. Leia este texto:
ou branca), nos ovos, nos derivados do leite, entre
A parte do lápis que você usou para escrever
outros.
é feita de um material formado só por átomos de
carbono: a grafite, que é uma das formas alotrópicas
12. Com base nas informações do texto, marque a alterna-
do carbono, ou seja, é um membro da família de
tiva correta:
substâncias que são formadas só por átomos desse
a) Corredores de grandes distâncias, como os marato- elemento químico e da qual fazem parte o diamante
nistas, devem ter uma alimentação, primordialmen- e nomes não tão populares como fulerenos e nano-
te, de proteínas para desenvolverem sua explosão tubos de carbono.
muscular e, assim, alcançarem altas velocidades A capacidade de escrever do lápis deriva basica-
durante as provas. mente do fato de a grafite ser composta por camadas

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

b) Como massa e aceleração são grandezas diretamen- de grafeno fracamente ligadas entre si. Quando você
te proporcionais, é importante para um marato- escreve, no fundo está transferindo para o papel
nista ser leve, pois, dessa forma, não apresentará várias pilhas de grafeno. Na maior parte dos riscos
grandes alterações de velocidade no transcurso da feitos, essas pilhas contêm um grande número desses
corrida. planos.
X c) Corredores de distâncias curtas precisam se ali-
mentar de proteínas para desenvolverem o máximo
de força muscular e, assim, conseguirem imprimir
a maior aceleração possível durante essas provas
breves.
d) Esportistas que têm músculos hipertrofiados
ganham em aceleração, alcançando maiores ve-
locidades, mas perdem em resistência, chegando
mais rápido à exaustão. Por isso, é importante
Volume 1

FAZZIO, Adalberto; SILVA, Antonio R. da; MARTINS;

que os maratonistas tenham músculos bastante Thiago B. Rabiscando a eletrônica com o grafeno.
desenvolvidos e alimentação rica em carboidratos, Ciência hoje, São Paulo, v. 43, p. 37-38, mar. 2009.

11
 Sobre a grafite, analise estas afirmativas:
I. É formada por camadas e, dentro de uma mesma ca-
mada, as ligações são unicamente do tipo covalente.
II. Entre uma camada e outra existem ligações inter-
moleculares dipolo instantâneo-dipolo induzido.
III. Por possuir ligações intermoleculares fortes, é um
sólido mole.
IV. Apresenta somente o elemento químico carbono,
assim como o diamante.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
a) I e II; b) I, II e III;
c) III e IV; X d) I, II e IV;
e) IV.
Leia estas informações e responda às questões 15 e 16.
Um dos mais importantes materiais genéticos e
constituinte da maioria dos seres vivos é o ácido deso-
xirribonucleico (DNA), que é responsável, principalmen-
te, pelo controle da produção de proteínas nas células,
garantindo a transmissão de caracteres hereditários.
Sua estrutura é composta por duas cadeias enroladas
e unidas na forma de uma dupla hélice. Essas cadeias
são constituídas por vários nucleotídeos e cada um é
composto por um açúcar (desoxirribose), um grupo
fosfato e uma base nitrogenada (adenina, timina,
guanina ou citosina).
Angela Giseli
16. Em relação à estrutura do DNA, é correto afirmar
Fontes: <http://www.molecularstation.com/pt/dna/dna-structure/>;
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Dna-hydr.gif>.
As figuras representam a estrutura de um nucleotídeo,
de um trecho do DNA e de bases nitrogenadas.
12
15. Os dois tipos de divisões celulares muito importantes
para as células envolvem a participação do DNA. Um
desses tipos está representado nesta imagem, e alguns
eventos estão numerados de 1 a 5.
O gráfico corresponde a um período do ciclo celular e C
representa a quantidade de DNA correspondente a uma
célula haploide de determinado animal.
Sobre o gráfico foram feitas algumas afirmações:
I. O final do período 4 caracteriza a meiose, onde
células dão origem a outras células com a metade
do número de cromossomos, no caso, com genoma
haploide.
II. A célula inicia e termina o ciclo diploide (2C), como
se verifica em 1 e em 5. A duplicação do DNA, que
ocorre em 2, é necessária para que se mantenha o
mesmo lote diploide da célula.
III. O período 2 compreende quatro fases distintas:
prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Quanto às afirmativas, pode-se afirmar:
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
X d) Há apenas uma alternativa correta.
e) Todas estão incorretas.
que:
I. as interações entre suas cadeias se dão por meio
de ligações de hidrogênio, que acontecem com as
bases nitrogenadas: adenina e timina, guanina e
citosina;
II. o par adenina-timina forma maior número de li-
gações de hidrogênio que o par guanina-citosina;
III. todas as bases nitrogenadas são formadas pelos
elementos C, H, O e N;
IV. a informação contida no DNA está registrada na
sequência de suas bases na cadeia, porém nem
sempre a timina está ligada à adenina, e a citosina,
à guanina.
Estão corretas as afirmativas:
X a) I e II; b) I, II e III;
c) III e IV; d) II, III e IV;
e) I e IV.
17. As membranas celulares estão presentes nos mais
variados tipos de células e são responsáveis pelo trans-
porte seletivo, escolhendo o que entra e o que sai do
interior da célula. A ilustração representa alguns dos
constituintes de uma membrana celular, vista em corte,
lateralmente. Observe-a:
Angela Giseli
Entre os variados tipos de compostos químicos das
membranas, podem estar presentes em uma membrana
celular, exceto:
X a) ácidos nucleicos;
b) colesterol;
c) proteínas;
d) glicoproteínas;
e) lipídios.
18. (Física) A Física e os esportes possuem muitos pontos
de aproximação. No basquete, por exemplo, podem-
-se discutir conteúdos de Física, como impulsão do
atleta ao saltar, choque mecânico do quique da bola,
transferência de quantidade de movimento para um
arremesso, trajetória parabólica da bola até a cesta,
etc.
Considere o arremesso, conforme imagem em que
estão ilustradas a velocidade e a trajetória da bola.
Desprezando os efeitos do ar, a(s) força(s) que
age(m) sobre o móvel, nesse instante, pode(m) ser
representada(s) por:
Angela Giseli
a) X b)
c) d)
e)
19. “Os vazamentos de petróleo produzem um fenômeno
conhecido como ‘maré negra’, quando uma película do
produto, com densidade diferente da água, forma-se
na superfície do mar. Seu efeito já é letal para as
espécies que integram o ecossistema marinho, mas
os prejuízos aumentam quando a poluição chega à
costa.”
VAZAMENTOS de petróleo. Disponível em: <http://www.tierramerica.
net/2002/1124/pconectate.shtml>. Acesso em: 28 ago. 2009.
Sobre o sistema acima descrito, verifica-se que a água
e o petróleo:
I. não se misturam, pois apresentam diferentes den-
sidades;
II. possuem estados físicos diferentes, formando uma
mistura heterogênea;
III. não se dissolvem, pois possuem moléculas com
polaridades diferentes;
IV. apresentam diferentes densidades, sendo o petró-
leo o mais denso por ficar na superfície.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I;
X b) III;
c) IV;
d) II e IV;
e) I e III.
20. Uma das maiores causas de acidentes nas rodovias
federais brasileiras deve-se à imprudência de moto-
ristas, em especial, quando as condições climáticas
não são favoráveis, por exemplo, quando está cho-
vendo.
Nessa situação, torna-se mais perigoso fazer curvas
por causa:
X a) da força de atrito, que é responsável por manter o
carro na trajetória curvilínea. Esta pode ficar pre-
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
judicada, de modo que, em alta velocidade, o carro
deslize;
b) dos pneus comuns dos carros, que, mesmo quando
bem cuidados, não são adequados para rodar com
chuva;
c) da imperícia de motoristas, que não conseguem
fazer a curva com um raio constante, o que é fun-
damental para a atuação da força centrípeta;
d) do coeficiente de atrito entre o pneu e o solo, que
fica mais elevado e aumenta o perigo de aquapla-
nagem;
e) da elevada velocidade do automóvel ao entrar na
curva, que faz com que a resultante centrípeta
Volume 1
necessária seja baixa, enquanto o atrito máximo
na pista com chuva é elevado.
13
 21. “Os químicos não podem nem mesmo imaginar ficar sem a ajuda da tabela periódica. Em vez de decorar as pro-
priedades de 109+ elementos (vários são criados quase todos os anos), os químicos – e os estudantes de Química –
podem decorar unicamente as propriedades das famílias dos elementos, poupando, assim, tempo e esforço. Eles
podem encontrar a relação entre os elementos e descobrir a fórmula de diversos compostos consultando a tabela
periódica.”
MOORE, JOHN T. A tabela periódica. In: ______. Química para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2008. p. 54.

Na tabela periódica:
I. estão representados 112 elementos que são reconhecidos pela União Internacional de Química Pura e Aplicada;
II. há sete fileiras horizontais, conhecidas como grupos ou famílias, e 18 fileiras verticais, chamadas de períodos;
III. as linhas horizontais representam elementos que possuem propriedades semelhantes entre si;
IV. os elementos estão organizados em ordem crescente de número atômico e distribuídos de modo a situar os de
propriedades mais semelhantes em uma mesma coluna.
Estão corretas as afirmações:
a) I e II; b) I, II e III; c) III e IV; d) II, III e IV; X e) I e IV.

22. A maioria das pessoas tempera saladas, utilizando, principalmente, azeite, vinagre (ou limão) e sal. Ao final de uma
refeição, é possível perceber que a salada, se tiver sido temperada com muita antecedência, terá muito mais líquido
que o tempero inserido. Além disso, os vegetais estarão murchos. Isso ocorre porque:
a) ao se encontrar em meio hipotônico, produzido pelo tempero, as células dos vegetais ganham água do meio e
murcham;
b) as células dos vegetais perdem água por transporte ativo, devido ao meio hipotônico em que se encontram;
c) em qualquer meio hipertônico, todas as células de vegetais perdem água para o meio e murcham, em função da
difusão facilitada;
d) os vegetais, por não possuírem membrana plasmática, somente a parede celular, são mais susceptíveis a perder
água para qualquer meio de diferente concentração;
X e) o tempero da salada propicia um meio hipertônico, submetendo as células dos vegetais à perda de água por
osmose.

14
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Leia o texto para responder às questões de 1 a 3.
A um passo do abismo
Ao tratar do tema, a fim de entender por que
a depressão é considerada “o mal do século” e apa-
rece muito ligada ao modo de vida atual, a Gazeta
do Povo conversou com psicanalistas e psiquiatras.
O que ficou claro, logo nos primeiros contatos com
entrevistados, é a necessidade de se diferenciar de-
pressão clínica – termo usado por profissionais – e
tristeza. [...]
FT argumenta que a felicidade não é uma obri-
gação que a pessoa se impõe a si mesma, mas sim ao
outro, seja ele o Estado, as instituições ou alguém
próximo. “Por essa razão a felicidade se tornou um
direito que o outro é obrigado a me providenciar”,
diz. Porém, a vida é feita de momentos felizes (e
tristes) e não de uma felicidade contínua. “Conservar
a paz de espírito mesmo na tristeza e na dor não é
direito, mas uma conquista. Uma árdua, longa e sem-
pre incompleta conquista. Não temos outro recurso
na vida senão aprender a sofrer e a conviver com o
sofrimento”, afirma FT.
Evitar a dor é tentar escapar de sua própria hu-
manidade.
NETTO, Irinêo. A um passo do abismo. Gazeta do Povo, 20 jun.
2009, Caderno G, p. 1.
1. Você acabou de ler um trecho de uma reportagem,
gênero jornalístico que deve primar pela objetividade,
clareza, pelo uso da norma-padrão e predomínio da
ordem direta. Qual dos trechos a seguir não está de
acordo com essa proposta?
X a) “Felicidade não é uma obrigação que a pessoa se
impõe a si mesma, mas sim ao outro, seja ele o
Estado, as instituições ou alguém próximo.”
b) “Uma árdua, longa e sempre incompleta conquista.
Não temos outro recurso na vida senão aprender a
sofrer e a conviver com o sofrimento.”
c) “Evitar a dor é tentar escapar de sua própria huma-
nidade.”
d) “Ao tratar do tema, a fim de entender por que a
depressão é considerada ‘o mal do século’ e aparece
muito ligada ao modo de vida atual, a Gazeta do
Povo conversou com psicanalistas e psiquiatras.”
e) “Porém, a vida é feita de momentos felizes (e tristes)
e não de uma felicidade contínua.”
2. Em reportagens, é muito comum encontrarmos trechos
em discurso direto e indireto com o intuito de apresentar
as ideias expressas por interlocutores, entrevistados,
colaboradores, etc. Sabendo disso, analise o uso desses
recursos no texto A um passo do abismo e assinale a
afirmativa correta sobre a intenção do jornalista ao
utilizá-los:
a) “Evitar a dor é tentar escapar de sua própria huma-
nidade” foi transcrita em discurso direto porque se
trata de uma frase de impacto.
b) “Conservar a paz de espírito mesmo na tristeza e na
dor não é direito, mas uma conquista” é um exemplo
de má utilização do discurso indireto.
X c) O trecho “Por essa razão a felicidade se tornou um
direito que o outro é obrigado a me providenciar”,
está em discurso direto porque o autor desejava dar
ênfase à ideia.
d) Quando o autor diz que “ficou claro, logo nos pri-
meiros contatos com entrevistados, é a necessidade
de se diferenciar depressão clínica – termo usado
por profissionais – e tristeza”, ele está fazendo uso
do discurso direto para não se comprometer com a
informação dada.
e) O discurso indireto não aparece no trecho em
questão porque as reportagens devem ser sucintas
e objetivas.
3. A reportagem, diferente da notícia, caracteriza-se
pelo aprofundamento dos fatos e pelo tratamento
mais detalhado das informações. Um recurso que
pode ser utilizado para atingir esse objetivo é o uso
do aposto, cuja função é explicar e oferecer mais
informações ao leitor. Tendo isso em vista, assinale a
opção em que o trecho em destaque cumpre a função
de aposto:
a) “Uma árdua, longa e sempre incompleta con-
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
quista.”
X b) “[...] é a necessidade de se diferenciar depressão clí-
nica – termo usado por profissionais – e tristeza.”
c) “O que ficou claro, logo nos primeiros contatos
com entrevistados, [...]”
d) “‘Não temos outro recurso na vida senão aprender a
sofrer e a conviver com o sofrimento’, afirma FT.”
e) “Conservar a paz de espírito mesmo na tristeza e
na dor não é direito, mas uma conquista.”
Leia este texto para responder às questões 4 e 5.
“FOLHA – Muitos de seus filmes mostram uma sociedade
em declínio moral. Em Gran Torino, há também a deca-
Volume 1
dência econômica. Isso reflete o espírito dos EUA hoje?
CLINT EASTWOOD – De certa forma, sim. Principalmente
da região de Detroit, onde a indústria automobilística,
15
 antes símbolo do país e que hoje produz carros que
ninguém mais quer, espera ser resgatada pelo governo.
É um pouco sobre essa região em depressão, de fábricas
fechadas e desemprego. Gran Torino está no meio
disso tudo, porque Walt Kowalski é um aposentado
com problemas ligados a pessoas de dentro e de
fora de seu círculo social. Muitos de seus amigos e
contemporâneos estão mortos. E ele tem problemas
com a igreja, com sua família, e seus preconceitos o
colocam em choque com a vizinhança. Até que ele
percebe que esses vizinhos asiáticos são mais voltados
para a família do que ele é.”
CRUZ, Leonardo. Para Clint Eastwood, Gran Torino é uma obra
sobre tolerância. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
folha/ilustrada/ult90u534459.shtml>. Acesso em: 30 jun. 2009.
4. Com base nos seus conhecimentos sobre o gênero
“entrevista”, assinale a opção que melhor explica o
uso da linguagem no texto que você acabou de ler:
a) A entrevista se utiliza da linguagem informal, mar-
cada por gírias e expressões idiomáticas, porque se
trata de uma transcrição do registro oral.
b) A linguagem da entrevista não apresenta diferença
alguma com relação ao registro oral.
X c) A linguagem é informal, mas o emprego da norma-
-padrão é seguido.
d) A linguagem é formal, independente das caracte-
rísticas do entrevistado, pois o texto jornalístico é
sempre padronizado.
e) A formalidade da linguagem é determinada pelo grau
de intimidade entre o entrevistado e o entrevistador.
5. Os pronomes demonstrativos funcionam como ele-
mentos de coesão, permitindo que o autor não repita
uma expressão já citada. Analise, então, o uso desses
pronomes na entrevista com Clint Eastwood e assinale
a alternativa correta:
a) Em “Isso reflete o espírito dos EUA hoje?” o pronome
retoma o termo decadência moral.
b) O pronome sublinhado em “É um pouco sobre essa
região em depressão, de fábricas fechadas e desem-
prego” refere-se a “resgatada pelo governo”.
X c) Em “Gran Torino está no meio disso tudo”, o termo
em destaque refere-se tanto à pergunta do entre-
vistador quanto ao primeiro parágrafo da resposta.
d) O pronome “esses” em “Até que ele percebe que
esses vizinhos asiáticos são mais voltados para a
família do que ele é” foi utilizado incorretamente,
pois se refere a um termo que ainda não foi citado.
e) Em “E ele tem problemas com a igreja, com sua
família, e seus preconceitos o colocam em choque
com a vizinhança” o pronome em destaque refere-se
à igreja e à família.
16
6. Leia este texto e identifique qual a função da linguagem
nele presente:
Índia vai rejeitar metas de emissão
de gás do efeito estufa
O país é um dos maiores emissores mundiais, ao
lado da China, Estados Unidos e Rússia
NOVA DÉLHI – A Índia não se comprometerá com
metas de redução de emissões do gás do efeito estu-
fa, mas em vez disso se concentrará no combate à
pobreza e na expansão do crescimento econômico,
disse o ministro do Meio Ambiente do país nesta
terça-feira, 30.
A Índia é um dos maiores emissores mundiais, ao
lado da China, Estados Unidos e Rússia, e também
a segunda nação mais populosa do planeta. Mas as
emissões per capita da Índia estão muito aquém das
efetuadas pelas nações ricas, por isso o país considera
que o mundo desenvolvido deveria assumir a liderança
no manejo das mudanças climáticas.
“A Índia não pode e não vai assumir metas de redu-
ção de emissões porque a erradicação da pobreza e o
desenvolvimento econômico e social são prioridades
mais importantes que todas”, diz um comunicado em
nome do ministro do Meio Ambiente, Jairam Ramesh.
Uma obrigação legal de cumprir metas de redução
de emissões põe em risco a conservação de energia,
a segurança alimentar e o transporte da Índia, disse
ele. A Índia expressou sua posição bem antes da ne-
gociação em dezembro, em Copenhague, do tratado
sobre o clima que substituirá o Protocolo de Kyoto.
Nações em desenvolvimento dizem que os países ricos
deveriam até 2020 cortar as emissões em pelo menos
40 por cento em relação aos níveis de 1990. Os países
desenvolvidos afirmam que essa meta não pode ser
alcançada num momento em que tentam estimular
suas economias, afetadas pela recessão.
REUTERS. Índia vai rejeitar metas de emissão de gás do
efeito estufa. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/
noticias/vidae,india-vai-rejeitar-metas-de-emissao-de-gas-do-
efeito-estufa,395637,0.htm>. Acesso em: 30 jun. 2009.
a) Função poética porque o texto centra-se na men-
sagem e em como ela é transmitida.
b) Função conativa, pois o autor utiliza diversos re-
cursos para convencer o leitor das suas ideias.
c) Função metalinguística, uma vez que faz reflexões
sobre o próprio código.
X d) Função referencial, na qual o emissor tem a função
de transmitir informações.
e) Função fática, pois o texto pretende estabelecer e/ou
manter a comunicação.
7. Afinal, o que faz um texto ser considerado literá-
rio? Os textos podem ganhar esse status por vários
motivos: ora porque há um trabalho singular com
a linguagem, ora porque o texto foi produzido em
um momento histórico relevante, às vezes porque
um grupo de críticos e analistas aceita uma nova
forma escrita como literária, etc. Pensando nisso e
considerando aspectos, como a intenção do autor
e a composição do texto, assinale a opção que não
contém um texto literário:
a) “Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum
crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos
e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, inco-
modamente, debaixo do fio de água que escorria da
altura de uns cinco palmos.”
X b) “O mineiro Mário Lúcio Mendes, 43, conhecido como
Rambo, mora na Rocinha, favela de São Conrado,
que, de acordo com o Censo de 2000 do IBGE, tem
56 338 habitantes. Sua caverna possui uma cama
de casal, geladeira, fogão e um exaustor para que
o ar circule ali dentro.”
c) “Dario vem apressado, guarda-chuva no braço
esquerdo. Assim que dobra a esquina, diminui o
passo até parar, encosta-se numa parede. Por ela
escorrega, senta-se na calçada, ainda úmida de
chuva. Descansa na pedra o cachimbo.”
d) “A cachorra baleia estava para morrer. O pelo caíra-
-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num
fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e
sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca
e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida
e a bebida.”
e) “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memó-
rias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria
em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha
morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo
nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não
sou propriamente um autor defunto, mas um de-
funto autor, para quem a campa foi outro berço; a
segunda é que o escrito ficaria assim mais galante
e mais novo.”
8. Leia o texto e responda à questão:
“ANJO: Que andais aqui fazendo?
ALMA: Faço o que vejo fazer polo mundo.
ANJO: Ó Alma, is-vos perdendo! Correndo vos is
meter no profundo! Quanto caminhais avante, tanto
vos tornais atrás e através. Tomastes, ante com ante
por mercante, o cossairo Satanás, porque quereis.
Oh! caminhai com cuidado, que a Virgem gloriosa vos
espera. Deixais vosso principado deserdado! Enjeitais
a glória vossa e pátria vera! Deixai esses chapins ora,
e esses rabos tão sobejos, que is carregada; não vos
tome a morte agora tão senhora, nem sejais, com tais
desejos, sepultada. Andai! dai-me cá essa mão!”
VICENTE, Gil. Auto da Alma. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00110a.pdf>. Acesso
em: 25 jun. 2009.
Analisando a composição e a organização das informa-
ções no texto apresentado, pode-se classificá-lo como
pertencente ao gênero:
a) epopeia; b) romance;
c) conto; X d) drama;
e) poema.
9. O narrador é uma criação do autor, um elemento
ficcional que se interpõe entre o leitor e o enre-
do, contando a história, filtrando as informações,
selecionando-as e estabelecendo o ponto de vista
a que se tem acesso.
“Certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos
intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfo-
seado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre
suas costas duras como couraça e, ao levantar um
pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom,
dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual
a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se
sustinha.”
KAFKA, Franz. A metamorfose. Tradução e posfácio de Modesto
Carone. São Paulo: Companhia das letras, 1997. p. 7-8.
Quanto à narração, trata-se de:
a) narrador personagem já que participa das ações
descritas;
b) narrador observador, pois não conhece a história,
somente observa e conta os fatos enquanto eles
ocorrem;
X c) narrador onisciente porque conhece todos os
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
eventos da história, inclusive o pensamento dos
personagens;
d) narrador observador, pois narra a história de maneira
neutra e sem intromissões;
e) narrador protagonista, uma vez que o narrador
ocupa o papel central nas ações.
10. Durante muitos anos, os poemas foram associados às
formas fixas: versos, estrofes, métricas, rimas, etc.,
porém essa forma se alterou muito na história da
literatura. Tendo isso em vista, assinale o trecho que
transgride a essas regras fixas de composição:
X a) “– Qué apanhá sordado?
– O quê?
Volume 1
– Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.”
(Oswald de Andrade)
17
 b) “De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.”
(Vinicius de Moraes)
c) “Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem dor.”
(Camões)
d) “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.”
(Tomás Antônio Gonzaga)
e) “Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido,
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tendes a perdoar mais empenhado.”
(Gregório de Matos)
11. Leia este texto de Machado de Assis:
Bons dias!
Eu pertenço a uma família de profetas après coup,
post factum, depois do gato morto, ou como melhor
nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se
necessário for, que toda a história desta lei de 13
de maio estava por mim prevista, tanto que na
segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de
alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus
dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada;
entendi que, perdido por mil, perdido por mil e
quinhentos, e dei um jantar.
Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de
banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco
pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três
(anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto
simbólico.
No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro
falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de
champanha e declarei que acompanhando as ideias
pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a
liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que
a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias e
imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era
um dom de Deus, que os homens não podiam roubar
sem pecado. [...]
ASSIS, Machado. Bons dias. In: Obras Completas. 3. ed. Rio de
Janeiro: José Aguilar, 1973. p. 489-491.
18
O texto apresenta características discursivas pró-
prias do gênero crônica, pois o fato que lhe deu
origem é:
a) um caso imaginário, o jantar;
b) uma experiência pessoal, as ideias pregadas por
Cristo;
X c) um acontecimento histórico, a Abolição da Escra-
vatura;
d) um caso imaginário, a Abolição da Escravatura;
e) uma informação colhida, o jantar.
12. O termo ou expressão destacado que está empregado
em seu sentido próprio, denotativo, encontra-se em:
a) De tudo ao meu amor serei atento/Antes, e com
tal zelo, e sempre, e tanto/Que mesmo em face do
maior encanto/Dele se encante mais meu pensa-
mento.
MOARES, Vinicius de. Nova antologia poética. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005. p. 40.
b) Que será que desperta em mim neste momento/
Uma inquietação que é quase uma agonia?/Há um
soluço lá fora... É o soluço do vento,/E parece sair
da minhalma sombria. [...]
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 2001. p. 146.
c) [...] Há anos raiou no céu fluminense uma nova
estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém
lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos
salões. Tornou-se deusa dos bailes; a musa dos poe-
tas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica
e famosa.
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Scipione, 2003. p. 6.
X d) APÓGRAFO – Grego apógraphos, copiado.
Diz-se das cópias de textos manuscritos. Por exem-
plo, os apógrafos da poesia de Gregório de Matos,
existentes no Rio de Janeiro e em Portugal, ou os
referentes à versão francesa dA Demanda do Santo
Graal, a mais importante novela medieval de cava-
laria
MÓISES, Massaud. Dicionário de termos literários. São
Paulo: Cultrix, 1974. p. 32.
e) Então eu canto alto e agudo uma melodia sincopada
e estridente – é a minha própria dor, eu que carrego
o mundo e há falta de felicidade. Felicidade? Nunca
vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas
que andam por aí aos montes.!
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1993. p. 25.
Leia o texto e responda às questões de 13 a 16.
Stop us before we shop again
Why we do compulsively shop — and how can
we stop? Geoffrey Miller, the subject of my Findings
column, has offered to answer questions from Lab
readers about our obsessions for brand names and
about what he calls the fundamental consumerist
delusion: that people will treat us differently if we
buy the right stuff.
Dr. Miller has some ideas (and an exercise I’ll get
to shortly) to tame the passions of brand-obsessed
consumers, but he’s not a dour ascetic. He doesn’t
denounce evil corporations for seducing customers,
or denounce the vapidity of people who buy things he
can’t afford himself on a professor’s salary. Dr. Miller,
an evolutionary psychologist at the University of New
Mexico, sees much of our consuming as the result
of the impulse (often unconscious) to send “costly
signals” to others of our intelligence and of the other
Big Five personality traits — the signs of fitness that
will make us more appealing to prospective mates
and allies. People have always displayed fitness by
one means or another, and Dr. Miller says that, by
historical standards, splurging on iPhones or Viking
ranges or BMWs isn’t so bad.
“Consumerist capitalism is the least oppressive
system of mass trait display ever developed,” Dr.
Miller told me. “It’s much better than a militaristic
dominance-based society or a theocracy or lots of other
ways in which you basically display your intelligence
and conscientiousness and disagreeableness by how
efficiently you can oppress slaves or minority groups.
But I think we can still do better.”
Dr. Miller discusses some strategies for improvement
in his new book, “Spent: Sex, Evolution and Consumer
Behavior”. He argues that people displaying stuff
isn’t an effective signal of fitness because it doesn’t
persuade (or fool) the people who matter in your life
— the people who talk to you, thereby getting a far
better gauge of your personality and intelligence than
anything that could be signaled by your possessions. He
urges you to put shopping in perspective by performing
the following exercise:
List the ten most expensive things (products, services
or experiences) that you have ever paid for (including
houses, cars, university degrees, marriage ceremonies,
divorce settlements and taxes). Then, list the ten items that
you have ever bought that gave you the most happiness.
Count how many items appear on both lists. […]
TIERNEY, John. Stop us before we shop again. Disponível em:
<http://tierneylab.blogs.nytimes.com/>. Acesso em: 21 jun. 2009.
13. O texto tem como objetivo principal:
a) relatar problemas enfrentados por uma pessoa
compulsiva por compras;
b) descrever o desespero de um comprador compulsivo
para livrar-se de sua obsessão;
X c) descrever o problema da compulsão por compras e
sugerir um exercício de reflexão sobre como lidar
com esse problema;
d) descrever experiências médicas bem-sucedidas
realizadas pelo Dr. Geoffrey Miller;
e) tornar público o livro Spent: Sex, Evolution and
Consumer Behavior, escrito pelo Dr. Geoffrey
Miller.
14. Marque o fragmento do texto que apresenta somente
subject pronouns:
a) Geoffrey Miller, the subject of my Findings column
[...]
b) Dr. Miller told me.
X c) But I think we can still do better.
d) Dr. Miller discusses some strategies for improvement
in his new book […]
e) […] what we get out of our possessions.
15. De acordo com o texto, pode-se afirmar que:
I. John Tierney, autor do texto, publica textos na
coluna Findings;
II. segundo o Dr. Miller, a obsessão por marcas famo-
sas é a desilusão fundamental dos consumidores
compulsivos;
III. Dr. Geoffrey Miller é psicólogo e professor univer-
sitário;
IV. para o Dr. Miller, o consumo resulta de um impul-
so, geralmente inconsciente, que as pessoas têm
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
em mandar, por meio de bens materiais, sinais
que demonstrem sua inteligência e capacidade;
V. o texto descreve um exercício de reflexão sobre
compras pessoais, sugerido pelo autor.
As proposições corretas são:
a) I e II;
b) II, IV e V;
X c) I, III e IV;
d) I, II e IV;
e) II e IV.
Volume 1
19
 16. Escolha, entre os trechos retirados do texto, aquele
que apresenta um artigo indefinido, um definido e um
indefinido, nesta sequência:
a) Dr. Miller, an evolutionary psychologist at the
University of New Mexico, sees much of our
consuming as the result of the impulse […].
X b) Dr. Miller has some ideas (and an exercise I’ll get
to shortly) to tame the passions of brand-obsessed
consumers, but he’s not a dour ascetic.
c) He argues that people displaying stuff isn’t an
effective signal of fitness because it doesn’t persuade
(or fool) the people who matter in your life […].
d) Then, list the ten items that you have ever bought
that gave you the most happiness.
e) You’re welcome to post the results of your exercise
as a comment here […].
Answer questions from 17 to 20 according to the
following text:
As access improves, online shopping takes off in Asia
SINGAPORE — From dresses to handbags, diamonds
to music downloads, consumers in Asia are taking
to Internet shopping as never before, making the
region one of the world’s fastest-growing e-commerce
markets.
“I like to shop for clothes online because no sales
girls will pester me,” said Cecelia Wang, a 23-year-
old university student in Taipei who said she spent
about 1,500 Taiwan dollars, about $43, each month on
Internet purchases. “For online shopping, all I need to
do is sit in my room and shop, which is great.”
Internet retailing is increasingly making its
presence felt in Asia because telecommunications
infrastructure has improved and payment, a major
obstacle to online shopping, is increasingly secure,
analysts say.
Internet penetration rates, the percentage of
the population that has Internet access, is about 17
percent in Asia versus 73 percent in North America
and almost 50 percent in Europe, according to www.
internetworldstats.com.
As more people in countries like China and India
get hooked up to the Internet, online sales are expected
to rise by an average of 20 percent a year. In some
markets, including Japan, they are expected to increase
by as much as 40 percent annually.
[…]
RANASINGHE, Dhara; YEE, Lee Chyen. As access improves, online
shopping takes off in Asia. Disponível em: <http://www.
nytimes.com>. Acesso em: 29 jun. 2009. Adaptação.
20
17. Which of the statements below is supported by the
text?
a) Internet shopping hasn’t succeeded in Asia.
b) People in Asia don’t trust on e-shopping.
c) Cecelia Wang spends all her salary shopping online.
d) Asians are buying more dresses, handbags and
diamonds on the Internet.
X e) Asians are buying more on the Internet.
18. In the sentence “I like to shop for clothes online
because no sales girls will pester me”, the pronouns
“I” and “me” refer to:
a) the sales girls;
b) the Asians;
X c) Cecelia Wang;
d) Internet shopping;
e) Taipei.
19. The sentence “As more people in countries like China
and India get hooked up to the Internet, online sales
are expected to rise […]” in the 5th paragraph means
that:
X a) E-commerce in Asia will probably rise due to the
increasing number of people connecting to the
Internet.
b) Online shopping in China and India has risen due
to more constant use of the Internet.
c) Internet shopping is a complete success in Asian
countries.
d) Online sales are expected to rise only if Chinese and
Indians get hooked up to the Internet.
e) E-commerce has not succeeded in countries like
China and Asian because their population cannot
hook up to the Internet.
20. Which statement is true, according to the text?
a) Fast access to the Internet is the most important
factor for the increase of sales online.
b) According to www.internetworldstats.com, the
amount of people accessing the Internet in Asia is
much bigger than in North America and Europe.
c) The number of people shopping online in Asia
is small due to poor Asian telecommunications
structure.
X d) Good telecommunications infrastructure and safe
payment have been crucial for the increase of online
shopping.
e) Asian university students love shopping online
because they enjoy being in contact with annoying
salesclerks.
 O texto a seguir refere-se às questões de 21 a 23.
A luta e a lição
Um brasileiro de 38 anos, Vítor Negrete, morreu
no Tibete após escalar pela segunda vez o ponto
culminante do planeta, o monte Everest. Da primei-
ra, usou o reforço de um cilindro de oxigênio para
suportar a altura. Na segunda (e última), dispensou
o cilindro, devido ao seu estado geral, que era con-
siderado ótimo.
As façanhas dele me emocionaram, a bem-suce-
dida e a malograda. Aqui do meu canto, temendo e
tremendo toda a vez que viajo no bondinho do Pão
de Açúcar, fico meditando sobre os motivos que levam
alguns heróis a se superarem. Vitor já havia vencido o
cume mais alto do mundo. Quis provar mais, fazendo
a escalada sem a ajuda do oxigênio suplementar.
O que leva um ser humano bem-sucedido a vencer
desafios assim?
Ora, dirão os entendidos, é assim que caminha
a humanidade. Se cada um repetisse meu exemplo,
ficando solidamente instalado no chão, sem tentar
a aventura, ainda estaríamos nas cavernas, lascando
o fogo com pedras, comendo animais crus e puxando
nossas mulheres pelos cabelos, como os trogloditas
– se é que os trogloditas faziam isso. Somos o que
somos hoje devido a heróis que trocam a vida pelo
risco. Bem verdade que escalar montanhas, em si,
não traz nada de prático ao resto da humanidade
que prefere ficar na cômoda planície da segurança.
Mas o que há de louvável (e lamentável) na
aventura de Vítor Negrete é a aspiração de ir mais
longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando
os riscos. Não sei até que ponto ele foi temerário ao
recusar o oxigênio suplementar. Mas seu exemplo – e
seu sacrifício – é uma lição de luta, mesmo sendo
uma luta perdida.
CONY, Carlos Heitor. A luta e a lição. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u247.shtml>. Acesso em: 26
ago. 2009.
21. Analisando o tema, apresentado no texto, e sua es-
trutura, pode-se afirmar que se trata de uma crônica:
a) lírica, pois descreve os sentimentos do autor diante
de um fato do cotidiano;
b) humorística, porque procura provocar o riso no leitor
por meio de uma narrativa tragicômica;
X c) ensaística, já que promove a reflexão por meio de
uma exposição argumentativa;
d) histórica, uma vez que narra os importantes feitos
de um herói nacional;
e) poética, pois descreve de forma sugestiva as sensa-
ções do autor diante de um desafio.
22. Analise a seguinte passagem da crônica de Carlos Heitor
Cony e assinale a função da vírgula:
“As façanhas dele me emocionaram, a bem-sucedida e
a malograda.”
X a) Isolar o aposto, ou seja, uma expressão de valor
explicativo.
b) Indicar que as palavras foram utilizadas em seus
sentidos conotativos.
c) Isolar uma expressão adverbial que indica tempo e
espaço.
d) Separar os elementos de uma enumeração.
e) Enfatizar trechos do enunciado para chamar a aten-
ção do leitor.
f) Isolar o vocativo, isto é, uma expressão que indica
chamamento.
23. Analisando o contexto em que foi utilizada, assinale
a expressão que tem o sentido mais próximo do termo
“temerário” na seguinte passagem:
“Não sei até que ponto ele foi temerário ao recusar o oxi-
gênio suplementar.” (último parágrafo)
a) Irracional.
b) Medroso.
c) Forte.
d) Ignorante.
X e) Imprudente.
O texto a seguir refere-se às questões de 24 a 26.
Dois velhinhos
Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos
numa cela de asilo. Ao lado da janela, retorcendo os alei-
jões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora.
Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a
parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado,
anunciava o primeiro:
– Um cachorro ergue a perninha no poste.
Mais tarde:
– Uma menina de vestido branco pulando corda.
Ou ainda:
– Agora é um enterro de luxo.
Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O
mais velho acabou morrendo, para alegria do segundo,
instalado afinal debaixo da janela.
Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava
que o outro não revelava tudo.
Cochilou um instante – era dia. Sentou-se na cama,
com dores espichou o pescoço: entre os muros em ruína,
Volume 1
ali no beco, um monte de lixo.
TREVISAN, Dalton. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record,
1979. p. 110.
21
 24. O conto de Dalton Trevisan caracteriza-se pela brevi-
dade e pela apresentação do tempo, do espaço e dos
personagens de modo impreciso e vago. Um dos recursos
utilizados para criar esse efeito é o uso de adjetivos
substantivados. Assinale, então, a opção em que esse
processo ocorre:
a) “Dois pobres inválidos” e “Ao lado da janela, retor-
cendo os aleijões”.
X b) “Dois velhinhos” e “Dois pobres inválidos”.
c) “Deslumbrado, anunciava o primeiro” e “O mais
velho acabou morrendo”.
d) “Bem desconfiava que o outro não revelava tudo” e
“Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto”.
e) “Dois pobres inválidos” e “O mais velho acabou
morrendo”.
25. Outro recurso utilizado para garantir a brevidade da nar-
rativa é o uso da pontuação. Sobre esse procedimento,
assinale a opção correta:
a) No trecho “Dois pobres inválidos, bem velhinhos,
esquecidos numa cela de asilo”, as vírgulas servem
para destacar a explicação.
b) Na passagem “Ou ainda: – Agora é um enterro de
luxo” os dois-pontos servem para introduzir um
esclarecimento sobre o que foi enunciado.
c) No trecho “– Agora é um enterro de luxo” o travessão
foi utilizado para dar ênfase à fala do personagem.
X d) Em “Cochilou um instante – era dia” a intenção do
travessão é marcar a passagem do tempo.
e) Em “Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu
canto” a vírgula indica que a expressão isolada é
um comentário do autor.
26. Sobre o conto de Dalton Trevisan, assinale o provérbio
que sintetiza a ideia central do texto:
a) Diga-me com quem andas que te direi quem és.
X b) Nada como um dia após o outro.
c) Aqui se faz, aqui se paga.
d) De grão em grão a galinha enche o papo.
e) Gato escaldado tem medo de água fria.
27. (Língua Portuguesa) O uso de sequências narrativas é
muito recorrente na construção de contos e crônicas.
Aponte a opção na qual esse procedimento é predomi-
nante:
a) “Ora, dirão os entendidos, é assim que caminha a
humanidade.”
b) “Não sei até que ponto foi temerário ao recusar o
oxigênio suplementar.”
c) “Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos
numa cela de asilo.”
22
d) “As façanhas dele me emocionaram, a bem-sucedida
e a malograda.”
X e) “Cochilou um instante – era dia. Sentou-se na cama,
com dores espichou o pescoço [...].”
Os textos a seguir referem-se às questões 28 e 29.
Texto 1
[...] Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata
nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e
temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque
neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa
das águas que tem!
Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar
parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui
esta pousada para essa navegação de Calicute bastava.
Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o
que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento
da nossa fé!
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do
que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela
me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer,
mo fez pôr assim pelo miúdo. [...]
CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: <http://www.dominiopublico.
gov.br/download/texto/ua000283.pdf>. Acesso em: 03 set 2009.
Texto 2
A carta de Pero Vaz
A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos,
De plumagens mui vistosas. [...]
MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
28. Sobre o momento de produção do texto 1, é incorreto
afirmar que:
a) não havia uma produção nacional de caráter literário;
b) os textos tinham função informativa;
c) a produção literária nacional tinha um caráter
essencialmente descritivo;
 d) a literatura produzida no Brasil retratava o ponto
de vista europeu;
X e) a produção literária nacional era composta exclusi-
vamente por cartas e crônicas.
29. Analisando, comparativamente, os dois textos é correto
afirmar que:
a) não possuem relação, pois o texto 1 é histórico, e
o texto 2, literário;
b) o texto 1 e o texto 2 possuem o mesmo propósito
comunicativo: exaltar as maravilhas do Brasil;
c) apesar da leve mudança no estilo, o texto 2 confirma
a visão de Caminha sobre a terra descoberta;
X d) dialogam quanto ao tema, mas o texto 2 critica o
ponto de vista defendido por Caminha;
e) embora escritos no mesmo estilo, o texto 2 defende
de modo velado a visão de Caminha sobre a terra
descoberta.
30. O slogan desta propaganda retoma um dos princípios
defendidos pela poesia árcade no século XVIII. Que
recurso é esse?
VISA. Porque a vida é agora
Disponível em: <http://www.visa.com.br/go/principal.aspx>. Acesso
em: 10 ago 2009.
X a) Carpe Diem. b) Locus Amenos.
c) Fugere Urbem. d) Inutilia Truncat.
e) Aurea Mediocritas.
O texto a seguir refere-se às questões 31 e 32.
Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal
contra as de Holanda
O que venho a pedir ou protestar, Senhor, é que nos
ajudeis e nos liberteis: Adjuva nos, et redime nos.
Mui conformes são estas petições ambas ao lugar e
ao tempo. Em tempo que tão oprimidos e tão cativos
estamos, que devemos pedir com maior necessidade,
senão que nos liberteis: Redime nos? E na casa da
Senhora da Ajuda, que devemos esperar com maior
confiança, senão que nos ajudeis: Adjuva nos? Não hei
de pedir pedindo, senão protestando e argumentando;
pois esta é a licença e liberdade que tem quem não
pede favor, senão justiça. Se a causa fora só nossa e
eu viera a rogar só por nosso remédio, pedira favor e
misericórdia. Mas como a causa, Senhor, é mais vossa
que nossa, e como venho a requerer por parte de vossa
honra e glória, e pelo crédito de vosso nome – Propter
nomen tuum – razão é que peça só razão, justo é que
peça só justiça. [...]
VIEIRA, Antônio. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.
br/download/texto/bv000031.pdf>. Acesso em: 04 set. 2009.
31. No Barroco, identificam-se duas produções distintas,
o conceptismo e o cultismo. Leia as suas definições a
seguir e assinale a opção correta sobre o sermão de
Padre Antônio Vieira:
• O conceptismo é marcado pelo jogo de ideias,
seguindo um raciocínio lógico, que utiliza uma
retórica aprimorada. Pesquisava a essência ínti-
ma dos objetos, buscando saber o que são, assim
a inteligência, a lógica e o raciocínio ocupam o
lugar dos sentidos, impondo a concisão e a or-
dem, onde reinavam a exuberância e o exagero.
• O cultismo é caracterizado pela linguagem rebus-
cada, culta, extravagante e pela valorização do
pormenor mediante jogos de palavras, daí o uso
de metáforas, antíteses, hipérboles e anáforas.
X a) No sermão, predomina a estética conceptista, pois
o autor utiliza argumentos de ordem lógica.
b) Trata-se de um texto cultista, porque a linguagem
é rebuscada e extravagante.
c) O caráter conceptista está evidente nas referências
em latim.
d) O texto é predominantemente cultista, como se
observa no próprio título.
e) O cultismo e o conceptismo estão presentes, com o
intuito de convencer o leitor.
32. Analise o trecho de Padre Antônio Vieira e assinale a
opção que indica corretamente qual era o objetivo de
seu produtor e a quem ele se dirigia:
X a) Padre Vieira se dirige a Deus com o intuito de pedir
ajuda para Portugal contra os holandeses.
b) No sermão, o padre se dirige aos católicos de um
modo geral, pedindo que eles encampem a luta de
Portugal.
c) Nesse trecho, o autor se dirige aos holandeses
pedindo-lhes ajuda e liberdade.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
d) No sermão, o padre se dirige a Deus, protestando e
argumentando, em seu nome, honra e glória.
e) Padre Vieira se dirige a Deus, mas, na verdade, está
falando com súditos, exigindo ajuda e liberdade.
33. “[...] cumpria extirpar as inutilidades com que os
barrocos sobrecarregavam as suas produções literá-
rias e colocar de novo em ação os ideais helênicos
de Arte. Entretanto, entendiam que esses ideais
somente se materializavam em determinadas con-
dições: a paisagem campestre como se espelha na
poesia dum Teócrito, dum Virgílio, dum Horácio, é
que constituiria a atmosfera mais indicada para a
concretização plena da poesia equilibrada e serena
Volume 1
[...].”
MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos literários. São Paulo:
Cultrix, 2004. p. 36.
23
 Analisando a definição de Massaud Moisés, pode-se
dizer que o período caracterizado é o:
a) Quinhentismo;
b) Barroco;
X c) Arcadismo;
d) Romantismo;
e) Realismo.
34. “No dia seguinte – às ave-maria a julgar pelo
sol – avistamos suas habitações. Tínhamos levado
três dias de caminho e percorrido de Bertioga onde
eu tinha sido aprisionado, trinta milhas.
Quando nos aproximamos, vimos uma pequena
aldeia de sete choças. Chamavam-na Ubatuba.
Dirigimo-nos para uma praia, aberta ao mar. Bem
perto trabalhavam as mulheres numa cultura de
plantas de raízes, que eles chamam mandioca.
Estavam aí uma delas, que arrancava, raízes, e
tive que lhes gritar em sua língua: ‘Aju ne xê peê
remiurama’, isto é: ‘Estou chegando eu, vossa
comida’
Fomos à terra. Acudiram então todos, moços
e velhos, das cabanas, que ficavam num outeiro,
e queriam ver-me. Os homens se retiraram com os
arcos e flechas para suas moradias e deixaram-me
com as mulheres, que me rodearam. Algumas foram
à minha frente, outras atrás, dançando e cantando
uma canção que, segundo seu costume, entoavam aos
prisioneiros que tencionavam devorar.”
STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1974. p. 43.
O texto anterior é um exemplo de crônica de viagem,
muito difundida no período de navegações. Se
compararmos esse texto às crônicas produzidas hoje,
diariamente em jornais e revistas, pode-se afirmar
que:
I. as crônicas de viagem tinham a intenção de fazer
um relato das novas terras e culturas descober-
tas;
II. as crônicas atuais têm a intenção de fazer um
relato da vida cotidiana;
III. ambas têm em comum a apresentação do ponto de
vista do cronista diante de uma realidade.
Está(ão) correta(s):
a) I;
b) I e II;
c) I e III;
d) II e III;
X e) I, II, e III.
24
O texto a seguir refere-se às questões de 35 a 37.
Breakfast can wait. The day’s
first stop is online.
1 Karl and Dorsey Gude of East Lansing, Mich., can
remember simpler mornings, not too long ago. They sat
together and chatted as they ate breakfast. They read
the newspaper and competed only with the television
5 for the attention of their two teenage sons.
That was so last century. Today, Mr. Gude wakes
at around 6 a.m. to check his work e-mail and his
Facebook and Twitter accounts. The two boys, Cole
and Erik, start each morning with text messages, video
10 games and Facebook. […]
Technology has shaken up plenty of life’s routines,
but for many people it has completely altered the once
predictable rituals at the start of the day.
This is morning in America in the Internet age.
15 After six to eight hours of network deprivation – also
known as sleep – people are increasingly waking up
and lunging for cellphones and laptops, sometimes even
before swinging their legs to the floor and tending to
more biologically urgent activities. […]
20 In other households, the impulse to go online
before getting out the door adds an extra layer of
chaos to the already discombobulating morning
scramble.
Weekday mornings have long been frenetic,
25 disjointed affairs. Now families that used to fight
over the shower or the newspaper tussle over access
to the lone household computer – or about whether
they should be using gadgets at all, instead of
communicating with one another. […]
30 Some families have tried to set limits on Internet
use in the mornings. James Steyer, founder of
Common Sense Media, a nonprofit that deals with
children and entertainment, wakes every morning
at 6 and spends the next hour on his BlackBerry,
35 managing e-mail from contacts in different parts of
the world.
But when he meets his wife, Liz, and their four
children, ages 5 to 16, at the breakfast table, no laptops
or phones are allowed. […]
40 “You have to resist the impulse. You have to switch
from work mode to parenting mode,” Mr. Steyer said.
“But meeting my own standard is tough.”
STONE, Brad. Breakfast can wait. The day’s first stop is
online. Disponível em: <http://www.nytimes.com/2009/08/10/
technology/10morning.html>. Acesso em: 19 ago. 2009.
35. Com base no título do texto, é possível inferir que,
atualmente, o uso da internet por muitas famílias
americanas é tão intenso que começa antes do café da
manhã. Marque a alternativa que apresenta um trecho
do texto exemplificando tal comportamento:
a) […] when he meets his wife, Liz, and their four
children, ages 5 to 16, at the breakfast table, no
laptops or phones are allowed.
b) They read the newspaper and competed only with
the television […].
c) Some families have tried to set limits on Internet
use in the mornings.
X d) Mr. Gude wakes at around 6 a.m. to check his work
e-mail and his Facebook and Twitter accounts. The
two boys, Cole and Erik, start each morning with text
messages, video games and Facebook.
e) They sat together and chatted as they ate breakfast.
36. Os pronomes pessoais (personal pronouns) são aqueles
que indicam uma das três pessoas do discurso: a que
fala, aquela com quem se fala e aquela de quem se
fala. Os subject pronouns são os que desempenham a
função de sujeito da oração, e os object pronouns são
os que desempenham a função de objeto. Qual das
alternativas a seguir apresenta um trecho do texto
que contenha somente subject pronouns?
X a) They sat together and chatted as they ate breakfast.
b) They read the newspaper and competed only with the
television for the attention of their two teenage sons.
c) That was so last century.
d) This is morning in America in the Internet age.
e) But when he meets his wife, Liz, and their four chil-
dren, ages 5 to 16, at the breakfast table, no laptops
or phones are allowed.
37. (Língua Inglesa) Os pronomes pessoais e os adjetivos
possessivos são determiners, pois ajudam a identificar
o substantivo. Nas linhas 35 a 37, o trecho But
when he meets his wife, Liz, and their four children,
ages 5 to 16, at the breakfast table, no laptops or
phones are allowed, contém o pronome he e os
adjetivos possessivos his e their, que se referem,
respectivamente, a:
X a) James Steyer/James Steyer/James Steyer e Liz
Steyer;
b) Liz Steyer/Karl Gude/James Steyer e Dorsey Gude;
c) James Steyer/James Steyer e Liz Steyer/James
Steyer e Liz Steyer;
d) Karl Gude/Karl Gude/Karl and Dorsey Gude;
e) Karl and Dorsey Gude/Dorsey Gude/Karl Gude.
Questions 38 and 39 refer to the text below.
The digital divide?
The average job-seeker takes 12 weeks to find
work. TIME profiles one laid-off software architect who
used social networks including Facebook and Twitter
to land a job in just 11 days. Will the recovery favor
the internet--savvy in other fields as well? (Or: maybe
this guy was just a super employee who, if he hadn’t
been wasting his time tweeting, would have found a
job in 10 days?)
Comments:
1. June 22, 2009 10:58 am
What? The lesson here is that people with good
networks get jobs more easily than those without.
Whether you use Facebook and Twitter, a good
rolodex, a church group, or pretty dresses and
fancy parties to gather such a network is irrelevant.
– Bill Mill
2. June 22, 2009 11:14 am
@Bill Mill: Amen.
When I job-hopped recently, the *ONLY*
thing that worked for me was a personal contact.
LinkedIn helped a bit in getting his email details,
but it wouldn’t have been the only means of doing
so.
Also, this is usable only by someone who’s
lost their job (for whatever reasons), and not
someone looking to shift out. You wouldn’t
want to “blast our information” to everyone on
Twitter if you still want to have some degree of
closeness between one job ending and the other
beginning :-)
– Shrikant
3. June 22, 2009 11:47 am
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
No, this goes back to what people have been
saying for many years, its not _what_ you know,
but _who_ you know. Knowing the right people,
and having the right skill set doubly improves ones
ability to beat the average.
In contrast, and to keep the average, I know another
gentleman who has been without work for over a year
while spending his time on the computer. However,
since he has been in no hurry to find work – he spends
his time playing games rather than being productive.
– Walter Wimberly
[...]
THE DIGITAL divide? Disponível em: <http://freakonomics.
Volume 1
blogs.nytimes.com/2009/06/22/the-digital-divide/>. Acesso
em: 19 ago. 2009.
25
 38. In the Freakanomics blog, the online newspaper New
York Times asks a question about a polemic subject and
receives comments from the readers. In this text, the
question:
a) is mainly about the time the average job-seekers
spend to find work;
b) asks the reader’s opinion about Facebook and
Twitter;
c) asks the readers suggestions for people who are
looking for a job;
X d) asks the readers’ opinion about the influence of the
internet in getting a job and in other fields;
e) criticizes the use of internet to get a job in different
fields.
39. Se os substantivos do trecho do texto […] a good
rolodex, a church group, or pretty dresses and fancy
parties to gather such a network is irrelevant, estivessem
todos no singular leríamos:
a) [...] a good rolodex, a church group, or a pretty
dresse and a fancy party to gather such a network
is irrelevant.
b) […] a good rolodex, church groups, or pretty dres-
ses and a fancy partie to gather such a network is
irrelevant.
X c) [...] a good rolodex, a church group, or a pretty
dress and a fancy party to gather such a network is
irrelevant.
d) [...] good rolodexes, churches groups, or pretty
dresses and fancy parties to gather such a network
is irrelevant.
e) [...] a good rolodex, a church group, or pretty
dress and fancy party to gather such a network is
irrelevant.
A questão 40 refere-se ao texto a seguir.
Why is phone fidelity so poor?
I am not the first to say this and surely I will
not be the last, but: isn’t it strange that with all
the technological improvements in our lives in the
past few decades, the audio fidelity of so many of
our phone calls is so abysmal?
I don’t use the phone all that much – in part
because in many cases it’s less convenient than
e-mail, but also because, I’ve realized lately, poor
audio quality is a strong disincentive.
Nearly every call I make or receive has at least
one person on a cell phone or cordless phone, and
probably 60 percent are between two cell phones.
26
The quality of most cell-phone calls beats the tin-
can-and-string setup that kids used to play with, but
only marginally. My home phone, a cordless Uniden
on a digital phone network provided by Time Warner,
offers better baseline quality than my cell phone
but a steady diet of distortion, dropouts, and even
dropped calls.
The other day, I happened to have a conversation
on a real land line with another person on another
real land line and I was shocked: I could actually
hear. It was the first really good phone conversation
I’ve had in about three years. [...]
DUBNER, Stephen J. Why is phone fidelity so poor? Disponível
em: <http://freakonomics.blogs.nytimes.com/2009/08/20/why-
is-phone-fidelity-so-poor/>. Acesso em: 30 ago. 2009.
40. On the first paragraph of the text, the author asks
a question about the reasons that make phone
fidelity so poor, even in a time full of technological
improvements. He answers this question along the text
giving personal examples that work as arguments for
the problem. Among them, he mentions:
a) The fact that using the phone is much more
expensive than using e-mail.
X b) The bad quality of phone calls, which includes
distortion, dropouts and dropped calls and the
convenience he finds in sending e-mails, in many
situations.
c) The use of phone lines by different people at the
same time every time he needs to use the phone.
d) The quality of tin-can-and-string phones, which
is much better than the audio quality of cell and
cordless phones.
e) The fact that he could not listen to other people
on real land line conversations for about the last
three years.
41. O autor do texto Why is phone fidelity so poor? critica
a qualidade das ligações telefônicas com celulares e
telefones sem fio. Marque a alternativa que apresenta o
trecho do texto em que essa crítica está presente:
a) The convenience of cell phones and even cordless
home phones is gigantic.
b) It was the first really good phone conversation I’ve
had in about three years.
c) I am not the first to say this and surely I will not be
the last […].
d) I don’t use the phone all that much […].
X e) The quality of most cell-phone calls beats the
tin-can-and-string setup that kids used to play with
[…].
 Ciências Humanas e suas Tecnologias
1. “A conformação do terreno é de grande importância nas
batalhas. Assim sendo, apreciar a situação do inimigo,
calcular as distâncias e o grau de dificuldades do terre-
no, quanto à forma de se poder controlar a vitória, são
virtudes do general de categoria. Quem combate com
inteiro conhecimento destes fatores vence, de certeza;
quem o não faz é, certamente, derrotado.”
TZU, Sun. A arte da guerra. In: CASTRO, I. E. de; CÔRREA, R. L.;
GOMES, P. C. da C. (Org.). Geografia: conceitos e temas.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 77.
Considerando o conceito exposto no texto e seus
conhecimentos sobre território, avalie as seguintes
afirmativas:
I. Conhecer o território é fundamental para entender
melhor as relações de poder e cobrar das autorida-
des melhor distribuição dos recursos.
II. O território é formado por fatores históricos, na-
turais, econômicos.
III. De acordo com o texto, quem desconhece o ter-
reno passa a ter maior probabilidade de ganhar a
guerra, porque o ataque vai ser surpresa e a vitória
controlada.
IV. Território é um espaço imutável, onde os limites
são fixos e não existem funções nem temporali-
dade.
V. Nas grandes cidades, no caso das favelas, por exem-
plo, os donos do território são os traficantes, que
agem usando a força e dominam os moradores, que
não conseguem enfrentá-los e, por isso, aceitam
essa situação de dominação.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III. b) I, III e IV. X c) I, II e V.
d) II, III e V. e) Todas estão corretas.
2. “A origem das coisas sempre foi uma preocupação
central da humanidade – a origem das pedras, dos
animais, das plantas, dos planetas, das estrelas e de
nós mesmos. Mas a mais fundamental de todas parece
ser a origem do Universo como um todo – tudo o que
existe.”
STEINER, João E. A origem do Universo. Estudos avançados 20
(58), 2006. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/>.
Acesso em: 03 jul. 2009.
Várias teorias tentam explicar a origem e a evolução do
Universo. Sobre essas teorias, assinale a alternativa correta:
a) Para a Teoria da Grande Explosão, o Universo é o
que sempre foi, ou seja, o Universo é homogêneo,
isotrópico (suas propriedades são as mesmas em
qualquer direção) e constante no tempo.
X b) Na Teoria do Big-Bang, toda a matéria que existia
estava concentrada em um único ponto, batizado
de átomo primordial, que, num dado momento,
explodiu, formando então o Universo, que continua
em expansão.
c) A Constante de Hubble é um cálculo que representa
o ritmo da contração do Universo, o qual é utilizado
pela Teoria do Estado Estacionário, a mais aceita
atualmente pelos cientistas para comprovar a ori-
gem do Universo.
d) Para a Teoria do Estado Estacionário, o Universo
teve início com uma grande explosão.
e) A Teoria do Big-Bang foi comprovada na década de
1960 por físicos que descobriram que as galáxias
não estão se afastando e, sim, se agrupando.
3. “Comissão do Senado aprova projeto que unifica fuso
horário em todo o país. A CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira
um projeto que unifica o fuso horário para todo o
país e estabelece que a hora oficial brasileira seja
o horário de Brasília, com três horas de atraso em
relação à hora de Greenwich, em Londres. A proposta
segue para a análise da CRE (Comissão de Relações
Exteriores) e se aprovada terá ainda que ser votada
pela Câmara.”
FALCÃO, Márcio. Comissão do Senado aprova projeto que unifica
fuso horário em todo o país. Folha Online. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/brasil/ult96581761.shtml>. Acesso em: 27
jun. 2009.
De acordo com as informações acima, considere as
seguintes afirmativas:
I. A proposta é importante para promover maior
integração econômica às regiões do país.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
II. O Brasil é um país de grande extensão longitu-
dinal, sendo atravessado atualmente por quatro
fusos horários, todos com horas adiantadas em
relação ao Meridiano Inicial ou de Greenwich.
III. A unificação dos fusos se justifica ante a unificação
e informatização do sistema financeiro, o desenvol-
vimento dos transportes aéreos e das comunicações
via satélite.
É correto o que se afirma em:
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas II;
Volume 1
d) I e II;
X e) I e III.
27
 4. “Debruçado sobre uma enorme folha de papel, o alemão naturalizado brasileiro Curt Nimuendaju deu o último retoque,
em meados de dezembro de 1944, no mapa traçado pacientemente a nanquim durante quatro meses. Não era um trabalho
qualquer, mas o Mapa Etno-Histórico com milhares de símbolos, cores e nomes representando 1 400 grupos de índios.
Inédita, a empreitada reunia em um quadrado de 2 metros por 2 metros a primeira grande síntese do conhecimento
etnológico disponível até aquele ano, boa parte recolhida pessoalmente. Trazia informações sobre localização, filiação
linguística e movimentos de migração de tribos extintas e existentes no Brasil.”
MARCOLIN, Neldson. Cartografia indígena. Disponível em: <www.revistapesquisa.br/?art3107&bd=1&pg=1&lg=>. Acesso em: 27 jun. 2009.
Com base na situação descrita no texto, conclui-se que:
a) a cartografia é uma ciência que faz a análise do espaço geográfico, utilizando somente a verificação pessoal do
fato ou fenômeno;
X b) no mapa produzido por Curt Nimuendaju foi sintetizado o conhecimento etnológico disponível até o ano de 1944,
o qual trazia várias informações, como localização, língua e movimentos migratórios de várias tribos indígenas;
c) no mapa descrito no texto, o autor não utilizou a linguagem cartográfica, como símbolos, cores e nomes represen-
tando os grupos indígenas;
d) a cartografia não é importante, uma vez que já existem outros métodos de confecção de mapas, como a aerofoto-
grametria;
e) a utilização da escala não faz falta num produto cartográfico, pois a cartografia é uma arte e como arte não utiliza
elementos técnicos.

5. As coordenadas geográficas são elementos cartográficos importantes para a localização de pontos específicos sobre a
superfície terrestre. Observe o mapa abaixo:

Fonte: ATLAS geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. p. 23. Adaptação.
De acordo com o mapa pode-se concluir que:
a) o ponto A está localizado a 45° lat. N e a 120° long. L e está ao sul do ponto B;
b) o ponto B está localizado a 90° lat. N e 0° long. O e está a noroeste do ponto D;
X c) o ponto C está localizado a 15° lat. N e 30° long. L e está a sudeste do ponto B;
d) o ponto D está localizado a 75° lat. S e 30° long. L e está ao sul do ponto E;
e) o ponto E está localizado a 30° lat. S e 60° long. O e está ao norte do ponto D.
28
6. “De uso tão antigo como a própria Geografia, o
termo escala encontra-se de tal modo incorporado ao
vocabulário e ao imaginário geográficos que qualquer
discussão a seu respeito parece desprovida de sentido,
ou mesmo utilidade.”
CASTRO, Iná Elias de. O problema da escala. In: CASTRO, I.E. de;
CÔRREA, R. L.; GOMES, P. C. da C. (Org.). Geografia: conceitos e
temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 117.
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre
escala, avalie as seguintes afirmativas:
I. Escala é um recurso da Cartografia e é uma
fração que indica a relação entre as medidas
do espaço real e aquelas da sua representação
gráfica.
II. A escala pode ser representada numérica e grafi-
camente.
III. Quanto maior o denominador da fração menor a
escala. Isso quer dizer que o espaço real sofreu
maior diminuição.
Está correto o que se afirma em:
a) apenas I; b) apenas II;
c) apenas III; d) I e II;
X e) I, II e III.
7. “Em 1987, o então ditador iraquiano Saddam Hussein
visitou ruínas de um palácio que pretendia reconstruir,
localizadas 80 quilômetros ao sul da capital Bagdá.
[...] O cientista mostrou para o governante os
tijolos originais. Neles estava estampado um nome,
Nabucodonosor II, que se sabia haver vivido por volta
de 605 a.C. [...]
Saddam quase não falou naquele encontro.
Mas ouviu muito sobre a história local. E fez duas
exigências. A primeira era que a reconstrução
do palácio começasse num festival de artes que
ocorreria em setembro daquele ano. A segunda,
que seu nome estivesse inscrito em todos os tijolos,
assim como Nabucodonosor fizera mais de 2 500
anos. [...]”
LIMA, Cláudia de Castro. Babilônia, a morada dos deuses. Aventuras
na História. São Paulo: Abril, ed. 72, p. 29, jul. 2009.
Por meio da leitura do texto e dos seus conhecimentos
sobre a Mesopotâmia, marque as afirmativas que você
considerar corretas:
I. A região onde Saddam Hussein observou as ruínas
de um palácio é a Mesopotâmia, que corresponde
atualmente ao Estado do Iraque.
II. Os tijolos gravados com o nome de Nabucodonosor,
assim como a intenção de Saddam Hussein de ter
seu nome gravado, denunciam a existência de
Estados tanto na Antiguidade quanto na década
de 1980, igualmente personalistas e centrados na
imagem do seu líder.
III. A região da Mesopotâmia também deu origem aos
hebreus, tendo se originado na cidade de Ur, na
Caldeia. Os conflitos que envolvem árabes e judeus
atualmente são decorrentes da disputa por essas
terras.
IV. Nabucodonosor representou o maior Estado da
Antiguidade, que foi o Império Babilônico, com a
hegemonia desse grupo sobre sumérios, assírios,
caldeus, hititas e cassitas.
V. Durante o Império Babilônico foi feita a primeira
compilação de leis escritas, conhecida como Código
de Hamurabi.
Estão corretas:
a) I, II, e IV;
b) II, III e IV;
X c) I, II e V;
d) II, III e IV;
e) III, IV e V.
8. “Para visitar as pirâmides, hoje você voa através de
diversos fusos horários, vê a beleza da rota aérea, as
luzes das modernas cidades, todas aquelas estranhas
paisagens em mutação. Atrás das pirâmides, no
Cairo moderno, as pessoas assistem televisão, jogam
cartas, brincam no computador e conversam entre
si, como as pessoas sempre fizeram. Agora, porém,
o povo do Nilo manipula seu meio ambiente natural
numa escala muito superior àquela executada
pelos construtores das pirâmides. O sagrado Nilo é
controlado e canalizado para fornecer eletricidade e
irrigação doze meses por ano.”
ROMER, John; ROMER, Elizabeth. As sete maravilhas do mundo:
realidade e recriação dos maiores monumentos da Antiguidade.
Tradução de Beth Vieira. São Paulo: Melhoramentos, 1996. p. 241.
Sobre o Egito, é correto afirmar:
a) Na Antiguidade, a presença do Rio Nilo foi fator
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
de povoamento da região, mas, atualmente, o rio
não possui a importância que tinha em outros
tempos.
b) A formação dos Estados na Antiguidade resumia-
-se à estruturação das grandes obras, seja pelos
canais de irrigação seja pela construção das
pirâmides, mas, em termos políticos, nunca con-
quistaram uma centralização, ficando restritas às
Cidades-Estados.
c) As pirâmides demonstram o grande desenvolvimento
matemático dos egípcios na Antiguidade, enquanto
os computadores demonstram o desenvolvimento na
atualidade.
Volume 1
X d) A construção das pirâmides estava vinculada apenas
às crenças de vida após a morte e ao julgamento no
Tribunal de Osíris.
29
 9. “A organização social na Antiguidade clássica, oriunda
da religião, possuía na cidade um espaço marcado
pela segregação. [...] Filósofos, como Aristóteles,
que concebiam a cidade como “por natureza uma
pluralidade” de indivíduos e de elementos distintos,
excluíram da “comunidades de iguais”, ou seja, da
cidade aqueles cujo trabalho era considerado indigno,
como os comerciantes, por exemplo. [...]”
PINTAUDI. Silvana Maria. A cidade e a crise. In: MARQUES,
Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História do tempo
presente. São Paulo: Contexto, 2007. p. 218.
Sobre a pólis grega, é incorreto afirmar que:
a) as cidades gregas possuíam autonomia política e
nunca chegaram a constituir um Estado;
b) os comerciantes foram excluídos da cidadania,
porque seu trabalho era visto como indigno;
X c) Aristóteles considerava a cidade o elemento agre-
gador dos trabalhadores considerados indignos;
d) a pólis era onde se exercia a democracia grega, que
12. “O pai é o primeiro junto ao fogo sagrado; é ele que o
era participativa e incluía todos os cidadãos.
10. Leia esse texto escrito pelo grego Xenofonte, que nasceu
no século V a.C:
“Nas outras cidades todos se esforçam para ganhar
todo o dinheiro possível. Um trabalha a terra, outro
arma um navio, um outro pratica o grande comércio,
e outros ainda vivem de outros ofícios. Mas Licurgo
proíbe os homens livres de exercerem qualquer
tarefa lucrativa, e assegurar a liberdade ao Estado
é, segundo ele, a única atividade da qual devem se
ocupar.”
XENOFONTE. In: VAN ACKER, Maria Teresa Vianna. Grécia: a vida
cotidiana na Cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. p. 33.
Certamente, Xenofonte não está falando de:
X a) Atenas, porque se dedicavam à atividade comercial;
b) Atenas, por não terem preocupações com a formação
de exércitos;
c) Esparta, porque a preocupação com a liberdade de
Estado e com a democracia eram características de
Atenas;
d) Esparta, porque, apesar do envolvimento na guerra,
havia a valorização do trabalho, ao contrário de
Atenas que utilizava apenas a mão de obra escrava.
11. “Necessário e, ainda por muito tempo, é o pão
cotidiano. Roma, no século I a.C., é uma megalópole
de 500 mil habitantes, cifra que não leva em conta
a população servil, cada vez mais numerosa [...].
Impossível garantir o abastecimento cotidiano
da cidade, como outrora, apenas com os recursos
locais. É preciso importar quantidades gigantescas
30
de trigo. Não para alimentar gratuitamente os
romanos, pois só uma minoria beneficia-se dessas
concessões honoríficas, mas para abastecer os
mercados da cidade e manter o preço dos grãos em
níveis razoáveis. [...] O mínimo necessário por dia e
por pessoa é um quilo de pão.”
BERNET, Anne. Uma superpotência em ação. Tradução de Anna
Montoia. História viva, São Paulo: Duetto Editorial, ano 1, n. 2,
p. 62, dez. 2003.
O texto:
X a) demonstra que a questão do trigo está vinculada à
paz social em Roma;
b) refere-se à política do pão e circo, implantada por
Otávio Augusto;
c) demonstra a necessidade de expansão do Império
Romano;
d) refere-se à política do pão e circo, implantada por
Júlio César.
acende e o conserva; é o seu pontífice. Em todos os atos
religiosos desempenha a função mais elevada; degola
a vítima; sua boca pronuncia a fórmula da oração que
deve chamar sobre si e os seus a proteção dos deuses. A
família e o culto perpetuam-se por seu intermédio; só
o pai representa toda a série dos descendentes. No pai
repousa o culto doméstico. [...] Quando a morte chegar,
o pai será um ser divino que os seus descendentes
invocarão.”
COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. São Paulo: Hemus, 975.
p. 22.
Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos
sobre a Grécia Antiga, analise as proposições a
seguir:
I. A religião grega baseia-se no culto aos antepassa-
dos e na manutenção do fogo sagrado, evoluindo,
na esfera pública, para o culto aos deuses, semi-
deuses e heróis.
II. Pela leitura do texto é possível concluir que as fa-
mílias gregas possuíam uma organização patriarcal,
embora na vida pública a democracia tenha criado
a igualdade entre os cidadãos.
III. Os deuses gregos possuíam características huma-
nas, sendo ressaltadas apenas as virtudes.
Está(ão) correta(s):
X a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) II e III.
13. Leia o texto e observe a imagem para responder à
questão:
Todas as rochas – mesmo aquelas que, por serem
muito duras, parecem indestrutíveis –, assim como
automóveis antigos que enferrujam e jornais velhos
que ficam amarelados, também podem enfraquecer-se
e esfacelar-se quando expostas à água e aos gases
da atmosfera. Dois processos geológicos colapsam e
fragmentam as rochas: o intemperismo e a erosão.
Intemperismo é um processo geral que quebra as
rochas em fragmentos de vários tamanhos por uma
combinação de fraturamento físico ou decomposição
química.
PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução de Rualdo
Menegat et al. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 171 e 635.
© Wikimedia Commons/Renata Shibuta Marques
Estalactites e estalagmites na Gruta da
Torrinha, Chapada Diamantina, BA.
A imagem e o texto destacam aspectos relativos ao:
a) intemperismo físico, em que ocorre a ação da tem-
peratura na superfície terrestre;
X b) intemperismo químico, em que se destaca a ação
da água sobre os minerais de uma rocha;
c) intemperismo biológico, em que ocorre a ação dos
seres vivos;
d) intemperismo mecânico, em que ocorrem dilatações
e contrações das rochas, formando o solo;
e) intemperismo pluvial, em que ocorre a ação dos rios
no processo de contração e desagregação de rochas.
14. Leia este fragmento de texto:
País perde US$ 20 bi com biopirataria
O Brasil não possui dados confiáveis sobre os valores
movimentados com a biopirataria. Contudo, os cálcu-
los feitos por organismos oficiais e organizações não
governamentais (ONG) dão conta de que o país perde,
em média, mais de R$ 20 bilhões só com o roubo de
plantas, solos, micro-organismos e a apropriação inde-
vida dos conhecimentos das populações tradicionais.
Atualmente, a biopirataria é a terceira atividade ilícita
mais rentável do planeta: fica atrás apenas do tráfico
de drogas ilícitas e de armas.
ARAÚJO, Chico. Mais um flagrante de biopirataria na Amazônia.
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/blogs/amazonia/
posts/2009/02/28/mais-um-flagrante-de-biopirataria-na-
amazonia-164870.asp>. Acesso em: 22 ago. 2009.
Os fatos apresentados permitem inferir que:
a) no Brasil, a biopirataria não existe porque nossas
florestas não têm uma biodiversidade que chame a
atenção de pesquisadores estrangeiros e indústrias
farmacêuticas internacionais;
X b) no Brasil, o bioma mais ameaçado pela biopirataria é
a Amazônia porque é dele que é retirada uma grande
quantidade de plantas e animais, sobre os quais os
estrangeiros têm maior interesse, principalmente
para fazer medicamentos e cosméticos;
c) no Brasil, existe uma política de desenvolvimento
para ciência e tecnologia, por isso o país não está
em desvantagem quanto a pesquisas científicas se
comparado a países desenvolvidos;
d) existe no país uma legislação que acompanha a
legislação internacional sobre o tema que regula
a exploração dos recursos naturais, conseguindo,
dessa forma, deter o avanço da biopirataria, prin-
cipalmente, na Amazônia;
e) a biopirataria envolve a repartição justa e equitativa
entre todos os envolvidos no processo da exploração
comercial.
15. Leia o texto, observe o mapa e responda à questão:
Hotspots
O conceito “Hotspot” foi criado em 1988 pelo
ecólogo inglês Norman Myers para resolver um dos
maiores dilemas dos conservacionistas: quais as áreas
mais importantes para preservar a biodiversidade
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
na Terra?
Ao observar que a biodiversidade não está igual-
mente distribuída no planeta, Myers procurou identificar
quais as regiões que concentravam os mais altos níveis
de biodiversidade e onde as ações de conservação seriam
mais urgentes. Ele chamou essas regiões de Hotspots.
Hotspot é, portanto, toda área prioritária para
conservação, isto é, de alta biodiversidade e ameaçada
no mais alto grau. É considerada Hotspot uma área com
pelo menos 1 500 espécies endêmicas de plantas e que
tenha perdido mais de 3/4 de sua vegetação original.
HOTSPOTS. Disponível em: <http://www.conservation.org.br/omo/
index.php?id=9>. Acesso em: 22 ago. 2009.
Volume 1
31
 Hotspots mundiais

Fonte: CONSERVATION International. Disponível em: <http://www.biodiversityhotspots.org/xp/Hotspots/Pages/default.

aspx>. Acesso em: 22 ago. 2009.

As informações do texto e do mapa indicam que:

a) a maioria dos hotspots está localizada no continente americano, principalmente na América do Sul;
b) no Brasil, existem duas áreas mais ameaçadas, a Caatinga e os Campos Sulinos;
c) a região mais conservada do globo é a costa oriental da África;
X d) Cerrado e Mata Atlântica são considerados, de acordo com Norman Myers, os dois hotspots brasileiros;
e) na Oceania, não existem hotspots.

16. Leia o texto e responda à questão:

Um oceano de plástico
Durabilidade, estabilidade e resistência à desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos
com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final também o tornam um dos maiores vilões ambientais.
São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos
oceanos, sendo que 80% desta fração vêm de terra firme.
No Oceano Pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração
de lixo do mundo, com cerca de 1 000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio
caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste vórtex de lixo
cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas, bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques,
malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo ou sopa
plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
UM OCEANO de plástico. Disponível em: <http://funverde.wordpress.com/2009/03/04/um-oceano-de-plastico/>. Acesso em: 22 ago. 2009.
Os fatos apresentados permitem inferir que:
X a) as correntes marítimas carregam para o Oceano Pacífico grande parte do lixo proveniente dos continentes;
b) a ação superficial dos ventos leva o lixo para todos os oceanos do globo;
c) a ação da força de atração gravitacional entre Terra, Sol e Lua favorecem a concentração de poluentes devido à
subida da maré;
d) a existência de atividade pesqueira provoca a poluição por plásticos;
e) as massas de ar que atuam na região do Pacífico fazem com que ocorra maior concentração de lixo neste oceano.

32
17. “No entanto, na segunda metade do século XI,
os cavaleiros do Ocidente, possuídos da ideia da guerra
santa, empreendem a peregrinação em pequenos grupos,
[...] O papa Urbano II, aproveitando esse clima favorável,
[...], convida todos os cristãos de vocação militar, revesti-
dos do sinal da cruz, a partir em armas contra Jerusalém. O
êxito é logo prodigioso, a ponto de transformar os planos
pontificais, assaz modestos no início. [...] Assim inicia-
-se uma empresa que duraria mais de dois séculos e cuja
nostalgia dominará o espírito dos nobres até a aurora
dos nossos tempos.”
CROUZET, Maurice. A Idade Média: o período da Europa feudal,
do Islã turco e da Ásia Mongólica (séculos XI-XIII). Tradução de
J. Guinsburg e Vítor Ramos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
p. 61. v. 7. (História geral das civilizações).
O texto refere-se:
I. ao movimento cristão conhecido como Cruzadas, que
foi iniciativa do papado. Os cruzados dirigiam-se às
regiões da Terra Santa, que se encontravam sob domí-
nio dos muçulmanos motivados, entre outros fatores,
pela promessa da indulgência oferecida pela Igreja;
II. às expedições, realizadas pela nobreza e pelos
servos, visavam, além do enriquecimento pessoal,
à libertação da região de Jerusalém, considerada
santa para a cristandade;
III. ao fato de que as expedições, das Cruzadas, por
terem conquistado vitória em todas as suas inves-
tidas, resultam em nostalgia entre os nobres até
muito tempo depois;
IV. às Cruzadas, que foram também um mecanismo da
nobreza para buscar seu enriquecimento, já que,
pela lei da primogenitura, apenas o irmão mais
velho era beneficiado pela herança;
V. à guerra santa e ao deslocamento da população do
Ocidente para o Oriente, que reduziu o efeito do
crescimento demográfico naquele período.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III; b) I, III e IV; X c) I, IV e V;
d) II, III e IV; e) II, III e V.
18. “E o tempo da Igreja? O mercador cristão sente-o como
um outro horizonte da sua existência. O tempo no
qual ele age profissionalmente não é o tempo em que
vive religiosamente. Na expectativa de salvação, ele
contenta-se com aceitar os ensinamentos e as diretivas
da Igreja. De um horizonte ao outro, as zonas de en-
contro só se tocam exteriormente. Dos seus ganhos, o
mercador retira o “dinheiro de Deus” com que alimenta
as obras de beneficência. Ser que dura, ele sabe que o
tempo que o leva para Deus e a eternidade é também
susceptível de paragens, de quedas e de acelerações.
Tempo de pecado e tempo de perdão. Tempo de morte
neste mundo, antes da ressurreição.”
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média: tempo,
trabalho e cultura no Ocidente Lisboa: Estampa, 1980. p. 55.
Por meio da leitura desse texto, podemos afirmar que:
X a) refere-se às contradições existentes na sociedade
medieval para o mercador, que precisava conciliar
o tempo da Igreja com o tempo do trabalho;
b) demonstra claramente que a Igreja considerava
Deus o único proprietário do tempo e, por isso, o
mercador não podia vender o que não lhe pertencia;
c) refere-se à libertação do pensamento religioso
do mercador, que demonstrou romper as amarras
estabelecidas pela Igreja Católica durante a Idade
Média;
d) apresenta o predomínio do tempo do trabalho sobre
aquele determinado pela Igreja, demonstrando a
passagem da Idade Média para o capitalismo.
19. “Afetadas pela crise, as classes dominantes feudais
recorreriam a um expediente clássico dos momentos
de maior instabilidade: a guerra. Irromperam conflitos
em diversos pontos da Europa (na Península Ibérica,
no norte da Europa, entre as cidades italianas), sendo
o mais importante de todos, a Guerra dos Cem Anos,
durante o qual se defrontaram França e Inglaterra entre
1337-1453. Na verdade, a denominação do conflito é
bem moderna, tendo sido criada pelos historiadores do
século XIX. [...]
A centralização política foi acelerada em ambos
os países. Afinal, era o mais adequado para a arregi-
mentação das tropas e para a alocação dos recursos
necessários. De uma forma geral, o saldo para a no-
breza foi negativo. A monarquia, fortalecida desde o
século XIII através de alianças com a burguesia, e o
revigoramento do Direito Romano (favorecido pela des-
coberta do Código de Justiniano), foram preenchendo
o vácuo proporcionado pela aristocracia arruinada ou
à beira da ruína. Precipitava-se a supremacia de uma
fórmula política em que o rei seria respeitado por
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
ser soberano de todo o reino e não somente como o
suserano de um senhorio.”
AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade brasileira: uma
história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record,
2008. p. 46.
Por meio da leitura do fragmento, está incorreto afir-
mar que:
a) a guerra foi uma característica comum à Idade Média
em virtude da descentralização administrativa;
b) a Guerra dos Cem Anos favoreceu a centralização
política da França, já que havia a necessidade da
formação de um exército unificado e da captação
de recursos;
X c) a centralização administrativa necessitava de um
Volume 1
código de leis, o que foi favorecido pelo uso daque-
las formuladas por Justiniano durante o Império
Romano;
33
 d) o rei passou a ocupar um novo espaço na socieda-
de – deixou de ser o maior suserano dos vassalos e
passou a ser o soberano de todos;
e) a nobreza perdeu parte de seus poderes em detri-
mento do poder real.
20. “Ao contrário da história bizantina, que não possui um
começo que possa ser fixado, mas que terminou com cer-
teza em 1453, a história da civilização islâmica tem um
claro ponto de origem, iniciando com a vida de Maomé no
século VII, mas não tem fim, porquanto o Islam, a religião
de Maomé, ainda representa uma força ponderável no
22. Leia este texto e responda à questão:
mundo moderno. Os crentes do Islam, conhecidos como
muçulmanos ou maometanos, compreendem hoje cerca
de um sétimo da população do globo. [...]”
BURNS, Edward McNall. História da civilização ocidental: do homem
das cavernas às naves espaciais. Tradução de Donaldson M. Garshagen.
São Paulo: Globo, 2005. p. 214.
Sobre o islamismo, podemos afirmar que:
a) para os muçulmanos, Maomé, o fundador da religião
do Islã, é considerado um verdadeiro Deus;
b) apesar de seguir o calendário cristão e aceitar Jesus
Cristo como um dos maiores profetas, as cerimônias
islâmicas são bastante diferentes dos rituais da
Igreja Católica;
X c) não existe um clero regular nem a separação entre
a vida religiosa e a vida social;
d) a expansão do Estado Árabe realizou-se com o único
propósito de converter todos os povos ao islamismo;
e) seus preceitos religiosos constam no livro sagrado
– Corão ou Alcorão – e foram baseados no Antigo
Testamento dos hebreus, principalmente nos prin-
cípios da redenção pelo amor.
21. “Os diretores de filmes antigos costumavam fazer coisas
estranhas. Uma das mais curiosas era o seu hábito de
mostrar as pessoas andando de carro, depois descerem
atabalhoadamente e se afastarem sem pagar ao moto-
rista. Rodavam por toda a cidade, divertiam-se, ou se
dirigiam a seus negócios, e isso era tudo. Sem precisar
pagar nada. Assemelham-se em muito à maioria dos
livros da Idade Média, que, por páginas e páginas,
falavam de cavaleiros e damas, engalanados em suas
armaduras brilhantes e vestidos alegres, em torneios
e jogos. Sempre viviam em castelos esplêndidos, com
fartura de comida e bebida. Poucos indícios há de que
alguém devia produzir todas essas coisas, que arma-
duras não crescem em árvores, e que alimentos, que
realmente crescem, têm que ser plantados e cuidados.”
HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro:
Zahar, 1983. p. 11.
Podemos concluir que o autor do texto:
a) questiona o fato de que, no cinema e nos livros
de História, apenas os problemas da nobreza são
34
retratados, e os servos aparecem destituídos de
personalidade;
b) revela que, na verdade, os nobres, na Idade Média,
necessitavam trabalhar para produzirem suas arma-
duras, assim como, no cinema, as pessoas precisam
ter dinheiro para o pagamento das corridas de táxi;
c) induz o leitor a acreditar que os livros de História
são mentirosos;
X d) refere-se ao pouco espaço dado aos personagens em
situações da vida real, como o trabalho.
Temperatura dos oceanos bate recorde
A água dos oceanos na Terra está cada vez mais
quente. De acordo com o Centro Nacional de Dados
Climáticos dos Estados Unidos (National Climatic
Data Center, NCDC na sigla em inglês), a temperatura
média dos mares atingiu 17 graus Celsius em julho
– a mais alta já registrada desde que as medições
tiveram início, em 1880. [...]
Para os meteorologistas do NCDC, a água mais
quente poderá acelerar o derretimento de geleiras e,
possivelmente, fortalecer furacões. Um dos efeitos
desse aquecimento que já pode ser percebido é a
destruição de recifes de corais. No Golfo do México,
onde a temperatura média das águas atingiu os 32
graus Celsius, houve um aumento considerável na
quantidade de furacões. [...]
“Esse aquecimento das águas que nós estamos
vendo não vai desaparecer no próximo ano. Ele vai
persistir por um longo tempo”, explica Andrew
Weaver, da Universidade de Victoria. Segundo ele, é
preciso cinco vezes mais energia para se aquecer os
oceanos do que os continentes.
TEMPERATURA dos oceanos bate recorde. Disponível em: <http://
veja.abril.com.br/noticia/ciencia-tecnologia/temperatura-oceanos-
bate-recorde-493298.shtml>. Acesso em: 20 ago. 2009.
Diante do quadro apresentado, é possível inferir que o
aumento da temperatura dos oceanos:
X a) é ocasionado pela ação de fenômenos naturais e
antrópicos, pode interferir no clima e provocar o
aumento das temperaturas em todo o planeta;
b) não vai alterar as temperaturas das terras emersas,
porque os oceanos demoram muito menos tempo
para se aquecer do que os continentes;
c) é um fenômeno natural que ocorre de tempos em
tempos e a última medição foi em 1880;
d) vai provocar escassez de chuvas no globo todo,
tornando inviável a vida no planeta;
e) não interfere no processo de formação de furacões,
principalmente sobre os países da América Central
Insular e Sudeste Asiático.
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 2
on
is i
lV
ita
D ig

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 2

Matemática e suas Tecnologias

1. Uma técnica utilizada para diagnosticar doenças é
denominada cintilografia. Consiste em injetar, no
indivíduo, uma substância radioativa e, com isso,
obter-se a imagem de determinado órgão. Uma
substância utilizada para diagnosticar problemas,
como a glândula tireóidea, é o iodo-123.
O iodo-123 é conveniente nessa técnica, pois a du-
ração do efeito no organismo está relacionada com
a meia-vida dessa substância. A meia-vida de uma
substância é o tempo necessário para que sua quan-
tidade original se reduza à metade. O iodo-123 tem
uma meia-vida de 13 h, e a redução dessa substância
ocorre de forma exponencial. Isso significa que, a
cada intervalo de 13 h, a quantidade de iodo-123 no
organismo equivale a 50% da quantidade existente
no início desse intervalo. Assim, se uma dose de
Iodo-123 for ministrada em um paciente às 6 h de
determinado dia, o percentual da quantidade original
que ainda permanecerá em seu organismo, às 22 h
30 min do dia seguinte, será:
2. Considere que uma folha A4 (dimensões de 210 mm
x 297 mm), com 0,1 mm de espessura, seja seguida-
mente dobrada ao meio, de forma que a dobra seja
sempre perpendicular à maior dimensão resultante
até a dobra anterior.
A expressão do termo geral que representa a es-
pessura do papel dobrado em função do número n
de dobras é:
a) 2n b) 0,2n
c) 0,1n X d) 0,1 . 2n
e) (n – 1)n
3. Uma aproximação razoável para o crescimento da
população brasileira é a equação
P(t) = 40 e0,02t
em que P é a população em milhões de habitantes.
Essa equação foi baseada nos censos realizados no
Brasil no período de 1940 a 1991. Considerando-se
que a população no Brasil cresça de acordo com
essa equação, e que t = 0 corresponda ao ano 1940,
qual será o ano em que a população do Brasil vai
ultrapassar 240 milhões de habitantes?

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

(Considere e 1,8 = 6)
a) 2015 b) 2012 c) 2024
X d) 2030 e) 2020

4. Uma massa M 0 de carbono-14, devido à desintegra-

ção radioativa, é reduzida a uma massa M em um
tempo t, em anos, de acordo com a expressão:
t
−
5 400
M = M0 . 2
Nessas condições, em quanto tempo 10 g de carbono-14
serão reduzidos a 1,25 g?
a) maior que 12,5% e menor que 25%;
a) 5 400 anos. b) 10 800 anos.
X b) menor que 12,5%;
X c) 16 200 anos. d) 2 700 anos.
c) maior que 25% e menor que 50%;
e) 1 350 anos.
Volume 2

d) maior que 50%.

3
 5. Um capital é aplicado em um fundo de renda fixa 8. A Matemática e a Música relacionam-se em alguns
cujo rendimento mensal é de 5% em relação ao mês aspectos interessantes. Um deles é a escala musical
anterior. Se não forem feitos resgates, a sequência temperada que contém 12 semitons (notas). Cada um
dos valores mensais aplicados nesse fundo será: deles é uma potência cuja base é 2, e o expoente, um
a) uma progressão aritmética de razão 5; número racional. Essas potências são a relação entre
a frequência da nota considerada e a frequência da
b) uma progressão aritmética de razão 0,05;
nota dó.
c) uma progressão geométrica de razão 0,5;
Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá# Si
d) uma progressão geométrica de razão 0,05;
0 1/11 2/12 3/12 4/12 5/12 6/12 7/12 8/12 9/12 10/12 11/12
X e) uma progressão geométrica de razão 1,05. 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

3
6. Esponja de Sierpinski ou Esponja de Menger é um fractal Qual é a nota N que corresponde a log2 N = ?
4
formado com base em um cubo. A aresta do cubo da figu- a) Ré.
ra 1 é dividida em três partes congruentes, obtendo-se, b) Mi.
desse modo, outros cubos menores, cujas arestas são
c) Fá #.
iguais a 1/3. O cubo central e os cubos do centro de cada
face são removidos (figura 2). O procedimento se repete d) Sol #.
em cada um dos cubos da sequência de figuras a seguir. O X e) Lá.
processo é repetido, gerando a Esponja. Supondo-se que
9. Seja T C a temperatura em graus Celsius e T F a
a medida da aresta do cubo da figura 1 seja igual a 1 cm,
temperatura correspondente em graus Fahrenheit.
qual é a área, em cm2, de uma face da figura 30?
Essas duas escalas termométricas estão relacionadas
5T − 160
por meio da equação TC = F . Considere TK
9
a mesma temperatura na escala Kelvin. As escalas
Kelvin e Celsius estão relacionadas pela equação
Jack Art

T K = TC + 273. A equação que relaciona as escalas

Fahrenheit e Kelvin é:
9TK 2 617
a) TF =
5
9TK 2 657
b) TF =
5
9TK 2 297
X c) TF =
5
9TK 2 457
d) TF =
330 229 330 5
a)  8  X b)  8  c)  9 
9 9 8 9TK − 113
e) TF =
119 119 5
d)  20  e)  27 
10. Seja A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, ..., X, Y, Z o
 27   20 
conjunto das 26 letras do alfabeto brasileiro, e uma
7. Os aviões têm um instrumento denominado altíme- função f que relaciona cada letra a uma potência
tro cuja função é transformar a pressão atmosférica de 2 por f(A) = 1, f(B) = 4, f(C) = 16, f(D) = 64 e
em altitude. A altitude medida, tendo como base o assim por diante. Suponha, ainda, que f é bijetora
nível do mar, pode ser relacionada com a pressão e que f –1 é a sua inversa. Calculando
1 f –1(1) f –1(2 26)f –1(2 18) f –1(2 12) f–1(2 30)
atmosférica por meio da função h(p) = 20 . log  
p e mantendo essa ordem, obtém-se a palavra:
em que h é medido em quilômetros e p em atm. Em
X a) AMIGO;
uma viagem, o altímetro estava marcando 0,3 atm
em um determinado instante. Considerando-se b) ALUNO;
log3 = 0,47, qual a altitude do avião nesse instante? c) ANULA;
X a) 10,6 km b) 10 km c) 9 km d) AMIGA;
d) 12 km e) 11 km e) ALUNA.

4
11. Em uma família, pai e filho cultivam três tipos de X b) a lanchonete se enganou na conta, e eles pagaram
sementes oleaginosas: soja, girassol e amendoim. R$ 2,50 a mais do que deveriam pagar;
Para tanto, compraram três tipos de fertilizante. c) a lanchonete cobrou o preço certo pela empada, pelo
Nesta tabela, estão as áreas plantadas, em hectare, refrigerante e pelo brigadeiro que eles levaram para casa;
pelo pai e pelo filho para cada cultura: d) não é possível determinar se houve erro na cobrança
Soja Girassol Amendoim da conta na lanchonete, porque faltam dados;
Área plantada e) a lanchonete se enganou na conta, e eles pagaram
60 30 30
pelo pai R$ 2,50 a menos do que deveriam pagar.
Área plantada 13. Uma fábrica de bebidas produz dois tipos de suco
50 20 40
pelo filho de uva: light e normal. Toda a produção de suco é
vendida para duas empresas, que a engarrafam e a
Nesta outra, a quantidade de fertilizante por hectare,
comercializam. A fábrica tem um lucro de R$ 0,40 em
em kg, para cada cultura:
cada litro de suco de uva light e R$ 0,50 em cada litro
Fertilizante Fertilizante Fertilizante de suco de uva normal. A tabela, a seguir, indica a
tipo 1 tipo 2 tipo 3 quantidade de litros de suco light e normal, vendidos
Soja 15 25 20 a cada uma das empresas, em um determinado mês:

Girassol 20 25 25 Suco light Suco normal

Empresa A 200 350
Amendoim 35 25 35
Empresa B 150 400
Analise as tabelas apresentadas e marque a alter- Com base nas informações dadas, marque a alterna-
nativa correta: tiva correta:
a) A área plantada pelo filho é maior que a área plan- a) A fábrica tem lucro igual a R$ 140,00 com a venda
tada pelo pai. do suco normal.
b) O pai precisa comprar 900 kg de fertilizante tipo 1 b) A fábrica tem lucro igual a R$ 375,00 com a venda
para a cultura de girassol. do suco light.
c) Para o filho, a quantidade de fertilizante tipo 2 X c) A fábrica tem lucro igual a R$ 255,00 com a venda
para a cultura de girassol é o dobro da quantidade de suco para a empresa A.
necessária para a cultura de amendoim. d) A fábrica tem lucro igual a R$ 235,00 com a venda
d) A quantidade de fertilizante tipo 1, que o pai de suco para a empresa B.
deve comprar para a cultura de soja, é maior e) A fábrica tem lucro igual a R$ 475,00 com a venda
que a quantidade necessária para a cultura de de suco.
amendoim.
14. Uma tabela com m linhas e n colunas pode ser expressa
X e) A quantidade de fertilizante tipo 3, comprada pelo em forma de uma matriz do tipo m x n. Dada uma matriz
filho, é menor que a quantidade de fertilizante tipo A, do tipo m x n, a sua transposta At é do tipo n x m.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

2 comprada pelo pai.
A tabela a seguir mostra o lucro de uma loja, provenien-
12. Dois irmãos, Rafael e Rodrigo, foram a uma lanchone- te da venda de calculadoras do tipo padrão e científica:
te. Rafael consumiu três empadas, dois refrigerantes Lucro (R$)
e um brigadeiro e pagou R$ 16,00. Rodrigo consumiu Padrão 12,00
cinco empadas, três refrigerantes e um brigadeiro Científica 30,00
e pagou R$ 24,50. Após pagarem as suas contas,
resolveram levar uma empada, um refrigerante e A seguir, temos a tabela com a quantidade de cal-
um brigadeiro para sua irmã Giovana, que estava culadoras do tipo padrão e científica, vendidas pela
em casa, e pagaram R$ 10,00. Quando chegaram a loja nos meses de janeiro, fevereiro e março de um
casa, questionaram-se se haviam pago o valor correto determinado ano:
pela conta de uma empada, um refrigerante e um Padrão Científica
brigadeiro. Considerando-se que as contas pagas por Janeiro 36 21
Rafael e por Rodrigo pelos seus consumos próprios
Fevereiro 32 12
Volume 2

estejam corretas, é certo afirmar que:

Março 45 26
a) a lanchonete se enganou na conta, e eles pagaram
R$ 1,00 a menos do que deveriam pagar; As matrizes relacionadas a essas tabelas são:
5
 36 21
12
L =   e V = 32 12
30  
45 26
Assim, podemos afirmar que:
a) o lucro, nos meses de janeiro, fevereiro e março, pro-
veniente das vendas das calculadoras do tipo padrão
e científica, pode ser obtido pelo produto L . V;
b) o lucro, nos meses de janeiro, fevereiro e março, pro-
veniente das vendas das calculadoras do tipo padrão
e científica, pode ser obtido pelo produto Lt . V;
c) o lucro, nos meses de janeiro, fevereiro e março, pro-
veniente das vendas das calculadoras do tipo padrão
e científica, pode ser obtido pelo produto L . Vt;
X d) o lucro, nos meses de janeiro, fevereiro e março, pro-
veniente das vendas das calculadoras do tipo padrão
e científica, pode ser obtido pelo produto Lt . Vt;
e) Não é possível calcular o lucro utilizando matrizes.
15. Para fazer 1 000 panfletos de promoção de um su-
permercado, o gerente pediu um orçamento, em uma
gráfica, de quatro possibilidades diferentes. Todos
seriam feitos em impressoras que utilizam o sistema
CMYK, com as cores ciano, magenta, amarela e preta
e suas combinações. Nas tabelas, está representado
o orçamento que a gráfica entregou ao gerente do
supermercado, com o número de cartuchos de tinta
usados pela impressora em cada 1 000 panfletos e o
preço de cada cartucho:
Número de cartuchos usados para 1 000 panfletos
Ciano Magenta Amarelo Preto
Panfleto 1 2 1 2 1
X d) o custo da tinta para a produção de 1 000 panfletos
4 é de R$ 166,00;
e) o custo da tinta para a produção de 1 000 panfletos
3 é de R$ 119,00.
16. Um veículo utilitário transportou, em duas viagens,
900 kg de cimento para uma construção. Durante a
primeira viagem, parou em um posto de fiscalização
onde foi “pesado”, e a balança indicou 1 370 kg. Na
segunda viagem, parou, novamente, em um posto de
fiscalização, onde foi “pesado”, e a balança indicou
1 430 kg. Com isso, podemos concluir que o “peso”
do veículo utilitário vazio é de:
a) 700 kg b) 1 000 kg
X c) 950 kg d) 600 kg
e) 1 300 kg
17. Com o objetivo de emagrecer, Luís Fernando, Mar-
cela e Marília realizaram um programa de exercícios
físicos acompanhados de uma dieta alimentar. Após
oito meses, constatou-se que Marília emagreceu 4
kg e tem 6 kg a menos que Marcela, que emagreceu
8 kg. Luís Fernando emagreceu 10 kg, e tem 13 kg
a mais que Marcela. Após o programa, os três juntos
pesaram 193 kg. Assim pode-se afirmar que:
X a) antes do programa, Marcela tinha 10 kg a mais que
Marília e 15 kg a menos que Luís Fernando;
b) antes do programa, os três juntos tinham 200 kg;
c) Marcela tinha 60 kg e passou a ter, após o programa,
52 kg;
d) Luís Fernando passou a ter 85 kg após o programa;
e) antes do programa, Luís Fernando tinha 19 kg a
mais que Marília.

Panfleto 2 1 1 2 1 18. Um posto, nos meses de janeiro, fevereiro e março,

vendeu gasolina, álcool e óleo diesel nas quantidades,
Panfleto 3 2 2 2 1 em litros, de acordo com a tabela a seguir:
Panfleto 4 1 1 3 2 Gasolina Álcool Óleo diesel
Janeiro 30 000 40 000 60 000
Cartucho Preço (em R$) Fevereiro 27 000 43 000 63 000
Ciano 23,00 Março 26 000 47 000 73 000
Magenta 24,00
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que:
Amarelo 25,00
a) em janeiro, o posto faturou mais com a venda de
Preto 22,00
álcool do que com a venda de gasolina;
De acordo com as informações apresentadas, pode-se b) como a quantidade de álcool e gasolina vendida em
afirmar que: cada um dos meses de janeiro e fevereiro foi igual,
a) o custo da tinta para a produção de 1 000 panfletos então o faturamento com a venda desses combus-
1 é o maior de todos; tíveis foi igual;
b) o custo da tinta para a produção de 1 000 panfletos c) a venda de óleo diesel superou a venda de álcool e
2 é de R$ 142,00; gasolina juntos;
c) o custo da tinta para a produção de 1 000 panfletos d) o posto faturou mais com a venda de óleo diesel do
3 é maior que o custo da tinta para a produção de que com a venda de gasolina ou álcool;
1 000 panfletos 4; X e) a venda de combustível aumentou de janeiro a março.
6
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Leia estas informações e responda às questões 1 e 2:
Submarinos e aviões têm alguns aspectos em comum.
Um deles é que a pressão interna deve ser o mais
próximo possível da pressão atmosférica a nível do
mar para que seus tripulantes e passageiros possam
ter conforto e segurança. No entanto, no caso do
avião, a pressão externa fica cada vez menor à me-
dida que o avião aumenta sua altitude. Isso implica
uma pressão interna maior que a externa. Em um
submarino, ocorre o contrário. Quanto mais para
o fundo ele for, a pressão externa se tornará cada
vez maior, enquanto a interna permanecerá pratica-
mente constante. Nos dois casos, é a fuselagem da
carcaça que suporta a diferença entre as pressões
interna e externa. A pressão pode ser medida em
variadas unidades, tais como: pascal, atm ou mca
(metros de uma coluna de água). Para transformar
uma unidade em outra, é possível usar a seguin-
te relação: 105 Pa = 1 atm = 10 mca. O gráfico 1
traz os valores da pressão atmosférica em função da
altitude, o gráfico 2 e a tabela mostram a variação da
pressão em função da profundidade no mar:
Gráfico 1
Pressão atmosférica em função da altitude
Gráfico 2
Pressão externa a um submarino
Pressão externa a um submarino
Profundidade em relação à Pressão total em atm
superfície do mar (atmosférica mais coluna de água)
0 1
10 2
20 3
50 6
100 11
1. Com base nas informações apresentadas e consideran-
do que um determinado modelo de avião suporta até
0,5 atm de diferença de pressão entre os meios interno
e externo, analise as afirmações a seguir:
I. Em um voo a 9 000 m de altitude, a pressão externa
será de 0,3 atm.
II. Para que as pessoas no interior de um avião tenham
a sensação de pressão idêntica à de pessoas que
estejam em uma cidade a 1 000 m de altitude,
o avião deverá estar, pelo menos, a 9 000 m de
altitude ou mais.
III. Um avião, em viagem intercontinental, a uma alti-
tude de 11 000 m, sofre um pequeno incidente, e o
equipamento que regula a pressão interna durante
o voo deixa de funcionar. Nesse caso, recomenda-se
aumentar a altitude para que seus passageiros se
sintam bem.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
X a) I;
b) II;
c) I e III;
d) II e III;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
e) I e II.
2. Há submarinos que suportam diferenças de pressão
entre as partes internas e externas da ordem de
100 atm. Em relação a um submarino, pode-se afirmar:
I. Se ele submergir, atingindo 500 m de profundidade,
com certeza, ficará em situação de risco.
II. Comparando o gráfico da pressão atmosférica exer-
cida pelo ar (gás) e o gráfico da pressão em um
submarino, ambos expressam uma variação linear
entre pressão e profundidade/altitude.
III. Tanto a parte externa de um avião, a 1 000 m de
altura, quanto a parte externa de um submarino,
a 1 000 m de profundidade, estão sujeitas a uma
Volume 2
mesma intensidade de pressão.
7
 Marque um x diante da alternativa correta:
a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) Todas estão corretas.
X e) Nenhuma está correta.
3. Leia estas informações:
Estudos revelam que, aproximadamente, 30% da po-
pulação brasileira adulta é viciada em nicotina, um
composto orgânico de fórmula molecular C10H14N2,
principal alcaloide do tabaco.
Algumas companhias tabagistas já foram acusadas
de adicionarem amônia aos cigarros, numa tentativa
de aumentar a liberação de nicotina. Com a adição
de amônia, toda nicotina fica na forma básica, que
é mais volátil que a forma ácida. Ou seja, um tabaco
mais ácido, mesmo sendo muito rico em nicotina,
liberará uma quantidade bem menor da substância no
organismo do fumante, se comparado com o tabaco
alcalino. Porém, para compensar o menor teor de
nicotina, acaba por fumar mais e tragar mais fundo,
provocando um aumento no risco de doença cardíaca
coronariana.
Estudos indicam que a amônia presente na fumaça
do cigarro aumenta os níveis de absorção de nicotina
pelo organismo, causando não só dependência psíquica
e física, mas também diminuindo a expectativa de
vida da população. A tabela abaixo indica os níveis
de amônia em várias marcas de cigarros:
Quantidade de amônia (NH3)
Marca do cigarro em milionésimo de grama por
cigarro
A 14,0
B 15,0
C 14,2
D 13,4
E 13,2
(Dados: Massas atômicas: H = 1u; C = 12u e N = 14u)
Analise as afirmativas:
I. O cigarro da marca B causa menor dependência ao
fumante pela absorção da nicotina.
II. Os cigarros com baixos teores de amônia são se-
guros, diminuindo o risco de doença cardíaca.
III. A massa molar da nicotina é 17 g . mol–1.
IV. O número de moléculas de amônia na fumaça
emitida pela queima de um cigarro da marca C é
de, aproximadamente, 5 . 1017 moléculas.
8
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e II;
b) I, II e III;
c) III e IV;
X d) IV;
e) I, II, III e IV.
4. Gasolina adulterada é vendida em baldes
perto de distribuidores
[...] Baldes e tonéis cheios são levados para perto de
um barracão, usado como apoio. E assim, a céu aberto,
o combustível é preparado. Primeiro, a gasolina – que já
tem álcool na composição. Depois o álcool combustível,
acrescentado sem nenhum critério. É essa a mistura
que é vendida.
[...] A análise da amostra recolhida é feita no sin-
dicato dos donos de postos de gasolina de São Paulo.
O técnico José Reis concluiu que a gasolina comprada
na estrada tem muito mais álcool do que os 25% per-
mitidos por lei. “Essa aqui deu 50. Então, é o dobro do
permitido”, disse.
Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/
SaoPaulo/0,,MUL1108666-5605,00-GASOLINA+ADULTERADA+E+VEN
DIDA+EM+BALDES+PERTO+DE+DISTRIBUIDORAS.html>.
Acesso em: 29 jun. 2009.
Para verificar se a gasolina estava dentro das espe-
cificações recomendadas pelos órgãos fiscalizadores,
o técnico, provavelmente, realizou o seguinte teste:
• Adicionou gasolina até a marca de 50 mL de uma
proveta.
• Acrescentou 50 mL de água e, logo em seguida,
fechou a proveta com uma rolha.
• Agitou bem e depois deixou repousando até as fases
se separarem totalmente.
Em relação à reportagem e ao teste para a determinação
do teor de álcool na gasolina, analise as afirmativas e
marque a alternativa correta:
I. A gasolina vendida em postos de abastecimento é
uma mistura homogênea.
II. A gasolina adulterada, vendida em baldes, apre-
sentava 75 mL de fase aquosa.
III. A fase aquosa é formada por gasolina, álcool e água.
IV. Para atender as especificações legais do controle
de qualidade, o volume de álcool permitido na
gasolina testada é de 12,5 mL.
a) I, II e III.
b) III e IV.
c) II e IV.
X d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
5. Hoje a maior parte da produção brasileira de laranja
destina-se à produção de suco, sendo que este setor
emprega cerca de 400 mil pessoas, gera divisas da or-
dem de US$ 1,5 bilhão por ano e responde pela metade
do suco de laranja produzido no mundo e 80% do suco
concentrado que transita pelo mercado internacional.
Disponível em: < http://www.ufrgs.br/alimentus/feira/prfruta/
SLC/pr_HistLarConc.htm>. Acesso em: 01 jul. 2009.
Entre as variedades de suco de frutas cítricas, destaca-se
o reconstituído (proveniente da diluição do suco con-
centrado em água). Inclusive, podendo ser preparado
seguindo a recomendação indicada pelo fabricante.
Considere que o rótulo de um frasco de suco de tan-
gerina de alto teor de polpa traz a seguinte sugestão
de preparo:
Agite antes de usar. Misture uma parte de suco com
cinco partes de água.
Conclui-se que:
I. a adição de água suaviza o forte gosto de fruta
que o suco concentrado possui;
II. o acréscimo de soluto deixará o suco mais “fraco”;
III. o volume de suco reconstituído obtido a partir de
300 mL de suco de tangerina concentrado é de 1,8 L;
IV. para a preparação de 1,5 L de suco, necessita-se de
250 mL de água para 1 250 mL de suco com alto
teor de polpa.
Estão corretas as afirmativas:
7. Vivemos em um planeta que, muitas vezes, é chamado
a) I e II;
b) II, III e IV;
c) I, II e IV;
d) II e IV;
X e) I e III.
6. “O uso da eletricidade no tratamento de doenças é
bastante antigo. A aplicação de uma corrente elétrica
fraca para transferir substâncias carregadas através
das membranas biológicas é uma técnica chamada de
iontoforese e foi inicialmente descrita em 1748, desde
então, a técnica vem sendo modificada ao longo do tempo
de acordo com os desenvolvimentos tecnológicos. Essa
técnica permite com que diferentes tipos de remédios
atinjam alvos cada vez mais específicos no organismo,
poupando o paciente dos indesejáveis efeitos colaterais
produzidos por fármacos administrados por via oral. A
técnica é indolor e é feita aplicando-se uma corrente
elétrica de baixa intensidade para facilitar a entrada
de substâncias químicas nas células, até atingirem a
corrente sanguínea.
Em uma das variantes dessa técnica, a corrente elétrica
proveniente de uma bateria é distribuída com a ajuda de
um eletrodo positivo (ânodo) e de um eletrodo negativo
(cátodo) através de uma solução eletrolítica aplicada
sobre a pele. Se a molécula de um remédio tem carga
negativa ela entra em contato com o eletrodo negativo
e, com a aplicação da corrente elétrica, ela é repelida
pelo eletrodo e estimulada a penetrar na pele e alcançar
os vasos sanguíneos.”
GATIERI, Taís; GELFUSO, Guilherme Martins; LOPEZ, Renata Fonseca
Viana. Princípios básicos e aplicação da iontoforese na penetração
cutânea de fármacos. Química Nova, v. 31, p. 1 490, 2008.
Relacionando-se a técnica da iontoforese com os conhe-
cimentos histológicos humanos, marque a alternativa
incorreta:
X a) Os fármacos aplicados sobre a epiderme, camada
externa da pele, são absorvidos rapidamente pelos
vasos sanguíneos existentes na própria epiderme.
b) Para chegar aos músculos, os fármacos devem pas-
sar pela lâmina basal, tecido localizado abaixo dos
epitélios que permite a passagem de substâncias.
c) A técnica beneficia pessoas que possuem problemas
estomacais ao ingerirem medicamentos orais, pois
não necessita da ingestão de fármacos.
d) A carga elétrica dos medicamentos é muito impor-
tante nessa técnica, pois determinará a repulsão
pelos eletrodos.
e) Apesar de ser um tecido com células bastante
unidas, o tecido epitelial que forma nossa pele é
determinante na aplicação da iontoforese.
de “planeta água”. Pelo fato de ser tão comum, a água
geralmente é vista com indiferença. Entretanto, ela
possui diversas propriedades especiais e de grande
importância para os seres vivos e está envolvida inti-
mamente em inúmeros eventos fisiológicos do nosso
organismo. Grande parte do nosso gasto energético e
esforço físico é destinada à conservação da água no
nosso corpo e à regulação da composição química do
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
meio aquoso interno.
Na composição intracelular, a água aparece como o
principal componente, e sua quantidade varia de acordo
com o tipo de tecido analisado. Os tecidos que possuem
maior atividade metabólica tendem a possuir uma maior
concentração de água.
Veja na tabela abaixo a quantidade aproximada de água
nos diferentes tipos de células:
Quantidade relativa
Tipo de célula
aproximada de água (em %)
Medula óssea 75
Tecido adiposo 15
Tecido conjuntivo 60
Volume 2
Tecido nervoso 80
Tecido ósseo 20
9
 Uma amostra de um tecido animal foi submetida a testes
laboratoriais que envolveram também a sua desidrata-
ção. Ela pesava inicialmente 400 g e, após ser levada
a uma estufa, onde ocorreu sua total desidratação, a
amostra pesou 320 g. O provável tecido analisado era:
a) medula óssea;
b) tecido adiposo;
c) tecido conjuntivo;
d) tecido nervoso;
X e) tecido ósseo.
8. Infelizmente, ainda não há nenhum medicamento comer-
cializado que provoque a cura do câncer. Os tratamentos
existentes são longos, exaustivos, complicados e, muitas
vezes, não são eficazes, pois apenas atenuam os efeitos
alarmantes da doença. Os textos a seguir são segmentos
de duas reportagens vinculadas em uma revista nacional
sobre o assunto:
Novo composto contra o câncer
O câncer ganhou um novo inimigo: um composto químico
capaz de reduzir e até eliminar diversos tipos de tumo-
res malignos, como pulmonares, sanguíneos, ósseos e
mamários. Com sua eficácia comprovada em animais, o
composto – chamado pelos pesquisadores de PF12 – já está
sendo considerado uma esperança para um tratamento
menos tóxico e traumático da doença.
Ciência Hoje, n. 257, p. 57, v. 43, mar. 2009.
Nova arma contra o câncer
MLN4924. Esse é o composto da vez. A nova molécula conse-
guiu suprimir o crescimento de células cancerosas humanas
implantadas em camundongos. A droga induz a célula doente
ao “suicídio”, um processo denominado apoptose.
Ciência Hoje, n. 260, p. 17, v. 44, jun. 2009.
Como disse um especialista, certa vez, em tom de
ironia: praticamente todos os tipos de câncer já foram
curados em animais de laboratório. A grande maioria
dos medicamentos promissores para a cura do câncer
não apresenta resultados muito satisfatórios quando
aplicados em seres humanos. Isso se deve ao fato de
que:
I. as pesquisas realizadas com animais de laboratório
são mais bem monitoradas quando comparadas às
pesquisas com humanos;
II. o metabolismo das cobaias nem sempre é exatamen-
te igual àquele que ocorre nos humanos, por isso as
drogas podem apresentar alterações nos resultados
quando aplicadas em animais diferentes;
10
III. a estrutura celular diferenciada presente entre
os animais, bem como as diferentes funções
relacionadas a elas, a estrutura corporal, as dife-
renças físicas e comportamentais podem resultar
em fatores relevantes para o não funcionamento
de remédios promissores em humanos, quando
comparados aos resultados positivos obtidos em
cobaias.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
X d) apenas II e III;
e) todas as afirmativas.
9. No século XX, o consumo do cigarro levou à morte
cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
A cada ano morrem mundialmente 5,4 milhões de
pessoas por doenças causadas pela inalação da fumaça
dos derivados do tabaco. No Brasil, nos últimos 20
anos, as ações de controle do tabagismo vêm sendo
intensificadas com o objetivo de reduzir a quantidade
de fumantes na população e os índices de doentes
(morbidade) e de mortes (mortalidade) associados ao
consumo do tabaco. As variadas formas de ataque ao
corpo humano fazem do tabagismo um fator de risco
para as principais doenças que mais matam no mundo.
Apesar dos conhecimentos científicos atuais, poucos
fumantes entendem a realidade do risco que correm
ao persistirem com o hábito de fumar.
São afirmações corretas a respeito dos tecidos e órgãos
afetados pelo consumo do tabaco, exceto:
a) O epitélio pseudoestratificado ciliado da traqueia
pode perder os cílios e até ser substituído por outro
tipo de tecido.
X b) O consumo do tabaco estimula o aparecimento de
doenças congênitas no fumante, modificando o seu
genoma, ocasionando o aparecimento de câncer nos
tecidos epiteliais ciliados.
c) Os tecidos constituintes dos pulmões podem sofrer
mutações pela ação da fumaça do cigarro e desen-
volverem o câncer.
d) Os alvéolos pulmonares perdem a eficácia nas trocas
gasosas, deixando o tecido hematopoiético menos
oxigenado.
e) O tecido ósseo presente nos dentes e todo o
epitélio interno da boca podem ser danificados,
causando mau hálito e perda dos dentes. Também
pode ocorrer o desenvolvimento de câncer de boca
e laringe.
10. Uma breve história da bomba Está(ão) correta(s):
a) I e II; b) I, II e IV;
A descoberta do nêutron em 1932 mudou com-
pletamente o método usado para estudar as proprie- c) II; X d) III;
dades do núcleo. Tendo dois prótons, as partículas e) III e IV.
alfa têm carga elétrica positiva e, portanto, sofrem
repulsão ao se aproximarem do núcleo-alvo. A uti- 11. “No dia 16 de agosto, uma bomba usando um isótopo
lização do nêutron como “bala” facilita as coisas, de urânio altamente radioativo, U-235, é detonada nos
revelando em mais detalhes a estrutura nuclear. céus de Hiroshima. Apelidada de ‘Garotinho’ (do inglês
Na década de 1930, uma série de descobertas irá Little Boy), a bomba tinha por volta de 16 quilotons
revelar aspectos inesperados do núcleo atômico. de TNT, obtidas da fissão de apenas 600 miligramas de
Bombardeando átomos de urânio com nêutrons, material radioativo. Calcula-se que mais de 100 mil
Otto Hahn, Lise Meitner, Fritz Strassman e, mais pessoas morreram devido à explosão e a seus efeitos
tarde, o sobrinho de Meitner, Otto Frisch, mostraram associados.”
GLEISER, MARCELO. O núcleo atômico. In: . Mundos
que o núcleo de urânio, formado de 92 prótons, é invisíveis: da alquimia à física de partículas. São Paulo: Globo,
dividido em núcleos menores. Dentre as várias pos- 2008. p. 235, 238.
sibilidades, o urânio pode ser fissionado formando Quando um átomo de urânio-235 sofre fissão, vários
o elemento bário, com 56 prótons no núcleo, e o produtos podem se formar. Algumas das reações
elemento criptônio, com 36. A fissão gera ainda dois nucleares que podem ocorrer são:
nêutrons, que abandonaram os núcleos a altíssimas
140 93
velocidades. [...] Esse processo, chamado de fissão 56 Ba + 36 Kr + 3 10 n (a)
nuclear, é capaz de gerar quantidades enormes de 90
+ 143
+ 3 10 n
35 Br 57 La (b)
energia. A liberação dos dois nêutrons cria o que 1
+ 235
0n 92 U 131 102
chamamos de reação em cadeia: os dois nêutrons 50 Sn + 42 Mo + 3 10 n (c)
fissionam dois núcleos, gerando quatro nêutrons, e
137 97
assim por diante. Se a reação ocorrer descontrolada- 53 I + 39Y + x 10 n (d)
mente, em frações de segundo a liberação de energia
será brutal, criando uma explosão gigantesca. Essa Os nuclídeos em destaque são bastante perigosos
é a essência da bomba atômica. [...] para o ser humano, pois emitem partículas −10 β e se
GLEISER, Marcelo. Uma breve história da bomba. In: . transformam em radionuclídeos que causam impacto
Mundos invisíveis: da alquimia à física de partículas. São Paulo: ambiental.
Globo, 2008. p. 230-231.
Com o auxílio do texto, analise as seguintes afir-
Por meio do texto do físico Marcelo Gleiser, analise mativas:
as afirmativas:
I. No processo de fissão nuclear citado, é possível a
I. A repulsão sofrida pelas partículas alfa ao se formação de átomos de massa maior do que a do
aproximarem do núcleo-alvo é devida ao fato de o átomo de urânio que os originou.
núcleo ser carregado negativamente. II. Na reação de fissão descrita pela equação (d), além

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

II. A fissão nuclear pode ser definida como um pro-
cesso de quebra do núcleo de átomos radioativos,
como o urânio, que gera dois novos átomos maiores
e mais instáveis.
III. Após haver a quebra do núcleo radioativo, há a
liberação de dois nêutrons, que são arremessados
contra outros dois núcleos, originando, dessa
forma, uma reação em cadeia.
IV. A fissão libera grande quantidade de energia e ain-
da fornece os nêutrons para que a reação prossiga.
Porém, não é necessário nenhum cuidado, já que
a reação é controlável.
do 137I e 97Y, são formados três nêutrons, conforme
apresentado nas demais equações.
III. Um dos radionuclídeos presentes no lixo nuclear
é o 137
55 Cs que, apesar de perigoso quando exposto
ao meio ambiente, é extraído do lixo para ser usa-
do em radioterapia médica. Para a sua obtenção
a partir do 137I, é necessária a emissão de duas
partículas β.
IV. Ao contrário das reações químicas que se
relacionam exclusivamente a elétrons, as reações
nucleares referem-se aos elétrons presentes no
núcleo do átomo.
Volume 2

11
 Está(ão) correta(s): 13. Cada um dos gráficos representa, hipoteticamente,
a) I, II e IV; b) II e III; a taxa de digestão de determinado alimento em
diferentes pHs e em determinada porção do tubo
c) I; d) IV;
digestório. Assinale aquele que representaria cor-
X e) III. retamente a digestão de um pedaço de carne no
estômago:
12. Observe os dois poemas a seguir:
X a)
Texto 1
Parece estar calor, mas nasce
Parece estar calor, mas nasce
Subitamente
Contra a minha face
Uma brisa fresca que se sente.
Assim também – poder comparar
É que é poesia –
A alma sente-se a esperar, b)
Mas não conhece em que confia.
PESSOA, Fernando. Poesias inéditas (1919-1930).
Lisboa: Ática, 1956. p. 190.

Texto 2
As coisas
Espaço
As coisas têm peso,
massa, volume, tamanho,
[...] c)
temperatura, função,
aparência, preço,
destino, idade, sentido.
As coisas não têm paz.
ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras,
1993. p. 91.
A respeito dos termos “calor” (texto 1) e “tempe-
ratura” (texto 2), analise as afirmativas a seguir:
I. Sempre que, em suas obras, os escritores recorrem d)
a conceitos científicos, fazem-no respeitando o
sentido rigoroso a que a ciência lhes atribui.
II. Nos dois poemas, calor e temperatura são descritos
como propriedades intrínsecas de um corpo ou
sistema.
III. A atribuição de calor como um estado – “Parece
estar calor” (texto 1) – é diferente do sentido
físico desse conceito, que se refere à passagem de
energia de um corpo para outro. e)
IV. Falar da temperatura como uma característica do
corpo é fisicamente incorreto, pois a temperatura
se relaciona à velocidade com que um corpo es-
quenta ou esfria, não com o seu estado atual.
Está(ão) correta(s):
a) I e II; b) II, III e IV; c) III;
X d) II, III; e) I, II, III e IV.

12
14. Ao fazer uma restauração dentária, o dentista Estão corretas:
precisa se preocupar, entre outras coisas, com o
a) I e II; b) II e III;
coeficiente de dilatação térmica do material que
utiliza. Isso porque uma dilatação inapropriada c) II, III e IV; X d) I, II e IV;
pode fazer com que a restauração se solte, trinque e) I, II, III e IV.
e, até mesmo, quebre o dente. Sobre essa situação,
a alternativa correta é: 16. Interessado em medir a temperatura ambiente, em
a) O coeficiente de dilatação da restauração depen- um termômetro caseiro de mercúrio cuja escala
derá do tipo de alimentação do paciente, se com estava ilegível, um aluno fez alguns testes com o
alimentos predominantemente muito quentes ou aparelho e usou seus conhecimentos sobre propor-
muito frios. ção. Ao deixá-lo em equilíbrio térmico com uma
mistura de água e gelo (a uma temperatura tg), a
X b) É preciso que o coeficiente de dilatação do material
altura da coluna líquida era de 5 cm. Colocando
da restauração seja igual ao do dente.
o termômetro em equilíbrio, em água fervente
c) Assim como numa chapa com um orifício central, (temperatura tv), a altura do líquido era de 25 cm.
em que o orifício se dilata mais que a chapa, a Após algum tempo em contato somente com o ar
restauração tende a dilatar mais que o dente à sua ambiente, a altura da coluna líquida estabilizou-
volta, de forma que o paciente deve evitar alimentos -se em 10 cm, em uma temperatura t a, conforme o
muito quentes. gráfico. Nesse caso, a temperatura ambiente é de:
d) Ao ingerir alimentos muito gelados, o dente pode se
dilatar enquanto a restauração se contrai, fazendo
com que ela se solte.
e) O importante é que tanto o dente quanto a restau-
ração possuam a mesma variação em seus compri-
mentos, ou seja, dilatem-se e contraiam-se em igual
magnitude.

15. Em junho de 2009, a venda do produto “álcool em gel

70%” aumentou consideravelmente, em farmácias e
supermercados devido à pandemia da gripe H1N1. O a) 5ºC b) 10ºC
produto é usado tanto na área de saúde e higienização c) 15ºC d) 20ºC
quanto na limpeza. No entanto, foi a partir de agosto X e) 25ºC
de 2002, por determinação do Ministério da Saúde, que
a composição do tradicional álcool líquido (93%) foi 17. Ao operar um esmeril, como o da figura, um tra-
reformulada para a consistência aquosa do gel. Além balhador deve estar com certos equipamentos de
de possuir melhores efeitos como antisséptico, é uma segurança que o protejam de eventuais acidentes.
forma mais segura para diminuir o número de acidentes Porém, não é incomum algumas fagulhas atingirem
com o produto. Para se ter uma ideia da gravidade do

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

suas roupas e seus calçados, sem que isso provoque
problema, anualmente, 150 mil pessoas eram vítimas queimaduras.
de queimaduras provocadas por acidentes com álcool
Getty Images/Lester Lefkowitz

líquido, entre as quais 45 mil eram crianças.

Dado: % em massa de álcool.
Analise as afirmativas a seguir:
I. O álcool em gel apresenta menor poder de com-
bustão se comparado ao líquido citado no texto.
II. Tanto o álcool líquido como o em gel são perigosos,
não podendo ser deixado ao alcance das crianças.
III. Por ser menos inflamável, o álcool em gel não
apresenta riscos de acidentes às pessoas que o
utilizam.
IV. O álcool líquido se espalha em grande superfície
Volume 2

Operário utilizando
de contato, fazendo com que a velocidade de uma esmeril e EPIs.
reação de combustão seja bastante elevada.

13
 Esse fato se deve:
a) à temperatura das fagulhas;
b) à elevada quantidade de calor que as fagulhas
transferem ao trabalhador;
c) ao alto calor específico das fagulhas;
X d) à pequena capacidade térmica das fagulhas;
e) ao baixo calor específico e à grande quantidade de
massa presente nas fagulhas.
18. O gráfico a seguir representa o efeito da ingestão diária
de sal sobre a pressão sanguínea.
Por meio da análise do gráfico e de conhecimentos
relacionados ao assunto em questão, são feitas as
seguintes afirmativas:
I. Os valores da pressão, observados no gráfico,
referem-se ao momento em que se verifica a ex-
pansão das paredes das artérias.
II. A ingestão de 20 g de sal pode elevar a pressão
sistólica a um valor superior a 130 mmHg. Tal
valor, aferido como pressão mínima, mostra-se
preocupante em relação à saúde de uma pessoa,
pois está muito acima dos padrões considerados
normais.
III. De acordo com o gráfico, o aumento da ingestão
diária de sal relaciona-se de forma direta com o
aumento da pressão sistólica e envolve mecanismos
de equilíbrio osmótico.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I;
b) II;
c) III;
X d) I e III;
e) II e III.
19. Quando atletas sofrem problemas musculares du-
rante competições, são utilizadas compressas de
emergência, normalmente constituídas por dois
invólucros selados e separados, onde são armaze-
nadas a água e a substância seca a ser utilizada.
14
Exemplos de substâncias que podem ser usadas nos
dispositivos para primeiros socorros são: CaCℓ2(s) e
NH 4NO3(s), cujas dissoluções em água estão repre-
sentadas pelas equações termoquímicas:
CaCℓ2(s) + H 2O (ℓ) → Ca2+
(aq)
–
+ 2 Cℓ(aq) ∆H = –82,8 kJ/mol
NH4NO3(s) + H2O(ℓ) → NH+4(aq) + –
NO3(aq) ∆H = +26,2 kJ/mol
Com base nas equações termoquímicas, analise os
itens:
I. Ao golpear a bolsa, a seção contendo água se
rompe e a temperatura da água aumenta ou dimi-
nui, dependendo da substância seca presente no
dispositivo.
II. Por meio do calor de dissolução, verifica-se que a
compressa de NH4NO3 é quente.
III. A compressa de CaCℓ2 é fria, já que a reação é
exotérmica.
IV. As duas dissoluções produzem o mesmo efeito
térmico.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e II; b) II e III;
X c) I; d) IV;
e) III e IV.
20. Por meio de um exame médico, uma pessoa recebeu a
informação de que seu corpo era incapaz de provocar
a mobilização da glicose, armazenada na forma de
glicogênio, do fígado para o sangue. Sabendo-se que
o hormônio glucagon tem ação hiperglicemiante,
assinale a alternativa que explica adequadamente a
razão pela qual esse hormônio é incapaz de exercer
sua função no caso descrito:
a) Provavelmente, na pessoa em questão, a ação da
insulina em seu organismo fez cair as taxas de
glicose no sangue, impedindo a ação do glucagon.
X b) Provavelmente, as concentrações de glicose, no
sangue da pessoa, apresentavam-se altas, inibindo,
dessa forma, a ação do glucagon na mobilização da
glicose com base no glicogênio.
c) Provavelmente, um fator patogênico tenha afetado o
fígado da pessoa, impedindo a produção de glucagon
por esse órgão.
d) Talvez, a pessoa seja diabética e sua capacidade
de sintetizar insulina tenha afetado a ação do glu-
cagon, uma vez que os dois hormônios têm ações
similares.
e) Provavelmente, a pessoa seja diabética, e as grandes
concentrações de insulina, em seu plasma, tenham
inibido a ação do glucagon no desdobramento do
glicogênio em glicose.
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Texto para as questões 1 e 2.
Música nas veias
Zuza Homem de Mello
Editora 34
O título, tirado da saudação de despedida proferida
em seus programas de rádio do fim dos anos 70, não
podia ser mais apropriado. Conjugando memórias e
ensaios, que aparecem sempre juntos mesmo quando
pretendem estar separados, o autor nos contempla com
um belíssimo e substancioso livro, ponto alto de sua
produção bibliográfica. [...]
DIAS, Márcia Tosta. Música e Business. Jornal de resenhas, São
Paulo: Discurso Editorial, maio 2009.
1. Considerando a estrutura, as informações apresentadas
e o suporte onde foi veiculado, é incorreto afirmar que
esse texto:
a) tem como objetivo principal informar o leitor sobre
o lançamento de um bem cultural de consumo, por-
tanto pertence ao gênero textual “resenha crítica”;
b) utiliza como estratégia discursiva de convencimento
o reforço positivo do bem cultural apresentado por
meio de um juízo de valor;
c) atinge seu propósito comunicativo, pois apresenta
informações para aquele leitor que possa se inte-
ressar pelo produto;
X d) revela, em sua construção composicional, que se
trata de um texto limitado ao essencial: apresenta
os elementos básicos da narrativa (tempo e lugar,
fatos e personagens);
e) por meio do título antecipa o assunto do bem cul-
tural apresentado, convertendo esse elemento em
um aspecto essencial para atrair a atenção do leitor.
2. Quanto à coesão interfrásica, é correto afirmar que:
a) a conjunção aditiva destacada na linha 3 exerce
função coordenativa e estabelece a relação com a
oração seguinte;
X b) o uso do verbo no gerúndio (destacado na linha 3)
é um recurso estilístico que expressa, no texto, a
ideia de como algo foi feito, não se constituindo
em incorreção gramatical;
c) a conjunção integrante “que” (linha 4) está in-
troduzindo uma oração subordinada adverbial e
estabelece uma relação lógico-semântica temporal;
d) o uso da primeira pessoa do plural (destacado na
linha 5) constitui-se em um recurso técnico, utiliza-
do pelo resenhista, para manter a sequência lógica
da ideia apresentada.
Textos para as questões 3 a 7.
Texto I
Amazonas
Amazonas,
capital das sílabas da água,
pai patriarca, [...]
Os grandes troncos mortos te povoam de perfume,
a lua não pode vigiar-te ou medir-te.
És carregado de esperma verde
como árvore nupcial, [...]
NERUDA, Pablo. Disponível em:<http://www.portalsaofrancisco.com.
br/alfa/pablo-neruda/amazonas.php>. Acesso em: 04 jul. 2009.
Texto II
Geólogo data nascimento do Amazonas
O Rio Amazonas acaba de ganhar uma certidão de
nascimento. Segundo ela, o curso d’água mais volumoso
da Terra nasceu há 11,8 milhões de anos.
A adolescência e a fase adulta do rio-mar também
estão descritas no estudo, publicado no periódico
Geology. Ele é assinado por Jorge Figueiredo, geólogo
da Petrobras que atualmente cursa doutorado na
Universidade de Liverpool (Reino Unido) e colaboradores.
Toda a história de vida do Amazonas está baseada
em análises paleontológicas (fósseis de animais e pólen)
e de proveniência sedimentar, feitas em amostras cole-
tadas em poços perfurados no Oceano Atlântico, na foz
do rio. De acordo com Figueiredo, existia um pequeno
rio antes de 11,8 milhões de anos, no período chama-
do pelos geólogos de Mioceno Médio (na África, nessa
época, o gênero humano nem existia). Mas ele drenava
apenas a parte oriental da atual Região Amazônica.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Na infância do rio, entre 11,8 milhões e 6,8 milhões
de anos, ainda havia um número muito grande de lagos
ao longo do Amazonas, cujo curso era sinuoso, como o
de vários rios pequenos da região hoje. Os sedimentos
carregados pelas águas do rio acabavam sendo deposi-
tados no continente.
Na sua adolescência, como os Andes subiram ainda
mais, havia mais sedimento para ser transportado. E eles
começaram a chegar em maior quantidade ao oceano,
obliterando os lagos no caminho.
Há 2,4 milhões de anos o Amazonas entrou na fase
adulta. O riacho cheio de meandros de outrora tornou-se
o rio mais caudaloso do mundo. [...]
GERAQUE, Eduardo. Geólogo data nascimento do Amazonas.
Volume 2
Folha de S.Paulo, 02 jul. 2009. Disponível em <http://www1.
folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0207200901.htm>. Acesso em:
04 jul. 2009.
15
 3. A leitura comparativa dos dois textos indica que:
a) a abordagem temática do texto escrito em versos se
contrapõe diretamente às informações apresentadas
no segundo texto;
b) o verso “os grandes troncos mortos te povoam
de perfume” (texto I) e “análises paleontológicas
(fósseis de animais e pólen) e de proveniência sedi-
mentar” (texto II) remetem ao processo de formação
do rio;
c) ocorre intertextualidade por meio da paródia,
pois a notícia (texto II) se apropria do tema
do texto poético, mas rompe com sua forma,
7. Ao descrever a história de vida do Rio Amazonas, o
subvertendo-o;
d) a linguagem utilizada no primeiro texto é mais
coloquial, enquanto, no segundo, predomina a
linguagem formal.
X e) a intertextualidade se estabelece por meio da temá-
tica, pois os textos têm como assunto em comum o
Rio Amazonas.
4. Sobre o texto I, é correto afirmar que estabelece me-
taforicamente a importância do Rio Amazonas para a
biodiversidade por meio da expressão:
a) “Amazonas”;
X b) “esperma verde”;
c) “capital das sílabas”;
d) “árvore nupcial”;
e) “pai patriarca”.
5. No texto II, devido à sua natureza e função,
predomina(m):
I. o uso da norma-padrão da língua portuguesa;
II. a figura de linguagem denominada prosopopeia,
pois a personificação do rio (infância, adolescên-
cia, fase adulta) é um recurso discursivo, utilizado
para estruturar as ideias apresentadas;
8. Levando em consideração a linguagem utilizada no
III. a licença poética (personificação do Rio Amazo-
nas) que, nesse texto, concorre para a progres-
são temática e estruturação do gênero textual
“notícia”.
As informações estão corretas:
a) apenas em I; b) apenas em II;
c) apenas em I e III; X d) apenas em I e II;
e) em I, II e III.
6. Ao considerar a linguagem desses dois textos, verifica-se
que:
9. Em que versos é possível perceber uma condição?
a) no texto I, predomina a função expressiva, pois é
possível inferir a opinião pessoal do autor sobre o
Rio Amazonas;
16
b) a linguagem utilizada no primeiro texto é formal
devido ao uso da segunda pessoa do singular;
X c) no texto II, predomina a função referencial que pode
ser percebida pela neutralidade do emissor, uso da
3.ª pessoa e conteúdo informacional;
d) nos dois textos, ocorre o uso da norma-padrão da
língua, e a linguagem utilizada é sugestiva e me-
tafórica;
e) no segundo texto, predomina a linguagem coloquial,
pois se trata de um gênero textual de grande circu-
lação social.
autor enfatiza sua importância para a manutenção de
todo o ecossistema. Nessa perspectiva, em relação à
linguagem utilizada, é correto afirmar:
a) Predomina a linguagem conotativa, pois as expres-
sões “infância” e “adolescência” não podem remeter
aos diferentes estágios da existência de um rio.
b) Prevalece a utilização de metáforas visuais em re-
lação à importância do rio.
X c) Os termos são utilizados em seus sentidos usuais; por
essa razão, a linguagem predominante é denotativa.
d) A expressão “Mioceno Médio” se contrapõe ao ca-
ráter informal e coloquial do texto.
Texto para as questões 8 e 9.
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter
[nada, não
[...]
MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992. p. 109.
poema, é correto afirmar que:
a) predomina o uso de expressões coloquiais;
b) trata-se de um texto que tem função referencial;
c) o efeito causado pelo uso da norma-padrão se con-
trapõe ao estilo coloquial utilizado;
d) a função predominante é a denotativa, para eviden-
ciar a oposição entre a experiência do “eu poético”
e a do leitor;
X e) predomina a função expressiva.
a) 1.o e 5.o b) 5.o e 2.o X c) 3.o e 5.o
d) 3.o e 2.o e) 3.o e 1.o
 Textos para as questões 10 e 11.
Texto 1
Cavador do Infinito
Cruz e Sousa
Com a lâmpada do Sonho desce aflito
E sobe aos mundos mais imponderáveis,
Vai abafando as queixas implacáveis,
Da alma o profundo e soluçado grito.
Ânsias, Desejos, tudo a fogo escrito
Sente, em redor, nos astros inefáveis.
Cava nas fundas eras insondáveis
O cavador do trágico Infinito.
E quanto mais pelo Infinito cava
Mais o Infinito se transforma em lava
E o cavador se perde nas distâncias...
Alto levanta a lâmpada do Sonho
E com seu vulto pálido e tristonho
Cava o abismo das eternas ânsias!
SOUSA, Cruz e. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000078.pdf>.
Acesso em: 03 jul. 2009.
Texto 2
[...] Os simbolistas voltam-se para seu mundo interior
em busca de estratos mais recônditos: ultrapassam o
nível do consciente, mergulham na zona pré-lógica
ou pré-verbal do psiquismo humano, dimensão do
caos e da alogicidade que se faz representar pelos
sonhos, devaneios, visões, alucinações, etc.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo:
Cultrix, 2002. p. 475.
10. Levando em consideração as informações acima e o
poema de Cruz e Sousa, é correto afirmar que:
a) a primeira estrofe expressa o distanciamento entre
o “eu poético” aflito e a angústia frente à sociedade
industrial em desenvolvimento;
b) o poema trata, simbolicamente, dos valores vigentes
na sociedade do século XIX, quais sejam: desejo de
transcendência e de integração com o cosmos e a
rejeição da razão;
X c) os poetas simbolistas negam o materialismo e ou-
tras atitudes científico-filosóficas que embasaram
a estética realista por meio da volta radical ao
subjetivismo romântico, ao predomínio do “eu”, da
imaginação e da emoção;
d) as reticências presentes nos versos, extremamente usa-
das no simbolismo, aludem ao caráter vago do poema e
marcam a diferença entre o tempo passado e o presente;
e) o poema sugere a estranheza, simbolizada pelo
ato de cavar ininterruptamente, sentida pelo “eu
poético” frente às mudanças sociais.
11. Quanto ao título do poema, é correto afirmar que:
X a) é uma analogia e remete à eterna busca de signifi-
cação e transcendência da condição humana;
b) o termo “cavador” simboliza a revolta do poeta
frente ao processo de mecanização e indica sua
preferência pela vida simples;
c) possibilita inferir sobre a natureza do poema: evo-
cação, culto ao etéreo e espiritualismo;
d) alude simbolicamente à importância e transcen-
dência do trabalho para a sociedade no final do
século XIX – período de intenso desenvolvimento
industrial;
e) faz alusão ao que há de trágico, insondável e infinito
no mundo.
Texto para as questões 12 e 13.
Capítulo III – O sertanejo
1 O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem
o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos
do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro
lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica
impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das
organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado,
5 torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a feal-
dade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem
aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a trans-
lação de membros desarticulados. Agrava-o a postura
normalmente abatida, num manifestar de displicência
que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A
10
pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao
primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo,
se sofreia o animal para trocar duas palavras com um
conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descan-
sando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
15 a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme.
Avança celeremente, num bambolear característico, de
que parecem ser o traço geométrico os meandros das
trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo
mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro,
20 ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo –
cai é o termo – de cócoras, atravessando largo tempo
numa posição de equilíbrio instável, em que todo o
seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés,
sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade
há um tempo ridícula e adorável.
25
É o homem permanentemente fatigado.
Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular
perene, em tudo: na palavra remorada, no gesto
Volume 2
contrafeito, no andar desaprumado, na cadência
langorosa das modinhas, na tendência constante à
30 imobilidade e à quietude.
17
 35 Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude.
Nada é mais surpreendedor do que vê-la desapare-
cer de improviso. Naquela organização combalida
operam-se, em segundos, transmutações completas.
Basta o aparecimento de qualquer incidente
40 exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas.
O homem transfigura-se. Empertiga-se, estadeando
novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto;
e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombros pos-
santes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e
45 corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa ins-
tantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual
dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro
reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de
um titã acobreado e potente, num desdobramento
50
surpreendente de força e agilidade extraordinárias.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: M&M Virtual Books,
2000. p. 80.
12. Partindo do pressuposto de que a divisão interna da
obra Os sertões – “A terra”, “O homem” e “A luta”
– corresponde, respectivamente, aos fatores que,
segundo Taine, determinavam a história: meio, raça
e momento, é incorreto afirmar que:
a) o trecho apresentado corresponde à subdivisão “O
homem”, pois descreve o sertanejo e suas aptidões;
b) a relação entre a divisão da obra e as ideias de Taine
revela os procedimentos adotados pelo escritor na
construção do texto literário, ou seja, convergência
da literatura com o discurso científico;
c) o uso de termos, como “neurastênicos” (linha 2),
serve ao intento de construir um discurso “moderno
e científico” que torna a linguagem precisa e con-
cisa;
d) a divisão da obra sob a ótica naturalista visa a
refletir sobre a formação da identidade brasileira
por meio da descrição de vários saberes: História,
Geografia, Antropologia e Sociologia;
X e) o quinto parágrafo remete à influência da circuns-
tância, isto é, do meio na modificação da atitude do
sertanejo, por isso o trecho apresentado faz parte
da subdivisão da obra intitulada “A terra”.
13. Segundo Luiz Costa Lima, a obra Os sertões de Euclides
da Cunha, “há de ser vista como obra de dupla inscrição,
sendo simultaneamente literária e cientifica” (COSTA
LIMA, 2009, p. 40). Esse paradoxo se concretiza no texto:
a) por meio da mistura de termos eruditos com regio-
nalismos populares e neologismos do próprio autor;
b) pela descrição detalhada sobre a guerra de Canudos,
narrados de maneira pessoal e artística;
c) pela descrição do modo de vida do sertanejo, repre-
sentado pelo personagem Riobaldo;
18
X d) por meio da concepção determinista que norteia
toda a narrativa e julga o homem como produto do
meio (Geografia), da raça (hereditariedade) e do
momento histórico (cultura);
e) devido à sua filiação ao Pré-Modernismo e pela de-
monstração da maior calamidade do Sertão – a seca.
14. Leia estes fragmentos para responder à questão:
Texto I
A rua em que estava situada a sua casa desenvolvia-se
no plano e, quando chovia, encharcava e ficava que nem
um pântano; entretanto, era povoada e se fazia caminho
obrigado das margens da Central para a longínqua e
habitada freguesia de Inhaúma. Carroções, carros, auto-
caminhões que, quase diariamente, andam por aquelas
bandas a suprir os retalhistas de gêneros que os ataca-
distas lhes fornecem, percorriam-na do começo ao fim,
indicando que tal via pública devia merecer mais atenção
da edilidade. Era uma rua sossegada e toda ela, ou quase
toda, edificada ao gosto antigo do subúrbio, ao gosto do
chalet. Estava povoada e edificada quase inteiramente,
de um lado e de outro. Dela, descortinava-se um lindo
panorama de montanhas de cores cambiantes, conforme
fosse a hora do dia e o estado da atmosfera.
BARRETO, Lima. Clara dos anjos. São Paulo: M&M Virtual Books,
2000. p. 7.
Texto II
A gente pobre é difícil de se suportar mutuamente; por
qualquer ninharia, encontrando ponto de honra, brigan-
do, especialmente as mulheres. Estado de irritabilidade,
provindo das constantes dificuldades por que passam, a
incapacidade de encontrar fora de seu habitual campo
de visão motivo para explicar o seu mal-estar, fazem-
-nas descarregar as suas queixas, em forma de desaforos
velados, nas vizinhas com que antipatizam por lhes pa-
recer mais felizes. Todas elas se têm na mais alta conta,
provindas da mais alta prosápia; mas são pobríssimas
e necessitadas. Uma diferença acidental de cor é causa
para que possa se julgar superior à vizinha; o fato do
marido desta ganhar mais do que o daquela é outro,
Um “belchior” de mesquinharias açula-lhes a vaidade e
alimenta-lhes o despeito.
BARRETO, Lima. Clara dos anjos. São Paulo: M&M Virtual Books,
2000. p. 65.
Levando em consideração que a prosa pré-modernista se
caracterizou pela crítica realista da sociedade brasileira,
analise as proposições em relação aos dois fragmentos
e assinale a alternativa incorreta:
X a) O primeiro texto apresenta as belezas do subúrbio
carioca em contraste com a natureza, por isso se
contrapõe à descrição das relações comunitárias que
se estabelecem entre os pobres.
b) O segundo texto faz uma crítica à sociedade brasilei-
ra no que se refere à raça e revela que essa mazela
existe no subúrbio.
c) Ao ambientar seu romance deslocado dos grandes
centros, a prosa de Lima Barreto revela uma das ca-
racterísticas pré-modernas que também se evidencia
na obra de Euclides da Cunha: desmascaramento da
realidade brasileira.
d) O texto I, ao descrever a miséria do subúrbio, realiza
uma crítica social da sociedade brasileira, e o texto
II apresenta as consequências sofridas pela gente
pobre em decorrência das dificuldades financeiras.
Leia o texto e responda às questões de 15 a 20.
Urban farming, a bit closer to the Sun
Latin Stock/The New York Time/Peter DaSilva
Maya Donelson tends the rooftop garden of Glide
Memorial Church in San Francisco
This summer, Tony Tomelden hopes to be making
bloody marys at the Pug in Washington, D.C., with
tomatoes and chilies grown above the bar, thanks to
the city’s incentives for green roofs.
Mr. Tomelden, the Pug’s principal owner, says he’s
planting a garden to take advantage of tax subsidies
the city offers in his neighborhood if he covers his
roof with plants. “If I can do something in my corner
for the environment, that seemed a reasonable
thing to do,” he said. “Plus I can save money on the
tomatoes.”[…]
City dwellers have long cultivated pots of
tomatoes on top of their buildings. But farming in the
sky is a fairly recent development in the green roof
movement, in which owners have been encouraged
to replace blacktop with plants, often just carpets
of succulents, to cut down on storm runoff, insulate
buildings and moderate urban heat.
A survey by Green Roofs for Healthy Cities, which
represents companies that create green roofs, found
the number of projects its members had worked on in
the United States grew by more than 35 percent last
year. In total, the green roofs installed last year cover
6 million to 10 million square feet, the group said.
[…]
Tax incentives have accelerated the plantings
of green roofs, particularly in Chicago, which has
encouraged green roofs for almost a decade. […] New
York State has subsidies both for roofs with succulents
spread out over a thin layer of soil and for edible plants
covering a smaller area. A proposed amendment to New
York City’s tax abatement for some roof projects would
include green roofs. Most roof gardeners aren’t in it for
the money, though. […]
Peter Bergold, a neuroscientist who teaches at SUNY
Downstate in Brooklyn, was also inspired by the past.
Memories of the first asparagus and carrots he ate from
a garden years before led him to start growing produce
on the roof of his landmarked brownstone in Park Slope,
Brooklyn, six or seven years ago. […]
Environmental awareness came slowly. “One of
the things that got me interested,” he said, “was that
between global warming and the thermal bubble of cities
you can start things much earlier so you have a much
longer growing season.” […]
URBAN farming, a bit closer to the Sun. Disponível em:
<http://www.nytimes.com/2009/06/17/dining/17roof.
html?pagewanted=1&_r=1&sq=2009%20food&st=cse&scp=12>.
Acesso em: 20 jun. 2009.
15. Tanto o título quanto a imagem do texto têm como
ideia principal:
X a) o cultivo de plantas em centros urbanos, no topo
dos edifícios;
b) o cultivo de vegetais na igreja Glide Memorial, em
São Francisco;
c) o plantio de frutas e verduras nos grandes centros
urbanos;
d) a agricultura nos telhados dos edifícios de
Washington;
e) o plantio de frutas e verduras em caixas e vasos.
16. De acordo com o texto, que nome se dá, em inglês,
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
ao cultivo de plantas nos telhados dos edifícios?
a) Urban farming.
b) Roof garden.
X c) Green roof.
d) Sky farming.
e) Green Roofs for Healthy Cities.
17. De acordo com o texto, o que tem provocado o
aumento do cultivo de plantas, no topo dos edifícios,
principalmente em Chicago?
a) Palestras sobre conscientização ambiental.
X b) Incentivos fiscais.
c) Melhoria na qualidade de vida dos cidadãos.
Volume 2
d) Palestras sobre como realizar o plantio.
e) Procura por momentos de lazer.
19
 18. Marque a alternativa que apresenta fragmentos do texto
nos quais o verbo está no present perfect:
a) Tony Tomelden hopes to be making bloody marys at
the Pug in Washington, D.C […]./Plus I can save
money on the tomatoes.
b) […] tax subsidies the city offers in his neighborhood
if he covers his roof with plants./[…] farming in the
sky is a fairly recent development in the green roof
movement, […].
X c) City dwellers have long cultivated pots of tomatoes
on top of their buildings./Tax incentives have
accelerated the plantings of green roofs.
d) A survey by Green Roofs for Healthy Cities, which
represents companies that create green roofs, found
the number of projects […]./[…] the green roofs
installed last year cover […].
e) […] was also inspired by the past./Environmental
awareness came slowly.
19. No trecho City dwellers have long cultivated pots of tomatoes
on top of their buildings, o pronome their refere-se:
a) às companhias que criam “telhados verdes”;
b) aos tomates;
c) a Washington D.C.;
X d) aos moradores da cidade;
e) aos prédios.
20. Marque a alternativa que apresenta um trecho do texto
contendo um advérbio de modo:
a) This summer, Tony Tomelden hopes to be making
bloody marys […].
X b) Environmental awareness came slowly.
c) Most roof gardeners aren’t in it for the money,
though.
d) […] owners have been encouraged to replace
blacktop with plants, often just carpets of succulents,
to cut down on storm runoff, insulate buildings and
moderate urban heat.
e) In total, the green roofs installed last year cover […].
Read the text below and answer questions from 21 to 24.
Britain’s ideal: green homes
LONDON — Aiming to drastically cut its emissions of
planet-warming pollutants, Britain is telling its home
builders to design a new generation of super-efficient
houses that use only clean power and add no net carbon
to the atmosphere.
Its rules will mandate that all new homes be
zero-carbon by 2016, one of the toughest requirements
in the world. While officials and the industry are still
20
working out what exactly that will mean, it is certain
to bring big and potentially costly changes to a sector
now suffering through a painful slowdown.
Architects, construction companies and manufacturers
will have to approach development in a fundamentally
new way, thinking from the earliest stages of planning
about things like energy efficiency, solar panels and
communitywide heat-sharing systems.
The government and environmentalists say this
is necessary if the country is to meet the goal, now
enshrined in law in the Climate Change Act, of an 80
percent cut in carbon dioxide emissions by 2050.
Home energy use, which accounts for 27 percent
of Britain’s carbon output, must be steeply reduced,
officials say. […]
DOHERTY Kieran/Reuters. Britain’s ideal: green homes. Disponível
em: <http://www.nytimes.com/2009/05/25/business/energy-
environment/25iht-rboghome.html?pagewanted=1>. Acesso em:
20 jun. 2009.
21. According to the text, what is the advantage of building
green homes?
a) The green homes are very expensive.
b) The green homes don’t cut the emissions of
pollutants in the environment.
X c) The green homes use only clean power and add no
net carbon to the atmosphere, helping in the cut
of pollutants emission.
d) The green homes have solar panels and
communitywide heat-sharing systems.
e) The green homes will guarantee the 80 percent cut
in carbon dioxide emissions by 2050.
22. The word “and”, highlighted in the text, expresses:
a) contrast; b) possibility;
X c) addittion; d) opposition;
e) conclusion.
23. The modal verb “must”, highlighted in the text,
expresses the idea of:
a) probability; b) possibility;
c) permission; d) certainty;
X e) obligation.
24. The pronoun “its” in “Aiming to drastically cut its
emissions of planet-warming pollutants, Britain is
telling its home builders to design a new generation
of super-efficient houses”, refers to:
a) the planet-warming;
b) London;
X c) Britain;
d) the emissions of pollutants;
e) the pollutants.
 O texto a seguir refere-se às questões de 25 a 27.
Prejuízo para o país. Drama para o cidadão
Os grandes aglomerados urbanos brasileiros
amargam congestionamentos cada vez maiores. De
acordo com dados do Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran), circulam pelas ruas e estradas
do país cerca de 45 milhões de veículos, entre eles
automóveis, caminhões, motocicletas, tratores e
ônibus. A Região Sudeste concentra 24 milhões de
veículos, e desses, 6 milhões transitam nos 17 000
quilômetros de vias da cidade de São Paulo. Além
da capital paulista, Rio de Janeiro, Brasília e Recife
são algumas das capitais que não suportam mais os
frequentes engarrafamentos. O trânsito excessivo
nas grandes cidades provoca consequências muito
mais graves do que os atrasos e transtornos enfren-
tados diariamente pelos motoristas. Os congestiona-
mentos custam muito dinheiro, prejudicam a saúde
da população e atrapalham o crescimento do país.
Portanto, resolver (ou amenizar) o problema não é
apenas uma questão de conforto e bem-estar – é
também um importante incentivo ao desenvolvi-
mento econômico e social. [...]
Mobilidade limitada e rotina de restrições
Os congestionamentos limitam o direito de ir e vir,
que está previsto na Constituição. Em São Paulo, cidade
brasileira que mais sofre com o problema, o colapso
total do trânsito está previsto para 2012. De acordo
com um levantamento feito pelo Ibope no início de
2008, 63% dos paulistanos gastam entre 30 minutos
e 3 horas nos deslocamentos para a escola, universi-
dade ou trabalho. Como falta infraestrutura adequada
no transporte de massa (segundo o Ibope, 54% estão
totalmente insatisfeitos com o transporte coletivo), o
morador da metrópole adotou soluções individuais para
o problema de locomoção. Resultado: o paulistano vive
uma rotina cheia de restrições, pois o tráfego pelas
ruas em várias partes do dia é quase inviável. Além
de diminuir a velocidade média dos carros e ônibus, os
congestionamentos retardam os serviços de emergência,
como o deslocamento de ambulâncias e veículos do
Corpo de Bombeiros. [...]
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/transito/
contexto1.html>. Acesso em: 28 ago. 2009.
25. O título do editorial é um elemento essencial do texto,
pois deve indicar o assunto central abordado e atrair o
leitor. Dos títulos sugeridos para o editorial apresentado,
em que opção essas características estão presentes?
a) Rotina de restrições.
b) Vida lenta.
X c) O impacto do caos nas ruas.
d) Trânsito: o fim do bem-estar do cidadão.
e) Os congestionamentos.
26. Analisando a linguagem do editorial, pode-se afirmar
que ela não se caracteriza pela:
a) impessoalidade, pois é escrito em terceira pessoa
do singular porque é uma matéria não assinada;
b) topicalidade, uma vez que há o desenvolvimento de
um único tópico de forma objetiva;
c) condensabilidade, pois o editorial é claro e breve
em suas explicações;
d) plasticidade, pois o texto é ágil porque se inspira
em fatos que ocorrem no dia a dia;
X e) informalidade, porque o registro deve ser coloquial
e acessível para o grande público.
27. Qual das campanhas, a seguir, se relaciona diretamente
com o problema abordado no editorial?
a) Cidadão responsável. Trânsito seguro.
b) Respeito ou morte. Você escolhe o caminho.
c) Harmonia no trânsito.
d) Se beber, não dirija.
X e) Vá de ônibus.
28. Depois de ler os conceitos de charge e cartum, analise o
texto de Aroeira apresentado a seguir:
• A charge é uma representação burlesca e carica-
tural que, por vezes, se vale do exagero de deter-
minada característica saliente, a fim de chamar a
atenção do leitor e veicular uma opinião a respeito
de um fato atual.
• O cartum, do inglês cartoon, significa desenho,
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
representa uma situação humorística, de forma
universal e atemporal, independente da região
ou local em que foi criado.
AG. O DIA/Aroeira
Volume 2
21
 O texto de Aroeira:
a) é um cartum, pois é composto predominantemente
por imagens que podem ser entendidas a qualquer
momento e em qualquer local;
X b) é uma charge, porque se vale do humor para atacar
o problema da corrupção no Brasil;
c) é um exemplo de cartum, uma vez que a mensagem,
contra a corrupção, é universal e atemporal;
d) trata-se de uma charge, porque é possível compre-
ender a ideia central observando somente a imagem;
e) mistura elementos dos dois gêneros para transmitir
a sua ideia.
29. Leia o verbete da palavra “visar” e, em seguida, analise
o uso feito desse termo no trecho da entrevista com
Peter Chalk sobre pirataria moderna:
Texto 1
visar. V.t.d. 1. Dirigir a vista ou olhar fixamente para; mirar.
2. Apontar uma arma de fogo contra. 3. Pôr o sinal de visto
em. 4. Visar (5). T.i. 5. Ter como objetivo; ter em vista.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicio-
nário da Língua Portuguesa. 7. ed. Curitiba: Positivo, 2008. p. 819.
Texto 2
É possível identificar uma data para o início da pirataria
moderna?
Ela começou no sudeste da Ásia, no fim dos anos 90,
com a crise financeira no continente. A criminalidade
aumentou e os recursos para o monitoramento das águas
diminuíram. Os piores casos aconteceram na Indonésia,
no Estreito de Malaca, até 2006, quando Cingapura e
Malásia pressionaram o governo indonésio para tomar
medidas de repressão. No Chifre da África, o pico de ata-
ques vem acontecendo há 18 meses, quando os piratas
somalis deixaram de visar a barcos de pesca pequenos
e partiram para o ataque a navios de carga. [...]
A geopolítica da pirataria. Estadão, 18 abr. 2009. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup357052,0.htm>.
Acesso em: 08 de set. 2009.
Sobre o uso do verbo em destaque no texto, pode-se
afirmar que:
a) foi utilizado no sentido de “Dirigir a vista ou olhar
fixamente para; mirar”;
X b) na entrevista, o termo está empregado na acepção
de “Ter como objetivo; ter em vista”;
c) foi utilizado incorretamente, pois significa “Dirigir
a vista ou olhar fixamente para; mirar”, mas em-
pregado com a preposição “a”;
d) o jornalista usou de forma inadequada o verbo, pois
se refere a “Ter como objetivo; ter em vista”, mas
foi utilizado sem preposição;
e) refere-se ao sentido de “pôr o visto em”.
22
O texto a seguir refere-se às questões 30 e 31.
A louca
A Dias Paredes
Quando ela passa: – a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.
Eu sei a sua história. – Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
– O segredo d’um peito torturado –
E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça – coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
ANJOS, Augusto dos. Obra completa de Augusto dos Anjos. 3. ed.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 324.
30. Sobre o autor e o período no qual o texto foi produzido,
é correto afirmar que:
a) a produção de Augusto dos Anjos se caracteriza pela
preocupação com a identidade nacional, condizente com
a literatura modernista desenvolvida a partir de 1922;
X b) Augusto dos Anjos aparece deslocado na história
da literatura, pois sua obra é a soma de várias ten-
dências, tais como: Simbolismo, Expressionismo,
Impressionismo, etc.;
c) a preocupação com o “eu” e a expressão das angús-
tias diante da própria existência fazem do poema
um típico representante do Romantismo, do final
do século XIX;
d) a linguagem científica e o uso de termos incomuns
é uma marca do estilo particular de Augusto dos
Anjos, aproximando-o do movimento de vanguarda
denominado Futurismo;
e) a produção do poeta é tipicamente simbolista porque
expressa o amor por meio de comparações com a
natureza.
31. No texto, Augusto dos Anjos se vale de uma antítese,
exposição de ideias opostas, para expressar a subjeti-
vidade do poeta e a angústia da existência humana.
Assinale o verso em que esse recurso está presente:
a) E hoje, para guardar a mágoa oculta.
b) O mistério da dor que a traz penada.
c) Da desdita ferida pelo espinho.
d) Houve um drama d’amor misterioso.
X e) Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
32. Esta história em quadrinhos dialoga com a estética cubista por meio de vários elementos:

© 1990 Watterson Idist. By Atlantic Syndication/Universal Press Syndicate

Analise as afirmações seguintes sobre a relação entre o texto e o movimento de vanguarda europeu:
I. A história em quadrinhos reproduz pictoricamente as múltiplas perspectivas defendidas pelo Cubismo.
II. O quadrinho tem a intenção de ironizar a estética cubista ao representar o mundo de forma irreconhecível.
III. O humor da tirinha decorre da manutenção da perspectiva do Calvin, em detrimento do ponto de vista defendido
pelo pai, o que se contrapõe ao Cubismo.
Está(ão) correta(s):
a) I; b) II; c) I e II; d) II e III; X e) I e III.
33. “Ficaram altamente impressionados com os escritos de Sigmund Freud, os quais demonstraram que, quando os nossos
pensamentos em estado de vigília são entorpecidos, a criança e o selvagem que existem em nós passam a dominar.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Foi essa ideia que fez os artistas proclamarem que a arte nunca pode ser produzida pela razão inteiramente desperta.
Admitem que a razão pode dar-nos ciência mas afirma que só a não razão pode dar-nos a arte”.
GOMBRICH, E. H. História da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2000. p. 352.
Com base nas características mencionadas, pode-se dizer que o crítico se referia ao movimento:
a) cubista; b) modernista; c) expressionista; d) futurista; X e) surrealista.

34. A Semana de Arte Moderna de 1922 não só foi um movimento cultural, mas também social e político. Analise as
afirmações e os trechos sobre esse período literário e assinale a opção incorreta:
a) No trecho de Manuel Bandeira, o tema central é a ruptura com os modelos parnasianos:
[...]
Abaixo aos puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Volume 2

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis [...]

BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001. p. 158.

23
 b) O poema O “alto”, de Mário de Andrade, vale-se
da liberdade formal e da experimentação típica da
primeira fase do Modernismo:
O “alto”
Tudo esquecido na cerração
... um-dois, um-dois, um-dois, um-dois, um-dois
um-dois, um-dois, um-dois
ÁRVORE [...]
ANDRADE, Mário de. Os melhores poemas de Mário de Andra-
de. São Paulo: Global, 2005. p. 32.
c) O humor aparece como ferramenta de crítica social
para os modernistas, como acontece com o seguinte
poema de Oswald de Andrade:
[...]
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
ANDRADE, Oswald. Disponível em: <http://www.mundocultu-
ral.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/
literatura1/modernismo/brasil/1_fase/oswald_andrade.html>.
Acesso em: 17 set. 2009.
d) Na primeira fase modernista, os autores se voltam
para o retrato do cotidiano, representando a lin-
guagem coloquial típica do homem comum, como
é possível observar no seguinte poema de Cassiano
Ricardo:
[...] E eu me lembrei de procurar um par de botas
Das que meu pai usava e pôr o par de botas
Atrás da porta do sertão que resmungava entocaiado
[no arvoredo.
Como fazia frio aquela noite!
Fiquei com tanto medo...Um gato corrumiau
Passeava pelos vãos de telha-vã...
Mas chegou a manhã, linda como um tesouro! [...]
RICARDO, Cassiano. Disponível em: <http://www.academia.org.
br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=391&sid=295>.
Acesso em: 09 set. 2009.
X e) Os modernistas da primeira fase faziam releituras de
textos clássicos com o intuito de exaltar a pátria,
como se observa no seguinte exemplo de Castro
Alves:
[...] Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta [...]
ALVES, Castro. Obra completa de Castro Alves. São Paulo: Nova
Aguilar, 2002. p. 105.
24
Os textos a seguir referem-se às questões 35 e 36.
Texto 1
Ronald Biggs, o “ladrão do século”, é
internado com pneumonia severa
O inglês Ronald Biggs, 79, conhecido como o “la-
drão do século” por ter assaltado o trem pagador de
Glasgow (Escócia) em 1963, foi hospitalizado nesta
terça-feira com uma pneumonia severa, informou
seu filho, Michael.
“Ele está pior que nunca. Os médicos disseram
para ir ao encontro dele o mais rápido possível”,
disse Michael.
Segundo Michael, 34, Biggs foi levado de sua cela na
prisão de Norwich (leste da Inglaterra) para o hospital
universitário de Norfolk e Norwich. [...]
RONALD BIGGS, o “ladrão do século”, é internado com pneumonia
severa. Folha online, 28 jul. 2009. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u601401.shtml>. Acesso em:
23 set. 2009.
Texto 2
EUA liberam uso de chips de
identificação em humanos
[...] A ADS ganhou manchetes internacionais ao
implantar o chip – pouco maior do que um grão de
arroz – em três membros de uma família na Flórida.
O VeriChip emite sinais de frequência de rádio de
125 KHz que podem ser captadas por um scanner a
1,5 metro de distância.
Aqui na América do Sul, o VeriChip vem com uma
unidade GPS para localização à distância. Ele custa
cerca de US$ 200 e possui uma taxa de manutenção
anual de US$ 40.
Embora esse tipo de chip de identificação venha sendo
utilizado há anos em animais, ele pode representar riscos
quando usado em humanos, disse um investigador da FDA,
além de ir de encontro com questões de privacidade. Por
causa disso, em abril deste ano, o órgão regulador vetou
o uso dos chips subcutâneos.
EUA liberam uso de chips de identificação em humanos. Folha online,
25 out. 2002. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/
informatica/ult124u11395.shtml>. Acesso em: 23 set. 2009.
35. Os fragmentos que você acabou de ler são exemplos de
notícias. Ao compararmos esse gênero jornalístico com
os editoriais, é correto afirmar que:
a) as notícias são sempre assinadas e mais extensas
que o editorial;
X b) os editoriais possuem um caráter opinativo, e as
notícias, informativo;
c) as notícias expressam a opinião de um veículo de
comunicação sobre um evento;
 d) os editoriais têm a função de informar, de modo ob-
jetivo e imparcial, sobre acontecimentos relevantes;
e) as notícias e os editoriais são gêneros opinativos e
não assinados.
36. Com base na leitura das notícias apresentadas, ana-
lise as expressões em destaque e assinale a opção
correta:
a) No texto 1, a expressão “ir ao encontro” está de
acordo com a norma-padrão e significa estar de
acordo com algo ou alguém;
b) No texto 2, a expressão “ir de encontro” está de
acordo com a norma-padrão e significa estar de
acordo com algo ou alguém;
c) No texto 1, a expressão “ir ao encontro” não está
de acordo com a norma-padrão e significa ir em
direção a;
d) No texto 2, a expressão “ir de encontro” não está
de acordo com a norma-padrão e significa estar de
acordo com algo ou alguém;
X e) Os usos das expressões estão adequados à norma-
-padrão e significam, respectivamente, ir em direção
a e ir contra algo ou alguém.
The text below refers to questions from 37 to 39.
When dogs fly
The only objection we have to Pet Airways, the new
airline devoted just to pets, is the fact that we can’t
book space on it ourselves.
Think of it: separate compartments – dog crates,
that is – with plenty of room to stretch out, flight
attendants, a pet lounge, escort from check-in to the
plane and preboarding walks. We wouldn’t recommend
it for business travelers. The trip from New York to Los
Angeles – $250 one way – does take about 24 hours.
But that includes dinner, play time and a sleepover
in Chicago. No security hassles, no in-flight movies,
just the luxury of one’s doggie dreams in one’s private
cabin.
Yes, Pet Airways is yet another stage in the
humanizing of our pets, a process that has resulted in,
among other things, Rachael Ray pet food and animal
health care and lifestyles beyond the means of most
of the humans on this planet.
We worry, too, that as the transportation needs of
pets increase – quite separately from our own – it will
mean, of course, a new load of greenhouse gases in the
atmosphere. On the other hand, would business and
diplomacy be handled so much worse if we sent our
dogs as proxies to negotiate on our behalf?
The immediate overbooked success of Pet Airways
suggests a growing intolerance for the sometimes
haphazard care of pets on the national airlines. If Pet
Airways succeeds, there may be an economic lesson
as well for the foundering human airlines. If we had
less stress at the airport and dinner on board, we, too,
would feel a lot happier about flying.
WHEN dogs fly. Disponível em: <http://www.nytimes.
com/2009/07/17/opinion/17fri4.html?scp=1&sq=editorial+flying
&st=nyt>. Acesso em: 20 ago. 2009.
37. The editorial “When dogs fly” is a journalistic text,
characterized especially by its publisher’s opinion.What
was the publisher’s main purpose in this text?
a) Expressing his opinion about the way air companies
treat pets during flights.
X b) Expressing his critical opinion about the facilities
that a new pet airline provides for animals and
comparing them to the facilities provided by regular
airlines to humans.
c) Criticizing the bad way pets are treated in the Pet
Airways.
d) Praising the humanization process of pets.
e) Expressing his intolerance to the new Pet Airways.
38. The statement “Pet Airways is yet another stage
in the humanizing of our pets, a process that has
resulted in, among other things, Rachael Ray pet
food and animal health care and lifestyles beyond
the means of most of the humans on this planet”
means that:
a) pets and humans have, basically, the same lifestyles
on this planet;
b) Pet Airways is also responsible for the humanization
of pets;
c) pet food, such as Rachael Ray, and animal health
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
care institutions were the first stage in the pets
humanizing process;
X d) the pets humanizing process has resulted in
facilities and lifestyles for animals that many people
on the planet cannot have;
e) most humans on this planet would like to have
some pets lifestyle.
39. As orações condicionais são, gramaticalmente, divididas
em first, second e third conditionals. O first conditional
indica situações futuras possíveis ou prováveis, o
second conditional indica situações irreais, imaginárias
ou hipotéticas e suas possíveis consequências, e o
third conditional indica situações que não ocorreram
Volume 2
no passado, refletindo sobre as consequências, caso
tivessem ocorrido. Com base nessas informações e no
seu conhecimento sobre essa estrutura gramatical,
25
 marque a alternativa que relaciona corretamente o
trecho do texto ao tipo de oração condicional:
a) […] would business and diplomacy be handled
so much worse if we sent our dogs as proxies to
negotiate on our behalf? (Second conditional)
b) If Pet Airways succeeds, there may be an economic
lesson as well for the foundering human airlines.
(Second conditional)
c) If Pet Airways succeeds, there may be an economic
lesson as well for the foundering human airlines.
(Third conditional)
X d) If we had less stress at the airport and dinner on
board, we, too, would feel a lot happier about flying.
(Second conditional).
e) If we had less stress at the airport and dinner on
board, we, too, would feel a lot happier about flying.
(Third conditional)
The extract below is part of a text from a New York
Times section in which a pilot answers readers’
questions. Read it and answer questions from 40 to 42.
Captain Steve answers your airline questions
[…]
Q X b) […] if I did my job right, you would never feel the
I have been on too many flights to count where our
flight path and altitude has the plane flying through
clouds for many minutes at a time. I wonder why this
happens, and wonder what is involved with a pilot
getting permission to alter his/her path or altitude
so that this annoyance can be avoided. Or is this such
a minor thing to a pilot that he or she just doesn’t
care? I’ve always been a fan of crew members who give
updates from the cockpit as to why certain things are
happening (turbulence, turning, circling, etc.) and
wonder how you, Steve the pilot, feel about whether
this is useful or not. – Doug Schoemer
A = didn’t) em frases negativas e interrogativas. O verbo
I too like it smooth. My philosophy has been that if
I do my job right, you never feel the airplane. But
that is too simplistic. We avoid some clouds if we are
able, but some are more rough than others. It is not
a minor thing to us pilots. Turbulence is not enjoyed.
It can upset folks and in some cases people get hurt.
We never want that.
[...]
DUBNER, Stephen J. Captain Steve answers your airline
questions. Disponível em: <http://freakonomics.blogs.
nytimes.com/2009/07/20/captain-steve-answers-your-airline-
questions/?scp=2&sq=2009%20fear%20of%20flying&st=cse>. Acesso
em: 19 ago. 2009.
26
40. Turbulence during flights can be considered one of
the most frequent causes of fear of flying. Many
passengers feel safer if the crew members explain its
reasons and risks. In the text, Doug Schoemer asks
the pilot:
X a) if turbulence is usually considered common by pilots
and if they need any permission to change the plane
altitude in order to avoid it;
b) why some pilots don’t tell the passenger why some
problems happen during the flights;
c) if he alters the altitude of the plane to avoid clouds
and, consequently, turbulence;
d) what pilots usually do if flying in rough clouds is
unavoidable;
e) if pilots like him don’t care having turbulence
during flights.
41. The sentence “[…] if I do my job right, you never feel
the airplane” is a conditional phrase that presents a
possible situation (first conditional). If we had used
the second conditional rules to say the same sentence,
it would be:
a) […] if I had done my job right, you would never
felt the airplane;
airplane;
c) [ ...] if I did my job right, you never feel the
airplane;
d) […] if I do my job right, you would never feel the
airplane;
e) […] if I do my job right, you will never feel the
airplane.
42. Há diferentes formas de expressar algo que ocorreu
no passado em língua inglesa. No passado simples,
por exemplo, utiliza-se a terminação -ed nos verbos
regulares de frases afirmativas e o auxiliar did (did not
to be, no passado simples, torna-se was ou were. Com
base nessas informações, marque a alternativa em que
o trecho do texto It is not a minor thing to us pilots
[...] está corretamente escrito na forma interrogativa
do passado simples:
a) Isn’t it a minor thing to us pilots […]?
b) It was a minor thing to us pilots […].
c) It was a minor thing to us pilots […].
X d) Was it a minor thing to us pilots […]?
e) Is it a minor thing to us pilots […]?
 Ciências Humanas e suas Tecnologias
1. Leia os textos a seguir e responda à questão:
Texto I
ONU autoriza Brasil a ampliar fronteira marítima
A Organização das Nações Unidas (ONU) deu sinal
verde para o país incorporar, para além das 200 mi-
lhas náuticas, mais 712 mil quilômetros quadrados de
extensão da chamada plataforma continental. Nessa
área, correspondente ao tamanho dos estados de São
Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, o país também já
tem assegurada a soberania de exploração e aproveita-
mento de todos os recursos naturais do solo e subsolo
marinhos. Os 12,7 milhões de quilômetros quadrados
são a soma dos 3,5 milhões da chamada Zona Econômica
Exclusiva (ZEE) com os 712 mil quilômetros quadrados
reconhecidos em abril pela ONU. Mas o Brasil quer mais
e pode, ao fim do processo de legalização da plataforma
continental, que vai até maio de 2009, transformar-
-se em uma nação com 12,95 milhões de quilômetros
quadrados*, o equivalente a quatro Índias.
Além dos 712 mil quilômetros quadrados já conce-
didos, a Comissão Interministerial para os Recursos do
Mar (CIRM) requereu à mesma Comissão de Limites da
Plataforma Continental das Nações Unidas (CLPC) outros
238 mil quilômetros quadrados – uma área do tamanho
do Ceará, à qual entende ter direito. Para fazer jus a
esse espaço de “terra” molhada, o Brasil foi obrigado
a desenvolver um minucioso trabalho de mapeamento
científico da plataforma continental.
* Se o país conseguir todas as reivindicações passará a ter uma
área territorial de 8,5 milhões de quilômetros quadrados para
12,95 milhões de quilômetros quadrados.
ONU autoriza Brasil a ampliar fronteira marítima. Disponível em:
<http://www.militar.com.br/>. Acesso em: 29 jun. 2009.
Texto II
Artigo 6.° (da Lei n.° 8.617 de 14 de janeiro de 1993).
A Zona Econômica Exclusiva brasileira compreende uma
faixa que se estende das 12 às 200 milhas marítimas,
cortadas a partir das linhas de base que servem para medir
a largura do mar territorial.
Artigo 7.°, da mesma Lei, na Zona Econômica
Exclusiva, o Brasil tem direito de soberania para fins
de exploração e aproveitamento, conservação e gestão
dos recursos naturais vivos e não vivos, das águas
adjacentes ao leito do mar e seu subsolo, e no que se
refere a outras atividades com vistas à exploração e ao
aproveitamento da zona para fins econômicos.
Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8617.htm>. Acesso em: 25 jun. 2009.
Considerando as situações descritas nos textos I e II,
avalie as seguintes afirmativas:
I. O objetivo do Brasil em querer ampliar suas frontei-
ras marítimas reside no fato de que o país precisa
aumentar suas reservas de petróleo.
II. O Brasil possui uma Zona Econômica Exclusiva que
se estende até 200 milhas marítimas.
III. Na Zona Econômica Exclusiva, o Brasil não tem
direito a nenhum tipo de exploração, pois essa
área é dedicada exclusivamente a fins científicos.
IV. Na faixa da Zona Econômica Exclusiva, qualquer
país pode reivindicar direito à posse e à exploração
dos recursos ali existentes.
Está correto o que se afirma em:
X a) II;
b) III;
c) I e II;
d) II e IV;
e) I, II, III e IV.
2. A atual proposta de identificação das unidades do relevo
brasileiro foi elaborada por Jurandyr Ross, em 1989,
utilizando os trabalhos realizados por Ab’Saber e os
relatórios e mapas produzidos pelo Projeto Radambrasil.
De acordo com a proposta, o relevo brasileiro apresenta
três unidades geomorfológicas, que refletem suas
gêneses: os planaltos, as depressões e as planícies,
apresentando 28 unidades agrupadas: 11 planaltos, 11
depressões e seis planícies.
Considerando as informações acima e seus conhecimentos
sobre relevo, avalie as seguintes afirmativas:
I. Os planaltos são áreas em que o processo de ero-
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
são supera o de sedimentação e varia de suave a
fortemente ondulado.
II. As planícies são áreas em que o processo de deposi-
ção supera o de erosão. Quando um rio é responsável
pela sua formação, é chamada de planície fluvial.
III. As depressões são áreas rebaixadas por processos
erosivos os quais atuaram nos limites das bacias
sedimentares e dos maciços antigos.
Está correto o que se afirma em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e III;
Volume 2
X e) I, II e III.
27
 3. Observe o mapa das unidades do relevo brasileiro:

Com base no mapa, conclui-se que:

a) existem dois tipos de estruturas geológicas no Brasil: a cobertura fanerozoica e os núcleos cratônicos;
b) no Brasil, predominam as faixas de dobramentos do ciclo brasiliano, principalmente o do Paraguai-Araguaia;
X c) predominam no país as bacias sedimentares, correspondendo a cerca de 64% do território nacional;
d) as coberturas sedimentares correlativas ao brasiliano correspondem a quase metade da área do país;
e) os crátons pré-brasilianos correspondem às áreas de bacias sedimentares, principalmente a Amazônica.

4. O continente antártico está situado na região polar austral. É formado por uma massa continental localizada quase
inteiramente dentro do Círculo Polar Antártico. É cercado pelo Oceano Antártico, de limites imprecisos, formado
pelo encontro das águas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, a chamada Confluência Antártica. [...] A Antártica
constitui quase 10% da área continental do planeta e cerca de 98% de seu território está coberto por gelo e neve, cuja
espessura varia de 2 000 a 4 800 metros, durante todo o ano. Se todo esse gelo sofresse fusão, o nível dos mares se
elevaria em 60 metros. Esse gelo representa 90% da água doce do planeta. As temperaturas no verão variam de 0°C no
litoral e –32°C no interior do continente e, no inverno, variam de –15°C no litoral e –65°C no interior do continente.
De toda a área do continente antártico apenas uma pequena fração é ocupada por cerca de 50 estações científicas
localizadas principalmente em sua costa, na região da Península Antártica. O Brasil está presente no continente
antártico desde 1982 quando foi criado o projeto PROANTAR. Através do Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e
da Estação Antártica Comandante Ferraz fez diversas pesquisas no continente.
CONHEÇA a Antártica. Disponível em: <www.mct.gov.br/index.php/content/view/5561.html>. Acesso em: 26 jun. 2009.
Depreende-se das informações acima que:
a) a presença brasileira no continente antártico se faz necessária, pois a região é vista como ponto estratégico na
passagem de vários navios cargueiros;
X b) a presença brasileira no continente antártico é essencial tendo em vista a necessidade de pesquisas científicas,
principalmente a compreensão de fenômenos que lá ocorrem e sua influência no território brasileiro;
c) o Projeto PROANTAR só diz respeito à pesquisa e prospecção de recursos minerais na Antártica;
d) o PROANTAR é um projeto centralizado, cujos resultados só o governo federal conhece e pode utilizá-los em seus
documentos;
e) as estações de pesquisa funcionam o ano inteiro, pois faz calor durante oito meses no continente antártico.

28
5. “Sob qualquer aspecto, este foi provavelmente o mais
importante acontecimento da história no mundo, pelo
menos desde a invenção da agricultura e das cidades.
E foi iniciada pela Grã-Bretanha. É evidente que isto
não foi acidental. [...] Qualquer que tenha sido a razão
do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade
tecnológica e científica. Nas ciências naturais os
franceses estavam seguramente à frente dos ingleses,
vantagem que a Revolução Francesa veio a acentuar de
forma marcante, pelo menos na matemática e na física,
pois ela incentivou as ciências na França enquanto
a reação suspeitava delas na Inglaterra. [...] Mas as
condições adequadas estavam visivelmente presentes na
Grã-Bretanha, onde mais de um século se passara desde
que o primeiro rei tenha sido formalmente julgado e
executado pelo povo e desde que o lucro privado e o
desenvolvimento econômico tinham sido aceitos como
os supremos objetivos da política governamental.”
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: Europa (1789-1848). São
Paulo: Paz e Terra, 2005. p. 52-54.
Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos,
é possível entender que o autor:
a) ressalta as conquistas tecnológicas da Revolução
Industrial, como a máquina criada por James Har-
greaves ou o aprimoramento das máquinas a vapor,
por James Watt, ambas consideradas fundamentais
para o desenvolvimento industrial inglês;
b) não aceita a tese de que a Inglaterra foi precursora no
7. Para responder à questão, leia estes dois fragmentos:
processo de Revolução Industrial, considerando que
a França possuía melhores condições intelectuais,
principalmente pelo seu desenvolvimento nas áreas
da Matemática e da Física;
X c) não considera o desenvolvimento tecnológico
imprescindível para o pioneirismo inglês na
Revolução Industrial, mas, sim, as questões de
organização econômica do Estado, que a Inglaterra
já havia conquistado há mais de um século;
d) acredita que, para o desenvolvimento da Revolução
Industrial, era necessário as nações se libertarem das
monarquias, o que a Inglaterra já havia feito um século
antes, e a França só faria após a Revolução Francesa;
e) considera a Revolução Industrial o movimento mais
importante da história da humanidade, seguido da
Revolução Agrícola e da formação das cidades.
6. “[...] A altivez do vencido impressionará até mesmo os
oficiais nortistas, e quando os soldados federais lançam
gritos de vitória, Grant imediatamente os interrompe: Sem
vivas! Os rebeldes tornaram-se nossos compatriotas... Para
isso, foram precisos quatro anos de guerra, uma terrível
devastação e 600 mil mortos – a mais aterradora sangria de
toda história americana. [...] Com a utilização de artilharia
e fuzis de repetição, com os primeiros encouraçados, com
as estradas de ferro, o telégrafo e os balões de observação,
assim como a mobilização de 3,5 milhões de homens
e de todos os recursos, civis, econômicos e militares
do país, esta será a primeira guerra moderna. [...]”
KERSAUDY, François. Estados Unidos: O nascimento de uma nação.
Tradução de Ana Montoia. História viva, São Paulo: Duetto, ano 1,
n. 1, p. 33, nov. 2003.
Sobre a Guerra de Secessão, é correto afirmar:
X a) A importância histórica da Guerra de Secessão se deu
pelo fato de terem conseguido manter a integridade
territorial, apesar das contradições entre o norte e
o sul.
b) Sua importância histórica reside no fato de que os
EUA foram a primeira nação a decretar a Abolição da
Escravatura nas Américas e, com isso, estabeleceram
juridicamente padrões de igualdade racial.
c) A grande importância da Guerra de Secessão foi o
fato de ela ter utilizado técnicas modernas de guer-
ra, estabelecendo critérios que seriam aproveitados
posteriormente, na Primeira e na Segunda Guerra
Mundial.
d) A Guerra de Secessão conseguiu destruir entidades
racistas, como a Ku Klux Klan, que haviam se for-
mado após a Independência dos EUA.
e) A grande conquista da Guerra da Secessão foi a
transformação de todos os ex-escravos em cidadãos,
alterando completamente as concepções de cidada-
nia até então praticadas.
Texto 1
Restava ainda a senzala, dos tempos de cativeiro.
Uns vinte quartos com o mesmo alpendre na frente. As
negras do meu avô, mesmo depois da abolição, ficaram
todas no engenho, não deixaram a rua, como elas chama-
vam a senzala. E ali foram morrendo de velhas. Conheci
umas quatro: Maria Gorda, Generosa, Galdina e Romana.
O meu avô continuava a dar-lhes de comer e vestir. E
elas a trabalharem de graça, com a mesma alegria da
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
escravidão. As duas filhas e netas iam-lhes sucedendo na
escravidão, com o mesmo amor à casa-grande e a mesma
passividade de bons animais domésticos.
REGO, José Lins do. Menino de engenho. São Paulo: José Olympio,
2005. p. 83.
Texto 2
Os museus coloniais estão repletos de instrumentos
pavorosos de punição e suplício dos escravos. [...]
Na prática, três instrumentos eram usados com
regularidade: o chicote, o tronco e os grilhões. A
punição mais comum era o açoite do escravo, nas costas
ou nas nádegas, [...]. No começo do século XVII, o frei
italiano Jorge Benci recomendava que as chibatadas
não ultrapassassem o número de quarenta por dia,
Volume 2
para não mutilar o escravo. Mas há relatos de viajantes
e cronistas com referência a duzentos, trezentos ou
29
 até seiscentos açoites. [...] banhava-se o escravo com
uma mistura de sal, vinagre ou pimenta malagueta
– numa tentativa de evitar a infecção das feridas.
GOMES, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe
medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a
história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta, 2007. p. 249-250.
Sobre a Abolição da Escravatura no Brasil e considerando a
leitura desses fragmentos de texto, analise as afirmativas:
I. O texto 1, de José Lins do Rego, demonstra que não
houve grande alteração na vida dos escravos após
a lei que aboliu a escravidão, em 1850, conhecida
como Lei Eusébio de Queirós.
II. O texto 1 passa a visão, bastante difundida na
historiografia brasileira, de que a escravidão no
Brasil foi branda e que muitos escravos não luta-
vam pela liberdade, já que demonstravam a alegria
9. “Aqui tudo é confusão, por toda parte dominam os
da escravidão, desmerecendo, dessa forma, as lutas
dos negros pela abolição.
III. O texto 2 demonstra, da mesma forma que o primei-
ro, a preocupação dos senhores de escravos com os
escravizados, já que menciona medidas profiláticas,
a fim de evitar que estes sofressem uma infecção.
IV. Apesar das medidas indenizatórias aos proprietá-
rios de escravos, após a abolição, e dos programas
de criação de oficinas para a especialização dos
libertos, proposta por Joaquim Nabuco, percebe-se,
pela leitura do texto 1, que muitos renunciaram
a esse montante, porque preferiram continuar na
condição de proprietários de escravos.
Assinale a alternativa correta:
a) I. X b) II.
c) III. d) IV.
e) Todas estão corretas.
8. “Os cronistas de outros tempos diziam que se podia
percorrer Cuba, em toda extensão, à sombra de
palmeiras gigantescas e das matas frondosas, nas quais
abundavam a caioba e o cedro, o ébano e dagames.
Pode-se, contudo, admirar as madeiras preciosas de Cuba
nas mesas e nas janelas de El Escorial ou nas portas do
palácio real de Madri, mas a invasão da cana fez arder,
em Cuba, com vários incêndios sucessivos, as melhores
matas virgens que antes cobriam o solo. Nos mesmos
anos que arrasava sua floresta, Cuba convertia-se na
principal compradora de madeira dos Estados Unidos.”
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Tradução de
Galeno de Freitas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p. 80.
Sobre o texto e a emancipação política das nações sul-
-americanas, é correto afirmar que o autor:
a) critica Cuba por haver destruído todas as suas re-
servas florestais para a produção do açúcar;
b) evidencia o isolamento econômico de Cuba que, após
a Revolução Socialista, sofreu embargo dos Estados
30
Unidos e, por isso, não pôde comprar madeira dos
estadunidenses;
c) demonstra que Cuba serve como exemplo do que
aconteceu em toda a América Latina, pois não de-
senvolveu um processo de industrialização, durante
a época colonial. A Inglaterra possuía uma relação
mais flexível com a colônia cubana;
d) exemplifica que toda a riqueza das florestas cubanas
acabou se transferindo para a Espanha, já que Cuba
sofreu a exploração colonial dos EUA, interessados
na venda de sua própria madeira;
X e) lamenta os infortúnios cubanos, sucessivamente
vítimas do colonialismo espanhol e do imperialismo
americano.
princípios novos, da afamada Liberdade e Independência.
Estão trabalhando para formar uma Confederação dos
Povos, no sistema democrático como nos Estados livres
da América do Norte. O meu marido que, infelizmente,
ama tudo que é novidade, está entusiasmado, como
me parece, e terá no fim que espiar tudo. [...] Quando
tudo andar mal e tomar feição da Revolução Francesa,
irei com meus filhos para a minha Pátria [...].”
CASTRO, Therezinha de. In: AQUINO, Rubim Santos Leão de et al.
Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio
de Janeiro: Record, 2008. p. 402.
O texto acima é uma carta escrita por D. Leopoldina,
esposa de D. Pedro I, ao seu pai, imperador da Áustria,
em 1822. Considerando-se o teor do documento e os seus
conhecimentos sobre a Independência do Brasil, assinale
a alternativa incorreta:
a) A carta de D. Leopoldina evidencia o temor que as
monarquias absolutistas tinham de movimentos revo-
lucionários, como aquele que ocorreu na França, em
1789, e é evidente que a imperatriz articulou o seu
possível retorno à Europa caso a situação se tornasse
perigosa para a monarquia portuguesa no Brasil.
b) D. Leopoldina referia-se ao fato de que D. Pedro
estava empolgado com a formação de um Estado fede-
rativo, semelhante aos EUA, mas ele não demonstrou
essa intenção após a promulgação da Independência.
c) D. Leopoldina demonstra que D. Pedro I estava
animado com as novidades advindas do liberalismo
político, entretanto, quando assumiu o poder, im-
pediu a elaboração de uma constituição liberal.
d) A Independência do Brasil resultou de um acordo
entre a monarquia portuguesa, representada por
D. Pedro, e os proprietários brasileiros.
X e) Diferentemente das ex-colônias espanholas, que
desenvolveram movimentos de emancipação por
meio de líderes nacionalistas, a República brasileira
foi conquistada pelo filho do rei de Portugal.
10. Observe as imagens: 11. “O Brasil apresenta uma considerável tipologia climáti-
ca, decorrente diretamente de sua extensão geográfica
Imagem 1 e da conjugação entre os elementos atmosféricos e os
P. Imagens/Hamilton Bettes Jr.

fatores geográficos particulares da América do Sul e do

próprio país.”
Fonte: MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco.
Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina
de Textos, 2007. p. 149.

Aspecto geral da Caatinga

Imagem 2
Pulsar Imagens/Adriano Gambarini

Floresta Amazônica

As imagens permitem inferir que:

Disponível em: <http://clima1.cptec.inpe.br/~rclima1/
X a) a vegetação da imagem 1 é característica de clima monitoramento_brasil.shtml>. Acesso em: 23 ago. 2009.
semiárido, e a vegetação da imagem 2 é caracterís-
Os gráficos permitem analisar os diferentes tipos cli-
tica de clima equatorial;

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

máticos do Brasil, demonstrando que:
b) a vegetação da imagem 1 representa o clima tropical
a) o climograma de Brasília indica que a temperatura
de altitude, e a vegetação da imagem 2, o clima
apresenta uma queda nos meses de abril a agosto
semiárido;
e um aumento de precipitações entre os meses de
c) na imagem 2, o clima não se relaciona à vegetação, fevereiro e março;
pois a exuberância da floresta não decorre do clima;
b) o climograma de Belém mostra que as precipitações
d) na imagem 1, o principal fator formador do tipo estão concentradas de junho a agosto, e as tempe-
de vegetação é a presença da massa de ar polar raturas estão abaixo dos 18°C;
atlântica;
c) o climograma de Florianópolis caracteriza o clima
e) nas duas imagens, ocorre o predomínio do clima tropical de altitude, em que as temperaturas mé-
subtropical, com temperaturas elevadas no verão e dias estão acima de 23°C, e as precipitações estão
chuvas concentradas no inverno. concentradas nos meses de setembro a outubro;
Volume 2

31
 d) os três climogramas indicam que as cidades estão 13.
na mesma região geográfica, pois todos têm as pre-
cipitações concentradas no inverno e temperaturas
médias em torno de 20°C;
X e) os três climogramas demonstram a diversidade cli-
matológica existente no Brasil em razão da extensão
e conjugação de elementos atmosféricos e fatores
geográficos.

12. “O Bioma Cerrado localiza-se principalmente no

kino.com.br/Carlos S. Borges
Planalto Central do Brasil. Ocupa 24% do território
nacional, pouco mais de dois milhões de quilômetros
quadrados. Segundo estudos atuais, restam 61,2%
desse total, em áreas distribuídas no Planalto Cen-
tral e no Nordeste, estando a maior parte na região Hidrelétrica de Itaipu, Rio Paraná – PR
Meio-Norte, nos estados do Maranhão e do Piauí.
Existem áreas de Cerrado também em Rondônia,
Roraima, Amapá, Pará, bem como em São Paulo. É
a segunda maior formação vegetal brasileira depois
da Amazônia, e savana tropical mais rica do mundo
em biodiversidade. Além disso, o Bioma Cerrado é
favorecido pela presença de diferentes paisagens e
de três das maiores bacias hidrográficas da Améri-
ca do Sul. Concentra nada menos que um terço da
biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna
mundiais. [...]”

BIOMA Cerrado. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.
embrapa.br/Agencia16/AG01/Abertura.html>. Acesso em: 23
ago. 2009.
O texto permite analisar o Bioma Cerrado, demons-
trando que:
a) o Cerrado é o maior bioma brasileiro e ocupa áreas de
várias regiões do país, mas encontra-se totalmente
devastado pelo desmatamento para a produção de
pastos para a pecuária;
b) o Cerrado é composto por vários tipos de vegetação,
mas as mais comuns são as árvores de grande porte,
campos e mangues;
c) a presença humana na área do Cerrado não oca-
siona nenhum problema ambiental para o Bioma,
que continua com a mesma área desde os tempos
coloniais;
X d) os principais problemas que ele enfrenta, atualmen-
te, são a erosão e a poluição dos solos, causadas
pela agricultura e pecuária e, principalmente, pelo
desmatamento e pelas queimadas, além do baixo
crescimento econômico e empobrecimento da po-
pulação;
e) ele ocorre em áreas de clima subtropical, havendo,
na região, um processo chamado de salinização dos
solos, decorrente da utilização de agrotóxicos nas
plantações de café.
Abr/Wilson Dias
Usina Hidrelétrica Samuel, Rio Jamari – RO
As imagens permitem inferir que:
a) a Usina Hidrelétrica Samuel está localizada em
um rio de planalto, e a Hidrelétrica de Itaipu, em
um rio de planície. Na formação do lago das duas
hidrelétricas, ocorreu a decomposição da vegeta-
ção, que ficou submersa, matando várias espécies
de peixes;
b) os dois rios estão localizados em áreas planálticas
e pertencem à Bacia Hidrográfica do Tocantins;
c) o Rio Paraná é um rio de planície, e sua vazão é
menor do que a do Rio Jamari, mas a sua produção
de energia é maior;
X d) a construção das duas hidrelétricas ocasionou pro-
blemas ambientais e sociais nas suas regiões, como
mudanças na flora e fauna, pessoas que tiveram que
se mudar para outros locais, plantas que ficaram
submersas e, quando decompostas, liberaram gases
tóxicos, causando a morte de peixes;
e) o Rio Jamari está sob um regime de chuvas tropical,
ou seja, seis meses chove na sua bacia, seis meses
predomina a estiagem.

32
14. “Não preciso abordar aqui a questão sobre se o
infeliz e opressivo regime czarista teria desmoronado
após sua derrota na I Guerra Mundial, mesmo sem o
uso de violência extraestatal. Em todo caso, o exem-
plo da violenta revolução na Rússia teve um impacto
extraordinário duradouro e generalizado, como modelo
e como pesadelo. O fato de que na Rússia o uso da
violência extraestatal tinha provado um meio eficaz de
destituir um grupo dominante do controle dos mono-
pólios estatais centralizados da força e da tributação,
e de habilitar os líderes dos grupos violentos a assumir
a direção desses monopólios, teve efeitos tão fortes e
duradouros sobre as relações, entre o uso extraestatal
e estatal da força em outros países, que esse tipo de
violência, sob o nome de revolução – conforme já foi
assinalado, como modelo ou como pesadelo – tornou-
-se um dos modelos dominantes de ação do nosso
século (século XX).”
ELIAS, Norbert. Os alemães: a busca pelo poder e a evolução nos
habitus nos séculos XIX e XX. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 197.
É possível interpretar que o texto:
a) se refere à importância da Primeira Guerra Mundial
como fator deflagrador do movimento revolucionário
russo, em que ficaram evidentes as condições de
miséria e atraso de sua população diante das demais
nações europeias;
X b) destaca que o uso da violência na URSS, pelos revo-
lucionários bolcheviques, produziu um modelo de
revolução, com a planificação da violência contra o
Estado e a consequente resposta, também violenta,
dos mecanismos de repressão estatais;
c) aborda a excessiva violência adotada pelos bolche-
viques russos, mesmo que de maneira espontânea
e não planejada, como um pesadelo que se tornou
comum a todos os cidadãos do mundo;
d) denuncia os métodos extremamente violentos usa-
dos na Rússia e que apenas conseguiram transferir
os modelos monopolistas do Estado, sem dar liber-
dade à população civil;
e) demonstra a ineficácia dos Estados para conter
processos revolucionários que se espalharam no
mundo todo, seguindo o modelo da Revolução
Russa.
15. Sobre a Crise de 1929, leia o texto e marque a alter-
nativa correta:
“Duas pessoas inventaram o New Deal: o presidente
do Brasil e o presidente dos Estados Unidos”. O autor
da frase foi o próprio criador do histórico plano de
recuperação da economia norte-americana, Franklin
Delano Roosevelt (1882-1945).
O elogio foi feito em visita ao Rio de Janeiro, em
novembro de 1936, e referia-se ao governo de Getúlio
Vargas. Pode ter sido apenas uma gentileza de visi-
tante. Ou alguém imagina que possa haver algo em
comum entre o presidente que tirou os Estados Unidos
da Depressão e o líder que viria a ser, um ano depois,
o ditador do Estado Novo, muitas vezes comparado a
Mussolini?
LIMONCIC, Flávio. Os inventores do New Deal. Revista de História
da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro: Sabin, n. 47, ano 4, p.
52, ago. 2009.
I. O Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas,
era um país essencialmente agrícola e não foi
afetado pela crise, que atingiu as sociedades
essencialmente industriais.
II. Nos EUA, apesar da existência de um governo li-
beral, foram as seguridades sociais que socorreram
os desempregados, comprovando que o seguro-
-desemprego atuou não só no auxílio da família
do desempregado, mas também na manutenção
de um consumo mínimo pela população.
III. Os dois governos, tanto de Getúlio Vargas no Bra-
sil quanto de Franklin Delano Roosevelt, foram
governos fortes e centralizadores na busca de
soluções para a crise.
IV. A grande modificação da época ocorreu na con-
cepção do Estado liberal, que defendia a não
intervenção do governo na economia e que foi
revistas pelo New Deal.
Está(ão) correta(s):
a) I, II e III;
X b) II, III e IV;
c) I, III e IV;
d) apenas III;
e) apenas IV.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
16. No final do ano de 2008, as nações europeias co-
memoraram os 90 anos do final da Primeira Guerra
Mundial.
“O fim da Primeira Guerra Mundial aconteceu em
1918, onze minutos depois das onze horas do dia
onze do mês onze. ‘90 anos depois do fim da Primeira
Guerra Mundial, é possível afirmar que a era das
guerras entre países da União Europeia faz parte
do passado’, afirmou o Presidente do Parlamento
Europeu, Hans-Gert Pöttering, que se deslocou a
Verdun, França, para prestar homenagem aos milhões
de vítimas mortais da Primeira Grande Guerra.”
90.° ANIVERSÁRIO da assinatura do armistício da Primeira Guerra
Mundial. Disponível em: <http://www.europarl.europa.eu/sides/
Volume 2
getDoc.do?language=PT&type=IM-PRESS&reference=20081107S
TO41556>. Acesso em: 31 ago. 2009.
33
 Apesar da reiterada convicção do líder do Parlamento
europeu sobre a impossibilidade de um novo confronto
nos dias atuais, sabemos que a Primeira Guerra resul-
tou em um segundo confronto, alguns anos depois,
chamado de Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os
motivos desse segundo confronto estão relacionados à
forma como se encerrou a Primeira Guerra. Selecione,
a seguir, o argumento que lhe parece mais coerente
para a explosão de um novo conflito:
a) A forte manutenção do sistema de alianças existente
na Primeira Guerra resultou no fortalecimento dos
vínculos entre as nações derrotadas: Alemanha e
Itália.
b) A forma como foram realizados os tratados de paz,
baseados nos 14 pontos formulados pelo presidente
estadunidense Woodrow Wilson, foi considerada uma
ofensa ao povo alemão.
c) A insatisfação dos alemães, já que o Tratado de Ver-
salhes decretou a emancipação da Alsácia-Lorena,
que havia sido anexada ao território germânico no
início do confronto.
X d) Os acordos do Tratado de Versalhes, colocando a Ale-
manha como única responsável pela Primeira Guerra
e lhe impondo, além de sanções, o pagamento de
uma pesada indenização.
e) A revolta da população russa já que esta foi obrigada
a pagar parte da indenização proposta aos alemães.
17. Observe a imagem a seguir:
J. Carlos. Máquina para pentear macaco. Careta, 1909. Revista de
História da Biblioteca Nacional, ano 4, n. 46, p. 87, jul. 2009.
34
A charge apresentada foi produzida no início do século
XX e representa:
a) uma ironia à incipiente industrialização existente
no Brasil, no período da Belle Époque, se comparada
às nações europeias;
b) uma crítica à falta de desenvolvimento tecnológico
brasileiro no início do século XX;
X c) uma sátira à quantidade de máquinas consideradas
desnecessárias que surgiam no mercado;
d) uma propaganda sobre as técnicas de divisão do
trabalho que produziam uma maior eficiência da
produção;
e) um protesto ao grau de exploração do trabalho e à
excessiva vigilância nas indústrias brasileiras.
18. Leia o fragmento do texto de Hannah Arendt, que
explora a visão dos brancos sobre os negros no século
XIX:
[...] Sua base e sua justificativa ainda eram a própria
experiência, uma terrível experiência de algo tão estra-
nho que ficava além da compreensão e da imaginação:
para os brancos foi mais fácil negar que os pretos fos-
sem seres humanos. No entanto, a despeito de todas as
explicações ideológicas, o homem negro teimosamente
insistia em conservar suas características humanas, só
restando ao homem branco reexaminar a sua própria
humanidade e concluir que, nesse caso, ele era mais
que humano, isto é, escolhido por Deus para ser o deus
do homem negro. Era uma conclusão lógica e inevitável
no caminho da radical negação de qualquer laço comum
com os selvagens. [...]
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. In: HERNANDEZ, Leila
Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea.
São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 93.
Sobre a ideia desenvolvida pela autora, é correto afirmar
que o texto se refere:
X a) à justificativa civilizadora que os europeus desen-
volveram para a exploração da África, atribuindo aos
brancos a missão de levar o progresso e a civilização
àqueles considerados inferiores;
b) ao sentimento de superioridade do branco sobre o
negro, justificando, assim, a sua escravização;
c) ao estranhamento da relação entre brancos e negros,
já que se consideravam irmãos e todos filhos de um
mesmo Deus;
d) ao determinismo geográfico que explica a inferiori-
dade do desenvolvimento africano como consequên-
cia do seu espaço físico;
e) às teorias eugenistas que determinam a pureza
racial como princípio básico de fortalecimento das
nações.
 v

Atividades – Padrão ENEM

Ensino Médio | Modular | Volume 3
on
is i
lV
ita
D ig

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 3

Matemática e suas Tecnologias

1. A corrida é um esporte indicado para pessoas que
pretendem perder peso (massa corporal) ou objeti-
vam melhorar a condição cardiovascular. Porém, é
necessário consultar um profissional antes de iniciar
qualquer atividade física. A corrida, em particular,
pode inicialmente forçar o coração além do limite,
e, também, o atleta pode vir a ter lesões nas arti-
culações, em especial nos joelhos. Se for praticada
na rua, é quase inevitável a pessoa ter de correr em
subidas ou descidas e, se estas forem muito íngremes,
prejudicarão as articulações dos joelhos.
2. Um avião, ao fazer uma viagem a uma velocidade
de 900 km/h, tem sua rota previamente traçada
por segmentos de retas. Se, em uma viagem de uma
cidade à outra, o avião erra a direção em 15o em
relação à rota normal e o piloto só percebe isso após
uma hora, qual a distância do avião em relação ao
ponto em que deveria estar aproximadamente?
(Considere 2 = 1,4 e 3 = 1,7)
a) 900 km
b) 243 km
X c) 234 km
d) 864 km
e) 937,5 km

3. Um observador de 1,6 m de altura está a 300 m

de uma torre e avista o topo sob um ângulo α. Ele
desloca-se em direção à torre e, a 100 m desta,
Corel

avista o mesmo ponto, sob um ângulo 2α. Observe

Um GPS (Global Positioning System) é um aparelho que, a figura a seguir:
entre outras funções, calcula a distância percorrida
e a diferença de altitude entre quaisquer dois pontos
da face da Terra. Para distâncias pequenas, como um

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

treino de corrida, podemos considerar a superfície da
Terra como plana. Um corredor que possui um GPS
pode obter a distância a e a altura b. Entre várias
corridas que foram registradas no GPS e consideran-
b
do que α = arc sen , para quais distâncias a e b o
a
corredor forçou mais a articulação do joelho? Qual é o valor do ângulo α?
a) a = 180 m e b = 1 m a) 15o
b) a = 360 m e b = 3 m b) 45o
c) a = 720 m e b = 5 m X c) 30o
d) a = 1 800 m e b = 5 m d) 60o
X e) a = 1 080 m e b = 12 m e) 75o
Volume 3

3
 4. As coberturas de casas podem ser sustentadas por
estruturas denominadas de treliças. A vantagem
desse tipo de estrutura é que as forças que agem nas
barras são, exclusivamente, de tração e compressão.
O alcance A pode ser obtido por A = v0x . tT, em que
tT = 2 . tS (tS é o tempo de subida em que o projétil
atinge a altura máxima no ponto V). O tempo de
subida tS pode ser obtido pela equação vy = v0y + atS
do MRUV, que nos lançamentos verticais temos no
ponto mais alto, vy = 0 m/s, a = –g

5. Com base nisso, o alcance atingido pelo projétil

pode ser calculado pela fórmula:
v 0 . cos 2θ
a) A =
g
2
v sen 2θ
Considerando que a treliça é simétrica em relação à X b) A = 0
g
maior barra vertical e cada uma das barras verticais
menores são equidistantes da barra maior e dos v 0 . cos θ
c) A =
pontos B e C, respectivamente, então: g
2c v20 sen θ
a) α = arc sen d) A =
a g
a v 0 sen θ
X b) α = arc cos
2b e) A =
g
4c
c) α = arc tg
b Quanto ao resultado da atividade 5, responda às ques-
2c tões 6 e 7.
d) α = arc cos
a
a 6. Qual é o valor do ângulo θ para obter o máximo
e) α = arc tg alcance com uma velocidade inicial v0?
2c
a) 15o X b) 45o c) 60o
Leia estas informações e responda às questões de 5 a 7.
d) 75o e) 90o
No lançamento oblíquo de projéteis, o alcance A pode
ser obtido calculando a distância percorrida da “som- 7. Para um lançamento oblíquo, em que g = 10 m/s2,
bra” do projétil no eixo horizontal no tempo total a velocidade inicial é 100 m/s. Para que o alcance
do movimento. A “sombra” do projétil é projetada do projétil seja 500 m, o(s) ângulo(s) θ pode(m)
no eixo horizontal para uma fonte de luz acima do ser igual(is) a:
movimento. No eixo horizontal, a “sombra” do pro- a) 15o e 60o X b) 15o e 75o
jétil desloca-se em movimento retilíneo uniforme e c) 30o e 60o d) 30o e 75o
o tempo total do movimento (tempo do lançamento
e) 45o
no ponto O até o impacto no ponto P) é o dobro do
tempo que o projétil leva para atingir a altura máxima 8. Um número complexo na forma z = a + bi pode ser
da trajetória no ponto V. representado em um plano cartesiano denominado de
Plano de Argand-Gauss, em que o eixo das abscissas é o
eixo real, e o eixo das ordenadas é o eixo imaginário. A
posição de um submarino estava sendo monitorada na
tela de um computador, cujo sistema de referência era
o Plano de Argand-Gauss. O submarino estava inicial-
mente no afixo de z1 = 2 + 3i e, então, deslocou-se em
linha reta para o afixo de z2 = –2 + i. De z2, deslocou-se
para o afixo de z3 = –2 – i, e finalmente deslocou-se
para o afixo de z4 = 5 – i, onde permaneceu parado.
O alcance do projétil depende de dois fatores: a veloci- Qual é a distância da posição inicial do submarino z1
dade inicial v0 e o ângulo θ (0 < θ < 90o) formado entre até a posição em que permaneceu parado em z4?
o eixo horizontal e a velocidade inicial. Considerando X a) 5 uc b) 7 uc
a aceleração da gravidade como g, temos: c) 3 uc d) 4 uc
v0x = v 0 . cos θ e v 0y = v 0 . sen θ e) 6 uc

4
 Leia estas informações e responda às questões de d) Não é possível determinar as posições do caça F16
9 a 11. e do míssil em qualquer situação.
Neste plano cartesiano, temos um navio no ponto e) A trajetória descrita pelo míssil e pelo caça F16 não
A e um caça F16 voando, em linha reta, que passa é perpendicular.
pelos pontos C e D.
12. Em um plano cartesiano, a equação (x – a)2 + (y – b)2 ≤ R2
representa um círculo cujo centro é (a, b) e raio R.
De forma análoga, no espaço euclidiano tridimen-
sional, a equação (x – a)2 + (y – b)2 + (z – c) ≤ R2
representa uma esfera cujo centro é (a, b, c) e raio R.
Considere a esfera cuja equação é:
(x – 3)2 + (y – 1,5)2 + (z – 5) ≤ 25
Qual é o comprimento do círculo máximo dessa esfera?

O caça F16, cuja velocidade constante é de 400 m/s, a) 25π b) 5π c) 1,5π

passa inicialmente pelo ponto C e, em seguida, pelo X d) 10π e) 3π
ponto D. No momento em que o navio avista o caça 13. Um paralelepípedo retângulo está representado no
F16, no ponto C, dispara um míssil Exocet na direção espaço de acordo com o desenho a seguir:
perpendicular à trajetória do caça. A velocidade cons-
tante do míssil é de 300 m/s. As coordenadas dos pontos
estão expressas em quilômetros.

9. Qual é a equação da reta que descreve a trajetória B

do caça F16?
a) 3x + 4y + 20 = 0 X b) 3x – 4y + 20 = 0
A
c) 4x + 3y – 20 = 0 d) 4x – 3y + 20 = 0
e) 4x + 3y + 20 = 0
C

10. A menor distância do navio à trajetória do caça F16,

ou seja, a distância entre os pontos A e B é de: O volume de um paralelepípedo retângulo pode ser obtido
xA y A zA
a) 125 km b) 625 km c) 5 km
por meio de uma matriz de 3. ordem x B y B z B , em
a
d) 35 km X e) 25 km
x C y C zC
11. No momento em que o navio avista o caça F16 no que o módulo do determinante dessa matriz é o volume
ponto C, ele dispara um míssil que percorre a direção desse paralelepípedo retângulo. Os pontos no espaço
da reta, que passa por A e B. Esse míssil tem como são ternas expressas por (x, y, z).
objetivo atingir o caça F16 no ponto B. Qual é a matriz a seguir cujo módulo do determinante

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

é o volume do paralelepípedo retângulo?
O tempo que o caça F16 demora para percorrer a
distância entre os pontos C e B é de aproximadamente 5 0 0 0 5 0 5 0 0
62,5 segundos. Considerando que, no ponto B, o a) 3 0 0 b) 0 3 0 X c) 0 3 0
míssil e o caça F16 têm a mesma altura, marque a 4 0 0 0 0 4 0 0 4
alternativa correta:
5 5 5 5 3 4
a) O míssil vai atingir o caça F16, pois o tempo que o d) 3 3 3 e) 0 0 0
caça F16 e o míssil demoram para atingir a posição
4 4 4 0 0 0
no ponto B é o mesmo.
X b) O míssil não vai atingir o caça F16, pois este passa Leia estas informações e responda às questões 14 e 15.
antes pelo ponto B, ou seja, quando o míssil passar Uma partícula desloca-se no plano cartesiano e as
pelo ponto B, o caça F16 estará em uma posição posições nos eixos são dadas em função de um pa-
entre B e D. râmetro t, pelas equações:
c) O míssil não vai atingir o caça F16, pois este passa x = 2t
Volume 3

depois do míssil, pelo ponto B, ou seja, quando o y=t+3

míssil passa pelo ponto B, o caça F16 está em uma em que t é o tempo em segundos e x e y são dados
posição entre C e B. em metros.
5
 14. A trajetória que a partícula descreve no plano car- 19. O gráfico a seguir mostra a variação da velocidade
tesiano é: de um corpo em função do tempo. Após observá-lo,
X a) uma reta; b) uma circunferência; analise as alternativas:
c) uma elipse; d) uma hipérbole;
e) uma parábola.

15. A distância que essa partícula percorreu entre os

segundos 2 e 5 é de:
a) 5 m b) 13 m c) 6 m X d) 10 m e) 8 m

16. Com as medidas (em metros) das distâncias obtidas

com uma trena e dos ângulos internos medidos I. Depois de 27 segundos do início do movimento, o
com um teodolito, um engenheiro desenhou, em corpo tem velocidade igual a 9 m/s.
um plano cartesiano, um terreno, representado
II. Depois de 3 segundos do início do movimento, o
na figura a seguir. As coordenadas dos vértices da
corpo tem velocidade igual a 22 m/s.
região poligonal estão indicadas no desenho. Qual
é a área do terreno? III. O corpo tem aceleração igual a 6 m/s2 de 0 s a 5 s.
IV. A velocidade inicial do corpo é igual a zero.
V. No intervalo entre 5 segundos e 20 segundos, o
corpo permanece parado.
Estão corretas:
X a) I e II; b) I, III e IV;
a) 8 100 m 2
b) 9 000 m 2
X c) 17 100 m
2
c) III e V; d) II, IV e V;
d) 19 800 m 2
e) 900 m 2
e) I, II, III, V.

17. Um sólido de revolução pode ser obtido pela rotação
de uma figura plana em torno de um eixo. Considere
que a região delimitada pelas retas
x = 0, y = 0, x = 2 e y = 3 gira em torno do eixo
y de um plano cartesiano. Determine o volume do
sólido gerado.
18. Um avião inicia uma viagem em uma cidade A, com
destino a uma cidade B. Da cidade B, viaja para a
cidade C e, em seguida, para a cidade D. Termina o
percurso na cidade A, de onde partiu. O deslocamento
do avião pode ser observado no plano cartesiano a
seguir:
20. Uma pessoa, ao praticar a corrida nas ruas da cidade,
monitorou o próprio deslocamento com um aparelho
GPS em seu pulso. Esse aparelho, ao ser conectado no
computador, fornece o relatório do treino por meio
de gráficos. Considere que esse corredor, após uma
corrida de uma hora, tem o gráfico do deslocamento
em função do tempo expresso a seguir no plano
cartesiano:

Sobre o treino dessa pessoa, marque a alternativa

incorreta:
a) Ela parou duas vezes e descansou 5 minutos na 1.a
parada e 10 minutos na 2.a parada.
b) A velocidade dessa pessoa é a mesma nos intervalos
de 0 a 20 minutos e de 45 a 60 minutos.

Cada quadradinho tem lado igual a 100 km. Determine, X c) A velocidade no intervalo entre 25 e 35 minutos é
aproximadamente, a distância percorrida pelo avião: 25% maior que no intervalo de 0 a 20 minutos.

a) 1 538,5 km b) 1 640,3 km d) A velocidade média de todo percurso foi de 7,35 km/h.

c) 1 447,2 km d) 1 282,8 km e) A velocidade é nula nos intervalos entre 20 e 25

minutos e 35 e 45 minutos.
X e) 1 908,8 km

6
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Leia estas informações e responda às questões 1 e 2:
Os instrumentos de cordas, como os violões, obe-
decem às leis da Física, que explicam o seu fun-
cionamento. Uma corda de violão vibra entre seus
extremos, chamados de pestana, e o rastilho (peça
que fica em cima do cavalete). Forma-se então o
primeiro harmônico (um fuso).
Observe a figura:
Corel
Como qualquer meio vibrante, as cordas oscilam com
determinadas frequências, caracterizando o tipo de
som que ouvimos. Quanto maior a frequência do
som, mais agudo ele é. Quanto menor a frequência,
mais grave.
A frequência da nota musical emitida por um violão
pode ser determinada pela seguinte equação:
T 1
f= .
µ 2L
sendo que:
f → frequência
T → força de tração na corda
µ → densidade linear da corda (massa/comprimento)
L → distância entre os extremos que limitam a
vibração
Quando apertamos uma corda, em determinada casa
(região entre dois trastes consecutivos), alteramos
a sua distância entre os pontos extremos. Assim,
ela passa a vibrar entre o rastilho e o ponto em que
se encontra o dedo (que nesse instante substitui a
pestana). Em outras palavras, alteramos o valor de
L da equação. Por exemplo: se o violão estiver de-
vidamente afinado, a quinta corda (de baixo para
cima), quando tocada solta, emite uma nota Lá
(440 Hz), sendo L igual à distância pestana-rastilho.
Valores que sejam múltiplos inteiros de 440 Hz
(2 . 440 = 880 Hz; 3 . 440 = 1 320 Hz, e assim por
diante) correspondem à nota Lá, porém mais aguda.
Se apertarmos a 12.ª casa dessa mesma corda, que
fica no ponto médio entre a pestana e o rastilho,
teremos uma distância igual a L/2. Não é difícil
concluir, por meio da equação, que esta nota terá o
dobro da frequência (880 Hz – nota Lá mais aguda).
1. Com base nas informações e na equação apresentada,
analise estas afirmativas:
I. Cordas mais grossas apresentam maior massa por
unidade de comprimento e, consequentemente,
maior densidade linear (µ). Isso implica uma fre-
quência menor e, por isso, o som é mais grave.
II. Se virarmos a tarracha, “apertando” mais a corda,
aumentando assim sua tração (T), obteremos um
som mais agudo.
III. Ao pressionarmos uma corda, colocando o dedo
em determinada casa, quanto mais nos afastamos
da pestana, menor será o comprimento (L) e mais
grave será o som.
Marque a alternativa correta:
X a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) Todas estão corretas.
e) Nenhuma está correta.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
2. Nestas imagens, vemos instrumentos, como baixo
acústico, violão e cavaquinho:
Grupo Keystone/Topic Photo Agency In
Dynamic Graphics
Volume 3
Kino.Com.Br/Samuel Iavelberg
7
 Observando o tamanho dos instrumentos em relação
ao tamanho de um ser humano, pode-se concluir
que:
I. as cordas do baixo acústico possuem comprimento
tal que lhe permite emitir notas mais agudas que
os demais instrumentos apresentados;
II. com base na equação, conclui-se que é possível
um violão e um cavaquinho emitirem sons com a
mesma frequência;
III. as dimensões do cavaquinho permitem que ele
possa emitir notas mais agudas se comparadas às
possíveis de serem emitidas por um violão.
Marque a alternativa correta:
a) I e II estão corretas.
X b) II e III estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) Todas estão corretas.
e) Nenhuma está correta.
3. A composição do preço da gasolina obedece à dis-
tribuição apresentada no gráfico:
Fonte: Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br/produ-
tos_servicos/port/Composicao/Preco_Gasolina.asp>. Acesso em:
05 jun. 2009. Adaptação.
Considere o preço do litro da gasolina igual R$ 2,40
e que o principal componente desse combustível
é o iso-octano (d = 0,75 g/mL), cuja fórmula é
representada a seguir:
Analise as seguintes alternativas:
I. O custo de extração e refino de 1 mol de iso-octano
é aproximadamente R$ 0,11.
II. O nome oficial do iso-octano segundo a IUPAC é
2,2,4-metilpentano.
III. A gasolina no Brasil apresenta até 25% de ál-
cool anidro, e essa adição representa R$ 0,20
do custo de 1 L desse combustível vendido nos
postos.
8
É correto o que se afirma em:
X a) I; b) II;
c) III; d) I e II;
e) I, II e III.
4. Leia este texto sobre um acidente ambiental, ocor-
rido na China:
A mancha de benzeno provocada pela explosão
em uma fábrica petroquímica chinesa entrou em
território russo pelo Rio Amur (leste), perto de
Jabarovsk – cidade de 600 mil habitantes – infor-
maram nesta segunda-feira autoridades sanitárias.
Os níveis de benzeno “estão sensivelmente acima
das normas ambientais” no Rio Amur, disse Oleg
Mitovol, encarregado da Agência de Vigilância dos
Recursos Naturais em Jabarovsk, à agência de no-
tícia France Presse.
MANCHA de benzeno vinda da China chega ao território russo.
Folha on-line. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.
br/folha/mundo/ult94u89981.shtml>. Acesso em: 22 out.
2007.
Sobre este acidente e as propriedades dos compostos
aromáticos, marque a alternativa correta:
a) O benzeno é um composto polar e tende a se solu-
bilizar na gordura de animais marinhos, por esse
motivo o acidente é mais grave.
b) A solubilidade do benzeno em água é baixa, por esse
motivo ele será transportado pelo rio até chegar ao
mar, sem efeitos durante o percurso.
c) O benzeno é um composto aromático, apolar e entra
na cadeia alimentar devido à sua elevada afinidade
pelo tecido ósseo.
X d) A solubilidade do benzeno em gordura é devida
à sua polaridade. Esse fator faz com que ele seja
um perigoso poluente, pois, dessa forma, os peixes
do rio provavelmente estarão contaminados e não
serão indicados para o consumo humano.
e) Compostos, como o isopreno, o clorometano e o iso-
-octano, possuem solubilidade e polaridade simila-
res à do benzeno.
5. Um dos compostos usados durante a Guerra do
Vietnã foi o TCDD (tetraclorodioxina), também
chamado de agente laranja. Sua fórmula estrutu-
ral é representada a seguir, e seu uso como arma
química pelos estadunidenses foi muito condenado
pela ONU, pois, além dos efeitos imediatos, como
queimaduras e morte, há os efeitos que acontecem
a longo prazo, como o câncer.
 Sobre esse composto, assinale a alternativa incorreta:
X a) Trata-se de um composto polar, que pode penetrar
na corrente sanguínea, causando leucemia.
b) A TCDD é lipossolúvel, por esse motivo apresenta
efeitos tóxicos a longo prazo.
c) As funções químicas presentes nesse composto são:
éter e haleto orgânico.
d) A polaridade da molécula do TCDD é explicada pela
simetria que ela apresenta.
e) A solubilidade desse composto em água é muito
baixa, fazendo com que ele seja classificado como
praticamente insolúvel nesse solvente.
6. Leia este texto:
Na Amazônia, centenas de casos de malária estão
sendo registrados fora de época. As larvas do
mosquito Anopheles darlingi, vetor da doença,
desenvolvem-se nas áreas alagadas pelas cheias
dos rios. Recentemente, o aquecimento adiantou
em cerca de quatro meses esse processo, além de
acelerar a reprodução do mosquito devido às altas
temperaturas. A concentração de chuvas na Amazônia
– período popularmente conhecido como “inverno”
– acontece entre novembro e junho, quando os rios
chegam a subir 15 metros ou mais, e as temperaturas
são mais amenas. Entretanto, as “marés amazônicas”
não seguem mais esse padrão: em 2005 a região
foi castigada por uma seca acentuada; em 2007 as
águas subiram tão rapidamente que atingiram, em
dezembro, níveis que só seriam registrados entre
abril e maio.
HUCHE, Marcella. Alterações no ciclo da malária. Ciência Hoje,
Rio de Janeiro, n. 260, v. 44, p. 57, jun. 2009.
Em relação à doença citada no texto, analise as
afirmações:
I. A malária é uma doença de grande incidência no
Brasil e, embora apresente vacina eficaz na rede
pública, muitas pessoas acabam se contaminando
ano após ano.
II. Causada por um protozoário, a malária não é uma
doença exclusiva do Brasil, mas preocupa os agentes
de saúde devido ao grande número de casos, prin-
cipalmente, distribuídos na Região Norte do país.
III. O toxoplasma, causador da doença, assim como os
demais protozoários, são organismos unicelulares,
desprovidos de organelas membranosas, tais como:
mitocôndrias e núcleo.
Está(ão) correta(as):
a) I, apenas; X b) II, apenas;
c) III, apenas; d) I, II e III;
e) II e III, apenas.
7. Leia estas informações:
Atualmente, existe a necessidade urgente de conter o
impacto de um dos grandes inimigos do meio ambiente
– o plástico –, que vem se mostrando de difícil contro-
le. Até agora, as formas de descartá-lo são poluentes.
Uma opção ecológica para dar fim a esse material pode
ser a biodegradação. Alguns seres vivos são capazes
de realizar esse processo, transformando em matéria
orgânica o que era plástico.
Entre os organismos presentes naturalmente nos
ecossistemas, podem ser considerados agentes de bio-
degradação de variadas moléculas, incluindo ou não o
plástico, os organismos chamados de decompositores,
como os fungos e as bactérias.
Interessados em isolar espécies promissoras de fun-
gos para associá-los à biodegradação do plástico,
como objetivo principal do trabalho, uma equipe de
alunos utilizou algumas técnicas em laboratório.
Analise-as:
I. Isolaram espécies do meio aquático, ambiente
exclusivo desses animais, e os colocaram em am-
biente iluminado, para que continuassem a realizar
a fotossíntese.
II. Garantiram que os exemplares possuiriam substra-
tos orgânicos para se desenvolverem, uma vez que
são organismos sapróbios obrigatórios.
III. Como a temperatura, a umidade e a luminosidade
não são fatores que interferem no ciclo de vida dos
exemplares analisados, não houve controle dessas
variáveis nos experimentos.
IV. Além de substrato orgânico, os exemplares foram
expostos a diversos tipos de poluentes do am-
biente, incluindo o plástico, para que se pudesse
analisar a ação desses organismos nos materiais
de interesse de biodegradação.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
São atitudes pertinentes com o objetivo do estudo
realizado as afirmativas:
a) I e III;
b) I, II e III;
c) III e IV;
X d) II e IV;
e) II, III e IV.
8. Leia estas informações sobre o vírus H1N1:
O mundo está em alerta! Em 2009, com sinais aparen-
temente de gripe comum, reaparece a chamada “gripe
suína”. Essa doença, causada por um vírus do tipo H1N1,
foi detectada pela primeira vez em 1988, em Wisconsin,
Volume 3
nos EUA, mas apenas em 2009 apresentou um número
de casos alarmante em todo o mundo, deixando em
alerta vários países.
9
 No dia 11 de junho de 2009, a Organização Mundial da

Folha Imagem
Saúde (OMS) anunciou que a doença atingiu o nível de
pandemia (epidemia generalizada). O anúncio também
afirma que a pandemia está relacionada apenas com
a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a
sua periculosidade.
Esta tabela mostra alguns dados relacionados à
gripe, também chamada de tipo A, divulgados pela
OMS:
Quantidade de
Número Número
países onde há
Data de casos de
incidência da
confirmados mortes
gripe
27/04/2009 9 2 080 149
26/06/2009 113 59 814 263
03/07/2009 125 89 921 382
06/07/2009 135 94 512 429 Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/folha/cotidiano/
images/09132183.gif>. Acesso em: 08 jul. 2009.

Os sintomas dessa doença são semelhantes ao de

uma gripe comum e incluem febres altas (superiores
a 38ºC), tosse frequente e intensa, dor de cabeça,
falta de apetite, congestionamento nasal, mal-estar
geral, etc.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
algumas precauções para não se contrair a doença,
tais como: não compartilhar alimentos e utensílios,
lavar as mãos com água e sabão, não cumprimentar
com beijos ou aperto de mão, etc. É importante que,
principalmente em regiões de alta incidência da
doença, consulte-se um médico logo que apareçam
os sintomas.
No Brasil, já há caso de morte confirmado pela “gripe
suína”. Os mapas a seguir mostram a evolução da doença
no país, de 12 de maio a 11 de junho de 2009:
Folha Imagem
A respeito das informações apresentadas sobre a
“gripe suína”, bem como sobre seu agente causador,
analise as seguintes afirmações:
I. De acordo com a tabela apresentada, o número de
mortes mundiais causadas por essa gripe, entre
26 de junho e 06 de julho, dobrou em apenas 10
dias. Isso se deve ao alto grau de periculosidade da
doença.
II. O vírus causador dessa doença é um organismo
acelular, parasita obrigatório, e só se desenvol-
ve em células vivas. Como a sua transmissão de
pessoa para pessoa é estimulada por hábitos co-
tidianos, isso poderia justificar a rápida expansão
da doença no Brasil em pouco mais de um mês.
III. A morte ocorrida no Brasil incrementa as estatísticas
demonstradas na tabela, para a data de 27 de abril.

IV. De acordo com os mapas, o maior número de casos

da doença no Brasil está concentrado na Região
Sudeste.
V. Embora muitos especialistas acreditem que os
vírus não possam ser seres vivos, muitos cientistas
os consideram vivos, devido, principalmente, ao
fato de esses seres possuírem material genético
sujeito à mutação e à capacidade de hereditarie-
dade.
A análise deve considerar como corretas as alter-
nativas:
a) I, II, III e IV;
b) I, III, IV e V;
c) II, III e V;
X d) II, IV e V;
Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/folha/cotidiano/
images/09179199.jpg>. Acesso em: 08 jul. 2009. e) I e V.

10
9. O âmbar é uma resina fóssil que chamou a atenção
dos gregos, porque, além de ser um belo ornamen-
to, possui odor agradável que se acentua quando
friccionado com os dedos, passando, então, a atrair
outros corpos, como pequeninos pedaços de felpo,
linha, penas e lascas de madeira.
© 2001-2009 HAAP Media Ltd/Paige Foster
A atração entre o âmbar e os outros corpos é explicada
pela:
a) força gravitacional entre as duas massas;
b) força magnética, uma vez que o âmbar adquire polos
magnéticos quando esfregado;
c) força elétrica, já que o âmbar fica eletrizado por
indução;
d) força elétrica, porque o contato do âmbar com os
dedos faz as cargas elétricas se dividirem entre
ambos;
X e) força elétrica, pois o âmbar é carregado por atrito
quando friccionado nos dedos.
10. Leia o texto e responda à questão:
As 3 fases do amor romântico
Foi a antropóloga Helen Fisher, famosa pelos seus
estudos sobre a bioquímica do amor – e autora de vários
livros, entre os quais o recente “Porque Amamos: a
Natureza e a Química do Amor Romântico” (H. E. Fisher,
Why We Love: The Nature and Chemistry of Romantic
Love, Henry Holt and Company, New York, 2004) –,
que propôs a existência de 3 fases no amor, cada uma
delas com as suas características emocionais e os seus
compostos químicos próprios. [...]
A segunda fase é a “fase da atração”, enamora-
mento ou paixão: é quando nos apaixonamos, ou seja,
é a altura em que perdemos o apetite, não dormimos,
não conseguimos concentrar-nos em nada que não seja
o objeto da nossa paixão. É uma fase em que podem
acontecer coisas surpreendentes, que por vezes dão
origem a situações divertidas (para os outros) e em-
baraçosas (para o próprio): as mãos suam, a respiração
falha, é difícil pensar com clareza, há “borboletas
no estômago”... enfim... e isto tem a ver com outro
conjunto de compostos químicos que afetam o nosso
cérebro: a norepinefrina que nos excita (e acelera o
bater do coração), a serotonina que nos descontrola, e
a dopamina, que nos faz sentir felizes.
RIBEIRO-CLARO, Paulo. A Química do amor. Divisão ensino e di-
vulgação da Química. Portugal: Sociedade Portuguesa de Química,
n. 100, p. 47-48.
Os compostos citados no texto, a norepinefrina (I), a
serotonina (II) e a dopamina (III) têm sua estrutura
apresentada a seguir:
Com base nesses compostos e no texto apresentado,
assinale a alternativa correta:
a) O composto responsável por acelerar o coração
possui em sua estrutura três grupos fenólicos e um
grupo amina.
b) O composto químico responsável por nos fazer fe-
lizes tem em comum a norepinefrina, dois grupos
fenólicos.
c) O composto que nos descontrola possui a função
álcool em sua estrutura.
X d) A norepinefrina e a serotonina têm o mesmo número
de carbonos e de hidrogênios em sua estrutura.
e) A dopamina pertence à função amida.
Leia estas informações e responda às questões 11 e 12.
A utilização da cebola pode ir muito além da culinária.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Cientistas brasileiros utilizaram seus bulbos para medir a
qualidade das águas do Rio Paraíba do Sul. O teste identi-
ficou uma série de alterações, causadas pela poluição, não
detectadas por técnicas tradicionais de monitoramento.
O teste da cebola (Allium cepa) consiste em mer-
gulhar seus bulbos nas amostras de água e esperar que
eles criem raízes. Depois, as raízes devem ser cortadas
para que seja feita a análise do meristema radicular.
A análise do meristema permite identificar altera-
ções que comprometem o funcionamento das células,
como a inibição da divisão celular e anomalias cromos-
sômicas, causadas pela poluição da água.
Volume 3
11
 As técnicas tradicionais de monitoramento, para
detectar toxicidade e a presença de compostos mu-
tagênicos, envolvem, por exemplo, a participação de
bactérias. Os cientistas afirmam que as células da ce-
bola, por serem mais complexas, apresentam resultados
mais próximos dos animais e seres humanos, quando
se relacionam às consequências da poluição do que os
testes que utilizam as bactérias.
© Wikimedia Commons/Forest Starr & Kim Starr
As vantagens de
se utilizar a cebola
nas pesquisas
incluem custo
baixo, rapidez,
facilidade e
abundância, pois
ela é encontrada o
ano todo no Brasil.
11. Os bulbos podem criar raízes. Eles são classificados
como:
a) lenho;
b) cerne;
c) alburno;
d) raiz;
X e) caule.
12. No experimento descrito anteriormente, as raízes que
se desenvolvem nas cebolas devem ser cortadas para
que ocorra a análise do meristema radicular. Isso é
necessário porque esse tecido possui as seguintes ca-
racterísticas, exceto:
a) conter células indiferenciadas com capacidades de
divisão contínua;
b) ser formado por células dotadas de alta capacidade
de divisão que são responsáveis pelo crescimento
da planta e a formação dos demais tecidos;
c) suas células possuírem paredes celulares delgadas,
com núcleo volumoso e vacúolos pequenos ou au-
sentes;
X d) possuir células vivas com parede celular muito
espessa, pouca atividade mitótica e baixo poder de
diferenciação celular;
e) poder determinar o crescimento da planta no sen-
tido longitudinal (meristemas primários) ou no
transversal (meristemas secundários).
13. No início do século XX, o cientista americano Robert
Millikan conseguiu determinar a carga elétrica de um
elétron em 1,6 . 10–19 C. Seu experimento consistia em
borrifar gotas de óleo eletricamente carregadas em uma
região de campo elétrico entre duas placas. Ajustando-se
12
o campo elétrico das placas, era possível equilibrar a força
elétrica e a força peso das gotas e, assim, observar as
gotas em repouso, como neste esquema, em que a gota
G está parada entre as placas A e B:
Sabendo-se que a força elétrica é o produto do campo
pela carga elétrica, qual o campo elétrico necessário
para equilibrar uma gota de óleo de 1,28 . 10–9 N, car-
regada com dois elétrons em excesso?
X a) 4,0 . 109 V/m
b) 2,0 . 109 V/m
c) 8,0 . 109 V/m
d) 4,0 . 1010 V/m
e) 2,0 . 1010 V/m
14. Leia este fragmento sobre a fumaça do incenso e res-
ponda à questão:
Teste mostra que fumaça de incenso
é prejudicial à saúde
Usado desde a Antiguidade com sentido de puri-
ficação e proteção, o incenso acaba de receber sinal
vermelho da Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa
do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que
daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam
substâncias altamente tóxicas.
Queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a
pessoa inala a mesma quantidade de benzeno – substân-
cia cancerígena – contida em três cigarros, ou seja, em
torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também
alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por
metro cúbico, que pode irritar as mucosas. [...]
COLLUCCI, Cláudia. Teste mostra que fumaça de incenso é prejudicial
à saúde. Folha On-Line, 09 mar. 2009. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u380056.shtml>.
Acesso em: 09 mar. 2008.
Sobre os compostos orgânicos citados no fragmento do
texto anterior, analise as seguintes afirmativas:
I. O formol possui o nome semissistemático de for-
maldeído, e sua nomenclatura oficial, segundo a
IUPAC, é metanal.
II. A substância cancerígena citada no texto é um
composto aromático, que pertence à função hidro-
carboneto, e possui em sua estrutura seis átomos
de carbono.
III. O formol possui, em sua estrutura, o grupo carbo-
nila, que é o mesmo grupo funcional encontrado
em cetonas, ésteres e aminas.
 IV. A substituição de um dos hidrogênios do benzeno
por um grupo hidroxila forma um composto per-
tencente à função fenol e que já foi empregado
como desinfetante.

Angela Giseli/Divanzir Padilha

Estão corretas:
a) I, II e III;
X b) I, II e IV;
c) III e V;
d) II e III;
e) I, II, III e IV.

15. Ao verificar os conhecimentos prévios de seus alunos

sobre determinados temas no estudo das plantas, um
professor de Biologia fez algumas afirmações e solicitou
a um grupo de alunos que as comentassem.
Afirmações do professor:
I. A bananeira é uma planta cujo tronco se apresenta
esverdeado, e sua estrutura é mais flexível que o
tronco das grandes árvores.
II. Laranja, tomate, trigo e milho são plantas que
formam flores, frutos e sementes.
III. Plantas carnívoras nutrem-se digerindo proteínas
animais, pois são incapazes de sintetizar seu ali-
mento pelo processo de fotossíntese.
Comentário dos alunos:
a) A afirmação I é incorreta, pois a bananeira não Com base nas informações do enunciado e nas ilustra-
possui caule do tipo tronco e, sim, um caule sub- ções, analise as afirmativas:
terrâneo. O que, na verdade, parece ser um tronco
I. Nesse exame, mede-se a diferença de potencial
são porções das folhas.
(ddp) entre os pares de eletrodos.
b) A afirmação II é incorreta, pois trigo e milho não
II. A presença do amplificador é necessária, porque os
formam flores nem frutos.
sinais elétricos emitidos pelas sinapses dos neurô-
c) A afirmação III está correta, pois não sendo capazes nios são bastante pequenos, e há várias barreiras
de realizar nutrição autótrofa, as plantas carnívoras para a passagem do potencial elétrico (como o osso
desenvolveram processos para capturar e digerir do crânio, a pele e os cabelos) antes de chegar aos

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

pequenos animais, como insetos, por exemplo. eletrodos.
De acordo com o que foi apresentado, os alunos comen- III. Na segunda figura, estão representadas as várias
taram corretamente: linhas de campo elétrico registradas no exame.
a) todas as afirmativas; IV. A blindagem eletrostática do crânio é um fator que
b) nenhuma das afirmativas; atrapalha a realização do exame.
X c) somente a afirmativa I; Estão corretas as afirmativas:
d) somente a afirmativa II; X a) I e II;
e) somente as afirmativas I e II. b) I, II e III;
16. Um dos exames mais eficientes para se detectar a epi- c) II e III;
lepsia é o eletroencefalograma (EEG), que registra a d) III e IV;
atividade elétrica cerebral, usando eletrodos (também e) I e III.
chamados de eletródios). As figuras, a seguir, esque-
Volume 3

matizam o exame:

13
 17. “Ácido ascórbico é o nome comum dado ao 2,3-ene- todos os outros astros próximos, incluindo o Sol e
diol-L-gulônico. É o agente redutor mais potente a Lua;
disponível às células e sua maior importância é IV. a atração elétrica entre astros, como o Sol e a
devido a sua atuação como antioxidante, dado o seu Terra, só aconteceria se os dois corpos estivessem
alto potencial de redução. Contudo, em determinadas carregados e com sinais contrários.
condições, o ácido ascórbico também pode atuar
como um pró-oxidante. Os átomos de hidrogênio do Estão corretas:
grupo enediol (dois átomos de carbono duplamente a) II e IV;
ligados) podem dissociar nas posições C-2 e C-3 faci- b) I, II e III;
litando o transporte de hidrogênio dentro da célula X c) I e III;
animal, o que resulta na grande acidez desta vitamina
d) II, III e IV;
(pKa = 4,2).”
ROTTA, Marco Aurélio. Utilização do ácido ascórbico (vitamina C) e) I e II.
pelos peixes. Corumbá: Embrapa, 2003. p. 11.
19. Os nomes de certos compostos orgânicos são originá-
Sobre o ácido ascórbico, analise as seguintes afirma- rios de suas fontes, cores ou características únicas,
ções: como os ácidos carboxílicos indicados na tabela a
I. A única função química presente na vitamina C é seguir:
o ácido carboxílico.
Origem do
II. O composto apresenta dois grupos hidroxila ligados Nome Nome oficial
nome
nos carbonos 2 e 3, e entre esses dois átomos de
carbono há uma insaturação. Do latim,
Ácido adípico Ácido hexanodioico
gordura.
III. Pelo menos dois hidrogênios da molécula de ácido
ascórbico podem ser ionizados. Do grego,
Ácido esteárico Ácido octadecanoico
IV. O produto da ionização do 2,3-enediol-L-gulônico gordura.
tem caráter básico, segundo a teoria de Brönsted-
Do latim,
-Lowry. Ácido láurico Ácido dodecanoico
louro.
São corretas:
Do latim,
a) I e II; Ácido malônico Ácido propanodioico
maçã.
b) II e III;
c) II e IV; Do latim,
Ácido palmítico Ácido hexadecanoico
palmeira.
d) I, II e IV;
X e) II, III e IV. Do latim,
Ácido succínico Ácido butanodioico
âmbar.
18. A força gravitacional entre duas massas pontuais e
a força elétrica entre duas cargas pontuais possuem Sobre esses compostos, marque a afirmação correta:
expressões bastante semelhantes. Porém, para va-
X a) O ácido extraído da maçã tem ponto de ebulição
lores típicos, a força elétrica costuma ter módulo
menor do que o ácido extraído de cor âmbar.
muito superior à força gravitacional, da ordem de
108 até 1042 vezes maior. b) Os ácidos adípico e esteárico são duas formas dife-
rentes de gorduras que contêm 16 e 18 carbonos,
Com base nisso, podemos afirmar que: respectivamente, em sua cadeia.
I. o Sol é eletricamente neutro, caso contrário exer- c) O ácido palmítico e o ácido malônico possuem dois
ceria uma força muito mais intensa sobre a Terra grupos carboxila em sua estrutura.
do que apenas a força gravitacional;
d) Dos ácidos citados na tabela, aquele que possui
II. o Sol estaria carregado com cargas elétricas desde maior solubilidade em água é o ácido láurico.
que a Terra fosse neutra. Mesmo assim, não haveria
e) O ácido palmítico possui a maior cadeia carbônica
o aparecimento de uma força elétrica;
entre os ácidos apresentados anteriormente.
III. a Terra é eletricamente neutra ou, então, exerceria
uma força elétrica de grande intensidade sobre

14
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Leia os excertos a seguir para responder às questões
de 1 a 3.
Texto 1
A guerra contra o fumo
A derrubada parcial da lei que bane o fumo em
ambientes fechados públicos e privados no estado de
São Paulo – por decisão do juiz Valter Alexandre Mena,
da 3.ª Vara da Fazenda Pública da capital, que acolheu
mandado de segurança coletivo impetrado pela Associa-
ção Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo
(Abresi) – não causou surpresa nos meios jurídicos.
A decisão, que favorece 300 mil proprietários de
bares, restaurantes e hotéis, era esperada desde o
momento em que o governador José Serra mobilizou
a bancada situacionista na Assembleia Legislativa, no
ano passado, para aprovar a lei estadual antifumo. Ao
impor medidas excessivamente severas, que entrariam
em vigor no início de agosto, prevendo multas de até
R$ 3 mil, fechamento de estabelecimentos comerciais
por 30 dias e proibição de cigarros até em prédios
residenciais, sob a justificativa de preservar a saúde
da população, o governador feriu direitos individuais
assegurados pela Constituição e foi muito além da esfera
de competência dos governos estaduais.
A guerra contra o fumo. O Estado de S. Paulo. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090629/not_
imp394664,0.php>. Acesso em: 07 jul. 2009.
Texto 2
Vício maldito
É inacreditável que a medida do governo de São
Paulo proibindo o fumo em lugares fechados tenha sido
contestada pela Justiça. Isso na contramão do mundo
inteiro, que vem fazendo tudo que é possível para coibir
o vício do fumo.
O fumo é um veneno, e quem fuma vai um dia
pagar caro por ter achado alguma graça em acender um
canudinho de papel cheio de porcarias, inalar a fumaça
direto para os pulmões e depois soprar de novo a fuma-
cinha; no mínimo, ridículo. [...] Quanta burrice; quanta
ignorância. Eu também fui burra e ignorante durante
anos e, apesar de ter sido alertada, só parei de fumar no
tranco, isto é, quando meus pulmões pediram socorro.
LEÃO, Danuza. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.
uol.com.br/fsp/cotidian/ff2806200901.htm>. Acesso em: 07 jul. 2009.
1. Os dois excertos são exemplos de textos opinativos.
Sabendo que o primeiro foi extraído de um editorial e o
segundo de uma coluna assinada, marque a opção em que
se pode reconhecer a opinião do jornal ou do articulista:
a) A derrubada parcial da lei que bane o fumo em
ambientes fechados não causou surpresa nos meios
jurídicos.
b) A decisão favorece 300 mil proprietários de bares,
restaurantes e hotéis.
X c) Ao impor medidas excessivamente severas, o gover-
nador feriu direitos individuais assegurados pela
Constituição.
d) José Serra mobilizou a bancada situacionista na
Assembleia Legislativa para aprovar a lei estadual
antifumo.
e) A lei foi derrubada por decisão do juiz da 3.ª Vara
da Fazenda Pública da capital.
2. Os textos abordam o tema “cigarro”, porém utilizam
estratégias textuais diferentes para expressar opi-
nião e procurar convencer o leitor. Analise, então,
a composição de cada artigo e assinale a afirmativa
correta:
a) O texto I adota uma linguagem impessoal, supri-
mindo juízos de valor.
b) O texto II, embora expresse juízos de valor, adota
linguagem impessoal.
c) Os textos I e II expressam juízo de valor e são ambos
pessoais.
X d) Ambos expressam juízo de valor, porém I é impessoal
e II é pessoal.
e) I é impessoal e II é pessoal, porém nenhum deles
expressa juízos de valor.
3. Analise o seguinte trecho e assinale a opção que
indica quem praticou a ação expressa pelo verbo em
destaque:
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
“A derrubada parcial da lei que bane o fumo em
ambientes fechados públicos e privados no estado
de São Paulo – por decisão do juiz Valter Alexandre
Mena, da 3.ª Vara da Fazenda Pública da capital, que
acolheu mandado de segurança coletivo impetrado
pela Associação Brasileira de Gastronomia, Hospeda-
gem e Turismo (Abresi) – não causou surpresa nos
meios jurídicos.”
a) Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem
e Turismo.
b) Decisão do juiz Valter Alexandre Mena.
c) 3.ª Vara da Fazenda Pública da capital.
X d) A derrubada parcial da lei.
Volume 3
e) O fumo em ambientes fechados públicos e privados.
15
 O texto a seguir foi extraído do romance Como o soldado
conserta o gramofone, de Saša Stanišić, cuja narrativa
em primeira pessoa é ambientada durante a Guerra da
Bósnia. As questões 4 e 5 referem-se a ele.
“Os mortos são mais solitários do que nós, os vivos,
jamais seremos. Eles não podem ouvir uns aos outros
através de caixão e terra. E os vivos vão até eles e
plantam flores em cima dos túmulos. As raízes crescem
dentro da terra e acabam quebrando e atravessando
o caixão. Em algum momento, o caixão fica cheio de
raízes, sem contar os cabelos do morto. A partir de
então, eles não podem mais nem conversar consigo
mesmos. Quando eu morrer, gostaria de ser enterrado
numa vala comum. Numa vala comum eu não teria
medo da escuridão e só ficaria sozinho porque meu
neto sentiria tanta falta de mim como eu agora sinto
falta de vovô Slavko.”
STANIŠIĆ, Saša. Como o soldado conserta o gramofone. Tradução
de Marcelo Backes. Rio de Janeiro: Record, 2009.
4. Os termos em destaque no trecho acima têm a função de
manter a coesão do texto, pois se referem a expressões
que já foram mencionadas sem repeti-las. Observe as
palavras em destaque e assinale a opção que indica os
termos retomados:
a) Vivos/mortos/mortos.
b) Vivos/caixões e terras/raízes.
c) Solitários/mortos/caixões.
d) Mortos/caixões e terras/cabelos.
X e) Mortos/mortos/mortos.
5. Analisando os verbos presentes no texto anterior,
pode-se afirmar que se trata de uma passagem predo-
minantemente:
X a) descritiva, pois representa verbalmente um objeto
(ser, coisa, paisagem);
b) narrativa, uma vez que conta uma história para o
leitor por meio de narrador, enredo, personagem,
ação, tempo e espaço, prevalecendo os verbos no
pretérito perfeito e imperfeito que apontam para
um fato já ocorrido no passado;
c) argumentativa, já que defende um ponto de vista por
meio de citações, jogos de linguagem, repetições, etc.
São constantes os verbos no presente do indicativo,
pois apontam para uma informação real e imediata;
d) expositiva, pois apresenta os fatos sem se posicionar
diante deles, daí a presença de verbos intransitivos
que não exigem complemento ou explicação;
e) injuntiva, porque procura instruir e convencer o
leitor a realizar uma tarefa, o que explica a presença
de verbos no imperativo.
16
6. Fazer um resumo é apresentar certo conteúdo, com
suas próprias palavras, de forma breve e seletiva e
sem formular opiniões sobre o assunto. Sabendo disso,
assinale a alternativa que se constitui em um exemplo
de resumo do texto a seguir:
Obesidade aumenta risco de apresentar
Alzheimer, afirma pesquisa
Além dos riscos de doenças cardíacas, a obesidade
também aumenta as chances de desenvolver mal
de Alzheimer, de acordo com um estudo de duas
universidades sobre o problema.
A revista especializada Human Brain Mapping traz
os resultados da pesquisa realizada pela Universidade
da Califórnia-Los Angeles (UCLA) e da Universidade
de Pittsburgh, que descobriu que as pessoas obesas
de idade avançada tinham em média 8% menos tecido
cerebral que as com peso normal.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/
ult306u615692.shtml>. Acesso em: 27 ago. 2009.
a) A obesidade é um problema porque pode aumentar
as chances de desenvolver o mal de Alzheimer,
além dos já conhecidos riscos de doenças cardíacas.
A revista Human Brain Mapping descobriu que as
pessoas de idade avançada e obesas tinham em
geral 8% menos tecido cerebral que uma pessoa
normal.
b) Universidades especializadas em problemas de obe-
sidade divulgaram recentemente que essa doença
pode desenvolver o mal de Alzheimer. UCLA e a
Universidade de Pittsburg declararam que as pessoas
obesas são menos inteligentes do que as pessoas
normais.
X c) O estudo de duas universidades estadunidenses ave-
riguou que a obesidade pode aumentar as chances
de desenvolver o mal de Alzheimer, pois constatou
que pessoas idosas acima do peso possuem em média
8% menos tecido cerebral do que pessoas com peso
normal.
d) A obesidade pode causar mal de Alzheimer, de
acordo com duas universidades especialistas no pro-
blema. A revista Human Brain Mapping apresentou
as pesquisas dessas universidades, afirmando que as
pessoas com grande massa corporal e idosos tinham
em média 8% menos tecido cerebral que as pessoas
normais.
e) Eu acho que a notícia é importante, pois informa
à população sobre os problemas que a obesidade
pode causar. Afinal, as pessoas idosas e acima do
peso possuem mais tendência a desenvolver o mal
de Alzheimer.
 Os textos abaixo são fragmentos extraídos de três poemas
oriundos de fases distintas da obra de Carlos Drummond
de Andrade. As questões 7 e 8 referem-se a eles.
Texto 1
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco. [...]
ANDRADE, Carlos Drummond. Poema de sete faces. In: ______.
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 252
Texto 2
O perdido caminho, a perdida estrela
que ficou lá longe, que ficou no alto,
surgiu novamente, brilhou novamente
como o caminho único, a solitária estrela. [...]
ANDRADE, Carlos Drummond. Castidade. In: ______. Poesia
completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 303
Texto 3
[...] Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista
da janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por sera-
fins. [...]
ANDRADE, Carlos Drummond. Castidade. Mãos dadas. In: ______.
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 152
7. A obra de Drummond, entre os anos 30 e 40, transita pro-
gressivamente de um forte sentimento de individualidade
e inadequação ao mundo para uma expressiva temática
social. Sobre tal mudança, o próprio Drummond comenta:
“Meu primeiro livro, Alguma poesia (1930), traduz uma
grande inexperiência do sofrimento e uma deleitação
ingênua com o próprio indivíduo. Já em Brejo das almas
(1934), alguma coisa se compôs, se organizou; o indi-
vidualismo será mais exacerbado, mas há também uma
consciência crescente de sua precariedade e uma desapro-
vação tácita da conduta (ou falta de conduta) espiritual
do autor. Penso ter resolvido as contradições elementares
de minha poesia num terceiro volume, Sentimento do
mundo (1940).”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo:
América, 1944. p. 72
A contradição entre o “eu” e o mundo, marcada em
seus primeiros poemas, resolve-se, segundo ele, no
comprometimento do “eu lírico” com as causas sociais,
característica de Sentimento do mundo. Assinale a
alternativa que melhor representa esta terceira fase
poética de Drummond:
a) Texto 1. b) Texto 2.
X c) Texto 3. d) Textos 1 e 2.
e) Textos 2 e 3.
8. Compare os versos no texto II com esta estrofe do Poema
espiritual, de Murilo Mendes:
Eu me sinto um fragmento de Deus
Como sou um resto de raiz/Um pouco de água dos mares
O braço desgarrado de uma constelação.
MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguiar, 1944. p. 223
Sobre esses poemas, é incorreto afirmar que:
a) em Drummond, há um sentimento de desamparo e
falibilidade inerente à condição humana;
b) no poema de Murilo Mendes, há a expressão de
unicidade entre o homem, a natureza como criação
divina e Deus;
X c) o apelo a Deus, em Drummond, que evoca a excla-
mação atribuída a Cristo na cruz, é expressão da
forte religiosidade presente em toda a sua obra;
d) o apelo a Deus no poema de Drummond é um recurso
de que o poeta se vale para expressar o sentimento
de desamparo e deslocamento do “eu lírico” em
relação ao mundo;
e) o poema de Mendes é típico da marcante religiosi-
dade que caracteriza a obra do poeta.
9. Fim de feira
No hipersupermercado aberto de detritos,
ao barulhar de caixotes em pressa de suor,
mulheres magras e crianças rápidas
catam a maior laranja podre, a mais bela
batata refugada, juntam no passeio
seu estoque de riquezas, entre risos e gritos.
ANDRADE, Carlos Drummond de. As impuresas do branco. 3. ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1976. p. 113
A respeito desse poema extraído do livro As impurezas
do branco, de Drummond, podemos dizer que:
X a) o autor obtém um efeito ao mesmo tempo chocante
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
e irônico ao descrever um trágico quadro de misé-
ria social valendo-se de paradoxos como “a maior
laranja podre” e “a mais bela batata refugada”;
b) o autor deixa de lado a temática social, que carac-
terizava sua produção até então, para dedicar-se à
memória de sua infância;
c) o autor retorna ao chamado gauchismo, descrevendo
o ser humano deslocado em relação à realidade,
incapaz de comunicação com o mundo;
d) o autor volta a empregar recursos oriundos da pri-
meira geração modernista, como o poema-piada e
o poema-pílula;
e) a obra é representativa de uma fase mais espiritu-
Volume 3
alizada do poeta, pontuada por temas religiosos e
místicos.
17
 Textos para as questões de 10 a 12:

Texto 1

PICASSO, Pablo. Guernica. 1937. 1 óleo sobre tela: color.; 351 x 782,5 cm. Museu Nacional Centro de Arte Reina
Sofia, Madri, Espanha.

Texto 2
Guernica
Subsiste, Guernica, o exemplo macho, A força do teu coração desencadeado
Subsiste para sempre a honra castiça, Contactou os subterrâneos de Espanha.
A jovem e antiga tradição do carvalho E o mundo da lucidez a recebeu:
Que descerra o pálio de diamante. O ar voa incorporando-se teu nome.
MENDES, Murilo. Antologia poética. Rio de Janeiro: Fontana; Brasília: INL, 1976. p. 27.

10. O poema de Murilo Mendes e o quadro de Picasso retratam, invisível), que tanto pode ser um objeto como um
em linguagens diferentes, o bombardeio da cidade de conceito ou ideia. Nessa perspectiva, o texto 1
Guernica em 1937. Sobre o período em questão, é correto simboliza:
afirmar que: a) a bravura do povo espanhol;
X a) é marcado pelo grande impacto da crise econômica, X b) o horror da guerra;
pelo avanço no nazifascismo e pela iminência da c) a diversidade étnica;
Segunda Guerra Mundial;
d) a transcendência espiritual;
b) é caracterizado pela ascensão do povo espanhol
e) a abstração do movimento cubista.
que se expandia pelo mundo por meio de guerras
de conquista; 12. Em relação aos procedimentos de construção do texto 2,
c) o rápido crescimento econômico e as novas desco- é correto afirmar que:
bertas industriais geravam uma grande euforia após I. o texto 1 é, originalmente, em preto e branco com
a Segunda Guerra Mundial; o intuito de expressar a tristeza e a melancolia
d) os problemas advindos da Revolução Industrial mos- diante da guerra;
travam os seus primeiros sintomas sociais: pobreza, II. a perspectiva cubista contribui para a represen-
desemprego e guerras políticas; tação da guerra: a fragmentação dos seres e a
e) as violentas guerras entre Espanha e Portugal de- destruição física;
vastavam grandes áreas da Península Ibérica, como III. a flor simboliza a esperança diante da guerra.
Guernica. Estão corretas as afirmativas:
a) somente I e II; b) I e III;
11. O termo “símbolo”, de origem no grego σÚµβολον
c) I e IV; d) I, II e IV;
(symbolom), designa um elemento representativo que
está (realidade visível) em lugar de algo (realidade X e) todas.

18
 Read the following text and answer questions from 13
to 15.
Vegetarianism as a sometimes thing
1 I’m toiling away this summer writing a book about
commitment contracts. And out of the blue, I received
an email from an aspiring economist (who is planning to
apply to PhD programs this fall), named Matt Johnson,
5 who has an interesting new wrinkle. Matt writes:
I am a carnivorous being. I love all kinds of meat.
However, in recent years I have become very sympathetic
to the vegetarian cause. The environmental, ethical, and
even economic issues with the world’s meat consumption
10 are too compelling to ignore. My roommate was a
vegetarian for a year last year, and during that time I
found myself eating substantially less meat just from
being around him. Having grown up believing that I
had to have meat at least once a day to sustain myself,
15 I now cook up delicious meat-free meals several days a
week. But I still love a good cheeseburger.
Here is the idea. I figure there are many people out
there who, like me a year or two ago, are sympathetic
to the veggie cause but are just so used to eating
20 meat that it is ingrained in their daily routine. But if
you put several of these like-minded people together,
perhaps something could come of it. This is where the
commitment contract concept comes in.
The idea that occurred to me was: What if a group
25 of people collectively signed a contract that said one of
them would be vegetarian everyday of the year? More
specifically, say a group of 7 people signed a contract
saying that each of them would go meatless on an
assigned day each week. Thus, within the group each
30 member could eat meat 6 days a week, but there would
be one vegetarian at all times. The group could be 7
good friends, or it could be 7 individuals matched by
the “commitment store.” And of course 7 is an arbitrary
number - more ambitious folks could form a team of 2 or 3.
35 The effect may seem marginal, but I have seen
tons of sources which say that just a bit less meat
consumption could have immense environmental
benefits. Here is one: According to Environmental
Defense, if every American skipped one meal of chicken
40 per week and substituted vegetarian foods instead, the
carbon dioxide savings would be the same as taking
more than half a million cars off of U.S. roads.
At first I was concerned of a selection bias, meaning
that people who sign up are probably ones who are already
45 eating less meat anyway. But maybe those people would
make more stringent contracts - i.e. 2 or 3 of them could
split up a week, rather than 7. And the core group it would
target would be people motivated to eat less meat but
who do not have an environment conducive to doing so.
50 Such an idea is in a way just an extension of the
commitment contract, but it also introduces a social
element to it. One is committing to achieve a goal, but
that goal goes beyond the individual. Not only does
it introduce the obligation one might feel to a team,
55 but it also brings in a community of support of people
sharing a common purpose. […]
I like Matt’s idea very much. I’ve heard of car-
sharing and even pet-sharing, but I’d never thought of
the idea of vegetarianism sharing. In fact, I like Matt’s
60 idea so much that my spouse, Jennifer Brown and I
have created stickK.com contracts where we commit
to “not knowingly eat meat on Wednesdays for the
next 52 weeks.” I’ve backed up the commitment by
putting $150 at stake each week. Plus, I’m offering a
65 bounty. I am committing to pay a $100 to anyone who
first catches me eating meat on any Wednesday. So if
I fail on any particular Wednesday, I am out a total of
$250 ($100 to the person who catches me and another
$150 to a charity). It gives new meaning to the phrase,
70 carrots and stickKs.
Anyone else care to join us? You can pick any day
of the week.
AYRES, Ian. Vegetarianism as a sometimes thing. Disponível
em: <http://freakonomics.blogs.nytimes.com/2009/06/19/
vegetarianism-as-a-sometimes-thing/>. Acesso em: 20 jun. 2009.
Glossary
toil away: working hard. veggie: vegetarian.
wrinkle: problem, imperfection ingrained: deeply established.
or fault. knowingly: with awareness.
13. In the text, the central idea is that:
a) occasional vegetarians are healthier and more
concerned with the environment causes;
b) only people who are already eating less meat
succeed in a commitment contract;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
c) a commitment contract is the only way people can
get motivated to eat less meat and thus help the
environment;
X d) less meat consumption, enabled by occasional
vegetarianism, could bring benefits to the
environment;
e) vegetarians are usually committed to achieving a social
goal and they are an example for the whole society.
14. The expression “out of the blue” (line 2) could be
replaced in the text by:
a) suddenly;
X b) unexpectedly;
c) fortunately;
Volume 3
d) eventually;
e) quickly.
19
 15. Use true (T) or false (F). According to the text, it is
correct to say:
( T ) The author of the text is also a book writer.
( F ) Ian Ayres, the author of the text, had a vegetarian
roommate for a year.
( T ) Matt has changed his eating habits after living
with a vegetarian person.
( T ) Less meat eating influences the amount of carbon
dioxide in the environment.
( F ) The commitment contract described in the text has,
as a main purpose, the achievement of individual
goals.
( F ) Matt has created the stikKs.com contracts, where
he is committed to not eating meat on Wednesdays.
a) T, T, F, T, T, F. b) F, F, F, T, T, F.
X c) T, F, T, T, F, F. d) T, F, F, T, F, F.
e) T, F, T, T, T, F.
Texto para as questões 16 e 17.
Kid goes into McDonald’s and orders ...
yogurt?
The eating habits of American children appear to
be shifting. And for a change, the news is good.
Chicken nuggets, burgers, fries and colas remain
popular with the under-13 set, of course. But new
market research shows that consumption of these foods
at restaurants is declining, while soup, yogurt, fruit,
grilled chicken and chocolate milk are on the rise.
The findings, based on survey data by the Chicago
market research firm NPD Group, follow a report last
year that childhood obesity appears to have hit a
plateau after rising for more than two decades. That
finding, reported by The Journal of the American
Medical Association, has been greeted with guarded
optimism, and it remains unclear whether efforts to
limit junk food and increase physical activity in schools
have had a meaningful effect on the way children eat.
But the new data suggest that a number of factors,
from the economic downturn to new offerings from
fast-food giants, may be influencing a general shift in
eating preferences among children. […]
Clearly, the economy is playing a big part in these
trends. Orders for kids’ meals that included a toy were
down 11 percent last year, for example, while “value
menu” orders were up 9 percent. […] economics
cannot explain the entire shift, said Bonnie Riggs, a
restaurant analyst for NPD. Cheeseburgers, fries and
colas are all on value menus, but their consumption
among children under 13 has fallen while healthier
foods are on the rise.
20
Among the losers in the year ending March 31 were
colas (down 10 percent), chicken nuggets and strips
(8 percent), French fries (7 percent) and hot dogs (6
percent). Winners included soup (29 percent), grilled
chicken sandwiches (26 percent), yogurt (21 percent),
carrots (9 percent) and fruit (6 percent).
Even pizza is losing favor. While it is still the
most popular food for children in quick-service
restaurants, its year-to-year growth is flat, according
to NPD. And in full-service restaurants, it has been
replaced by pasta as the most popular food among
children. […]
Still, it is noteworthy that the NPD data are based
on orders in restaurants, where children are often
allowed to make their own choices.
“We don’t know how many choices kids really
make,” Dr. Birch said. “But my sense is that parents
are much more likely to be hands-off in a restaurant
situation and allow kids the freedom to make more
choices.”
“You go to these places where they offer healthy
options for adults. But until recently, kids haven’t had
the opportunity to choose the right thing.”
PARKER-POPE, Tara. Kid goes into McDonald’s and orders...
yogurt? Disponível em: <http://www.nytimes.com/>. Acesso em:
20 jun. 2009.
16. Pelo título do texto, pode-se inferir que:
a) é comum uma criança ir ao McDonald’s e pedir
iogurte;
b) é raro uma criança ir ao McDonald’s e pedir iogurte;
c) as crianças estão cada vez mais conscientes a
respeito de problemas, como a obesidade;
d) atualmente as crianças não querem mais comer
alimentos que não sejam considerados saudáveis;
X e) o fato de uma criança ir ao McDonald’s e pedir
iogurte não é comum, mas mostra que talvez seus
hábitos alimentares estejam mudando.
17. A expressão value menu orders refere-se a _______ e
geralmente incluem alimentos, como _______:
X a) pedidos que valham a pena economicamente/
cheeseburgers, fritas e colas;
b) pedidos caros de cardápios/cheeseburgers, fritas e
colas;
c) pedidos que valham a pena economicamente/
cheeseburgers, batatas-fritas e refrigerantes;
d) pedidos baratos/cheeseburgers, fritas e coca-cola;
e) pedidos caros, mas que valham a pena/cheeseburgers,
fritas e colas.
 Estes textos referem-se às questões de 18 a 21.
Texto 1
Você tem medo de quê?
1 Vou direto ao ponto: estive em Paris. Está dito e pre-
cisava ser dito, logo verão por quê. Mas é difícil escapar
à impressão de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer
isto. Culpa da nossa velha francofilia (já um tanto fora
5 de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante
dos países de primeiro mundo. Alguns significantes,
como Nova Iorque ou Paris, produzem fascínio instantâ-
neo. Se eu disser “fui a Paris”, o interlocutor responderá
sempre: “que luxo!”. E se contar: “fui assaltada em Paris”,
10 ou “fui atropelada em Paris”, é bem provável que escute:
“mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris!”.
O pior é que é verdade. É um verdadeiro luxo, Paris.
Não por causa do Louvre, da Place Vêndome ou dos
Champs Élisées. Nem pelas mercadorias todas, lindas,
15 chiques, caras, que nem penso em trazer para casa.
Meu luxo é andar nas ruas, a qualquer hora da noite
ou do dia, sozinha ou acompanhada, a pé, de ônibus ou
de metrô (nunca de táxi) e não sentir medo de nada.
Melhor: de ninguém. Meu luxo é enfrentar sem medo
20 o corpo a corpo com a cidade, com a multidão.
O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no
Brasil, se eu pudesse – artigo que não se globalizou, ao
contrário, a cada dia fica mais raro e caro – seria este. O
luxo de viver sem medo. Sem medo de quê? De doenças?
25 Da velhice? Da morte, da solidão? Não, estes medos fazem
parte da condição humana. Pertencemos a esta espécie des-
naturada, a única que sabe de antemão que o coroamento
da vida consiste na decadência física, na perda progressiva
dos companheiros de geração e, para coroar tudo, na mor-
te. Do medo deste previsível grand finale não se escapa.
30
O luxo de viver sem medo a que me refiro é bem
outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante,
sem que o fantasma de um encontro violento esteja
sempre presente. Não escrevi “viver numa sociedade
35 sem violência”, já que a violência é parte integrante
da vida social. Basta que a expectativa da violência não
predomine sobre todas as outras. Que a preocupação
com a “segurança” (que no Brasil de hoje se traduz nas
mais variadas formas de isolamento) não seja o critério
40 principal para definir a qualidade da vida urbana. [...]
Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo?
Mas eu conheço, eu vivi numa cidade diferente
desta em que vivo hoje. Esta cidade era São Paulo. Já
fiz longas caminhadas a pé pelo centro, de madrugada.
45 Namorando, conversando com amigos, pelo prazer
despreocupado da flânerie. A passagem do ano de 1981
para 82 está viva na minha lembrança. Uma amiga
pernambucana quis conhecer a “esquina de Sampa”.
Fomos, num grupo de quatro pessoas, até a Ipiranga
50 com a São João. Dali nos empolgamos e seguimos pelo
centro velho. Mendigos na rua não causavam medo. Do
Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos
pelo Arouche, República, São Luis, Municipal, Patriarca,
Sé; o dia primeiro nasceu no Largo São Bento.
55 Não escrevo movida pelo saudosismo, mas pela espe-
rança. Isso faz tão pouco tempo! Sei lá como os franceses
conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor
do espaço público, entre eles, não tenha sido superado pelo
dos privilégios privados. Talvez a lei se proponha, de fato,
60 a valer para todos. Pode ser que a justiça funcione melhor.
E que a sociedade não abra mão da aposta nos direitos.
Pode ser que a violência necessária se exerça, priorita-
riamente, no campo da política, e não da criminalidade.
Se for assim, acabo de mudar de ideia. Viver sem
65 medo não é, não pode ser um luxo. É básico; é o grau
zero da vida em sociedade. Viver com medo é que é
uma grande humilhação.
KEHL, Maria Rita. Você tem medo de quê? Disponível em: <http://
www.mariaritakehl.psc.br/resultado.php?id=175>. Acesso em: 10
set. 2009.
Texto 2
A figura é todo o conteúdo de qualquer língua
natural ou de qualquer sistema de representação que
tem um correspondente perceptível no mundo natural.
Tema é um investimento semântico, de natureza
puramente conceptual, que não remete ao mundo na-
tural. Temas são categorias que organizam, categorizam
ordenam os elementos do mundo natural.
Aqueles são feitos para simular o mundo; estes,
para explicá-los.”
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo:
Contexto, 2008. p. 90.
18. Com base na análise dos dois textos, é correto afirmar
que, no artigo de Maria Rita Kehl:
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
X a) predominam os temas, pois a autora defende a
ideia de que devemos viver em sociedade sem sentir
medo;
b) predominam as figuras, uma vez que a intenção é
descrever o problema da violência no Brasil;
c) há figuras e temas, já que o objetivo é narrar como
convivemos com o medo em sociedade;
d) predominam os temas, porque o texto tem a fina-
lidade de expor as diferenças entre Brasil e Paris;
e) as figuras servem como argumento para os temas,
já que a intenção é descrever a origem do medo de
se viver em sociedade.
Volume 3
21
 19. Os argumentos têm a função de defender um ponto
de vista e convencer o leitor. Estruturam-se com base
na apresentação de fatos, ideias e exemplos no texto.
Qual dos trechos a seguir não se caracteriza como uma
sequência argumentativa utilizada por Maria Rita Kehl
para defender a tese central?
a) “Não escrevo movida pelo saudosismo, mas pela
esperança. Isso faz tão pouco tempo! Sei lá como os
franceses conseguiram preservar seu raro luxo urba-
no. Talvez o valor do espaço público, entre eles, não
tenha sido superado pelo dos privilégios privados.”
b) “O pior é que é verdade. É um verdadeiro luxo, Pa-
ris. Não por causa do Louvre, da Place Vêndome ou
dos Champs Élisées. Nem pelas mercadorias todas,
lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer
para casa. Meu luxo é andar nas ruas, a qualquer
hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada,
a pé, de ônibus ou de metrô (nunca de táxi) e não
sentir medo de nada.”
c) “Mas eu conheço, eu vivi numa cidade diferente
desta em que vivo hoje. Esta cidade era São Paulo.
Já fiz longas caminhadas a pé pelo centro, de
madrugada. Namorando, conversando com amigos,
pelo prazer despreocupado da flânerie.”
X d) “Se eu disser ‘fui a Paris’, o interlocutor responderá
sempre: ‘que luxo!’. E se contar: ‘fui assaltada em Paris’,
ou ‘fui atropelada em Paris’, é bem provável que escute:
‘mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris!’”
e) “Se for assim, acabo de mudar de ideia. Viver sem
medo não é, não pode ser um luxo. É básico; é o
grau zero da vida em sociedade. Viver com medo é
que é uma grande humilhação.”
20. Analise os elementos que contribuem para a pro-
gressão do texto e assinale a opção correta sobre
eles:
a) Na linha 2, a conjunção “logo” indica conclusão.
b) Na linha 55, “mas” cumpre a função de conjunção
coordenada aditiva.
X c) Na linha 36, “que” introduz o sujeito do verbo “basta”.
d) Na linha 15, a conjunção “nem” indica oposição.
e) Na linha 41, “que” introduz uma explicação da
oração principal.
21. Analise o trecho a seguir e assinale a conjunção que
poderia ser utilizada na construção de um período
composto por coordenação, sem alterar a relação de
sentido já estabelecida:
Se for assim, acabo de mudar de ideia. Viver sem
medo não é, não pode ser um luxo.
X a) porque; b) portanto; c)logo;
d) contudo; e) no entanto.
22
Este texto refere-se às questões 22 e 23.
Estou insatisfeito com o rumo de minha
vida profissional. Vale a pena arriscar uma
mudança radical? Mudar de área, fazer ou-
tro curso ou mesmo me tornar autônomo?
Essa mosquinha da mudança costuma picar pro-
fissionais ali por volta dos 40 anos. É nessa idade
que os questionamentos sobre a carreira ficam mais
fortes, porque o que deveria ter acontecido não
aconteceu, e a impressão é que só uma virada radical
colocaria as coisas nos eixos. Empregados consideram
abrir um negócio próprio e microempresários querem
retornar ao mercado de trabalho. Professores pensam
em ser executivos, e executivos em se tornar profes-
sores. Mudanças radicais podem funcionar, desde que
quatro critérios sejam observados. Primeiro: mude
por uma oportunidade, não por uma desilusão. Não
mude porque você não gosta de seu chefe ou de sua
empresa. Segundo: não mude só porque você conhece
alguém que se deu bem fazendo algo que você acha
que também poderia fazer. Terceiro: não mude sem
entender bem as exigências da nova carreira. Ter
vontade é bom e ser otimista também, mas cada
carreira tem suas exigências específicas. Quarto – e
mais importante: não chute o pau da barraca. Não
minimize o que você já conseguiu. Pense na mudança
como um projeto progressivo. Prepare-se para ela
fazendo cursos e – principalmente – estabelecendo
contatos com pessoas da área. Sempre é possível
recuperar o tempo perdido, mas mudar sem planeja-
mento adequado normalmente resulta em mais perda
de tempo. [...]
GEHRINGER, Max. Quando vale a pena começar de novo? Época.
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/
Epoca/1,,EMI76935-15230,00.html>. Acesso em: 15 set. 2009.
22. Levando em consideração que os textos jornalísticos,
normalmente, primam pela norma-padrão e pelo
registro formal da linguagem, analise o texto de
Max Gehringer e assinale o trecho em que não há
predominância do registro formal.
a) “Mudanças radicais podem funcionar, desde que
quatro critérios sejam observados.”
X b) “Quarto – e mais importante: não chute o pau da
barraca.”
c) “Sempre é possível recuperar o tempo perdido, mas
mudar sem planejamento adequado normalmente
resulta em mais perda de tempo.”
d) “Empregados consideram abrir um negócio próprio
e microempresários querem retornar ao mercado de
trabalho.”
e) “Prepare-se para ela fazendo cursos e – principalmen-
te – estabelecendo contatos com pessoas da área.”
23. Analise o seguinte trecho e assinale a opção que explica,
corretamente, a função da vírgula:
“Ter vontade é bom e ser otimista também, mas cada
carreira tem suas exigências específicas.”
a) Separar o adjunto adverbial deslocado.
b) Isolar o aposto.
X c) Separar orações coordenadas sindéticas.
d) Separar orações coordenadas assindéticas.
e) Isolar o vocativo.
24. Leia estes fragmentos:
Texto 1
Esta imensa campina, que se dilata por horizon-
tes infindos, é o sertão de minha terra natal.
Aí campeia o destemido vaqueiro cearense, que à
unha de cavalo acossa o touro indômito no cerrado mais
espesso, e o derriba pela cauda com admirável destreza.
Aí, ao morrer do dia, reboa, entre os mugidos das
reses, a voz saudosa e plangente do rapaz que aboia
o gado para o recolher aos currais no tempo da ferra.
Quando te tomarei a ver, sertão da minha terra,
que atravessei há muitos anos na aurora serena e
feliz da minha infância?
Quando tornarei a respirar tuas auras impreg-
nadas de perfumes agrestes, nas quais o homem
comunga a seiva dessa natureza possante? [...]
ALENCAR, José de. O sertanejo. Disponível em: <http://www.domi-
niopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_
obra=1848>. Acesso em: 14 set. 2009.
Texto 2
[...] Lá um dia, para as cordas das nascentes do Paraíba,
via-se, quase rente do horizonte, um abrir longínquo e
espaçado de relâmpagos: era inverno na certa no alto do
sertão. As experiências confirmavam que com duas sema-
nas de inverno o Paraíba apontaria na várzea com a sua
primeira cabeça-d’agua. O rio no verão ficava seco de se
atravessar a pé enxuto. Apenas, aqui e ali, pelo seu leito,
formavam-se grandes poços, que venciam a estiagem. [...]
REGO, José Lins do. Menino de engenho. Rio de Janeiro: José Olympio,
1976. p. 24.
Em relação a esses fragmentos, extraídos dos ro-
mances O sertanejo, de José de Alencar, e Menino de
engenho, de José Lins do Rego, analise as afirmativas:
I. Os dois textos são regionalistas, pois se preocupam
em fazer um retrato do Nordeste brasileiro.
II. O texto 1 caracteriza-se pela descrição idealizada
do Sertão e do sertanejo, característica dos autores
românticos.
III. O texto 2, ao retratar e denunciar problemas so-
ciais, constitui-se em uma narrativa realista.
Está(ão) correta(s):
a) I; b) II; c) I e II;
d) II e III; X e) I, II e III.
25. Levando em consideração as características da Se-
gunda Geração modernista, analise o fragmento do
romance Capitães de areia de Jorge Amado e assinale
a opção que, embora pertencente a essa geração, não
se faz presente neste trecho:
Sob a lua, num velho trapiche abandonado, as crian-
ças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e
negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se
rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente.
A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas
crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia
amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros
carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas
cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui
vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de
tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche
se estendia o mistério do mar-oceano, as noites diante
dele eram de um verde-escuro, quase negras, daquela
cor misteriosa que é a cor do mar à noite. Hoje a noite
é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se
estende agora o Areal.
AMADO, Jorge. Capitães de areia. São Paulo: Companhia das Letras,
2008. p. 33.
a) A preocupação social ao retratar um grupo de crian-
ças abandonadas de Salvador.
b) A liberdade temática ao se voltar à vida cotidiana
de pessoas excluídas.
c) O realismo presente na descrição de cenas e locais
da vida dos meninos.
X d) As inovações no uso da linguagem ao representar
as falas típicas do povo.
e) O regionalismo crítico, ao apresentar as condições
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
subumanas de vida, denuncia esses problemas.
26. No romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, eviden-
cia-se um processo de animalização do personagem
Fabiano e, em um movimento inverso, a humanização
da cachorra Baleia. Com base nessas informações,
analise os trechos apresentados:
“Chape-chape. As alparcatas batiam no chão
rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas
faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonça-
dos. Parecia um macaco.”
“Baleia agitava o rabo, olhando as brasas. E como
não podia ocupar-se daquelas coisas, esperava com
paciência a hora de mastigar os ossos. Depois iria
Volume 3
dormir.”
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 16, 19.
23
 Pode-se inferir que a intenção do autor é:
a) mostrar que o sertanejo é antes de tudo um forte;
X b) demonstrar a miséria humana;
c) harmonizar a natureza e o homem;
d) representar a importância da força animal;
e) transformar o animal em um personagem do livro.
27. Considere a seguinte situação: um motorista dirigia
em uma via local, não conseguiu ver a sinalização
horizontal, pois esta se encontrava parcialmente apa-
gada, e cometeu uma infração. Segundo a legislação
vigente:
28. Leia o seguinte trecho da trilogia O tempo e o vento
5.1.4 Linha contínua/seccionada (LFO-4)
Definição: A LFO-4 divide fluxos opostos de circu-
lação, delimitando o espaço disponível para cada
sentido e regulamentando os trechos em que a ul-
trapassagem, a transposição e deslocamento lateral
são proibidos ou permitidos.
Cor: Amarela.
Dimensões: A largura das linhas e a distância entre
elas é de no mínimo 0,10 m e no máximo de 0,15 m.
O trecho seccionado deve atender aos mesmos crité-
rios de espaçamento conforme ilustração apresentada
para a Linha Simples.
Ilustração:
Seccionada (LFO-2).
Angela Giseli
Fonte: CONTRAN – manual de sinalização vertical. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/MANU-
AL_HORIZONTAL_RESOLUCAO_236.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2009.
(Adaptação).
Com base nessas informações, esse indivíduo entra com
um recurso pedindo a exclusão da multa, e necessita
preencher um formulário. Assinale a alternativa que
apresenta as características do texto a ser produzido:
X a) Deverá ser escrito em terceira pessoa, primando pelo
uso da norma culta da língua portuguesa, e o referen-
cial normativo vigente será utilizado como argumento
pelo autor para defender seu ponto de vista.
X c) I e III;
b) A função predominante deve ser a expressiva, pois
existe a necessidade de apresentar a opinião pessoal
24
do autor sobre o ocorrido, não servindo o referencial
normativo como argumento.
c) Deverá apresentar predominantemente sequências
tipológicas narrativas e expositivas, em decorrên-
cia da necessidade de descrever o mau estado de
conservação da LFO-4.
d) A legislação não serve como argumento, pois não
se refere ao ocorrido.
e) Deve ser escrito em uma linguagem rebuscada, dada
a eficácia desse recurso em textos predominante-
mente argumentativos.
de Erico Verissimo:
“[...] Toda a gente tinha achado estranha a ma-
neira como o capitão Rodrigo Cambará entrara na vida
de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém
sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado
para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente
erguida, e aquele seu olhar de gavião que irritava e
ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar
lá pelo meio da casa dos trinta, montava um alazão,
trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata
e o busto musculoso apertado num dólmã militar
azul, com gola vermelha e botões de metal.
Tinha um violão a tiracolo; sua espada, apresi-
lhada aos arreios, rebrilhava ao sol daquela tarde de
outubro de 1828 e o lenço encarnado que trazia ao
pescoço esvoaçava no ar como uma bandeira. Apeou
na frente da venda do Nicolau, amarrou o alazão no
tronco dum cinamomo, entrou arrastando as esporas,
batendo na coxa direita com o rebenque, e foi logo
gritando, assim com ar de velho conhecido:
– Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de
prancha e nos grandes dou de talho!
– Pois dê [...]”
VERISSIMO, Erico. O retrato. São Paulo: Companhia das Letras,
2004. p. 342. (O tempo e o vento).
Analise as seguintes afirmações sobre o procedimento
de construção desse texto literário:
I. Trata-se de um romance histórico, pois traça um
vasto painel da cultura e do povo gaúcho.
II. O narrador em 1ª. pessoa é testemunha dos eventos
relatados.
III. Dialoga com a estética realista ao procurar fazer
um relato fiel da realidade.
Está(ão) correta(s):
a) I; b) I e II;
d) II e III;
e) I, II e III.
 The text below refers to questions from 29 to 32.
The messy side of working from home
1 One side effect of the downturn may well be
more parents working from home. For some it will be
involuntary — cobbling together a home business after
losing an office job. For some it will be a way to save
5 on the expenses of going elsewhere for work — no
more office space to lease, no more commuting costs.
And for many it will be a way to save on child care.
Work during nap time, or play dates, or on wi-fi while
watching karate practice. It can be done. Right? RIGHT?
10 Working from home solves many problems, but
as one who has done it for nearly 15 years, I should
warn you that it creates others you might not expect.
My first day as a “work from home mom” found me on
one side of the door in my new office-over-the-garage
15 with my 3-year-old son on the other. Our baby-sitter
was there (I never dared try to write and parent at the
exact same time when the boys were little), but Evan
knew I was just out of reach, and he spent the better
part of three days shrieking for me.
20 He had figured out, with his 3-year-old sense of
style, that when Mommy dressed in heels and hose and
30. On the second and third paragraphs, the author of
a suit Mommy belonged to work, but when Mommy
wore her sweats, or, I confess, her PJs, Mommy was
supposed to belong to him. So on Day 4, I put on the
25 heels and the suit and I left for the local diner. Then
I snuck back into my own house and finally got some
work done. […]
My children are now older […]. I still leave the
house to write, though — not because my sons clamor
30 for me anymore, but because I’m tempted to clamor
for them.
They come home from school and that’s the
end of my concentration, what with my wondering:
Anything interesting happen today? Do you have a
35 lot of homework? Did you do your PT exercises for
your elbow? Do you want me to quiz you on your
French? (The answers to all of the above, by the way,
are always “no.”)
31. The word “might”, in “I should warn you that it
So I find myself a comfy chair at someplace like
40 Starbucks or Barnes and Noble and I actually get
something done.
Sometimes the only way to work from home is to
leave.
BELKIN, Lisa. The Messy Side of Working From Home. The New York
Times, 25 fev. 2009. Disponível em: <http://parenting.blogs.nytimes.
com/2009/02/25/the-messy-side-of-working-from-home/?scp=1-
b&sq=2009+work+at+home&st=nyt>. Acesso em: 20 ago. 2009.
Glossary
PJs: pajamas. Comfy: comfortable.
PT: Physical Therapy.
29. The text presents some positive and negative
aspects of working from home. The first paragraph
ends with the question “Right?” which is repeated
in capital letters – “RIGHT?”, in order to confirm a
given information, which seems surprising for the
author. Mark the alternative that best summarizes
that information:
a) Working from home can bring many problems to
unemployed parents: more expenses at home and
difficulties with child caring.
X b) Working at home while kids are taking a nap,
playing or watching karate is perfectly possible.
c) After losing a job, the only solution for parents is
working from home and taking care of their child/
children themselves.
d) Working from home can be a way to save money
on commuting expenses but it is not possible for
parents who have little children.
e) Parents who work at home are usually unemployed
and, despite of saving money with commuting
expenses, have a lot of difficulties in dealing with
their own children.
the text describes a personal experience on her first
days as a “work from home” mom. She says that, even
having a baby-sitter taking care of her 3 year – old
son, she only could have some work done at home
when:
a) she went to her new office-over-the-garage, a place
where her son couldn’t go;
b) she gave up the idea of working from home and
decided to go back to her office;
c) she finally learned how to write and taking care of
her little children simultaneously;
X d) she dressed the way she used to do when she went
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
out to work;
e) she dressed her sweats or her pajamas to start
working.
creates others you might not expect” is a modal
verb that is used to express the idea of probability.
Mark the modal verb that expresses the same idea
and could substitute “might” in this sentence:
X a) May.
b) Must.
c) Could.
d) Should.
Volume 3
e) Ought to.
25
 32. The author finishes the text with the statement
Sometimes the only way to work from home is to
leave. Which arguments does she give, on the last
paragraph, that support the idea implicit on that
statement?
a) The author describes how her children, even older,
still annoy her when she’s working from home.
b) The author points out that her children don’t stop
clamoring for her when they arrive from school.
c) The author says she got used to working in places
like after her children got older.
d) The author says she can’t concentrate on her work
at home because her children are still small and
need mother’s care.
X e) The author says she can’t concentrate on her work
when her children arrive home because she is
worried about them.
O texto abaixo refere-se à questão 33.
Recession drives women back to the work force
The Great Recession is pushing many highly
educated women who had left work to stay at home
with their children to dive back into the labor pool,
according to several nationally recognized experts on
women in the workplace.
Many of these women are sending out job applications
for the first time in years because their husbands were
laid off, fear being laid off or had their salaries cut or
because their family’s investments plunged in value. […]
According to some economists, these women, once
part of a privileged minority that could afford not to
work, are now collateral damage of the recession — not
forced out of work, but back into it.
“What’s happened is 78 percent of the people who lost
their jobs in the recession are men,” said Joan Williams,
director of the Center for WorkLife Law at the University
of California Hastings College of Law in San Francisco.
“That has brought home to many families that having one
income places you in a very vulnerable position. Some
women who expected to take a long time out of the work
force suddenly felt they needed to re-enter, in some cases
much more quickly than they expected.”
The federal Bureau of Labor Statistics found
preliminary evidence of affluent women returning to
the labor force. When it comes to women with a college
education who are 25 to 44 years old and living with a
spouse, the proportion of those working or looking for
work increased to 78.4 percent in the first half of 2009,
from 76 percent in the first half of 2007. Economists say
this is surprising because the percentage of people in the
work force usually drops as unemployed workers grow
26
discouraged and stop looking for work in a recession.
Over the same period, the proportion of men of the
same age and circumstance inched down, falling from
97.4 percent to 97.1 percent.
It is too early to tell whether those numbers reflect
an increase above and beyond the long-term growth of
women’s participation in the work force.
Examining women’s work force participation — and
especially women with children — has been one of the
battlefields of economics.
In the last several years, some researchers have
suggested that many affluent working mothers chose to
leave the work force during the boom times of the 90’s and
early this decade, saying there was a trend of women opting
out of careers once they had children. The suggestion —
highlighted in an Oct. 26, 2003 New York Times Magazine
cover article — prompted a huge controversy.
Critics responded that most women had no choice
but to work and that only a small affluent minority could
chose not to. They said many working mothers left the
labor force not because they were opting to, but because
they were forced to by workplaces that made it too
difficult to balance family and work. Separately, some
economists argued that the decrease in women working
was not caused by opting out, but by the 2001 recession
that was followed by years of weak job growth. […]
GREENHOUSE, Steven. Recession drives women back to the work
force. Disponível em: <http://www.nytimes.com/2009/09/19/
business/19women.html?pagewanted=1&_r=2&sq=work%20
2009&st=cse&scp=8>. Acesso em: 24 set. 2009.
33. O texto discute a volta de muitas mulheres, com um bom
nível de escolaridade, ao mercado de trabalho durante a
crise econômica mundial. Marque, entre as alternativas,
aquela que justifica tal fato:
a) A luta por direitos iguais entre homens e mulheres fez
com que muitas donas de casa voltassem ao trabalho.
b) Grande parte das famílias modernas é hoje
sustentada por mulheres e, por isso, as que não
estavam mais trabalhando para cuidar dos filhos,
foram forçadas a voltar ao mercado de trabalho.
c) Durante a crise, metade das pessoas que perderam
seus empregos são homens, e isso forçou as mulheres
a voltarem ao mercado de trabalho.
X d) Muitas mulheres voltaram ao mercado de trabalho
porque seus maridos foram demitidos ou porque elas
têm medo de que isso possa acontecer, eles tiveram
redução em seus salários ou perderam dinheiro em
investimentos financeiros.
e) Muitas empresas, especialmente durante a crise
econômica, preferem contratar mulheres a homens,
pois a maioria delas tem nível de escolaridade
melhor do que o dos homens.
 Ciências Humanas e suas Tecnologias
1. Leia este texto e depois avalie as afirmativas:
Ataque japonês arrasa base norte-
-americana de Pearl Harbor, no Havaí –
Estados Unidos entram no combate contra o
Eixo – A guerra já estende seus tentáculos
pelos quatro cantos do mundo – Agora, 43
países estão envolvidos nas batalhas
[...] Na aurora do último dia 7 de dezembro, numa
manhã abençoada por generosos raios de Sol, o
vestíbulo do inferno passou a existir no paraíso
de Pearl Harbor, na ilha havaiana de Oahu – e, no
lugar das vespas, lépidos aviões de guerra tratavam
de sangrar quem estava ali. Um ataque preciso e
fulminante das forças japonesas arrasou a principal
base militar americana no Pacífico e fez substituir o
brilho do amarelo-sol e do verde-mar pela palidez do
cinza-fumaça e do preto-escombro, tonalidades ex-
clusivas da aquarela da devastação bélica. É essa nova
paisagem, trevosa, soturna e ciméria, que denota o
grande êxito da ousada, surpreendente e traiçoeira
ação nipônica, desde já uma das mais arrasadoras
da história militar – uma ação tão incisiva que fez
o governo dos Estados Unidos havia anos hesitante
e receoso em tomar parte em batalhas de qualquer
natureza, fi nalmente despertar de sua letargia e
declarar guerra contra o Eixo, ao lado de britânicos
e soviéticos.
INFERNO no paraíso. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/
especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html>. Acesso em:
03 jul. 2009.
Considerando a situação descrita acima, avalie as se-
guintes afirmativas:
I. Com o início da Segunda Guerra Mundial, houve
a formação das Forças do Eixo, composta pela
Alemanha, Itália e pelo Japão, e da Força Aliada,
formada principalmente pela Inglaterra, França,
URSS e pelos Estados Unidos.
II. O ataque japonês à base estadunidense de Pearl
Harbor serviu de justificativa para os Estados
Unidos entrarem na Segunda Guerra.
III. Além da base de Pearl Harbor, o Japão atacou
outros alvos, como Itália, URSS e Polônia.
Está correto o que se afirma em:
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
X d) I e II;
e) II e III.
2. Leia este fragmento sobre a Guerra Fria:
A Guerra Fria foi um período em que a guerra era
improvável, e a paz, impossível. Com essa frase, o
pensador Raymond Aron definiu o período em que a
opinião pública mundial acompanhou o conturbado
relacionamento entre os Estados Unidos e a União
Soviética.
A divisão do mundo em dois blocos, logo após
a Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta
num grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador
só podia dar um xeque-mate simbólico no outro.
Com arsenais nucleares capazes de destruir a Terra
em instantes, os jogadores, Estados Unidos e União
Soviética, não podiam cumprir suas ameaças, por
uma simples questão de sobrevivência.
A paz era impossível porque os interesses de
capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por
natureza. E a guerra era improvável porque o poder de
destruição das superpotências era tão grande que um
confronto generalizado seria, com certeza, o último.
Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a
situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.
ARBEX Jr. José. Uma descrição panorâmica. Disponível em:
<http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/
guerra1/descricaopanoramica.htm>. Acesso em: 04 jul. 2009.
Depreende-se das informações acima que a Guerra
Fria foi:
a) uma disputa armada entre Estados Unidos e União
Soviética;
X b) uma disputa política, econômica e militar entre os
Estados Unidos e a União Soviética, que dividiu o
mundo em dois polos do poder: capitalista e socia-
lista;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
c) uma disputa que resultou na divisão do mundo em
três partes: socialista, capitalista e anarquista;
d) uma disputa entre vários países, em que a guerra
armada poderia ocorrer a qualquer momento;
e) uma disputa armada que, com o seu fim, Estados
Unidos e União Soviética protagonizaram mais uma
Guerra Mundial.
3. Leia os textos a seguir:
Texto 1
Militares ocupam província afegã na maior
ofensiva da era Obama
HELMAND, AFEGANISTÃO – Na maior ofensiva mili-
Volume 3
tar americana desde o início do governo de Barack
Obama, cerca de 4 mil fuzileiros navais atacaram
na madrugada desta quinta-feira (02/07/2009) um
27
 território do Taleban na província de Helmand, no
sul do Afeganistão. Os militares, que contam com o
apoio de 650 soldados afegãos, além de tanques e he-
licópteros emprestados pela Organização do Tratado
do Atlântico Norte (OTAN), afirmam que a investida,
chamada de Operação Khanjar, será decisiva e tem
como objetivo tomar o controle de praticamente toda
a região abaixo do vale do Rio Helmand, considerado
o centro-nervoso da insurgência Taleban e a maior
produtora mundial de papoula, uma flor utilizada na
produção de ópio.
MILITARES ocupam província afegã na maior ofensiva da
era Obama. Disponível em: <http://jbonline.terra.com.br/
pextra/2009/07/02/e02076815.asp>. Acesso em: 03 jul. 2009.
Texto 2
A Força de Assistência de Segurança Internacio-
nal (Isaf, na sigla em inglês) da OTAN atua com cerca
de 61 mil homens de 42 nacionalidades no Afega-
nistão, segundo números do último mês de junho.
Mais de 28 mil homens desse efetivo são de na-
cionalidade americana. Além disso, os EUA também
possuem homens atuando na Operação Enduring
Freedom – a maioria no leste do país, na fronteira
com o Paquistão –, que não estão sob o comando da
Isaf. Em dezembro do ano passado, este contingente
era de mais de 17 mil homens.
EUA lançam grande ofensiva contra Taleban no Afeganistão.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/
internacional,eua-lancam-grande-ofensiva-contra-taleba-no-
afeganistao,396411,0.htm>. Acesso em: 03 jul. 2009.
Baseando-se nas informações dos dois textos, assinale
a opção correta:
a) A Organização do Atlântico Norte (OTAN) foi
criada em 1935, no auge da Guerra Fria e possui
trinta e cinco membros, inclusive o Brasil.
b) A Organização do Atlântico Norte (OTAN) tem
como objetivo principal, atualmente, conter o
socialismo soviético.
c) Com o fim da Guerra Fria e o desaparecimento
da ameaça de uma invasão militar “socialista” à
Europa Ocidental, a OTAN passou a ter objetivos
de cooperação em matéria de economia, ou seja,
a OTAN virou um bloco econômico.
X d) As forças da OTAN são representadas pela guar-
nição militar de todos os países-membros e su-
pervisionadas por Comandante Supremo Aliado.
Atualmente, as forças da OTAN e dos Estados
Unidos estão lutando contra os talebans no Afe-
ganistão.
e) O artigo 5.° do Tratado do Atlântico Norte assegura a
todos os membros a garantia de defesa pelos Estados
Unidos, a única potência militar do planeta.
28
4. Considere a situação descrita no texto:
Após 83 anos de existência, a Iugoslávia desaparece do
mapa da Europa para dar lugar à Sérvia e Montenegro –
uma fraca união entre as duas repúblicas que restaram
da extinta federação. O arranjo foi alcançado após as
pressões da União Europeia (UE), que visava impedir
o desmantelamento total da federação. No entanto,
Montenegro se comprometeu com a realização de um
referendo sobre a independência, agendado para 2006.
Kosovo, por sua vez, manteve-se formalmente como
uma província sérvia, embora na prática sua admi-
nistração estivesse sob supervisão da ONU. Em maio
de 2006, 55,5% dos eleitores de Montenegro votaram
pela dissolução da união com a Sérvia. Em 3 de junho
do mesmo ano, o Parlamento montenegrino declara
oficialmente a independência do novo país. Com a
declaração unilateral de independência do Kosovo pelo
governo de Pristina, o status dessa pequena república
de maioria albanesa torna-se uma incógnita. Embora
boa parte da comunidade internacional reconheça a
nova configuração das fronteiras nos Bálcãs, países
como a Sérvia, Rússia, Grécia e até mesmo o Brasil já
anunciaram que não as aceitarão. A questão agora é
como a ONU e as organizações internacionais irão lidar
com o surgimento desta nova república.
A DISPUTA dos Bálcãs. Disponível em: <http://www.estadao.com.
br/especiais/a-disputa-dos-balcas,12590.htm>.
Acesso em: 03 jul. 2009.
Avalie as seguintes afirmativas:
I. Na antiga Iugoslávia, a maior parte da população
era formada por sérvios, bósnios, croatas, monte-
negrinos, eslovenos, além de albaneses, húngaros
e macedônios.
II. O processo de independência da região foi pacífico,
não ocorrendo nenhum tipo de conflito.
III. A maior parte das repúblicas conseguiu sua inde-
pendência por meio de plebiscitos e acordos.
IV. Atualmente, a ex-Iugoslávia se encontra dividida
em Macedônia, Sérvia, Montenegro, Bósnia-Herze-
govina, Croácia, Eslovênia e Kosovo (que proclamou
sua independência unilateralmente em fevereiro
de 2008).
Está correto o que se afirma em:
a) I e II; b) II e III;
c) III e IV; X d) I, III e IV;
e) II, III e IV.
5. Leia os textos a seguir:
Texto 1
O Atlântico são três grandes circuitos eólicos e ma-
rítimos num mapa; três grandes “elipses”. Para lá
navegar como um senhor, basta utilizar correntes e
ventos no bom sentido: ora levam, ora trazem. [...]
atingir a Guiné, o seu mercado de escravos, o seu ouro
em pó, a sua falsa pimenta, nada mais fácil também,
mas no regresso é preciso o alísio e procurar os ventos
de oeste que só se encontram por altura do mar dos
Sargaços, com um mês de navegação em pleno mar.
[...] Rara façanha, cuja ousadia foi esquecida, assim
como nossos filhos hão de esquecer amanhã a dos
astronautas de hoje.
BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e
capitalismo (séculos XV-XVIII). Tradução de Telma Costa. São
Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 373.
Texto 2
Na verdade, o ambiente não era de euforia, admitem
hoje os que estavam presentes na ocasião. De sete ten-
tativas preliminares realizadas no período de um ano,
somente quatro haviam sido bem-sucedidas. Pressio-
nados pelo prazo, os responsáveis políticos decidiram
pela realização da missão após dois simples resultados
positivos consecutivos. Algo como uma roleta-russa.
Com final feliz. Duas horas mais tarde, o primeiro cos-
monauta da história pisava novamente o solo de seu
planeta natal. Dissera, lá em cima, uma frase lapidar:
“A Terra é azul”.
KOHLER, Pierre. A disputa pelo infinito. Tradução de Marly N.
Peres. História viva, São Paulo: Duetto Editorial, ano II. n.
16, p. 70, fev. 2005.
Avalie estas afirmativas:
I. O texto 1 desmerece as conquistas marítimas,
afirmando que, hoje em dia, a juventude não
reconhece o valor dos Grandes Descobrimentos
e o grande desenvolvimento que produziu,
valorizando as viagens espaciais, que nada de
importante trouxeram à humanidade.
II. O texto 2 demonstra o quanto a primeira viagem
tripulada ao espaço foi arriscada e imprevisível,
sem que houvesse qualquer convicção apontando
para a segurança e o sucesso da missão.
III. O texto 1 refere-se às viagens dos descobrimentos
como precisas, no sentido de que havia muita
segurança e que os navegadores possuíam co-
nhecimentos sobre as cartas náuticas e correntes
marinhas, o que fazia dos navegadores portugueses
e espanhóis mais preparados, na época dos grandes
descobrimentos, do que os russos, quando fizeram
o primeiro voo espacial tripulado.
IV. O texto 1 não qualifica os acontecimentos em
ordem de importância, mas refere-se ao fato de
que a humanidade tende a perder a noção da
intensidade, importância e a grandiosidade de
alguns acontecimentos.
Identifique as alternativas corretas:
a) I e II. b) I e III. c) I e IV.
d) II e III. X e) II e IV.
6. Leia o trecho do livro escrito por Hans Staden, um
aventureiro alemão que visitou o Brasil Colonial e que
produziu uma das mais interessantes fontes sobre como
eram as terras do Novo Mundo, quando da chegada dos
portugueses:
A seguir deparamo-nos com cinco navios do Rei de
Portugal, que esperavam por navios da Índia ao lar-
go dos Açores, de forma a escoltá-los até Portugal.
Juntamo-nos a eles e acompanhamos um cargueiro
apenas chegado das Índias até a ilha Terceira, onde
fizemos novamente uma pausa. Numerosos navios
tinham-se aglomerado frente a essa ilha, navios que
tinham chegado de todas as novas terras e dos quais
alguns deviam prosseguir para a Espanha, outros para
Portugal. Quando zarpamos juntos da Ilha Terceira
formávamos um grupo de quase cem navios. Chegamos
a Lisboa aproximadamente em 8 de outubro de 1549,
depois de uma viagem de dezesseis meses.
STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil: primeiros registros sobre
o Brasil. Tradução de Angel Bojadsen. Porto Alegre: L&PM, 2008.
p. 41.
É possível abstrair do texto a grande movimentação
naval no Oceano Atlântico, menos de 50 anos após a
chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Toda essa
movimentação foi decorrente:
I. do desenvolvimento científico produzido pelo
Renascimento, que colocou em dúvida concepções
religiosas as quais afirmavam que a Terra era plana
e achatada;
II. da estratégica posição geográfica portuguesa,
além do fato de possuir uma burguesia mercante
interessada na expansão comercial;
III. da valorização econômica de especiarias, como
o cravo e a canela, que atingiram um altíssimo
preço no mercado europeu e tornaram lucrativos
os empreendimentos marítimos;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
IV. da divisão das terras descobertas entre Espanha e
Portugal e da assinatura do Tratado de Tordesilhas,
em 1494.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e IV. X b) I, II, III e IV.
c) II, III e IV. d) II e IV.
7. Leia este texto, escrito pelo português Pero de Ma-
galhães Gândavo, que esteve no Brasil na época do
governo de Mem de Sá e assim abordou a colonização
brasileira:
Como o interesse seja o mais leva os homens trás de
si que outra nenhuma cousa que haja na vida, parece
manifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza
Volume 3
do mar, até chegarem a descobrir aquelas grandes minas
que a mesma terra promete, pera que assi desta maneira
tragam toda aquela cega e bárbara gente que habita
29
 nestas partes, ao lume e conhecimento da nossa Santa
Fé Católica, que será descobrir-lhe outras maiores no
céu, o qual nosso Senhor permite que assim seja pera
glória sua e salvação de tantas almas (cap. VIII).
In: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São
Paulo: Pensamento, 1983. p. 20.
Analise as proposições abaixo:
I. Quando o autor se refere à nova terra, deixa
transparecer que o descobrimento está inserido na
lógica mercantilista e que existe otimismo quanto
às perspectivas de enriquecimento da Metrópole
com o Novo Mundo.
II. A preocupação com o estado de ignorância do indí-
gena fez com que a Igreja Católica interviesse com
o objetivo de ensinar e propiciar conhecimento.
III. Ao mesmo tempo que demonstrava a preocupação com
as vantagens econômicas que a Colônia propiciaria,
existia certo cuidado em legitimar essa exploração,
pela nescessidade de trazer a verdadeira fé ao Novo
Mundo, o que foi feito pela Companhia de Jesus.
Estão corretas:
a) apenas I; b) I e II; c) I, II e III;
X d) I e III; e) II e III.
8. Para responder a esta questão, leia o trecho a seguir:
10. Analise as informações desse trecho e responda à ques-
A nossa evolução política segue portanto passo a
passo a transformação econômica que se opera a
partir de meados do século XVII. Esta transformação,
que se define pela maior penetração econômica da
Metrópole, repercute no terreno político pelo desa-
parecimento gradual da nossa autonomia local do
primeiro século e meio da colonização. Desloca-se a
autoridade das mãos dos proprietários territoriais, a
antiga classe dominante, para as da Coroa portuguesa.
PRADO Jr. Caio. Evolução política do Brasil. São Paulo:
Brasiliense, 1980. p. 41.
Qual situação da administração colonial explicaria o
texto acima?
X a) O Pacto Colonial.
b) A divisão da Colônia em Capitanias Hereditárias e
as doações das sesmarias.
c) O estabelecimento do Governo-Geral, com a extinção
das Capitanias Hereditárias.
d) A criação das Câmaras Municipais, com o poder
restrito aos “homens bons”.
e) O estabelecimento dos latifúndios como forma da
propriedade colonial.
9. A compreensão do Brasil Colônia e da formação da socie-
dade brasileira só é possível com o entendimento sobre
como foi realizado o processo de colonização brasileira.
A palavra “engenho” traduz não só os latifúndios pro-
30
dutores do açúcar, mas também, ainda que de maneira
generalizadora, toda uma concepção colonial.
Analise estas afirmativas:
I. Os engenhos foram estabelecidos por meio de
colônias de povoamento, elegendo a produção do
açúcar, por ser produto de grande aceitação no
mercado europeu, considerado uma especiaria, e
baseado na experiência portuguesa nas ilhas de
Açores e Madeira.
II. Os engenhos propiciaram a ocupação e a defesa do
litoral brasileiro.
III. A estrutura social brasileira, baseada na sociedade
patriarcal, originou-se com os imensos poderes dos
senhores de engenho e, na base da sociedade, fica-
ram os escravos, índios e africanos, considerados
parte dos objetos da produção açucareira.
IV. O engenho acabou por desenvolver o mercado
interno para abastecer a população livre, que se
deslocou para a Colônia com o objetivo de trabalhar
na produção do açúcar.
Estão corretas:
a) apenas I; b) I e II; c) I, II e III;
d) I e III; X e) II e III.
tão:
Entre 1502 e 1860, mais de 9 milhões e meio de afri-
canos serão transportados para as Américas, e o Brasil
figura como o maior importador de homens pretos. O
século XVIII detém o recorde de importações: as Amé-
ricas coloniais fizeram vir a elas 6 milhões e 200 mil
escravos durante esse período [...].
MATOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. São Paulo:
Brasiliense, 1990. p. 19.
A opção pela utilização da mão de obra africana nos
engenhos de açúcar foi decorrente de diversos fatores,
exceto:
a) o interesse dos comerciantes portugueses nos lucros
que o tráfico africano produzia, já que a escraviza-
ção da mão de obra indígena não resultava em lucro
algum para eles;
b) a facilidade portuguesa para obtenção e apresa-
mento de africanos, por já possuir experiência de
escravização nas ilhas de São Tomé e Madeira.
c) a inexistência de quantidade de mão de obra exce-
dente em Portugal capaz de suprir as necessidades
da Colônia;
X d) a incapacidade do indígena brasileiro de exercer
atividade voltada para o trabalho;
e) a facilidade de manter cativa uma população, como
a africana, que não possuía vínculos com a Colônia.
11. “A formação territorial do mundo no final do século XX qualidade de vida de suas populações é muito de-
revela novas facetas. De um lado, um mundo capitalista sigual, principalmente no que se refere aos índices
industrializado cada vez mais fortemente integrado, mostrados na tabela;
alcançando níveis de bem-estar elevados; de outro, d) os países que estão numerados de 1 a 5 são todos
a maior parte da população mundial ainda não tendo países europeus e correspondem, no conflito Norte
resolvido seu problema biológico básico: a fome”. versus Sul, à parte sul;
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. A mundialização do capitalismo e
a geopolítica mundial no fim do século XX. In: ROSS, Jurandyr L. e) os países numerados de 178 a 182 correspondem a
Sanches (Org.). Geografia do Brasil. 5. ed. São Paulo: Editora da países asiáticos e africanos e são desenvolvidos, prin-
Universidade de São Paulo, 2008. p. 287. cipalmente, no que diz respeito à industrialização.
Entre as facetas mencionadas no texto estão a forma-
ção dos blocos econômicos e a divisão Norte e Sul dos 12. Leia este texto e responda à questão:
países. Por meio dos dados socioeconômicos, podemos Comissão critica negociação de adesão
determinar o nível de desenvolvimento de uma região. da Turquia à UE
O mais utilizado atualmente é o IDH (Índice de Desen- Bruxelas – Uma comissão independente denunciou
volvimento Humano), que é o indicador que mais reflete hoje a lentidão das negociações de adesão da Turquia à
a realidade de um país. Observe a tabela a seguir: União Europeia (UE), frisando ser necessário preservar
Taxa de
PIB per
a “perspectiva europeia” de Ancara.
Expectativa alfabetização
País de vida (adultos %
capita “Reações negativas provenientes da Europa dão à
(dólares
(anos) 15 anos e
PPC) Turquia a impressão de não ser bem-vinda”, critica, em
mais)
relatório publicado em Bruxelas, a comissão, presidida
1. Noruega 80,5 99,0 53 433 pelo antigo presidente finlandês e prêmio Nobel da
Paz Martti Athisaari e da qual fazem parte o antigo
2. Austrália 81,4 99,0 34 923
primeiro-ministro francês Michel Rocard e a antiga
3. Islândia 81,7 99,0 35 742 comissária europeia a italiana Emma Bonino.
4. Canadá 80,6 99,0 35 812 A Turquia, que bate à porta da Europa há 50 anos, ini-
ciou em 2005 negociações para uma eventual adesão à UE.
5. Irlanda 79,7 99,0 44 613
Por um lado, o país deve cumprir uma série de cri-
178. Mali 48,1 26,2 1 093 térios para alinhar com as normas da UE, sobretudo em
179. República Cen- matéria de respeito pelos direitos humanos.
46,7 48,6 713
tro-Africana COMISSÃO critica negociação de adesão da Turquia à UE. Disponí-
vel em: <http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/
180. Serra Leoa 47,8 38,1 679 internacional/2009/8/37/Comissao-critica-negociacao-adesao-
Turquia,5811b946-7816-4296-bc9d-1c77e1456630.html>. Acesso
181. Afeganistão 43,6 28,0 1 054 em: 08 set. 2009.
182. Níger 50,8 28,7 627 Para que a Turquia seja aceita na União Europeia, é
necessário que:

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano 2009. PNUD.

Considerando as informações apresentadas no texto e
na tabela, é possível concluir que:
a) as diferenças entre os países constantes da tabela
referem-se apenas aos aspectos econômicos, pois o
que faz um país ser desenvolvido ou não é só o seu
grau de industrialização;
b) os países são todos iguais, principalmente no que
diz respeito ao PIB per capita, cujas diferenças não
são acentuadas;
X c) as diferenças entre os países do Norte desenvolvido e
do Sul subdesenvolvido são muito grandes em todos
os segmentos apresentados, demonstrando que a
a) o país faça um acordo de paz com a Alemanha, país com
o qual cortou relações desde a Segunda Guerra Mundial;
b) seja assinado o acordo de Basileia, que faz com que
seu mercado interno aumente;
c) o país mantenha acordos comerciais apenas com
países europeus;
X d) o país melhore nas reformas políticas, principal-
mente no quesito de liberdade de expressão e nas
reformas econômicas;
e) o país mude de sistema político – do comunismo
para o parlamentarismo – facilitando, assim, a
transição democrática e a adesão à União Europeia.
Volume 3

31
 13. De acordo com as informações do texto, responda à
questão:
Recuperação global já começou, garante FMI
A crise foi traumatizante, mas já está ficando
para trás e cedendo espaço à recuperação econômica
global, segundo avaliação divulgada nesta terça-feira
(18/08/2009) pelo economista-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional (FMI), Olivier Blanchard. Entretan-
to, ele ressalva que a sustentação desse novo fôlego
demandará que os Estados Unidos voltem a mirar as
exportações, e a Ásia, as importações.
Blanchard ainda observou, em artigo divulgado pelo
FMI, que a produção econômica potencial pode ser mais
baixa do que era antes do início da crise. “A recuperação
não será simples. A crise deixou marcas profundas, que
vão afetar tanto a oferta quanto a demanda ainda por
muitos anos”, destacou.
A grande preocupação mundial neste momento de
recuperação deve ser o consumo dos americanos que,
segundo o economista, responde por cerca de 70% da
atividade econômica do país e por uma grande fatia da
demanda global. Ele salienta, porém, que a retomada ao
ritmo pré-crise não ocorrerá rapidamente, uma vez que as
famílias enfrentam trilhões de dólares em prejuízo com o
colapso do setor imobiliário e dos mercados acionários. [...]
RECUPERAÇÃO global já começou, garante FMI. Veja, 18 ago. 2009.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/
recuperacao-global-ja-comecou-garante-fmi-492670.shtml>. Acesso
em: 06 set. 2009.
A crise econômica global:
X a) está em processo de lenta recuperação em todo o
mundo, mas ainda ocorrem problemas relacionados
às altas taxas de desemprego e à diminuição do co-
mércio interno e externo em determinados países,
como nos Estados Unidos;
15. Leia este texto, a respeito da visão que os administra-
b) ajudou no aumento do consumo, principalmente em
países que fazem parte da União Europeia e do Japão;
c) facilitou o aparecimento de uma nova moeda mun-
dial no lugar do dólar estadunidense, o yuan chinês;
d) aumentou o fluxo de migrantes em busca de me-
lhores condições de vida nos países desenvolvidos;
e) não diminuiu o PIB (Produto Interno Bruto) dos
países, e economias fortes, como Estados Unidos e
China, não sofrerão com a crise econômica.
14. Leia o texto e responda à questão:
O consenso de Washington
Reunidos na capital americana em novembro 1989
no International Institute for Economy, funcionários
do governo dos EUA, dos organismos internacionais e
economistas latino-americanos discutiam um conjun-
to de reformas essenciais para que a América Latina
32
superasse a crise econômica e retomasse o caminho
do crescimento.
O diagnóstico era tenebroso: dívida externa eleva-
da, estagnação econômica, inflação crescente, recessão
e desemprego.
As conclusões desse encontro passaram a ser
denominadas informalmente como o Consenso de
Washington, expressão atribuída ao economista inglês
John Williamson.
Longe de ser uma tese conspiratória do governo
norte-americano, do Banco Mundial ou do FMI, o con-
senso representava uma corrente de pensamento na
defesa de um conjunto de medidas técnicas em favor
da economia de mercado, que visavam, em tese, a re-
cuperação econômica dos países latino-americanos. [...]
CANDELORI, Roberto. O consenso de Washington. Folha de S.Paulo,
14 nov. 2002. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/
educacao/ult305u11503.shtml>. Acesso em: 06 set. 2009.
No texto, o conjunto de medidas em favor da economia
de mercado aponta para o modelo político-econômico:
a) marxista, em que o Estado participa de todas as
ações econômicas e sociais, aumentando sua estru-
tura e privatizando as empresas estatais;
b) reformista, em que a população numerosa é a causa
dos problemas econômicos;
c) funcionalista, em que ocorre a estatização das em-
presas privadas e a regulação dos mercados internos
e externos;
d) estruturalista, em que ocorre a reestruturação da
economia por meio da ampliação do mercado con-
sumidor;
X e) neoliberal, em que ocorre a redução do Estado na
economia e a privatização das empresas estatais.
dores portugueses possuíam, no século XVIII, sobre os
paulistas:
O desejo de assumir o papel de senhor, delegando
o trabalho a outros, não tinha distinção social. Mesmo
homens pobres, assim que possível, tratavam de adqui-
rir ao menos um ou dois escravos para o trabalho nos
campos. Os livres não queriam ser confundidos com
cativos, e a forma de se diferenciarem era manter as
mãos limpas, longe da terra. Já os portugueses que che-
gavam, vindos de uma sociedade dividida por critérios
de nobreza, encontravam na Colônia a oportunidade
de “dar-se ares de fidalgo”. O que significa viver de
pernas para o ar. [...]
Muitos dos administradores que estiveram na
América acreditaram que o grande problema era
o povo. Terra de mamelucos, índios e mestiços,
São Paulo sempre foi considerada quase selvagem
 aos olhos da Coroa. Gente traiçoeira e indigna de
confiança, os paulistas deveriam ser constantemente
vigiados. Os naturais da terra, por não praticarem a
agricultura com fins mercantis, foram tachados de
ociosos e vagabundos.
MIRANDA, Lílian Lisboa. A preguiça é paulista. Revista de História
da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, ano 4, n, 46, p. 40-43,
jul. 2009.
Por meio da leitura do texto, é correto afirmar que:
a) os habitantes “quase selvagens”, a quem o texto se
refere, eram os indígenas brasileiros que, por não
possuírem uma tradição de trabalho agrícola, eram
considerados indolentes e preguiçosos pela Coroa
portuguesa;
b) Os habitantes pobres eram os únicos que não possuíam
escravos em São Paulo;
c) em São Paulo, era visível a estrutura da sociedade
colonial brasileira, baseada na pequena propriedade
e na manutenção de um pequeno número de escravos
para o trabalho agrícola;
d) os paulistas formaram o grupo dos bandeirantes,
que, por serem preguiçosos, praticaram as bandeiras,
expedições oficiais da administração portuguesa, com
o objetivo de expandir o território brasileiro além dos
limites do Tratado de Tordesilhas;
X e) havia uma visão preconceituosa dos portugueses em
relação aos paulistas, considerando-se que a aversão
ao trabalho advinha da população que habitava São
Paulo.
16. Analise estes textos sobre Tiradentes:
Texto 1
Exaltação a Tiradentes
Penteado/Mano Décio da Viola
Joaquim José da Silva Xavier
Morreu a 21 de abril
Pela Independência do Brasil
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim José da Silva Xavier
Era o nome de Tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande herói
Pra sempre há de ser lembrado
Disponível em: <http://www.viapolitica.com.br/perfil_
view.php?id_perfil=88>. Acesso em: 07 set. 2009.
Texto 2
E por que Joaquim José da Silva Xavier, o Tira-
dentes, foi condenado de antemão? Porque acabou
sendo o único dos indiciados a assumir toda a culpa do
ocorrido, não hesitando em se atribuir um papel que
efetivamente não tivera: o cabeça, de líder, de autor
do projeto de por fim à dominação colonial.
É evidente que todo estudioso de regimes opressi-
vos não desconhece os processos de violência empre-
gados contra quaisquer opositores. Portanto, é lícito
supor que os acusados de conjuração contra a despótica
dominação colonial portuguesa acabaram confessando
e acusando uns aos outros em meio às torturas a que
eram submetidos.
O único a não comprometer ninguém foi Tiradentes.
AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade brasileira: uma
história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record,
2008. p. 347.
Podemos afirmar que:
a) o texto 1 reverencia a visão heroica de Tiradentes,
enquanto o texto 2 rejeita essa visão ao demonstrar
que o alferes não era o líder do movimento;
b) o texto 1 qualifica Tiradentes como dotado de condi-
ções para assumir o posto de herói da Inconfidência,
ressaltado, no texto 2, por não aceitar a culpa sobre
o episódio, o que provocou a sua morte;
c) o texto 2 demonstra a existência de um acordo
entre os inconfidentes e a Metrópole portuguesa
e demonstra que Tiradentes foi o único que não
aceitou esse acordo, qualificando-se, assim, para
transformar-se no herói nacional, exaltado pelo
texto 1;
X d) o texto 2 demonstra a aceitação de Tiradentes das
responsabilidades pelo movimento da Inconfidên-
cia, e o texto 2 demonstra que a aceitação dessas
responsabilidades o elevou à condição de herói
nacional;
e) o texto 2 demonstra que Tiradentes só se tornou
o herói exaltado no texto 1 pela sua condição de
contrário à manutenção da escravidão e, por isso,
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
acabou sendo o único condenado à morte.
17. “É vital, portanto, reconhecer que, em 7 de setembro
de 1822, quando Dom Pedro parou às margens do
Ipiranga, [...], e bradou ‘Independência ou Morte’, o
jovem príncipe português exagerava. O problema, em
setembro de 1822, não era certamente ‘morte’, e apenas
indiretamente ‘independência’. [...]. Na verdade, desde
1808 o Brasil era de fato independente; e, desde 16 de
dezembro de 1815, reino unido a Portugal. [...] O que
estava realmente em jogo em 1822 eram a monarquia,
a estabilidade, a continuidade e a integridade territo-
rial. E atendendo a esses interesses D. Pedro estava se
antecipando à revolução em 1822 no Ipiranga. E não
promovendo-a.”
Volume 3
MAXWELL, Kenneth. Mais malandros: ensaios tropicais e outros.
Tradução de Mirtes Frange de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2002. p. 173.
33
 O autor qualifica a Independência do Brasil como:
a) um movimento das elites, voltadas exclusivamente
para a conquista das liberdades econômicas;
b) um movimento da monarquia portuguesa, voltado
para a manutenção das prerrogativas do mono-
pólio comercial e da Coroa brasileira nas mãos de
portugal;
X c) um processo de emancipação política do Brasil, e o
7 de setembro como o momento em que D. Pedro I
se antecipou ao eminente processo de ruptura da
Colônia com a Metrópole;
d) desnecessária, à medida que o Brasil já havia se
tornado independente com a abertura dos portos
em 1808;
e) exagerada, já que D. Pedro I não precisava declarar
a Independência naquele momento.
18. Com base nas obras apresentadas e nos seus conheci-
mentos sobre a emancipação política do Brasil, avalie
as afirmativas:
Imagem 1
19. Leia o texto e responda à questão:
MEISSONIER, Jean-Louis-Ernest. Batalha de Friedland. 1875. 1 óleo
sobre tela: color.; 135,9 cm x 242,6 cm. The Metropolitan Museum of Art,
Nova Iorque, EUA.
Imagem 2
X b) a Nova Ordem Mundial é caracterizada pela presença
AMÉRICO, Pedro. O Grito do Ipiranga. 1888. 1 óleo sobre tela, color.;
7,60 m x 4,15 m. Museu Paulista, São Paulo.
I. Existe semelhança entre a obra de Meissonier e a
de Pedro Américo, pois as duas retratam o poder
e a grandeza de um imperador, representado, na
primeira, por Napoleão Bonaparte e, na segunda,
por D. Pedro I. É possível considerar que a arte
34
possui a liberdade de recriar o fato histórico para
lhe dar uma maior dimensão, e que as imagens
retratadas podem não coincidir com a realidade
histórica.
II. A comparação entre Napoleão Bonaparte e D.
Pedro I é possível, se considerarmos a luta desses
personagens pelo fim da exploração inglesa, que
se processava na Europa, provocando o Bloqueio
Continental, e que, no Brasil, após a Abertura dos
Portos, em 1808, teve de se submeter ao monopólio
comercial inglês.
III. As imagens retratadas do lado esquerdo da obra de
Pedro Américo demonstram a participação popular
no episódio, que já havia ficado evidente em movi-
mentos revolucionários, como a Conjuração Mineira.
IV. A Independência do Brasil não provocou mudan-
ças estruturais no país, já que foram mantidos a
escravidão, o latifúndio e a economia baseada na
monocultura.
Estão corretas:
a) I e III; b) I e II; c) III e IV;
d) II e III; X e) I e IV.
A teoria do “mundo multipolar”
O colapso da União Soviética e a destruição do
“sistema socialista” foram os acontecimentos mais
marcantes do fim do século 20. Puseram um fim ao
mundo bipolar e ao “equilíbrio do medo”, pilares de
qualquer sistema de relações internacionais a partir
da Segunda Guerra Mundial. A partir do começo dos
anos 90, o mundo entra numa situação nova e transi-
tória, marcada pela “fluidez” e pela indeterminação:
deixaram de existir muitas das antigas tendências, e
as novas demoram para se cristalizar. [...]
PAVLOV Oleg. A teoria do “mundo multipolar”. Tradução de Patrícia
Burrowes. Le Monde, set. 2000. Disponível em: <http://diplo.uol.
com.br/2000-09,a1837>. Acesso em: 06 set. 2009.
O texto apresentado permite inferir que:
a) o mundo multipolar é caracterizado pela presença
de dois polos de poder – Estados Unidos e China;
de mais centros de poder geopolíticos, econômicos
e militares;
c) a União Soviética continua como a maior potência
militar e econômica do mundo multipolar;
d) os Estados Unidos estão perdendo seu poder eco-
nômico e tecnológico para países, como a África do
Sul e o Brasil;
e) a Rússia mantém ativo todo seu arsenal bélico e faz
constantes intervenções militares, principalmente
em países do continente asiático.
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 4

Atividades – Padrão ENEM

Ensino Médio | Modular | Volume 4

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 4

Matemática e suas Tecnologias

1. De uma peça de madeira na forma de um triângulo cujos
lados medem 9 dm, 12 dm e 15 dm será feito um corte
paralelo ao maior lado, formando um triângulo menor
e um trapézio.
3. Um barco navega em linha reta e passa pelos pontos A,
C e D. Quando ele está em A, observa uma ilha em B e
mede o ângulo BADˆ = 30o. Navega mais 6 km até um
ˆ = 75o. Observe o desenho
ponto C e mede o ângulo BCD
a seguir:

O triângulo menor deve ter 12 dm de perímetro, então:

a) os triângulos são semelhantes, e a razão de seme-
1 A distância aproximada que separa o ponto C da ilha
lhança é ;
9 (ponto B) é de: (Utilize: 2 = 1,4)
b) os triângulos são semelhantes, e a razão entre as a) 8,3 km; b) 6 km; c) 4 km;
1
áreas pode ser ; X d) 4,2 km; e) 15 km.
3
X c) os triângulos são semelhantes, e a razão de seme- 4. Os procedimentos práticos, utilizando uma trena e um
1 teodolito, para medir a largura de um rio sem precisar
lhança é ;
3 atravessá-lo são:
d) o corte na peça de madeira tem 4 dm de compri-
mento; 1.o) Fixar o teodolito em uma margem e apontar para
e) a área do trapézio é nove vezes a área do triângulo um ponto na outra margem. Uma árvore, por
menor. exemplo.
2.o) Girar o teodolito em 90o e caminhar alguns metros

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

2. Duas polias ligadas por uma correia transmissora de na direção paralela à margem do rio.
movimento giram simultaneamente em torno de seus
3.o) Fixar o teodolito nesse outro ponto, avistar a árvore
eixos. A medida do raio da polia maior é igual a 24 cm;
na outra margem e medir o ângulo agudo α, formado
e da polia menor, 20 cm.
pela direção da caminhada e a direção que o teodolito
apontar para a árvore.
Para obter a largura do rio é necessário, no mínimo:
a) realizar uma medida angular e duas medidas linea-
Supondo que não haja deslizamento e que a correia
res;
seja inextensível, o ângulo em que a maior polia gira,
quando a menor completa uma volta, é: b) realizar duas medidas angulares e duas lineares;
5π c) realizar uma medida angular e uma linear;
a) 2π rad b) rad
6 X d) realizar duas medidas angulares e uma medida
5π 4π linear;
X c) rad d) rad
Volume 4

3 3 e) realizar uma medida angular igual a 90o e duas

2π medidas lineares.
e) rad
3
3
 5. Uma pessoa fixa um teodolito em uma margem e avista
uma árvore na outra margem. Em seguida, gira o teodo-
lito 90o e caminha 20 metros em uma direção paralela
à margem do rio. Fixa o teodolito nesse outro ponto, a
20 metros do ponto anterior, e avista a árvore na outra
margem. Mede o ângulo agudo formado pela direção do
deslocamento e a direção que o teodolito aponta para a
árvore e obtém 37o. Com esse procedimento e os dados
coletados, determinou a largura do rio, que é:
(sen 37o = 0,6; cos 37o = 0,8 e tg 37o = 0,75)
a) 10 m; X b) 15 m; c) 12 m;
d) 18 m; e) 16 m.
6. Três cidades A, B e C não alinhadas em um mapa são
equidistantes de uma cidade D, logo:
X a) a cidade D é o circuncentro do triângulo cujos vér-
tices são A, B e C;
b) a cidade D é o incentro do triângulo cujos vértices
são A, B e C;
c) a cidade D é o ortocentro do triângulo cujos vértices
são A, B e C;
d) a cidade D é o baricentro do triângulo cujos vértices
são A, B e C;
e) as cidades A, B e C formam um triângulo equilátero.
7. Uma pizzaria vende dois tamanhos de pizza: grande e
médio. A pizza de tamanho médio tem diâmetro de 40 cm
aproximadamente, e a pizza de tamanho grande tem
diâmetro de 50 cm aproximadamente. O dono da pizza-
ria colocou, no cardápio, os preços de R$ 24,00 para
a pizza napolitana do tamanho médio e R$ 30,00 para
a pizza napolitana do tamanho grande. Considerando
que o preço deve ser proporcional à área da pizza, é
incorreto afirmar que:
X a) como o diâmetro da pizza de tamanho médio é 20%
menor que o diâmetro da pizza de tamanho grande,
então é correto que o preço também seja 20% menor;
b) se basearmos o preço da pizza por aquela de tamanho
médio, a pizza de tamanho grande deveria custar
R$ 37,50;
c) se basearmos o preço da pizza pela de tamanho
grande, a pizza de tamanho médio deveria custar
R$ 19,20;
d) como o diâmetro de uma pizza é 20% menor que o
da outra, o preço da menor deve ser igual ao preço
da maior multiplicado por 0,64;
4
e) se o diâmetro da pizza de tamanho médio é 20%
menor que o da pizza de tamanho grande, então o
diâmetro da pizza de tamanho grande é 25% maior
que o daquela de tamanho médio.
8. Um fazendeiro quer cercar uma parte de um terreno
em forma circular de raio igual a 3 km. Para isso, ele
comprou x metros de cerca. Com base nesses dados,
podemos afirmar que:
(Considere π = 3,1)
a) para cercar uma área do terreno quando α = 120o,
o comprimento da cerca é menor que 6,3 m;
b) para cercar metade da área do terreno circular, ou
seja, quando α = 180o, o comprimento da cerca é o
dobro do que para cercar 1 da área do terreno, ou
seja, quando α = 90o; 4
c) a área do terreno circular é igual à área do setor
circular em que α = 245o, ou seja, considerando a
área cercada, é indiferente cercar o setor ou cercar
todo o terreno circular;
X d) o perímetro do terreno circular é igual ao perímetro
do setor circular em que α = 245o, ou seja, conside-
rando o comprimento da cerca, é indiferente cercar
o setor ou cercar todo o terreno circular;
e) a área cercada é diretamente proporcional ao perí-
metro correspondente.
9. A NBR 9077/1993 estabelece que, no máximo, duas
pessoas possam ocupar 1 m2 em locais de reunião
pública, como estádios, ginásios e piscinas cober-
tas com arquibancadas e arenas em geral. Geraldo
resolveu organizar um show de música, cujos custos
totais eram de R$ 200.000,00. A área reservada para
o público está representada a seguir:
Considerando que os patrocinadores do show pagaram
10% do custo total, marque a alternativa correta:
a) O número máximo de ingressos que podem ser
vendidos é de 10 000.
 b) A área reservada para o público é de 6 000 m2.
c) Geraldo deve cobrar, no mínimo, R$ 17,25 por in-
gresso, para que não tenha prejuízo.
X d) Geraldo deve cobrar, no mínimo, R$ 15,52 por in-
gresso, para que não tenha prejuízo.
e) Geraldo deve cobrar, no mínimo, R$ 34,48 por in-
gresso, para que não tenha prejuízo.
10. Um grupo de 8 pessoas fez um passeio em um parque
de diversões. Esse grupo era formado por 4 jovens com
8 anos, 3 com 9 anos e um responsável com 45 anos. Ao
entrar no parque, todas as pessoas do grupo podiam ir
em qualquer das atrações sem nenhum custo adicio-
nal, apenas a alimentação foi paga. Os jovens tinham
R$ 49,00, R$ 50,00, R$ 52,00, R$ 51,00, R$ 53,00,
R$ 55,00, R$ 57,00, e o responsável tinha R$ 65,00
para os gastos com a alimentação. Com base nessa
situação, podemos afirmar que:
a) a média das idades e a média dos valores em dinheiro
do grupo expressam melhor o perfil do grupo;
12. Um marceneiro, ao fabricar uma mesa cujo tampo é
b) a média das idades e a moda dos valores em dinheiro
do grupo expressam melhor o perfil do grupo;
X c) a mediana das idades e a média dos valores em
dinheiro expressam melhor o perfil do grupo;
d) a moda das idades e a moda dos valores em dinheiro
expressam melhor o perfil do grupo;
e) quaisquer medidas de tendência central expressam
o perfil do grupo tanto para as idades quanto para
os valores em dinheiro.
Com relação ao anúncio do fabricante, podemos afirmar
que:
(Considere 3 = 1,73)
a) o fabricante tem razão, pois, pelas dimensões dos
blocos, em 1 m2 são necessárias de 15 a 16 peças,
aproximadamente;
b) o fabricante tem razão, pois, pelas dimensões dos
blocos, em 1 m2 são necessárias de 16 a 17 peças,
aproximadamente;
c) o fabricante não tem razão, pois, pelas dimensões
dos blocos, em 1 m2 são necessárias de 17 a 18 peças,
aproximadamente;
X d) o fabricante não tem razão, pois, pelas dimensões
dos blocos, em 1 m2 são necessárias de 18 a 19 peças,
aproximadamente;
e) o fabricante não tem razão, pois, pelas dimensões
dos blocos, em 1 m2 são necessárias de 19 a 20 peças,
aproximadamente.
um octógono regular, utilizou uma tábua de madeira
quadrada cuja medida do lado é 1,7 m. Nessa tábua de
madeira, são cortados quatro triângulos nos cantos. De-
termine a distância d dos vértices em que o marceneiro
deve realizar o corte para obter um octógono regular:
( 2 = 1,4)

11. Um fabricante de materiais de construção anunciou na

internet a venda de blocos sextavados para pisos. Parte
do anúncio está na figura a seguir:
P. Imagens/Ivonaldo Alexandre

BLOCO/BLOQUETE/PISO DE CONCRETO a) 56 cm b) 57 cm c) 56,6 cm

d) 42,5 cm X e) 50 cm

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

13. Em obras de engenharia é comum a utilização de
vigas e pilares para sustentar lajes. O cálculo para
dimensionamento de lajes, pilares e vigas tem início
Bloquete sextavado 25x25x8, 18 mpa. em conhecimentos da Geometria Euclidiana. A laje
Valor relativo ao m2, cerca de 16 peças. Frete sob consulta. representa a ideia de um plano; a viga, de uma reta; e
Fino acabamento e resistente. o pilar, de um ponto. De acordo com essas proposições,
Temos outros modelos, texturas e cores variadas.
qual das alternativas a seguir é verdadeira?
Localidade: São Paulo, SP
a) Uma reta e um ponto determinam um plano.
Preço: R$ 23,00
Estado do produto: Novo b) Três pontos determinam um plano.
c) Duas retas que não têm pontos em comum deter-
minam um plano.
As dimensões do bloco são:
X d) Duas retas que têm um único ponto em comum
Volume 4

determinam um plano.
e) Quatro pontos não colineares determinam um
plano.

5
 14. Nos quadros a seguir, estão representadas as relações
de área e de perímetro do triângulo equilátero, do
quadrado e do hexágono regular em função da medida
do lado e da circunferência e do círculo em função da
medida do raio:
Área Perímetro
16. Em uma casa, o telhado foi usado para captar a água da
chuva que escoava para o interior de um reservatório
cuja capacidade era de 20 000 litros. Esse telhado capta
a água da chuva a uma razão de 5 L/m2 por hora. Qual
é o tempo aproximado de duração de uma chuva para
que encha o reservatório?

ℓ2 . 3
Triângulo equilátero A= 2p = 3 . ℓ
4
Quadrado A = ℓ2 2p = 4 . ℓ
2
ℓ . 3
Hexágono regular A = 6. 2p = 6 . ℓ
4

Círculo Circunferência

A = π . r2 C=2.π.r

Um triângulo equilátero, um quadrado, um hexágono

regular e um círculo possuem a mesma medida de perí-
metro. Qual dessas figuras planas possui a maior área?
(Considere π = 3,1 e 3 = 1,7)
a) O triângulo equilátero.
b) O quadrado.
c) O hexágono regular.
X d) O círculo.
e) Todas as figuras possuem a mesma área.
15. O gráfico a seguir mostra o valor de uma ação nos 10
primeiros dias de um mês:
Sobre o gráfico, podemos afirmar que:
a) uma pessoa que investiu nessa ação no 1.º dia do
mês, ao final de 10 dias, teve prejuízo;
b) uma pessoa que investiu nessa ação no 4.º dia e
vendeu no 6.º dia não teve lucro nem prejuízo;
X c) houve duas quedas do valor da ação nesses 10 dias;
d) uma pessoa que investiu nessa ação no 1.º dia do
mês e vendeu no 5.º dia teve prejuízo;
e) a ação valorizou mais de 300% nesses 10 dias.
a) 18 horas
b) 20 horas
X c) 25 horas
d) 30 horas
e) 50 horas
17. O projeto de uma casa popular, de base retangular,
tem dimensões de 5 m x 11 m x 2,4 m (altura). Para
a construção, serão usados tijolos cujas dimensões da
face lateral são: 10 cm x 20 cm. O piso será revestido
com lajotas cujas dimensões são: 25 cm x 25 cm, e as
paredes internas e externas serão pintadas com tinta
que é vendida em latas cujo rendimento é de 40 m2.
Com base nesses dados podemos afirmar que:
I. a quantidade de tijolos para construir a casa é de
3 840;
II. a quantidade de lajotas para revestir o piso é de
880;
III. serão usadas 3,84 latas de tinta.
Dos itens temos que:
X a) I, II e III estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) Apenas I está correta.
e) Apenas II está correta.

6
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1. Em março de 2009, foi publicado no Diário Oficial a
Lei 1825/07 que torna obrigatório o uso do airbag em
todos os veículos produzidos no país a partir de 2014.
O airbag é uma bolsa de ar que se infla rapidamente
quando ocorre uma colisão, fazendo com que o moto-
rista ou o passageiro colida com essa bolsa de ar e não
com o interior do veículo. A eficácia desse dispositivo
pode ser explicada pelo(s) conceito(s) físico(s) de:
a) força resultante, porque o airbag precisa fazer uma
força que mantenha o motorista ou o passageiro
em seu banco, assim como o cinto de segurança,
provocando uma força resultante diferente de zero;
b) potência, pois é preciso inflar rapidamente o airbag
para assim manter a inércia do motorista ou do
passageiro;
X c) impulso e quantidade de movimento, pois, como
o airbag é uma superfície macia, aumenta-se o
tempo de contato da colisão do passageiro e, assim,
diminui-se a força que atua sobre ele;
d) conservação de energia, já que a energia da colisão
será em parte revertida para acionar o airbag;
e) aceleração, uma vez que o objetivo do airbag é
inflar-se contra o passageiro, provocando uma ace-
leração contrária à da frenagem devido à colisão do
automóvel.
X c) uma das maneiras de evitar a chuva ácida é dimi-
nuir a quantidade de gases poluidores lançados
na atmosfera, utilizando combustíveis livres de
enxofre, conhecidos ecologicamente como corre-
tos;
d) um sistema de purificação de gases nas indústrias
aumentaria a quantidade de gases poluentes lan-
çados à atmosfera, não produzindo precipitações
ácidas que caem na superfície;
e) o álcool não contém impurezas de enxofre e, portan-
to, contribui para o aparecimento de ácido sulfúrico
na chuva.
3. Com a intenção de promover um melhoramento genético
em seu rebanho de caprinos, um criador adquiriu um
casal de pelo longo para tentar aumentar a frequência
dessa característica entre seus animais. Essa caracte-
rística é condicionada por um único gene.
O heredograma abaixo apresenta o resultado dos pri-
meiros cruzamentos, envolvendo esses animais, que
estão representados por 1 e 2:

2. O químico e climatologista Robert Angus Smith usou,

pela primeira vez, a expressão “chuva ácida” para des-
crever a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade
de Manchester, no início da Revolução Industrial. Com
o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas
inerentes às chuvas ácidas têm-se tornado cada vez
mais sérios.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

A queima do carvão, dos combustíveis derivados do
petróleo (gasolina e diesel) e dos poluentes indus-
triais lança na atmosfera dióxido de enxofre (SO2)
e dióxido de nitrogênio (NO2). Esses gases reagem
com o vapor-d’água, resultando em chuvas ácidas, Após a análise dos dados, pode-se afirmar correta-
que, ao caírem na superfície, alteram a composição mente que:
química do solo e das águas, poluindo severamente a) a característica de pelo longo é recessiva;
o ecossistema.
b) todos os animais assinalados em escuro são homo-
Em relação ao exposto e aos seus conhecimentos sobre zigotos recessivos;
a chuva ácida, pode-se afirmar que:
c) o indivíduo 10 é obrigatoriamente heterozigoto;
a) a extinção do desenvolvimento industrial resolveria
X d) os indivíduos 1, 2, 7 e 8 são heterozigotos;
por completo os problemas da poluição atmosférica;
e) os indivíduos 4, 5, 6 e 10, por serem filhos de
b) o aumento da quantidade de gases lançados na
animais com pelos longos, possuem o gene de pelo
atmosfera pela utilização de combustíveis com alto
Volume 4

longo no seu genoma.

teor de enxofre minimizaria os efeitos provocados
pela chuva ácida;

7
 4.

Disponível em: <http://www.agua.bio.br/botao_d_L.htm>. Acesso em: 09 out. 2009.

Na estação de tratamento da água (ETA), dependendo da sua qualidade original, um ou mais processos de tratamento
são aplicados. Entre os principais estão: floculação, decantação, filtração, fluoretação e desinfecção.
Normalmente, o tratamento da água para o consumo passa por duas etapas. O tratamento inicial envolve somente
processos físicos, como peneiramento, sedimentação ou decantação e aeração. Na etapa final, o pH da água é elevado,
com a introdução de uma base ou de um sal básico, conhecido como barrilha (carbonato de sódio). Após o ajuste do
pH, adiciona-se o sulfato de alumínio. Este é um sal solúvel que, em água, forma o hidróxido de alumínio. O hidróxido
de alumínio, por ser uma base praticamente insolúvel, forma flocos juntamente com as partículas em suspensão. Os
flocos formados sofrem, posteriormente, um processo de sedimentação, depositando-se no fundo do tanque. Após a
sedimentação, a água passa por um processo de filtragem e de desinfecção, pela adição de cloro.
De acordo com as informações, é correto afirmar que:
a) o tratamento da água é simples e barato, por isso economizar água faz parte de nossas obrigações;
b) a economia e o uso irracional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão;
c) atitudes simples, como fechar bem as torneiras, tomar banhos curtos, reutilizar a água para diversas atividades,
não jogar lixo em rios e lagos, são formas de tratamento da água;
d) não é necessário um tratamento prévio da água antes de ela chegar às nossas casas;
X e) o uso irracional da água e a poluição de mananciais podem ocasionar a falta de água doce que é levada até uma
estação de tratamento (ETA).

5.
O ácido clorídrico é responsável pela transformação dos compostos presentes nos alimentos em substâncias essenciais
para a manutenção do organismo. No entanto, quando a mucosa do estômago passa a produzir esse ácido em excesso,
o resultado pode ser ruim para a saúde.
Para acabar com a incômoda fornalha produzida pela acidez, o jeito mais rápido é recorrer aos antiácidos vendidos nas
farmácias. Esses medicamentos são constituídos principalmente por bases, substâncias químicas capazes de neutralizar
a ação excessiva do ácido clorídrico.
Porém, nem todo hidróxido serve para atacar a acidez estomacal. Para isso são necessárias bases com características
específicas. Elas devem ser atóxicas e pertencer ao grupo de bases pouco solúveis em água. Os antiácidos geralmente
são formados por duas bases, hidróxido de magnésio e hidróxido de alumínio. Essas bases são encontradas nas farmácias
em forma de suspensões e pastilhas. Assim, reagem mais lentamente com o excesso de ácido clorídrico no estômago,
aliviando a sensação de mal-estar por mais tempo.
AZIA? Magnésia nela! Disponível em: <http://www.prevest.com.br/ler.php?id=364>. Acesso em: 10 out. 2009.
Com base nas informações e em seus conhecimentos, é correto afirmar que:
a) a acidez no estômago é anormal, desnecessária e inconveniente, pois resulta em mal-estar e indisposição;
b) o uso de bases fortes (NaOH e KOH), como antiácidos, seria ideal para uma rápida e eficaz neutralização da sensação
de ardor provocada pelo estômago, em função do ácido clorídrico produzido;

8
 c) o antiácido possui uma substância alcalina que
elimina todo o ácido produzido no estômago;
X d) o ácido clorídrico (HCℓ) é uma substância produzida
pela mucosa gástrica, fundamental para a digestão,
porém uma disfunção na sua produção provoca
sintomas que podem ser atenuados com a ingestão
dos populares antiácidos;
e) o objetivo do antiácido é eliminar completamente
a produção de ácido clorídrico no estômago.
6. Observe a litografia abaixo de Maurits Cornelis Escher:
ESCHER, Maurits Cornelis. Escada acima escada abaixo.
1960. 1 litografia. P&B. Escher Museum, Holanda.
No telhado da construção, há uma escadaria em que
os monges sobem e descem. No nível intermediário, há
um monge recostado no parapeito e outro sentado na
escadaria próximo ao solo. Com relação a essa gravura
e com base em conceitos físicos, é correto afirmar que:
X a) a princípio, parece que, ao subir os degraus, os
monges adquirem energia potencial gravitacional,
pois vão para uma altura maior; porém o desenho
é construído de forma a gerar uma ilusão de óti-
ca, pois, na realidade, o início e o final da escada
encontram-se no mesmo nível;
b) a energia potencial gravitacional está relacionada
com a altura de um corpo, assim o monge sentado
possui maior energia potencial gravitacional do que
os outros monges da figura;
c) muitas obras de Escher fazem referência à Matemática
e às Ciências, essa, em especial, trata do conceito físico
de impulso ao retratar os monges subindo as escadas;
d) dois corpos à mesma altura sempre possuem a mes-
ma energia potencial gravitacional;
e) a força peso dos monges que sobem as escadas do
telhado realiza um trabalho igual a m . g . h a cada
volta que completam.
7. Anomalias cromossômicas são muito frequentes na
população. Em relação à síndrome de Down, aproxi-
madamente uma a cada 650 crianças nasce com essa
síndrome, que se caracteriza pela presença de um
cromossomo 21 a mais. Na maioria dos casos (95%),
o cromossomo extra é derivado da não disjunção cro-
mossômica na meiose I de origem materna, que pode
estar relacionada à idade da mãe. No gráfico, pode-se
observar a distribuição das crianças com síndrome de
Down e o grupo-controle, em função da idade materna:
Fonte: GUSMÃO, Fábio A. F.; TAVARES, Eraldo J. M.; Moreira, Lília Maria
de Azevedo. Maternal age and Down syndrome in Northeast Brazil.
Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, jul./ago. 2003.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102311X20
03000400020&script=sci_arttext#figura1>. Acesso em: 15 out. 2009.
Analisando-se o gráfico apresentado e considerando-se
as características das anomalias no número de cromos-
somos, é correto afirmar que:
a) a síndrome de Down ocorre principalmente em filhos
de mães jovens, com idade entre 25 e 29 anos;
X b) apesar de grande parte da origem do cromossomo
21 a mais da síndrome de Down ser proveniente da
não disjunção na meiose I de origem materna, cro-
mossomos extra-numéricos podem ser provenientes
tanto da espermatogênese quanto da ovulogênese;
c) as alterações numéricas nos cromossomos, como as
que condicionam a síndrome de Down, de Edwards
e de Patau, podem acontecer devido a erros na
transcrição do RNA;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
d) as síndromes extranuméricas ocorrem somente em
filhos e filhas de mulheres que dão à luz em idade
avançada;
e) de acordo com o gráfico, não há crianças com sín-
drome de Down cujas mães tenham menos de 20
anos de idade.
8. O diabetes é uma doença condicionada por problemas
no metabolismo da glicose que podem envolver a defi-
ciência na produção de um hormônio relacionado a esse
processo, a insulina. A maioria dos tipos de diabetes
existentes é hereditária, e a doença pode aparecer em
crianças cujos pais não são diabéticos. Em alguns tipos,
os sintomas da doença podem ser evitados ou atenuados
Volume 4
por meio da administração de injeções de insulina, que
mantém os níveis de glicemia baixos. A administração
de insulina aos diabéticos:
9
 a) evitará que eles tenham filhos com esse distúrbio;
b) altera o genoma dos doentes e acaba com a doença;
c) trata os sintomas, e a cura é transmitida aos filhos
dos doentes;
X d) altera apenas o fenótipo dos indivíduos;
e) impede que o gene do diabetes se manifeste e ga-
rante a cura da doença.
9. As esteiras mais modernas, frequentemente utilizadas
em academias, possuem um computador com visor que
informa o tempo, a distância, a velocidade, os batimentos
cardíacos e as calorias gastas, entre outras funções. Em
determinada academia de ginástica, uma jovem anda sobre
uma esteira rolante horizontal cujo visor informa que ela
andou a uma velocidade constante de 6 km/h e que, du-
rante 30 minutos, foram consumidas 138,5 quilocalorias.
Na mesma academia, pode-se ver uma tabela com o
gasto calórico, caso se faça uso da esteira por uma hora
em diferentes velocidades:
Velocidade Gasto calórico em
(km/h) 1 h (kcal)
2 183
6 277
8 584
12 986
Fonte: <http://www.mayoclinic.com/health/
exercise/SM00109>. Acesso em: 10 out. 2009.
Sobre esse exercício físico, é correto afirmar que:
a) o tempo é inversamente proporcional ao gasto
calórico;
b) a velocidade é diretamente proporcional ao gasto
calórico;
c) o gasto calórico é uma medida da potência utilizada
pela jovem durante o exercício físico;
X d) a energia gasta durante o exercício físico, dada em
quilocalorias, depende da velocidade e do tempo de
duração da atividade realizada;
e) a energia gasta, cuja unidade é o joule, não tem
relação com o consumo calórico informado.
10. A poluição do ar pode ser definida como a introdução
na atmosfera de qualquer matéria ou energia que venha
a alterar as suas propriedades, afetando, ou podendo
afetar, a saúde dos seres humanos.
A poluição gerada nas cidades de hoje é resultado, prin-
cipalmente, da queima de combustíveis fósseis, como
carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e diesel).
Esses dois combustíveis são responsáveis pela geração de
energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de
transportes de grande parte das economias do mundo.
A queima desses produtos tem lançado na atmosfera
uma grande quantidade de monóxido de carbono (CO),
10
dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx),
dióxido de enxofre (SO2), entre outros.
Considerando o exposto e seus conhecimentos cientí-
ficos, é correto afirmar que:
a) os óxidos liberados pelos meios de transporte em
contato com o vapor-d’água do ar atmosférico
formam substâncias básicas, acarretando inúmeros
problemas ambientais;
b) as emissões causadas pelos veículos não provocam
precipitações ácidas que caem na superfície, portanto
não alteram a composição química do solo e das águas;
X c) a tecnologia tem avançado no sentido de gerar
máquinas e combustíveis menos poluentes ou que
não gerem poluição. No Brasil, por exemplo, temos
milhões de carros movidos a álcool;
d) a produção de dióxido de carbono provoca um
aumento da concentração desse gás na atmosfera,
intensificando a chuva ácida;
e) enquanto não conseguirmos mudar a forma de
obtenção de energia, não podemos fazer nada para
evitar a poluição atmosférica.
11. O albinismo é uma característica que consiste em uma al-
teração genética decorrente da ausência de melanina. Essa
mutação gera a pouca pigmentação da pele, dos cabelos e
dos olhos, além de problemas visuais. Nos coelhos, a cor
da pelagem é controlada pelo gene C. O alelo C condicio-
na pelagem do tipo aguti; e o alelo c, pelagem albina.
Um macho aguti heterozigoto foi cruzado com uma
fêmea albina. Considerando que o cruzamento desses
dois animais gerou uma linhagem composta por oito
animais, espera-se que a quantidade de coelhos machos
aguti seja igual a:
a) 8; b) 6; c) 4; d) 3; X e) 2.
12.
[...] A queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo
e gás) gera anualmente mais de 5,7 Gt de carbono na
atmosfera, a estas [5,7 Gt de C] devem ser acrescidas
mais 2 Gt, provenientes da queima e derrubada de
florestas. Este carbono mais o captado pelos oceanos
e pela biota resultam em um aumento líquido de
3 Gt de carbono por ano na atmosfera. Em outras pala-
vras, desde 1860 os seres humanos lançaram cerca de
175 Gt de carbono na atmosfera.
Extrapolando estes números para 200 anos, a contar do
início da era industrial, o homem poderá lançar mais
carbono na atmosfera do que já existe atualmente na
massa total de seres vivos do planeta. [...]
SOUSA, Nilton José. Influência das queimadas da Amazônia sobre
o efeito estufa. Disponível em: <http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/
efeitoestufa.html>. Acesso em: 20 nov. 2009.
Pode-se concluir que, a partir do ano indicado, os seres
humanos emitiram na atmosfera cerca de:
 (Dados: Gigatonelada = 1 bilhão de toneladas; Constan-
te de Avogadro ≅ 6 . 1023 entidades quaisquer; Massa
atômica do carbono = 12 u)
a) 8,75 . 1033 íons de carbono;
b) 8,75 . 1033 átomos de carbono;
c) 8,75 . 1039 moléculas de carbono;
d) 8,75 . 1033 moléculas de carbono;
X e) 8,75 . 1039 átomos de carbono.
13. Nas rodovias brasileiras, é comum observarem-se
muitas carretas trafegando. Seus motoristas, além de
necessitarem grande perícia para a direção, devem ter
muito cuidado com a segurança de todos os usuários
da via. Isso porque a carreta possui uma massa muito
grande, e uma colisão pode causar estragos imensos
e acidentes muitas vezes fatais.
Suponha uma colisão entre um carro de 1 000 kg em
repouso e sem os freios acionados e uma carreta de 20
toneladas a uma velocidade de 108 km/h. Considere que,
após a colisão, a velocidade da carreta seja de 29 m/s.
Nesse caso, qual seria a velocidade do carro após a colisão?
a) 10 m/s X b) 20 m/s
c) 29 m/s d) 29,5 m/s
e) 40 m/s
14.
Caminhão derrama 50 mil litros de ácido na Dutra
Um caminhão bitrens (com dois tanques), transpor-
tando 50 mil litros de ácido nítrico, tombou sobre um
Honda Civic, nesta segunda-feira (26/10), por volta das
18 h, causando um incêndio de graves proporções, na al-
tura do município de Piraí, no Vale do Paraíba. Parte da
16. No banco de sangue de um hospital público, existem
carga vazou para as canaletas de escoamento de águas
pluviais que ficam no acostamento da rodovia. [...]
Uma enorme coluna de fumaça podia ser vista a quilô-
metros de distância e, com a interrupção do trânsito,
o engarrafamento se prolongou por vários quilômetros.
A empresa Bayer cedeu 600 kg de cal para absorção e
contenção do ácido.
CAMINHÃO derrama 50 mil litros de ácido na Dutra. Disponível em:
<http://rogeriotosta.blogspot.com/2009/10/caminhao-derrama-50-
mil-litros-de-acido.html>. Acesso em: 20 nov. 2009.
Considerando que toda a quantidade de cal viva (CaO)
fornecida pela empresa de produtos químicos seja uti-
lizada para a neutralização do ácido, pode-se concluir
que os 50 mil litros de ácido nítrico equivalem a:
(Dadas as massas molares (g/mol): H = 1; N = 14; O = 16;
Ca = 40)
a) 1,35 . 103 g X b) 1,35 . 103 kg
c) 6,75 . 102 g d) 6,75 . 102 kg
e) 1,07 . 103 kg
15. Resultados obtidos com experimentos de terapia gené-
tica realizados em macacos daltônicos mostraram que o
daltonismo pode ser corrigido na fase adulta da vida e
dão esperanças para que essa anomalia seja tratada, no
futuro, com a técnica.
O termo “daltonismo” é uma referência ao químico bri-
tânico John Dalton, que tinha problemas em visualizar
cores nos tons do verde e do vermelho. Esse distúrbio
atinge, em média, um em cada 12 homens e uma em
cada 230 mulheres.
O fato de o daltonismo ser menos frequente entre as
mulheres pode ser explicado porque:
a) para serem daltônicas, as mulheres devem possuir três
alelos recessivos para o referido gene do daltonismo;
b) o gene do daltonismo se localiza no cromossomo Y e,
como as mulheres não o possuem, apenas manifestam
a característica quando ocorre alguma mutação;
c) o gene do daltonismo só está presente nos cromosso-
mos sexuais, tanto X quanto Y e, como as mulheres
só apresentam XX, a probabilidade de expressarem
duplamente o gene é menor;
X d) para as mulheres serem daltônicas, elas necessitam
herdar os dois alelos recessivos do gene para o
daltonismo, um da mãe e outro do pai, pois com
apenas um alelo elas não manifestam o daltonismo
e são consideradas apenas portadoras;
e) entre as mulheres, a expressão do alelo recessivo
que determina o daltonismo, mesmo que esteja
presente apenas em dose única, é mascarada pelos
hormônios que determinam os caracteres sexuais
secundários femininos.
70 litros de sangue disponíveis para transfusão, caso
seja necessário. Os litros estão distribuídos entre os
seguintes tipos sanguíneos:
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
15 L – sangue tipo O negativo
08 L – sangue tipo B negativo
06 L – sangue tipo A negativo
05 L – sangue tipo AB negativo
17 L – sangue tipo O positivo
07 L – sangue tipo B positivo
07 L – sangue tipo A positivo
05 L – sangue tipo AB positivo
Se uma pessoa com tipo sanguíneo B positivo necessitar
de transfusão sanguínea desse banco de sangue, ela
poderá dispor de:
a) 12 litros de sangue; b) 23 litros de sangue;
Volume 4
c) 25 litros de sangue; X d) 47 litros de sangue;
e) 57 litros de sangue.
11
 17. A poluição atmosférica pode ser definida como a
emissão de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em
quantidade superior à capacidade do meio ambiente
de absorvê-los. Nas áreas metropolitanas das grandes
cidades, a atividade industrial e os meios de trans-
portes ocupam lugar de destaque na liberação dessas
substâncias nocivas. A maioria dos cientistas acredita
que essa contaminação da atmosfera é a principal
causa da formação de chuva ácida e do efeito estufa,
provocando, nos seres humanos, vários distúrbios res-
piratórios, alergias, ardência nos olhos, dor de cabeça e
até câncer. A situação se agrava no período do inverno
quando ocorre a interposição de uma camada de ar
quente entre a superfície terrestre e a massa de ar frio
do alto, conhecida como inversão térmica.
Considerando a dispersão dos poluentes atmosféricos,
indique a alternativa correta:
a) Os gases expelidos pelos automóveis e fábricas são,
geralmente, mais quentes que o ar atmosférico
que se encontra sobre o local. Por isso, sendo mais
densos, sobem.
b) Com o fenômeno meteorológico da inversão térmica,
a dispersão dos poluentes é facilitada, não prejudi-
cando a saúde dos habitantes.
c) Na inversão térmica, os gases poluentes conseguem
subir, pois estão mais densos que a camada de ar
quente superior.
X d) No verão, o ar mais próximo da superfície, que é
mais quente, ou seja, mais leve, pode ascender,
favorecendo a dispersão dos poluentes.
e) No período de inverno, os problemas respiratórios
da população ficam agravados, pois a inversão tér-
mica permite que os poluentes se distanciem da
superfície terrestre.
18. É comum os jornais trazerem cadernos voltados aos
automóveis, com classificados e, muitas vezes, matérias
com os resultados de testes de desempenho de veículos.
A seguir, é mostrada a comparação de desempenho
de dois veículos retirada de uma reportagem de tais
cadernos, os dados foram fornecidos pelos próprios
fabricantes e constam nos manuais dos carros:
Automóvel A – Motor 2.0 16V
Potência máxima – 128 cv a 5 200 RPM
Torque máximo – 19,2 mkgf a 4 000 RPM
Massa – 1 170 kg
Desempenho – velocidade máxima, 203 km/h; acele-
ração de 0 a 100 km/h, em 9,3 s
Consumo – em cidade, 9,4 km/L; em estrada, 16,1 km/L
Automóvel M – Motor 2.0 20V
Potência máxima – 127 cv a 5 500 RPM
Torque máximo – 17,9 mkgf a 4 500 RPM
12
Massa – 1 270 kg
Desempenho – velocidade máxima, 196 km/h; acele-
ração de 0 a 100 km/h, em 9,9 s
Consumo – em cidade, 9,2 km/L; em estrada, 13,8 km/L
Em relação ao exposto, é correto afirmar que:
a) na cidade, os veículos A e M têm um rendimento
muito próximo, porém, para trafegar na estrada, o
veículo M é mais econômico;
b) a massa dos carros não interfere em nada no seu
desempenho;
c) ao analisar o consumo do automóvel M, na estrada,
verifica-se que, em uma viagem de 10 h, consideran-
do 69 km/h como velocidade média, gastará menos
que um tanque de 45 litros de combustível;
d) o automóvel M é mais veloz do que o A durante o
período de aceleração, pois sua potência máxima é
dada em um giro maior do motor;
X e) durante o período de aceleração de 0 a 100 km/h,
o deslocamento do carro M é maior que do carro A.
19. Um dos teoremas enunciados por Galileu no livro Duas
novas ciências, de 1638, foi: “Se um móvel, partindo
do repouso, cai com um movimento uniformemente
acelerado, os espaços por ele percorridos em qualquer
tempo estão entre si na razão dupla dos tempos, a
saber, como os quadrados desses mesmos tempos”.
Com isso, ele quis dizer que, se um corpo com aceleração
constante percorre uma distância X1 no primeiro segun-
do, em dois segundos, percorrerá X2 = 22 . X1 = 4 . X1; em
três segundos, X3 = 32 . X1 = 9 . X1; em quatro segundos,
X4 = 42 . X1 = 16 . X1; e assim por diante. Portanto, é
correto afirmar que:
a) Galileu estava se referindo à aceleração da gravidade
ao estabelecer essa proporção, bastando multiplicá-
-la pelo quadrado do tempo para encontrar a altura
de queda;
X b) se Galileu conhecesse a altura de queda do primeiro
segundo, poderia calcular a altura de queda em
qualquer tempo;
c) segundo o teorema, o gráfico velocidade por tempo
é uma função quadrática;
d) o raciocínio descrito por Galileu não se aplica à
queda livre;
e) o teorema mostra que, se no primeiro segundo o
móvel percorreu 5 m, no segundo seguinte, percorrerá
20 m, totalizando um deslocamento de 25 m em 2 s.
20. Uma das mais modernas tecnologias na comercialização
de alimentos é o uso das embalagens a vácuo. O ar
removido do interior da embalagem aumenta o tempo
de vida do produto na prateleira, mantendo inalterado
o sabor e o frescor dos alimentos. Os equipamentos
 adequados para embalar a vácuo são máquinas seladoras Biotecnologicamente, os organismos transgênicos
com sistema de câmara e bomba de sucção de ar. possuem na sua constituição:
X a) genes de espécies diferentes;
b) apenas genes da mesma espécie;
c) genes manipulados e provenientes apenas de espé-
cies vegetais;

Dos gráficos abaixo, o que melhor representa o processo d) genes isolados e manipulados provenientes de hu-
descrito é: manos;
e) apenas genes provenientes de espécies utilizadas
a) b) na agropecuária.

22. A esteira de uma linha de produção funciona, nor-

malmente, com velocidade constante, transportando
objetos de um setor a outro de uma fábrica. A taxa
X c) d) de produção da esteira pode ser entendida como a
razão entre o número de unidades transportadas e
o tempo decorrido para o transporte. Uma maneira,
portanto, de aumentar a taxa de produção é:
e)

© 2000-2009 Dreamstime/Evgeniy-p
21. Arroz transgênico ajudará
no combate à deficiência de ferro
A engenharia genética está encontrando um caminho
para diminuir a incidência da deficiência de ferro, que
afeta dois bilhões de pessoas no mundo segundo a
Organização Mundial da Saúde. Um trabalho científico
[...] conseguiu aumentar o conteúdo férreo do arroz
polido por meio da transferência de dois genes de
planta em uma variedade de arroz já existente. [...]
a) aumentando a massa de cada unidade transportada;
O arroz possui uma grande quantidade de ferro, mas
b) diminuindo a velocidade da esteira;
apenas no tegumento (casca). Como o arroz com
casca fica rançoso rapidamente em climas tropicais e c) aumentando o comprimento da esteira;
subtropicais, o tegumento (rico em ferro) tem que ser X d) aumentando a frequência de giro da esteira;
removido para permitir o armazenamento. e) diminuindo a quantidade de objetos depositados na

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Pessoas com deficiência de ferro cansam facilmente, têm esteira.
problemas no metabolismo de substâncias nocivas em
23. Na espécie humana, a cor da pele é condicionada
seus corpos e, eventualmente, sofrem de anemia. Mulhe-
por vários fatores, tanto genéticos como ambientais.
res e crianças são particularmente afetadas em países em
Muitos cientistas consideram que o principal fator
desenvolvimento, onde o arroz é o principal alimento. O
genético esteja baseado em uma herança quantita-
arroz descascado, também chamado de arroz polido, não
tiva, envolvendo basicamente dois pares de genes. A
tem ferro suficiente para satisfazer as necessidades diá-
tabela, a seguir, mostra a relação entre os fenótipos
rias, mesmo se consumidos em grandes quantidades. Para
e os genótipos dos diferentes tipos de pele:
muitas pessoas, uma dieta equilibrada ou suplementos
de ferro são muitas vezes inacessíveis. [...] Fenótipos
Genótipos
ARROZ transgênico ajudará no combate à deficiência de ferro. Dis- (cor da pele)
ponível em: <http://www.cib.org.br/em_dia.php?id=1194>. Acesso
em: 30 nov. 2009.
Negro AA BB
Mulato AA Bb ou Aa BB
A produção de organismos transgênicos tem se tor-
Volume 4

nado uma informação constante nos meios de comu- Mulato médio AA bb, aa BB ou Aa Bb
nicação. Eles surgem como forma de resposta a vários Mulato claro Aa bb ou aa Bb
tipos de problemas que acometem as populações. Branco aa bb

13
 Considerando-se dois indivíduos mulatos claros (aaBb),
pode-se afirmar que:
a) eles nunca terão filhos brancos;
b) todos os filhos desse casal serão mulatos claros;
c) existe a probabilidade de que tenham filhos negros;
d) as meninas serão mulatas claras; e os meninos,
mulatos escuros;
X e) poderão ter filhos mulatos médios, mulatos claros
e brancos.
24. O corpo humano se constitui de um elaborado dispo-
sitivo que funciona, basicamente, por diferenças de
potencial elétrico e de pressão. Exemplos disso são a
contração muscular e as descargas elétricas a que es-
tão sujeitas as células nervosas (neurônios) em nosso
cérebro. A velocidade média aproximada de um pulso
elétrico entre células nervosas apresenta módulo de
25 m/s. Assim, ao pisarmos em um objeto pontiagudo,
por exemplo, a sensação de dor não é instantânea,
pois depende do tempo que demora para o estímulo
nervoso partir do pé e atingir o cérebro. Esse tempo é
de aproximadamente:
X a) 0,07 s b) 0,1 s c) 0,7 s
d) 1,0 s e) 1,7 s
25. Compostos de enxofre são usados em diversos processos
biológicos. Algumas bactérias utilizam o gás sulfídrico
(H2S) como fonte de hidrogênio em vez de água. O
enxofre é produzido no lugar do oxigênio por meio da
degradação do H2S, conforme a equação química não
balanceada a seguir:
CO2 + H2S → C6H12O6 + H2O + S
Na utilização de 68 g de H2S e gás carbônico em excesso,
a quantidade em matéria de enxofre formada na reação,
admitindo um rendimento final de 70%, foi de:
(Dadas as massas molares em g/mol: H = 1; C = 12;
O = 16; S = 32)
a) 2,0 mol; b) 1,0 mol;
X c) 1,4 mol; d) 2,8 mol;
e) 1,2 mol.
26. O transporte de sedimentos nas bacias hidrográficas
faz parte de diversas pesquisas científicas por estar
relacionado à ocorrência de enchentes, à degradação
do ambiente, à perda da capacidade de armazenamen-
to de água nos reservatórios para o abastecimento
público, ao comprometimento da vida útil de barra-
gens, entre outros.
Os sedimentos de uma região podem ser transportados
pelas enxurradas, chegando até pequenos córregos an-
tes de atingirem rios maiores. Assim, os grãos sólidos
14
e os nutrientes são levados de uma área para outra, e
a distância que eles percorrem é objeto de estudo. A
deposição dessas partículas sólidas pode tanto estar
muito próxima ao local de desagregação como pode
estar até fora da bacia hidrográfica de onde foram
removidas as partículas, tudo depende do peso das
partículas, da intensidade da chuva, da energia de
transporte fornecida pelo rio ou pelas chuvas, entre
outros.
Em relação ao transporte de sedimentos e com base no
texto fornecido, é correto afirmar que
a) quanto maior for o peso das partículas, maior será a
distância entre o depósito e o local de desagregação.
b) o peso das partículas não depende de sua massa, mas
o seu tamanho é fundamental para se determinar o
ponto de deposição.
c) se o volume de água de uma enxurrada aumentar,
então a energia de transporte deve diminuir e, con-
sequentemente, a deposição ocorrerá mais longe da
região de origem.
d) partículas pequenas serão depositadas a uma
distância menor do local de desagregação do que
partículas maiores, fato baseado no conceito físico
de força peso.
X e) a energia de transporte é um exemplo de energia
cinética, quanto maior for a energia de transporte
fornecido pelo rio ou pelas chuvas, mais longe será
o depósito dos sedimentos.
27. Um paciente chegou inconsciente ao hospital, em
consequência de um acidente caseiro que provocou um
grande ferimento abdominal. Rapidamente, o médico
o encaminhou à cirurgia e informou aos pais que ele
necessitaria receber sangue por transfusão. Os pais não
sabiam o tipo sanguíneo do filho, mas informaram que
o pai tinha sangue O, e a mãe tinha sangue do tipo
A. Sobre essa situação, marque a alternativa correta:
a) O médico poderia solicitar o envio de sangue do
tipo AB, considerado receptor universal. Assim o
paciente não correria o risco da aglutinação por
incompatibilidade.
b) A herança dos grupos sanguíneos é poligênica,
portanto seria impossível determinar os tipos san-
guíneos possíveis.
c) Antes de analisar a compatibilidade sanguínea, o mé-
dico deveria investigar o risco de eritroblastose fetal.
X d) O paciente tem 50% de chance de ser tipo O e 50%
de ser tipo A, então o ideal é pedir sangue O, pois
todas as pessoas podem receber sangue desse tipo.
e) Deveria pedir sangue do tipo A, pois o sangue do
tipo O não possui antígenos (aglutinogênios).
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

1. Dificuldade de dizer não (ou sim) b) se inscreve em uma categoria textual cujo objetivo
é o de descrever os assuntos e temas que circularam
A necessidade narcisista de sermos amados nos
nos jornais e revistas do país;
torna covardes e nos leva a assentir
c) se caracteriza pelo uso não padrão da língua e por
Durante toda minha infância, eu dizia “não” mesmo temas constituídos por fatos sociais relevantes;
quando queria dizer “sim”.
d) se apresenta em parágrafos, veiculando o ponto de
Usava o não como uma palavra de apoio, uma manei- vista de um veículo de comunicação sobre um evento
ra de começar a falar. Minha mãe: “Vou sair para fazer de relevância nacional;
compras; algo que você gostaria para o jantar?”. Eu,
e) se organiza por meio de uma estrutura bastante
enérgico: “Não”, acrescentando imediatamente: “Sim,
flexível em que o autor se direciona ao leitor com
estou a fim de ovos fritos (ou sei lá o quê)”.
a intenção de levá-lo a uma ação.
Entendi esse meu hábito muito mais tarde, quando li
“O Não e o Sim”, de René Spitz (ed. Martins Fontes). No fim 2.
da faculdade, Spitz era um dos meus autores preferidos,
o único, ao meu ver, que conciliava a psicanálise com
o estudo experimental do desenvolvimento infantil. No
livro, pequeno e crucial, Spitz nota que, nas crianças, o
uso do “não” aparece por volta do décimo oitavo mês de
vida, logo quando elas costumam falar de si na terceira
pessoa, como se precisassem (e conseguissem, enfim)
se enxergar como seres distintos dos outros.
Para Spitz, a aquisição da capacidade de dizer “não”
é um grande evento da primeira época da vida: a con-
quista da primeira palavra que serve para dialogar e
não só para designar um objeto. [...]
Em suma, durante muito tempo, eu persisti na atitu-
de de meus dois anos. Mais tarde, consegui me corrigir.
Mas em termos; sobrou-me uma paixão pelas adversati-
vas: mal consigo dizer “sim” sem acrescentar um “mas”
que limita meu consentimento. É um jeito de dizer que
aceito, mas minha aceitação não é incondicional. “Vamos
ao cinema?”. “Sim, mas à noite, não agora.” [...]
Bom, Spitz tinha razão, o uso do não e do sim permi-

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

tem o diálogo humano. Mas é um diálogo que (sejamos
otimistas) nem sempre tem a ver com as questões que
estão sendo discutidas; ele tem mais a ver com uma ne-
cessidade subjetiva: digo “não” para me separar do outro
ou digo “sim” para obter dele um olhar agradecido. Nos
dois casos, tento apenas alimentar a ilusão de que existo.
CALLIGARIS, Contardo. A dificuldade de dizer não (e sim). Folha de
S.Paulo. Folha Ilustrada. E12, 17 set. 2009.
Os diversos textos que circulam socialmente servem
para dar conta das nossas necessidades de comunica-
ção. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual,
é preciso que conheçamos os seus elementos. O artigo
de opinião é um texto que:
X a) se organiza em torno de um tema, representando em
COLOCAR uma criança para trabalhar na sua casa é tirar a infância
e o futuro dela. Criação McCann Erickson Publicidade Brasil.
Levando em consideração os recursos verbais e pictórios
que podem estruturar as campanhas publicitárias, é
correto afirmar que no texto:
a) o uso de foto em vez de desenho serve para aumen-
tar a verossimilhança da cena retratada.
b) há um apelo emocional na identificação da cena
retratada com a realidade do leitor;
c) o uso de cores fortes simboliza a agressão de que a
criança é vítima;
d) a imagem e a chamada se contrapõem, pois retratam
situações diferentes;
Volume 4

conjunto o ponto de vista defendido pelo autor, que X e) a imagem representa a infância subtraída da criança
utiliza estratégias argumentativas para convencer com o trabalho doméstico;
o leitor;

15
 3.
5.
UM BANHO mais rápido pode salvar vidas. Criação DM9DDDB, para a
Cia. Athlética e WWF-Brasil.
Os anúncios publicitários se caracterizam pela união de
imagens e texto com o intuito de divulgar um produto,
marca ou ideia. Analisando a composição da campanha
anterior, é correto afirmar que:
a) o texto explicativo apenas descreve a situação re-
presentada na imagem, apresentando indiretamente
a intenção da campanha;
b) a imagem não se relaciona com o texto, pois apenas
apresenta uma situação cômica paralela;
X c) a chamada possui mais de uma leitura: uma delas refere-
-se à imagem representada; e a outra, à ideia de-
fendida no texto explicativo;
d) a imagem não apresenta para o leitor o problema
mundial da ausência de água potável no mundo;
e) a imagem tem somente a intenção de reforçar a
ideia de desperdício de água explicada no texto.
4. No anúncio a seguir, o termo “claro” cumpre diferentes
X b) Na passagem “quando saem à noite para se divertir”,
funções e sugere múltiplas leituras. Pensando nisso,
assinale a opção incorreta sobre o texto:
Em breve a Claro trará o novo iphone 3G para o Brasil.
Isso é 3G. 3G é claro.
Disponível em: <http://www.claroimprensa.com.br/page/>. Acesso
em: 10 out. 2009
a) No fragmento “Em breve a Claro trará o novo iphone
para o Brasil” o termo “Claro” designa o nome da
empresa.
16
X b) Na passagem “Em breve a Claro trará o novo iphone
para o Brasil”, a expressão “Claro”, com letra
maiúscula, serve para destacar as qualidades do
grupo.
c) No trecho “3G é claro”, o termo “claro” se refere às
qualidades do serviço da empresa: ser nítido, puro,
limpo.
d) Na passagem “3G é claro”, a expressão “é claro”
também sugere a leitura “é óbvio”.
e) A repetição do termo “claro” serve como mecanismo
de convencimento, por meio da memorização.
Táxis rosa exclusivos para mulheres
começam a circular no México
Com assombro e curiosidade, os habitantes da
cidade mexicana de Puebla veem passar por suas ruas
coloniais 35 táxis rosa, cujo uso e manejo está restrito
para mulheres. “As pessoas nos param nas ruas para nos
parabenizar, e as mulheres querem saber como pedir por
uma corrida”, disse nesta segunda-feira à agência Efe
Lidia Hernández, uma das motoristas de Pink Taxis, a
companhia que diz ser pioneira do ramo no país.
Foi a insegurança que motivou a criação, em
algumas áreas do México, de transportes só para
mulheres, com o objetivo de evitar incômodos,
prejuízos e, em alguns casos, abusos. Na Cidade
do México existem, desde o ano passado, ônibus
exclusivos para mulheres e, há mais tempo, vagões
de metrô exclusivos, em horários de pico. [...]
“Ficamos satisfeitas quando, por exemplo, as mães
nos dizem que estão mais seguras por ter uma mulher
levando as filhas pra casa, quando saem à noite para
se divertir”, disse a taxista.
MEDRANO, Paula Escalada. Táxis rosa exclusivos para mulheres
começam a circular no México. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u640066.shtml>. Acesso em:
19 out 2009.
A partir da leitura do texto, analise os elementos que
contribuem para a coesão e a coerência textual e assi-
nale a opção correta:
a) No trecho “disse nesta segunda-feira à agência Efe
Lidia Hernández”, a expressão “à agência” indica o
local em que entrevista foi realizada.
a expressão “à noite” significa no período da noite.
c) No segmento “cujo uso e manejo está restrito para
mulheres”, a expressão “cujo” refere-se à “rosa”.
d) No trecho “há mais tempo”, a forma verbal “há”
significa existir, haver.
e) Na passagem “as mães nos dizem que estão mais
seguras”, o pronome “nos” refere-se à empresa de
táxi.
6. No anúncio anterior, há um jogo de palavras com a
intenção de atrair o leitor. Pensando nisso, analise os
dois usos do termo “campo” e assinale a opção correta:
X a) É um exemplo de polissemia, pois é uma palavra
que possui mais de uma significação.
b) Trata-se de uma paronímia, porque são palavras
parecidas na escrita e na pronúncia.
c) É um caso de homonímia, pois são duas palavras
distintas que possuem a mesma grafia e a mesma
pronúncia, mas significados diferentes.
d) Ocorre uma heteronímia, pois as palavras possuem
a mesma forma, mas sentidos opostos.
e) Há uma cacofonia, uma vez que a pronúncia é muito
similar e produz um som desagradável de caráter
pejorativo.

8. Leia este fragmento do livro Inocência, de Visconde

USE música. Não deixe a droga controlar a sua vida. Nações unidas, de Taunay, representante do Romantismo brasileiro, e
[s.d.] Campanha publicitária. assinale a opção correta sobre o trecho apresentado e
Os anúncios publicitários, frequentemente, fazem uso o movimento em questão:
de verbos no imperativo. Por toda a parte melancolia; de todos os lados té-
Analisando as formulações “Use música” e “Não deixe tricas perspectivas.
a droga controlar a sua vida” é correto afirmar que É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que
esse modo verbal: uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recan-
a) diminui a eficácia da mensagem porque não se dirige tos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos.
diretamente ao leitor; Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
b) é mais eficaz que o modo indicativo, pois é uma Transborda a vida. Não há ponto em que não brote o
forma mais educada de levar o leitor à ação; capim, em que não desabrochem rebentões com o olhar
sôfrego de quem espreita azada ocasião para buscar a
c) impede que a campanha cumpra o seu efeito, uma
liberdade, despedaçando as prisões de penosa clausura.
vez que não sugere ação alguma;
Aquela instantânea ressurreição nada, nada pode
X d) é um modo mais incisivo e breve, por esse motivo
pôr peias.
revela-se adequado ao impacto que o texto quer
causar; Basta uma noite, para que formosa alfombra verde,
verde-claro, verde-gaio, acetinado, cabra todas as tris-
e) não interfere na leitura da campanha, uma vez que
tezas de há pouco. Aprimoram-se depois os esforços;
se trata de uma questão meramente estilística.
rompem as flores do campo que desabotoam as carícias

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

7. da brisa as delicadas corolas e lhe entregam as primícias
dos seus cândidos perfumes.
TAUNAY, Visconde de. Inocência. Disponível em: <http://www.domi-
niopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_
obra=2017>. Acesso em: 12 out. 2009.
a) A passagem retrata os hábitos, a moda e o folclore
das classes populares do início do século XIX, o que a
O Brasil sempre foi respeitado no campo da bola. Hoje também é respeitado em muitos outros campos. torna singular entre as obras românticas do período.
b) Pela leitura do trecho, percebe-se que se trata de um
romance histórico que procura revisitar a história
do Brasil, exaltando o cenário nacional e a cultura
tipicamente brasileira.
c) Apresentando a estrutura folhetinesca típica do
O mundo aprendeu a respeitar o Brasil. E o Brasil confia nos brasileiros.
Romantismo, o trecho preza pela valorização do
Volume 4

GOVERNO Federal. Brasil um país de todos. Época. São Paulo: Globo, pitoresco e do regional, resgatando os hábitos do
n. 552, p. 28, 15 dez. 2008.
Império.

17
 d) O excerto retrata, com saudosismo, a cultura indí- O que o amor escondia
gena brasileira e o passado fiel da história nacional. Minha vida
X e) O trecho descreve de forma idealizada a paisagem Que fazer com minha alma perdida
mato-grossense, como os autores típicos da vertente Foi um raio de ilusão
regionalista do Romantismo brasileiro.
Bem no meu coração [...]
9. O movimento romântico é divido em três gerações muito DJAVAN. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/djavan/11339/>.
Acesso em: 01 out. 2009.
distintas entre si, que se caracterizam por temas e formas
variadas. Sabendo disso, analise o seguinte poema e assinale
Texto 2
a opção correta:
[...] Brasil
[...]
terra boa e gostosa
‘Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Da morena sestrosa
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam De olhar indiscreto
Como turba de infantes inquieta. Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo se admirá
‘Stamos em pleno mar... Do firmamento Ô Brasil do meu amor
Os astros saltam como espumas de ouro... Terra de Nosso Senhor
O mar em troca acende as ardentias, Brasil! Brasil!
– Constelações do líquido tesouro... Prá mim... prá mim... [...]
GILBERTO, João. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/joao-
Era um sonho dantesco... o tombadilho gilberto/100377/>. Acesso em: 01 out. 2009.
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar. Texto 3
Tinir de ferros... estalar de açoite... [...] “Estava à toa na vida
CASTRO, Alves. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov. O meu amor me chamou
br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16591>.
Acesso em: 09 out. 2009. Pra ver a banda passar
a) É típico da segunda geração romântica porque Cantando coisas de amor
compara o ser amado à natureza de forma idea- A minha gente sofrida
lizada. Despediu-se da dor
b) Representa a primeira geração romântica porque Pra ver a banda passar
exalta a natureza nacional, em especial o mar. Cantando coisas de amor [...]”
c) Pertence à primeira geração romântica porque se BUARQUE, Chico. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/chico-
volta ao passado, retratando o descobrimento do buarque/45099/>. Acesso em: 01 out. 2009.

Brasil. a) O texto 1 se reapropria do ideal romântico porque

X d) Trata-se de um exemplo de poema da geração condo-
reira, pois retrata a viagem dos escravos nos navios
negreiros.
e) Pertence à segunda geração romântica, pois o mar
é uma metáfora para a morte, assim como o amor.
10. De maneira geral, pode-se afirmar que as caracterís-
ticas do movimento romântico, desenvolvido no final
do século XIX, ainda estão presentes em diversas ma-
nifestações culturais contemporâneas. Com base nos
seus conhecimentos sobre esse movimento, analise os
trechos a seguir e assinale a opção incorreta:
Texto 1
Meu amor
Eu nem sei te dizer quanta dor
Mesmo a noite não sabia
18
expressa a subjetividade do “eu lírico” diante do
objeto amado.
b) O texto 2 atualiza os ideais da estética romântica
porque procura valorizar a identidade nacional.
X c) O texto 3 dialoga com o Romantismo porque exalta
o amor e a felicidade do casal enamorado.
d) O texto 1 expressa a melancolia e o pessimismo
típicos da estética romântica.
e) O texto 2, seguindo o modelo romântico, destaca os
aspectos naturais do Brasil, como forma de exaltar
o cenário local.
11. A healthy chocolate breakfast for kids?
Nutella, the chocolaty, hazel-nutty spread, has a
cult-like following. People love Nutella for its balance
of savory and sweet, and its versatility: You can put
 it inside crepes, atop waffles or eat it straight out of
the jar with a spoon. Its decadent creamy goodness
has inspired poetry, love songs and amateur music
videos.
Despite this undying adoration, the owners of
Nutella, the Ferrero family of Italy, are trying to spread
the love even further by convincing parents that
Nutella is part of a healthy, wholesome diet.
You may have noticed the latest television commercial
where a mom is seen serving up Nutella for breakfast,
her kids tucking in with eyes half shut in ecstasy like
they’re eating, well, chocolate spread on toast. […]
But is smearing healthy foods with fatty, sugary
substances a good diet strategy for kids? What’s next?
Asparagus dipped in chocolate?
VESTEL, Leora Broydo. A healthy chocolate breakfast for kids?
Disponível em: <http://bitten.blogs.nytimes.com/2009/10/08/
a-healthy-chocolate-breakfast-for-kids/?scp=8&sq=heathy%20
eating%202009&st=cse>. Acesso em: 10 out. 2009.
Despite describing how successful the chocolaty spread
Nutella is, the author aims at criticizing its consume
by kids, especially for breakfast. Mark the sentence
from the text that shows a kind of humor on her critic:
13.
a) Nutella, the chocolaty, hazel-nutty spread, has a
cult-like following.
X b) But is smearing healthy foods with fatty, sugary
substances a good diet strategy for kids? What’s
next? Asparagus dipped in chocolate?
c) Its decadent creamy goodness has inspired poetry,
love songs and amateur music videos.
d) Despite this undying adoration, the owners of
Nutella, the Ferrero family of Italy, are trying to
spread the love even further […].
e) […] her kids tucking in with eyes half shut in
ecstasy like they’re eating […].
12. Is it really stupid to cook?
Published October 12, 2009
[...] I have TRIED to get fast-food people to at least
think about offering sane, well-prepared food. They
insist they’re doing so already. They say the American
14.
public isn’t ready. […]
The fact is that fast food isn’t “bad” because it’s
fast – it’s bad because of crummy ingredients. And
it contains crummy ingredients because crummy
ingredients […] are more profitable than real
ingredients.
If you convince fast food chains that real food, of
a kind similar to home-cooked food, is profitable, you
have a shot. Until then, it’s hopeless.
BITTMAN, Mark. Disponível em: <http://bitten.blogs.nytimes.
com/2009/10/12/is-it-really-stupid-to cook/?scp=5&sq=heathy%20
eating%202009&st=cse>. Acesso em: 10 out. 2009.
No título, há um questionamento sobre se cozinhar é
realmente algo estúpido. A questão é respondida no
texto. Marque a alternativa que expressa tal resposta:
a) O autor confirma que a ideia de cozinhar, nos dias
de hoje, é realmente estúpida, diante de todas as
facilidades que temos para comprar fast food.
X b) O autor não vê a ideia de cozinhar como estúpida,
pois argumenta a favor da comida feita em casa e da
utilização de ingredientes saudáveis na preparação
dos alimentos.
c) Na opinião do autor, cozinhar é uma atividade estú-
pida, já que a população americana está habituada
a comer em redes fast food, que oferecem alimentos
saudáveis e baratos.
d) O autor expressa a ideia de que cozinhar em casa
é melhor do que comer em restaurantes fast food,
porque é mais rentável.
e) Para o autor, a ideia de cozinhar em casa ou de
que as redes de restaurante fast food utilizem
ingredientes reais é realmente estúpida e pouco
rentável.
Celebrity chefs, TV shows and Internet
change how we cook
Disponível em: <http://www.usatoday.com/news/health/2009-10-
11-recipe-for-change_N.htm>. Acesso em: 10 out. 2009.
O modo de cozinhar tem se transformado ao longo da
história e do tempo. O título acima, extraído de um artigo
sobre esse assunto, tem como objetivo informar que:
a) a forma como os grandes chefes cozinham é apre-
sentada em shows de TV e na internet;
b) a internet influencia a forma como os chefes famo-
sos cozinham;
c) receitas de chefes famosos são apresentadas em
shows de TV e disponibilizadas na internet;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
X d) os grandes chefes, os shows da TV e a internet
mudam a maneira como cozinhamos;
e) a forma de cozinhar dos chefes que são celebridades
dos programas de TV e da internet mudou.
FAT IN FIBER’S CLOTHING?
Nutrient-spiked foods top shopping lists
The Food and Drug Administration said Tuesday that
nutritional logos from food manufacturers may be
misleading consumers about the actual health benefits
of cereal, crackers and other processed foods. The
agency sent a letter to companies saying it will begin
cracking down on inaccurate food labeling. The FDA
did not name specific products or give a timeline for
Volume 4
enforcement.
Disponível em: <http://www.usatoday.com/news/health/2009-10-
20-fda-food-labels_N.htm>. Acesso em: 10 out. 2009.
19
 Pronomes são palavras que podem ser usadas para
substituir substantivos. It é um pronome pessoal e, no
trecho The agency sent a letter to companies saying it
will begin cracking down on inaccurate food labeling,
refere-se:
X a) à agência FDA;
b) às companhias;
c) à carta enviada pela FDA;
d) ao autor do texto;
e) aos rótulos de cereais.
15. Pixel lipstick, now improved
Published: September 30, 2009
Are the days of trying on six different shades
of lipstick at the Lancôme counter passé? If
Makeover Studio, the new and improved version of
DailyMakeover.com’s virtual makeover application,
has anything to do with it, then yes. By setting up a
free account and uploading a photo, a user may play
around with cosmetics from over 40 different brands,
including Shu Uemura, Dior and Lancôme. Hairstyles,
too, are part of the fun, including celebrity trends
like Jennifer Aniston’s Oscar braid.
ONE CLICK DailyMakeover’s new screen.
[…]
HOWARD, Hilary. Disponível em: <http://www.nytimes.
com/2009/10/01/fashion/01SKIN-3.html>. Acesso em: 10 out. 2009.
Visual resources are often used in texts with specific
purposes. In this text, the image of the DailyMakeover’s
screen is used in order to:
a) teach the reader how to access the site;
X b) demonstrate and clarify how the program works;
c) sell cosmetics advertised on the site;
d) show how customers’ faces will be after trying the
virtual makeover;
e) demonstrate how beautiful customers can be
accessing the site.
20
16. [...]
The sports and health industries are just beginning to
tap the computing power of smartphones. Applications
range from simple calorie counters to heart-rate
monitors that use complex metabolic calculations.
These apps can help an athlete achieve a personal
best, but some doctors say that more important is their
ability to produce no-fail routines for the sedentary
and obese, which could improve health and drive down
medical costs. […]
FURCHGOTT, Roy. Disponível em: <http://www.nytimes.
com/2009/09/10/technology/personaltech/10basics.html?scp=1&
sq=body+exercise+2009&st=nyt> Acesso em: 30 out. 2009.
The text above is about the use of new technology,
such as smartphones, to athletes’ trainings. The word
“which” is used to refer to:
a) athletes;
X b) smartphones apps;
c) no-fail routines;
d) health;
e) sports.
17. Sunscreen vs. Catch-up
The message from the beauty industry that night creams
combat aging either isn’t reaching most women or it is
failing to persuade them. Only 41 percent of women use
a moisturizer twice a day for their face, once most likely
at night, said Karen Grant, the vice president for beauty
at the NPD Group. But, Ms. Grant said, a certain kind of
shopper – one who is her own “anti-aging advocate” –
believes she must use an overnight treatment to undo
damage from environmental stressors like cigarette
smoke or ultraviolet rays.
Disponível em: <http://www.nytimes.com/2009/10/15/
fashion/15SkinSide.html?scp=7&sq=body%20beauty%20
2009&st=cse>. Acesso em: 10 out. 2009.
Neste trecho, há a informação de que, segundo a
indústria de cosméticos, as mulheres não mais estão
usando cremes noturnos de beleza para combater o
envelhecimento como em outros tempos. A palavra but
é um conectivo, empregada no texto com o objetivo de:
a) introduzir uma informação que justifica outra,
apresentada anteriormente;
b) introduzir uma explicação sobre a razão pela qual
algo, mencionado na frase anterior a ela, não acon-
tece ou não é possível;
X c) introduzir uma frase cuja informação contrasta com
as informações apresentadas nas frases anteriores
a ela;
d) apresentar exemplos que confirmem a ideia da frase
anterior;
e) introduzir uma frase que mude o assunto do texto.
18. Não me adotem
Nos últimos dias, entre uma viagem e outra, fui
bombardeado pelas notícias em torno da adoção e
da compra, pelo governo de Santa Catarina, de cerca
de 130 mil exemplares do meu romance Aventuras
provisórias, incluído num pacote de títulos de obras
literárias para distribuição escolar. Para quem não
sabe, essa é uma operação que, sob qualquer aspecto
jurídico e comercial, diz respeito exclusivamente à
editora do livro, às entidades oficiais que solicitam a
compra e às empresas distribuidoras que tiram o livro
da editora e o entregam para o estado. Sempre que
me adotam – eu sou de natureza um pouco chucra no
trato social, ainda que tenha melhorado bastante com
a idade – fico com a pulga atrás da orelha: vai sobrar
para mim. Recebo aquele afago no couro cabeludo
com uma desconfiança caipira. Talvez o estado vizinho
quisesse homenagear esse escritor nascido lá, o que é
sempre comovente. Assim, é claro, fiquei feliz – sou
vaidoso –, ainda que preocupado. Meus antecedentes
não são bons. Uma vez, e isso em Curitiba, tentaram
processar uma professora por ter indicado a leitura
do meu romance Juliano Pavollini – um parágrafo do
livro provocou sentimentos horríveis no pai de um
aluno, e por pouco a coisa não toma uma proporção
irracional. No caso de Santa Catarina, o montante da
compra poderia além de tudo atiçar a curiosidade sobre
a riqueza súbita do escritor, que teria atingido o seu
Santo Graal sem fazer força – mal sabem as pessoas que
o preço de compra nesses casos é ridiculamente baixo
e a porcentagem do autor uma merreca. Portanto,
fique o povo tranquilo, que ainda não foi dessa vez
que eu me forrei.
TEZZA, Cristovão. Não me adotem. Gazeta do Povo. 02 jun. 2009.
Disponível em: <http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/colunistas/
conteudo.phtml?tl=1&id=892442&tit=Nao-me-adotem>. Acesso em:
20 nov. 2009.
Analisando esse texto, pode-se afirmar que a lingua-
gem utilizada é intencionalmente informal. A adoção
de tal registro torna a crônica leve, atual e aproxima
o leitor pelo grau de informalidade que se estabele-
ce. Assinale a alternativa em que esse recurso não é
evidente:
a) “Nos últimos dias, entre uma viagem e outra, fui
bombardeado pelas notícias [...]”.
b) “[...] eu sou de natureza um pouco chucra no trato
social [...]”.
X c) “[...] essa é uma operação que, sob qualquer aspecto
jurídico e comercial, diz respeito exclusivamente à
editora do livro [...]”.
d) “[...] o preço de compra nesses casos é ridiculamente
baixo e a porcentagem do autor uma merreca”.
e) “[...] ainda não foi dessa vez que eu me forrei”.
19. Exitus letalis
A bula, da mesma forma que a poesia, tem suas
metáforas, os seus eufemismos, os seus mistérios, e as
partes melhores são sempre as que vêm sob os títulos
“precauções e/ou advertências” e “reações adversas”.
Essa parte da bula é certamente produzida por uma
equipe da qual fazem parte cientistas, gramáticos,
advo gados especialistas em ações indenizatórias,
poetas, criptógrafos, advogados criminalistas, mar-
queteiros, financistas e planejadores gráficos. Você
tem que alertar o usuário dos riscos que ele corre (e,
não se iluda, todo remédio tem um potencial de risco),
ainda que eufemicamente, pois, se o doente sofrer uma
reação grave ao ingerir o remédio, o laboratório, por
intermédio dos seus advogados, se defenderá dizendo
que o doente e o seu médico conheciam esses riscos,
devidamente explicitados na bula.
Vejam esta maravilha de eufemismo, de figura de
retórica usada para amenizar, maquiar ou camuflar
expressões desagradáveis empregando outras mais ame-
nas e incompreensíveis. Trecho da bula de determinado
remédio: “Uma proporção maior ou mesmo menor do
que 10% de...” (não cito o nome do remédio, aconse-
lhado pelo meu advogado) “pode evoluir para exitus
letalis” (o itálico é da bula).
Qual o poeta, mesmo entre os modernos, os her-
méticos ou os concretistas, seria capaz de eufemizar,
camuflando de maneira tão rica, o risco de morte –
“evoluir para exitus letalis”?
FONSECA, Rubem. Exitus letalis. Revista Língua Portuguesa, n. 28,
fev. 2008.
Analisando os recursos utilizados pelo autor, pode-se
dizer que a intenção da crônica é:
a) denunciar os laboratórios que utilizam elementos
nocivos à saúde dos consumidores;
X b) refletir sobre os usos da linguagem, em diversas
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
situações, aproximando a linguagem referencial da
linguagem literária;
c) mostrar a beleza dos termos literários e da lingua-
gem conativa presente tanto em textos literários
quanto em bulas de remédio;
d) explicar que a linguagem literária é utilizada em
várias situações porque é mais bela e rica do que a
linguagem referencial;
e) defender o uso da linguagem literária em todas as
áreas do conhecimento e em diferentes funções.
20. Eu foco, tu focas, ele foca
RIO DE JANEIRO – Já tratei do assunto nesta coluna,
Volume 4
mas, como diria o Cony, ninguém tomou providências.
Continuamos a chamar um filme de “longa”, mesmo
que ele tenha a rotineira hora e meia de projeção – o
21
 que, somando os trailers, os comerciais e o tempo que
se gasta indo lá fora comprar pipoca, perfaz uma sessão
ideal de duas horas. Então, por que “longa”?
Deve ser para distingui-lo dos “curtas”, que têm 12 ou
15 minutos. Mas quantos curtas você vê por ano a ponto
de obrigarem um filme normal a ser chamado de longa?
Longas, até outro dia, eram “E o Vento Levou”, “Os 10
Mandamentos”, “Ben-Hur” e “Lawrence da Arábia”, que
duravam para lá de quatro horas. Se, hoje, qualquer filme
é um longa, o que seriam aqueles queridos mamutes?
Ou, quando se trata de filmes do passado – digamos,
“A Malvada”, com Bette Davis, ou “Barnabé, Tu És Meu”,
com Oscarito –, lê-se às vezes que eles foram gravados
assim ou assado. Só que os filmes do passado não eram
gravados. Eram filmados. Quem grava imagens é a tele-
visão, e o cinema, pelo menos o anterior a 1990, sempre
dependeu de película, laboratório, revelação e outras
práticas ancestrais.
Falando em gravar, não perdemos a mania de
escrever que “Fulano entrou em estúdio para gravar
seu novo CD”. Mas onde queriam que ele o gravas-
se? Na rua, do outro lado da calçada? “Entrar em
estúdio para gravar” é o mesmo que “apostar todas
as fichas”, “correr atrás do prejuízo” ou “dar nó em
pingo-d’água”. É escrever sem ter de pensar. Uma
palavra puxa outra, como uma locomotiva que arrasta
vagões vazios.
Mas minha grande birra é com o verbo “focar”. Quando
leio, por exemplo, que “Ronaldo foca voltar à seleção”,
conjugo imediatamente eu foco, tu focas, ele foca, e
imagino o Fenômeno batendo as nadadeiras. Com todo
o respeito.
CASTRO, Ruy. Eu foco, tu focas, ele foca. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2410200905.htm>. Acesso em:
20 nov. 2009.
Pode-se dizer que a tese defendida pelo autor é a de
que:
a) as palavras “longa”, “gravação” e “focar” deveriam
ser banidas da língua porque, como um vagão vazio,
não possuem significado;
b) muitas pessoas utilizam pleonasmos viciosos porque
não pensam no significado das palavras, como ocorre
com “gravação” e “foco”;
c) o funcionamento da linguagem sempre repete o
movimento de uma locomotiva que arrasta vagões
vazios;
d) o uso escrito dos termos “longa”, “gravação” e
“focar” é inadequado, mas na oralidade não há
problema;
X e) algumas expressões são utilizadas indevidamente
porque as pessoas não refletem sobre o seu uso,
apenas as repetem.
22
21. Sinopse
“O Andar do Bêbado”, do físico americano Leonard
Mlodinow, explica por que as pessoas apresentam
tanta dificuldade em aceitar o acaso e compreendê-lo.
Segundo Mlodinow, os processos aleatórios são fun-
damentais na natureza e onipresentes em nossa vida
cotidiana. Ainda assim, a maioria das pessoas não os
compreende nem pensa muito a seu respeito. Como
não estamos preparados para lidar com o acaso, muitas
vezes tomamos decisões erradas por ignorá-lo, apoiados
na ilusão de controle.
Num tom irreverente, o autor costura casos em-
blemáticos a teorias matemáticas, citando pesquisas
e exemplos presentes em todos os âmbitos da vida,
do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à
medicina.
Mais do que uma visão geral sobre aleatoriedade,
sorte e probabilidade, Mlodinow lembra que muitas
coisas em nossas vidas são tão previsíveis quanto o
próximo passo de um bêbado depois de uma noitada.
É impossível manter o mesmo olhar diante dos acon-
tecimentos depois de ler essas teorias.
O ANDAR do bêbado. Disponível em: <http://livraria.folha.com.br/
catalogo/1023633/o-andar-do-bebado>. Acesso em: 20 nov. 2009.
Os elementos em destaque no texto se referem respec-
tivamente a:
X a) acaso/os processos aleatórios/acaso;
b) O andar do bêbado/onipresentes/decisões;
c) aceitar/processos aleatórios/acaso;
d) acaso/vida cotidiana/preparados;
e) Leonard Mlodinow/natureza/decisões.
22. Analise a charge e assinale a opção correta:
JOSÉ TIAGO RECCHIA (material cedido pela Editora Gazeta do Povo S.A.)
a) O humor decorre somente da leitura da placa, sendo
a imagem meramente ilustrativa.
b) A partícula “se” em “paga-se bem mal” indica que
a mesma pessoa realiza e sofre a ação.
c) Na placa, o termo “mal” foi grafado incorretamente
para representar a ignorância dos personagens.
 X d) Há uma incorreção gramatical porque o verbo “pre-
cisar” exige a preposição “de” ausente na placa.
e) A expressão “bem mal” não foi utilizada adequa-
damente, pois se trata de uma expressão que não
existe na linguagem padrão.
23. Capítulo 9
Transição
E vejam agora com que destreza, com que arte faço
eu a maior transição deste livro. Vejam: o meu delírio
começou em presença de Virgília; Virgília foi o meu grão
pecado da juventude; não há juventude sem meninice;
meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos
nós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em
que nasci. Viram? Nenhuma juntura aparente, nada que
divirta a atenção pausada do leitor: nada. De modo que
o livro fica assim com todas as vantagens do método,
sem a rigidez do método. Na verdade, era tempo. Que
isto de método, sendo, como é, uma coisa indispensável,
todavia é melhor tê-lo sem gravata nem suspensórios,
mas um pouco à fresca e à solta, como quem não se lhe
dá da vizinha fronteira, nem do inspetor de quarteirão.
E como a eloquência, que há uma genuína e vibrante,
de uma arte natural e feiticeira, e outra tesa, engomada
e chocha. Vamos ao dia 20 de outubro.
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo:
Ática, 1988. p. 11.
Sobre o processo de narração do romance, é incorreto
afirmar que:
a) em diversas passagens, o narrador se dirige ao leitor
com o intuito de atrair e manter a sua atenção;
b) a defesa do método “à fresca e à solta” serve como
argumento para as escolhas do próprio narrador;
X c) defende a produção de uma literatura complexa, tesa
e feiticeira, ou seja, uma literatura que envolva o
leitor, seduzindo-o;
d) a referência à gravata e ao suspensório funciona
como uma metáfora para a rigidez, combatida pelo
narrador;
e) a metalinguagem funciona como um recurso cuja
X a) a predominância dos instintos naturais do homem,
intenção é persuadir o leitor e ganhar a sua con-
fiança.
24. Texto 1
Bom-Crioulo não estava satisfeito no couraçado,
naquela formidável prisão de aço, que lhe consumia
o tempo, e cuja disciplina – um horror de trabalho –
privava-o de ir à terra hoje sim, amanhã não, como nos
outros navios, Ah! mil vezes a corveta. mil vezes! Ao
menos tinha-se liberdade. Separado agora de Aleixo,
vivendo no meio de toda gente desconhecida e sem
amor, lembrava-se, com tristeza, da bela vida que
passara em companhia do grumete: um ano quase de
sossego e felicidade!... Era bem certo o ditado: não há
bem que sempre dure...
Enchia-se de ódio contra os superiores: – Uma cáfila!
Todos a mesma cousa; faziam do pobre marinheiro
um burro... Ninguém os entendia. – Revoltava-se
principalmente contra o Quartel-General que o mandara
passar da corveta para o couraçado. Não lhe custava nada
ir ao ministro, contar uma história muito grande e pedir,
inda que fosse de joelhos, outro embarque. Se duvidasse
muito, baixava ao hospital, desertava, ia-se embora pelo
mundo com o pequeno. Estavam enganadinhos! Bom-
-Crioulo tinha sangue nas guelras e era homem para
viver só num deserto...: “–... que os pariu!...”
Logo no primeiro dia teve o desgosto de ficar à
bordo: seu nome fora recomendado ao imediato em
bilhete especial: –“Muita cautela com o Amaro (Bom-
-Crioulo). É um praça irrepreensível quando não bebe,
mas em chupando seu copito, guarda debaixo! faz um
salseiro dos diabos”. Houve logo prevenção entre os
oficiais.
CAMINHA, Adolfo. Bom-Crioulo. Rio; São Paulo; Fortaleza: ACB Editoras,
2004. p. 61-62.
Texto 2
A narrativa é marcada pela vigorosa análise social a
partir de grupos humanos marginalizados, em que se
valoriza o coletivo; [...]. Por outro lado, o naturalismo
apresenta romances experimentais: a influência de
Darwin se faz sentir na máxima naturalista que enfatiza
a natureza animal do homem; isto é, antes de usar a
razão, o homem deixa-se levar pelos instintos naturais,
não podendo ser reprimido em suas manifestações
instintivas – como o sexo – pela moral da classe
dominante. A constante repressão leva às taras
psicológicas [...]
NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São
Paulo: Scipione, 1998. p. 181.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Comparando o trecho de Bom-Crioulo, de Adolfo Ca-
minha, e o texto teórico de José de Nicola, é correto
afirmar que:
típica do romance naturalista, está presente no
trecho “Enchia-se de ódio contra os superiores: –
Uma cáfila! Todos a mesma cousa; faziam do pobre
marinheiro um burro... Ninguém os entendia. – Re-
voltava-se principalmente contra o Quartel-General
[...]”;
b) a influência da teoria de Darwin é observada na
passagem em que o narrador apresenta a subjetivi-
dade do protagonista: “[...] vivendo no meio de toda
Volume 4
gente desconhecida e sem amor, lembrava-se, com
tristeza, da bela vida que passara em companhia
do grumete [...]”.
23
 c) se trata de um romance experimental, porque a
linguagem trabalhada reproduz o modo de falar
típico dos marinheiros como ocorre em “Revoltava-
-se principalmente contra o Quartel-General que o
mandara passar da corveta para o couraçado”;
d) a idealização do amor, recorrente nos romances
naturalistas, aparece na fuga para o passado em
“lembrava-se, com tristeza, da bela vida que passara
em companhia do grumete: um ano quase de sossego
e felicidade!...”;
e) a análise social com base nos grupos marginalizados
é evidente no uso da primeira pessoa e na apresen-
tação dos pensamentos do protagonista em “Ah! mil
vezes a corveta. mil vezes!”.
25.
As vozes calaram-se logo, fazendo o silêncio
completo: depois nada mais se ouviu.
Piedade ficou à janela. As trevas dissolveram-se
afinal; uma claridade triste formou-se no nascente e
foi, a pouco e pouco, se derramando pelo espaço. O
céu era uma argamassa cinzenta e gorda. O cortiço
acordava com o remancho das segundas-feiras;
ouviam-se os pigarros das ressacas de parati. As
casinhas abriam-se; vultos espreguiçados vinham
bocejando fazer a sua lavagem à bica; as chaminés
principiavam a fumegar; recendia o cheiro do café
torrado.
Piedade atirou um xale em cima dos ombros e saiu
ao pátio; a Machona, que acabava de aparecer à porta
do número 7 com um berro para acordar a família de
uma só vez, gritou-lhe:
– Bons dias, vizinha! Seu marido como vai? melhor?
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: FTD, 1993. p. 32.
Assinale a alternativa que explica corretamente a figura
de linguagem utilizada no trecho anterior e o objetivo
do autor ao empregar esse recurso:
a) Em “Piedade atirou um xale em cima dos ombros e
saiu ao pátio” a metáfora reflete a busca pelo “eu”
interior e a análise psicológica.
b) Em “Piedade ficou à janela” a metonímia coloca em
evidência a importância do meio para a composição
dos personagens.
c) Em “O céu era uma argamassa cinzenta e gorda” a
antítese representa as dúvidas e o pessimismo dos
personagens.
d) Em “– Bons dias, vizinha! Seu marido como vai?
melhor?” a ironia é uma crítica dos comportamentos
sociais da burguesia.
X e) Em “O cortiço acordava com o remancho das se-
gundas-feiras” a prosopopeia coloca em evidência o
próprio cortiço como mais um personagem da obra.
24
26. O vinho de Hebe
Quando do Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia...
A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossa taça estendemos-lhe, vazia...
E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.
Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.
CORREIA, Raimundo. O vinho de Hebe. Mundo Cultural. Disponível
em: <http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.
mundocultural.com.br/literatura1/parnasianismo/rcorrea.htm>. Acesso
em: 20 nov. 2009.
Analisando o poema de Raimundo Correia, podem-se
identificar várias características do movimento parna-
sianista, exceto:
a) a influência dos modelos greco-romanos na refe-
rência aos deuses pagãos, em especial Hebe, e ao
Olimpo;
X b) o compromisso com os problemas humanos, em
especial, a dicotomia entre desejo e religiosidade;
c) a imparcialidade e a objetividade almejada pelos
poetas parnasianos na apresentação detalhada das
cenas;
d) a linguagem elaborada e trabalhada, como se obser-
va na escolha dos termos “pródiga”, “sequiosos” e
“ressábios”;
e) o culto das formas no uso da métrica rigorosa, versos
decassílabos e rimas ricas como se pode observar
em “taça e passa”.
27. Older Women, Too, Struggle
with a Dangerous Secret
Mention anorexia or bulimia, and what comes to mind
is a skin-and-bones teenager caught in a ferocious
struggle to be thin.
But doctors say they are seeing a disturbing trend:
a growing group of women in their 30’s, 40’s and
50’s who have eating disorders. Most have husbands,
children, jobs and aging parents. They live with their
secret while trying to manage the other aspects of
their lives.[…]
In some cases, experts say, older women with eating
disorders know something is wrong, but they do not
 give a name to their problem. Some feel ashamed to
have an illness normally associated with teenagers.
[…]
Older women with eating disorders, experts say,
have much in common with teenagers who suffer
from the illnesses. Isolation, loneliness, lack of
self-esteem and a drive for perfection are present
for older women, too. What differs are the triggers
that set off the disorders.
MORRIS, Bonnie Hothman. Older Women, Too, Struggle with a
Dangerous Secret. The New York Times. 06 jul. 2004. Disponível em:
<http://www.nytimes.com/2004/07/06/health/older-women-too-
struggle-with-a-dangerous-secret.html?scp=21&sq=bulimia&st=nyt>.
Acesso em: 22 nov. 2009.
Eating disorders like anorexia or bulimia are usually
associated with teenagers. Nowadays, however, doctors
say that older women also live with these problems. The
author compares the two age groups by saying that:
a) older women eating disorders usually started in
adolescence, when they had a ferocious struggle
to be thin;
X b) both older women and teenagers with eating
disorders have characteristics in common, but the
causes for these problems are not the same;
c) the causes for eating disorders are the same in both
age groups;
d) teenagers usually feel embarrassed to have a
problem associated with older women;
e) both age groups have normal lives: husbands,
children, jobs and aging parents.
28. Teen “Pregnancy Pact”:  The Perfect Storm?
The shocking news from the small fishing town of
Gloucester, Massachusetts spread across the country
and around the world: 17 girls from one high school
were pregnant, part of a supposed ‘pregnancy pact’ in
which the students intentionally set out to become
teen mothers, with a vow to raise their babies
together. […]
Now a tidal wave of finger-pointing about who or what
was responsible for so many pregnancies tipped toward
a “perfect storm” of outside influences. […]
Gloucester’s mayor said the pregnancy rate was a
statistical “blip” and rued the lack of health education
funding. And the School Superintendent stated that
he’d never heard the term “pact” used by the students,
only by the media.
After days of silence, one of the girls finally appeared
on national television. 17-year-old Lindsey Oliver
denied the existence of a pact. “There was a group of
girls already pregnant that decided they were going to
help each other to finish school and raise their kids
together,” she said. “I think it was just a coincidence.”
Tell us what you think: Are the Gloucester teen
pregnancies the result of a “perfect storm” of outside
influences, or does responsibility lie elsewhere?
MACMANUS, Kathy. Teen “Pregnancy Pact”: The Perfect Storm?
Disponível em: <http://www.responsibilityproject.com/blog/
post/teen-pregnancy-pact-the-perfect-storm/?src=keyword_
s=yah_K=TeenPregnancies_C=Parenting_G=GloucesterTeens_Teen_
M=broad&OVRAW=teenage%20pregnant&OVKEY=teenage%20pregn
ancy&OVMTC=advanced&OVADID=15431036021&OVKWID=1596245
12521&ysmwa=RrFRE8HXu4UOfR9AagAahbTNEFWw0ocTNq1rR_5_
A4hfrFapgzhi4_9zZ8AT8zrn>. Acesso em: 22 nov. 2009.
The simultaneous pregnancy of 17 American teenagers
in the city of Gloucester were news all over the world
in 2008 and was called “pregnancy pact” by the media.
According to the text:
a) this pact means that their simultaneous pregnancy
was intentional because they planned to raise their
babies together;
b) the High School where they studied was the main
responsible for the teens’ pregnancy;
X c) their simultaneous pregnancy was not on purpose
once they were already pregnant before deciding
to help each other at school and with the babies;
d) their pact implied in getting pregnant at the same
time and taking care of each other babies;
e) the teens pregnancy was the result of a “perfect
storm” of outside influences.
29. Don’t Worry, Be Happy:
The Warranty Psychology
Many people would not think of making a major
purchase without doing research to find the best model
and the lowest price. But at the checkout counter, all
of that preparation often breaks down.
There, shoppers are asked to buy a product that few
have investigated: the extended warranty. New research
suggests that the appeal of such warranties depends
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
not only the inability of most people to assess risk, but
also on the emotional state of the buyer. The happier
you are, it turns out, the more risk-averse you become,
so the more likely you are to buy the protection. […]
DARLIM, Damo. Don’t Worry, Be Happy: The Warranty Psychology.
The New York Times. 06 nov. 2009. Disponível em: <http://
www.nytimes.com/2009/11/08/business/08every.html?_
r=1&scp=49&sq=internet%20shopping%202009&st=cse>. Acesso
em: 22 nov. 2009.
A maioria dos compradores preocupa-se com preços e
modelos, mas poucos pensam sobre garantia estendida
do produto, que é geralmente oferecida na hora do
pagamento. De que forma o autor justifica, no texto,
o título desse artigo?
X a) O autor argumenta que a aquisição da garantia es-
Volume 4
tendida também depende do estado emocional do
consumidor, ou seja, se ele estiver feliz, desejará
estar livre de riscos e pagará pela garantia.
25
 b) O autor apresenta dados de novas pesquisas, com-
provando que, quanto mais feliz está o consumidor,
mais riscos ele estará propenso a correr e, por isso,
mais facilmente adquirirá a garantia estendida de
um produto.
c) O autor informa que, no balcão de pagamento, a
maioria dos consumidores geralmente adquire a
garantia estendida dos produtos comprados.
d) O autor afirma que a falta de habilidade da
maioria dos consumidores para avaliar os riscos
que poderão sofrer após a compra de um produto
os leva à aquisição da garantia estendida desse
produto.
e) O autor afirma que compradores felizes são menos
propensos à compra de garantias estendidas de
produtos porque se sentem protegidos e livres de
riscos.
30. Eventually, online shoppers might simply need to
enter their cellphone number to pay for a purchase.
Two online payment start-ups, Zong and Obopay,
have taken a step closer to making that a reality.
[…]
“It’s really a matter of trying to simplify the user
experience and keep the user from having to re-enter
confidential information, spread across the Web,” said
Michael Ting, senior director of online payments at
Obopay. People are 10 times as likely to complete a
purchase when they can enter a cellphone number
instead of getting their wallet and entering credit
card information, said David Marcus, chief executive
of Zong. […]
MILLER, Clair Clain. Using a Cellphone Number to Pay for Virtual
Goods. The New York Times. 29 out. 2009. Disponível em: <http://
bits.blogs.nytimes.com/2009/10/29/using-a-cellphone-number-
to-pay-for-virtual-goods/?scp=31&sq=internet%20shopping%20
2009&st=cse>. Acesso em: 24 nov. 2009.
Os trechos apresentados objetivam anunciar ao
leitor duas novas possibilidades de pagamento para
compras on-line: os sites Zong e Obopay. De acordo
com o texto, a grande vantagem de pagamento via
esses sites é:
a) o uso do cartão de crédito, que facilita a compra
on-line;
b) a necessidade de cadastro e recadastro de informa-
ções confidenciais dos consumidores ao realizarem
compras na internet;
X c) o uso do número do telefone celular para pagamen-
tos, em vez de informações de cartão de crédito,
fato que motiva o consumidor a comprar;
26
d) a dificuldade, dez vezes maior, de compra on-line
com o uso de apenas o número do telefone celular
para o pagamento;
e) a facilidade com que as informações confidenciais
dos consumidores são espalhadas na internet.
31. Although media violence is not the only cause of
violence in American society, it is the single most easily
remediable contributing factor.
American Academy of Pediatrics. Pediatrics, June 6, 1995.
The quotation above describes the influence of
media violence in American society. The word
violence is described through the use of the
following adjectives:
a) Media, cause and factor.
X b) Single, remediable, contributing.
c) Single, cause, remediable.
d) American, single, remediable;
e) Media, single, contributing.
32. With globalization, full-length animated movies have
become today’s standard for fairy tales worldwide. […]
If fairy tales have been a social gauge through the
ages, then today’s tales suggest that Western society
has shifted even further from supporting biblical
values and principles to embracing the concepts of
relative morality and self-sufficiency. […]
ABLER, Alice. Lessons spurned. Disponível em: <http://www.
vision.org/visionmedia/article.aspx?id=153>. Acesso em: 25
nov. 2009.
Fairy tales are fictional stories that may feature
folkloric characters, such as fairies, goblins, elves,
giants, gnomes, etc., and magic or enchantments.
Not just the way fairy tales are “told” has changed
along history but also the concepts and values that
they involve. In this extract of the text the author
states that:
a) with globalization, fairy tales are told just through
the cinema;
b) the concepts presented in fairy tales today are more
related to biblical values and principles;
c) the Western society has changed its view in
relation to the concepts and principles presented
in animated movies;
X d) fairy tales, today, are more concerned with concepts
related to moral and self-sufficiency than in the
past;
e) nowadays, full-length animated movies are the main
resource used for story-telling.
 Ciências Humanas e suas Tecnologias

1. os meios de todos, da maneira que achar conveniente,

para assegurar a Paz e a Defesa Comum. O titular dessa
Estrutura da oferta mundial de energia* – por fonte pessoa chama-se SOBERANO, e se diz que possui Poder
Mundo Soberano. Todos os restantes são SÚDITOS.
Especificação HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de Rosina D’Angina. São Paulo:
1973 2006 Ícone, 2000. p. 126.
Petróleo e derivados 46,1 34,4
Sobre o absolutismo, é correto afirmar que:
Gás natural 16,0 20,5
a) o texto I demonstra a expansão das ideias protes-
Carvão mineral 24,5 26,0
tantes ao criticar a posição da Igreja Católica que
Nuclear 0,9 6,2 considerava blasfêmia e ateísmo a explicação do
Hidráulica e eletricidade 1,8 2,2 poder como de origem divina;
Biomassa 10,7 10,7 X b) o texto II explica a necessidade do poder abso-
Total (%) 100,0 100,0 lutista de maneira racional, não se utilizando
Total – milhões tep 6 155 11 741 de pressupostos divinos para legitimar o poder,
Fonte: RESENHA Energética Brasileira, Balanço Energético Nacional, explicitados na expressão: “assegurar a Paz e a
2008. Ministério das Minas e Energia. Disponível em: <http://www. Defesa Comum”;
mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/publicacoes/BEN/3_-_Resenha_
Energetica_2008/Resenha_energetica_-_2008-V4_-_25-05-09.pdf>. c) os textos I e II criticam a falta de poder que os sú-
Acesso em: 02 out. 2009. Adaptação. ditos detinham dentro das monarquias absolutistas;
* De acordo com o Balanço Energético Nacional, assim como nos balanços
energéticos de outros países, a soma do consumo final de energia, das
d) o texto I defende o poder absoluto do rei, de natu-
perdas na distribuição e armazenagem e das perdas nos processos de reza divina, enquanto o texto II o questiona, pois
transformação recebem a denominação de Oferta Interna de Energia – defende que o poder advém da multidão a qual
OIE, também denominada de demanda total de energia.
estabelece um pacto com o Estado;
Analisando a tabela, é possível concluir que:
e) o texto I defende a supremacia do poder da Igreja,
a) a oferta mundial de energia diminuiu de 1973 para até mesmo sobre o poder dos monarcas, ao se referir
2006; ao fato de que é “blasfêmia discutir o que Deus deve
b) a oferta de petróleo e de carvão mineral quase fazer”.
dobrou de 1973 para 2006;
3.
c) houve uma diminuição da oferta de energia hidráu- A energia eólica é, basicamente, aquela obtida da ener-
lica e eletricidade e do gás natural; gia cinética (do movimento) gerada pela migração das
d) a porcentagem da oferta da biomassa teve um au- massas de ar provocada pelas diferenças de temperatura
mento no período considerado; existentes na superfície do planeta. Não existem infor-
X e) a energia nuclear teve maior aumento na oferta de mações precisas sobre o período em que ela começou a

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

energia do que as outras fontes consideradas.
2. Texto I
Os reis são chamados deuses com razão, pois realizam
uma espécie de poder divino sobre a terra. [...] não é
legal discutir aquilo que concerne ao segredo do poder
do rei [...] é ateísmo e constitui blasfêmia discutir o que
Deus pode fazer. Do mesmo modo é presunção e grande
desdém em um súdito discutir o que pode fazer um rei.
JAIME I. Verdadeira lei das monarquias livres. In: LOPES, Marcos
Antônio. O espetáculo da realeza solar. Leituras da História, São
Paulo: Escala. Ano 1, n. 5, p. 74, 2008.
Texto II
A essência do Estado consiste nisso e pode ser assim
ser aplicada, visto que desde a Antiguidade dá origem à
energia mecânica utilizada na movimentação dos barcos
e em atividades econômicas básicas como bombeamento
de água e moagem de grãos.
A geração eólica ocorre pelo contato do vento com as
pás do cata-vento, elementos integrantes da usina.
Ao girar, essas pás dão origem à energia mecânica que
aciona o rotor do aerogerador, que produz a eletrici-
dade. A quantidade de energia mecânica transferida
– e, portanto, o potencial de energia elétrica a ser
produzida – está diretamente relacionada à densidade
do ar, à área coberta pela rotação das pás e à veloci-
dade do vento.
ATLAS de energia elétrica do Brasil/Agência Nacional de Energia
Volume 4

definida: Uma Pessoa instituída, pelos atos de uma Elétrica. 3. ed. Brasília: Aneel, 2008.
grande Multidão, mediante Pactos recíprocos uns com Há muitas vantagens em se utilizar a energia eólica,
os outros, como Autora, de modo a poder usar a força e principalmente, porque:
27
 X a) é renovável, perene, tem grande disponibilidade e
não é dependente de importação;
b) o custo de obtenção da energia por meio da instala-
ção de aerogeradores é muito barato se comparado
a outros tipos de energia;
c) a energia eólica, por ser renovável, é a única fonte
de energia utilizada por países subdesenvolvidos;
d) os aerogeradores precisam de pequenos espaços para
funcionar e não produzem ruídos nem impactos
visuais na paisagem;
e) a quantidade de aerogeradores não interfere na rota
dos pássaros nem libera ondas eletroeletromagné-
ticas que podem causar perturbações nos sistemas
de comunicação e transmissão de dados.
4. Utilizando seus conhecimentos sobre o Renascimento,
analise o texto e a imagem a seguir e marque a alterna-
tiva correta:
Que obra prima é o homem! Como é nobre pela razão!
Como é infinito em faculdade! Em forma de movimentos,
como é expressivo e maravilhoso! Nas ações, como se
parece com um anjo! Na inteligência, como se parece
com um deus! A maravilha do mundo! Protótipo dos
animais!
SHAKESPEARE, William. Hamlet, II, 2. In: BURNS, Edward McNall.
História da Civilização Ocidental: do homem das cavernas às naves
espaciais. São Paulo: Globo, 2005. p. 343. v. 1.
Dynamic Graphics
BUONARROTI, Michelangelo. David. 1501-04. Mármore: 434 cm.
Galeria da Academia de Belas Artes, Florença. Detalhe.
a) O texto demonstra o teocentrismo renascentista no
trecho: “como se parece com um deus”.
b) A imagem demonstra a expressão renascentista
baseada no naturalismo e na cópia da arte greco-
-romana.
c) A imagem reafirma a expressão do texto de Shakespeare:
“como se parece com um anjo”.
d) A imagem revela o uso da escultura como a melhor
expressão da arte renascentista, seguida principal-
mente pelos italianos Michelangelo e Leonardo da
Vinci.
X e) Tanto o texto quanto a imagem demonstram o he-
donismo (orgulho e perfeição humana) e retratam
o homem como a “maravilha do mundo”.
28
5. O Brasil e a nanotecnologia:
rumo à quarta revolução industrial
O mundo encontra-se no limiar de uma nova revo-
lução industrial, ou melhor, ele já está, de fato,
mergulhado nela: trata-se, obviamente, da trans-
formação radical dos processos e produtos de nossa
atual civilização industrial por meio da aplicação do
infinitamente pequeno às mais diferentes utilidades
da vida diária. Essa revolução é bem mais importante,
e mais desafiadora, do que aquelas que presidiram
ao domínio do homem sobre as forças da natureza
nas três revoluções anteriores ou etapas precedentes
de progressos materiais e tecnológicos desta nossa
civilização industrial.
ALMEIDA, Paulo Roberto. O Brasil e a nanotecnologia: rumo à
quarta revolução industrial. Revista Espaço Acadêmico, n. 52,
set. 2005. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.
br/052/52almeida.htm>. Acesso em: 02 out. 2009.
Com base no texto acima e nas revoluções industriais
ocorridas, infere-se que:
a) a Primeira Revolução Industrial utilizou o petróleo
como fonte de energia, uma vez que o óleo já era
utilizado desde a Antiguidade;
b) a Segunda Revolução Industrial só ocorreu porque
foi inventada a máquina a vapor e o tear mecâ-
nico;
c) a Terceira Revolução Industrial é caracterizada pela
utilização do carvão mineral como principal fonte
de energia;
X d) a Quarta Revolução Industrial que está se iniciando
utilizará a biotecnologia e a nanotecnologia, novos
materiais, elementos químicos e Biologia para o seu
desenvolvimento;
e) foi na Terceira Revolução Industrial que o mundo
passou a conhecer as novas formas de produção,
como o fordismo e toyotismo.
6. Texto I
1 Galileu foi o grande defensor do sistema heliocêntrico.
Sua tenacidade em defender suas ideias levou-o a ser
perseguido pela Igreja, sendo condenado a abjurar
publicamente tudo o que defendera fervorosamente.
5 Por isso, em 22 de junho de 1633, [...], aos 70 anos
de idade, Galileu teve que ler uma confissão perante o
Santo Ofício da Inquisição.
Uma lenda diz que, ainda postado de joelhos após ler a
negação de tudo que tinha defendido durante a vida, ao
10 levantar-se, Galileu murmurou: “E pur, si muove!” – “e,
no entanto, ela se move!”. Ele passou o resto da sua vida
em prisão domiciliar e morreu cego no dia 8 de janeiro
de 1642, na cidade de Florença, Itália, aos 78 anos.
OLIVEIRA, Adilson de. O mensageiro das estrelas. Disponível:
<http://cienciahoje.uol.com.br/135954>. Acesso em: 27 out. 2009.
 Texto II
1 Três séculos e meio após a sua morte, o papa João
Paulo II, que foi arcebispo de Carcóvia e gostava de se
chamar de “Cônego de Copérnico”, admitiu, em nome
da Igreja Católica, que Galileu havia sido injustiçado.
5 Tal admissão, feita em 1992, que parece obedecer a
uma motivação de relações públicas, recebeu uma
ótima manchete no New York Times: “Depois de 350
anos, o Vaticano diz que Galileu estava certo: a Terra
se move”.
SIMMONS, John. Os 100 maiores cientistas da História. Tradução
de Antonio Canavarro Pereira. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p. 70.
Por meio da leitura dos fragmentos apresentados, está
incorreto afirmar que:
a) o título da matéria publicada no New York Times,
citada no texto II, foi extraída da expressão que
consta nas linhas 10 e 11 do texto 1;
b) a situação vivida por Galileu Galilei, no texto I, se
enquadra no contexto da Contrarreforma e seu livro
foi relacionado no Índex;
c) Galileu Galilei não aceitava a teoria geocêntrica,
desenvolvida pelo grego Ptolomeu, segundo a qual
o Sol, a Lua e os demais planetas giravam em torno
da Terra;
d) Copérnico é autor da teoria heliocêntrica, que de-
senvolveu a noção de que a terra se movia em volta
do Sol em órbitas circulares;
X e) a teoria de que a Terra não ocupava o centro do
Sistema Solar era contraditória ao pensamento
renascentista, que valorizava o homem dentro do
Universo. Isso explica a grande perseguição imposta
a Galileu.
8. Agrossistemas são tipos ou modelos de produção agro-
7.
Descobrimento é um termo tradicionalmente empregado
pela historiografia latino-americana e ibérica, desde
o século XIX, para se referir à chegada dos primeiros
europeus à América e ao início da colonização deste
continente. [...] A crítica ao processo predatório de
colonização rendeu frutos e atualmente a maioria dos
historiadores latino-americanos prefere nem mesmo
falar de descobrimento, mas de conquista e colonização.
A razão para isso está no seu forte cunho ideológico.
Tal termo foi empregado para encobrir uma situação
histórica. Durante o século XVI, a Coroa espanhola pre-
gava que a conquista da América era um projeto cristão
de conversão dos gentios – os índios – à “verdadeira
fé”, entendida como catolicismo. [...]
Mas o século XX viu uma crítica cada vez mais crescente
a esse termo. [...] Muitos preferiam mesmo falar
de encontro de culturas, procurando assim, afastar
qualquer ideia de superioridade expressa pelos outros
termos. No entanto, visto a patente desigualdade
gerada por esse encontro, diversos são os historiadores
que optam por um termo que traduz a violência dos
primeiros contatos. A palavra “conquista”, assim, vem
ganhando espaço [...].
SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2006. p. 93-95.
Utilizando-se dos argumentos do texto e dos seus
conhecimentos sobre a chegada dos europeus ao con-
tinente americano durante a Idade Moderna, podemos
afirmar que:
X a) o uso do termo “encontro entre culturas” induz a
uma errônea concepção de igualdade e harmonia
na colonização;
b) a colonização da América espanhola diferiu da bra-
sileira, à medida que não se utilizou a escravidão
africana, apenas o trabalho compulsório, como
a encomienda, em que o gentio recebia algumas
vantagens em troca do seu trabalho;
c) o uso da palavra “descobrimento” para a chegada
do europeu vem sendo bastante utilizada, já que
ela traduz também a preocupação com a conversão
dos indígenas ao catolicismo;
d) as colônias inglesas não possuem a mesma preo-
cupação com a palavra que melhor traduz a sua
ocupação, já que não havia populações nativas e
as colônias foram exclusivamente de povoamento,
não havendo características exploratórias em sua
colonização;
e) a palavra “conquista” não pode ser usada para a
chegada dos europeus à América, por causa da
grande resistência indígena.
pecuária nos quais se observa a variação de cultivo ou
a criação praticadas, as técnicas utilizadas, a relação
da agricultura ou da pecuária com o espaço – tanto em
termos de densidade quanto da dimensão e propriedade
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
da terra – e qual destino da produção. Os agrossistemas
ou sistemas agrícolas são a principal fonte de alimentos
para a população. Observe as imagens:
Imagem I
Wikimedia Commons/José Reynaldo da Fonseca
Volume 4
29
 Imagem II X c) dentro do contexto do Renascimento, o poeta por-
tuguês exalta os feitos dos humildes marinheiros

Creative Commons/Mike Rosenberg

portugueses que enfrentavam a morte e as tormen-
tas;
d) as primeiras expedições marítimas portuguesas,
exaltadas no poema, ficaram conhecidas como
périplo africano;
e) o poema de Camões exalta a história portuguesa
desde a Idade Média até a expansão do mercantilis-
mo, com ênfase na importância do descobrimento
de um caminho marítimo para as Índias.

10. Texto I
A observação e análise das imagens permitem concluir
que:
a) a imagem I representa um agrossistema tradicional,
em que há o predomínio de máquinas e numerosa
mão de obra;
b) a imagem II representa um agrossistema moderno,
em que ocorre a utilização de máquinas e um con-
junto de técnicas para monitorar as necessidades
específicas do solo;
c) tanto a imagem I como a II mostram um agrossiste-
ma alternativo ou orgânico, em que há a utilização
de adubos químicos e defensivos agrícolas;
d) na propriedade da imagem II, pratica-se a atividade
de subsistência, ou seja, a produção é voltada para
o consumo interno da população;
X e) a imagem II representa a agricultura de jardinagem
(terraços); e a imagem I, o sistema de plantation,
ambas mostrando agrossistemas tradicionais.
Assegurar o acesso mundial à alimentação, face ao
impacto das mudanças climáticas, deve ser um dos
maiores desafios desse século. Atualmente quase um
bilhão de pessoas passa fome no mundo. Dessas, mais
de 900 milhões vivem em países em desenvolvimento,
que também serão os mais afetados pela mudança no
clima. Governos, organizações internacionais, socieda-
de civil, setor privado e outros atores devem trabalhar
juntos para enfrentar esses desafios e desenvolver
estratégias apropriadas de combate. [...]
SUSTENTABILIDADE: agricultura e recursos naturais. Disponível em:
<https://www.fao.org.br/sustentabilidade.asp>. Acesso em: 07 out.
2009.
Texto II
A situação de insegurança alimentar mundial piorou
e continua a representar uma séria ameaça para a
humanidade. [...]
Disponível em: <http://www.fao.org/nr/nr-home/en/>. Acesso em:
07 out. 2009.

9. No mar, tanta tormenta e tanto dano, Texto III

Tantas vezes a morte apercebida;
A Organização das Nações Unidas para Agricultura
Na terra, tanta guerra, tanto engano, e Alimentação (FAO) calcula que apenas os países
Tanta necessidade aborrecida, em desenvolvimento precisam investir anualmente
Onde pode acolher-se um fraco humano, US$ 44 bilhões em agricultura para alimentar sua
Onde terá segura a curta vida, população – calculada em 9 bilhões de pessoas
Que não se arme e se indigne o Céu sereno até 2050. Atualmente, os investimentos são de
Contra um bicho da terra tão pequeno! US$ 7,9 bilhões. [...]
CAMÕES. Os lusíadas. TEIXEIRA. Ivan. Os lusíadas: apresentação e AGROSOFT. ONU alerta: produção mundial de alimentos precisa
notas. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999. p. 146. aumentar 70% até 2050. Disponível em: <http://www.agrosoft.org.
br/agropag/212089.htm>. Acesso em: 14 out. 2009.
Considerando o fragmento do poema Os lusíadas, escri-
to por Luís Vaz de Camões, no século XVI, é incorreto Com base nos textos, os fatores que contribuem para
afirmar que: que a situação de insegurança alimentar continue
a) os versos de Camões são baseados na epopeia, uma são:
forma poética característica da Antiguidade Clássi- X a) o preço dos alimentos, que está alto nos países em
ca, que têm a Ilíada e a Odisseia como seus maiores desenvolvimento, e a crise global, que aumentou o
exemplos; desemprego e aprofundou a pobreza;
b) a obra Os lusíadas foi escrita por Luís Vaz de Camões, b) o preço dos alimentos, que está bem abaixo do valor
que representa o maior expoente da literatura por- do mercado em países desenvolvidos, e os poucos
tuguesa renascentista; investimentos em tecnologia agrícola;
30
 c) a inovação tecnológica nos sistemas agrícolas tradi-
cionais, que contratou mais trabalhadores rurais em
países desenvolvidos, e o desemprego estrutural;
d) o aumento da área cultivada em países subdesenvol-
vidos e os investimentos maciços que os governos
estão fazendo na agricultura comercial;
e) o investimento na agricultura, que é maciço em
países subdesenvolvidos, e toda a produção que é
consumida internamente.
11. Esses filósofos do século XVIII, que chamamos hoje de
iluministas, definiam a si mesmos como homens do
“século das luzes”. Para eles o século XVIII foi o ápice
da maturidade intelectual e racional do homem. Mas
tais filósofos não seguiam uma única corrente de pen-
samento, pelo contrário, possuíam múltiplos discursos,
não tinham nenhum manifesto ou programa de ideias,
e muitos, inclusive, se contestavam mutuamente. Essas
divergências dificultam a definição do Iluminismo,
como um movimento, pois não havia coerência de
pensamento.
SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2006. p. 210.
a) A tabela demonstra a excessiva cobrança de im-
postos da Coroa portuguesa, reduzindo a produção
brasileira a partir de 1870 e colaborando para o
desenrolar da Inconfidência Mineira.
b) A produção aurífera chegou ao seu auge entre os
anos de 1750 e 1754, quando, devido à importância
da economia brasileira para Portugal, o Brasil foi
elevado à condição de Reino Unido a Portugal e
Algarves.
X c) O movimento da Inconfidência Mineira foi uma
manifestação de um grupo economicamente forte
e está relacionado à intensa redução da produção
aurífera da década de 1780.
d) Apenas as regiões favorecidas pelas riquezas da
mineração tiveram contato com as ideias iluminis-
tas, que muitos filhos dos colonos adquiriram por
estudarem na Universidade de Coimbra.
e) A tabela demonstra as medidas implementadas pelo
Marquês de Pombal, que proibiu as manufaturas e
reduziu a extração aurífera na Colônia.
13.

2010 Istockphoto LP
Apesar das divergências entre os iluministas, algumas
características criaram coerência para que fossem iden-
tificados como grupo, exceto:
a) pelo racionalismo;
b) pela oposição à autoridade;
c) pela defesa à tolerância religiosa;
d) pela crítica à Igreja Católica;
X e) pela ideia do progresso.

12.
Produção de ouro brasileiro no século XVIII PICART, Bernard. A execução de Carlos I da Inglaterra em 1649. 1730.

Anos Total (kg) O acontecimento acima retrata o momento em que um

1700-1705 1 470 rei foi executado, após ter sido julgado e condenado por

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

1711-1715 6 500 traição. Dessa situação decorreu uma nova organização
da política inglesa que foi:
1730-1734 9 000
a) a formação de uma monarquia constitucional na
1745-1749 14 812
Inglaterra, ideia defendida pelo pensador inglês
1750-1754 15 760
John Locke;
1760-1764 10 499
b) o estabelecimento da Bill of Rights, acordo entre
1770-1774 8 779 o Parlamento inglês e Guilherme de Orange, que
1780-1784 6 284 limitou os poderes do rei;
1785-1789 4 911 c) a tomada do poder pelos levellers e pelos diggers,
1790-1794 4 510 puritanos que buscavam mudanças profundas, como
1795-1799 4 399 a divisão das terras com os pobres sem propriedade;
BETHEL, Leslie (Ed.). The Cambridge History of Latin America. d) a guerra civil entre os católicos, apoiados pelo rei
Cambridge, 1984. p. 594. v. 2. Carlos I, que queriam restabelecer esta religião como
Volume 4

De acordo com a análise dos dados, assinale a alterna- oficial na Inglaterra;

tiva que apresenta as possíveis relações entre a leitura X e) a República, que atendeu aos interesses da burgue-
da tabela e seus conhecimentos: sia com o Ato de Navegação.
31
 14. Mas a moda tem também outros significados. Sempre
pensei que ela vem, em grande parte, do desejo dos
privilegiados de se distinguirem custe o que custar
do pelotão que os segue, de erguer uma barreira,
como diz um siciliano de passagem por Paris, em
1714, “nada havendo que tanto leve as pessoas
nobres a desprezar os trajes dourados como vê-los
no corpo dos últimos homens do mundo”. É preciso,
portanto, inventar novos “trajes dourados” ou novos
sinais distintivos, sejam quais forem, e é sempre
desolador ver que “tudo mudou e as novas modas
burguesas, tanto para homens como para mulheres,
se confundem com as que adotam as pessoas de
qualidade” (1779).
BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo:
séculos XV-XVIII. Tradução de Telma Costa. São Paulo: Martins
Fontes, 1995. p. 292.
Por meio da leitura do fragmento de texto acima, assi-
nale a alternativa correta:
a) Para o autor, a moda era uma expressão da futilidade
de um grupo e não possui relação com o papel que
cada um ocupava na sociedade.
X b) Para o autor, a moda era utilizada para definir grupos
e diferenciá-los dos demais.
c) O siciliano do século XVIII considerava que a nobreza
lançava a moda e orgulhava-se de ela ser copiada
por outros elementos da sociedade.
d) No século XVIII, a burguesia passou a lançar a
moda melhorando bastante o padrão estético da
sociedade.
e) As “pessoas de qualidade” citadas no texto eram
os burgueses, que estabeleceram uma sociedade a
qual privilegiou as qualidades individuais.
15.
Era chegado o novo tempo. Abaixo a nobreza, os privi-
légios feudais, o clero, o rei e os girondinos traidores.
Havia uma conspiração no ar. Marat a denunciara. Os
conspiradores tinham um plano, primeiro eliminar
Marat, um elo entre a liderança revolucionária e os
miseráveis, depois um golpe de Estado e o envio de
todos para a guilhotina.
A burguesia não queria o aprofundamento da Revolução
para além do que já tivesse alcançado. Queria liberdade
comercial e política, mas não queria ver os seus bens
ameaçados pela malta liderada por Marat. Urgia parar
o carro da Revolução.
BARBEIRO, Heródoto. Marat: o amigo do povo. História viva, São
Paulo: Duetto, ano I, n. 1, p. 98, nov. 2003.
Com base na leitura acima, assinale a alternativa
incorreta:
32
a) Marat era representante dos jacobinos.
b) Os conspiradores eram representantes dos girondinos.
c) Os girondinos “traidores” foram enviados para a
guilhotina durante o terror, quando os jacobinos
assumiram o poder.
X d) O medo do “aprofundamento da Revolução” manifes-
tado pelos girondinos referia-se ao fato de não ter
havido, ainda, conquistas na área comercial e política.
e) A “malta” liderada por Marat era formada pelos sans
culotte, e a alta burguesia temia perder seus bens
para esse grupo.
16. Cidade pede a casais para ter 2.° filho
O governo de Xangai iniciou uma campanha para con-
vencer os casais da cidade chinesa a terem um segundo
filho – um sinal de preocupação com o envelhecimento
da população – informou o jornal China Daily. No país,
há uma política de controle da natalidade, que proíbe
casais de terem mais de uma criança.
“Nós defendemos que os casais elegíveis tenham dois
filhos porque isso pode ajudar a proporção de idosos e
aliviar a falta de mão de obra no futuro”, disse ao China
Daily Xie Lingli, chefe da Comissão de Planejamento
Familiar da cidade.
A mudança na política de Xangai – maior cidade da
China e centro financeiro do país – marca a primeira
vez em várias décadas, em que a procriação é estimulada
pelas autoridades.
CIDADE pede a casais para ter o 2.° filho. Gazeta do Povo, 25 jul.
2009. Caderno Mundo.
Com base no texto, pode-se inferir que:
a) a China adota a política do filho único desde a
década de 1920. Essa política foi adotada pelo país
para controlar a crescente população e garantir o
acesso à educação e à saúde;
b) a política de um filho é aplicada em todo o país,
sem distinção de área urbana ou rural. Com essa
política, não houve uma desigualdade no número
de homens e mulheres na população;
X c) o governo da cidade de Xangai, preocupado com o
envelhecimento da população e a futura falta de
população ativa, iniciou uma campanha para que
os casais tenham o segundo filho;
d) outros países do mundo adotam políticas de controle
da natalidade, como Brasil, Índia, Estados Unidos,
Bangladesh e Coreia do Sul;
e) a China apresenta, atualmente, altas taxas de
natalidade, baixas taxas de mortalidade, baixas
taxas de fecundidade e baixa expectativa de vida.
17. A composição de idades de uma população pode ser ex-
pressa, graficamente, por meio de pirâmides de idades:
X d) a pirâmide da Nigéria é a pirâmide clássica para
Considerando as informações dos gráficos, infere-se que:
a) os Estados Unidos apresentam altas taxas de nata-
lidade e baixas taxas de mortalidade;
b) as taxas de natalidade na China são mais baixas
do que na Nigéria, porém a esperança de vida na
Nigéria é maior;
c) a população feminina no México, principalmente a
jovem, é maior que a população feminina na mesma
faixa etária que a dos Estados Unidos;
países subdesenvolvidos, isto é, apresenta altas
taxas de natalidade, altas taxas de mortalidade e
baixa expectativa de vida;
e) a tendência da pirâmide etária da China é o aumento
das taxas de natalidade e mortalidade, aproximan-
do-se do modelo da pirâmide da Nigéria.

18. A tabela, a seguir, apresenta os indicadores socioeco-

nômicos de alguns países do mundo:
Esperança PIB per
Taxa de
média de capita
Países alfabetização IDH
vida (PPC em
(%)
(em anos) US$)
Noruega 80,5 99,0 53 433 0,971
Canadá 80,6 99,0 35 812 0,966
Coreia do Sul 79,2 99,0 24 801 0,937
Costa Rica 76,0 95,9 10 842 0,854
Maurício 72,1 87,4 11 296 0,804
Tunísia 73,8 77,7 7 520 0,769
Indonésia 70,5 92,0 3 712 0,734
Índia 63,4 66,0 2 753 0,612
Haiti 61,0 62,1 1 155 0,532
Moçambique 47,8 44,4 802 0,402
Afeganistão 43,6 28,0 679 0,352
Fonte: PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano, 2009.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Considerando os índices apresentados na tabela, é
correto afirmar que:
a) os países da tabela que apresentam as maiores taxas
de alfabetização estão todos localizados na Europa;
b) os países dos continentes africano e asiático apre-
sentam renda per capita superior a US$ 1.000, por-
que possuem grandes reservas de recursos minerais;
X c) o Afeganistão é o país que apresenta as taxas mais
baixas de esperança de vida, de alfabetização e renda
per capita em razão de guerras e conflitos internos;
d) entre todos os países de médio desenvolvimento
humano da tabela, o Haiti é o que apresenta a mais
alta taxa de esperança de vida;
Volume 4

e) Maurício, Tunísia, Indonésia, Costa Rica e Moçambi-

Fonte: U.S. Census Bureau. International Data Base (IDB). Disponível
em: <http://www.census.gov/ipc/www/idb/country.php>. Acesso que são países que possuem médio desenvolvimento
em: 22 nov. 2009. humano e se localizam na Ásia.
33
 19.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. p. 71. Adaptação.
De acordo com o mapa de densidade demográfica:
a) Brasil, Estados Unidos e China são os países que apresentam os mais baixos índices de densidade demográfica;
b) os países situados no Hemisfério Sul subdesenvolvido são os que apresentam os maiores índices de densidade
demográfica;
c) a Austrália é considerada um país do norte desenvolvido e possui altos índices de densidade demográfica, princi-
palmente no interior do país;
d) a Europa apresenta baixas densidades demográficas, que são chamadas de continentes dos vazios demográficos;
X e) alguns países localizados na Ásia, como Japão, Índia, Coreia do Sul e parte leste da China, são os que apresentam
os mais elevados índices de densidade demográfica.

20. O envelhecimento da população é um fenômeno generalizado. Em 2050, o mundo e todos os continentes, à exceção de
África, deverão ter mais pessoas idosas (pelo menos com 60 anos) do que crianças (abaixo dos 15 anos). Esta é uma
consequência natural da diminuição das taxas de mortalidade e do declínio, de alguma forma mais lento, nas taxas
de natalidade que tem ocorrido na maioria dos países em desenvolvimento.
RELATÓRIO do Desenvolvimento Humano, 2009. p. 43. Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2009_PT_Complete.pdf>. Acesso em:
22 nov. 2009.
O fenômeno descrito no texto corresponde à:
a) teoria de Malthus; X b) transição demográfica; c) teoria reformista;
d) transição etária; e) teoria socioeconômica.

34
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 5

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Volume 5

Matemática e suas Tecnologias

1. Em uma caixa em forma de paralelepípedo retângulo a) 10 b) 12 c) 8 X d) 20 e) 120

cujas medidas são 24 cm, 36 cm e 48 cm, serão guar-
3. As equações que determinam a área e o volume dos
dadas caixinhas em formato de cubo cujas dimensões
sólidos geométricos – cilindro, cone, cubo e esfera – são:
são números inteiros.
Área Volume
Cilindro
circular A = 2 . π . r . h + 2 . π . r2 V = π . r2 . h
reto
Cone 1
circular A = π . r . g + π . r2 V= . π . r2 . h
3
Com base nessas informações, marque a alternativa reto
correta:
4
a) A menor quantidade de caixinhas que podemos Esfera A = 4 . π . r2 V= . π . r3
3
guardar na caixa, de modo que não sobrem espaços
vazios, é 48.
Cubo A = 6 . a2 V = a3
b) É possível colocar 192 caixinhas com aresta igual a
6 cm e 96 caixinhas com aresta igual a 12 cm, de
modo que não sobrem espaços vazios na caixa. Considere que r é o raio da base, h é a altura, g é
X c) É possível colocar cubos com arestas medindo so- a geratriz e a é a aresta. Assim, sobre esses sólidos,
mente 1 cm, 2 cm, 3 cm, 4 cm, 6 cm ou 12 cm, de podemos afirmar que:
modo que não sobrem espaços vazios na caixa. a) a área total de um cubo cuja medida da aresta
d) É possível colocar caixinhas com aresta igual a 8 cm, r 2 é maior que a área de uma esfera cuja medida

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

de modo que não sobrem espaços vazios na caixa.
e) É possível colocar duas caixinhas com aresta de 24
cm, sem que sobrem espaços vazios.
2. João, como pai de família que é, realiza, todas as
segundas-feiras, as seguintes atividades:
• ir ao mercado fazer compras para a semana;
• levar, às 13 h, sua filha Maria Eduarda para a escola;
• ir ao banco tirar dinheiro para despesas gerais. O ho-
rário do banco é das 10 h às 16 h, ininterruptamente,
e ele vai sempre depois de deixar Maria Eduarda na
escola;
• buscar, às 17 h 30 min, a sua filha Maria Eduarda na
escola;
do raio é r;
b) o volume de um cubo cuja medida da aresta é a
cm é menor que o volume de um cone circular reto
cujas medidas da altura e o raio da base são a;
c) se um cilindro circular reto possui volume VCI e um
cone com a mesma medida da base e a mesma medida
da altura possui volume VCO, então VCI = 1 VCO;
3
X d) um cone e um cilindro possuem a mesma medida
do raio da base, e a medida da geratriz de um cone
é igual à medida da altura de um cilindro, então a
medida da área do cilindro é o dobro da medida da
área do cone;
e) um cilindro possui a medida da altura e do raio da
Volume 5

• passar no escritório para pegar a correspondência. base iguais a r, então a medida da área do cilindro
De quantas maneiras diferentes João pode cumprir é a metade da medida da área de uma esfera de
todas essas atividades? raio r.

3
 4. Nos campeonatos brasileiros de 2006, 2007 e 2008,
um time que atingiu 44 pontos ou mais, na classifica-
ção, ficou fora da chamada “zona de rebaixamento”,
mantendo-se na elite do futebol nacional, ou seja, na
série A. Considere que, no Campeonato Brasileiro de
2009, um time jogou os últimos quatro jogos, conse-
guindo 34 pontos, e que a pontuação mínima para não
ser rebaixado era de 44 pontos. Em cada vitória, são
somados três pontos para o vencedor e nenhum ponto
para o perdedor e, a cada empate, um ponto para cada
time. Quantas maneiras diferentes de resultado exis-
tiam para esses quatro jogos, a fim de que esse time
se mantivesse na série A?
a) 4 b) 1
c) 6 X d) 5
e) 2
5. O Campeonato Brasileiro de Futebol ou Brasileirão, da
série A, é composto por 20 times que jogam entre si.
Cada time joga com cada adversário duas partidas du-
rante todo o campeonato. Os jogos são distribuídos de
maneira que cada time joga uma vez por semana. Assim,
em cada semana, acontece uma rodada. Dessa forma, é
correto afirmar que o número de jogos de cada time é:
a) 19 b) 20
X c) 38 d) 39
e) 40
6. Uma pessoa, querendo aproveitar a energia solar a fim
de esquentar a água para tomar banho durante os dias
de sol, comprou tubos de PVC de 40 mm de diâmetro,
conectou-os entre si e fixou-os ao telhado da casa de
maneira que, com os raios do sol incidindo sobre esses
tubos, a água que estivesse contida neles e parada por
algum tempo esquentasse. Quando uma pessoa tomasse
banho, usaria a água quente que estava na tubulação.
Assim, toda a água quente usada no banho percorreria
toda a tubulação até chegar ao chuveiro. Com a saída da
água quente pelo chuveiro, na outra extremidade da tu-
bulação, entraria água fria, que a preencheria enquanto
a água quente estivesse sendo usada.
Considere que os banhos têm uma duração de 10 mi-
nutos em média e, em cada um, são gastos 160 litros
de água. Com base nesses dados, marque a alternativa
correta:
a) Se essa pessoa comprar 100 m de tubo, a água
contida é suficiente para um banho de 10 minutos.
b) Se essa pessoa comprar 120 m de tubo, a água
contida é suficiente para um banho de 12 minutos.
c) Se essa pessoa comprar 200 m de tubo, a água con-
tida é suficiente para um banho de, no máximo, 14
minutos.
4
X d) Para um banho de 18 minutos, são necessários 230
metros de tubos aproximadamente.
e) Para um banho de 5 minutos, são necessários menos
de 60 metros de tubos.
7. Uma maneira de medir o volume de um objeto é
mergulhá-lo em um recipiente em forma de prisma e
observar a elevação da altura da água. Conhecendo-se
algumas medidas da base desse recipiente, podemos
determinar o volume do objeto:
x
Se o recipiente é um cubo cuja medida da aresta é 2 dm
e, ao mergulhar a esfera, o nível da água se eleva em
x = 1,1 dm, a medida do raio da esfera é, aproxima-
damente:
X a) 1 dm
b) 1,2 dm
c) 2 dm
d) π dm
e) 4 dm
8. O jogo da Megassena consiste em escolher de 6 a 15
números de um cartão com 60 dezenas, e a aposta
mínima é de seis dezenas. A cada combinação de seis
dezenas, o preço é de R$ 2,00. Assim, o custo da aposta
de sete cartões com seis dezenas em cada é de R$ 14,00,
e o custo da aposta de um cartão com sete dezenas é
de R$ 14,00. Com base nessas informações, marque a
alternativa correta:
a) Uma pessoa que marca 7 dezenas em um cartão
concorre com 14 combinações diferentes.
b) Uma pessoa que marca 9 dezenas em um único
cartão paga R$ 18,00 pela aposta.
c) O total de combinações que pode ser formado,
utilizando os 60 números, é de aproximadamente
25 000 000.
X d) Uma pessoa que marca 8 dezenas em um cartão
concorre com 28 combinações diferentes.
e) Se uma pessoa fizer apostas com todas as combi-
nações possíveis, o prêmio estiver acumulado em
R$ 60.000.000,00 e, ainda, se essa pessoa for a
única a acertar, lucrará R$ 10.000.000,00 aproxi-
madamente.
9. O valor da soma determinada por
C08 . 20 − C18 1
C28 . 2
C38 . 23 + C84 . 4
C58 . 25 + C68 . 6
C78 . 27 + C88 . 28 é:
X a) 1 b) −1 c) 0 d) 28 e) 29

10. O Binômio de Newton:

(x + a)n = xn + C1n a1 xn–1 + C2n a2xn–2 + C3n a3xn–3 + ... + Cn−1 n–1 1
n a x +a
n

pode ser relacionado à Geometria Espacial, utilizando-se o volume do paralelepípedo retângulo. O volume de um parale-
lepípedo retângulo de dimensões a, b e c é V = a . b . c
Um sólido em formato de um cubo é formado por dois cubos, um com a medida da aresta igual a a, e outro com a medida
da aresta igual a b, e seis paralelepípedos, três deles com a, a e b como medidas das arestas, e outros três cujas medidas
das arestas são a, b e b.
Realizando-se a soma dos volumes dos oito sólidos que formam o sólido em formato de cubo, obtemos um volume igual a:
X a) (a + b)3 b) (a − b)2 c) (2a + b)3 d) (a + 2b)3 e) (a − 2b)3

11. Determinado colégio realizou uma gincana em que 14. Em uma indústria, duas máquinas, A e B, produzem a
uma das provas consistia em colocar três cartas, cada mesma peça. Da produção total, a máquina A produz
uma com uma letra (A, B e C) voltada para baixo. Um 60%; e a máquina B, o restante. Sabe-se ainda que,
integrante escolhido de cada equipe colocou as cartas das peças produzidas, 1,5% da máquina A e 2,5% da
em uma fileira e, depois disso, virou cada uma delas. máquina B são defeituosas. Dessa forma, podemos
Para cada carta virada, se estivesse em seu lugar próprio afirmar que:
do alfabeto, a equipe ganharia 10 pontos. Com base a) 4% das peças produzidas são defeituosas;
nisso, podemos afirmar que: b) ao escolher uma peça, a probabilidade de ela ser
1 produzida pela máquina A e ser defeituosa é maior
a) a probabilidade de uma equipe obter 30 pontos é ;
3 que a probabilidade de ela ser produzida pela má-
1 quina B e ser defeituosa;
b) a probabilidade de uma equipe obter 10 pontos é ;
6 X c) a probabilidade de a peça ser da máquina A e ser
c) uma equipe pode obter 20 pontos; defeituosa é de 0,9%;
1
d) a probabilidade de uma equipe não obter pontos é ; d) a probabilidade de a peça ser da máquina B e ser
2 defeituosa é de 2,5%;
X e) existem duas possibilidades de que nenhuma das letras
e) a probabilidade de a peça ser defeituosa e ser da
ocupe o seu lugar próprio no alfabeto.
máquina A é de 10 .
12. Em uma competição de paraquedismo, um paraquedista, 19
ao saltar de um avião sobre um campo de futebol cujas 15. Na Dinâmica, o trabalho τ realizado por uma força pode
medidas são 90 m de largura por 120 m de comprimento, ser calculado pela relação:

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

deve tocar o solo na área relativa ao círculo central cuja
medida do raio é 9,5 m. Determine, aproximadamente, a τ = F . d . cos θ
probabilidade de esse paraquedista tocar o solo dentro
do círculo central:
a) 7% X b) 2,6% c) 26%
d) 1,2% e) 13%
em que F é a força (constante), d é a medida do deslo-
13. Um calendário é fabricado com um dodecaedro regular camento do corpo e θ é o ângulo formado pela direção
e, em cada face, é gravado um mês do ano. Ao lançar da força e a direção do deslocamento.
esse calendário, qual é a probabilidade de o mês que Com isso, é possível afirmar que, para uma força F
está voltado para cima ter 31 dias? constante (não nula) e um deslocamento d, o maior
trabalho é realizado quando:
5 7 1
a) X b) c) X a) θ = 0o b) θ = 30o
12 12 12
c) θ = 45o d) θ = 60o
Volume 5

6 11
d) e)
12 12 e) θ = 90o

5
 16. Um dado é fabricado em um icosaedro regular. Assim, 18. O fenômeno das marés ocorre devido à atração gra-
em cada face foi gravado um único número, de maneira vitacional entre Sol, Terra e Lua. O nível das águas
que o número: aumenta e diminui em algumas regiões duas vezes por
• 2 foi gravado em 6 faces; dia, atingindo um nível máximo e mínimo. Em deter-
minada praia, foram observados e registrados níveis da
• 3 foi gravado em 5 faces;
maré e foi possível obter uma função que se aproxima
• 4 foi gravado em 4 faces; da curva formada pelos níveis da água em função da
• 5 foi gravado em 3 faces; hora do dia:
• 6 foi gravado em 2 faces. π 
h(x) = 1,6 + 1,5 . cos t , em que h(x) é a medida da
Dessa forma, ao lançar esse dado, podemos afirmar 6 
que: altura do nível da maré em determinada hora t do dia.
a) a probabilidade de a face voltada para cima ser um Com base nessa função, é possível afirmar que:
2
número primo é ; a) o nível mais baixo da maré ocorre à 0 h;
5
b) o nível mais baixo da maré é 1,6 metros;
b) a probabilidade de a face voltada para cima ser um
número par é igual à probabilidade de a face voltada X c) o nível mais alto da maré é 3,1 m;
para cima ser um número ímpar; d) às 6 horas, a maré atinge o nível máximo;
c) a probabilidade de a face voltada para cima ser maior e) às 12 horas, a maré atinge o nível mínimo.
1
que 4 é igual a ; 19. Uma injeção intramuscular pode ser feita com um
5
d) a probabilidade de a face voltada para cima ser o volume de medicamento de no máximo 5 mL. Quanto
à injeção a seguir, marque a alternativa que mais se
6
número 2 é ; aproxima do valor da distância d do ponto A até o em-
10
bolo para que tenha 5 mL de volume de medicamento.
X e) se a face voltada para cima for um número par, a O diâmetro da seringa é 14 mm.
1
probabilidade de essa face ser o número 2 é .
6
17. O quadrado a seguir tem a medida da área igual a
A.
a a) 0,85 cm
b
b) 0,03 cm
c) 3,8 cm
X d) 3,3 cm
a A a e) 1,7 cm

20. Na Copa do Mundo de 2010, as 32 equipes foram divi-

didas em oito chaves. Para que houvesse um equilíbrio
entre as chaves, um país é escolhido como cabeça de
b b chave. Essa escolha da forma como foi realizada levou
em consideração o ranking da Fifa e o desempenho na
b
última Copa do Mundo. A chave G, em que o Brasil era
a
cabeça de chave, também tinha as equipes da Coreia,
Podemos escrever A como: Costa do Marfim e Portugal. Como os times se enfren-
a) a2 − b2 taram uma única vez, quantos jogos foram realizados
b) a2 − 2ab − b2 entre os times da chave G?
X c) a2 − 2ab + b2 a) 4 X b) 6
2
d) a + 2ab − b 2 c) 3 d) 12
2
e) a + 2ab + b 2 e) 8

6
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1.
[...] Tem-se observado acentuado aumento da emissão de poluentes relacionado ao crescimento industrial
(Intergovernmental Panel on Climate Change, 2007). Tal fato acarreta alterações na composição química da atmosfera.
Isso tem sido apontado como a causa da acidificação da água da chuva (chuva ácida) em vários locais (MIGLIAVACCA et
al., 2004; FORNARO & GUTZ, 2006; HUANG et al., 2008; ZHANG et al., 2008).
[...] Estudos indicam que o pH natural da água das chuvas é em torno de 5,6 (COGBILL & LIKENS, 1974; CHARLSON & RODHE,
1982; DAVIS & CORNWELL, 1991; HENDREY, 2001; CARVALHO JÚNIOR, 2004). Esse valor ocorre naturalmente por causa do equilíbrio
com a concentração de gás carbônico na atmosfera – atualmente 379 ppm (Intergovernmental Panel on Climate Change,
2007) – e é considerado como limite para a classificação de chuvas ácidas.
[...]
Valores médios mensais do pH da água das chuvas no período de 1992 a 2007, em Passo Fundo – RS
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1992 – 6,5 7,1 6,3 6,4 6,2 6,2 6,2 6,2 6,1 6,0 6,0 6,3
1993 6,5 5,8 6,0 6,1 6,1 5,8 6,0 5,9 5,8 5,9 5,9 6,1 6,0
1994 7,1 6,0 6,0 6,5 6,3 6,3 6,3 6,1 6,3 6,0 6,0 6,1 6,3
1995 7,2 6,0 6,0 5,9 6,0 7,5 6,3 5,9 6,0 5,9 6,0 6,0 6,2
1996 6,0 6,0 6,2 6,0 6,0 6,0 6,1 5,9 5,9 5,9 6,0 6,1 6,0
1997 6,2 6,2 6,0 6,2 6,1 6,1 6,1 6,0 6,0 6,0 5,9 6,0 6,1
1998 6,0 – – – 6,0 8,0 5,5 3,8 4,7 6,3 6,2 5,7 5,8
1999 3,5 1,4 5,2 5,1 6,5 7,0 6,3 6,4 6,4 5,1 – 5,5 5,6
2000 6,1 5,6 5,6 3,0 6,5 5,6 6,0 5,3 5,1 5,2 5,0 4,1 5,3
2001 6,1 6,0 4,7 5,9 5,3 – 5,7 5,6 5,2 5,5 4,1 – 5,4
2002 5,6 5,5 5,8 5,5 6,0 6,2 5,6 5,9 5,8 5,7 5,4 5,5 5,7
2003 5,3 5,6 6,5 6,2 – 5,4 5,1 5,5 5,0 5,7 5,6 5,8 5,6
2004 6,5 5,8 7,0 6,3 6,0 6,4 6,1 6,5 5,9 5,3 6,4 5,9 6,2
2005 5,1 6,4 5,7 5,6 5,7 5,8 6,0 – – 5,5 6,9 7,1 6,0
2006 6,0 – 6,1 – – – 5,9 6,3 6,7 6,0 5,4 5,4 6,0
2007 5,6 5,9 5,8 5,7 5,8 6,0 6,2 5,7 5,8 5,9 6,0 6,1 5,9

Média(1) 5,9 5,8 6,0 5,7 6,1 6,3 6,0 5,8 5,8 5,7 5,8 5,8 5,9

Desvio-
0,9 0,6 0,6 0,90 0,3 0,7 0,7 0,6 0,6 0,3 0,6 0,6 0,3
-padrão

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

(1)
Média aritmética dos valores de pH ponderados pelo volume.
DINÂMICA do pH da água das chuvas em Passo Fundo, RS. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-204X2009000400002&script=sci_
arttext>. Acesso em: 16 out. 2009.

De acordo com a classificação do pH da água das chuvas em normal (igual ou maior que 5,6), levemente ácido (de 5
a 5,6) e ácido (menor que 5), verifica-se que:
a) os valores do pH médio anual e mensal ficaram acima de 5,6, o que demonstra predominância de chuvas ácidas
para a região analisada;
b) os valores do pH médio anual e mensal ficaram abaixo de 5,6, o que demonstra predominância de chuvas não ácidas
para a região analisada;
X c) os valores do pH médio anual e mensal ficaram acima de 5,6, o que demonstra predominância de chuvas não ácidas
para a região analisada;
d) os valores do pH médio anual e mensal ficaram abaixo de 5,6, o que demonstra predominância de chuvas ácidas
para a região analisada;
Volume 5

e) os valores do pH médio anual e mensal são iguais a 5,6, o que demonstra predominância de chuvas não ácidas para
a região analisada.

7
 2.
[...] Estudo realizado em planície do Irã, localizada nas
proximidades do mar Cáspio, ilustra bem a influência
do tipo de contato com o solo na ocorrência de
helmintíases intestinais. Os autores investigaram os
padrões de ocorrência de helmintíases na população de
quatro vilarejos, próximos entre si, nos quais variava
a atividade econômica básica de seus habitantes,
resultando em contato diferenciado com o solo e/ou
animais. Em uma das localidades, a atividade produtiva
principal consistia no cultivo de produtos agrícolas que
impunha contato frequente com o solo e verificou-se
prevalência elevada de infecção por geohelmintos,
principalmente Ascaris lumbricoides e Trichuris
trichiura. Em outro vilarejo, onde a atividade básica
resumia-se no cultivo de arroz em área inundada,
predominava a infecção por ancilostomídeos. Por fim,
nas duas outras localidades, nas quais a criação de
gado assumia importância econômica, os helmintos
enteroparasitas mais comuns eram Trichostrongylus sp.
4. Em condições normais, o pH do nosso sangue é mantido
e Taenia saginata”. [...]
CHIEFFI, Pedro Paulo; AMATO NETO, Vicente. Vermes, verminoses
e a saúde pública. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/
scielo.php?pid=S0009-67252003000100025&script=sci_arttext>.
Acesso em: 09 nov. 2009.
Em relação às diferentes verminoses que afetam popula-
ções humanas, assinale a alternativa que descreve cor-
retamente os aspectos ligados às interações existentes
entre hospedeiros, parasitas e ambiente:
a) O contato com o solo permite comumente as con-
taminações, uma vez que os geohelmintos, em
especial aqueles citados no texto, infectam o ser
humano por meio da penetração de suas larvas
através da pele.
b) Em locais nos quais a criação de gado assume im-
portância econômica, verminoses, como a teníase,
são adquiridas pela ingestão acidental dos ovos, os
quais são eliminados nas fezes do gado.
X c) Verminoses causadas por ancilostomídeos são adqui-
ridas em atividades em que o contato desprotegido
com o solo é frequente.
d) Áreas destinadas ao cultivo de gramíneas, como o
arroz, permitem a transmissão de grande parte de
verminoses, uma vez que o ciclo de muitos vermes
se desenvolve no interior daquelas plantas.
e) Verminoses, como a causada pela Taenia saginata,
estão ligadas a atividades agropecuárias, e sua ação
no organismo humano se dá pelo comportamento
5. Em determinados grupos de animais, observa-se a
migratório de suas larvas.
3. Um corredor de rua precisa se hidratar com frequência
durante a atividade física. Ao sair de casa num dia
muito quente, ele leva uma garrafa de água gelada
para se refrescar. Porém, como demorará até iniciar
8
seu treino e não possui uma bolsa térmica para manter
a água gelada, resolve enrolar a garrafa de água num
cobertor. Tal ação:
a) é absurda, porque o cobertor vai esquentar a garrafa,
aquecendo a água ainda mais depressa;
b) é inócua, pois o cobertor não absorve nem cede
calor para a garrafa, não alterando a rapidez com
que água esquenta;
c) faz sentido, porque o cobertor facilita a troca de
calor entre o ambiente e a garrafa, retardando o seu
aquecimento;
d) é absurda, porque o cobertor facilita a troca de calor
entre o ambiente e a garrafa, fazendo com que a
água esquente ainda mais depressa;
X e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a troca de
calor entre o ambiente e a garrafa, retardando o seu
aquecimento.
entre 7,3 a 7,5, sendo um reflexo do estado do balanço
ácido-base do corpo. Um dos equilíbrios que mantém o
pH sanguíneo dentro dessa faixa é a dissolução do CO2
produzido pelo metabolismo.
O equilíbrio do CO2 em água pode ser assim represen-
tado:
+
H2O(ℓ) + CO2(g) H2CO3(aq) H(aq) + HCO–3(aq)
ou, simplificadamente, por:
H2O(ℓ) + CO2(g) +
H(aq) + HCO–3(aq)
É correto afirmar que:
a) um aumento na frequência respiratória implicará
uma diminuição do pH do sangue, sendo o equilíbrio
deslocado para a esquerda;
X b) uma crise de ansiedade poderá levar uma pessoa a
respirar muito rapidamente. Nesse caso, o equilí-
brio apresentado é favorecido para o lado do CO2,
aumentando o pH do sangue;
c) uma diminuição da frequência respiratória provocará
uma diminuição de gás carbônico no sangue;
d) uma compensação natural da acidose metabólica
pelo corpo é a diminuição da taxa de respiração;
e) o exercício físico intenso provoca uma diminuição
na respiração com consequente aumento no pH do
sangue.
tendência de manterem a mesma extremidade do corpo
direcionada para a frente e a mesma superfície voltada
para baixo em direção ao substrato que o animal ex-
plora. Dessa forma, verifica-se que o sistema nervoso
e as estruturas sensoriais passam a se concentrar na
 extremidade anterior do corpo. Assim, a procura por
alimento, fuga de predadores e localização de parceiros
para a reprodução se torna mais efetiva.
O enunciado acima se refere a aquisições evolutivas dos
animais que dizem respeito à (ao):
a) compartimentalização e simetria bilateral;
b) surgimento dos folhetos embrionários e gastrulação;
X c) simetria bilateral e cefalização;
d) gastrulação e cefalização;
e) simetria radial e gastrulação.
6. Em mergulhos com suprimento de ar, é fundamental se
ter o cuidado de expirar livremente, durante a emersão,
qualquer ar que tenha sido inspirado na profundidade.
Considere um mergulho numa profundidade de 10 me-
tros (a cada 10 metros a pressão da coluna de água é
aproximadamente igual à pressão atmosférica) em um
lago cuja temperatura seja praticamente constante. A
justificativa para o cuidado citado é que, ao emergir
para a superfície sem expirar:
a) a pressão aumenta duas vezes de valor, fazendo com
que os pulmões sejam fortemente comprimidos e
possam vir a se romper;
X b) o ar contido nos pulmões dobra de volume, gerando
uma hiperdistensão desses órgãos, podendo até
causar a morte do mergulhador;
c) o mergulhador pode ter tonturas e náuseas devido
ao aumento da temperatura do ar no interior do
corpo;
d) a pressão sobre o ar dos pulmões fica dividida por
dois, impedindo a respiração e provocando a asfixia
da pessoa;
e) o volume de ar no sangue e nos pulmões se reduz
pela metade, causando uma grande compressão de
todo o corpo do mergulhador, levando a lesões e
hemorragias internas.
7. O gráfico hipotético abaixo mostra a variação dos casos
de determinada verminose em uma população, visto que
diversas medidas profiláticas foram sendo aplicadas no
decorrer do tempo.
Por meio do gráfico, pode-se concluir corretamente que
a verminose representada é a:
a) teníase; b) cisticercose;
c) ascaridíase; X d) ancilostomose;
e) filariose.
8. Moto-contínuo
[...]
Homem constrói sete usinas usando a energia
que vem de você
Homem conduz a alegria que sai das turbinas
de volta a você
E cria o moto-contínuo da noite pro dia
se for por você
[...]
BUARQUE, Chico; LOBO, Edu. Moto-contínuo. Intérprete: Chico
Buarque. In: BUARQUE, Chico. Almanaque. Rio de Janeiro: Ariola,
1981. 1 disco sonoro. Lado B, faixa 4.
O trecho da música apresentado utiliza os conceitos
físicos de produção de energia e do moto-contínuo para
expor uma relação afetiva de forma que:
a) relata várias possibilidades físicas, como a constru-
ção de usinas, a condução de energia e a criação do
moto-contínuo, entrelaçando-as com o sentimento
do “eu lírico”;
X b) o homem gasta a energia do seu corpo para construir
uma usina, que produz a energia elétrica usada por
ele mesmo. Esse fato é classificado pelos autores da
música como um moto-contínuo, usando, é claro,
uma expressão poética;
c) confronta os problemas e as dificuldades de um amor
com as soluções e facilidades trazidas por aparatos
físicos, como a superação da escassez de energia,
resolvida pela criação do moto-contínuo;
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
d) compara um amor possível, mas que não se efetiva
com o moto-contínuo, um dispositivo que obedece
às leis físicas, mas que ainda não foi criado devido
a questões técnicas de engenharia;
e) confunde as ideias de produção de energia com as
leis da Termodinâmica, que se referem a um moto-
-contínuo, mostrando uma falta de rigor científico
nessa música.
9. O transporte de oxigênio do pulmão para as células é
feito pela hemoglobina, uma proteína complexa que
possui um grupo que se combina reversivelmente com
a molécula de oxigênio, formando a oxi-hemoglobina
Volume 5
(HbO2). Simplificadamente, a reação pode ser represen-
tada da seguinte forma:
Hb(aq) + O2(aq) HbO2(aq)
9
 O equilíbrio hemoglobina-oxigênio pode ser alterado:
X a) em regiões de altitudes elevadas, pois a deficiência
da quantidade de oxigênio faz com que o equilíbrio
seja deslocado no sentido dos reagentes, formando
quantidades menores da oxi-hemoglobina;
b) em regiões de altitudes baixas, pois a deficiência
da quantidade de oxigênio faz com que o equilíbrio
seja deslocado no sentido dos reagentes, formando
quantidades menores da oxi-hemoglobina;
c) em regiões de altitudes elevadas, pois o excesso da
quantidade de oxigênio faz com que o equilíbrio
seja deslocado no sentido dos reagentes, formando
quantidades maiores da oxi-hemoglobina;
d) em regiões de altitudes baixas, pois a deficiência
da quantidade de oxigênio faz com que o equilí-
brio seja deslocado no sentido dos produtos, for-
mando quantidades menores da oxi-hemoglobina;
e) em regiões de altitudes elevadas, pois a deficiência
da quantidade de oxigênio faz com que o equilíbrio
seja deslocado no sentido dos produtos, formando
quantidades maiores da oxi-hemoglobina.
10. O refrigerante é uma solução supersaturada de gás
carbônico, cuja dissolução é representada pela seguinte
equação:
+ se pode aumentar o rendimento dos motores;
H2O(ℓ) + CO2(g) H(aq) + HCO–3(aq)
Quando se abre um refrigerante “quente”, verifica-se
que ocorre uma perturbação, provocando, rapidamente,
a expulsão do excesso de gás dissolvido.
12. As práticas agrícolas tradicionais são beneficiadas com
Sobre essa solução, pode-se concluir que:
a) sendo uma reação endotérmica, a solubilidade do
dióxido de carbono no líquido decresce quando a
temperatura aumenta;
b) sendo uma reação exotérmica, a solubilidade do
dióxido de carbono no líquido cresce quando a
temperatura aumenta;
c) sendo uma reação exotérmica, a solubilidade do
dióxido de carbono no líquido decresce quando a
temperatura diminui;
d) sendo uma reação endotérmica, a solubilidade do
dióxido de carbono no líquido decresce quando a
temperatura diminui;
X e) sendo uma reação exotérmica, a solubilidade do
dióxido de carbono no líquido decresce quando a
temperatura aumenta.
11. Em 1867, o engenheiro alemão Nikolaus August Otto
desenvolveu um ciclo de quatro estágios que, mesmo
adaptado, é largamente utilizado até hoje nos motores
de combustão interna dos veículos automotores movidos
à gasolina, álcool ou GNV. Vinte e cinco anos depois,
10
outro alemão, Rudolph Diesel, desenvolveu um motor
mais potente, usado em máquinas mais pesadas e que
utilizam óleo como combustível.
Os motores de combustão são formas de máquinas
térmicas e desenvolveram-se segundo os conceitos da
Termodinâmica.
Dessa forma, é correto afirmar que:
a) os motores produzem trabalho para movimentar os
veículos e rejeitam parte do calor para a atmosfera
por meio dos escapamentos, que fazem o papel de
fonte fria, porém não há uma fonte quente que
forneça calor para a máquina térmica;
b) dadas as suas características, o motor de Diesel é
mais conveniente para motocicletas e pequenos
veículos, enquanto o motor de Otto é mais indi-
cado para navios, locomotivas e caminhões;
c) parte da energia química da combustão é sempre
desperdiçada, de forma que um dos problemas de
engenharia é justamente minimizar essas perdas
e desenvolver melhorias no rendimento dos dis-
positivos até atingir 100%;
X d) ambos os motores funcionam com ciclos cada vez
mais eficientes, mas há um limite de melhorias
dado pelo Ciclo de Carnot, a partir do qual não
e) o motor que utiliza as ideias de Otto atua de
maneira cíclica, mas o motor de Diesel não opera
em ciclos.
a presença das minhocas no solo, que influenciam a
sua aeração e auxiliam no aumento da permeabilidade
à água, além de produzirem compostos orgânicos que
podem ser utilizados pelas plantas como adubo. A maio-
ria dos trabalhos que aborda essa temática é realizada
em regiões de clima temperado e refere-se a espécies
de minhocas, como Lumbricus terrestris, por exemplo,
que não são comuns no Brasil. Em nosso país, podem
ser encontrados em maior quantidade indivíduos da
espécie Pontoscolex corethrurus.
Sobre os animais citados, pode-se considerar que se
trata de animais:
a) do mesmo Filo (Annelida) e da mesma espécie (mi-
nhoca);
b) do mesmo Filo (Nemathelminthe), mas de espécies
diferentes;
c) do mesmo Filo (Aschelminthe) e da mesma espécie
(minhoca);
X d) do mesmo Filo (Annelida), mas de espécies diferen-
tes;
e) de Filos diferentes (Lumbricus e Pontoscolex).
13. O bafômetro é um aparelho que permite determinar a concentração de bebida alcoólica em uma pessoa, por meio do
ar exalado dos pulmões. O princípio da avaliação se baseia na reação química:
3 CH3CH2OH + 2 K2Cr2O7 + 8 H2SO4 → 3 CH3COOH + 2 Cr2(SO4)3 + 2 K2SO4 + 11 H2O
Etanol Ácido acético
2–
Durante essa reação, o íon dicromato (Cr2O7 ) vermelho-alaranjado muda de cor para o verde do íon cromo quando
reage com o álcool. O grau de mudança de cor está diretamente relacionado com o nível de álcool no ar exalado.
Considerando as informações sobre a reação de oxirredução apresentada, é correto afirmar que:
a) ao entrar em contato com o álcool presente no ar expirado pelo indivíduo embriagado, a solução de dicromato de
potássio torna-se vermelho-alaranjada. Isso se deve à oxidação do íon dicromato ao cromo (III) e à redução do
etanol ao ácido acético;
b) ao entrar em contato com o álcool presente no ar expirado pelo indivíduo embriagado, a solução de dicromato de
potássio torna-se verde. Isso se deve à oxidação do íon dicromato ao cromo (II) e à redução do etanol ao ácido
acético;
X c) ao entrar em contato com o álcool presente no ar expirado pelo indivíduo embriagado, a solução de dicromato de
potássio torna-se verde. Isso se deve à redução do íon dicromato ao cromo (III) e à oxidação do etanol ao ácido
acético;
d) ao entrar em contato com o álcool presente no ar expirado pelo indivíduo embriagado, a solução de dicromato de
potássio torna-se vermelho-alaranjada. Isso se deve à redução do íon dicromato ao cromo (III) e à oxidação do
etanol ao ácido acético;
e) ao entrar em contato com a solução de dicromato de potássio presente no ar expirado pelo indivíduo embriagado,
o álcool torna-se verde. Isso se deve à redução do íon dicromato ao cromo (II) e à oxidação do etanol ao ácido
acético.

14. A fibra óptica revolucionou a telefonia de longa distân- A função da interface é:

cia, a TV a cabo e a internet ao transmitir dados usando
apenas a luz, além de ela ser utilizada em imagens
médicas e inspeções de engenharia. Sua vantagem é
poder transmitir dados em alta velocidade com perdas
mínimas, mesmo a longas distâncias.
iStockphoto/Henrik Jonsson
a) refratar a luz até a capa protetora e, para tanto, o seu
índice de refração deve ser maior que o do núcleo;
b) refletir totalmente a luz de volta para o núcleo e,
para tanto, o seu índice de refração deve ser maior
que o do núcleo;

c) refratar a luz até a capa protetora e, para tanto, o

seu índice de refração deve ser menor ou igual ao
do núcleo;
X d) refletir totalmente a luz de volta para o núcleo e,
para tanto, o seu índice de refração deve ser menor
que o do núcleo;

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

As linhas da fibra óptica possuem espessura próxima
a de um fio de cabelo e são construídas com três par-
tes: um núcleo de vidro, por onde a luz se propaga,
uma interface de outro material óptico que circunda
o núcleo e uma camada protetora que protege a fibra
de danos e umidade.
e) refletir parcialmente a luz, para que o sinal seja
transmitido tanto pelo núcleo quanto pela interface
até seu destino.
15. A utilização de pilhas e baterias está cada vez mais
intensa em nossa sociedade. Algumas são descartáveis,
como as de relógios; outras são recarregáveis, como as
de celulares e automóveis, entretanto todas, em algum
momento, perdem sua utilidade e são descartadas no
lixo comum, parando nos aterros sanitários. Abandona-
das nos lixões, as baterias e pilhas enferrujam e vazam,
liberando substâncias tóxicas que são absorvidas pelo
solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou aos rios
próximos, espalhando-se pela água.
Volume 5

Em relação aos problemas que podem ocorrer com o

descarte de pilhas e baterias, pode-se concluir que:

11
 a) não há risco de contaminação do solo e das águas
com metais pesados;
b) não há risco de contaminação ambiental, por isso
não precisamos nos responsabilizar pelo descarte
desses materiais de maneira correta;
c) depois de esgotadas, as pilhas e as baterias devem
ser jogadas no lixo doméstico, independentemente
da sua composição;
X d) os fabricantes de pilhas e baterias que contêm
metais pesados devem reciclá-las ou dar destino
adequado a esses materiais;
e) pode-se descartar qualquer tipo de pilha em lixos
comuns.
16. Na Odontologia, um material que foi muito utiliza-
do para obturar cáries dentais era conhecido como
amálgama dentário e se constituía de uma mistura
sólida em que o mercúrio era combinado com estanho
e prata.
O inconveniente da utilização desse tipo de preenchi-
mento em obturações era que, ao encostar acidental-
mente em um talher de alumínio ou mesmo em uma
embalagem feita de papel alumínio, causava à pessoa
uma dor aguda e desagradável.
Isso ocorria porque o alumínio em contato com a saliva
provocava uma transferência de elétrons para o metal
da restauração, causando o choque.
Com base na “pilha” existente no interior da boca de uma
pessoa com obturação de amálgama, pode-se afirmar que
o alumínio:
a) provoca a oxidação do metal da restauração;
b) é o agente redutor, pois sofre redução;
c) sofre redução, funcionando como cátodo;
d) é o oxidante, pois sofre redução;
X e) sofre oxidação, funcionando como ânodo.
17. Leia este trecho de um artigo do professor e pesquisador
Eduardo Sebastiani Ferreira sobre a racionalidade dos
índios brasileiros:
Outro fato interessante da aldeia tapirapé ocorreu no
dia em que um dos índios resolveu me ensinar a pescar
com arco e flecha. Evidentemente que não aprendi.
Mas, ele de pé no barco lançou a flecha na metade da
distância entre onde víamos o peixe e a proa do barco,
conseguindo pescá-lo. Minha primeira reação foi de
espanto: Como ele podia conhecer a lei da refração?
Perguntei como ele sabia que deveria atirar a flecha
não no ponto onde víamos o peixe, e sua resposta foi
ainda mais intrigante: “O peixe não estava lá, os olhos
da gente estão errados”.
FERREIRA, E. Sebastiani. Racionalidade dos índios brasileiros.
Scientific American, São Paulo, p. 90-93, 08 ago. 2005.
12
Esse trecho mostra que o índio-pescador, se quiser
acertar o peixe, sabe que deve atirar sua flecha não no
ponto onde o vê, mas alguns centímetros abaixo dessa
posição. Isso ocorre porque:
a) a água funciona com uma lente refratária, portanto
a imagem do objeto é apenas aparente;
b) a luz, ao entrar na água, sofre também uma disper-
são, separando os diferentes comprimentos de onda
(diferentes cores) de forma a enganar o pescador
sobre a posição real do peixe;
X c) a luz proveniente do peixe, que atinge o olho do
índio, sofre uma refração ao sair da água e entrar
no ar. Essa mudança de direção é responsável pela
diferença entre a posição aparente e a posição real
do peixe;
d) a água funciona como um espelho côncavo, devido
ao movimento ondulatório de sua superfície, fazen-
do com que a imagem seja virtual e não real;
e) os raios de luz que saem dos olhos do índio e atin-
gem o peixe sofrem refração ao entrar na água,
mudando a sua direção e, portanto, fornecendo
apenas uma posição aparente para o peixe.
18. Nos ônibus do transporte coletivo, é comum observar-
mos espelhos retrovisores internos próximos às portas
de embarque/desembarque para que o motorista visua-
lize os passageiros:
©Creative Commons/Eduardo M.
Sobre o formato desses espelhos, está correto afirmar
que:
X a) são espelhos convexos, utilizados para ampliar o
campo de visão do motorista;
b) são espelhos côncavos, pois, assim, a imagem é
ampliada, facilitando a observação;
c) são espelhos planos, colocados para permitir ao mo-
torista acompanhar a movimentação dos passageiros
pela diminuição das imagens;
d) são espelhos côncavos, já que assim é possível
observar imagens virtuais e menores, contribuindo
para a visualização do motorista;
e) são espelhos convexos, porque neles as imagens
produzidas são reais, já que somente assim o mo-
torista enxergará a posição real dos passageiros.
19. Os encanamentos subterrâneos, geralmente, são pro- 21. Um grupo de alunos, durante uma aula prática, coletou
tegidos contra a corrosão mediante a colocação de alguns exemplares de determinado animal, vetor de
placas de um metal que os tornam cátodo de uma uma doença bastante comum na Região Amazônica.
célula voltaica. A técnica é conhecida como “proteção Ao analisá-lo no laboratório, perceberam que o animal
catódica”, pois o ferro é protegido, justamente, por se possuía:
tornar o cátodo. O metal ativo funciona como “ânodo – seis pares de pernas;
de sacrifício”, pois, atuando como ânodo da célula, – corpo dividido em três partes;
oxida-se, preservando o ferro. A proteção é eficiente – antenas e asas.
desde que o metal de sacrifício seja reposto à medida As alternativas representam sugestões dadas pelos
que vai sendo consumido. alunos para classificá-lo. Pode-se afirmar que o aluno
Das reações abaixo, qual representa uma proteção que acertou a classificação do animal em questão deve
catódica mais eficiente para uma tubulação de ferro tê-lo identificado como um:
enterrada no solo? a) molusco;
Dados: Potenciais-padrão de redução X b) inseto;
c) quilópode;
Fe+2/Fe = –0,44V
d) equinodermo;
Zn+2/Zn = –0,76V
e) aracnídeo.
Sn+2/Sn = –0,14V
22. Esta foto, do fotógrafo cubano Abelardo Morell, foi
Na+/Na = –2,71V realizada num quarto vazio que tinha vista para a ilha
Cu+2/Cu = +0,34V de Manhattan, em Nova Iorque. Para realizá-la, Morell
vedou com lona preta todas as entradas de luz do
I2/2 I– = +0,54V
quarto, deixando apenas uma brecha bastante pequena
a) I2 + Fe+2 → 2 I– + Fe por onde os raios de luz passavam e atingiam a parede
branca, da qual ele tirou a fotografia.
b) Zn + Fe+2 → Zn+2 + Fe
c) Sn + Fe+2 → Sn+2 + Fe
Central Park 1997. Fotografia de Abelardo Morell. Cortesia de Bonni Benrubi Galeria. Nova Iorque

X d) 2 Na + Fe+2 → 2 Na+ + Fe
e) Cu + Fe+2 → Cu+2 + Fe

20. Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos

que compartilham algumas características com outros
grupos de animais, como anelídeos, artrópodes e mo-
luscos. Eles são invertebrados, triblásticos e celomados
e se diferenciam dos demais grupos citados por serem
animais deuterostômios.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

O corpo dos equinodermos possui um sistema exclusi-
vo, responsável por várias funções, como locomoção,
captura de alimentos e excreção, chamado de sistema
ambulacral.
Vários equinodermos são utilizados na alimentação hu- MORELL, Abelardo. Manhattan view looking west in empty room, 1996.
mana e como animais ornamentais em aquários, mas a A técnica utilizada por Morell baseia-se no mesmo
principal importância desse grupo está relacionada com: princípio físico presente no(a):
a) a limpeza do fundo oceânico, em regiões abissais; X a) câmara escura;
b) a ornamentação dos ecossistemas naturais; b) prisma;
X c) o equilíbrio ecológico dentro das cadeias alimentares; c) lâmina de faces paralelas;
d) o parasitismo sobre os cordados marinhos; d) eclipse solar;
e) a transferência da energia luminosa aos animais e) ilusão de óptica.
aquáticos autótrofos.
Volume 5

13
 23. Peixes sensíveis a inseticidas voláteis
Os impactos ambientais causados por inseticidas muito
utilizados em cultivos agrícolas no Brasil (Sevin, Folisuper
600 e Decis) costumam passar despercebidos pelo fato de
os compostos químicos desses produtos (respectivamente,
carbaril, metil paration e deltametrina) serem muito volá-
teis e não serem detectados por análises químicas da água.
Mas estudo feito pela [...] Universidade Federal do Pa-
raná mostrou os danos causados por esses agrotóxicos
em duas espécies de peixes nativos do Sul do Brasil,
Uruguai e Paraguai: Corydoras paleatus, conhecido
como cascudinho, e Hipostomus commersoni, o cascudo.
Esses peixes são muito resistentes e quando eles se
tornam frágeis é porque o ambiente em que vivem
está extremamente contaminado [...]. Experimentos in
vivo com tecidos do cascudinho revelaram inibição da
enzima acetilcolinesterase do cérebro e que a espécie,
muito sensível aos compostos Folisuper 600 e Sevin,
pode sofrer alterações em sua função motora. Já testes
in vitro em células hepáticas do cascudo indicaram que
o Folisuper 600 induz a atividade da enzima catalase,
responsável pela defesa antioxidante dos peixes.
Quando há uma mortandade de peixes, é comum que
se aponte a falta de oxigênio na água como causa do
problema. Mas o desequilíbrio pode ter sido provocado
por pesticidas [...].
Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista
-ch-2009/265/peixes-sensiveis-a-inseticidas-volateis/?searchterm
=Peixes%20sensíveis%20a%20inseticidas%20voláteis> Acesso em:
04 dez. 2009.
Os peixes são consumidores dentro das cadeias alimen-
tares e, como tais, acabam sendo os principais afetados
pela contaminação das águas. Um dos fatores do efeito
dos pesticidas sobre os peixes, dentro dos ecossistemas,
pode ser explicado da seguinte forma:
a) Apenas os peixes possuem a enzima catalase, antio-
xidante natural que, quando desnaturada pela ação
dos pesticidas, torna as espécies mais tolerantes aos
efeitos nocivos dos venenos.
b) Todos os peixes, por possuírem respiração pulmonar
e branquial, absorvem mais pesticidas, o que justi-
fica a mortalidade desses animais com a presença
dos venenos na água.
c) A quantidade de pesticida absorvida do meio pela
alimentação é baixa e o fator que mais prejudica o
envenenamento dos peixes seria somente a respi-
ração dos inseticidas voláteis.
d) Os peixes, animais exclusivamente herbívoros, aca-
bam se contaminando mais com pesticidas porque
os absorvem das algas, que captam os inseticidas
voláteis dissolvidos na água e os transferem dire-
tamente aos peixes.
X e) Como consumidores, os peixes sofrem bioacumu-
lação dos pesticidas, pois se alimentam de vários
outros pequenos animais também contaminados,
acumulando, no seu interior, grande quantidade de
substâncias tóxicas.

24. Esta tira representa uma característica das aves:

Fernando Gonsales, Folha de S.Paulo

GONZÁLES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/seletas/seletas_tiras_009/8.gif>. Acesso

em: 03 dez. 2009.
Apesar de apresentarem como estrutura de reprodução um ovo externo, com casca razoavelmente rígida e porosa e
com a presença de gema e clara, as aves não são os únicos animais que botam ovos.
Evolutivamente, o ovo das aves e de outros grupos de animais, como os répteis, surge como:
X a) característica adaptativa para conquista e sobrevivência no ambiente terrestre;
b) vantagem para a independência dos pais, que não necessitam de cuidados com a prole;
c) característica para assegurar a sobrevivência da prole em ambiente aquático e aéreo;
d) inovação biológica que inclui a fecundação externa e o desenvolvimento do ovo independente do cuidado dos pais;
e) garantia de sobrevivência de todos os indivíduos gerados pela incubação dos ovos, independente do cuidado dos pais.

14
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
1. Segundo Giddens (2005), as culturas tradicionais estão
passando por grandes transformações, devido ao processo
de globalização e ao avanço tecnológico, possibilitando o
acesso a informações diferenciadas de forma rápida e múl-
tipla. Com base nessas considerações, analise os textos e
assinale a alternativa correta:
Texto 1
Em Istambul não há preços afixados em quase lado
nenhum, o que obriga a perguntar “quanto custa”
numa língua que não a turca, o que automaticamente
faz disparar o preço, qualquer que ele seja.
Com tanto por onde escolher, torna-se difícil eleger o
produto ideal para adquirir na Turquia. [...], [compras]
não têm que ser feitas necessariamente nos mercados
de rua de Istambul. Todos os vendedores aceitam euros.
Disponível em: <http://sol.sapo.pt/blogs/humanrace/
archive/2007/06/12/Viagem-_E100_-Turquia.aspx>. Acesso em: 13
out. 2009. Adaptação.
Texto 2
Entrar aqui é muito mais, é entrar na alma russa,
tortuosa, clara e escura, cheia de subidas e descidas,
num labirinto de celas e esperança. Como nas igrejas
do Kremlin, todo o espaço está visualmente ocupa-
do. Aqui, porém, com menos pompa. As paredes não
reluzem a ouro, explodem somente em cores. Volutas
de inspiração renascentista fundem-se com motivos
folclóricos em intrincados desenhos, que se perse-
guem pelas escadas e pelos corredores, alcançando
as abóbodas do teto.
COLASANTI, Marina; SANT’ANNA, Afonso Romano. Agosto 1991:
estávamos em Moscou. São Paulo: Melhoramentos, 1991. p. 95.
a) O texto 1, caracterizado pela linguagem informal,
apresenta as estratégias que um turista precisa
utilizar para garantir uma boa compra na Turquia.
b) O texto 1, caracterizado pela linguagem formal
e objetiva, possibilita ao leitor, por meio de uma
descrição sinestésica, aproximar-se da cultura
turca.
c) O trecho “Todos os vendedores aceitam euros”
(texto 1) possibilita inferir qual é a moeda na-
cional turca.
X d) Os dois textos possuem uma única função: apre-
sentar ao futuro viajante idiossincrasias (maneira
de ver, sentir, reagir) de outras culturas.
e) Na proposição “Aqui, porém, com menos pompa”,
o advérbio “aqui” se refere às igrejas de Kremlin,
cujo recinto é descrito como um labirinto de celas
e esperança.
2. E-Book Fans Keep Format in Spotlight
Sales are down this year, despite prominent books
by Dan Brown and Edward M. Kennedy. Wal-Mart and
Amazon are locked in a war for e-commerce dominance,
creating new worries among publishers and authors
about dwindling profits.
But amid the gloom, some sellers and owners of
electronic reading devices are making the case that
people are reading more because of e-books. […]
Multiple books can also be carried in a slender device,
so a reader can easily switch from Kate Morton’s “The
Forgotten Garden” to Blake Bailey’s “Cheever: A Life.”
E-books can also be bought quickly and from any
location, with one or two clicks on devices like the
Kindle and the Nook, which use wireless networks to
download books. […]
STONE, Brad. E-Book Fans Keep Format in Spotlight. The New
York Times. 20 out. 2009. Disponível em: <http://www.nytimes.
com/2009/10/21/technology/21books.html?scp=14&sq=2009%20
technology&st=cse>. Acesso em: 06 nov. 2009.
The use of the passive voice makes the objects of an
action into the subject of a sentence. It’s possible
to say that the sure-fire formula for identifying the
passive voice is a form of "to be" + past participle.
Mark the alternative that presents examples of two
sentences in the passive voice, found in the text:
a) “Wal-Mart and Amazon are locked in a war for
e-commerce dominance […] – […] some sellers and
owners of electronic reading devices are making
the case that people are reading more because of
e-books.”
X b) “Wal-Mart and Amazon are locked in a war for
e-commerce dominance […] – Multiple books can
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
also be carried in a slender device […].”
c) “[...] people are reading more because of e-books
[…] – […]some sellers and owners of electronic
reading devices are making the case […].”
d) “[…] a reader can easily switch […] – E-books can
also be bought quickly and from any location […].”
e) “[…] people are reading more because of e-books –
E-books can also be bought quickly and from any
location […].”
3. Libraries and Readers Wade Into Digital Lending
Kate Lambert recalls using her library card just once
or twice throughout her childhood. Now, she uses it
Volume 5
several times a month.
The lure? Electronic books she can download to her
laptop. “I can just go online and type my library card
15
 number in and look through all the books that they
have,” said Ms. Lambert, who usually downloads from
the comfort of her bedroom. And, she added, “It’s all
for free.”
Eager to attract digitally savvy patrons and
capitalize on the growing popularity of electronic
readers, public libraries across the country are
expanding collections of books that reside on servers
rather than shelves.
The idea is to capture borrowers who might not
otherwise use the library, as well as to give existing
customers the opportunity to try new formats. […]
RICH, Motoko. Libraries and Readers Wade Into Digital
Lending. The New York Times. 14 out. 2009. Disponível em:
<http://www.nytimes.com/2009/10/15/books/15libraries.
html?scp=3&sq=2009%20laptop&st=cse>. Acesso em: 22 out.
2009.
The text describes how public libraries are changing
their lending systems in order to attract the readers.
The author mentions Kate Lambert, a reader who
didn’t use to borrow a lot of books when she was a
child. What made Kate change her reading habits now
she is older?
a) Buying her new laptop to store digital books.
b) The facility of looking through all the books a
library has before borrowing them.
X c) The free dowloading of books from the library site.
d) The facility of going to internet and using her library
card number.
e) Downloading books from her bedroom.
4.
AMARAL, Tarsila do. Abaporu. 1928. 1 óleo sobre tela: color.;
85 x 73 cm. Coleção Eduardo Constantini, Buenos Aires.
16
A tela Abaporu, de Tarsila do Amaral, inspirou o Movimento
Antropofágico, que buscava revolucionar a cultura nacio-
nal, seguindo as inovações propostas pelos modernistas na
década de 1920. Analisando o quadro, assinale a afirmativa
incorreta sobre essa tendência:
a) Nessa obra, a representação dos membros superiores
e inferiores de forma exacerbada serve como meio
de valorizar o corpo, símbolo do trabalho braçal.
b) A representação da cabeça de forma diminuta é uma
crítica à valorização do racionalismo europeu.
X c) O homem no centro do quadro representa o pessi-
mismo, a solidão e a alienação do brasileiro diante
dos problemas sociais.
d) O uso de cores fortes e vibrantes tem a intenção de
ressaltar o cenário nacional.
e) O sol e o cáctus representam a paisagem tropical e
nordestina, valorizando os aspectos nacionais tal
qual propõe o Movimento Antropofágico.
5.
Print edition
– 4 week free trial
– About the paper
– Read digital paper
– View a sample
– Renew your sub
– Give a gift
– Student discount
– Subscribe
Disponível em: <http://www.
g u a rd i a nwe e k l y. c o . u k / > .
Acesso em: 20 out. 2009.
The text above was taken from the homepage of an
online British newspaper. Its purpose(s) is/are:
a) providing the reader links of interesting articles
published in the newspaper;
X b) listing links in which readers can find information
about the printed and digital versions of the
newspaper and read a paper sample;
c) informing the reader the latest world news;
d) explaning how people can subscribe the paper;
e) providing links in which readers have access to the
digital version of very old editions.
6.

FACEBOOK. Disponível em: <http://en-gb.facebook.com/>. Acesso em: 24 out. 2009.

As novas tecnologias de comunicação e informação estão associadas à interatividade e à redução ou exclusão das
fronteiras geográficas entre as pessoas. A imagem anterior apresenta a página inicial de um website de relacionamento
social. De que forma a frase citada na página Facebook helps you connect and share with the people in your life está
relacionada à imagem que a segue?
X a) Tanto a imagem quanto a frase transmitem a ideia de conexão e interação entre pessoas.
b) A imagem indica os diferentes continentes interconectados, conforme mencionado na frase.
c) Tanto a frase quanto a imagem indicam o modo como as pessoas podem se ajudar, umas às outras, em relação a
problemas da vida.
d) A imagem ilustra a ajuda mútua descrita na frase, por meio da conexão em rede.
e) A frase indica a possibilidade de você se comunicar com uma ou mais pessoas nos locais apontados no mapa.

7. Uma feita de homem foi lá. Era madrugadinha e Vei mandara as filhas visar o passe das estrelas. O deserto
tamanho matava os peixes e os passarinhos de pavor e a própria natureza desmaiara e caíra num gesto largado
por aí. A mudez era tão imensa que espichava o tamanho dos paus no espaço. De repente no peito doendo do
homem caiu uma voz da ramaria:

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

– Currr-pac, pacpac! Currrr-pac pacpac!...
O home ficou frio de susto feito piá. Então veio brisando um guanumbi e boleboliu no beiço do homem:
– Bilo!, bilo, bilo, lá...teteia!
E sumiu apressado pras árvores. O homem seguindo o voo do guananbi, olhou pra cima.
ANDRADE, Mario. Macunaíma: herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Itatiaia, 1987. p. 134.

Analisando a composição do trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade, a característica modernista que mais se
evidencia é:
X a) a linguagem, de caráter oral, que representa a variedade cultural formadora da identidade brasileira;
b) o humor, um elemento central da trama, pois serve como denúncia dos problemas sociais;
c) a vivacidade e o realismo das cenas retratadas no trecho;
d) o foco narrativo em terceira pessoa, que imprime lentidão ao texto;
Volume 5

e) a mitologia e o folclore indígena, que têm a função de ironizar as origens da cultura brasileira.

17
 8. Analise os recursos expressivos utilizados no texto e
assinale a alternativa incorreta:
Árvores invasoras são removidas do
Parque São Lourenço
Até a próxima quinta-feira (22), serão cortadas
20 das 160 árvores identificadas no local
A prefeitura de Curitiba está removendo do Parque
São Lourenço árvores exóticas, consideradas invaso-
ras. Até a próxima quinta-feira (22), serão cortadas
20 das 160 árvores identificadas no local. Segundo a
prefeitura, elas causam danos ao meio ambiente e a
remoção segue as diretrizes do Plano de Manejo do
São Lourenço.
Para cada árvore exótica retirada, serão plantadas
cinco mudas de espécies nativas da região. A Secretaria
do Meio Ambiente selecionou frutíferas para o plantio,
como Araçá, Ariticum, Pitanga, Ingá, Ipês, Vacum,
Pinheiro-Bravo e Branquilho. [...]
10.
Disponível em: <http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaeci-
dadania/conteudo.phtml?tl=1&id=936055&tit=rvores-invasoras-
sao-removidas-do-Parque-Sao-Lourenco>. Acesso em: 10 out. 2009.
a) Analisando o lide, podemos identificar “quem” rea-
lizou a ação, “quando” aconteceu, “por que” motivo
e “onde”.
b) A ênfase dada, no título, ao motivo pelo qual é rea-
lizada a ação, constitui-se em um recurso expressivo
que permite a omissão do agente.
X c) Analisando o trecho “Para cada árvore exótica
retirada, serão plantadas cinco mudas de espécies
nativas da região” está implícito que quem realizará
o plantio será a prefeitura de Curitiba.
d) No trecho “A prefeitura de Curitiba está removendo
do Parque São Lourenço árvores exóticas, conside-
radas invasoras”, o uso do gerúndio indica que se
trata de um procedimento em andamento.
e) De acordo com o texto, as espécies citadas, “Araçá,
Ariticum, Pitanga, Ingá, Ipês, Vacum, Pinheiro-
Bravo e Branquilho” são árvores nativas e frutíferas.
9. Twitter Serves Up Ideas From Its Followers
SAN FRANCISCO – Companies big and small monitor
Twitter to find out what their customers like and
what they want changed. Twitter does the same.
It started two years ago as a bare-bones service,
offering little more than the ability to post
140-character messages. Then, it outsourced its idea
generation to its users. The company watches how
people use the service and which ideas catch on.
Then its engineers turn the ideas into new features.
[…]
MILLER, Claire Cain. Twitter Serves Up Ideas From Its Followers.
The New York Times. 25 out. 2009. Disponível em: <http://
www.nytimes.com/2009/10/26/technology/internet/26twitter.
html?ref=technolog>. Acesso em: 25 out. 2009.
18
Twitter is one of the free social networking and
micro-blogging services that enables its users to send
and receive messages, called tweets. Many companies
monitor Twitter to know about its users’ opinions.
The central idea of the text, also indicated on the
title is that:
a) many companies want to copy features from Twitter;
b) companies from San Francisco are monitoring
Twitter to create new networking sites;
c) Twitter is also monitoring companies in San
Francisco to catch on their ideas;
X d) Twitter is also monitoring its users ideas to turn
them into new features for the site;
e) Twitter has monitored other companies’ sites
since 2007 to check their users like and what
they want changed.
Da incoerência de nossas ações
Os que se dedicam à crítica das ações humanas jamais
se sentem tão embaraçados como quando procuram
agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os
atos dos homens, pois estes se contradizem comumen-
te a tal ponto que não parecem provir de um mesmo
indivíduo. Mário, o jovem ora parece filho de Marte
ora filho de Vênus. Dizem que o Papa Bonifácio VIII
assumiu o papado como uma raposa, conduziu como
um leão e morreu como um cão. E quem diria que
Nero, essa verdadeira imagem da crueldade, como lhe
apresentassem para ser assinada, a sentença contra
um criminoso, observou: – Prouvera a Deus que eu
não soubesse escrever! – tanto lhe apertava o coração
condenar um homem à morte. Há tantos exemplos
semelhantes, e tão facilmente os encontrará sozinho
quem quiser, que estranho por vezes gente de bom
senso procurando juntar tais contradições [...].
MONTAIGNE, Michel Eyquem de. Ensaios. In: ______. Montaigne. São
Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 159. (Os pensadores).
Com base na leitura desse fragmento, analise a estrutura
composicional e a linguagem utilizada no ensaio. Pode-se
entender que esse texto:
a) prima pela exposição do ponto de vista de forma
objetiva e imparcial, com a finalidade de informar
o leitor;
X b) apresenta liberdade no tratamento do tema para
elaboração de uma reflexão de cunho pessoal;
c) expressa subjetividade na análise do tema com o
intuito de revelar os sentimentos do autor;
d) possui caráter didático cujo objetivo principal é
instruir o leitor;
e) apresenta linguagem informal com o intuito de
entreter o leitor.
11. Os provérbios são sentenças de caráter popular que pro-
curam transmitir conhecimentos sobre a vida cotidiana,
por meio de frases simples, curtas e diretas. Analise
as relações de sentido entre os provérbios a seguir e
assinale a opção correta:
I. Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.
II. Dois bicudos não se beijam.
a) No primeiro provérbio, a partícula “se” serve para
indeterminar o sujeito porque indica que alguém
apanha o mentiroso, mas não especifica quem é.
X b) No segundo provérbio, a partícula “se” serve para
indicar que duas pessoas realizam a ação recipro-
camente.
c) No primeiro provérbio, a partícula “se” indica que se
trata de uma hipótese e não de um fato consumado.
d) No segundo provérbio, a partícula “se” indica que se
trata de uma mesma pessoa que realiza e sofre a ação.
e) Nos dois provérbios, a partícula “se” é utilizada
para generalizar as afirmações, pois indetermina
os sujeitos da ação.
12. Manuel Bandeira, no início de sua carreira, produziu
dois livros de caráter simbolista, Cinza das horas (1917)
e Carnaval (1919). Leia a seguinte passagem de "Cre-
púsculo do outono" e assinale a opção incorreta:
O crepúsculo cai, manso como uma bênção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito...
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.
O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.
Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura inânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas. [...]
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1996. p. 125.
a) No trecho “Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu
leito...” percebe-se o caráter simbolista por meio
da sinestesia.
b) A musicalidade, importante elemento da poesia
simbolista, está presente na aliteração da seguinte
passagem: “Todo o verde que a vista espairecendo
vejas”.
X c) A idealização da realidade, característica do movi-
mento simbolista, está evidente em: “O crepúsculo
cai, manso como uma bênção”.
d) O imaginário e a fantasia funcionam como meios
de se conhecer a realidade, tal perspectiva se
identifica em: “O terror augural de encantos e
feitiços”.
e) A obsessão pelo branco, amplamente difundida
pelos simbolistas, se faz presente em: “Mais negros
sobre a alvura inânime da neve”.
13. Em textos jornalísticos, o uso da sigla (sic) serve para
indicar que se trata de uma inadequação gramatical
ou lógica que foi intencionalmente apresentada pelo
jornalista com o intuito de transcrever fielmente o
texto original.
Bem-humorados, perfis falsos de esportistas
brasileiros angariam fãs no Twitter
Gustavo Kuerten, Rogério Ceni, Vanderlei Luxem-
burgo, Romário e Renato Gaúcho também estão no
Twitter. Mas alguns deles nem sequer conhecem o
microblog. Os perfis de atletas brasileiros no Twitter,
em geral, são "fakes" criados por usuários que fazem
bastante sucesso na plataforma por abusar do bom
humor – quase sempre, fica evidente que se trata de
um perfil falso.
Tanto que é um fake (o do ator Vitor Fasano) um
dos perfis mais acessados do Brasil.
A tentativa de mimetizar vícios de linguagem
garante o tom jocoso a essas páginas. Algumas vezes,
recorrem a frases reais tiradas de seu contexto.
O técnico do Palmeiras, que não é usuário do Twitter,
tem duas contas em seu nome.
"Tensão pré-clássico já classificado é uma teta.
Darei-me [sic] ao luxo de demorar meia hora a mais
para escolher o terno", dizia uma mensagem postada
às 15 h de ontem pelo perfil PofexoLuxa, em referência
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
ao jogo contra o São Paulo.
BASTOS, Mariana. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u542722.shtml>. Acesso
em: 26 out. 2009.
Analise o uso do (sic) no texto e assinale a opção que
indica corretamente o problema do texto original:
a) O uso do pronome “me” está incorreto, pois a gra-
mática recomenda a próclise no início de orações.
b) A palavra “me” deveria aparecer sem o hífen, pois
não se trata de um pronome.
X c) A mesóclise é exigida, pois o verbo está no futuro
do pretérito, sendo a forma correta “dar-me-ei”.
d) Apesar de incorreta, a ênclise, nesse exemplo, é fre-
Volume 5
quentemente utilizada na norma-padrão da língua.
e) O pronome “me” foi incorretamente utilizado, pois,
nesse contexto, exige-se o pronome “se”.
19
 14.
When the Boeing 787 airliner goes into commercial
service next year, travelers will be transported on wings
and fuselages made of advanced composite plastics.
This raises a logical question: if modern plastics are
sturdy enough for 600 mile-per-hour airplanes, why are
car engines still made by pouring molten metal into
molds, a 6,000-year-old process? […]
SHERMAN, Don. One Step Closer to the No-Iron Car. The
New York Times. 22 out. 2009. Disponível em: <http://
www.nytimes.com/2009/10/25/automobiles/25PLASTIC.html?_
r=1&scp=5&sq=2009%20technology&st=cse>. Acesso em: 24 out.
2009.
Esse trecho noticia o uso de um novo avião, em 2010,
o Boeing 787, que terá asas e fuselagem feitas de um
plástico. O autor questiona:
X a) a razão pela qual esse material ainda não é utilizado
em carros se ele pode ser usado na fabricação de
aviões que atingem a velocidade de 600 milhas por
hora;
b) por que os carros ainda passam por moldes de 6 000
anos durante sua fabricação;
c) se os plásticos modernos seriam fortes o suficiente
para serem utilizados em carros;
d) a razão pela qual os aviões que voam a 600 milhas
por hora ainda são fabricados com processos de
fundição de metal;
e) se aviões poderiam ser fabricados com a utilização
do processo de fundição de metal de 6 000 anos.
15. Analise o trecho a seguir e assinale a opção em que é
possível inferir a opinião do autor:
Vale tudo contra os furacões
EUA criam tecnologias para conter a fúria da natureza
Desde que o furacão Katrina matou 1 800 pessoas
e causou US$ 50 bilhões de prejuízo, em 2005, os
16.
especialistas em clima estão apreensivos, temendo
novas catástrofes. E a coisa não deve parar no furacão
Gustav, que assustou os EUA em setembro. Segundo
o governo americano, até o final deste ano 3 a 6
furacões de grande intensidade devem se formar
no Hemisfério Norte – e há 67% de probabilidade
de que pelo menos um deles atinja o litoral dos
EUA. E agora? Os americanos decidiram ressuscitar
um programa científico, criado no auge da Guerra
Fria, que tenta fazer o aparentemente impossível:
controlar os furacões. “Nós não queremos acabar
com os furacões; eles fazem parte do equilíbrio
natural do planeta. Mas, se conseguirmos reduzir
sua intensidade, podemos diminuir muito os danos
que provocam”, acredita William Laska, diretor de
tecnologia do Department of Homeland Security
(agência do governo dos EUA). Grosso modo, um
20
furacão funciona da seguinte maneira: a água do mar
evapora, sobe na forma de ar quente, chega até o
topo. Aí o ar esfria, se condensa e cai de volta no mar.
Esse é o “motor” do furacão. A solução proposta pelos
cientistas é interromper, ou alterar, esse ciclo. Eles
já estão testando suas ideias em laboratório, mas a
aplicação delas terá de passar por um debate político.
“E se nós desviarmos um furacão que está indo para
Miami, por exemplo, e ele acabar atingindo outra
cidade? As pessoas vão nos culpar por isso”, teme o
engenheiro atmosférico Moshe Alamaro, do Instituto
de Tecnologia de Massachusetts, um dos principais
defensores da manipulação de furacões. [...]
GARATTONI, Bruno. Vale tudo contra os furacões. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/ciencia/vale-tudo-furacoes-447752.
shtml>. Acesso em: 26 out. 2009.
a) “Segundo o governo americano, até o final deste
ano 3 a 6 furacões de grande intensidade devem se
formar no Hemisfério Norte – e há 67% de probabi-
lidade de que pelo menos um deles atinja o litoral
dos EUA.”
b) “Nós não queremos acabar com os furacões; eles
fazem parte do equilíbrio natural do planeta. Mas,
se conseguirmos reduzir sua intensidade, podemos
diminuir muito os danos que provocam [...].”
c) “Grosso modo, um furacão funciona da seguinte
maneira: a água do mar evapora, sobe na forma de
ar quente, chega até o topo.”
X d) “Os americanos decidiram ressuscitar um programa
científico, criado no auge da Guerra Fria, que tenta
fazer o aparentemente impossível: controlar os
furacões.”
e) “Eles já estão testando suas ideias em laboratório,
mas a aplicação delas terá de passar por um debate
político.”
Era of in-flight mobile phone use begins in Europe
A frase que você acabou de ler é título de um artigo
sobre telefonia móvel. Analisando-a com cuidado,
é possível deduzir que o autor do artigo teve como
propósito:
a) descrever o uso do telefone celular na Europa;
b) justificar a razão pela qual o uso de celulares em
aviões é proibido na Europa;
X c) anunciar que telefones celulares já podem ser usados
em voos na Europa;
d) apresentar um novo aparelho de celular móvel,
usado dentro de aviões durante os voos na Europa;
e) apresentar a Europa como continente pioneiro no
uso de telefonia móvel.
17. A rede idiota
De todas as ilusões que a internet alimenta, a
que julgo mais grave é a terrível onipotência que
seu uso desperta
[...]
Não pretendo demonizar a internet, até porque sou
bastante dependente dela. De todo modo, é histórico o
mau uso que os humanos fazem de meios fantásticos de
comunicação, e o rádio e a tevê estão aí e não me deixam
mentir. De todas as ilusões que a internet alimenta, a
que julgo mais grave é a terrível onipotência que seu uso
desperta. Todos se acham capazes de tudo, com direito
a tudo, opinar, julgar, sugerir, depreciar, mas sempre à
sombra da marquise, no confortável “anonimato público”
que o mundo paralelo da rede propicia. Consultam o Google
como se consulta um oráculo, como se lá repousasse toda
a sabedoria do mundo. Pra que livros, enciclopédias, se há
o Google? – perguntam-se.
No livro “A Marca Humana”, de Philip Roth, um perso-
nagem fala: “As pessoas estão cada vez mais idiotas, mas
cheias de opinião.” Não sei o que vem por aí, é cedo para
vaticínios sombrios, mas posso antever um mundo povoado
por covardes anônimos e cheios de opiniões. O sujeito se
sente participando da “vida coletiva”, integrado ao mundo,
quando dá sua opinião sobre o que quer que seja: a cantora
que errou o “Hino Nacional”, o discurso do presidente, a
contratação milionária do clube, o novo disco do velho ar-
tista, etc. Julga-se um homem de atitude se protesta contra
tudo e todos em posts no blog de economia e comentários
abaixo do vídeo no YouTube. Faz tudo isso no escuro,
protegido por um nickname, um endereço de e-mail, uma
máscara. Raivosa, mas covarde. [...]
BALEIRO, Zeca. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/colunas-
e-blogs/coluna/18302_A+REDE+IDIOTA>. Acesso em: 29 nov. 2009.
No texto A rede idiota, Zeca Baleiro defende a ideia de que
a internet desperta um sentimento de onipotência. Qual
dos trechos a seguir se configura como um argumento para
defender essa ideia?
a) “Não pretendo demonizar a internet, até porque
sou bastante dependente dela.”
b) “De todo modo, é histórico o mau uso que os huma-
nos fazem de meios fantásticos de comunicação, e
o rádio e a tevê estão aí e não me deixam mentir.”
c) “Pra que livros, enciclopédias, se há o Google? –
perguntam-se.”
X d) “Todos se acham capazes de tudo, com direito a tudo,
opinar, julgar, sugerir, depreciar, mas sempre à sombra
da marquise, no confortável ‘anonimato público’ [...].”
e) “No livro ‘A Marca Humana’, de Philip Roth, um
personagem fala: ‘As pessoas estão cada vez mais
idiotas, mas cheias de opinião’.”
18. Onde é que nós estamos?
Junto aqui duas manchetes, uma do “Valor Econômico”,
que compara os salários dos servidores estatutários e da
iniciativa privada em 2008, e outra da Folha, sobre o rombo
da previdência pública.
Resumindo, o servidor público estatutário ganha o dobro
do salário do trabalhador da iniciativa privada e depois se
aposenta ganhando múltiplas vezes mais, porque vai para
casa, viver mais uns 20, 30 anos, com o povo lhe pagando
salário integral.
Sem contar que os trabalhadores privados podem ser
demitidos a qualquer momento, sob pretexto de qualquer
crise, mas os estatutários têm estabilidade no emprego, com
crise, sem crise, faça chuva ou faça sol. Só saem se aprontarem
daquelas da pesada.
Então, como ficamos? A média (m é d i a!) das aposen-
tadorias do serviço público é de R$ 5.355, e a da iniciativa
privada é de R$ 707. A média de um é, repetindo, de R$
5.355, e a máxima do outro, de R$ 3.219.
Isso sem falar nas médias (m é d i a!) das aposentadorias
do Judiciário, de R$ 15.107, e do Legislativo, de R$ 15.107.
[...]
Há um círculo vicioso, que só aumenta de ano para ano,
com os empregos e os salários do setor privado incompatíveis
com a garotada de nível superior e um avanço esfomeado por
vagas nas várias esferas de governo. É um processo preocu-
pante, porque em boa coisa, e em boa conta, não vai dar.
E é a maioria que arca com essa “coisa” e paga essa conta.
Governantes vêm e vão, mas os problemas que eles criam,
relevam ou aumentam, ficam. Um dia, a casa cai.
CASTANHÊDE, Eliane. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.
br/folha/pensata/elianecantanhede/ult681u650584.shtml>. Acesso
em: 29 nov. 2009.
Analisando o texto, pode-se dizer que a interrogação
do título é uma crítica às seguintes situações, exceto:
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
a) à ausência de mais empregos públicos que permitam
a maior parte da população desfrutar os benefícios
que o governo oferece;
X b) aos dados fornecidos pelo jornal “Valor Econômico”
e pela “Folha” por divulgarem informações sobre os
salários dos empregados públicos e a previdência
privada;
c) à discrepância salarial entre os funcionários públicos
e a iniciativa privada e a política de aposentadoria
integral;
d) ao círculo vicioso que se instaura com a falta de
empregos e os baixos salários do setor privado para
a garotada de nível superior;
Volume 5
e) à possibilidade de os trabalhadores do setor privado
serem demitidos a qualquer momento, sob pretexto
de crise.
21
 19. “Triste e abatido”
Em artigo publicado na Folha, um esquerdista
histórico afirma que Lula tentou subjugar um
rapaz quando estava na prisão. O presidente
ficou perplexo
A um mês da estreia de Lula, o Filho do Brasil, surge um
depoimento que contrasta fortemente com o filme de con-
tornos hagiográficos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na sexta-feira passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou
um artigo que deixou de olhos arregalados todos os que o
leram. Intitulado “Os filhos do Brasil”, o texto é assinado
por César Benjamin, um dos mais célebres militantes da
esquerda brasileira. [...]
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/021209/triste-abatido-p-
079.shtml>. Acesso em: 29 nov. 2009.
As notícias, diferentemente dos artigos, devem ser
imparciais. Porém, no texto que você acabou de ler, há
várias passagens subjetivas em que podemos vislumbrar
a opinião do autor, exceto:
a) “um esquerdista histórico afirma que Lula tentou
subjugar um rapaz quando estava na prisão”;
b) “O presidente ficou perplexo”;
X c) “Os filhos do Brasil”, o texto é assinado por César
Benjamin”;
d) “um dos célebres militantes da esquerda brasileira”;
e) “um artigo que deixou de olhos arregalados todos
os que o leram”.
20. Pescadores acham destroços que
podem ser de avião desaparecido
Pescadores do município de Itacaré (436 km ao sul
de Salvador) acharam nesta terça-feira, dia 1.º, ossos,
pertences e destroços, que podem ser dos tripulantes
e do Cessna C-310, prefixo PT-JGX, da empresa Aero
Star, que desapareceu no dia 2 de maio do ano pas-
sado, quando se aproximava do aeroporto de Ilhéus.
Estavam a bordo da aeronave os empresários ingleses,
Sean Woodhdhall, Ricky Every, Allan Kempson e Nigel
Hodgefs, além do piloto Clóvis Revault (lotado na Casa
Civil do governo da Bahia) e o copiloto Leandro Veloso,
ambos brasileiros.
Os destroços foram encontrados a 16 milhas de Itacaré,
onde ainda estaria grande parte da aeronave, em meio a um
lamaçal, a 42 metros de profundidade, segundo o pescador
Jorge Francisco dos Santos. “Estávamos perseguindo um
cardume de peixes, quando avistamos os destroços”, disse o
pescador. Ainda de acordo com Santos, no local há um fêmur,
uma carteira com documentos, uma hélice e restos de fusela-
gem, com as letras SNA-310. [...]
OLIVEIRAL, Ana Cristina. Pescadores acham destroços que podem
ser de avião desaparecido. Disponível em: <http://www.atarde.
com.br/cidades/noticia.jsf?id=1298223>. Acesso em: 29 nov. 2009.
22
Os elementos em destaque no texto referem-se, respectiva-
mente, a:
X a) ossos, pertences e destroços/Cessna C-310;
b) ossos, pertences e destroços/Empresa Aero Star;
c) pertences e destroços/Empresa Aero Star;
d) pertences e destroços/Tripulantes e do Cessna
C-310;
e) ossos/Cessna C-310.
21. Toda a poesia – e a canção é uma poesia ajudada –
reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos
povos tristes é alegre, e a canção dos povos alegres é
triste.
O Fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de
intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia
e desejava tudo sem ter forças para o desejar.
As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos con-
fiam na vontade própria, porque ela não existe.
O fado é o cansaço de alma forte, o olhar de desprezo
de Portugal ao Deus em que creu e que também o aban-
donou.
No fado os Deuses regressam, legítimos e longínquos. É esse
o segundo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião.
PESSOA, Fernando. Fernando Pessoa: obra em prosa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1986. p. 231.
Analisando o texto de Fernando Pessoa, é correto afir-
mar que o objetivo do autor é:
a) relatar um acontecimento pessoal;
b) transmitir valores éticos;
c) emocionar o leitor por meio de uma história pessoal;
X d) fazer uma reflexão sobre aspectos culturais;
e) fazer uma confissão dos seus sentimentos pesso-
ais.
22.
Texto I
Acho-me tranquilo – sem desejos, sem esperanças.
Não me preocupa o futuro. O meu passado, ao revê-lo,
surge-me como o passado de um outro. Permaneci, mas já
não me sou. E até à morte real, só me resta contemplar
as horas a esgueirar-se em minha face... A morte real –
apenas um sono mais denso.
Antes, não quis porém deixar de escrever sincera-
mente, com a maior simplicidade, a minha estranha
aventura. Ela prova como fatos que nos afiguram
bem claros são muitas vezes os mais emaranhados.
[...]
SÁ-CARNEIRO, Mário. A confissão de Lúcio. Rio de Janeiro: Ediouro:
2002. p. 135.
 Texto II a) Denúncia social.
Lisboa revisited b) Idealização da realidade.
[...] c) Ironia e humor.
Outra vez te revejo, X d) Nacionalismo ufanista.
Sombra que passa através das sombras, e brilha e) Crítica à burguesia.
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
24.

© Creative Commons
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,

Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de
[mim.
Um bocado de ti e de mim!...
PESSOA, Fernando. Fernando Pessoa: obra poética. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1986. p. 223.

Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa são represen-

tantes do Modernismo português. Analisando compa-
rativamente os dois textos, é correto afirmar que eles:
a) defendiam a volta aos modelos clássicos de repre-
sentação;
X b) representavam o homem moderno como um ser
fragmentado;
c) desenvolviam os temas amorosos de forma não
idealizada;
d) preocupavam-se com os problemas sociais, tais
como: a fome, o desemprego e a solidão;
e) teciam uma crítica a Portugal ao voltarem ao seu
passado histórico.
23. Os nomes dados a terra descoberta
Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
The “Twilight” vampire romance sequel “New Moon”
eclipsed the competition at the North American
box office for a second week, final figures showed
Monday.
The second big-screen installment adapted from
Stephenie Meyer’s phenomenally successful books took
in 42.9 million dollars over the weekend, according to
figures from Exhibitor Relations.
That brought the movie’s two-week earnings to a
whopping 230.9 million dollars after it raked in an
astounding 142.8 million dollars in its first three days
of release. […]
Disponível em: <http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/
films/news/new-moon-retains-grip-on-box-office-top-spot-1831778.
html>. Acesso em: 01 dez. 2009.
The movie New Moon (“Lua nova”, in Portuguese),

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

de ilha de Vera-Cruz. continuation of the vampire romance from the
Ilha cheia de graça “Twilight” saga, was an outstanding success in North
Ilha cheia de pássaros America, when it was released, in November 2009. This
success is exemplified in the text through:
Ilha cheia de luz.
a) the large number of people who has watched the
Ilha verde onde havia movie worldwide;
mulheres morenas e nuas b) the information that the movie was adapted from
anhangás a sonhar com histórias de luas Stephenie Meyer’s books, which brought the author
e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo a profit of 42,9 million dollars;
[os pés.
c) the fact that the movie story was created by the
[...] famous writer Stephenie Meyer;
RICARDO, Cassiano. Os nomes dados a terra descoberta. Disponível d) the billions of dollars raised by the end of two weeks
em: <http://www.revista.agulha.nom.br/cricardo.html#osnomes>.
after the movie’s release;
Volume 5

Acesso em: 29 nov. 2009.

Qual das características modernistas está evidente nesse X e) the large amount of money raised during the first
poema de Cassiano Ricardo? weeks of its exhibition in North America.

23
 25. II
Começa agora a floresta cifrada.
A sombra escondeu as árvores.
Sapos beiçudos espiam no escuro.
Aqui um pedaço de mato está de castigo.
Arvorezinhas acocoram-se no charco.
Um fio de água atrasada lambe a lama.
– Eu quero é ver a filha da rainha Luzia!
Agora são os rios afogados,
bebendo o caminho.
A água vai chorando afundando afundando.
Lá adiante
a areia guardou os rastos da filha da rainha Luzia.
– Agora sim, vou ver a filha da rainha Luzia!
Mas antes tem que passar por sete portas
Ver sete mulheres brancas de ventres despovoados
guardadas por um jacaré.
BOPP, Raul. Cobra Norato. Disponível em: <http://www.jornaldepo-
esia.jor.br/rb.html#cobra>. Acesso em: 29 nov. 2009.
Assinale a alternativa que explica corretamente a
figura de linguagem utilizada e o objetivo do autor ao
empregar esse recurso:
a) A metonímia em “Começa agora a floresta cifrada./A
sombra escondeu as árvores” representa a visão do
europeu diante da paisagem brasileira.
X b) A prosopopeia em “Aqui um pedaço de mato está
de castigo./Arvorezinhas acocoram-se no charco”
representa a exaltação da natureza local.
c) O eufemismo em “Lá adiante/a areia guardou os
rastos da filha da rainha Luzia” é uma forma de
retratar a linguagem do dia a dia.
d) A ironia em “Agora são os rios afogados,/bebendo
o caminho” é uma forma de crítica à história bra-
sileira.
e) A antítese em “Mas antes tem que passar por
sete portas/Ver sete mulheres brancas de ventres
despovoados” representa a multiplicidade cultural
do Brasil.
26. Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
24
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PESSOA, Fernando. Mensagem. À memória do presidente-Rei Sidónio
Pais. Quinto império. Cancioneiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1981. p. 42.
Analisando o poema, é correto afirmar que:
a) critica o ímpeto imperialista e dominador de Portu-
gal ao colocar em risco a vida dos cidadãos, como se
observa em “Quem quere passar além do Bojador/
Tem que passar além da dor”;
b) explica que as cruzadas apenas causaram dor e perda
a Portugal, devendo ser evitadas, o que se nota em
“Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de
Portugal”;
X c) exalta a coragem do povo português em descobrir
novos povos e culturas, apesar das dificuldades, pois
“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,/Mas nele é
que espelhou o céu”;
d) representa a angústia das mulheres portuguesas
diante da perda de homens nas Grandes Navegações,
como se observa em “Por te cruzarmos, quantas
mães choraram,/[...] Quantas noivas ficaram por
casar”;
e) defende que Portugal deveria se empenhar em do-
minar outras culturas porque “Tudo vale a pena/se
a alma não é pequena”.
27. Japanese bling breaks with tradition
A new generation of young Japanese is ignoring
the traditional aesthetic of muted colors and subtle
designs for fashion and decoration, instead preferring
the sparkle and shine of “dekoden.”
A combination of the words “decoration” and
“denwa” – the Japanese term for mobile phone –
young people have taken to personalizing everyday
items, such as phones, watches, cigarette cases,
mobile music systems and their make-up products.
Each is painstakingly adorned with colorful beads,
artificial jewels, stickers and images of characters from
animated movies. […]
RYALL, Julian. Disponível em: <http://www.independent.
co.uk/life-style/house-and-home/japanese-bling-breaks-with-
tradition-1831261.html>. Acesso em: 30 nov. 2009.
The extract of the text describes how young people in
Japan are changing the Japanese traditional view of
decoration and fashion. According to the text:
a) Japanese are using more muted colors to adorn
personal objects;
X b) personal everyday belongings are being detailed
adorned by new young generation in Japan;
 c) mobile phones are the most decorated objects today
in Japan;
d) the new way of designing and decoration personal
belongings today in Japan reflect the Japanese
traditional aesthetic;
e) only special objects, such as phones, watches, ci-
garette cases, mobile music systems and make-up
products are being adorned by Japanese new young
generation.
28.
The characters of C.S.
©2009 Google
Lewis’ timeless fantasy
come to life once again
in this newest installment
of the “Chronicles of
Narnia” series, in which
the Pevensie siblings are
magically transported back
from England to the world
of Narnia, where a thrilling,
perilous new adventure and
even greater test of their
faith and courage awaits
them. […]
Disponível em: <http://movies-synopsis.blogspot.com/2008/05/chroni-
cles-of-narnia-prince-caspian.html>. Acesso em: 01 dez. 2009.
The text above is the synopsis of the movie series
Chronicles of Narnia and has the purpose of:
a) convincing the reader to watch the movie;
b) advertising the movie so people get interested on it;
X c) summarizing the story of the movie, showing its
main aspects;
d) informing that the main characters are the Pevensie
siblings;
e) showing that it is an adventure movie.
29.
Just a few years ago, graffiti was ubiquitous: there were
big colorful rooftop pieces in almost every neighborhood,
parking lots were layered with years of history, business
roll-down gates featured a steady rotation of throw-ups,
there were doors crushed with tags citywide, and several
Muni tunnels were painted end to end. Almost none of
that exists anymore.
Perhaps budding graffiti artists have found safer
outlets. A graffiti arts class will be taught this Saturday
at the 1AM Gallery in San Francisco.
At the end of the class, there will be a live
demonstration of Nate1 spray painting letters and
characters. This is a great opportunity to learn from a
local legend in a fun, safe, and creative environment.
[…]
EMAMDJOMEH, Armand. Disponível em: <http://bayarea.blogs.
nytimes.com/2009/11/06/graffiti-art-a-creative-response-to-
blight-or-a-contributor/?scp=3&sq=graffiti&st=cse>. Acesso em:
01 dez 2009.
The text describes the spaces we could find
graffiti few years ago and where it can be find
today, as art. The author has used the word
ubiquitous, followed by examples of different
places in a city where graffiti was painted. This
word, in the context of this text, means that:
X a) graffiti could be found everywhere, at the same
time;
b) graffiti was popular in the places mentioned;
c) people could see graffiti only in some specific places
of the city;
d) nowadays, graffiti is considered art and can be found
only in galleries;
e) many people can learn the graffiti art today in
special classes.
30.
© Wikimedia Commons/Whole
Director: J. J. Abrams
Writers (WGA): Roberto Orci & Alex
Kurtzman
Contact:
View company contact information
for Star Trek on IMDbPro.
Release Date: 8 May 2009 (Brazil)
Genre: Action | Adventure | Sci-Fi
Tagline: The future begins.
Plot: A chronicle of the early days
of James T. Kirk and his fellow USS
Enterprise crew members.
Plot Keywords: Captain | Vulcan |
Alien | Starship | Planet
Awards: 1 win & 9 nominations
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Disponível em: <http://www.imdb.com/title/tt0796366/>. Acesso em:
01 dez 2009.
Star Trek, ou Jornada nas estrelas no Brasil, é o
décimo primeiro filme de ficção científica baseado no
seriado televisivo de grande sucesso, com o mesmo
nome, lançado em 1966. Com base nas informações
apresentadas no texto e no seu pôster, infere-se que:
a) no Brasil, o filme foi lançado no final de 2009;
b) o escritor preocupou-se em manter o gênero da série
original;
c) o filme recebeu nove prêmios em 2009;
X d) a USS Enterprise é uma nave espacial, tripulada por
James T. Kirk e outros membros;
Volume 5
e) o novo filme reproduz os principais episódios do
seriado original.
25
 31.
DALÍ, Salvador. A persistência da memória. 1931. 1 óleo sobre
tela: color.; 24 x 33 cm., Museu de Arte Moderna, Nova Iorque.
Highly recognizable, often spoofed, The Persistence
of Memory by Salvador Dalí is a painting that tends
to be a universal symbol of Surrealist or Modern Art.
In the work, clocks appear to melt over branches and
rigid surfaces, and ants devour a pocket watch while a
vague face hovers in the background. The background
itself shows the rocky landscape of Port Lligat in
Dalí’s native Catalonia, Spain. The painting is like a
well-crafted hallucination, with the fascinating yet
confusing details of a dream. [...]
Disponível em: <http://20thcenturyart.suite101.com/article.
cfm/salvador_dalis_the_persistence_of_memory>. Acesso em: 1.o
dez 2009.
Salvador Dalí foi um dos maiores pintores surrealistas,
tendo como obra mais conhecida a pintura The
Persistence of Memory, reproduzida e descrita no
texto acima. Entre as alternativas a seguir, marque
aquela que, corretamente, explica a relação entre o
texto e essa obra de Dalí:
X a) O texto descreve, de forma detalhada, o que pode
ser observado na obra.
b) O texto afirma que a obra retrata um sonho de Dalí,
33.
que é facilmente observável ao analisarmos os as-
pectos dos objetos e as cores utilizadas na pintura.
c) O texto descreve o desequilíbrio emocional do pin-
tor, comprovado por meio dos aspectos confusos e
sombrios da obra.
d) O texto menciona a terra natal de Dalí, facilmente
identificada na obra.
e) O texto explica que o pintor buscou retratar a pai-
sagem rochosa, comum na Espanha, e tal aspecto
é facilmente identificado ao observarmos a obra.
32. The world’s biggest museum is falling down
The Smithsonian in Washington may have a world-
famous reputation, but its buildings are crumbling.
Andrew Buncombe reports
At the National Air and Space Museum in Washington
DC, Otto Lilienthal hangs gamely from the roof. There
26
is a healthy smile on the face of the life-size model of
the 19-century German pioneer of flight but his original
glider, which dates from 1890 and which inspired the
famous Wright brothers in their own endeavours, is
covered with ugly, brown, water stains. Meanwhile,
at the nearby Arthur M. Sackler gallery, with its rich
collection of Asian art, officials have struggled to deal
with drips coming down from the roof. And visitors to
the historic Arts and Industries Building are confronted
by a sign at the entrance that informs them that the
museum is closed for renovation. They are not told
about metal panels falling from the ceiling. […]
Disponível em: <http://www.independent.co.uk/news/world/
americas/the-worlds-biggest-museum-is-falling-down-514704.html>.
Acesso em: 30 nov. 2009.
O maior museu do mundo – o Smithsonian, em
Washington DC – está em ruínas, conforme afirma
Andrew Buncombe no texto que você acabou de
ler. Entre os diversos exemplos que comprovam a
deterioração do local, o autor cita, nessa parte do texto:
a) infiltração de água nos modelos aéreos de Otto
Lilienthal, no Museu Aéreo Nacional;
b) pedaços de metal caindo dos modelos aéreos dos
famosos irmãos Wright;
c) placas de aviso de reformas na entrada da Galeria
Arthur M. Sacker;
d) gotas de água caindo do teto do prédio de Artes e
Indústrias;
X e) infiltração de água em quadros, que provocam
manchas marrons.
How iPhone Moms Use Their Phones:
Shopping and Keeping the Kids Entertained
Disponível em: <http://www.nytimes.com/external/readwriteweb/
2009/10/26/26readwriteweb-how-moms-use-their-iphones-86123.
html>. Acesso em: 23 out. 2009.
The sentence above is from an article that discusses the
use of iPhones by mothers to entertain their children
while shopping. The extract How iPhone Moms Use
Their Phones is written in the active voice. How could
it be rewritten in the passive voice?
a) How moms have used iPhones.
b) How do moms use iPhones?
c) iPhones moms and shopping.
d) How Phone moms use their iPhones.
X e) How phones are used by iPhones moms.
 Ciências Humanas e suas Tecnologias

1.
UMA NOVA FRONTEIRA EXPLORATÓRIA
A descoberta de petróleo e gás na camada pré-sal é um marco na indústria mundial
do setor e no desenvolvimento do nosso país.
Os primeiros resultados apontam para volumes expressivos. Para se ter uma ideia,
só a acumulação de Tupi, localizada na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis
estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente, o que representa aproxi-
madamente 50% das reservas atuais (15 bilhões de barris).

PETROBRAS. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br/portal/petrobras.htm?pagina=1>. Acesso em: 18 out. 2009.

Com relação à exploração do petróleo da camada de pré-sal, é correto afirmar que:
a) só os japoneses possuem uma tecnologia de exploração em grandes profundidades;
b) o Brasil não precisa fazer grandes investimentos, pois a camada de pré-sal está próxima à superfície;
X c) deverá haver superação da grande profundidade da lâmina de água e da logística (a distância das áreas de produção
em relação à costa);
d) será preciso facilitar o transporte e o escoamento de gás, carvão mineral e petróleo através de oleodutos na

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

costa;
e) com o uso da nova tecnologia, muitos trabalhadores perderão seus empregos, pois todas as fases da exploração
serão feitas por robôs.

2.
Em 12 de março de 1930, Ghandi deixa seu ashram de Sabarmati acompanhado por seu cajado de peregrino e mais
de 70 fiéis. Única informação. “Voltarei com o que eu quero ou meu cadáver flutuará no oceano.” Depois, ele mar-
cha. Marcha sutilmente para desafiar a coroa britânica. [...] Parte novamente. Em cada aldeia seu cortejo aumenta.
Essa marcha pacífica mantém em suspense a imprensa internacional, e o Mahatma comanda a intensidade dramática
do fato. Na noite de 25 de abril, após 24 dias de peregrinação, milhares de pessoas alcançam a praia de Dandi, a
200 km do ponto de partida. É ali que Gandhi efetua o gesto mais significativo de sua epopeia: ele se abaixa e apanha
um punhado de sal que a Inglaterra proíbe explorar. Os outros imitam seu gesto. Enquanto os atos de contrabando
tomam toda a Índia, o rebelde acampa e espera que venham prendê-lo. [...] A partir de então, aceleram-se os rumos
Volume 5

da descolonização e o mundo está mudado.

MERCHETTI-LECA, Pascal. Gandhi: no caminho da paz. Tradução de Sônia Gugeck. História Viva, São Paulo: Duetto, ano 1, n. 1, p. 23. nov. 2003.

27
 A estratégia usada por Ghandi durante o episódio nar-
rado no texto tem como característica(s):
X a) a infração da lei inglesa e a submissão pacífica à prisão;
b) o estímulo ao consumo apenas de produtos indianos,
como o sal;
c) a resistência à utilização da tecnologia inglesa para
a purificação do sal e o estímulo ao consumo do
produto em seu estado bruto;
d) a luta do povo indiano, liderado por Mahatma
Ghandi, pelo monopólio do sal;
e) a demonstração de incapacidade dos ingleses e a
facilidade de subverter suas leis.
3.
“A raiz do passado está no futuro”. Essa afirmação de
Heidegger* vale para a história coletiva: seria impossí-
vel compreender o passado ignorando como os homens
que viviam se projetavam no futuro. Ele vale também
para a história individual: como perceber quem fomos
se não levarmos em conta o futuro que percebíamos?
PROST, Antoine. História da vida privada: da Primeira Guerra aos
nossos dias. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia
das Letras, 2003. p. 167.
* (Filósofo alemão que nasceu no final do século XIX e viveu
durante a Segunda Guerra Mundial, tendo se filiado ao Partido
Nazista. Escreveu a obra Ser e tempo (1927).
Segundo as concepções do autor, na História:
X a) a compreensão dos acontecimentos só é possível se
entendermos de que modo, no passado, os homens
imaginavam o futuro;
b) o passado serve como lição para o futuro;
c) as conquistas do futuro legitimam o passado;
d) o passado foi manipulado pelos governos, por isso a
sua compreensão decorre da verdade, que só existe
no presente;
e) não há necessidade de investigar o passado porque
este produziu o homem no presente, que traz em
si as marcas das continuidades da História.
4.
A ascensão da direita radical após a Primeira Guerra
Mundial foi sem dúvida uma resposta ao perigo, na ver-
dade à realidade, da revolução social e do poder operário
em geral, e à Revolução de Outubro e ao leninismo em
particular. Sem esses, não teria havido fascismo algum,
pois, embora os demagógicos ultradireitistas tivessem sido
politicamente barulhentos e agressivos em vários países
europeus desde o fim do século XIX, quase sempre haviam
sido mantidos sob controle antes de 1914. Sob esse aspec-
to, os apologetas do fascismo provavelmente têm razão
quando afirmam que Lenin engendrou Mussolini e Hitler.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
Tradução de Marcos de Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras,
1995. p. 127.
28
Marque a alternativa que estabelece uma relação possível
entre a ascensão dos fascismos (direita radical) de Mussolini
e Hitler a Lenin e a Revolução de Outubro de 1917 na Rússia:
a) O apoio aos governos fascistas se deu por parte das
classes trabalhadoras da Alemanha e da Itália e de-
correu do temor de que novas revoluções socialistas,
como a ocorrida na Rússia em 1917, se alastrassem.
b) Os partidos de extrema-direita da Itália e da Alema-
nha receberam apoio financeiro de Stalin. Tal apoio,
fornecido pela URSS, visava diminuir a influência
dos Estados Unidos na Europa.
c) O antagonismo entre os ultradireitistas e os socialis-
tas tinha como raiz ideológica a defesa do liberalismo
econômico e a garantia dos direitos individuais do
socialismo frente à postura totalitarista de supressão
dos direitos civis dos partidos totalitários.
X d) O crescimento dos governos fascistas foi favorecido
pelo apoio da burguesia, temerosa com o cresci-
mento dos movimentos sindicais e as possíveis
revoluções socialistas.
e) O crescimento do fascismo na Europa está relacio-
nado à ineficiência dos estados socialistas frente à
Crise de 29.
5.
A guerra civil que eclode na Espanha no verão de 1936,
confrontando coalizões políticas e ideológicas hetero-
gêneas, é, com frequência, apresentada como primeiro
episódio da Segunda Guerra Mundial, embora tenha
terminado antes do início desse conflito.
HENNINGER, Laurent. Guerra Civil Espanhola: um campo de provas
para Hitler. Tradução de Mariana Tachinardi Mizuri. História Viva,
São Paulo: Duetto, ano 1, n. 1, nov. 2003.
Entre as opções dadas, assinale aquela que apresenta uma
razão pela qual a Guerra Civil Espanhola pode ser consi-
derada o primeiro conflito da Segunda Guerra Mundial:
a) O apoio oficial dos governos da Rússia, França e
Inglaterra que enviaram armamentos e soldados e,
na sequência, iniciaram as invasões que deflagraram
a Segunda Guerra Mundial.
b) Foi um laboratório para Hitler, que, posteriormente,
testou as novas armas usadas, na Segunda Guerra
Mundial, como tanques, submarinos e dirigíveis.
c) Colocou, frente a frente, as forças ideológicas que,
posteriormente, lutaram na Segunda Guerra, como
a Alemanha e a Itália, favorecendo os republicanos
e a URSS em apoio aos franquistas.
d) Produziu um dos mais sangrentos episódios da guerra
– o bombardeio de Madri pela forças da Luftwaffe –,
retratado em Guernica, uma das maiores obras de
Picasso.
X e) As forças do nazifascismo testaram armas e estraté-
gias que, posteriormente, foram usadas na Segunda
Guerra Mundial.
6. Polônia rejeita tentativa de "reescrever"
história da 2ª. Guerra
GDANSK, Polônia (Reuters) – O presidente polonês,
Lech Kaczynski, alertou na terça-feira contra tentativas
de reescrever a história, enquanto quase 20 líderes
europeus se reuniam na costa do Báltico para marcar
o 70º. aniversário do início da Segunda Guerra Mundial.
A Rússia e seus ex-aliados do Leste Europeu estão
em atrito por causa do papel exercido em 1939 pelo
então ditador soviético Josef Stálin, cujo acordo com
a Alemanha nazista permitiu a invasão da Polônia e o
início da guerra.
Enquanto os russos se orgulham profundamente da
sua vitória sobre as forças de Adolf Hitler em 1945, os
poloneses, bálticos e outros dizem que Stálin também
foi diretamente responsável pelo início da guerra, ao
dividir a Polônia com Hitler e anexar os países bálticos.
BACZYNSKA, Gabriela; DYOMKIN, Denis. Polônia rejeita tentativa
de "reescrever" história da 2.a Guerra. Veja.com. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/agencias/reuters/reuters-internacional/
detail/2009-09-01-514472.shtml>. Acesso em: 25 out. 2009.
O artigo jornalístico refere-se:
a) ao acordo de não agressão firmado entre URSS e
o nazismo alemão. Diante da repercussão popular
negativa, Stalin atacou a Alemanha e sagrou-se
vitorioso na Batalha de Stalingrado;
b) à aceitação da França e da Inglaterra, por meio do
Tratado de Munique, da legitimidade dos territórios
conquistados pela Alemanha e Rússia, durante o seu
expansionismo, no final da década de 1930, como
o da Polônia;
X c) à dúbia participação de Josef Stalin na Segunda
Guerra, que, por um lado, realizou um acordo de
não agressão com Hitler, resultando na invasão da
Polônia pela parte oriental, e, por outro lado, foi o
responsável pela primeira grande derrota do exército
alemão no front, na Batalha de Stalingrado;
d) à necessidade de reescrever a história da Segunda
Guerra Mundial, já que, no entendimento dos po-
loneses, ela não explica realmente o que aconteceu
no front oriental;
e) à defesa de que a Rússia atual deve redimir a Polônia
dos prejuízos provocados durante a Segunda Guer-
ra, já que os crimes de guerra da URSS não foram
julgados no Tribunal de Nuremberg.
7.
Em agosto de 2000, o presidente Putin lamentava o
estado de seu país. “Esta emergência”, declarava ele,
“coloca em relevo as verdadeiras condições de nossos
meios vitais, bem como toda nação. Apenas o desen-
volvimento econômico pode nos dar condições de
impedir que estas calamidades repitam-se no futuro”.
O presidente russo não estava se referindo à tragédia
do Kurski, mas a um incêndio devastador que destruiu
a torre de 540 metros da rede de televisão Ostankino,
nos subúrbios do norte de Moscou. O ano 2000 foi, para
a Rússia, um verdadeiro annus horribilis. O desastre do
Kurski foi seguido, menos de duas semanas depois, pelo
incêndio de Ostankino e, ao mesmo tempo, a envelhe-
cida estação espacial Mir sofria uma série de problemas
com panes e avarias, que acabariam levando à decisão
final de inutilizá-la completamente. Dos três desas-
tres, o do Kurski foi o que mais marcou, ficando como
metáfora plangente do estado da Rússia pós-soviética.
TRUSCOTT, Peter. Kurski: o orgulho perdido da Rússia. São Paulo:
Landscape, 2003. p. 250.
O texto acima aborda:
a) a incapacidade da URSS de se adaptar ao capita-
lismo;
X b) a herança russa da Guerra Fria, como o submarino
Kurski e a estação Mir, frutos das corridas bélicas e
espaciais contra os EUA;
c) o pouco desenvolvimento russo na corrida espacial,
já que a Rússia não possuía condições de manter
suas estações espaciais;
d) a desintegração da URSS como consequência dos
acidentes envolvendo o Kurski e o incêndio da rede
de televisão;
e) o desinteresse dos governos russos da atualidade
em manterem o desenvolvimento tecnológico con-
quistado pela Revolução de Outubro de 1917.
8. Problemas na lei de patentes impedem
avanço nas pesquisas científicas
[...]
Royalties e direitos
Numa tentativa de evitar que o patrimônio genético se
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
perca nas mãos de empresas internacionais que ganham
milhões em cima da biodiversidade nacional, o governo
brasileiro tentará colocar em debate, em 2010, no Ja-
pão, durante a COP-10, reunião dos países signatários
da Convenção sobre Biodiversidade, a aprovação da
entrada em vigor do Sistema de Acesso e Repartição
dos Benefícios pelo Uso da Biodiversidade (ABS, na
sigla em inglês).
O sistema é um mecanismo internacional que serviria
para determinar o pagamento por matéria-prima ob-
tida a partir do patrimônio genético, tanto dos países
detentores da biodiversidade quanto das comunidades
detentoras desse patrimônio genético, como indígenas,
ribeirinhos, entre outros. "Hoje, por exemplo, um la-
Volume 5
boratório suíço vai para o Cerrado, para a Amazônia e
coleta uma semente, uma formiga, leva para sintetizar o
princípio ativo no seu país, faz um remédio e vende para
29
 os brasileiros que não recebem um tostão por royalties,
patente e direitos. Está na hora de isso acabar", diz o
ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. [...]
SANTOS, Danielle. Problemas na lei de patentes impedem avanço nas
pesquisas científicas. Correio Braziliense. 15 set. 2009. Disponível em:
<http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/09/15/
brasil,i=142159/PROBLEMAS+NA+LEI+DE+PATENTES+IMPEDEM+AVANC
O+NAS+PESQUISAS+CIENTIFICAS.shtml>. Acesso em: 17 out. 2009.
Com base no texto e na situação atual da biopirataria
no território brasileiro, é possível inferir que:
a) com a biopirataria, o Brasil ganha milhões de dólares
em royalties, pois todos os produtos retirados do
país pagam impostos;
X b) a política ineficiente de controle do patrimônio
genético brasileiro é a causa de o país deixar de
ganhar milhões em royalties por ano;
c) no país, não existem laboratórios capacitados para
a pesquisa de novos medicamentos com o fim de
combater as doenças;
d) a biopirataria envolve a repartição justa e equitativa
dos royalties – entre estados, corporações e comu-
nidades tradicionais;
e) a biopirataria é apenas o contrabando de diversas
espécies vegetais.
9.
[...] Pecuária sustentável. Um termo que muitos po-
deriam ver como um paradoxo – já que a atividade é
uma das grandes responsáveis pela devastação da Ama-
zônia – pode ser real. É o que ambientalistas, o setor
financeiro e da pecuária, além de grandes empresas
atreladas ao tema vêm buscando.
Atualmente, a atividade tem uma forte relação com
o desmatamento da Floresta Amazônica. Em 1990,
quando o rebanho bovino no Brasil era de cerca de 20
milhões de cabeças de gado, o índice de devastação da
Amazônia foi de 400 mil hectares. Já em 2006, quando
houve um aumento para mais de 70 milhões de bois
no país, o desmatamento chegou a 700 mil hectares.
Como o desflorestamento é a principal causa das emis-
sões de gases do efeito estufa, a responsabilidade da
pecuária é grande, 44% das emissões no Brasil são
causadas por ela, enquanto que a atividade contribui
pouco para a economia brasileira [2% do PIB]. [...]
LERVOLINO, Thais. Pecuária verde é possível. Agroambiente. 04 set. 2009.
Disponível em: <http://www.agroambiente.org.br/noticias/clipping_do_
agronegocio/pecuaria_verde_e_possivel.icv>. Acesso em: 18 out. 2009.
Considerando as informações acima, é possível inferir
que a pecuária na Amazônia:
a) atualmente, é a atividade econômica que menos inter-
fere na natureza, portanto é a mais utilizada pelos seus
habitantes e a que mais contribui com o PIB nacional;
X b) pode utilizar o boi verde para a produção de carne
no Brasil, porque a criação com pastagens e reforços
30
alimentares, durante a estiagem, torna o animal
pronto para o abate em menor tempo, quando
comparado com a alimentação tradicional;
c) não causa problemas ambientais, como desmata-
mento e emissões de gases de efeito estufa;
d) é a atividade econômica que mais demanda inves-
timentos e infraestrutura, sendo, portanto, muito
caro mantê-la na região;
e) tem diminuído depois que o governo federal decretou o
“desmatamento zero” – lei que já está sendo cumprida
nos estados que fazem parte da Amazônia legal.
10.
A região metropolitana de São Paulo sofreu forte trans-
formação econômica, social e espacial nas últimas três
décadas, com uma forte reversão na sua matriz econômica,
deixando de ser uma metrópole eminentemente industrial
para se tornar uma região de intenso comércio e prestação
de serviços especializados. Embora tenha cerca de 1,1
milhão de trabalhadores na indústria o que demonstra que
seu parque industrial ainda é bastante vigoroso.
A desconcentração industrial da RMSP teve efeitos
que possibilitaram e intensificaram grandes mudanças
sociais, econômicas e espaciais nas regiões administra-
tivas de seu entorno. [...]
TINEU, Rogério. A desconcentração industrial da região metropoli-
tana de São Paulo e seus efeitos sobre as regiões administrativas
de Campinas, São José dos Campos e Sorocaba no período de 1990
a 2005. SIMPGEO-SP, 2008. Disponível em: <http://www.rc.unesp.
br/igce/simpgeo/379-393rogerio.pdf>. Acesso em: 18 out. 2009.
Entre os fatores que motivaram a desconcentração in-
dustrial da região metropolitana de São Paulo está(ão):
X a) as mudanças econômicas ocorridas na década de
1990, quando a indústria brasileira iniciou um pro-
cesso de reestruturação produtiva e organizacional,
que tinha como estratégias predominantes a busca
por redução de custos, o aumento da produtividade
e os investimentos em modernização e inovação;
b) o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND),
da década de 1970, que estimulou a criação de
polos comerciais e de serviços na cidade de São
Paulo, fazendo com que as indústrias se deslo-
cassem para outras regiões do país;
c) a falta de investimentos, principalmente em in-
fraestrutura e energia, dos governos estaduais e
municipais, da região metropolitana de São Paulo;
d) a diminuição no ritmo da demanda de consumo da
população da região metropolitana de São Paulo;
e) a criação, pelo governo de São Paulo, de indústrias
de ponta (informática, microeletrônica, telecomu-
nicações e automação), somente em áreas que não
fazem parte da região metropolitana de São Paulo.
11. Os estudos demográficos, em linhas gerais, têm por objeto a análise quantitativa das populações humanas, de
suas variações e de seu estado. As pirâmides etárias são representações gráficas da população classificada por
sexo e idade.

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1998/2008. Síntese dos Indicadores Sociais, 2009.

Analisando-se o gráfico da composição da população residente, por sexo, segundo os grupos de idade no Brasil, é
correto afirmar que:
a) houve um crescimento da população masculina na faixa etária acima dos 70 anos, de 1998 para 2008, em relação
à população feminina;
X b) o aumento da população na faixa acima de 70 anos, de 1998 até 2008, foi ocasionado pela melhora na qualidade
de vida;
c) o número de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade representavam mais da metade da população total
do país, em 2008;
d) o aumento da população idosa é decorrente apenas da continuada queda dos níveis de fecundidade;
e) houve uma redução da população feminina, de 1998 para 2008, devido às epidemias que atingiram apenas mulheres,
como a gripe H1N1.

12. Baixa expectativa de vida influi negativamente na qualidade de vida no Brasil

A baixa expectativa de vida no Brasil é o principal fator que puxa para baixo o IDH (Índice de Desenvolvimento

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Humano do Brasil), diz a ONU (Organização das Nações Unidas). Atualmente, segundo o relatório divulgado pelo PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o índice é de 72,2 anos. [...]
Contra a expectativa de 72,2 anos do brasileiro, o relatório do PNUD cita países latino-americanos cujas
condições econômicas são iguais ou piores que as do Brasil e a expectativa de vida da população é considera-
velmente maior. [...]
LIS, Lais. Baixa expectativa de vida influi negativamente na qualidade de vida no Brasil. R7 Notícias. 05 out. 2009. Disponível em: <http://
noticias.r7.com/brasil/noticias/baixa-expectativa-de-vida-influi-negativamente-na-qualidade-de-vida-no-brasil-20091005.html>. Acesso em:
28 nov. 2009.
Com base nas informações do texto, a baixa expectativa de vida no Brasil é ocasionada:
a) somente pelas condições econômicas que o país apresenta;
X b) pelas altas taxas de mortalidade infantil e pelos índices de violência elevados;
c) pelas altas taxas de natalidade e pelos baixos índices de fecundidade;
d) pelos índices elevados de escolarização da população;
Volume 5

e) somente pelas condições de saúde que a população apresenta.

31
 13. Sinop: Juarez diz que Embrapa ajudará no O fenômeno descrito no texto se refere ao processo de:
combate ao êxodo rural a) interiorização da população brasileira;
O prefeito Juarez Costa declarou que a instalação do centro b) desmetropolização;
de pesquisa da Embrapa em Sinop – MT será um importante
X c) metropolização;
instrumento para se evitar o êxodo rural. A fala leva em
conta a mudança dos pequenos produtores do campo para d) preservação da memória da cidade;
a cidade após não conseguirem sobreviver na área rural e) migração interna.
devido a distintos fatores. “A vinda da Embrapa nos coloca
15. Os gráficos a seguir foram retirados da Síntese dos
em um caminho de competitividade. Este é um grande
Indicadores Sociais, 2009, do Instituto Brasileiro de
momento”, declarou. O gestor exemplificou que algumas
Geografia e Estatística (IBGE), e referem-se à mobilidade
ações já ocorrem no município com objetivo de fomentar a
da população nas cinco regiões brasileiras.
agricultura familiar, mas frisou a necessidade de mais téc-
nicos especializados no assunto para auxiliar na promoção
de políticas ao setor. “Existe o interesse de ver o homem
sobreviver no campo e agora com a Embrapa, toda condição
tecnológica definitivamente nos ajudará a fixar o homem
no campo”, expressou durante entrevista ao Só Notícias.
NASCIMENTO, Leandro J. Sinop: Juarez diz que Embrapa ajudará no
combate ao êxodo rural. Só Notícias. 20 nov. 2009. Disponível em:
<http://www.sonoticias.com.br/noticias/10/96701/sinop-juarez-
diz-que-embrapa-ajudara-no-combate-ao-exodo-rural>. Acesso em:
28 nov. 2009.
Considerando as informações do texto, é possível con-
cluir que o êxodo rural:
a) é ocasionado pela chegada do homem ao campo,
para trabalhar em novas propriedades rurais;
X b) pode ser revertido se forem feitos investimentos no
campo, como melhorar a agricultura familiar;
c) é um movimento da população, que ocorre apenas
na época da colheita e somente na Região Nordeste;
d) é a saída do homem da cidade para trabalhar no
campo, em um movimento diário;
e) é um tipo de movimento que não ocorre no Brasil
desde a década de 1970.
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2008.
14. Síntese dos Indicadores Sociais, 2009.
Entre as muitas consequências do modelo de urbani- De acordo com as informações dos gráficos, a região
zação brasileiro, a mais expressiva foi o crescimento que recebe o maior número de pessoas e a de que mais
explosivo das regiões metropolitanas. Essas cidades, em saem pessoas são, respectivamente:
face de sua importância econômica, nacional e regional, a) Sudeste e Centro-Oeste;
passam a concentrar a geração de postos de trabalho
b) Sul e Norte;
e, consequentemente, despontam como “eldorados”,
se constituindo em áreas receptoras de intensos mo- c) Nordeste e Sul;
vimentos migratórios. Esse crescimento populacional X d) Sudeste e Nordeste;
demandava espaços para reprodução, sobretudo para e) Centro-Oeste e Norte.
a moradia, desses contingentes. Assim, as metrópoles
acabaram, pelo processo de conurbação, incorporando 16.
suas áreas rurais, expandindo suas manchas urbanas A perestroika é uma necessidade urgente que surgiu
em direção aos municípios limítrofes, estava colocado da profundidade dos processos de desenvolvimento
de pé o espaço periférico metropolitano. em nossa sociedade socialista. Esta encontra-se pronta
ROCHA NETO, João Mendes; MAIA JUNIOR, Danilo dos Santos. Brasília: para ser mudada e há muito anseia por mudanças. [...]
os paradoxos da metrópole inconclusa. Disponível em: <http://
egal2009.easyplanners.info/area05/5485_Rocha_Joao.doc>. Acesso Estava se desenvolvendo uma situação absurda: a URSS,
em: 28 nov. 2009. o maior produtor mundial de aço, matérias-primas,

32
 combustíveis e energia, apresentava escassez de tais
recursos devido ao uso ineficiente ou ao desperdício.
Apesar de ser um dos maiores produtores de grãos
para a alimentação, tinha de comprar milhões de
toneladas por ano para forragem. [...] Nossos foguetes
conseguem encontrar o cometa de Halley e atingir
Vênus com uma precisão surpreendente, mas ao lado
desses triunfos científicos e tecnológicos existe uma
ineficiência óbvia para aplicar nossas conquistas
científicas às necessidades econômicas, e muitos dos
eletrodomésticos na URSS apresentam uma qualidade
sofrível.
GORBACHEV, Mikhail. Perestroika: novas ideias para o meu país e o
mundo. 14. ed. São Paulo: BestSeller, [s.d.]. p. 15-23.
Por meio da leitura do texto pode-se depreender que o
objetivo da perestroika era:
a) a implantação do sistema capitalista, já que existia
escassez de produtos e o presidente Gorbachev acre-
ditava que só o capitalismo seria capaz de propiciar
a retomada do desenvolvimento econômico para a
URSS;
b) difundir para o mundo o grande desenvolvimento
tecnológico da URSS, que havia conseguido chegar
a Vênus;
c) a mera mudança do sistema socialista, conquistado
pela Revolução Patriótica, para o capitalista, que
não necessitaria de nenhuma revolução, mas apenas
da implantação da perestroika;
X d) a reconstrução dos métodos de produção e a aplica-
ção do desenvolvimento às necessidades cotidianas
no socialismo da URSS;
e) a busca de um maior desenvolvimento na área de
eletrodomésticos, garantindo a continuidade do uso
das tecnologias desenvolvidas na área espacial.
17.
A relação intrínseca que existe entre os assentamentos
urbanos e o seu suporte físico sempre provocou impac-
tos, negativos ou positivos. As mudanças nos padrões
produtivos e nas dinâmicas populacionais alteram a
natureza desses impactos e, consequentemente, as con-
dições socioambientais das aglomerações urbanas. [...]
SILVA, Lucia Sousa; TRAVASSOS, Luciana. Problemas ambientais
urbanos: desafios para a elaboração de políticas públicas integradas.
Cadernos Metrópole 19. Disponível em: <http://web.observatorio-
dasmetropoles.net/download/cm_artigos/cm19_118.pdf>. Acesso
em: 28 nov. 2009.
Sobre os principais problemas ambientais urbanos,
infere-se que:
a) eles são recentes, e os governos ainda não tomaram
medidas para combatê-los;
X b) geralmente são causados pela precariedade dos
assentamentos populares, pela falta de infraestru-
tura urbana e de tratamento de resíduos sólidos e
líquidos, entre outros;
c) o crescimento da população urbana no Brasil, nas
últimas décadas, não influenciou a degradação
ambiental, porque esta só ocorre com a poluição
do ar causada pelas indústrias;
d) o processo de favelização, que ocorreu em grande
parte das metrópoles brasileiras, afetou apenas a
parte econômica das cidades, por isso se vê, nas
grandes cidades, a falta de investimentos em in-
fraestrutura;
e) nas grandes cidades, a falta de áreas verdes influen-
cia somente o clima urbano, com a formação de ilhas
de calor e chuvas ácidas.
18.
Em Berlim, sentia-se o Muro em qualquer lugar, mesmo
quando ele não estava à vista. Ele assombra a cidade
até hoje, 20 anos depois. Restam vestígios fantasma-
góricos que nos pegam desprevenidos: um pedaço do
Muro aqui, uma torre de vigia acolá, terrenos vazios por
onde passava a faixa da morte, uma linha estreita de
pedras de pavimentação incrustadas nas ruas do centro
da cidade, marcada com placas de bronze, Berlim Mauer:
1961-1989. Nas partes arborizadas da cidade, longe do
Mitre – o centro da cidade que agora está na moda –, é
possível ver uma fileira constante de pinheiros em meio
a jovens bétulas e sabugueiros. A cicatriz do Muro foi
replantada. Basta cavar o solo arenoso para encontrar
pedaços de seu concreto típico. O Muro subsiste como
sensação de um membro amputado, um vazio que não
pode ser esquecido.
MEYER, Michael. 1989: o ano que mudou o mundo. Tradução de Pedro
Maia Soares. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p. 28.
Em relação ao texto, qual era o vazio que não podia
ser esquecido?
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
a) A Segunda Guerra Mundial, que originou a cons-
trução do Muro e que demonstra ser um tema não
superado pelos alemães.
b) A distância ideológica entre alemães orientais e
ocidentais, que, mesmo após a destruição do Muro,
persiste mantendo as divisões que já existiam.
c) Os anos de isolamento total que fizeram da Alema-
nha Oriental uma nação atrasada e sem desenvol-
vimento tecnológico.
d) O ressentimento dos alemães ocidentais pelo fim do
socialismo e por terem sido incorporados ao sistema
capitalista dos orientais.
X e) A lembrança da Guerra Fria que, por muito tempo,
Volume 5
foi representada pela existência da barreira a qual
separava as duas Alemanhas e que agora correspon-
de aos destroços do Muro.
33
 19.
No começo de setembro, a cidade de Santiago vinha
sendo sacudida por imensas manifestações rivais até
que os líderes do exército, marinha, aeronáutica e guar-
da nacional chilenos decidiram dar um golpe brutal.
Anunciando “a libertação da pátria do jugo marxista”,
eles prenderam inúmeros líderes esquerdistas, tomaram
o controle militar das fábricas e bairros operários e
decretaram lei marcial. Aprisionado no palácio presi-
dencial, Allende ordenou que a bandeira branca fosse
içada em sinal de rendição. Ouviram-se dois tiros. Seu
cadáver foi encontrado ao lado de uma metralhadora.
Toda a resistência no palácio cessou e Augusto Pinochet
foi proclamado presidente do país.
FURTADO, Peter. 1001 dias que abalaram o mundo. Tradução de
Fabiano Morais, Fernanda Abreu e Pedro Jorgensen Junior. Rio de
Janeiro: Sextante, 2009. p. 843.
O golpe militar que atingiu o Chile em 1973 se voltou
contra Salvador Allende, por este:
21.
a) ser um socialista e implantar no Chile uma revolução
semelhante à cubana;
X b) ter conseguido formar uma frente popular supra-
partidária interessada em empreender reformas
econômicas e sociais;
c) levar o Chile a uma crise econômica provocada pela
privatização da exploração do cobre no país;
d) enfraquecer o poder dos militares, o que provocou
o descontentamento de oficiais, como Augusto
Pinochet;
e) implantar o neoliberalismo econômico no Chile,
com políticas estatizantes e reforma agrária, pro-
vocando o descontentamento das elites industriais
e rurais.
20.
Após o anúncio da reeleição do presidente Mahmoud
Ahmadinejad, no último dia 12 de junho [2009], a ca-
pital iraniana, Teerã, virou palco dos maiores protestos
contra o governo nos últimos 30 anos. As manifestações
expuseram a fragilidade da democracia no país contro-
lada pelos aiatolás e uma sociedade dividida entre a
tradição e a modernidade.
SALATIEL, José Renato. As dificuldades da democracia no país dos
aiatolás. UOL Educação. 17 jun. 2009. Disponível em: <http://
educacao.uol.com.br/atualidades/eleicoes-no-ira.jhtm>. Acesso
em: 03 nov. 2009.
A polêmica eleição do presidente Mahmoud
Ahmadinejad produziu questionamentos e apoios
tanto internos quanto externos ao Irã. O atual governo
iraniano foi estabelecido pela Revolução Iraniana em
1979, quando:
34
a) os EUA e a Inglaterra, interessados no petróleo
iraniano, apoiaram a deposição do xá Reza Pahlev e
o estabelecimento de uma democracia liderada pelo
Aiatolá Ruhollah Khomeini;
b) o líder iraquiano Saddam Hussein, apoiado pelo poder
bélico dos EUA, empreendeu guerra contra o Irã,
buscando estabelecer um governo xiita na região;
c) encerrou o embate entre os sunitas, representados
por Aiatolá Khomeini, e os xiitas, representados por
Reza Pahlev;
X d) o Aiatolá Khomeini estabeleceu um regime teo-
crático no Irã, baseado nos preceitos xiitas e no
isolamento cultural da influência do Ocidente;
e) estabeleceu um regime teocrático no Irã, que soube
conciliar a tradição com a modernidade, conforme
consta no fragmento do texto.
Como se dava tão frequentemente na história brasileira
(1889, 1930, 1937, 1945), o confronto político civil foi
abreviado por um golpe de Estado militar, organizado
por muitos dos mesmos oficiais que haviam forçado a
deposição de Getúlio em 1954 e se oposto à posse de
Jango em 1961. A intenção era acabar com a presidên-
cia de Jango, e com ela, esperavam eles, a era Getúlio
Vargas. Os organizadores do golpe haviam cultivado
eficazmente apoio entre os oficiais, neutralizando com
êxito adeptos de Jango em seu meio. As forças pró-golpe
também sabiam que podiam contar com o apoio dos
EUA, embora os funcionários americanos fossem cau-
telosos para manter quaisquer compromissos secretos.
SKIDMORE. Thomas E. Uma história do Brasil. Tradução de Raul
Fiker. São Paulo: Paz e Terra, 1998. p. 215.
O texto apresentado:
a) refere-se a vários movimentos revolucionários em
que os militares tentaram retirar o poder de Getúlio
Vargas, como em 1930, 1937 e 1945;
X b) afirma que a deposição de João Goulart tinha por
objetivo encerrar a influência getulista no governo
brasileiro, visto como mantenedor das ideias do
ex-presidente;
c) ressalta a existência de acordos secretos entre os
militares golpistas e os EUA;
d) enfatiza o fato de que, se tivesse sido evitada a
posse de Jango em 1961, não seria necessário criar
um movimento golpista em 1964;
e) produz um equívoco histórico ao colocar a data da Pro-
clamação da República (1989) em meio a movimentos
golpistas que evitaram um confronto civil no Brasil.
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Modular | Volume 6

Apresentação
Estas atividades fazem parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às
três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes realidades
brasileiras.
As atividades propostas tanto nos diferentes Modulares quanto nas apresentadas neste
volume priorizam:
• a seleção, a organização, a relação e a interpretação de dados e informações para
enfrentar situações-problema;
• a apreensão e a aplicação de conceitos das diferentes áreas de conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos e da produ-
ção tecnológica;
• a compreensão e a interpretação de diferentes linguagens, relacionadas aos seus con-
textos de produção.
Com base nisso e levando-se em consideração a Matriz de Referências para o ENEM
2009, as atividades produzidas contemplam as competências e habilidades a elas relaciona-
das, considerando-se a integração entre as diferentes áreas de conhecimento: Matemática e
suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tec-
nologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Desejamos a você, aluno(a), com a utilização deste material, a aquisição de autonomia
intelectual e a você, professor(a), sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o apro-
fundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
 Sumário

Matemática e suas Tecnologias ................................................... 3

Ciências da Natureza e suas Tecnologias........................................ 7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......................................... 15
Ciências Humanas e suas Tecnologias ................................................ 27
 Atividades – Padrão ENEM
Ensino Médio | Volume 6

Matemática e suas Tecnologias

1. Uma empresa que produz equipamentos para a prá- 3. Os matemáticos Charles August Briot (1817-1882) e
tica da musculação fabrica pesos constituídos de Paolo Ruffini (1765-1822) criaram um método prático
chumbo, em vários tamanhos. Os pesos fabricados são para determinar o quociente e o resto de um polinômio
compostos, basicamente, por duas esferas ligadas às de grau n por um polinômio do 1.o grau.
extremidades de um cilindro, que serve para o usuário Por exemplo, na divisão do polinômio
segurar e praticar o exercício. Observe o desenho que p(x) = 2x4 – 5x3 + 5x2 – 5x + 3
representa um desses pesos: pelo polinômio
d(x) = x – 2,
o método criado por esses matemáticos fornece o poli-
Considerando que a densidade do chumbo é de apro- nômio quociente e o resto da divisão de p(x) por d(x).
ximadamente 11,3 g/cm3, quantos quilogramas têm
aproximadamente um peso cujo diâmetro das esferas é Raiz de d(x) Coeficientes de p(x)
6 cm e que quantidade de material utilizado no cilindro 2 2 –5 5 –5 3
é 20% do total do peso? (Utilize π = 3,1)
a) 2 kg
Acompanhe o método prático nesse caso:
X b) 3 kg
c) 4 kg
d) 5 kg 2 2 –5 5 –5 3
e) 6 kg 2 –1 3 1 5
2. O matemático francês Albert Girard (1595-1632) de-
monstrou a relação entre os coeficientes e as raízes de
O quociente da divisão de p(x) por

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

uma equação algébrica. Para uma equação algébrica do
3.o grau ax3 + bx2 + cx + d = 0 (com a ≠ 0), com raízes d(x) é q(x) = 2x3 – x2 + 3x + 1 e o resto é r(x) = 5.
α, β e γ, temos as relações: Considerando a divisão de p(x) por d(x) representada

α+β+γ=−
b no método prático a seguir, marque a alternativa
correta:
a
αβ + αγ + βγ =
c –2 a b c 12
a 1 –4 5 r
α.β.γ= −
d a) a = 1 e r = –2
a
b) b = –2 e c = 3
Assim, para a equação 3x3 – 13x2 + 11x – 8 = 0, qual
é o valor da expressão c) c = 3 e r = 2
 1 1 1  1 1 1 d) b = 2 e a = 1
y= (α + β + λ) + (αβ + βγ + αλ) +  + +  +  + +  ?
 α β γ   αβ βγ αγ  X e) r = 2 e b = –2
a) y = 3 b) y = –13
Volume 6

4. Dois tanques esféricos, para armazenar nitrogênio,

c) y = 13 X d) y = 11 têm volume igual a 400 m3 e 1 000 m3. Com relação às
e) y = 8 medidas dos raios desses tanques, podemos afirmar que:

3
 a) a medida do raio do maior é aproximadamente 2,5
vezes a medida do raio do menor;
b) a medida do raio do maior é aproximadamente 5
vezes a medida do raio do menor;
c) a medida do raio do maior é aproximadamente 2
vezes a medida do raio do menor;
X d) a medida do raio do maior é aproximadamente 1,4
vez a medida do raio do menor;
e) a medida do raio do maior é aproximadamente 3,1
vezes a medida do raio do menor.
5. Uma laranja é constituída de, aproximadamente, 90%
de água. Considerando que essa fruta tenha um formato
esférico, que o raio médio seja 4 cm, e que três laranjas
tenham suco suficiente para um copo de 300 mL, pode-
mos afirmar que:
(Utilize π = 3 e 1 L = 1 000 cm3)
a) a quantidade de suco que se pode extrair de uma
laranja é 256 cm3;
b) o volume de água de uma laranja é 100 mL;
X c) após extrair o suco de uma laranja, o bagaço ainda
tem 130,4 cm3 de água;
d) o volume de suco extraído é 90% do volume total
da laranja;
e) o volume de água é igual ao volume de suco de uma
laranja.
6. Determinada loja de presentes pretende encomendar
uma embalagem para um enfeite de Natal que tem
a forma de uma esfera cuja medida do raio é 5 cm.
O espaço interno entre o enfeite e a embalagem é
preenchido com isopor. As opções de embalagem são
uma caixa em forma de cubo ou uma caixa em forma
de cilindro.
Considerando que o enfeite está ajustado a qualquer
uma das embalagens e que o material utilizado nelas é
do mesmo tipo, podemos afirmar que: (Utilize π = 3,1)
a) o custo da embalagem 1 é menor que o custo da
embalagem 2;
b) o volume da embalagem 2 é maior que o da emba-
lagem 1;
X c) o volume ocupado pelo isopor é maior na embalagem
1 do que na embalagem 2;
d) a medida da aresta da embalagem 1 é 10 2 cm;
e) na embalagem 2, a medida do raio da base é igual
à medida da altura.
4
7. Um paralelepípedo retângulo tem as medidas das dimen-
sões, em cm, iguais a: a, b e c, e as raízes da equação
x3 – 15x2 + 71x – 105 = 0 são numericamente iguais
às dimensões do paralelepípedo. Nessas condições,
podemos afirmar que:
X a) a área do paralelepípedo é 142 cm2;
b) o volume do paralelepípedo é 15 cm3;
c) a área do paralelepípedo é 15 cm2;
d) o volume do paralelepípedo é 71 cm3;
e) a área do paralelepípedo é 71 cm2.
8. Na figura a seguir, o segmento NS é um diâmetro da
esfera de centro O, e P é um ponto na superfície esférica:
Em relação às medidas dos segmentos determinados
pelos pontos da figura, podemos afirmar que é sempre
verdade que:
a) OP < ON b) OS > ON
OP
c) OP = NP d) OS =
2
X e) NS = 2 . OP
9. Um vaso em forma de tronco de pirâmide quadrangular
regular foi construído de maneira que a medida da
aresta menor é 80% da medida da aresta maior, e a
medida da altura do tronco é o triplo da medida da
aresta maior. Dessa forma, o volume do tronco é:
X a) V = 2,44 a3, e a é a medida da aresta maior;
b) V = 1,44 a3, e a é a medida da aresta maior;
c) V = 0,44 a3, e a é a medida da aresta maior;
d) V = 1,64 a3, e a é a medida da aresta maior;
e) V = 0,8 a3, e a é a medida da aresta maior.
10. No lançamento de um dado não viciado, duas vezes
consecutivas, podemos afirmar que:
a) a probabilidade de ocorrerem números iguais nos
dois lançamentos é maior do que a probabilidade
de ocorrerem dois números cuja soma seja 7;
b) a probabilidade de ocorrerem dois números cuja
soma seja maior ou igual a 10 é igual à probabili-
dade de ocorrerem dois números cuja soma seja um
número quadrado perfeito;
 c) O espaço amostral tem 12 elementos; 14. Em relação a um dado viciado com seis faces, sabe-se
X d) a probabilidade de ocorrerem dois números cuja que a probabilidade de ocorrerem as faces 6 e 1 cor-
15 responde ao dobro da chance de ocorrerem as demais
soma resulte em um número primo é de ;
36 faces. Lança-se o dado viciado e observa-se o número
e) a probabilidade de ocorrerem dois números cuja que está voltado para cima. Então, a probabilidade de
soma seja um número par é maior do que a proba- ocorrer o número:
bilidade de ocorrerem dois números cuja soma seja
a) 3 é de 1 ;
um número ímpar. 6
11. Determinado casal pretende ter três filhos. Consideran- b) 2 ou 4 é igual à probabilidade de ocorrer o número 1;
do-se que a probabilidade de nascer um filho é igual X c) 1 é igual 1 ;
à probabilidade de nascer uma filha, podemos afirmar 4
que:
d) 6 é igual a 1 ;
a) a probabilidade de o casal ter um filho e duas filhas 8
1 e) 1 ou o número 6 é igual 1/3.
é igual a ;
8
b) a probabilidade de o casal ter uma filha e dois filhos 15. As taxas equivalentes, quando aplicadas ao mesmo
é igual a 2 ; capital durante o mesmo intervalo de tempo, produ-
8 zem igual montante. Assim, uma taxa semestral de 6%
1
X c) a probabilidade de o casal ter três filhos é igual a ; equivale a uma taxa anual de:
8
3 a) 12%
d) a probabilidade de o casal ter três filhas é igual a ;
8 b) 24%
e) o espaço amostral tem dois elementos. c) 12,64%
12. Das sequências dadas a seguir, qual delas possui o X d) 12,36%
desvio-padrão igual a zero? e) 13%
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7
16. O faturamento de uma loja nas quatro semanas do mês
b) 0, 0, 0, 0, 0, 0, 1 de dezembro de determinado ano está representado no
X c) 7, 7, 7, 7, 7, 7, 7 gráfico a seguir:
d) −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3
e) −6, −4, −2, 2, 4, 6

13. As retas reversas não têm ponto em comum e não

são coplanares. Dado um cubo de aresta a, qual é
a probabilidade de serem escolhidas duas arestas
que sejam reversas?

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

a) 1 Com base nesse gráfico, podemos afirmar que:

36 a) a loja faturou menos nas duas primeiras semanas
do que nas duas últimas;
X b) 4
11 b) o faturamento da 3.ª semana é superior ao fatura-
mento da 1.ª e da 4.ª semanas juntas;
c) 1
5 c) a média do faturamento no mês de dezembro é de
R$ 20.000,00;
d) 1
Volume 6

X d) da 2.ª semana para a 3.ª, houve um aumento de 50%

4
no faturamento da loja;
e) 1 e) a loja lucrou R$ 75.000,00, nessas quatro semanas.
6
5
 17. Cinco jogadores de futebol que atuam no ataque serão 19. Ao comprar um produto em uma loja, Rodrigo ganhou
selecionados para um importante jogo de decisão, e um desconto de 5%, porque a mercadoria estava em
o técnico pretende colocar os dois jogadores mais re- promoção. Mas, conversando com o vendedor, conseguiu
gulares. Pelas estatísticas de gols marcados por esses mais um desconto de 5% sobre o valor que iria pagar.
cinco jogadores nos jogos do campeonato, temos que No momento em que foi realizar o pagamento no caixa,
o parâmetro a ser adotado pelo técnico será do desvio- encontrou o dono da loja, que era seu amigo, e ele
-padrão. ainda concedeu mais um desconto de 5% sobre o valor
A diretoria fez um estudo dos gols marcados por esses que Rodrigo estava pagando. Dessa forma, marque a
jogadores e determinou cada desvio-padrão. Os resul- resposta correta:
tados foram os seguintes: a) Três descontos, um desconto de 5% sobre o valor da
Jogador Desvio-padrão mercadoria, depois outro desconto de 5% sobre o
valor a ser pago e, finalmente, um terceiro desconto
João 2,667
sobre o valor que Rodrigo iria pagar equivalem a um
Lúcio 0,667 desconto único de 15%.
Fábio 4,667 b) Para o dono da loja, seria mais vantajoso um
Juliano 2 desconto de 15% do que três descontos sucessivos
de 5%.
Luís Fernando 5,667
X c) Após Rodrigo ter saído da loja, ele pensou que
De acordo com a tabela, o técnico vai escalar: teria sido mais vantajoso ganhar um desconto de
X a) Lúcio e Juliano; 10% e depois outro desconto de 5% sobre o valor
que ele iria pagar.
b) João e Juliano;
d) Para o dono da loja, teria sido mais vantajoso dar
c) Fábio e João;
um desconto de 5%, depois outro de 5%, e mais um
d) Fábio e Luís Fernando; terceiro desconto de 5% sobre o valor que Rodrigo
e) Lúcio e Luís Fernando. iria pagar.
18. Quando um cliente pede um desconto em uma merca- e) Para Rodrigo, não é mais vantajoso ganhar um único
doria, o desconto aplicado é o comercial ou “por fora”. desconto de 15%.
Se uma mercadoria tem como preço R$ 770,00, e é dado 20. O movimento de rotação da Terra (aquele que a Terra
um desconto de 10%, ela custará: realiza em torno de seu eixo) é responsável pelos dias
770 − 10% . 770 = 770 − 77 = 693 reais. e pelas noites. O planeta Terra é dividido em 24 fusos
Porém, o desconto racional ou “por dentro” consiste de uma hora. Cada fuso é delimitado por duas linhas
em agregar, ao valor da mercadoria, o desconto. Por imaginárias, traçadas de um polo a outro e denomina-
exemplo, se a mercadoria custa R$ 770,00, o valor pago das de meridianos. Por meio deles, foram estabelecidos
por ela é V, logo: horários diferentes em várias partes do globo terrestre.
V + 10%V = 770 Dessa forma, toda porção terrestre que estiver localiza-
da em um fuso possui o mesmo horário. Por exemplo:
Assim, o preço da mercadoria com o desconto é:
se em São Paulo são 15 h, então, no mesmo dia:
1,1V = 770,00
• na Cidade do Cabo, serão 20 h;
V = 700 reais.
• em Lima, serão 13 h do mesmo dia;
Dessa forma:
• em Sidney, serão 4 h do dia seguinte.
a) ao dono da loja, seria mais vantajoso realizar o
Determine o horário em que uma pessoa chega a Lima,
desconto comercial;
saindo de Sidney às 6 h da manhã, passando pela Cidade
b) ao cliente, seria mais vantajoso que fosse realizado do Cabo após 13 horas de viagem, saindo da Cidade
o desconto racional; do Cabo e chegando a Lima após 12 horas de viagem:
X c) com desconto racional, o valor da mercadoria é a) 7 h do dia seguinte.
sempre maior que com o desconto comercial;
b) 19 h do mesmo dia.
d) com o desconto racional, o valor da mercadoria é
c) 18 h do mesmo dia.
sempre menor que com o desconto comercial;
d) 17 h do mesmo dia.
e) o desconto racional é mais vantajoso que o desconto
comercial. X e) 16 h do mesmo dia.

6
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1. Biocombustível ou comida? b) estimular o aparecimento de plantas epífitas, uma

[...]
Nova geração
O desenvolvimento de novas tecnologias é o maior
aliado para a evolução dos biocombustíveis. A empresa
americana Amyris desenvolveu um método que usa a
fermentação produzida pela bactéria Escherichia coli,
uma das mais comuns no nosso intestino. Ela trans-
forma o açúcar da cana em compostos de carbono e
hidrogênio, os hidrocarbonetos, gerando um novo tipo
de biodiesel. Como essa é a mesma estrutura molecular
dos combustíveis de petróleo, pode “pegar carona” no
mesmo sistema de oleodutos. [...]
TIRABOSCHI, Juliana. Biocombustível ou comida? Galileu. São Paulo:
Globo. n. 203, p. 64-71, jun. 2008.
3. Apesar de ser perigoso e não ser recomendado, mui-
Sobre os biocombustíveis e o trecho anterior, assinale
a alternativa correta:
a) O biodiesel utilizado atualmente é uma mistura de
hidrocarbonetos obtidos de óleos vegetais.
vez que novas árvores se desenvolveriam sobre as
antigas;
X c) assegurar que as sementes, estruturas de dispersão
da planta, não morram desidratadas ao cair no solo
salobro ou salino, característico dos manguezais,
garantindo, assim, a perpetuação da espécie;
d) evitar que as sementes germinem no ambiente
salobro e úmido dos manguezais, estimulando-as a
se desenvolverem em outros hábitats, garantindo
a dispersão da planta;
e) permitir que, nas espécies de mangue, os propágu-
los possam servir como alimento para as espécies
dispersoras das sementes.
tas pessoas cortam algumas argolas da resistência
elétrica de um chuveiro para que ele esquente mais
a água.

Folha Imagem/Greg Salibian

b) O novo biodiesel produzido pelas bactérias E. coli
terá ponto de ebulição mais alto que os correspon-
dentes obtidos pelos métodos atuais.
c) O que vem preocupando os ambientalistas atual-
mente é o uso de alimentos na produção de biocom-
bustíveis, com isso a oferta de alimentos aumenta,
diminuindo os seus preços.
d) Os biocombustíveis possuem reserva energética
limitada, assim como os derivados de petróleo.
X e) A reação de produção do biodiesel desenvolvida
pela empresa Amyris caracteriza-se por ser uma Ao se fazer isso, a intenção é:
fermentação. a) aumentar a resistência do chuveiro, aumentando,
também, a sua potência;
2. As principais árvores encontradas nos manguezais da

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Amazônia, adaptadas ao sedimento extremamente
úmido e salobro ou salino, são o mangueiro ou mangue-
-vermelho, o mangue-siriba, siribeira ou mangue-
branco e a tinteira, tinta ou mangue-preto. Todas as
espécies de mangue apresentam viviparidade. Isso quer
dizer que o fruto germina ainda preso na planta-mãe,
produzindo uma estrutura denominada propágulo.
MENEZES, Moirah Paula Machado de; MEHLIG, Ulf. Manguezais. As
florestas da Amazônia costeira. Ciência Hoje, v. 44, n. 264, p. 34,
out. 2009.
4. Sabe-se que determinados poluentes (inseticidas, pes-
De acordo com o texto, o fenômeno garante a germina-
ção das sementes antes que estas atinjam o solo, assim
o principal benefício para a planta seria:
a) garantir a variabilidade genética da espécie, por
b) aumentar a tensão do chuveiro, diminuindo, assim,
a sua potência;
c) diminuir a resistência do chuveiro, diminuindo,
também, a sua potência;
X d) diminuir a resistência do chuveiro, aumentando,
assim, a sua potência;
e) diminuir a tensão do chuveiro, aumentando, assim,
a sua potência.
ticidas, agrotóxicos, etc.) podem não apresentar um
efeito tão nocivo em um organismo, quando analisado
isoladamente do seu ambiente. Ao considerarmos as
teias e cadeias alimentares dos ecossistemas, esses
Volume 6

meio da reprodução assexuada que origina o pro- poluentes constituem-se de grande importância, pois
págulo; passam a se acumular nos elos, trazendo grande prejuízo
aos indivíduos e ao ecossistema em geral.
7
 Esta figura ilustra uma teia alimentar de um ambien- c) Uma reação de adição seletiva de HCℓ nos carbonos
te, em que ocorre a contaminação por determinado 12 e 13 formaria um composto organoclorado com
agrotóxico: o Cℓ ligado na posição 12.
ative Commons/Ro
© Cre dri g d) O número de isômeros ópticos que esse feromônio
oM

pode formar é 6.

e lo
e) Trata-se de um feromônio sexual, ou seja, usado
G ett y
Ima
ges pela fêmea a fim de atrair machos para a formação
/Co 0-2009 Dreams
s 200 ti m
mo © e e proteção das colônias de percevejos.

/P
Co

wo
ndi

l li n g a
6. A vazão de um chuveiro elétrico é de 5 litros por mi-
na

nuto, e sua potência, na posição inverno, de 5 000 W.

Sabendo-se que a tarifa média de água é de
© C re a ti v e C o
mm
R$ 4,20 por m3, e a de energia elétrica é de R$ 0,40
on
s por kWh, qual é o custo da água e da energia elétrica

/D
a ri
de um banho de 30 minutos?

o Sa
e Commons/D
ativ

nc he s
Cr e ar
X a) R$ 1,63 b) R$ 2,02
io
©

San
ches

c) R$ 2,63 d) R$ 7,30
e) R$ 23,50
Considerando-se a teia alimentar apresentada, espera-se 7. O bafômetro é um instrumento utilizado para me-
que a maior concentração do agrotóxico seja encontrada dir, de maneira indireta, a quantidade de etanol
nos tecidos: ingerida. As medidas se baseiam na reação muito
a) dos pessegueiros; b) das lagartas; sensível entre o álcool e o dicromato de potássio,
c) dos beija-flores; d) dos sapos; gerando um aldeído. Essa reação é caracterizada pela
X e) das corujas. mudança de cor, do laranja para o verde, e quanto
maior a concentração de verde, maior a quantidade
5. Feromônios são substâncias químicas secretadas por de álcool no sangue. A utilização desse aparelho é
um indivíduo (nesse caso, um inseto) que permite a muito importante, pois o álcool apresenta efeitos
comunicação com outro indivíduo da mesma espécie. É sobre o organismo, conforme mostrado nesta tabela:
uma linguagem intraespecífica. Assim, formigas lava-pés Concentração
não irão entender a linguagem de formigas-limão e vice- de álcool no Efeito
-versa. Muito menos uma abelha entenderá a linguagem sangue (g/L)
de um marimbondo ou de uma barata. Cada espécie Até 0,16 Nenhum efeito aparente
possui o seu próprio código de comunicação, baseado
Falsa estimativa de distância e
nas diferenças estruturais dos compostos. Um dos pri- 0,20 a 0,30
velocidade
meiros sintetizados no Brasil foi o feromônio sexual do
0,30 a 0,50 Começo do risco de acidente
percevejo-da-soja, representado pela estrutura abaixo:
Euforia de condutor, risco de acidente
0,50 a 0,80
multiplicado por quatro
1,50 a 3,00 Visão dupla, condução perigosíssima
Embriaguez profunda, condução
3,00 a 5,00
impossível
Mais de 5,00 Coma, podendo levar à morte
RODRIGUES, José Augusto R. Recomendações da IUPAC para a nomencla-
tura de moléculas orgânicas. Química Nova na Escola, SBQ: São Paulo:
SBQ, n. 13, p. 22, maio 2001.
FERREIRA, José Técio B.; ZARBIN, Paulo Henrique G. Amor ao primeiro
odor: a comunicação química entre os insetos. Química Nova na Sobre o assunto, é correto afirmar que:
Escola, São Paulo: SBQ, n. 7, p. 3, maio 1988.
a) a ingestão de álcool na quantidade de 0,16 g/L não
Sobre esse composto, assinale a alternativa correta: é indicada pela reação do bafômetro;
X a) Apresenta apenas três carbonos quirais. b) se o resultado do bafômetro for positivo, estará
b) Entre os carbonos 9 e 10, a configuração espacial é ocorrendo uma reação em que o álcool estará sendo
trans e, entre os carbonos 12 e 13, é cis. reduzido a aldeído;
8
 X c) na reação que ocorre no bafômetro, o íon dicromato
é o agente oxidante;
d) uma pessoa que apresenta euforia produzirá mais
aldeído na reação do bafômetro do que uma pessoa
com visão dupla;
e) caso a concentração de álcool no sangue esteja
acima de 4,0 g/L, a pessoa entrará em coma.
8. O gráfico a seguir representa as taxas de fotossíntese
de determinada planta, submetida a diferentes inten-
sidades luminosas:
As informações fornecidas mostram que:
10. Em termos simplificados, o ciclo biológico deste elemen-
a) a fotossíntese se inicia apenas em determinada
intensidade luminosa, assinalada no gráfico por x;
b) a taxa fotossintética é dependente da intensidade lu-
minosa e, a partir do ponto x, as clorofilas começam a
realizar a fotossíntese, que aumenta gradativamente
à medida que a intensidade luminosa aumenta;
c) independentemente da análise do gráfico, pode-
-se afirmar que a luz é o único fator abiótico que
influencia na taxa fotossintética das plantas;
d) o aumento da intensidade luminosa não acarreta
aumento na taxa fotossintética da planta, que per-
manece constante assim que o vegetal é submetido
à iluminação;
X e) o ponto assinalado por x indica o ponto de saturação
luminosa, em que a taxa fotossintética se mantém
constante mesmo que a intensidade luminosa con-
11. As recentes instalações elétricas utilizam-se da tecno-
tinue a aumentar.
9. É comum vermos pássaros pousados sobre fios de alta
tensão sem sofrerem choques elétricos, como mostra
a figura 1:
Figura 1 Figura 2
B
A
C
D
Sobre esse fato, assinale a alternativa correta:
a) Na figura 1, o pássaro não é eletrocutado porque
seus pés são isolantes elétricos.
b) Na figura 2, o pássaro é eletrocutado porque encosta
em pontos dos fios, C e D, cujas resistências elétricas
são extremamente diferentes.
c) A tensão elétrica ao longo do fio é sempre a mesma,
então o pássaro nunca leva qualquer choque, não
importando a distância entre os pontos A e B da
figura 1.
X d) Na figura 1, como os pés do pássaro estão muito
próximos e no mesmo fio, a diferença de potencial
entre os pontos A e B é muito pequena, não cau-
sando incômodo à ave.
e) Se os fios fossem muito próximos, a diferença de
potencial entre eles seria bastante reduzida, nesse
caso o pássaro poderia apoiar-se nos pontos C e D,
como na figura 2, sem sofrer choques.
to inclui a sua absorção da atmosfera pelas plantas e
pelos oceanos; sua transferência aos animais e ao solo;
a transformação de compostos orgânicos em inorgânicos
por organismos e micro-organismos; e sua liberação
para a atmosfera. Porém, o equilíbrio desse ciclo vem
sendo quebrado, entre outros fatores, pela derrubada
e queimada das florestas.
As características mencionadas no texto referem-se ao
ciclo do(a):
X a) carbono;
b) nitrogênio;
c) água;
d) nitrato;
e) fósforo.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
logia para serem, cada vez mais, eficientes e duradou-
ras. O mesmo não ocorre com a fiação mais antiga, já
desgastada pelo tempo e cuja resistência elétrica não
é tão pequena a ponto de ser desprezível.
A instalação elétrica de uma casa com fiação antiga
pode ser esquematizada da seguinte maneira:
Volume 6
9
 Com R1 representando a resistência elétrica dos pró-
prios fios da instalação, que não é nula (com total
supostamente da ordem de 1 Ω); R2, um chuveiro
elétrico (da ordem de 10 Ω); R3, lâmpadas (da ordem
de 100 Ω) e, assim por diante, para os n equipamentos
elétricos utilizados.
Ao se ligar o chuveiro ou outro equipamento de alta
potência, observa-se a intensidade das lâmpadas dimi-
nuir. Isso ocorre porque:
a) os equipamentos estão associados em série entre
si e em paralelo com a resistência da fiação, com
isso, ao serem ligados equipamentos de alta po-
tência, como o chuveiro, a corrente elétrica que
atravessa o circuito diminui e aumenta a energia
dissipada na resistência elétrica dos fios antigos,
fazendo com que o brilho das lâmpadas diminua;
b) os equipamentos estão associados em paralelo
entre si e em série com a resistência da fiação,
com isso, ao serem ligados equipamentos de
baixa potência, como o chuveiro, a corrente
elétrica que atravessa o circuito aumenta e di-
minui a energia dissipada na resistência elétrica
dos fios antigos, fazendo com que o brilho das
lâmpadas diminua;
c) os equipamentos estão associados em série entre
si e em paralelo com a resistência da fiação, com
isso, ao serem ligados equipamentos de baixa
potência, como o chuveiro, a corrente elétrica que
atravessa o circuito aumenta e aumenta a energia
dissipada na resistência elétrica dos fios antigos,
fazendo com que o brilho das lâmpadas diminua;
d) os equipamentos estão associados em paralelo
entre si e em série com a resistência da fiação,
com isso, ao serem ligados equipamentos de alta
potência, como o chuveiro, a corrente elétrica que
atravessa o circuito diminui e diminui a energia
dissipada na resistência elétrica dos fios antigos,
fazendo com que o brilho das lâmpadas diminua;
X e) os equipamentos estão associados em paralelo
entre si e em série com a resistência da fiação,
com isso, ao serem ligados equipamentos de alta
potência, como o chuveiro, a corrente elétrica
que atravessa o circuito aumenta e aumenta a
energia dissipada na resistência elétrica dos fios
antigos, fazendo com que o brilho das lâmpadas
diminua.
12. Ésteres são compostos que possuem cheiro e sabor
característicos e são usados pelas indústrias de alimen-
tos e bebidas como flavorizantes, ou seja, alteram os
sabores e odores dos alimentos.
Na tabela a seguir, há alguns ésteres que imitam os
sabores de frutas:
10
Nome Fórmula estrutural Aroma
Etanoato de
Maçã
etila
Etanoato de
Laranja
octila
Butanoato de
Abacaxi
etila
Etanoato de
Banana
3-metilbutila
Sobre os ésteres e suas reações, assinale a alternativa
correta:
a) O processo de produção de ésteres é chamado de
transesterificação e consiste em uma reação entre
um ácido carboxílico e um álcool.
b) Para a produção do butanoato de etila utilizam-se
como reagentes o butan-1-ol e o ácido etanoico.
c) A reação de esterificação é uma reação de substi-
tuição radicalar.
X d) O produto da esterificação entre o ácido etanoico e
o etanol tem aroma de maçã e é menos solúvel em
água que os reagentes que lhe deram origem.
e) O ácido que atua como reagente na produção do
éster com aroma de banana é o ácido 3-metilbuta-
noico e, em uma reação de esterificação, atua como
nucleófilo.
13.
A falta de medidas de proteção ambiental no sepulta-
mento de corpos humanos em covas abertas no solo, ao
longo dos últimos séculos, fez com que a área de muitos
cemitérios fosse contaminada por diversas substâncias,
orgânicas e inorgânicas, e por micro-organismos pato-
gênicos. Essa contaminação ocorre quando os cemitérios
são implantados em locais que apresentam condições
ambientais desfavoráveis. No Brasil, ainda não existe
uma política eficiente de planejamento e de gestão
ambiental dos cemitérios, principalmente os públicos.
SILVA, Robson Willians da Costa; MALAGUTTI FILHO, Walter. Cemi-
térios. Fontes potenciais de contaminação. Ciência Hoje, v. 44, n.
263, p. 24, set. 2009.
Considerando as condições dos cemitérios brasileiros
e os riscos e danos ambientais causados por seus po-
luentes, pode-se concluir que:
X a) na maioria dos casos, o sepultamento de cadáveres
gera fontes de poluição para o meio físico e, por
isso, deve ser considerado atividade causadora de
impacto ambiental, podendo ocasionar, inclusive,
poluição de lençóis freáticos e nascentes;
 b) o necrochorume, produto resultante da decom-
posição de cadáveres, não deve causar impacto
ambiental, por ser rapidamente decomposto pelos
micro-organismos presentes no ambiente;
c) os cemitérios brasileiros não devem oferecer risco de
poluição ambiental, porque estão em um país de clima
tipicamente quente e úmido, o que favorece a decom-
posição rápida dos cadáveres, sem impactar o ambiente;
d) os corpos, quando enterrados em caixões, não
sofrem transformações destrutivas, seja qual for a
condição ambiental a que estejam submetidos;
e) nos cemitérios públicos do Brasil já existe a apli-
cação de leis que garantem seu planejamento e sua
gestão ambiental, para que não causem danos ao
ambiente local.
14. Na sessão de frutas e verduras dos supermercados, é
frequente a presença de rolos de sacos plásticos. É
comum também que, ao se aproximar de um desses
rolos, os pelos do braço de uma pessoa sejam atraídos
para o plástico e fiquem eriçados. Isso ocorre porque:
16.
a) há corrente elétrica no plástico, que é produzida
pelo atrito;
b) o campo magnético próximo do plástico atrai os pelos;
c) o contato das mãos com o plástico o eletriza, de
forma a atrair cargas de mesmo sinal nos pelos;
X d) as cargas elétricas no rolo atraem as cargas de sinais
contrários nos pelos;
e) o movimento do rolo, ao serem retirados os sacos
plásticos, gera um campo magnético variável que
atrai os pelos.
15.
A maior parte dos plásticos recicláveis atuais – como
garrafas de água e sacos de supermercado – faz parte
dos chamados termoplásticos, polímeros que podem ser
derretidos e moldados para formar outra coisa.
Mas há outra categoria de plásticos, conhecidos como
resinas thermoset, que não podem ser reciclados fa-
cilmente. Usados em placas de circuito, materiais de
isolamento elétrico e cola epóxi, por exemplo, esses
polímeros têm entrecruzamentos fortes e tendem a se
decompor quando são aquecidos.
Mas químicos da Universidade de Groningen, Holanda,
acabam de criar um plástico thermoset que, quando
aquecido, em lugar de se decompor, se reforma.
Pesquisa publicada no periódico “Macromolecules”
aponta que o material tem o potencial de ser reciclado
e reutilizado muitas vezes.
Os componentes básicos do polímero são policetonas,
entrecruzadas com bismaleimida. Um segredo do suces-
so do material é o fato de a reação de entrecruzamento
ser reversível: quando o material é aquecido até 149
graus Celsius, ele se descruza; quando esfria, os cruza-
mentos se reformam, recriando um polímero rígido. Isso
pode eventualmente levar ao desenvolvimento pleno
de um plástico thermoset reciclável.
FOUNTAIN, Henry. Plástico se conserta sozinho. Folha de S.Paulo.
São Paulo, 11 maio 2009.
Em relação ao texto e considerando os seus conhecimen-
tos sobre ligações dos polímeros, é correto afirmar que:
a) um polímero, como a resina epóxi, apresenta liga-
ções cruzadas fracas entre as suas cadeias;
b) o thermoset possui apenas interações de Van der
Waals entre as suas cadeias;
c) além dos polímeros termoplásticos, os termofixos
também podem ser reciclados com facilidade;
X d) o fato de a resina epóxi não ser reciclável pode ser
justificado pelo tipo de ligação existente entre as
cadeias poliméricas;
e) o thermoset é classificado como homopolímero.
Darwin entendeu que a vida em nosso planeta está unida
por uma rede de relações genealógicas, criada por um
processo de descendência com modificação. Assim, todos
os seres vivos são relacionados por descendência comum,
em graus variados de parentesco. A diversidade da vida é
uma função do tempo: os seres vivos são diversos porque
se tornaram diversos ao longo do tempo, e não porque
foram criados diversos. É inegável o mérito de Darwin ter
conseguido reunir evidências além de qualquer dúvida
demonstrando a realidade da evolução da vida. Isso o
distingue de vários notáveis predecessores que flertaram
com a ideia de evolução antes dele. Mas Darwin foi além.
Também idealizou um mecanismo através do qual a evolu-
ção opera: seleção natural. A ideia de que complexidade e
design possam se formar por processos puramente naturais,
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
sem planejamento, é o cerne da seleção natural. A ideia vai
contra nossas percepções triviais de como o mundo opera.
Não por outra razão, sua concepção demorou mais que
todo o desenvolvimento da física clássica. Mas esta força,
sutil no campo das ideias, é poderosa no mundo real e
construiu a diversidade da vida que conhecemos. Ela atua
constantemente, em todas as espécies, sem necessidade de
uma força motriz externa ou implementação consciente.
Tanto em bactérias que se apressam em três gerações por
hora, como em sequoias que podem consumir mais de mil
anos entre uma geração e outra. Somente uma força tão
generalizada, incansável e onipresente pode explicar o
refinamento extraordinário dos seres vivos em todos os
níveis, onde quer que existam. É assim em nosso planeta
Volume 6
e assim será em qualquer outro em que haja vida. 
PINNA, Mário de. Entendendo Darwin. Disponível em: <http://revista-
pesquisa.fapesp.br/?art=3815&bd=1&pg=1&lg>. Acesso em: 09 dez. 2009.
11
 A seleção natural, citada no texto, pode ser resumida-
mente explicada da seguinte maneira:
X a) Os indivíduos que nascem com mutações que lhes
conferem maiores adaptações ao ambiente podem
apresentar vantagens e melhores condições de so-
brevivência em relação aos que não as apresentam.
b) Os indivíduos mais bem adaptados ao ambiente
em que vivem, por desenvolverem melhores con-
dições físicas e conseguirem maior quantidade de
alimento, são selecionados e acabam passando as
características adquiridas ao longo da vida aos seus
descendentes.
c) As mutações genéticas auxiliam a seleção natural,
mas não são a explicação para ela, que tem sua
origem, principalmente, na transmissão das carac-
terísticas adquiridas pelos indivíduos adultos à sua
prole.
d) Qualquer tipo de mutação genética favorece a
seleção do organismo que a possui, limitando as
populações a organismos que apresentam genoma
não mutado.
e) A seleção natural induz os indivíduos a desenvol-
verem estruturas corporais, devido ao seu uso ou
desuso.
17. O tubo de imagens da TV é composto de campos elétricos
e magnéticos cruzados que controlam o desvio sofrido
pelo feixe de elétrons, direcionando-os para pontos
específicos da tela, produzindo, assim, a imagem que
vemos:
19.
Na situação da figura, um elétron atingiria a tela na
região:
a) I; b) II; c) III; X d) IV; e) central.
18.
Cientistas da Washington University de St. Louis, nos
Estados Unidos, desenvolveram um método que usa
veneno de abelhas para matar células cancerosas, ao
mesmo tempo que deixa células saudáveis intactas.
Os pesquisadores acoplaram a toxina melitina, presente
no veneno de abelhas, a moléculas, ou nanopartículas,
que batizaram de “nanoabelhas”.
Depois disso, estas “nanoabelhas” foram introduzidas
em ratos que possuíam tumores. De acordo com os pes-
12
quisadores, as partículas então atacaram e destruíram
apenas as células cancerosas, protegendo outros tecidos
do poder destrutivo da melitina. [...]
CIENTISTAS usam veneno de abelha para combater câncer. BBC Brasil.
Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009
/08/090811_abelhavenenocancerfn.shtml>. Acesso em: 01 dez.
2009.
A melitina é uma pequena proteína, ou peptídeo, que
é fortemente atraída para as membranas de células,
podendo abrir seus poros e matá-las. Sua parte ativa
é formada pela seguinte sequência de aminoácidos:
Gly-Iℓe-Gly-Ala-Val-Leu-Lys-Leu-Thr-Thr.
(Iℓe) (Thr) (Gly)
(Val) (Leu) (Ala)
(Lys)
Sobre as proteínas e considerando as informações apre-
sentadas no texto, pode-se afirmar que:
a) a ligação entre a Gly-Ala-Val na melitina é chamada
de peptídica e é uma ligação de hidrogênio;
b) os aminoácidos Leu e Thr aumentam a polaridade
da cadeia proteica, devido ao seu caráter polar;
X c) a unidade básica da proteína é um aminoácido, que
é formado por um grupo amina e um grupo ácido
carboxílico, ligados ao carbono α;
d) a ligação entre dois aminoácidos, como Leu-Lys,
forma uma função amina;
e) todos os aminoácidos presentes na melitina são
apolares.
O termo “mirmecofilia” define certo tipo de relação
entre formigas e plantas, na qual as plantas apresentam
estruturas especializadas destinadas a alimentar e/ou
servir de abrigo para as formigas. [...]
Quase todas as espécies de plantas possuidoras de
estágios florais nas florestas tropicais são polinizadas
por animais. Abelhas, borboletas, pulgões, mosquitos,
vespas estão entre os principais insetos polinizadores
[...]. Ainda que alguns estudos mostrem que as formi-
gas agem como polinizadoras de algumas espécies de
plantas em um processo chamado de mirmecogamia,
existem duas principais limitações na polinização rea-
lizadas por elas: 1) a ausência de asas e por geralmente
forragearem na mesma planta, dificilmente transferem
o pólen de uma planta para outra e; 2) a maior parte
das formigas possui a glândula metapleural que produz
substâncias lipofílicas que se distribuem na superfície
cuticular e têm função antibiótica. Estes antibióticos
podem mesmo inativar o pólen, que perde sua capaci-
 dade de germinação. Esta inibição, no entanto, certa-
mente depende do tempo de contato entre o produto
da glândula e o grão de pólen.
DÁTTILO, Wesley; MARQUES, Elisabete da Costa; FALCÃO, Jéssica
Caroline de Faria; MOREIRA, Denise Dolores de Oliveira. Interações
mutualísticas entre formigas e plantas. EntomoBrasilis, v. 2, n. 2,
p. 32-33, 2009. Disponível em: <http://www.ebras.bio.br/periodico/
ojs/index.php/ebras/article/view/44/72>. Acesso em: 18 mar. 2010.
A relação estabelecida entre formigas e plantas, como
citada no texto, pode ser corretamente explicada como:
a) uma relação desvantajosa para a planta e para a
formiga, pois as duas espécies são prejudicadas;
b) uma relação que favorece apenas as formigas, uma
vez que as plantas ficam restritas a realizar a auto-
fecundação;
c) desvantajosa para a planta, pois seus polens são
completamente destruídos quando entram em con-
tato com as formigas;
d) uma associação simbiótica entre plantas e formigas,
em que as duas espécies podem ou não ser benefi-
ciadas, dependendo do tempo de contato do pólen
das plantas com as formigas;
X e) uma relação ecológica benéfica, em que as plantas
recebem auxílio das formigas para realizar a polini-
zação, e as formigas recebem alimento e/ou abrigo
da planta.
20. Durante o processo de geração, transmissão e consumo
de energia elétrica, a tensão utilizada é várias vezes
modificada por transformadores. Tanto na geração
quanto no consumo, a tensão é relativamente baixa,
por questões técnicas e de segurança, já na transmissão,
ela é extremamente alta para evitar perdas por efeito
Joule. Sobre os transformadores, é correto afirmar que:
a) funcionam sempre que há um campo elétrico
variável, modificando a potência de entrada e saída;
b) alteram a resistência dos fios, tornando menores as
perdas de energia;
X c) funcionam somente com corrente alternada, utili-
zando um fluxo magnético variável para alterar a
tensão;
d) modificam a corrente elétrica de alternada para
contínua, evitando as perdas de energia nos fios;
e) servem para repor a energia perdida na transmissão,
restabelecendo a tensão original gerada na usina.
21. As artesãs do etanol
Descobertas sobre genética de leveduras incentivam a
pesquisa para ampliar a produtividade de álcool
Em menos de cinco minutos, as correntes de um guin-
daste inclinam uma carreta e despejam 30 toneladas
de cana em uma esteira no início da linha de produção
de açúcar e álcool da Usina Santa Fé, em Nova Europa,
região central do estado de São Paulo. A carreta sai e
um trator traz outra e depois outra, dia e noite, sem
parar. A cana segue pela esteira, passa por máquinas
que a trituram e extraem o caldo verde que se trans-
forma em açúcar após purificação e evaporação. Mais
adiante, nas dornas de fermentação – tanques de 25
metros de altura –, começa a transformação de açúcar
em etanol, que depende de linhagens específicas de um
tipo de fungo, a levedura Saccharomyces cerevisiae, o
mesmo micro-organismo unicelular usado para fazer
pão, cerveja e vinho.
FIORAVANTI, Carlos. As artesãs do etanol. Revista Pesquisa FAPESP,
nov. 2009. Disponível em: <http://www.revistapesquisa.fapesp.
br/?art=3985&bd=1&pg=1&lg=>. Acesso em: 03 dez. 2009.
Sobre o processo de produção do etanol, assinale a
alternativa correta:
a) No processo de fermentação da glicose, há a forma-
ção de CO2, CH4 e H2O.
X b) Utilizando processos químicos ou biológicos ade-
quados, qualquer carboidrato pode ser convertido
em etanol.
c) A fermenta2ção descrita no texto permite a obten-
ção, em apenas uma etapa, de álcool com concen-
tração de 96% em volume.
d) A fermentação é um processo aeróbio.
e) Na fermentação, ocorre a redução de um dos carbo-
nos da glicose para formar o CO2.
22. Do girassol extraímos o óleo formado por vários ácidos
graxos, cuja composição é dada na tabela:
Ácido graxo % em massa
Palmítico 6,66
Esteárico 4,32
Oleico 21,09
Linoleico 67,78
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Linolênico 0,15
JORGE, Neuza; SOARES, Bruno Bellei Prazeres; LUNARDI, Vanessa
Martins; MALACRIDA, Cassia Roberta. Alterações físico-químicas dos
óleos de girassol, milho e soja em frituras. Química Nova, São Paulo:
SBQ, v. 28, n. 6, p. 948, 2005.
Com base na tabela e na fórmula estrutural do ácido
linoleico, apresentada a seguir, assinale a alternativa
correta:
a) O ácido linoleico presente no óleo de girassol é
classificado como um lipídio monoinsaturado.
Volume 6
b) A reação entre o ácido linoleico com o hidróxido de
sódio leva à formação de um produto que tem baixa
solubilidade em água.
13
 X c) O principal constituinte do óleo de girassol pode
sofrer dois tipos principais de reações: adição e
neutralização com bases fortes.
d) O óleo de girassol pode ser usado para a fabricação
de sabão, porém nem todos os seus constituintes
reagem com o NaOH.
e) Os óleos, assim como os azeites, são classificados
como triacilgliceróis.
23. As relações ecológicas entre os seres vivos são muito
importantes para a manutenção da vida nos ecossis-
temas. Elas podem garantir a sobrevivência de muitas
espécies, permitir a conquista de diferentes hábitats
e favorecer, ou não, o sucesso e a permanência das
espécies em determinado ambiente. Podem ocorrer
entre indivíduos de espécies iguais ou diferentes
e, inclusive, trazer prejuízos para alguns dos seus
participantes. Essas relações são classificadas como:
harmônicas (ou positivas), quando há benefício para
um dos envolvidos ou para ambos; e desarmônicas (ou
negativas), quando há prejuízo pelo menos para um
dos envolvidos.
Sobre as relações ecológicas normalmente encontradas
na natureza, são favoráveis para a sobrevivência das
espécies envolvidas aquelas que:
a) ocorrem apenas entre indivíduos da mesma espécie
(intraespecíficas), pois garantem a disponibilidade
de alimentos para todos os indivíduos;
X b) beneficiam todas as espécies que se relacionam,
propiciando melhores condições de sobrevivência
em determinado ambiente;
c) não estabelecem vínculo morfológico entre os indi-
víduos envolvidos, como as colônias e sociedades,
garantindo a independência de cada organismo
participante;
d) beneficiam apenas uma das espécies, pois a com-
petição entre duas espécies, necessariamente, leva
à extinção de uma delas;
e) estejam relacionadas à disponibilidade de alimentos,
apenas.
24. O flash é um dispositivo que produz uma luz intensa e
por um intervalo de tempo breve, geralmente usado em
fotografia para se conseguir a luminosidade necessária.
As câmeras fotográficas embutidas de flash fazem uso
de circuitos com capacitores para o seu funcionamento.
Nelas, o uso desse dispositivo se justifica para:
a) fornecer uma tensão elétrica maior do que as pilhas
comuns para a lâmpada do flash;
b) dar maior brilho ao flash devido ao efeito fotoelé-
trico;
14
c) diminuir a corrente elétrica que atravessa a lâmpada
para não queimá-la;
X d) acumular a energia elétrica necessária para o disparo
intenso do flash;
e) eliminar oscilações da corrente fornecida pelas
pilhas, proporcionando uma luminosidade mais
uniforme.
25. A tomografia PET (tomografia por emissão de pó-
sitrons) é um exame de medicina nuclear usado,
principalmente, para a detecção de câncer. Nesse
exame, injeta-se no paciente uma substância que,
em seu decaimento, emita pósitrons. O pósitron é a
antipartícula do elétron, que possui a mesma massa,
mas carga elétrica positiva. Ao se encontrar com um
elétron, ambos se aniquilam, liberando dois fótons que
são posteriormente detectados e computacionalmente
se constroem imagens em três dimensões do interior
do corpo humano.
A ideia de fóton impulsionou a Física Moderna e
proporcionou vários desenvolvimentos tecnológicos,
como a tomografia PET. Sobre ela, é correto afirmar
que:
a) somente a luz visível é composta por fótons;
X b) representa a menor parcela de energia de uma dada
radiação eletromagnética;
c) a energia de um fóton é proporcional à intensidade
da luz emitida;
d) a tomografia por emissão de pósitrons faz uso do
efeito fotoelétrico em seu funcionamento;
e) é por causa do Princípio da Incerteza que se afirma
que o fóton pode ser entendido como onda ou par-
tícula, sendo possível utilizá-lo para a tomografia
PET.
26. Em um pote de vidro grande, um estudante colocou água,
terra, algumas pedras, plantas de pequeno porte e dois
insetos herbívoros. Ele fechou o pote com uma tampa
resistente e colocou o experimento próximo a uma janela
que recebe luz solar. Nessa situação:
a) o inseto morreria, pois o dióxido de carbono presen-
te no ar atmosférico é necessário para a fotossíntese
das plantas.
b) haveria quebra do ciclo do oxigênio.
X c) os seres poderiam viver em equilíbrio, trocando
substâncias essenciais à vida.
d) o inseto só sobreviveria na ausência das plantas,
pois o convívio gera competição.
e) o inseto sofreria asfixia à noite, pois as plantas só
fazem fotossíntese durante o dia.
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
1.
Para aqueles teóricos que acreditam que as identidades
modernas estão entrando em colapso, o argumento se
desenvolve da seguinte forma. Um tipo diferente de
mudança estrutural transformando as sociedades mo-
dernas no fim do século XX. Isso está fragmentando as
paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, et-
nia, raça e nacionalidade, que, no passado, nos tinham
fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais.
Essas transformações estão também mudando nossas
identidades pessoais, abalando a ideia que temos de
nós próprios como sujeitos integrados. Esta perda de
um “sentido de si” estável é chamada, alguma vezes, de
deslocamento ou descentração do sujeito. Esse duplo
deslocamento – descentração dos indivíduos tanto do
seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mes-
mos – constitui “crise de identidade” para o indivíduo.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de
Janeiro: DP & A, 2003. p. 9.
Analisando o texto, é correto afirmar que:
X a) na modernidade, a identidade dos indivíduos não
é mais estável e sim fragmentada, o que gera uma
crise de identidade;
b) antes das sociedades modernas, os indivíduos eram
mais felizes porque as identidades eram estáveis e,
hoje, eles estão em crise porque não há mais um
“sentido de si”;
c) dependendo das classes sociais, as identidades
podem sofrer um duplo deslocamento, o que gera
transformações sociais;
d) não há mais identidade na sociedade moderna, pois
os indivíduos perderam um “sentido de si” estável;
e) antigamente, havia uma única forma de identidade
para todos os sujeitos e, atualmente, há duas – uma
cultural e outra pessoal.
2.
– NONADA. Os tiros que o senhor ouviu foram de briga
de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no
quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia
isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí,
vieram me chamar. Causa duz bezerro branco, erroso, os
olhos de nem ser – se viu –; e com máscara de cachorro.
Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito
como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo
feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram
– era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele não
sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não
tenho abusões. O senhor ri certas risadas.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1968. p. 9.
Nesse trecho, pertencente ao romance de Guimarães
Rosa, Grande sertão: veredas, estão evidentes várias
características da produção do autor, exceto:
a) a reinvenção da linguagem literária por meio da
fusão de elementos arcaicos e populares;
X b) a expressão dos registros diretos dos estados mentais
dos personagens, em sequência não linear e ilógica;
c) o uso de neologismos, expressões indígenas, regio-
nais e arcaísmos;
d) a reconstrução da sintaxe, dando a ela, proposital-
mente, um novo significado;
e) as indagações sobre temas metafísicos e universais,
tais como: Deus e o diabo, a própria existência e as
ambições humanas.
3.
After you have finished making your summer travel
plans for 2010 (see you in South Africa), start saving
for a trip to Brazil.
The CBF made its official presentation to FIFA to host
the 2014 World Cup. Brazil is the only South American
country to offer to host the quadrennial tournament
after Colombia pulled its bid in April.
According to the Associated Press, “The Brazil
delegation showcased its plans in a 30-minute
presentation before handing over a 900-page bid
document to FIFA president Sepp Blatter.” But the
proposal lacked some details: $$$. […]
MARCUS, Jeffrey. What are you doing the summer of 2014? The
New York Times, 31 jul. 2007. Disponível em: <http://goal.blogs.
nytimes.com/2007/07/31/what-are-you-doing-the-summer-of-
2014/?scp=3-b&sq=Brazil+world+cup+2014&st=nyt>. Acesso em:
30 out. 2009.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
The text aims at motivating the reader to go to Brazil for
the 2014 World Cup, explaining that the country was the
only one in South America to offer to host the tournament.
From the extract “But the proposal lacked some details:
$$$”, it’s possible to infer that:
X a) the CBF proposal to host the 2014 World Cup didn’t
include the amount of money the country will spend
on it;
b) the CBF has already calculated the cost of the
tournament and included it in the proposal;
c) the proposal has already foreseen that Brazil won’t
have enough money to pay the tournament;
d) details didn’t need to be included in the CBF
Volume 6
proposal for the 2014 World Cup;
e) the price of the proposal was included in the
document.
15
 4. O artigo de divulgação científica é a apresentação sin- A antítese é uma figura de linguagem que consiste na ex-
tética dos resultados de uma investigação e pesquisa posição de ideias opostas em um mesmo verso, estrofe ou
realizadas a respeito de determinado assunto. Esse gênero poema. A ideia central do poema de João Cabral de Melo
possui uma estrutura de organização em que cada uma Neto se constrói sobre várias antíteses que são chaves para
das partes possui uma função específica. Pensando nisso, a leitura do texto, exceto:
assinale a opção incorreta sobre essa estrutura e as suas a) trabalho e lazer;
funções: b) espaço aberto e espaço fechado;
a) As palavras-chave são os termos que delimitam c) alegria e dor;
os temas centrais do texto, servem como meio de
d) fazer e não fazer;
o leitor localizar o texto e saber se os assuntos
principais são do seu interesse. X e) amor e ódio.

b) O resumo apresenta, de forma abreviada, o objetivo 6.

do artigo científico e alguns resultados obtidos para […] Even in the world of Formula One, with its
que o leitor possa identificar o assunto e saber se é endemic subterfuge and rule-bending, nothing has
de seu interesse ou não. shaken the sport quite like the news that Renault
ordered a driver to deliberately crash so his teammate
c) A introdução deve situar o leitor na pesquisa
could win a race.
realizada, apresentando, em linhas gerais, o enca-
minhamento desenvolvido para que o leitor possa Exposure of Renault's order for Nelson Piquet Jr. to
entender qual era o objetivo do autor e qual foi o spin his car into a concrete wall at last year's Singapore
percurso adotado para alcançá-los. Grand Prix, helping teammate Fernando Alonso to
victory, prompted the departure of long-serving
d) O desenvolvimento é a apresentação da pesquisa
managing director and prominent F1 personality Flavio
em si, consiste na exposição de dados, discussão de
Briatore. Further punishment, such as race suspensions,
informações, exemplificação e explicações sobre o
may follow. […]
tema tratado.
RENAULT scandal stuns former Formula One drivers, fans. Disponível
X e) A conclusão é o fechamento do trabalho e tem a em: <http://www.usatoday.com/sports/motor/formula1/2009-09-
17-renault-scandal_N.htm>. Acesso em: 31 out. 2009.
intenção de retomar as informações apresentadas
no desenvolvimento para que o leitor tenha uma O texto que você acabou de ler faz parte de um artigo sobre
visão global do artigo de divulgação científica. o escândalo que envolveu dois pilotos de Fórmula 1 da
Renault, Nelson Piquet Jr. e Fernando Alonso, em setembro
5. de 2009. De acordo com o texto, o escândalo aconteceu
Difícil ser funcionário
depois de a mídia ter divulgado que:
Nesta segunda-feira
Eu te telefono, Carlos, X a) durante o Grande Prêmio de Singapura, Nelson
Piquet Jr. recebeu ordens da Renault para bater
Pedindo conselho.
propositalmente em um muro de concreto, a fim de
Não é lá fora o dia facilitar a vitória de Fernando Alonso, seu colega
Que me deixa assim, de equipe;
Cinemas, avenidas b) Nelson Piquet Jr. conseguiu a vitória do Grande Prê-
E outros não fazeres mio de Singapura apenas porque Fernando Alonso,
seu colega de equipe, colidiu contra um muro de
É a dor das coisas. concreto, seguindo ordens da Renault;
O luto desta mesa; c) Fernando Alonso teria relatado que Nelson Piquet
É o regimento proibindo Jr. recebeu ordens da Renault para colidir contra
Assovios, versos, flores. um muro de concreto, a fim de facilitar sua vitória;
d) Flavio Briatore teria sido demitido da Renault por
Eu nunca suspeitara
ter relatado à imprensa as ordens dadas a Nelson
Tanta roupa preta;
Piquet Jr. durante o Grande Prêmio de Singapura;
Tão pouco essas palavras-
Funcionárias, sem amor. e) Fernando Alonso teria sido excluído da equipe
Renault de Fórmula 1 por ter seguido as ordens
MELO NETO, João Cabral de. Cadernos de literatura brasileira:
João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1996. de Flavio Briatore durante o Grande Prêmio de
Contracapa. Singapura.

16
7.

Fonte: IBGE. Maps of world. Disponível em: <http://www.mapsofworld.com/world-olympic-map.htm>. Acesso em: 01 nov. 2009.

The world map used to show which have been the Olympics host cities since 1896 was very important to the
International Olympic Committee’s decision on Brazil to be the 2016 Olympics host country. Analysing the map, it’s
possible to see that:
a) all the Olympics Games have happened in Europe;
b) South America has held the Olympics just once;
c) most games along the history have happened in North and Central America;
X d) South American countries have never held Olympic Games;
e) South America and Oceania were the only countries that have never held Olympics.

8. Pelé Biography
popular name of Edson Arantes do Nascimento
(1940- )
Athlete, professional soccer player. Born Edson Arantes de Nascimento on October 23, 1940, in Três Coracoes, Brazil.

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

Although he was poor, Pelé grew up to be an international sports superstar. Throughout his childhood, he played
soccer whenever and wherever he could, sometimes using a stuffed sock for a ball. He joined his first soccer team at
the age of 12. […]
PELÉ biography. Disponível em: <http://www.biography.com/articles/Pele-9436416>. Acesso em: 31 out. 2009.

O texto acima é parte da biografia de Edson Arantes do Nascimento, Pelé, um dos mais famosos jogadores de futebol
de todos os tempos. A ideia principal desse trecho do texto é a de que:
a) embora Pelé tenha sido pobre, tornou-se uma estrela do futebol por ter iniciado sua carreira aos 12 anos;
b) apesar de ter tido uma infância pobre, Pelé se tornou famoso por jogar futebol com uma bola feita de meia;
X c) o talento de Pelé como jogador podia ser notado porque, apesar de ser pobre quando criança, ele jogava futebol
onde, quando e como podia, ingressando em seu primeiro time aos 12 anos;
d) por ser muito pobre, Pelé jogava futebol apenas com bolas feitas de meias, e isso fez com que ele se tornasse um
grande jogador aos 12 anos;
Volume 6

e) Pelé nasceu em uma família pobre, na cidade de Três Corações, e começou a jogar futebol aos 12 anos, quando
ingressou em seu primeiro time.

17
 9. Felipe Massa to undergo surgery
after qualifying crash
Felipe Massa is to undergo surgery following his
accident in today's Hungarian grand prix qualifying.
Although word emerged after a chaotic session
that Massa was "okay" after being airlifted to a nearby
Budapest hospital, Ferrari later confirmed the Brazilian
would need an operation.[…]
A Ferrari official confirmed the Brazilian "was hit
by something on the helmet, losing control of the
car" in the closing stages of the middle 15-minute
session. […]
FELIPE Massa to undergo surgery after qualifying crash. Disponível
em: <http://www.guardian.co.uk/sport/2009/jul/25/felipe-massa-
hungarian-gran-prix-crash>. Acesso em: 31 out. 2009.
O acidente de Felipe Massa, piloto de Fórmula 1, em
julho de 2009, foi notícia nos jornais do mundo todo
e razão de preocupação para os brasileiros, em especial
para a sua família e os seus amigos. No trecho do texto:
[...] Massa was "okay" after being airlifted to a nearby
Budapest hospital […], os vocábulos airlifted e nearby
indicam que:
a) Felipe Massa foi transportado de ambulância para
um hospital próximo a Budapeste;
b) o piloto estava bem após ser levado, de avião, a um
hospital perto de Budapeste;
c) Felipe Massa não foi transportado de avião ou he-
licóptero a um hospital local de Budapeste;
d) Massa estava bem após ser transportado para um
hospital local de Budapeste;
X e) o piloto foi removido por meio de transporte aéreo
para um hospital local de Budapeste.
10. Car-free cities: an idea with legs
Car-free neighbourhoods are no unrealistic utopia –
they exist all over Europe
Disponível em: <http://www.guardian.co.uk/environment/green-
living-blog/2009/oct/29/car-free-cities-neighbourhoods>. Acesso
em: 31 out. 2009.
O título e o subtítulo acima foram retirados de um artigo
sobre a existência de lugares em que a população utiliza,
como meio de transporte, a bicicleta ou, então, anda a pé. O
texto aborda, ainda, as vantagens de se viver em locais em
que isso é possível. O vocábulo car-free, empregado no texto
como adjetivo, caracteriza cities (cidades) e neighbourhoods
(comunidades) e significa que:
a) todos os carros existentes nas cidades e em peque-
nas comunidades europeias são gratuitos;
b) a população das cidades e das pequenas comunida-
des europeias é livre para adquirir quaisquer tipos
de carros;
18
c) existem cidades e pequenas comunidades com carros
gratuitos para a população na Europa;
X d) não há carros nas cidades ou em pequenas comu-
nidades;
e) existem carros apenas em algumas pequenas comu-
nidades.
11. Leia o trecho a seguir e assinale a opção correta sobre
as relações de sentido que podem ser estabelecidas:
A construção do leitor no mundo virtual
Simone Maria Bacellar Moreira (FFP-UERJ)
Resumo:
Com os computadores e a internet cada vez mais
incorporados às nossas atividades cotidianas notam-
-se, por influência destes, modificações nas relações
humanas e consequentemente na própria percepção
do mundo.
No campo da literatura, a Web parece ser um componente
a mais do sistema literário, dialeticamente prolongando-
o e alterando-o no ciberespaço. Assim, faz-se necessário
repensar as práticas socioculturais de leitura e de escrita,
com o surgimento de uma possível literatura virtual em
face à literatura já consagrada e, profundamente, ligada
à cultura do papel.
MOREIRA, Simone Maria Bacellar. A construção do leitor no mundo
virtual. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/cluerj-sg/
ANAIS/IV/completos/comunicacoes/Simone%20Maria%20Ba-
cellar%20Moreira.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2009.
a) Na primeira linha do texto, “Com os computadores
e a internet”, o termo “com” indica companhia.
b) O termo “consequentemente” em “consequente-
mente na própria percepção do mundo” pode ser
substituído por “consoante” sem prejuízo para o
sentido do texto.
c) O trecho “No campo da literatura” indica o meio em
que a Web parece ser um componente a mais.
d) O trecho “com o surgimento de uma possível lite-
ratura virtual” explicita a finalidade de repensar as
práticas sociais.
X e) Em “literatura já consagrada e, profundamente,
ligada à cultura do papel” a expressão “profunda-
mente” indica a intensidade com a qual a literatura
está ligada à cultura do papel.
12. Comida
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
 A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...
TITÃS. Comida. Disponível em: <http://letras.
terra.com.br/titas/>. Acesso em: 03 nov. 2009.
Analise o trecho da música e assinale a opção incorreta
sobre os recursos utilizados:
a) A expressão “a gente” torna a linguagem da canção
mais informal e próxima da realidade do leitor.
X b) As antíteses, prazer e dor, inteiro e metade, servem
para expressar as dúvidas do “eu” que fala na can-
ção.
c) Há paralelos entre os versos “quer” e “não quer”
que tornam a canção mais contundente, pois, nos
dois casos, expressam a vontade do “eu lírico”.
d) Os versos são curtos, ritmados e rimados para ga-
rantir musicalidade e facilitar a memorização pelo
leitor.
e) O termo “prá”, típico da linguagem oral e informal,
representa a voz popular que se expressa na canção.
13. Os dois textos a seguir pertencem à Geração de 1945.
Compare-os e assinale a opção que melhor descreve
as preocupações literárias desse período literário:
Texto 1
Planta de Maceió
O vento do mar rói as casas e os homens.
Do nascimento à morte, os que moram aqui
andam sempre cobertos por leve mortalha
de mormaço e salsugem. Os dentes do mar
mordem, dia e noite, os que não procuram
esconder-se no ventre dos navios
e se deixam sugar por um sol de areia.
Penetrada nas pedras, a maresia
cresta o pelo dos ratos perdulários
que, nos esgotos, ouvem o vômito escuro
do oceano esvaído em bolsões de mangue
e sonham os celeiros dos porões dos cargueiros. [...]
IVO, Ledo. Poesia completa 1940-2004. Rio de Janeiro: Topbooks,
2004. p. 240.
Texto 2
Morte e vida severina
[...]
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza. [...]
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas
para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 50.
X a) Procuraram romper com a primeira geração moder-
nista, voltando-se para os problemas sociais brasi-
leiros e desenvolvendo as formas fixas e universais.
b) Desenvolveram os ideais modernistas, como o verso
livre e branco, e, tematicamente, voltaram-se para
o homem brasileiro.
c) Influenciados pelos simbolistas, destacavam a
subjetividade do homem por meio de uma poesia
carregada de símbolos e metáforas.
d) Influenciada pelos modernistas de 1922, a literatura
se desprendeu do modelo tradicional de fazer poesia,
unindo verso e prosa.
e) Os poetas se desprenderam da forma clássica poé-
tica, dando início ao movimento concretista que se
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
desenvolveu na década de 1960.
14. Analise o uso da expressão “assim” nos trechos em
destaque da reportagem a seguir e assinale a opção
correta:
O fim do mundo em 2012
No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja
aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para
o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas conti-
nua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à
ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são
uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo
cérebro humano. Uma das explicações está no fato
de que o nosso cérebro é uma máquina programada
Volume 6
para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados
a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde
tudo é casual e fortuito. As constelações no céu,
19
 por exemplo, são uma criação mental para organizar
o caos estelar. Ao enxergarmos as constelações de
Órion ou Andrômeda, encontramos ordem e sentido.
O dado complicador é que a vida, no céu e na terra,
deve muito mais às contingências do acaso do que
ao determinismo. O espermatozoide que fecundou o
óvulo que gerou Albert Einstein foi um produto do
acaso, resultado de uma disputa entre espermatozoi-
des resolvida por milésimos de segundo. Assim como
aconteceu, poderia não ter acontecido.
PETRY, André. O fim do mundo em 2012. Disponível em: <http://
veja.abril.com.br/041109/fim-do-mundo-2012-p-090.shtml>. Acesso
em: 03 nov. 2009.
X a) No primeiro caso, “assim” indica conclusão e, no
segundo, uma conformidade.
b) No primeiro trecho, o termo expressa concessão e,
no segundo, condição.
c) Na primeira passagem, a expressão indica explicação
e, na segunda, circunstância.
d) No primeiro fragmento, “assim” expressa consequên-
cia e, no segundo, causa.
e) Nos dois casos, o termo é explicativo.
15. Chicago, Madrid, Rio de Janeiro and Tokyo, the final
candidate cities to hold the 2016 Olympics, created
slogans to express the idea of being the best place for
the games.
Read their slogans:
Chicago
Slogan: “Let friendship shine”
Madrid
Slogan: “Games with the human touch”
Rio de Janeiro
Slogan: “Live your passion”
Tokyo
Slogan: “Games at the heart of city life”
Which slogan(s) motivate(s) people to experience
something that can be sports or competition during the
olympics?
a) Chicago’s slogan.
X b) Rio de Janeiro’s slogan.
c) Madrid’s slogan.
d) Chicago’s and Madrid’s slogans.
e) Tokyo’s and Rio de Janeiro’s slogans.
16. A reportagem é um gênero textual da esfera jornalística
que tem a função de apresentar um estudo, uma discussão
mais longa sobre determinado assunto. Esse gênero apre-
senta muitas estratégias discursivas, tais como: narração,
20
descrição, argumentação, etc. Pensando nisso, assinale
o trecho da seguinte reportagem predominantemente
expositivo:
O fim do império anuncia nova Europa
O Muro de Berlim, erigido em agosto de 1961, era
o muro da crueldade e da vergonha. O estigma de um
império que só conseguia sobreviver protegendo-se
com muros e metralhadoras. Sua queda foi o anúncio
da liberdade.
Como ocorreu nas grandes rupturas da História,
estalidos já anunciavam a agonia do grande corpo
doente. Em 1980, na Polônia, as greves de Gdanski e
o surgimento de um sindicato livre, o Solidariedade,
e do líder Lech Walesa, abriam uma brecha na casa-
mata. [...]
Fui à biblioteca empoeirada do meu avô em busca
dos velhos livros de escola de antes da guerra de 1914.
E então recoloquei a Moldávia no seu lugar. Descobri
que havia duas Ossétias, uma do Norte e outra do Sul.
Toda uma geografia submersa voltava à superfície como
um reflexo que sai do fundo cintilante de um lago. Uma
Europa fantasma surgia do nada, retomava o seu lugar,
preenchia a enorme rachadura que o belo dia de 9 de
novembro de 1989 tinha aberto na História do século
20. [...]
Mas o comunismo, que foi sinônimo – como todas as
tiranias – de muro, prisão, silêncio, censura, crueldade,
está sob todos os aspectos condenado pelo simples mo-
vimento da ciência. Um mundo dominado pela internet
com certeza tem seus graves inconvenientes. Mas pelo
menos é um mundo onde os muros e as barreiras entre
países e cérebros estão destinados a desaparecer. Mesmo
o Irã e a China comunista acabarão percebendo isso. A
internet anuncia, talvez, o fim dos muros.
LAPOUGE, Gilles. O fim do império anuncia nova Europa. Dispo-
nível em: <http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091104/
not_imp460812,0.php>. Acesso em: 03 nov. 2009.
a) "Fui à biblioteca empoeirada do meu avô em busca
dos velhos livros de escola de antes da guerra de
1914."
b) "O Muro de Berlim, erigido em agosto de 1961, era
o muro da crueldade e da vergonha."
X c) "Em 1980, na Polônia, as greves de Gdanski e o sur-
gimento de um sindicato livre, o Solidariedade, e do
líder Lech Walesa, abriam uma brecha na casamata."
d) "E então recoloquei a Moldávia no seu lugar. Desco-
bri que havia duas Ossétias, uma do Norte e outra
do Sul."
e) "Mas o comunismo, que foi sinônimo – como todas
as tiranias – de muro, prisão, silêncio, censura,
crueldade, está sob todos os aspectos condenado
pelo simples movimento da ciência."
17. What are the Different Ways to Pay for College?
Figuring out how to pay for college is a concern
for many would-be or continuing college students.
College is pricey and many schools, even those run by
states or countries have high tuition fees. These are
not the only costs; books, school supplies, and living
expenses may be prohibitive for some students unless
they can get some type of financial help. The ways
students may typically get help to pay for college is to
ask for assistance from parents and apply for grants,
loans and scholarships. Students may also work part or
full-time while in school to meet expenses or work in
a specialized field that guarantees payment of college
tuition, like in the armed services.
It should be noted that college fees, requirements
and financial aid can be structured differently at
each college, at the state level, and by country. Some
countries offer free or near free college education at
country-run universities, including Brazil, many of
the Nordic countries, Ireland, and Libya. These may
not be entirely free and there can be some fees or
payment for books required, but these expenses are
usually well within a student’s reach if they work
part-time. […]
WHAT are the Different Ways to Pay for College? Disponível em:
<http://www.wisegeek.com/what-are-the-different-ways-to-pay-
for-college.htm>. Acesso em: 05 dez. 2009.
According to the text, college education is expensive
in almost all the countries, except for very few ones,
which have country-run universities. However, even
free or near free college may have fees or require the
payment for books. The title of the text asks about
the different ways of paying for college. How is this
question answered along the text?
a) Explaining that, besides high tuition fees, college
education expenses include other costs that unable
many students to study.
19.
b) Stating that college is expensive and even courses
run by the government have high tuition fees.
c) Informing that some countries, like Brazil, have
state or country-run universities.
X d) Stating that college students can get financial
help form their parents, apply for grants, loans or
scholarships or work, part-time or full time.
e) Explaining that all the college expenses can be paid
by the student if he/she works at least part-time.
18. Study Finds That Online
Education Beats the Classroom
A recent 93-page report on online education,
conducted by SRI International for the Department
of Education, has a starchy academic title, but a most
intriguing conclusion: “On average, students in online
learning conditions performed better than those
receiving face-to-face instruction.”
“The study’s major significance lies in demonstrating
that online learning today is not just better than
nothing – it actually tends to be better than
conventional instruction,” said Barbara Means, the
study’s lead author and an educational psychologist
at SRI International. […]
The real promise of online education, experts say, is
providing learning experiences that are more tailored
to individual students than is possible in classrooms.
That enables more “learning by doing,” which many
students find more engaging and useful. […]
LOHR, Steve. Study Finds That Online Education Beats the Classroom.
The New York Times, 19 ago. 2009. Disponível em: <http://bits.
blogs.nytimes.com/2009/08/19/study-finds-that-online-education-
beats-the-classroom/?apage=6&scp=5-b&sq=high+school+education
+Brazil&st=nyt>. Acesso em: 05 dez. 2009.
The text describes the results of a study that compared
online learning to conventional classroom learning
and found out that online students had a better
performance. According to the text, the results show
that:
a) the study was done with the purpose of showing
that students who received classroom instruction
had a better performance;
X b) online education provides more individual and
practical learning experiences than classroom
instruction;
c) online learning will replace classroom learning;
d) classroom learning focus on more individual
activities and that’s why it is better than online
learning;
e) in the classroom, students can have more engaging
and useful activities than they would have online.
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Why Distance Education?
[…] Learn on your time.  Online education allows
you to study when you have time – from early morning
to late at night.
No long commute.  Your classroom is as close as your
living room or home office. Keep your job; take care
of your family. You don’t have to give up important
responsibilities to pursue an online education.
Learn where you live. No need to relocate in pursuit
of your online degree. Save money. You’ll save on
room and board, college tuition, classroom supplies,
transportation costs, and more.[…]
Disponível em:<http://www.distance-education.org/>. Acesso em:
Volume 6
06 dez. 2009.
The text above aims at persuading the reader to take
distance education courses. Thus, its author argues that:
21
 a) online learners need to study from early in the
morning to late at night;
b) people need to save money to take an online course;
X c) students don’t need to go to a school to study;
d) in distance education, your living room and your
home office are your classrooms;
e) learners should give up job and family responsibi-
lities to take an online course.
20.
Grading the High Schools
New York released report cards on the city’s high schools
on Monday. The grades rely heavily on measures of student
improvement rather than on overall performance.
Disponível em: <http://www.nytimes.com/imagepages/2009/11/17/
nyregion/17grades-graphic.html>. Acesso em: 05 dez. 2009.
Diferentemente da maioria das escolas e universidades
brasileiras que utiliza números de 1 a 10 ou de 0 a 100,
o sistema estadunidense de avaliação de rendimento
escolar utiliza as letras de A a F, sendo que A é o score
máximo; e F, o mínimo. O gráfico apresenta parte das
estatísticas sobre o rendimento escolar dos alunos do
Ensino Médio em Nova Iorque, atribuindo às escolas o
score de A a F. Analisando esse gráfico, percebe-se que:
a) a avaliação considerou o desempenho do aluno
como um todo e não apenas os resultados de seu
progresso escolar;
b) as estatísticas de 2009 apresentam os resultados
das 395 escolas de Ensino Médio nova-iorquinas;
X c) o gráfico apresenta resultados de 2008 e 2009, e em
2009 mais escolas foram avaliadas;
d) mais escolas foram avaliadas em 2008, em relação
ao número total de escolas existentes;
e) em 2009, menos escolas apresentaram o score C, em
relação a 2008.
21. Are Parents Thinking
Differently About Education?
[...]
With the jittery economy still front and center,
are you considering pulling your child from private
school, or relocating to take advantage of public
school options?
As well-off families confront the new contours of
their budgets, education may emerge as an attractive, if
22
painful, place to cut. Families who shunned the public
school system may now be tempted to transfer to the
nearest P.S., and those just starting a family may look
to move to a neighborhood with a rich concentration
of esteemed public schools. […]
HERNANDEZ, Javier C. Are Parents Thinking Differently About Educa-
tion? The New York Times, 29 jun. 2009. Disponível em: <http://
cityroom.blogs.nytimes.com/2009/06/29/are-parents-thinking-
differently-about-education/?scp=2-b&sq=high+school+education
&st=nyt>. Acesso em: 06 dez. 2009.
Esse trecho do texto responde, afirmativamente, à
pergunta colocada em seu título, ou seja, muitos pais
estão repensando a educação de seus filhos, devido ao
impacto da crise econômica mundial em seu orçamento
familiar. O adjetivo well-off, que, no texto, caracteriza
o substantivo “famílias”, revela que:
X a) famílias ricas estão considerando a transferência de
seus filhos para escolas públicas;
b) famílias bem estruturadas estão cortando gastos
com educação em instituições particulares;
c) o ensino em escolas públicas é uma alternativa bem
atraente, apesar de ser penosa para as famílias que
sofrem com a crise econômica;
d) escolas públicas estadunidenses sempre foram bem
vistas e muito procuradas;
e) apenas as famílias de baixa renda estão transferindo
seus filhos de escolas particulares para públicas.
22. High School in Brazil (Ages 15-17)
Enrich your high school years by doing something
truly unique – spend an exciting semester or year as
an exchange student in Brazil!  You will live with a
carefully selected, volunteer host family, and you will
attend a private Brazilian high school. […]
HIGH School in Brazil (Ages 15-17). Disponível em: <http://www.
cci-exchange.com/travelabroad/program.aspx?id=654>. Acesso em: 05
dez. 2009.
The extract above is about high schools in Brazil and
has as a main purpose:
a) to advertise a high school exchange program to
Brazilian students;
b) to convince foreigner students that Brazil has the
best private schools;
c) to select Brazilian students for exchange programs;
X d) to persuade foreigner high school students to study
in Brazil for a semester or a year;
e) to bring volunteer students to live in Brazil and
study in private high schools.
23. Pré-sal à beira do impasse
Os parlamentares do Norte e do Nordeste se reuni-
ram e estão decididos a buscar mais recursos do pré-
-sal. Só que os deputados do Rio de Janeiro anunciam
 que será aberta uma guerra caso se tente qualquer
modificação. Os fluminenses ameaçam não só fazer
corpo mole para ajudar a oposição a obstruir a votação
como podem abrir a discussão sobre a destinação de
outros recursos.
“Se eles quiserem mudar, vamos para a guerra em
tudo. Na parte deles do orçamento, na revisão do ICMS
por região… Não há guerra de um lado só”, avisa o
fluminense Eduardo Cunha.
JARDIM, Lauro. Pré-sal à beira do impasse. Veja.com, 19 nov. 2009.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/
congresso/pre-sal-a-beira-de-impasse/>. Acesso em: 11 dez. 2009.
Analisando o texto, é correto afirmar que predominam
as sequências:
X a) expositivas, pois o autor tem o objetivo de informar
sobre o debate dos recursos destinados ao pré-sal;
b) narrativas, já que o autor relata os problemas e as
divergências em relação ao orçamento do pré-sal;
c) argumentativas, uma vez que o autor defende o
projeto de partilha dos royalties do pré-sal;
d) injuntivas, porque a intenção é educar e instruir o
leitor sobre o orçamento do pré-sal no Brasil;
e) descritivas, pois o autor explica a situação do pré-
-sal no Brasil, demonstrando os diversos pontos de
vista sobre o assunto.
24. Texto I
[...] paráfrase corresponde a uma espécie de tradução
dentro da própria língua, em que se diz, de maneira
mais clara, num texto B o que contém um texto A,
sem comentários marginais, sem nada acrescentar e
sem nada omitir do que seja essencial, tudo feito com
outros torneios de frase e, tanto quanto possível, com
outras palavras e, de tal forma, que a nova versão – que
pode ser sucinta sem deixar de ser fiel – evidencie o
pleno entendimento do texto anterior.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a es-
crever, aprendendo a pensar. 26. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 201.
Texto II
Não menos fundamental, porém, será a noção de que o
valor entesourado na maior floresta tropical do mundo
precisa ser apropriadamente avaliado e explorado, o que
equivale a dizer que ela deve ser ocupada e utilizada de
maneira sustentável, de modo a garantir a sobrevivência
para uma parcela crescente de brasileiros, de prefe-
rência com uma renda e um nível de vida igualmente
ascendentes. [...]
LEITE, Marcelo. A Floresta Amazônica. São Paulo: Publifolha,
2001. p. 3.
Com base na leitura dos textos anteriores, assinale a
alternativa que apresenta corretamente a paráfrase
do texto II:
a) É importante saber também que os bens da Ama-
zônia devem ser apropriadamente avaliados e
explorados, o que equivale a dizer que ela deve
ser ocupada e utilizada de maneira sustentável, de
modo a garantir a sobrevivência para uma parcela
crescente de brasileiros, de preferência com uma
renda e um nível de vida igualmente ascendentes.
b) A população precisa rever os usos que faz dos bens
da Amazônia, o que quer dizer que precisamos en-
contrar uma forma não sustentável de aproveitar
esses valores.
X c) Não menos importante, contudo, é saber que os
bens da Amazônia devem ser corretamente ana-
lisados e explorados, isto é, a Amazônia deve ser
ocupada e utilizada de maneira sustentável para
que possa garantir a sobrevivência de parte da
população com condições cada vez melhores de
vida.
d) Eu considero importante que a Amazônia seja ava-
liada e explorada pelas grandes empresas mundiais,
o que significa dizer que os outros países devem
utilizá-la de forma sustentável para garantir uma
boa vida aos seus cidadãos.
e) É preciso garantir a sobrevivência dos brasileiros,
para isso a Amazônia precisa ser apropriadamente
avaliada e explorada, o que equivale a dizer que
ela deve ser ocupada e utilizada de maneira sus-
tentável.
25. Culpa e vergonha
Nesses dias de novos e velhos escândalos na polí-
tica aqui por Brasília, lembrei-me de um colóquio do
psicanalista Ricardo Goldemberg, autor do excelente
livro “Psicanálise e Política”, que acompanhei com
pessoas participantes de um dentre os vários grupos
de estudos de uma escola de psicanálise da cidade. [...]
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
Se bem entendi, na tradição asiática, o sujeito
situa-se no mundo pelas mãos, olhar e escuta do grupo
ao qual pertence – família, colegas do trabalho, co-
munidade –, o que resulta num peso incomum, para o
coletivo, de tudo o que o indivíduo faz. Já na tradição
ocidental, o referencial que orienta nossa conduta
moral, ética e social está centrado quase que exclu-
sivamente nas virtudes ou defeitos dos indivíduos.
Isso implica grande diferença na forma como as
duas tradições lidam com o erro, a fraude ou os mal-
feitos em geral que campeiam no reino da política. Na
primeira, o sujeito é reconhecido pela maneira como
o grupo o aceita e empodera.
Assim, se qualquer atitude ou ação desabonadora
Volume 6
individual se transforma em prejuízo material ou moral
também para o coletivo, quando ela acontece, é fonte
de grande e quase irremediável vergonha. Na segunda,
23
 ainda que o pertencer a um grupo seja igualmente e) Em “e foi por ela que descobri o Brasil”, a par-
condição para situar-se no mundo, os erros e virtudes tícula retoma, indiretamente, o nome de Clarice
são predominantemente focados no indivíduo. Lispector.
SILVA, Marina. Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.
org.br/colunas/marina-silva/culpa-e-vergonha>. Acesso em: 11 27. Texto I
dez. 2009.
Analisando o texto Culpa e vergonha, assinale a al-
ternativa correta:
a) Defende a tradição ocidental, em que o indivíduo
é avaliado somente pelos seus próprios erros e vir-
tudes.
b) Explica que a tradição oriental é um peso incomum
para o coletivo, a família, os colegas de trabalho e
a comunidade, deve, portanto, ser evitada.
c) Analisa as diferentes tradições para demonstrar que
os orientais lidam mal com o erro, a fraude ou os mal-
feitos no campo da política.
X d) Compara a tradição oriental e ocidental, com o
intuito de mostrar que o nosso referencial é mais
permissivo com a corrupção.
e) Mostra que o prejuízo material e moral é fonte
de irremediável vergonha para os orientais, o que
impede qualquer ato corrupto.

26. A hora da estrela

Talvez tenha sido este o primeiro filme brasileiro que
vi. Aprendi depois que [a diretora] Suzana Amaral teve
nove filhos antes de embarcar para Nova Yorque, onde
estudou cinema. “Descobri o Brasil fora do Brasil”, ela
disse, falando da época em que se pôs a ler Clarice Lis-
pector [1920-77, autora do livro homônimo que inspirou
o filme]. Foi nos EUA também que tive o primeiro contato D i s p o n í ve l e m : < ht t p : / / rev i s t ae p o c a . g lo b o . c o m / Rev i s t a /
Epoca/1,,EMI11092-16165,00.html>. Acesso em: 12 dez. 2009.
com a grande Clarice, e foi por ela que descobri o Brasil:
o país de Macabéa [protagonista de “A Hora da Estrela”], Texto II
mas também o país de Clarice e de Suzana, uma terra de
[...] Há, também, uma grande defasagem salarial
cineastas, de escritores e de intelectuais pouco vista fora.
entre homens e mulheres, apesar de elas estarem
MOSER, Benjamin. A hora da estrela. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1312200903.htm>. Acesso
investindo mais em sua formação. Segundo pesquisa
em: 12 dez. 2009. do IBGE, realizada em janeiro de 2008, 60% das
Analise o uso da partícula “que” nestes trechos e mulheres que atuam no mercado de trabalho têm 11
assinale a opção correta: anos ou mais de estudo, enquanto a proporção de
homens com esse mesmo grau de instrução é de 52%.
a) Em “Talvez tenha sido este o primeiro filme brasi-
A remuneração média da mulher graduada, contudo,
leiro que vi”, a partícula retoma o termo “este”.
equivale a 60% dos ganhos do homem. “Não se trata
b) Em “Aprendi depois que [a diretora] Suzana Amaral
de um problema cultural das empresas, e sim de
teve nove filhos antes de embarcar para Nova
preconceito por parte de alguns indivíduos”, afirma
Yorque”, a partícula restringe o sentido do termo
William Bull, da consultoria de Recursos Humanos
“diretora”.
Mercer, de São Paulo. “É mais comum encontrar
X c) Em “’Descobri o Brasil fora do Brasil’, ela disse, falan- mulheres em cargos de gerência, diretoria e até
do da época em que se pôs a ler Clarice Lispector”, de presidente em companhias de cosméticos que
a partícula retoma o termo “época”. naquelas que lidam com negócios pesados, como
d) Em “Foi nos EUA também que tive o primeiro con- engenharia.” Beatriz Zanella Fett, presidente da
tato com a grande Clarice”, a partícula refere-se ao Business and Professional Women (BPW) de São
próprio autor do texto, Benjamin Moser. Paulo, entidade sem fins lucrativos presente em
24
 mais de cem países, que tem entre outros objetivos
trabalhar pela ascensão das mulheres no mundo dos
negócios, concorda. “Há muitas dificuldades para
certos empresários entenderem que devem remune-
rar igualmente homens e mulheres por atividades
iguais e que são desempenhadas com a mesma com-
petência”, afirma. “Isso passa por questões éticas,
por valores e princípios que são muito falados, mas
ainda pouco praticados.”
HIRATA, Lilian. Chega de perfumaria. Disponível em: <http://
revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI11085-16165,00.
html>. Acesso em: 12 dez. 2009.
Comparando os textos apresentados, é correto afirmar que:
a) o primeiro e o segundo textos corroboram a ideia de
que as mulheres ainda são prejudicadas no mercado
de trabalho;
X b) o segundo texto pode ser considerado uma ressalva
em relação ao primeiro, pois demonstra que as mu-
lheres estudam mais, entretanto não recebem mais
por isso;
c) os dois textos defendem o mesmo ponto de vista:
quanto maior o grau de escolaridade, maiores e
melhores oportunidades surgem;
d) o segundo texto é um complemento do primeiro,
pois concorda com as previsões feitas neste e
acrescenta novas informações sobre as mulheres no
mercado de trabalho;
e) os dois textos não se relacionam, pois um trata da
relação entre estudo e desemprego e o outro das
diferenças salariais entre homens e mulheres.
28. Parte da Mata Atlântica
do Litoral do Paraná será recuperada
O Projeto Serra Nativa irá recuperar uma área de 1 300
hectares, em Morretes. O local passará por um processo
de regeneração ambiental, no qual serão retiradas as
espécies invasoras, como o pínus, e no lugar serão
plantadas espécies nativas, [...].
LEITÓLES, Fernanda. Parte da Mata Atlântica do Litoral do Paraná
será recuperada. RPC, 11 dez. 2009. Disponível em: <http://
portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.
phtml?tl=1&id=953898&tit=-Parte-da-Mata-Atlantica-do-Litoral-
do-Parana-sera-recuperada>. Acesso em: 12 dez. 2009.
Observe o fragmento destacado no texto. A única
opção que não pode substituir adequadamente essa
passagem é:
a) retirando as espécies invasoras;
b) ao retirar as espécies invasoras;
X c) cuja retirada das espécies invasoras;
d) retiradas as espécies invasoras;
e) com a retirada das espécies invasoras.
29.
Artistas, políticos e escroques famosos batiam à minha
porta, mas eu me dava ao luxo de atender somente
personagens tão obscuros quanto eu mesmo. Clientes
que me lembravam aqueles da sala três por quatro do
centro da cidade, exceto por serem ricos o suficiente
para pagar o cachê extorsivo que o Álvaro estipulava,
além de custearem a tiragem do livro para distribuição
entre parentes e amigos. [...]
Minha produção era então copiosa, e já às vésperas de
partir para a Turquia tinha me comprometido a pôr em
livro as aventuras cariocas de um executivo alemão,
que agora me aguardava na agência. Mas eu estava
com preguiça, vim pela praia devagar, vim olhando
as meninas de bicicleta, parei para tomar um coco,
quase dormi em cima do balcão, e quando cheguei o
alemão tinha acabado de ir embora.
Fiquei um tempo plantado na recepção, sem saber o que
fazer, e a voz aguda do Álvaro atravessava as paredes:
mas a ideia de distribuir laranjas foi do governador...
aí teria que numerar todos os cavalos... claro, ninguém
pega herpes pelo telefone... o.k., cara, se você quiser, eu
providencio uma tréplica... então vamos deixar para lá,
tchau tchau... alô!... A recepcionista queria me anunciar
ao Álvaro, mas não precisava, era muita a preguiça, era
o fuso horário, era o jet lag, era vontade de ir para casa.
BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras,
2003. p. 25.
O romance Budapeste, de Chico Buarque, relata a
história de um ghost writer, pessoa que ganha a vida
escrevendo textos por encomenda para outras pessoas.
Considerando a leitura desse fragmento, pode-se afirmar
sobre o foco narrativo que:
X a) o narrador-personagem conta as suas próprias me-
mórias em linguagem coloquial, como se observa
em “eu me dava ao luxo de atender somente per-
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
sonagens tão obscuros quanto eu mesmo”;
b) o narrador-observador relata a história do persona-
gem sem apresentar o seu ponto de vista sobre as
cenas apresentadas, como se observa em “Mas eu
estava com preguiça, vim pela praia devagar, vim
olhando as meninas de bicicleta”;
c) o narrador-onisciente conta a história do persona-
gem apresentando a sua voz interior, seu fluxo de
consciência, como se observa em “Minha produção
era então copiosa, e já às vésperas de partir para a
Turquia tinha me comprometido a pôr em livros”;
d) o narrador-personagem relata a sua própria vida por
meio de uma linguagem rebuscada, como se observa
em: “Clientes que me lembravam aqueles da sala três
Volume 6
por quatro do centro da cidade, exceto por serem
ricos o suficiente para pagar o cachê extorsivo que
o Álvaro estipulava”;
25
 e) o narrador-observador se resume a descrever as
cenas vividas pelo personagem por meio de uma
linguagem seca e objetiva, como se observa em
“Fiquei um tempo plantado na recepção, sem saber
o que fazer e a voz aguda de Álvaro atravessava as
paredes”.
30.
As pessoas que caminhavam pela praça naquele mo-
mento eram, na maioria, negros, escravos ou mestiços
trabalhadores.
Da janela, Gregório de Matos acompanhou com os olhos
a passagem do governador entre as pessoas de diversos
mundos e reinos diferentes. Renóis, que chamavam
de Maganos, fugidas de seu país ou degredados de
seus reinos por terem cometido crimes, pobres que
não tinham o que comer em sua terra, ambiciosos,
aventureiros, ingênuos, desonestos, desesperançados,
cessavam sem parar no cais da colônia. Alguns chega-
vam em extrema miséria, descalços, rotos, despidos,
e pouco tempo depois retornavam, ricos, com casas
alugadas, dinheiro e navios. Mesmo os que não tinham
eira nem beira, nem engenho, nem amiga, vestiam
seda, punham polvilho.
MIRANDA, Ana. Boca do inferno. São Paulo: Companhia das Letras,
1989. p. 2.
Analise esse trecho e assinale a opção que descreve
corretamente a corrente da literatura contemporânea
a que ele pertence:
a) Realismo Feroz ou Ultrarrealismo, pois tem, como
tema principal, a violência urbana, além de tra-
balhar com a técnica do impacto, emprestada do
jornal, do cinema e da televisão.
b) Regionalista, influenciada pela produção literária
da década de 30, que produziu uma literatura poli-
tizada voltada para a denúncia social e econômica
das classes menos abastadas.
X c) Novo romance historiográfico, caracterizado pela
recriação de episódios históricos, com o intuito de
subverter as fronteiras entre Literatura e História,
ficção e realidade.
d) Correntes imigratórias, pois retrata a tradição, os
conflitos e as experiências dos imigrantes e seus
descendentes no Brasil, construindo um multifa-
cetado painel de diferentes correntes imigratórias
que aportaram no Brasil.
e) Metalinguística, que se preocupa em questionar o
próprio universo ficcional, desconstruindo a narra-
tiva tradicional, manejando a intertextualidade, a
colagem e a montagem.
31. “O que foi feito dos corpos?”
Estávamos no escritório da holding que controlava a
Pleasure, a Fun e a Fastfood.
26
“Que corpos?”
“Hermes e Amândio.”
“Nem me lembrava mais disso. Já se passou tanto
tempo”, disse Nariz de Ferro. “Bem, naquele dia,
quando vi que os dois estavam mortos, peguei o tele-
fone e liguei para uma pessoa dar sumiço nos corpos.
Nenhum problema.”
“Nenhum problema?” quis ser irônico, mas não consegui.
“Aquele Hermes era bom, mas deu azar com o Fuentes.
Ele veio para uma luta de esgrima, coisa de artista.
Pegou aquele boliviano e [...]”
“Não saiu nada nos jornais”, eu disse.
“Foram enterrados como indigentes. Ninguém faz
perguntas, um mendigo morto é melhor do que um
vivo, e um mendigo enterrado melhor ainda.”
“Mas Amândio era seu amigo, você deixou...”
“Estava morto. Não era amigo de ninguém. Não sofria mais,
não sabia de nada mais. Um morto está fora de tudo.”
“E Fuentes?”, perguntei.
“Acho que casou. Sumiu. O Brasil é grande.”
“E você sabe o que aconteceu com Lima Prado?”
“Só sei o que saiu nos jornais, naquela época. E o
que os sócios dele – os meus sócios – disseram. Foi
realmente uma coisa surpreendente.”
O rosto de Nariz de Ferro não dizia coisa alguma. Ele
podia estar mentindo. Ou não.
“E o tal filme em videocassete?”
“Não tinha nada nele. Coloquei no aparelho e só apa-
receram aqueles risquinhos. Nada.”
FONSECA, Rubem. A grande arte. São Paulo: Companhia das Letras,
1990. p. 295.
Analisando o tema e a composição do texto, é correto
afirmar que Rubem Fonseca:
X a) retrata, em estilo seco e direto, personagens mar-
ginais, como ladrões e assassinos em situação de
violência cotidiana;
b) relata a história de vida do próprio autor, mistu-
rando ficção e realidade por meio de uma narrativa
metalinguística;
c) em estilo grandiloquente, retrata os problemas
sociais das classes sociais menos abastadas dos
grandes centros urbanos;
d) descreve a vida das classes marginais sem se posi-
cionar diante dos problemas retratados;
e) faz uma denúncia dos problemas sociais vividos
pelos homens marginalizados do Nordeste brasi-
leiro, que sofrem com a seca e a fome.
 Ciências Humanas e suas Tecnologias

1. O mapa a seguir representa os conflitos (litígios) entre os membros da Organização Mundial de Comércio:

Fonte: ORGANIZAÇÃO Mundial do Comércio. Disponível em: <http://www.wto.org/english/tratop_e/dispu_e/dispu_maps_e.htm>.

Acesso em: 31 out. 2009.
De acordo com o mapa:
a) os países que mais apresentam conflitos (litígios) são os do Sul desenvolvido;
b) os países que mais apresentam conflitos (litígios) são os do Norte subdesenvolvido;
c) o Brasil e a Austrália são os países que mais apresentam conflitos (litígios), principalmente referentes à indústria
aeronáutica;
X d) os Estados Unidos e a União Europeia apresentam o maior número de conflitos com outros países da OMC;

Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM

e) os países do continente africano apresentam um grande número de conflitos porque são os principais agentes do
comércio internacional.
2.
O Brasil enfrenta diversos desafios para o comércio exterior, dentre eles o destaque está na participação no bloco econômico
do Mercosul, que impossibilita a realização de diversos acordos comerciais entre o país e outras nações do globo. [...]
NAPPI, Karina. Governo tenta fechar acordos sanitários para exportar mais. Diário Indústria Comércio e Serviços. Disponível em: <http://www.
dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=305355&editoria=>. Acesso em: 31 out. 2009.
O Mercosul está estruturado como:
a) uma união econômica e monetária, em que há livre circulação de mercadorias, capitais, população, serviços e
adoção de uma moeda comum;
b) uma zona de livre comércio, na qual foram estabelecidas tarifas comerciais mais baixas que de outros países;
X c) uma união aduaneira, em que ocorre uma tarifa externa comum, regulamentando o processo de exportação e
importação entre os países-membros;
Volume 6

d) um mercado comum, em que é adotada uma única moeda nacional, no caso, o real;
e) uma zona de preferência tarifária, em que ocorre a redução ou eliminação das barreiras comerciais entre os países-
-membros.
27
 3.
Os irmãos gêmeos Pedro e Paulo eram simetricamente
contrários, tendo, inclusive, brigado no útero materno.
Nasceram em 7 de abril de 1831: dia em que Pedro I caiu
do trono, diria Paulo; dia em que Sua Majestade subiu
ao trono, comentava Pedro, referindo-se à elevação de
Pedro II. A abolição em 1888 era para Pedro um ato de
justiça e, para Paulo, um sinal do início da revolução.
Pedro e Paulo nasceram, na verdade, em 1904, junto com
o livro Esaú e Jacó, romance da chamada fase realista de
Machado de Assis. Nele, o autor mistura, como de costu-
me, esferas públicas e privadas, ao traçar a psicologia de
seus personagens em meio aos acontecimentos políticos
da sua época, desafiando a comédia política do período.
SCHAWRCZ, Lilia Moritz. Drama cívico entre bolachas e cafezi-
nho. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/v2/
home/?go=detalhe&id=699>. Acesso em: 12 nov. 2009.
Sobre o texto, é incorreto afirmar que:
a) Pedro e Paulo nasceram no dia da abdicação de
D. Pedro I, que teve a sua manutenção no poder
comprometida pelo assassinato do jornalista Líbero
Badaró;
b) Pedro era monarquista e Paulo republicano;
c) Para Pedro, a abolição era um sinal de justiça; para
Paulo, parte do processo de mudança da monarquia
para a república;
X d) Pedro e Paulo eram personagens que representavam,
para Machado de Assis, a situação de profundas
mudanças estruturais que o Brasil vivia na época;
e) Machado de Assis fez uma analogia entre as diver-
gências monarquistas e republicanas e uma briga
entre irmãos.
4.
O período entre o retorno de D. Pedro I a Portugal em
1831 e o fim da guerra do Paraguai em 1870 é funda-
mentalmente a história de divisões no interior da elite
brasileira quanto aos princípios básicos pelos quais o
Brasil deveria ser governado. Essas divisões refletiram-
-se primeiro numa série de revoltas durante a Regência,
que foram atenuadas, mas certamente não extintas no
período que se seguiu à coroação de D. Pedro II em 1840.
Em boa parte por causa da personalidade cativante de
D. Pedro II e por sua concepção pragmática de governo,
esse foi um período de cooperação entre a Coroa e a oli-
garquia de fazendeiros de café, cujo produto estimulava
o crescimento econômico e fornecia à Coroa ganhos dos
quais ela necessitava muito para reduzir sua dívida com
os britânicos. Essa tranquilidade foi abalada em 1864 pela
guerra entre o Brasil e o Paraguai, seu vizinho a sudoeste
– uma guerra que aumentou a dívida do Brasil com os
britânicos, reabriu divisões na elite quanto à forma de
governo no Brasil, aumentou as dúvidas do país sobre a
duração da escravidão e abalou a fé brasileira de modo
28
mais geral em sua força como nação. O imperador, por
outro lado, [...] via, então, a vitória no Paraguai como
prova de que o Brasil ganhava finalmente o respeito
tanto do Velho como do Novo Mundo.
SKIDMORE, Thomas E. Uma História do Brasil. Tradução de Raul
Fiker. São Paulo: Paz e Terra, 2003. p. 164.
Considerando seus conhecimentos e a leitura desse
texto, assinale a alternativa correta:
a) A elite brasileira utilizou o período que iniciou em
1831 até o final da Guerra do Paraguai para con-
quistar o poder no Brasil.
b) As revoltas que ocorreram, no período da regência,
eram exclusivamente de ordem separatista, produ-
zidas contra a excessiva centralização política dos
regentes e foram extintas por causa da personali-
dade cativante de D. Pedro II.
X c) As altas dívidas com os britânicos acumulavam-se
desde a Independência e aumentaram com os em-
préstimos ingleses para financiar a guerra.
d) A necessidade de prolongar a escravidão decorreu da
Guerra do Paraguai, já que os militares consideraram
importante a participação de escravos e a manuten-
ção desse possível exército em situação cativa.
e) A vitória na Guerra do Paraguai demonstrou a supe-
rioridade da monarquia brasileira sobre as repúblicas
latinas.
5. Leia este texto que se refere ao Segundo Império bra-
sileiro:
A presença dos índios nas representações oficiais
representa um capítulo à parte. Impossibilitado, pela
escravidão, de vender a imagem de “harmonia racial”
(como hoje se faz no Brasil), o discurso oficial procurou
estimular uma literatura nacional romântica, porém
autônoma, sob os moldes do indigenismo. O intuito era
o de criar um passado e buscar continuidades temporais
e uma antiguidade para a jovem nação, o que significava
um retorno ao “bom selvagem” de Rousseau.
Sabia-se muito pouco sobre os indígenas, mas na lite-
ratura ferviam os romances épicos que traziam indígenas
heroicos, em amores silvestres com a floresta virgem como
paisagem. Estas imagens seriam recorrentes e para isto
o próprio D. Pedro II contribuiria, distribuindo imagens
oficiais onde apareceria ladeado de indígenas, flores e
árvores tropicais, além de ramos de café e tabaco, alguns
dos principais produtos exportados pelo Brasil na época.
Disponível em: <http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=17272&op
=all>. Acesso em: 16 nov. 2009.
A leitura do texto demonstra:
X a) a criação de um passado honrado para o Brasil, valo-
rizando uma imagem romantizada e harmonioza do
indígena e dos portugueses e omitindo a existência
do africano como componente da cultura brasileira;
 b) o discurso de uma democracia racial, exaltando
tanto portugueses quanto africanos e indígenas,
que persiste no Brasil até os dias atuais;
c) a busca de um passado selvagem, baseado no mito
do bom selvagem de Rousseau, para justificar a
violência durante o Império;
d) a valorização do Brasil durante o Segundo Impé-
rio como modelo de desenvolvimento econômico,
utilizando-se da imagem de D. Pedro II para reforçar
essa condição;
e) a busca de uma identidade cultural brasileira, por meio
de um profundo conhecimento e detalhamento da vida
indígena, que aparecia em romances épicos indígenas.
6.
No binômio "economia & meio ambiente", percebemos
que tanto os economistas como os ambientalistas ainda
não chegaram a um denominador comum visando a
pacificação do embate entre desenvolvimento e preser-
vação ambiental. O pensamento econômico desenvolveu
correntes nessa tentativa que até então não logrou êxi-
to, pois continua com o chamado pensamento “ou-ou”,
de um lado o crescimento zero, de outro a exploração
contínua e mercenária dos bens naturais, colocando a
tecnologia como “remédio de todos os males”.
SUITER, Heráclito Ney. O direito e o embate entre desenvolvimento
8.
econômico e proteção ambiental. Disponível em: <http://www.
webartigos.com/articles/21241/1/o-direito-e-o-embate-entre-desen-
volvimento-economico-e-protecao-ambiental/pagina1.html>. Acesso
em: 31 out. 2009.
Com base no texto acima e na situação atual do embate
entre preservação ambiental e produção econômica,
infere-se que:
X a) o mercado ainda aproveita a onda ambientalista
com o único objetivo de lucrar financeiramente;
b) essa discussão não é importante, pois recursos
naturais, como a água e o solo, não estão sofrendo
pressão das populações dos diversos países do globo;
c) o investimento em educação de um povo não resolve
o problema entre a preservação e a produção, só
aprofunda o abismo entre países pobres e ricos;
d) a sociedade não pode minimizar os efeitos das
agressões ao ambiente, pois depende exclusivamente
do setor estatal;
e) as políticas existentes, principalmente nos países
mais ricos, são totalmente eficientes no que diz
respeito à preservação dos recursos naturais e à
produção econômica.
7.
Não foi em vão que o nosso Estado realizou o milagre
da união sagrada.
É preciso que cada um de seus filhos seja um soldado
da grande causa.
Rio Grande, de pé, pelo Brasil! Não poderás falhar ao
teu destino heroico!
COMEÇOU a Revolução de 30 (1930). Disponível em: <http://www.
franklinmartins.com.br/estacao_historia_artigo.php?titulo=comecou-
a-revolucao-de-30-1930>. Acesso em: 01 nov. 2009.
O documento citado é parte do discurso de Getúlio
Vargas, que deflagrou a Revolução de 1930 e encerrou o
período histórico conhecido como República Velha. Os
governos das oligarquias cafeeiras já davam mostras de
que a fórmula política de Minas Gerais e de São Paulo
caminhava para o esgotamento. Demonstração(ções)
desse esgotamento pode(m) ser considerada(s):
a) as divergências entre São Paulo e Minas Gerais na es-
colha do candidato à sucessão de Júlio Prestes e que
resultaram na candidatura de João Pessoa da Paraíba;
b) a Revolta da Armada, que já demonstrava o desconten-
tamento do Exército com as repúblicas oligárquicas;
c) a campanha civilista de Rui Barbosa que, apesar de
fracassada, foi marcante por questionar os sucessi-
vos governos militares na Presidência da República;
X d) os movimentos tenentistas que provocaram diversas
rebeliões durante a década de 1920;
e) as diversas tentativas do Rio Grande do Sul de ter
um presidente da República, já que sempre fora
impedido pelas oligarquias cafeeiras.
O Terceiro Setor é assim chamado porque engloba
instituições com fins públicos, porém de caráter priva-
do, que não se enquadram, portanto, no Primeiro Setor
(Estado). São regidas pelo direito privado, mas não
possuem objetivos mercantis, também não sendo quali-
ficadas como instituições do Segundo Setor (Mercado).
Fazem parte do denominado espaço público não estatal.
Qualificam-se como entidades do Terceiro Setor as
ONGs, associações, fundações, entidades de assistên-
cia social, educação, saúde, esporte, meio ambiente,
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
cultura, ciência e tecnologia, entre outras várias
organizações da sociedade civil. [...]
Segundo pesquisadores da John Hopkins Univer-
sity, dos Estados Unidos, o Terceiro Setor é a oitava
força econômica mundial, movimentando 1,1 trilhão
de dólares por ano, gerando aproximadamente 10,4
milhões de empregos. O economista Lester Salamon,
da mesma universidade, coordenou uma pesquisa
em 22 países, incluindo o Brasil, que concluiu que
o segmento gira 1,1 trilhão de dólares, empregando
19 milhões de pessoas, excluindo-se os voluntários.
O Conselho da Comunidade Solidária informa que o
Terceiro Setor no Brasil conta com aproximadamente
250 000 entidades, empregando 1,5 milhão de pessoas
Volume 6
e 12 milhões de voluntários.
INFORMAÇÕES sobre o Terceiro Setor. Disponível em: <http://
www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.
html&conteudo=./gestao/terceirosetor.html>. Acesso em: 01 nov. 2009.
29
 Sobre o Terceiro Setor, é correto afirmar que:
X a) apesar de terem sido feitas algumas pesquisas por
grandes universidades mundiais, ocorre uma falta
de coerência em informações, como cifras, número
de instituições e quantidade de trabalhadores re-
munerados e voluntários;
b) todas as instituições estão voltadas somente para
as questões ambientais, ficando de lado questões,
como analfabetismo, racismo, entre outras;
c) houve o crescimento do Terceiro Setor no mundo
porque os governos dos países investem nele recur-
sos financeiros e humanos;
d) no Brasil, todas as entidades estão cadastradas no
Ministério do Planejamento, pois é esse ministério
que libera a verba para que essas entidades possam
funcionar;
e) todas as entidades pertencentes ao Terceiro Setor
têm fins lucrativos e reinvestem seus lucros em ou-
tras atividades (ações) de empresas estatais, como a
Petrobras.
9.
O governo do Estado Novo foi centralizador, ou seja,
concentrou no governo federal a tomada de decisões
antes partilhada com os estados, e autoritário, ou seja,
entregou ao Poder Executivo atribuições anteriormente
divididas com o Legislativo. Sua ideologia recuperou
práticas políticas autoritárias que pertenciam à tra-
dição brasileira, mas também incorporou outras mais
modernas, que faziam da propaganda e da educação
instrumentos de adaptação do homem à nova realidade
social. [...]
ESTADO Novo e fascismo. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br/
nav_historia/htm/anos37-45/ev_poladm_estadonovo.htm>. Acesso
em: 01 nov. 2009.
Sobre o texto, é incorreto afirmar que:
a) o governo do Estado Novo foi marcado pelo predo-
mínio do poder Executivo sobre o Legislativo;
b) a ideologia autoritária era uma tradição da política
brasileira, e esta tendência pode ser perceptível, por
exemplo, quando D. Pedro I outorgou a Constituição
de 1824;
c) entre os mecanismos de propaganda incorporados
ao governo do Estado Novo, consta a incorporação
do rádio como veículo de diálogo entre o presidente
e os cidadãos;
d) a educação voltou-se para o nacionalismo, com a
proibição do funcionamento de escolas de imigran-
tes alemãs no sul do Brasil;
X e) a marca da modernidade do Estado Novo pode ser
exemplificada pelo voto feminino, que foi incorpo-
rado na Constituição de 1937.
30
10. Avanço científico não é o vilão do desemprego
No início da industrialização e do crescimento da
tomada da tecnologia era comum a especulação sobre
o avanço científico acabar por desaparecer com grande
quantidade de empregos. O grande vilão da tecnologia
seria destruir o trabalho do homem e colocar máquinas
operando em seu lugar que dariam muito mais produ-
tividade e lucro. Esse medo poderia ser justificado em
razão dos investimentos da área científica que normal-
mente partem de grandes grupos e corporações. [...]
Além de não ser o vilão do desemprego, a tecnologia
também oferece alternativas para solucionar este proble-
ma como a criação de postos de trabalho ligados direta
ou indiretamente à pesquisa e de meios alternativos que
surgiram a partir de avanços como a internet, que cria
novos postos de trabalho a cada ano e reinventa formas
tradicionais de trabalho. [...]
SILVA, Andrea Cristina. Avanço científico não é o vilão do desempre-
go. Núcleo José Reis de Divulgação Científica da ECA/USP, São
Paulo, ano 6, n. 34, set./out. 2006. Disponível em: <http://www.eca.
usp.br/njr/voxscientiae/avanco_ciencia_desemprego_andrea_silva.
html>. Acesso em: 29 out. 2009.
O tipo de desemprego citado no texto é o:
a) conjuntural, que está ligado às alterações de ritmo
de atividade econômica, durante as flutuações da
economia;
b) estrutural, que ocorre, por exemplo, quando uma
pessoa, por não estar muito satisfeita, sai de um
emprego em busca de outro;
c) sazonal, que ocorre apenas em determinadas épocas
do ano, como no Natal;
X d) estrutural, que ocorre pelas mudanças das tecno-
logias de produção ou dos padrões de demanda dos
consumidores;
e) friccional, que está ligado ao desajuste entre a oferta
e a demanda de emprego.
11.
A constituição de polos tecnológicos é um dos primeiros
arranjos urbanos próprios da sociedade da informação.
A exemplo de Silicon Valley, nos Estados Unidos, ou
Sophia-Antipolis, na França, os primeiros polos tecnoló-
gicos foram implantados a distâncias médias de grandes
centros urbanos e foram, até certo ponto, responsáveis
pelo desenvolvimento de suas respectivas regiões.
CASTELLS, M.; HALL, P. Las tecnópolis del mundo: la formación de los
complejos industriales des siglo XXI. Madrid: Alianza Editorial, 1994.
IN: DUARTE, Fabio. Cidades inteligentes inovação tecnológica no meio
urbano. São Paulo em Perspectivas. São Paulo, vol. 19, n. 1, jan./mar.
2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
88392005000100011&script=sci_arttext>. Acesso em: 29 out. 2009.
Nesse contexto, tecnopolos são:
a) locais em que todo o investimento é estatal, estão
localizados próximos às cidades médias e pequenas
e a mão de obra não é qualificada;
 X b) locais de concentração de centros de pesquisas, uni-
versidades e empresas de tecnologia, que recebem
subsídios do governo e de empresas privadas e cuja
mão de obra é extremamente qualificada;
c) locais que correspondem às metrópoles, que têm
forte tradição cultural, militar e histórica;
d) locais de concentração de centro de pesquisas, uni-
versidades e empresas de tecnologia, que possuem
mais de dez milhões de habitantes e em que se
encontram as principais bolsas de valores do mundo;
e) locais com grande desenvolvimento científico, mas
com mão de obra não qualificada.
12.
São o maior grupo étnico do mundo que não dispõe
de um Estado próprio. Segundo a Sociedade de Povos
Ameaçados, vivem no mundo mais de 30 milhões deles.
Fontes calculam este número em até 45 milhões. A
grande maioria concentra-se na Turquia, mas também
há representantes deles no Irã, no Iraque e na Síria.
Disponível em: <http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3475269,00.
html>. Acesso em: 06 dez. 2009.
14.
Fonte: SMITH, Dan. Atlas dos conflitos mundiais. Tradução de Carmen
Olivieri e Regina Aparecida de Melo Garcia. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2007. p. 62.
O texto e o mapa estão se referindo à minoria:
a) chinesa, que habita o norte do Iraque;
b) turca, que habita o noroeste do Irã;
c) jordaniana, que habita o sul da Turquia;
X d) curda, que habita, principalmente, o norte do Iraque
e o sudeste da Turquia;
e) saudita, que habita o extremo nordeste da Síria.
13.
Não importa se eles são chamados de mercados emer-
gentes ou de economias em ascensão, o que acontece
é que esses países estão se tornando os novos pro-
tagonistas no palco da economia mundial. Munidos
do necessário para determinar os rumos econômicos
nas próximas décadas, eles se tornaram conhecidos
pela sigla BRIC. [...]
A sigla BRIC foi criada há alguns anos pelo banco
norte-americano de investimentos Goldman Sachs.
O economista-chefe do banco, Jim O’Neill, previu
naquele momento que, até o ano de 2050, os paí-
ses do BRIC iriam ultrapassar as nações do G7 em
relevância econômica. Hoje, O’Neill revida essa
previsão, apontando que isso já deverá acontecer
daqui a 20 anos.
CRISE acelera predominância econômica dos países do BRIC. Disponí-
vel em: <http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4611678,00.html>.
Acesso em: 06 dez. 2009.
Os países que compõem o BRIC são:
a) Brasil, Romênia, Indonésia e Canadá;
b) Bélgica, Rússia, Irã e China;
c) Brasil, Rússia, Indonésia e Canadá;
X d) Brasil, Rússia, Índia e China;
e) Brasil, Rússia, Indonésia e China.
Primeiras eleições após independência
Os kosovares foram ontem, domingo, às urnas, pela
primeira vez desde a declaração de independência. O
escrutínio foi marcado pela participação de enclaves
sérvios na expectativa de melhorar as suas condições
e serem reconhecidos.
As eleições municipais de ontem no Kosovo são as
primeiras desde a proclamação da independência – a
17 fevereiro de 2008 – e constituem um teste deci-
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
sivo para as comunidades não albanesas, sobretudo
para a minoria sérvia, que não reconhece o novo
Estado. [...]
PRIMEIRAS eleições após independência. Jornal de Notícias,
16 nov. 2009. Disponível em: <http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/
Mundo/Interior.aspx?content_id=1421583>. Acesso em: 06 dez.
2009.
Assinale a alternativa que apresenta os motivos pe-
los quais a Sérvia não reconhece a independência de
Kosovo:
a) A região faz parte do chamado Crescente Fértil, e
a Sérvia não quer perder a maior área de produtos
alimentícios do país.
b) A Sérvia teme que a independência traga
Volume 6
imigrantes ilegais, principalmente africanos,
aumentando o risco do desemprego em outras
áreas do país.
31
 X c) As autoridades sérvias acreditam que o reco-
nhecimento da independência de Kosovo abriria
precedentes para disputas territoriais em outras
regiões.
d) Kosovo tem, em seu subsolo, grandes reservas de
petróleo, então, com o não reconhecimento de
sua independência, a Sérvia poderia continuar
explorando esse recurso e exportando para a
Rússia.
e) Em Kosovo, a maioria da população é de sérvios, e
a Sérvia não quer perder essa população eleitora.
15. Poder e influência dos EUA
no mundo vão cair, diz relatório
A influência e o poder dos Estados Unidos no planeta
podem cair de modo significativo nas próximas duas
décadas, sendo determinantes para abalar a posição
do país como primeira potência mundial. O alerta
foi feito pelo Conselho de Inteligência Nacional (NIC,
na sigla em inglês), um organismo que coordena o
trabalho de todas as agências de inteligência do país.
De acordo com a análise do NIC, divulgada nesta sexta-
-feira (21), o domínio econômico, militar e político de
Washington diminui de “maneira alarmante”.
PODER e influência dos EUA no mundo vão cair, diz relatório.
21 nov. 2008. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://portal.
rpc.com.br/gazetadopovo/mundo/conteudo.phtml?id=830470>.
Acesso em: 06 dez. 2009.
Sobre o declínio do poder e a influência dos Estados
Unidos no mundo, é possível afirmar que:
X a) países, como China, Rússia, Índia e Brasil, vão
crescer no cenário internacional, porém os Estados
Unidos manterão seu poder e sua influência no
mundo;
b) os Estados Unidos não perderão sua hegemonia
nunca, apesar da crise que o atingiu, e recuperará
seu poder em pouco tempo;
c) o euro deixará de comandar a economia mundial,
sendo substituído pelo iuan chinês, como moeda
corrente para transações comerciais;
d) o Japão, a Austrália e a China serão os novos polos
de poder mundiais;
e) a Rússia voltará a ser o maior país do mundo em
termos econômicos, militares e tecnológicos.
16. Hu Jintao discursa na Reunião de Cúpula
de Indústria e Comércio da Apec
O presidente chinês participou hoje (13) em Cin-
gapura da Reunião de Cúpula de Indústria e Comércio
da Organização de Cooperação Econômica (Apec, na
sigla em inglês) e proferiu um discurso.
Hu Jintao formulou uma proposta de quatro pon-
tos para total retomada da economia mundial. Ele
32
sugeriu que as diversas partes promovam a liberaliza-
ção e a facilitação do comércio e do investimento; a
integração econômica regional; a reforma do sistema
financeiro internacional; bem como a alteração dos
modos de desenvolvimento econômico.
Hu Jintao reiterou que, para enfrentar a crise
financeira internacional, a China adotou uma série
de medidas que vêm favorecendo o desenvolvimento
econômico estável e relativamente rápido do próprio
país, atenuando o impacto da crise financeira inter-
nacional, impulsionando a retomada do crescimento
econômico mundial e fornecendo mais oportunidades
para alavancar o progresso de outros países.
HU JINTAO discursa na Reunião de Cúpula de Indústria e Comércio
da Apec. 13 nov. 2009. Disponível em: <http://portuguese.cri.
cn/561/2009/11/13/1s115084.htm>. Acesso em: 10 dez. 2009.
As elevadas taxas de crescimento econômico da
China, nas últimas décadas, estão relacionadas a um
conjunto de fatores, como:
X a) inflação baixa, estabilidade cambial, investimen-
to em capital fixo e humano, elevadas taxas de
crescimento das exportações, baixo nível de endi-
vidamento externo e aumento no grau de abertura
comercial e financeira;
b) investimentos em elevadas taxas de crescimento das
importações, alto nível de endividamento externo e
aumento no grau de abertura comercial e financeira;
c) baixas taxas de crescimento das exportações, alto
nível de endividamento externo e inflação alta;
d) abertura comercial, investimento em mecanização
e reforma do sistema bancário;
e) reforma no sistema tributário, altas taxas de cres-
cimento das importações e mudança cambial.
17.
Um tiro no coração, informou Luís Costa em prantos.
Desliguei o telefone e corri para a oficina do jornal.
As emissoras de rádio transmitiam incessantemente
a notícia, e um clima de absoluta comoção se es-
praiava pelo país. Na oficina, encontrei operários
chorando, outros desmaiados. Lembrei-me, então, de
que a página com a manchete publicada na véspera
– SÓ MORTO SAIREI DO CATETE – continuava com-
posta em chumbo. [...] Aquela histórica primeira
página, contudo, permanecia intacta, e tive a ideia
de republicá-la exatamente como saíra na véspera,
mudando apenas alguns detalhes. Numa linha no
alto da página, escrevi: “Ele cumpriu a promessa.”
Abaixo da frase em que Getúlio prevenia que não
o tirariam vivo do palácio, descrevi o suicídio do
presidente da República.
WAINER, Samuel. Minha razão de viver: memórias de um repórter.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2005. p. 260.
 Sobre o dramático episódio narrado no texto acima,
podemos afirmar que:
a) na época do suicídio de Getúlio Vargas, havia uma
situação de instabilidade política no país, que
decorria da crise institucional, provocada pelo es-
tabelecimento do Estado Novo e da supressão das
liberdades políticas;
b) os momentos dramáticos narrados no texto foram
resultado da política populista de Getúlio Vargas
e dos excessivos benefícios concedidos aos traba-
lhadores, como férias remuneradas e 13.º salário,
que resultaram na oposição do empresariado
brasileiro;
c) a questão principal para a compreensão do suicí-
dio de Vargas está relacionada ao crime da Rua To-
neleiros, que resultou no assassinato do jornalista
Carlos Lacerda e, posteriormente, comprovou-se
que a ordem para o crime tinha partido do próprio
Presidente;
d) o episódio narrado encerrou a era Vargas e deu
condições aos militares de decretarem uma crise
institucional no país e tomarem o poder;
X e) o Presidente concedeu um aumento de 100% ao
salário mínimo e foi alvo de acusações de favore-
cer os seus amigos com empréstimos privilegiados.
Havia denúncias de que ele preparava um golpe
para se manter no poder por meio de uma repú-
blica sindicalista.
18. Conturbados foram os anos da década de 1950 e 1960.
O Brasil vivia sua plenitude democrática, passando
por um primeiro momento de sua história em que
as instituições políticas funcionavam com liberdade,
e tropeçava na instabilidade de seus governos. Um
suicídio, uma renúncia e a tentativa de impedimen-
to da posse de um vice-presidente – esse quadro
favoreceu o fortalecimento do pensamento militar
de serem eles os responsáveis pela manutenção das
instituições democráticas e de garantirem a estabi-
lidade política. Sobre esse período, que antecedeu
os acontecimentos de 31 de março de 1964, dia em
que os militares assumiram o comando da nação,
assinale a alternativa correta:
a) O regime político instituído no Brasil era o par-
lamentarismo, uma solução constitucional que
garantiu a posse do presidente João Goulart. Esse
regime, já utilizado no Brasil durante o Primeiro
Império, tornou o governo de Jango sem condi-
ções de governabilidade e resultou no golpe de
1964.
X b) O pensamento predominante no Exército era de
que o Brasil estava sendo dominado por políticos
comunistas, os quais utilizavam o populismo para
conquistar a adesão das massas. Esse sentimen-
to crescera entre as Forças Armadas a partir da
Intentona Comunista de 1935, e as propostas
de Reforma de Base, do presidente Jango, foram
vistas como de cunho socialista e serviam para
alardear não só o Exército, mas também grande
parte da sociedade, que se manifestou na "Marcha
da família com Deus pela liberdade".
c) João Goulart tinha seu nome associado aos políti-
cos mais influentes do passado recente no Brasil
da época, vice de Getúlio em 1945, Ministro do
Trabalho de Juscelino Kubitschek e, por fim, vice
de Jânio Quadros. Com forte relação com os polí-
ticos populistas, era identificado como herdeiro
político desses governantes, especialmente de
Getúlio Vargas.
d) Durante o governo de João Goulart, estenderam-
-se os direitos trabalhistas para os trabalhadores
do campo, por meio do Estatuto do Trabalhador
Rural. Essa postura favoreceu as ligas camponesas,
que defendiam os interesses dos trabalhadores
rurais e que formaram o MST – Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra – com o apoio do
Presidente.
e) O momento em que desencadeou o golpe militar
foi o anúncio das Reformas de Base, no Comício
das Reformas, pelo presidente João Goulart,
quando determinou um limite máximo para as
propriedades rurais e a desapropriação do exce-
dente para fins de reforma agrária. Esse primeiro
anúncio produziu boatos de que seria também
anunciada, posteriormente, uma reforma urbana,
o que levou a população à Marcha dos Cem Mil e
a apoiar o golpe militar.
19.
Quem ficara com a renda e a riqueza geradas pelo
Ensino Médio I Modular I Atividades – Padrão ENEM
rápido crescimento da década de 1970? Qualquer
visitante atento poderia dar uma resposta. Todas as
cidades grandes tiveram seu boom de construções,
especialmente de altos prédios de apartamentos. Os
mais bem situados “trabalhadores não manuais” (no
termo da demografia) estavam adquirindo moradias
luxuosas – ao menos em comparação com aquelas de
90% dos brasileiros.
SKIDMORE, Thomas E. Uma história do Brasil. Tradução de Raul
Fiker. São Paulo: Paz e Terra, 2003. p. 253.
Assinale a expressão atribuída à conjuntura dos
governantes militares que está relacionada ao texto:
X a) “O bolo deve crescer antes que possamos dividi-lo.”
Volume 6
– Delfim Neto.
b) “Brasil, ame-o ou deixe-o.” – Propaganda veiculada
durante o governo Médici.
33
 21.
c) “Eu me daria um tiro na nuca.” – João Batista
Figueiredo, quando questionado sobre o que faria
se ganhasse um salário mínimo.
d) “Esse é um país que vai pra frente.” – Dom e Ravel,
na música Brasil, eu te amo.
e) Num tempo página infeliz da nossa história/pas-
sagem desbotada na memória/Das nossas novas
gerações.” – Trecho da música Vai passar de Chico
Buarque, 1984.
20.
A inflação ultrapassava 1 700% por cento ao ano. A
maioria do eleitorado nunca havia votado para presi-
dente. Nas legendas, mais de 20 candidatos. Este era o
quadro das eleições de 1989, aguardada pela população
por 29 anos. [...]
Como se comportaria o eleitorado brasileiro? Votaria
com a razão ou com a paixão? Eleger um candidato
capaz de garantir a tão sonhada estabilidade econômica
seria a escolha mais racional dos eleitores em 1989. Mas
a paixão foi percebida por José Murilo de Carvalho logo
no início da campanha eleitoral, em artigo publicado no
Jornal do Brasil de 16 de julho. O mundo das paixões,
dizia o historiador, “se expressa na linguagem dos
sonhos, dos mitos, dos símbolos”.
MOTTA, Marly. A tão esperada eleição. Revista de História da Bi-
blioteca Nacional, Rio de Janeiro: Sabinov, p. 60, 2009.
A paixão superou a racionalidade, e o Brasil votou basea-
do em uma idealização política que foi representada por:
X a) um jovem político vindo do Alagoas, que incorpo-
rou em sua campanha elementos de jovialidade,
modernidade e vigor físico, aliado a um discurso
de libertar o país da corrupção;
b) um metalúrgico, sem formação política profissional
ou acadêmica, mas que representou o anseio popular
de assumir o poder e corrigir os desvios da política
exercida por políticos tradicionais;
c) um político aliado dos governos militares, mas que
o brasileiro acreditou ser capaz de restabelecer as
instituições democráticas do país, abaladas pelos
anos de governo autoritário;
d) um político tradicional, que já havia participado de
governos populistas, como de João Goulart, quando
exerceu o cargo de primeiro-ministro. A paixão
dos brasileiros se revelou nessa opção, já que esse
político estava acometido por uma grave doença, a
qual, inclusive, o impediu de tomar posse;
e) um sociólogo, que representou a esperança do povo
brasileiro em políticas voltadas aos diversos segmen-
tos sociais e à diversidade cultural brasileira, aliado
à esperança da solução da instabilidade econômica.
34
Em um mundo dividido entre o certo e o errado, en-
tre a corrupção e o favor, entre o bem e o mal, todos
aprovamos o que é certo, apoiamos o favor e queremos
ver o bem realizado. Mas o que dizer de um mundo em
que uma zona nebulosa nem sempre deixa claro o que
é certo e o que é errado? Ou em que o certo e o errado
dependem do contexto e das circunstâncias? [...]
O jeitinho brasileiro é importante em nossa so-
ciedade. Não apenas por ser muito difundido, mas
principalmente pelo fato de nos permitir entender
por que o Brasil tem tanta dificuldade em combater
a corrupção.
Numa interpretação complacente, o jeitinho é sempre
o instrumento que possibilita quebrar as regras. [...]
Essa zona cinzenta moral torna, em muitas situações,
difusa e imperceptível a linha divisória daquilo que é
(ou deveria ser) considerado errado. Adicionalmente,
se, por causa das circunstâncias e do contexto, regras
são quebradas para que determinadas pessoas sejam
beneficiadas, qual o limite para esse procedimento?
Por que ele não é tão errado quando se trata de uma
fila de banco, mas muito errado quando se trata do
dinheiro público? Nas duas situações ignorou-se um
princípio geral: a necessidade de se seguirem regras
e leis. A diferença entre ambos é de grau, mas não
de conteúdo.
ALMEIDA, Carlos Alberto. A cabeça do brasileiro. Rio de Janeiro:
Record, 2007. p. 45-48.
Por meio da leitura do texto, assinale a alternativa
incorreta:
a) O fato de o brasileiro considerar que determinados
favores recebidos são legítimos e não significam
uma postura incorreta resulta em uma tolerância à
corrupção.
b) Um pedido de favorecimento na vida privada, como
conseguir ser atendido antes em uma fila de banco
por ter algum conhecido, é a mesma postura de um
político que favorece algum amigo em uma licita-
ção, difere apenas em grau da postura dos políticos
corruptos, mas não em seu conteúdo.
X c) O jeitinho brasileiro demonstra que, na vida privada,
existe tolerância sobre quebrar regras enquanto, na
vida pública, existe rigor no combate à corrupção
dos políticos;
d) O jeitinho brasileiro e o uso do dinheiro público em
benefício privado demonstram a mesma situação de
descaso com leis e regras estabelecidas.
e) Existe dificuldade em se combater a corrupção no
Brasil, e essa tolerância está relacionada ao fato
de que algumas das práticas da vida pública são
aceitáveis na vida privada.