SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

RUA MANOEL ZACARIAS, 194

BAIRRO DAS GRAÇAS – ITAÚNA/MG
(37) 32436407

Produção
textual:
aluno-autor,
professor-leitor

2016
“Escrever é fácil:
Você começa
com uma letra maiúscula
e termina com um ponto final.
No meio você coloca ideias.”.

Pablo Neruda
 INTRODUÇÃO

A produção textual é uma prática social que acontece em diferentes

circunstâncias, portanto, produzir um texto não é a mesma coisa em diferentes
situações. O texto, portanto, deve estar adequado às características da situação em
que foi produzido.
Nós não falamos ou escrevemos palavras, nem frases, nem textos. Nós falamos
e escrevemos gêneros. Os textos que falamos e escrevemos nas diversas práticas
sociais de linguagem pertencem a gêneros adequados a cada situação comunicativa.
Portanto, antes de produzir um texto, devemos pensar na finalidade
(convencer, relatar, explicar, informar), nos interlocutores e seus papeis sociais
(professor, colega, mãe, pai, jornalista...), no lugar em que o texto circulará (na escola,
na imprensa, na internet), no portador onde será publicado (no mural da escola, na
revista...), na forma organizacional (características do texto), no estilo (nos recursos
que deverão ser utilizados).
Produzir texto é um desafio para as crianças, por várias razões: falta de
conhecimentos prévios acerca do tema ou assunto proposto, preguiça de organizar a
escrita, desconhecimento das características do gênero textual a ser produzido, falta
de identificação de um leitor real (destinatário), etc.
Exemplo disso é o fato de que, para crianças ainda é difícil se libertar dos
elementos coesivos que utilizam na fala quando vão produzir textos. O que as leva à
repetição de termos como “Daí”, “Aí” e “Então”.
Para nós, professores (as), também não é tarefa fácil avaliar tais produções,
pois isso significa intervir no processo criativo dos (as) alunos (as), ajudando-os no
desenvolvimento de suas potencialidades, na construção de textos adequados às
situações de comunicação e na aquisição de estratégias para que possam dizer bem
aquilo que têm a dizer.
Portanto, não seria exagero da nossa parte afirmar que produção, revisão e a
avaliação são tarefas penosas para os (as) professores (as), sobretudo nos anos iniciais
em que muitas habilidades da Língua Portuguesa ainda não foram plenamente
consolidadas.
 Falaremos um pouco sobre a produção propriamente dita e também sobre as
etapas de avaliação e revisão, sem pretensão de esgotar o assunto, pois sabemos que
isso não seria possível, dada a complexidade do assunto.
Avaliar e revisar textos são tarefas que demandam um trabalho de ir e vir às
produções, um diálogo permanente entre os (as) professores (as) e as crianças. Avaliar
uma produção textual, por exemplo, requer uma interação entre autor/texto/leitor,
interação marcada pela subjetividade que, tal como definida por Leal, “... é um
elemento inerente às atividades linguísticas de falar, ouvir, ler e escrever”.
A posição de avaliadores (as) de textos incomoda muito, uma vez que envolve
decisões pessoais como assinalar erros (de ortografia, de pontuação, de estruturas
linguísticas), de captar o sentido geral do texto, de valorizar o que as crianças
escreveram e de propor a revisão dos próprios textos.
Levando em conta o perfil de nossos (as) produtores (as) de texto (crianças de
sete a dez anos e com a habilidade de produzir textos ainda não consolidada
plenamente) e o fato de nós, professores (as), termos de auxiliar nessa tarefa nada
fácil, tomamos os atos de revisar e avaliar como um trabalho unificado. A revisão, na
verdade, é uma etapa da avaliação. Antes de propor a revisão de textos, é necessário
avaliá-los.
Esperamos que este material seja bastante útil para os professores (as),
contribuindo, em alguma medida, para facilitar o trabalho com produção textual.
1. A PRODUÇÃO DE TEXTO: forma, conteúdo e contexto

Escrever é, como já anunciamos anteriormente, produzir mensagens com

intencionalidade e destinatário real, em função das próprias necessidades e projetos.
Antes mesmo de propor às crianças a produção de um texto, é fundamental
fazê-las refletir sobre o que isso representa para elas: instigá-las a pensar, a buscar
informações, a trocar ideias sobre a situação de comunicação em que se encontra,
sobre os parâmetros dessa situação, qual o melhor tratamento para o destinatário,
que linguagem utilizar, etc. É dessa forma que as crianças aprendem a se situarem
como produtoras de texto, apropriando-se do código alfabético de forma real, como
defende Jolibert (1994).

1.1 O que é um texto bom?

Aprendemos com Simões1 que

...há uma tradição de exigência de textos “certinhos” da parte do leitor

natural destes textos: o professor. Contudo, nem sempre esta exigência
coincide com o grau de informatividade do texto em apreciação. Daí
resultarem controvérsias no que concerne à definição de texto bom e texto
ruim no contexto escolar. (2006, p.59)

1
SIMÕES, Darcília. Considerações sobre a fala e a escrita: fonologia em nova chave. São Paulo: Parábola
Editorial, 2006.
 De fato, um bom texto é aquele que está adequado às finalidades que lhe
foram colocadas, às possibilidades de compreensão do leitor presumido, às
características do gênero e também à obediência às regras gramaticais, considerando a
ideia de que se trata de crianças, ou seja, de produtores de textos ainda em formação.
Um bom texto seria, pois, aquele que apresenta maior legibilidade
(possibilidade de ser lido e compreendido) e maior grau de informatividade
(quantidade e qualidade de dados novos para o leitor). Portanto, não basta escrever
“certinho” para se garantir o conceito de bom texto. É necessário também que esse
texto manifeste condições mínimas de legibilidade (coerência e coesão), como
defende Simões (2006).
A produção textual deve ser motivada pelo contexto e pela situação de
interlocução, pois os textos não “brotam”, não surgem do vazio, o que torna
necessário o trabalho com leitura, com debate sobre o tema proposto, o levantamento
das características do gênero a ser produzido.

1.2 As dimensões do texto:

 Com o objetivo de instrumentalizar os professores para que possam
compreender os textos das crianças e avaliá-los adequadamente, recorremos a
algumas concepções e reflexões da autora Leiva Leal.
Leal aponta três dimensões que devem ser observadas durante a produção e a
correção do texto. São elas: a pragmática, a semântica e a gramatical. É sobre elas que
vamos falar um pouco.

a) A dimensão pragmática (também conhecida como comunicativa) refere-se às

condições de produção de um texto:

QUEM
ESCREVEU O
TEXTO?

EM FUNÇÃO DE
QUAL É A
QUE O AUTOR O SITUAÇÃO DE
ESCREVEU? COMUNICAÇÃO?

DIMENSÃO
PRAGMÁTICA

PARA QUE TIPO

QUE TEXTO FOI DE LEITOR O
PRODUZIDO? TEXTO FOI
ESCRITO?

COM QUE
OBJETIVO O
AUTOR ESCREVEU
O TEXTO?
 Essa adequação pragmática perpassa toda a produção textual, não sendo
identificada apenas em algum elemento textual e sim em um contexto de interação.
Leal alerta-nos sobre a existência de uma relação entre a estrutura semântica
do texto (organização do conteúdo) e a sua configuração formal (linguística e
apresentação gráfica). Segundo a autora, o que cada aluno(a) escreve revela um tipo
de mundo particular, sendo necessário levar em consideração a faixa etária e o
possível universo cognitivo e cultural dos alunos autores.

b) A dimensão semântica está relacionada à coerência que se constrói na interação

com o leitor; ela é processada globalmente. A significação do texto, como defende
Leal, não se encontra inerente ao texto, pois depende do contexto comunicativo,
dos conhecimentos prévios partilhados e do trabalho de cooperação na produção
de sentido.
Há três critérios relativos à coerência:

CONTINUIDADE

DIMENSÃO
SEMÂNTICA

PROGRESSÃO ARTICULAÇÃO
  a continuidade: diz respeito ao fio condutor, à ideia central;
 progressão: ajuda a não perder o “fio da meada”; faz o texto fluir; traz a
repetição que garante a manutenção do fio condutor. O texto deve se
desenvolver, acrescentar informações sobre o tema central;
 articulação: refere-se a encadeamento entre as partes, através das relações
lógico-semânticas de causa e consequência, de condição, de finalidade, de
temporalidade, etc. A articulação compõe, com a continuidade e a progressão,
a tessitura textual.

c) A terceira dimensão é a gramatical que diz respeito aos recursos linguísticos do

texto, sua função e relevância, sua inter-relação e possibilidade de sentido. Essa
dimensão está presente no nível da frase (na sintaxe) e no nível textual, nas relações
entre as frases, os parágrafos ou sequencias entre si (na coesão). Coesão e sintaxe não
são relações fixas, pois são compreendidas de maneiras diferentes pelos leitores. O
importante é que haja um equilíbrio entre os dois níveis.

NÍVEL TEXTUAL
(COESÃO)

DIMENSÃO
GRAMATICAL

NÍVEL DA FRASE
(SINTAXE)
 Para facilitar a avaliação da coesão textual, faz-se necessário compreender
alguns componentes da dimensão gramatical que são sinalizadores típicos da coesão
textual:

ARTICULADORES

RECURSOS
OPERADORES
ANAFÓRICOS E ARGUMENTATIVOS
CATAFÓRICOS

SINALIZADORES
DA COESÃO
TEXTUAL

TEMPOS E
PROCESSOS DE ASPECTOS
COESÃO VERBAIS

MODOS VERBAIS
E VERBOS
MODAIS

Vamos compreender cada um dos sinalizadores:

a) recursos anafóricos e catafóricos: provérbios e advérbios que remetem ou apontam

para elementos expressos em outra parte do texto. Exemplos:
O lugar era maravilhoso. Eu o visitei outras vezes. (o refere-se a lugar) – anáfora.
O cão seguia-o para todo o lado, reparou o rapaz. – catáfora (o refere-se a rapaz. –
catáfora)
b) articuladores: explicitam relações semânticas entre orações, frases, parágrafos e
partes do texto (conjunções e expressões como: por um lado/por outro lado; por
exemplo; em primeiro lugar; em segundo lugar. Exemplos:
c) operadores argumentativos: são marcadores como “até”, “apenas”, “inclusive” e
expressões como “na verdade”, “felizmente”, “talvez”, entre outros.

d) tempos e aspectos verbais: situam as informações textuais com relação ao

momento da produção (antes, durante e depois) e a importância dessas informações.

e) modos verbais e verbos modais: manifestam a avaliação do autor com respeito ao

estado de coisas expresso (o subjuntivo sinalizando hipótese ou possibilidade; como
poder ou dever ou dever indicando possibilidade ou necessidade).

f) processos de coesão: são muito importantes na tessitura do texto, porque auxiliam

na retomada de informações, acrescentam ao texto detalhes, imprimem-lhe novos
sentidos e também evitam repetições improdutivas.

Avaliar a coesão é verificar se os recursos acima estão ou não presentes no

texto, contribuindo desse modo para a sua fluência, a articulação e o bom
funcionamento do texto produzido.

1.3 A produção textual e a análise linguística

 A gramática não deve ser deixada de lado, mas é preciso considerar vários
outros aspectos que contribuem para a qualidade de um texto, como clareza,
objetividade, emprego de expressões adequadas ou riqueza de vocabulário. Depois de
trabalhar esses pontos, deve-se incentivar as crianças a incluírem a tarefa em sua
rotina e revisar, elas mesmas, o próprio texto.
Morais nos chama a atenção para o que foi uma ampliação do conceito de
“análise linguística” em comparação à antiga ideia de “gramática”. Segundo ele, ao
assumirmos o texto como unidade de ensino, incluímos na análise linguística os
conhecimentos relativos à correta notação escrita e ao domínio da norma linguística
de prestígio (língua padrão) e também os conhecimentos relativos à textualidade
(informatividade, coerência, coesão, uso da pontuação, paragrafação, etc.), ou seja,
aqueles conhecimentos que envolvem a internalização de recursos linguísticos que
permitem aos alunos compreender e produzir textos com eficiência.
Morais não poupa crítica ao ensino da chamada “gramática contextualizada”.
Segundo ele, o que se constata é que, muitas vezes, o que a escola chama de
“gramática contextualizada” é o velho ensino de nomenclaturas e classes gramaticais,
disfarçado, porque é feito “partindo do texto”, a “gramática tradicional com roupa
nova.”
No âmbito da textualidade, de acordo com as propriedades de cada gênero
textual, poderiam ser ressaltados: a organização, a informatividade, a coerência, a
coesão, a pontuação e a paragrafação, a seleção do léxico adequado, a utilização de
recursos gráficos e de formato que orientem a leitura. (BEAUGRANDE & DRESSLER,
1983)
Diante do que foi exposto acima, gostaríamos de insistir na ideia de que ao
avaliar as produções textuais dos alunos, os (as) professores (as) devem considerar
forma, conteúdo e contexto, tendo como foco as três dimensões (a pragmática, a
semântica e a gramatical). Também não podem esquecer que as crianças só evoluem
na produção textual se forem mediadas pelos (as) professores (as) que acabam
tornando-se coautores (as) do texto que as crianças produzem, sem, contudo,
desvirtuá-los.
2 AVALIAÇÃO E REVISÃO:

Em primeiro lugar, é importante dizer que o trabalho com a revisão merece um

planejamento por parte dos (as) professores (as), com vistas a gerar situações
significativas de interação pela escrita, nas quais uma proposta mais sistemática de
revisão possa ocorrer.
Revisar um texto é pensar sobre o que foi ou está sendo escrito e encontrar meios
para melhor dizer o que se deseja dizer, reelaborando e reescrevendo oque já foi
escrito, tendo por base as condições de produção textual (considerar os leitores/
interlocutores de seu texto, as suas intenções, a adequação à situação comunicativa
em que ele se insere).
Deve-se propor um trabalho de revisão textual que contribua, de fato, para a
formação de uma concepção de produção textual como um processo de idas e vindas
para reconstruir o que já foi e está sendo escrito.

2.1 O que é possível revisar nas produções escritas dos alunos?

Os aspectos que merecem ser considerados são:

a) a coerência (“sentido do que foi escrito”): a organização sequencial das ideias, a sua
articulação com o tema do texto, os recursos coesivos utilizados pelas crianças, o grau
de informatividade apresentado pelo texto, as possíveis ambiguidades e a pontuação;
b) a caligrafia, ortografia, uso de letras maiúsculas, separação de sílabas, uso de
parágrafos, concordância verbal e nominal, bem como aspectos ligados à configuração
espacial e organizacional do texto;
c) os aspectos relacionados à adequação do texto, às finalidades propostas, avaliando
o modo de dizer em função do(s) interlocutor(ES) pretendido(s), gênero textual e
possível portador para o texto a ser produzido.

IMPORTANTE: Embora interdependentes, é evidente que não será possível revisar

todos esses aspectos de uma só vez.
2.2 Por onde começar e o que priorizar no trabalho de revisão?

Morais defende que a coerência se constitui em um elemento primordial do

texto e, por essa razão, qualquer situação didática de revisão deverá,
necessariamente, começar por enfocar esse aspecto.
2.3 Como o professor pode conduzir o trabalho de revisão em sala de aula?
A sugestão é que os (as) professores (as) levem em consideração a situação de
escrita e o perfil dos produtores de texto, definindo se a atividade será coletiva, em
duplas ou individual.

2.4 Que condições são necessárias para que a criança exerça a atividade de revisão?

Os(as) professores devem garantir que elas tenham clareza das condições de
produção:
a) o gênero textual a ser produzido;
b) a quem será dirigido;
c) qual a finalidade do texto a ser escrito;
d) qual o suporte em que o texto será veiculado.

É fundamental que as crianças participem de atividades sistemáticas de

reflexão sobre a linguagem escrita e sua notação, de modo a ampliar o domínio sobre
seus usos e formas características. Ao possibilitar às crianças o acesso à leitura de uma
grande quantidade de textos bem escritos, os (as) professores(as) permitem uma
maior intimidade com a língua que se usa para escrever. O essencial é que as crianças
aprendam a reler, ou seja, que elas incorporem a atitude de retornar ao que foi escrito
e revisem esse escrito.
Os(as) professores(as) assumem o papel de intervirem nos textos das crianças,
compartilhando com elas a atividade de revisão como um elemento chave para a
formação de produtores de textos competentes, ou seja, produtores que, podem
elaborar e refletir sobre diferentes possibilidades da linguagem usada e analisar seus
efeitos sobre o interlocutor, tomando decisões sobre o que dizer e como melhor dizê-
lo.
3. OS TEXTOS PRODUZIDOS POR DUAS CRIANÇAS DO CICLO COMPLEMENTAR: relato
de experiência.

A CONSTRUÇÃO
DO TEXTO

IDEIA INFORMAÇÃO

INF IDEIA ARG

ARGUM INFORMAÇÃO ARGUMENTO

IDE INFORMAÇÃO ARGUMENTO IDEIA INFOR

INF IDEIA INFORMAÇÃO IDEIA

Uma professora do ciclo complementar realizou com sua turma de quarto ano
uma dinâmica que aprendeu num encontro de formação para professores(a) e
pedagogas, dinâmica que consiste na exploração dos cinco sentidos:

 Colocar os participantes assentados nas carteiras em “forma de meia lua” e

entregar recipientes contendo alguns alimentos para degustarem com os olhos
fechados;
 Da mesma forma, deixar que cheirem substâncias diversas;
 Entregar tecidos diferentes para que sintam a textura;
 Finalmente, mostrar algumas figuras de paisagens.
 A cada alimento, cheiro ou textura que for experimentada através dos sentidos,
o participante deverá escrever um sentimento ou sensação que aquilo
despertou nele.
 Decidiu realizar a dinâmica com as crianças: levou para a sala pipoca de micro-
ondas para as crianças degustarem e depois produzirem um texto contando sobre a
experiência.
Foram disponibilizadas duas produções de texto que utilizamos neste material.
Aproveitamos as produções para exemplificar que intervenção pode ser feita, com
vistas a ensinar as crianças revisarem seus textos e melhorarem suas produções.
Com o objeto de resguardar a identidade das crianças que produziram os
textos, o(a) professor(a) e a escola, escolhemos alguns codinomes. O nome dado à
escola é “Girassol”, à professora, “Maria” e às crianças produtoras dos textos, “Sofia” e
“Murilo”.
Apresentamos a seguir as produções textuais de Sofia e Murilo, a avaliação que
poderá ser feita pela professora cujas correções e sugestões se encontram nas
referências (nas notas de rodapé) e, finalmente, a reescrita dos textos.
Importante salientar que tivemos a preocupação de não desvirtuar os textos
produzidos pelos alunos e que as sugestões e correções apontadas são para os (as)
professores (as) compreenderem como poderia ser conduzida a avaliação. E mais:
enfatizamos que as produções, apesar de apresentarem muitos erros ortográficos, de
gramática, de concordância, possuem ideias boas acerca do tema e merecem ser
valorizadas.

3.1 A PRODUÇÃO DE SOFIA

Pipoca na Escola

Hoje na escola a minha professora Maria trouxe pipoca de microondas de

manteiga pra todo mundo da sala. Todos se divertiram comeram, e acharam o
máximo.
Depois a professora falou pra gente pra nos escrever oque a gente sente
quando comemos pipoca.
 Eu escrevi assim: fico imaginando que eu estou no cinema. Ela tem um
gostinho tão gostoso! Ela é tão salgadinha... ela tem gosto de óleo, milho, sal e
manteiga. Mas tem vários tipos de sabores de pipoca. O bão também da pipoca é
que ela derrete de vagarinho na boca de gente, e ela tem formato de várias coisas!
Mas, tem hora que pipoca muito enfarativa. Porque quando eu como muita...
muita... mais muitas pipoca, eu fico com o estomago doeno, fico com vontade de
vumitar.
Todos gostaram da pipoca, menos um que não gosta de pipoca de
manteiga. Ficaram todos felizes! Minha professo é o máximo! Eu amo ela, não
só porque ela trouxe pipoca, mais sim porque ela dança muito e tem qualidades
educadas. Quem queria ter uma professora assim? De todos os dias das aulas
até hoje, esta foi a mais legal de todas!

Esta é a primeira versão do texto produzido por Sofia. O(a) professor (a),
diante do texto da aluna, fará uma leitura e registrará no caderno tudo aquilo que for
digno de nota: os aspectos positivos (construções interessantes, empregos de
pronomes que garantam a repetição, etc.) e negativos (repetições desnecessárias, má
pontuação, etc.), sempre pensando naquilo que constitui o texto: a forma, o conteúdo
e o contexto.
A partir do que foi registrado, proporá a reescrita (revisão) do texto, que deve
acontecer de forma interativa. É importante que se tenha o cuidado de não alterar as
ideias apresentadas pela criança e de não desconsiderar o que ela escreveu.
Os(as) professores(as) devem compreender que um texto é produzido em
camadas (etapas) e que até se chegar à “obra-prima”, à versão final, deve ser revisado
sucessivamente.
Na prática, observamos que a visão tradicional leva professores(as) a
ressaltarem apenas a correção dos aspectos linguísticos pertinentes à norma padrão
culta, as questões relativas ao vocabulário, à ortografia, à pontuação, à paragrafação,
à concordância, ou seja, aspectos relacionados à forma.
Entretanto, há também os aspectos relacionados ao sentido do texto, à
coerência, ao conteúdo que o(a) autor(a) pretende veicular, às intenções
comunicativas do produtor de texto, aspectos que também devem ser considerados
pelos(as) professores(as) no ato de avaliar. Como já dissemos, é fundamental
considerar a forma, o conteúdo e o contexto, aspectos que compõem a produção
textual.

a) AVALIANDO A PRODUÇÃO TEXTUAL DE SOFIA

A seguir, apresentamos alguns comentários a respeito da produção textual de

Sofia que podem ajudar na revisão do texto das crianças. O importante nessa tarefa é,
como já dito, preservar ao máximo as ideias das crianças, ou seja, não desvirtuar os
textos que elas produzem.
Sabemos que isso é extremamente complicado para nós, mas é sempre bom
lembrar que as crianças ainda não são autoras autônomos e que a produção de textos
é um processo, portanto, jamais concluso.

Pipoca na Escola
Hoje na escola a minha professora Maria2 trouxe pipoca de microondas de manteiga pra todo
mundo da sala. Todos se divertiram3 comeram, e4 acharam o máximo.
Depois, a professora falou pra gente pra nos5 escrever oque6 a gente sente quando comemos7
pipoca.
Eu escrevi assim: fico imaginando que eu estou no cinema 8 Ela9 tem um gostinho tão gostoso!10
Ela é tão salgadinha11... ela12 tem gosto de óleo, milho, sal e manteiga. Mas13 tem14 vários tipos de15 sabores

2
A professora Maria apenas, sem o pronome possessivo.
3
Falta pontuação . No caso, a vírgula.
4
O “e” dispensa o uso da vírgula.
5
“Pra nos” é desnecessário. Retirar.
6
São duas palavras: o e que.
7
O correto é “come” (a gente come).
8
As reticências podem ser empregadas aqui. Convidam a imaginar o espaço e a transportar para esse
espaço.
9
Todo o parágrafo falará sobre a pipoca. É interessante iniciá-lo com o substantivo e não com o
pronome.
10
A sugestão é que se substitua o adjetivo “gostoso” por um de seu sinônimo “saboroso”. Poderia ser
também “delicioso”. Importante: trata-se de uma redundância (gostinho gostoso).
11
Cabe aqui o ponto de exclamação para dar ênfase. O “tão” pede o ponto de exclamação.
12
Para evitar repetição, retirar o pronome “Ela” e acrescentar “e”, indicando continuidade.
13
Pode-se colocar aqui “a pipoca” para facilitar a leitura e a compreensão de qual é o referente.
de pipoca. O bão16 também da pipoca é que ela derrete de vagarinho17 na boca de gente,18 e ela tem formato de
várias coisas!19 Mas,20 tem hora que pipoca muito enfarativa21. Porque quando eu como muita... muita...
mais22 muitas pipoca23, eu fico com o estomago24 doeno25, fico com vontade de vumitar26.
Todos gostaram da pipoca, menos um que não gosta de pipoca de manteiga. Ficaram todos
felizes! Minha professo27 é o máximo! Eu amo ela28, não só porque ela trouxe pipoca, mais sim29 porque ela
dança muito e tem qualidades educadas. Quem queria ter uma professora assim? De todos os dias das aulas
até hoje, esta foi a mais legal de todas!

b) A REESCRITA APÓS INTERVENÇÃO: aprimorando o texto da criança

Pipoca na Escola
Hoje, na escola, a minha professora Maria trouxe pipoca de microondas
de manteiga pra todo mundo da sala. Todos se divertiram, comeram e acharam
o máximo!
Depois, a professora falou pra gente escrever o que a gente sente quando
come pipoca.

14
“Tem” em vez de “há” ´é mais usual e representa uma marca de oralidade. Interessante que o
emprego do “mas” ajuda a garantir a continuidade e a articulação.
15
Pode-se retirar “tipos de”, pois não comprometerá a construção de sentido.
16
Temos aqui uma marca da oralidade que é muito interessante, pois garante, de certo modo, a
continuidade do texto. Substituir “bão” por “bom”, respeitando a língua padrão.
17
Palavra escrita de forma incorreta. Trata-se de uma só palavra: devagarinho.
18
Substituir a vírgula depois da palavra “gente” por ponto final.
19
Para garantir a coerência e a coesão, esta parte foi adicionada a outra parte, pois aqui compromete a
continuidade e prejudica a construção de sentido.
20
A conjunção “mas” é dispensável e sua retirada não altera o sentido.
21
A palavra “enfarativa” pode ser substituída por outra de sentido mais apropriado: “enjoativa", que
causa enjoo, ânsia de vômito.
22
Fantástica a construção: dá ideia de progressão (muita... muita...)
23
Substituir a palavras “muitas” por “muita”.
24
"Estômago" é a forma correta
25
Outra marca da oralidade (referente ao gerúndio) . A escrita reproduz a fala. Doendo e não “doeno”.
26
Outra marca da oralidade (a escrita como reprodução da fala).
27
“Professora” é a forma correta.
28
“a amo” é a forma correta.
29
“Mas também “ é mais adequado pois se trata de uma ideia adicionada a outra.
 Eu escrevi assim: fico imaginando que eu estou no cinema... A pipoca
tem um gostinho tão saboroso! Ela é tão salgadinha!... E tem gosto de óleo,
milho, sal e manteiga. A pipoca tem vários sabores e formatos. O bom também
da pipoca é que ela derrete de-va-ga-ri-nho na boca de gente.
Tem hora que pipoca é muito enjoativa. Porque quando eu como muita...
muita... mas muita pipoca, eu fico com o estômago doendo e com vontade de
vomitar.
Todos gostaram, menos um colegaque não gosta de pipoca de manteiga.
Ficaram tão felizes! Minha professora é o máximo! Eu a amo, não só porque ela
trouxe pipoca, mas também porque ela dança muito e tem muitas qualidades. Ser
educada, por exemplo. Quem não queria ter uma professora assim?
Da primeira aula que tivemos até a de hoje, esta foi a mais legal de
todas!

A professora deverá criar oportunidade para a criança perceber que suas ideias
foram preservadas e que há diferenças entre a primeira versão e a versão final apenas
na forma e na estrutura. Desse modo, o texto da criança é valorizado e ela se sentirá,
de fato, uma produtora de texto.

3.2. A PRODUÇÃO DE MURILO

Pipoca na Escola

Hoje na escola a professora chamada Maria trouche dois baudes de

pipocas toda a sexta-feira no final da ala ela dá suprerzinha só que hoje ela
resouvel comesar tudo aucontrario a suprerzinha a pipoca a primeira coisa dá
aula, a professora deu para toda as pessoas da sala de aula e mandou todo
descreverem o que sentiu da pipoca ela ficou tão feliz que todos forão criativos.
O que eu setir da pipoca eu sentir a pipoca com um gostinho de maetega,
é bem macia au mesmo tempo crocante, senti a cor da pipoca pela boca é
amarelada, para mim na minha imaginação a pipoca gosta de ser devorada para
conhecer dentro do noso corpo, a pipoca derrete na boca e vira uma limonada a
pipoca, na primeira vez que morde sai um vapor, ela tem muintos formatos eu já
achem um cachorro mais a maioria é nuve quando vejo um arvore imagino um
pipoca digante e imagino tambem eu dentro dela, a pipoca amarela parece um
queijo, tem um gostinho de manteiga parese que tomou um banho de manteiga, a
jente morde explode, paresse que flutua na boca, e leve e bonita, umas pipocas
tem um gostinho de sabão, ela é tão macia que gruda no dente, hoje todos os meus
colegas gotarão menos um, hoje fom um dos melhores dias da escola Maria é uma
da profesora mais melhores que eu ja tive.

Esta é a primeira versão do texto produzido por Murilo.

O (a) professor (a), após a leitura do texto de Murilo, registrará no caderno: os
aspectos positivos (construções interessantes, empregos de pronomes que garantam a
repetição, presença de elementos coesivos, etc.) e negativos (repetições
desnecessárias, má pontuação, a falta de organização das ideias etc.) e as alterações
que julgar pertinentes.
Podemos observar que Murilo tem muitas ideias, mas não conseguiu organizá-
las, de modo a tornar seu texto compreensível e com sentido. Cabe ao (à) professor(a)
ajudá-lo na organização das ideias. Antes de fazê-lo, porém, é fundamental avaliar e
registrar as observações para, a partir do que foi observado, propor a reescrita do
texto.
 A reescrita do texto é um momento extremamente favorável para que a criança
utilize os conhecimentos adquiridos e construa textos cada vez mais coesos, com boa
adequação e expressividade. Com certeza, a criança não é capaz de revisar seu texto
de forma autônoma, necessitando da ajuda do (a) professor (a).

a) AVALIANDO A PRODUÇÃO TEXTUAL DE MURILO

A seguir, apresentamos alguns comentários a respeito da produção textual de

Murilo que podem ajudar na revisão do texto.
Lembramos que as intervenções dependem do ano de escolaridade, a faixa
etária da criança e, é claro, da relação entre autor e leitor, pois se ela não for estreita e
favorável, poderá inibir a criança.
É preciso considerar o texto a partir de itens relacionados à adequação
conceitual (dimensões pragmática e semânticas) e adequação formal (dimensão
gramatical). Em relação à adequação formal, levar em conta a adequação ao tema
proposto, coerência (relação título-texto), continuidade, progressão (não-
circularidade), articulação, consistência argumentativa (pertinência, relevância de
argumento). Em relação à adequação formal, observar se há coesão (sinonímia,
operadores argumentativos, correlação de tempos e modos verbais), morfossintaxe
(períodos estruturados, concordância, regência, etc.), paragrafação e pontuação,
ortografia e acentuação.

Pipoca na Escola
Hoje na escola30 a professora chamada31 Maria trouche dois baudes32 de
pipocas 33 34toda a35 sexta-feira36 no final da ala37 ela dá suprerzinha 38 39só

30
A locução adverbial "na escola" deve vir entre vírgulas, separada no advérbio de tempo.
31
A palavra “chamada” é desnecessária, pois ele está falando da sua professora.
32
As formas corretas são: “trouche” e “baldes”.
33
Cabe aqui um ponto final, pois o aluno concluiu um pensamento.
34
Iniciar a frase com letra inicial maiúscula.
35
Não cabe “a” aqui; apenas “toda sexta-feira”. O artigo “a” muda o sentido da frase, portanto deve ser
retirado.
36
Cabe uma vírgula aqui.
37
A locução adverbial “no final da aula” deve vir entre vírgulas.
38
A escrita correta é ”surpresinha”. Cabe depois da palavra um ponto final.
que hoje ela resouvel comesar40 tudo aucontrario41 a suprerzinha42 a pipoca a
primeira coisa dá43 aula, a professora44 deu45 para toda46 as pessoas da sala
de aula e mandou todo47 descreverem48 o que sentiu da pipoca49 ela50 ficou tão
feliz que todos forão51 criativo.52
O que eu setir da pipoca eu sentir53 a pipoca com um gostinho de
maetega,54 ______________ é bem macia55 au56 mesmo tempo crocante,
_______________ senti a cor57 da pipoca pela boca é amarelada, para
mim58 na minha imaginação59 ______ a60 pipoca gosta de ser devorada para
conhecer dentro do noso corpo, a pipoca derrete na boca e vira uma limonada a
pipoca61, na primeira vez que morde _ sai um vapor,62 63
ela tem
muintos64 formatos65 66eu já achem67 um cachorro68 mais69 a maioria70 é nuve71

39
Legal! Temos aqui um elemento coesivo que garante a articulação de ideias: “Só que...” Iniciar com
letra maiúscula.
40
“resolveu” e “começar” são as formas corretas.
41
Temos aqui a junção de duas palavras: “ao contrário”. Cabe aqui um ponto final.
42
Já comentamos a respeito: surpresinha.
43
Não se trata do verbo “dar” e sim da preposição “de” + artigo “a” = da.
44
“A professora” pode ser substituída por “Maria” (continuidade temática).
45
A falta de elementos coesivos pode prejudicar a construção de sentido. Sugerimos uma reescrita para
que se possa corrigir isso. A falta da palavra “pipoca” (deu... ) pode comprometer a construção de
sentido. Poderia ser um “papel”, por exemplo.
46
Substituir “toda” por “todas”.
47
Substituir “todo” por “elas”.
48
“Descrevessem” e não “descreverem”.
49
Percebe-se que há erro de concordância. Faltou o ponto final.
50
A palavra deve ser escrita com letra inicial maiúscula.
51
“Foram” é o correto”.
52
Não há relação “causa e consequência”.
53
O verbo “sentir” deve estar no pretérito e não no infinitivo.
54
A escrita correta é “manteiga”. Cabe, depois da palavra, um ponto final.
55
Faltam elementos coesivos para estabelecer articulação de ideias.
56
“Ao” e não “au”.
57
Propor outra construção.
58
É desnecessário.
59
Usar letra inicial maiúscula. Aqui cabe também uma vírgula.
60
Usar letra inicial maiúscula.
61
Desnecessária a repetição do substantivo “pipoca”.
62
Cabe aqui um ponto final.
63
Falta aqui um elemento coesivo.
64
A escrita correta é “muitos”.
65
Cabe após a palavra “formatos” um ponto final.
66
Usar a letra inicial maiúscula: Eu.
67
A escrita correta é “achei”.
68
Colocar vírgula após a palavra “cachorro”.
69
Substituir pela conjunção “mas”.
72
quando vejo um arvore73 imagino um74 pipoca digante75 e imagino tambem76 eu
dentro dela77, a78 pipoca amarela parece um queijo, tem um gostinho de manteiga
parese79 que tomou um banho de manteiga, a jente80 morde explode, paresse81 que
flutua na boca, e leve e bonita82 83 umas pipocas tem um gostinho de sabão,84
ela85 é tão macia que gruda86 no dente, 87hoje todos os meus colegas gotarão88
menos um89, 90hoje fom91 um dos melhores dias da escola92
Maria é uma da profesora mais melhores93 que eu ja94 tive.

b) A REESCRITA APÓS INTERVENÇÃO: aprimorando o texto da criança

Pipoca na Escola

Hoje, na escola, a professora Maria trouxe dois baldes de pipocas. Toda

sexta-feira, no final da aula, ela dá uma surprezinha. Só que desta vez ela

70
Deve-se acrescentar o verbo “ver” (a maioria vê) para dar sentido ao texto.
71
A escrita correta é “nuvem”.
72
Acrescentar uma locução adverbial “De vez em quando”.
73
Colocar vírgula depois da locução e corrigir a palavra “arvore”: árvore.
74
“Uma” e não “um”, concordando com o substantivo “pipoca”.
75
“Gigante” e não “digante”.
76
A palavra “também” deve ser acentuada.
77
Deve-se usar o ponto final depois da palavra “dela”.
78
Usar letra inicial maiúscula.
79
O correto é “parece”.
80
“Gente” e não “jente”.
81
Já foi comentado.
82
Está desarticulado, “solto”...
83
Rever este trecho.
84
Colocar ponto final depois de “sabão.
85
Deve-se fazer referência a “pipocas”, não a “pipoca”.
86
Usar grudam” para concordar com “pipocas”.
87
Usar letra inicial maiúscula.
88
Gostaram” é a palavra correta.
89
Substituir a vírgula e não o ponto final.
90
Usar letra inicial maiúscula.
91
A palavra correta é “foi”.
92
Colocar o ponto final.
93
Deve-se melhorar a construção textual: “uma das melhores professoras.”
94
alta acento do advérbio "já".
resolveu começar tudo ao contrário. A surprezinha, que é a pipoca – foi a
primeira coisa da aula.
Maria deu pipoca para todas as pessoas da sala de aula e mandou que
elas descrevessem o que sentiram. Ela ficou muito feliz, porque todos foram
criativos.
Em relação à pipoca, eu senti um gostinho de manteiga. Ela é bem macia
e ao mesmo tempo crocante.
Há também pipocas com gostinho de sabão. São tão macias que grudam
nos dentes!
A pipoca amarela é tão saborosa! Ela lembra um queijo e também tem um
gostinho de manteiga. Parece que tomou um banho de manteiga! Ao colocá-la na
boca, a gente percebe que por dentro tem cor amarelada. A sensação ao comer
essa pipoca é diferente: a gente morde, ela explode e “flutua” na boca.
Além de leve e bonita, a pipoca tem também muitos formatos. Eu até já
vi um cachorro, mas a maioria vê nuvem. De vez em quando, vejo uma árvore,
imagino uma pipoca gigante. Imagino-me também dentro dela.
A pipoca derrete na boca e vira uma limonada. Na primeira vez que a
gente a morde, sai um vapor. Na minha imaginação, ela gosta de ser devorada
para conhecer dentro do nosso corpo.
Hoje todos os meus colegas gostaram da aula, menos um que detesta
pipoca.
Foi um dos melhores dias da escola! Maria é uma das melhores
professoras que eu já tive.
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO
TEXTUAL
 APRESENTAÇÃO

O trabalho com produção textual no Ensino Fundamental/anos iniciais deve ser

sistematizado e, assim como nos Ensino Fundamental/anos finais, não pode se resumir
no produto (texto final do aluno), pois implica a preparação para a escrita, a primeira
versão do texto, a correção, a revisão, a versão final do texto.
Em 2015, realizamos um encontro com pedagogas para tratar do assunto,
enfatizando a importância de se contemplar nas propostas de produção os gêneros
selecionados para cada ano, para não incorrer no erro de restringir o trabalho apenas
aos textos narrativos. Dada a observação de que a produção textual estava, na maioria
das vezes, relegada a segundo plano, determinou-se que deveria ser trabalhada uma
produção textual por semana e que se contemplasse os gêneros textuais nas
propostas, de forma que as crianças se apropriassem de todos eles e aprendessem a
escrever os mais usuais.
Fica, pois, mantida a ideia inicial; passar por todos os gêneros citados nos
planejamentos bimestrais, de forma que as crianças aprendam a produzi-los.
Em relação à regularidade no trabalho com textos, acatamos solicitação de
professores e pedagogas, no sentido de reduzir o número de produções por semana,
sob a justificativa de que a quantidade não garante a qualidade. Entretanto, há que se
salientar que a regularidade é necessária, pois os alunos aprendem a escrever
escrevendo.
Defendemos com veemência que o trabalho com produção textual oferece aos
alunos a oportunidade de melhorar suas produções, de aperfeiçoar a difícil arte de
escrever, de se tornar um autor de textos.
Salientamos que, desde 2015, no período do reconto não é necessário
trabalhar com a produção textual, pois o reconto é um tipo de produção textual.
Insistimos em algumas recomendações e orientações:
a) Adotar o caderno individual de Produção de Textos, para que se possa
acompanhar a evolução da criança;
b) A revisão de textos será individual e/ou coletiva, de acordo com o ano de
escolaridade e o gênero textual contemplado;
c) Fica estabelecida a quantidade mínima de produções, definida de acordo
com os gêneros trabalhados, o período do reconto e as semanas letivas;
d) Há gêneros que, pela simplicidade da estrutura, dispensam uma correção e
uma revisão mais demorada (caso do bilhete, do convite, etc.); outros,
portanto, requerem maior tempo para serem corrigidos e revisados. Levar
em consideração o gênero que será trabalhado para definir o tempo gasto
com a produção textual;
e) Caso surja, no decorrer do ano letivo, algum projeto de produção textual e
haja adesão da escola para algum ano de escolaridade, a produção será
considerada.

Equipe Pedagógica da SEMEC

 TRABALHO COM PRODUÇÕES TEXTUAIS - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ano Número de Número de Gêneros textuais a serem Observações

dias do produções contemplados
reconto textuais
1º. 15 Dependerá Poema, trava-língua, lista, música, Produção coletiva de textos de
ano (2º. semestre) do nível de quadrinha, regra de jogo, rótulo, estrutura simples (frase), sem
escrita das conto, parlenda, bilhete, receita e finalidade de revisão. Os
crianças fábula. gêneros textuais são os que
aparecem na metodologia.
2º. 19 10 Bilhete, poema, convite, música, tira Produção individual e coletiva.
ano (2º. semestre) cômica, história em quadrinhos, Os gêneros textuais são os que
panfleto, propaganda, fórmula de aparecem na metodologia.
escolha dialogada, quadrinha, trava-
língua, notícia, manchete,
propaganda, carta, poema.
3º. 38 10 Convite, receita, fábula, noticia, Produção individual com
ano (1º. e 2º. verbete de dicionário, conto, lista correção coletiva e/ou
semestres) telefônica, carta, lenda, adivinha, individual. Atenção: nem todos
piada, autobiografia, regras de jogo, os gêneros deverão ser
entrevista, história em quadrinhos, contemplados nas propostas de
diário produção textual. A lista
telefônica, por exemplo, poderá
surgir nas atividades em que se
pretenda ensinar o caráter
social da ordem alfabética, na
leitura, etc. O verbete de
dicionário será explorado para
saber o significado e/ou sentido
de uma palavra.
4º. 20 12 Tirinha, notícia, verbete de dicionário, Produção individual com
ano (1º. e 2º. carta, receita, conto, propaganda, correção coletiva e/ou
semestres) manual de instrução, e-mail, biografia, individual. Atenção: nem todos
provérbio, entrevista, relato, bula de os gêneros deverão ser
remédio, lista telefônica, folheto, contemplados nas propostas de
biografia, e-mail. produção textual. A bula de
remédio, por exemplo, deverá
ser lida e interpretada. O
mesmo se dá com os verbetes
de dicionário que deverão ser
lidos e interpretados Não há
lógica em fazer com que as
crianças produzam um verbete
ou uma bula de remédio.
5º. 20 12 Tirinha, entrevista, conto, verbete de Produção individual com
ano (1º. e 2º. dicionário, piada, cordel, cardápio, correção coletiva e/ou
semestres) anúncio, biografia, autobiografia, individual. Atenção: nem todos
charge, manual de instrução, e-mail, os gêneros deverão ser
relato, música, resumo. contemplados nas propostas de
produção textual. O e-mail, por
exemplo, deverá ser
reconhecido e lido.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

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Observe as cenas e depois conte a história. Não se esqueça do título!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

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Observe as cenas e depois conte a história. Não se esqueça do título!

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Observe as cenas e depois conte a história. Não se esqueça do título!

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Observe as cenas e depois conte a história. Não se esqueça do título!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

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Observe a tirinha abaixo: quem são os personagens, onde a história se

passa, o que acontece... Não se esqueça do título!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

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Observe a tirinha abaixo: quem são os personagens, onde a história se

passa, o que acontece... Não se esqueça do título!

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PRODUÇÃO DE TEXTO
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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ______________________________________________

Observe a tirinha abaixo: quem são os personagens, onde a história se

passa, o diálogo, os sons que estão representados em cada quadrinho...
Não se esqueça do título!

Agora é com você!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Imagine que você tem um tênis velho do qual você gosta muito. Coloque-
se no lugar desse tênis e crie um texto contando como é a sua vida, o que
sente, os seus sonhos... Dê asas à imaginação! Não se esqueça de dar um
título para a história.

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Chegou junho, mês em que acontecem as animadas festas juninas.

Imagine que os moradores da rua onde você mora farão uma festa junina
e pediram para você criar o convite.

Depois de escrever o convite, verifique se

a) Colocou o título;

b) Informou a data completa e o horário da festa;

c) Informou sobre o que terá na festa;

d) Insistiu na presença do convidado.

 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Procure saber com seus familiares a história do seu nome: quem o escolheu, o motivo
da escolha, o seu significado. Depois escreva um texto falando um pouco sobre você
(sua idade, membros da sua família, onde mora, onde estuda, qualidades, defeitos).
Sugiro que o título seja o seu primeiro nome... Capriche!
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Crie um convite de aniversário. Não se esqueça de informar:

a) a data da festa;

b) o local da festa;

c) o nome do(a) aniversariante;

d) quantos anos ele (a) estará completando.

Atenção: Quem receber seu convite deverá ler e compreender o que foi
escrito. Portanto, escreva com letra legível e caprichada.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Se você prestar atenção, observará que o tema da tirinha é “água” e que

dois personagens da tirinha são bastante conhecidos: Cebolinha e Cascão.
Confira o que acontece em cada quadrinho e conte a história do seu
jeitinho. Dê um título para essa história.
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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Você já leu alguma reportagem, artigo ou notícia que tenha tido vontade
de comentar com o autor? Você já chegou a escrever para ele dando sua
opinião? Nós podemos enviar uma carta do leitor para o site que
publicou o texto, sabia? ...

Leia o trecho de uma reportagem interessante:

Crianças frente à tela, overdose de televisão

É comum o cenário diário onde a criança volta da escola, entra em casa, não
cumprimenta ninguém, deixa a mochila no chão e liga a primeira TV que encontra.
Instala-se frente na tela e quando vêm os comerciais – se é que não gostam deles -
recém vai dar um beijo em seus pais, trocar a roupa e comer alguma coisa.
Segundo diversas pesquisas, o colega favorito da criançada durante o tempo de folga
não é seu irmão, nem o vizinho, nem a bola de futebol, e sim a televisão. Desenhos
animados, seriados, filmes, programas infantis, vídeos musicais e eventos esportivos
fazem o cardápio favorito e o controle remoto vira a melhor ferramenta para curtir a
variedade.
Não é coisa nova a discussão a respeito de como levar a relação criança-TV.
Alguns dizem que a TV é má, outros, consideram-na enriquecedora, dependendo do
conteúdo, mas todos concordam que o consumo de televisão – e da tecnologia
audiovisual em geral, faz-se mais forte.

Crítica infantil

Segundo uma pesquisa da Academia Norte-americana de Pediatria (AAP), os

menores deste continente assistem a um mínimo de duas horas diárias de televisão,
sendo mais alto este número em países como Estados Unidos, onde a cifra chega
quase a três horas por dia. Isso é, mais da metade de seu tempo livre, considerando as
horas na escola, tarefas e sonho.
O problema é que esta exposição à TV gera alguns problemas para as crianças. E até os
próprios pequenos dão-se conta.

(http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/criancas-frente-a-tela--overdose-de-televisao.php.
Acesso em 28/01/2016, às 20h30min)

E você, o que pensa sobre os efeitos da televisão na vida das crianças, sobre o tempo
que elas passam assistindo TV todos os dias?
Escreva uma carta do leitor para o site www.saudenainternet.com.br, comentando a
matéria “As crianças e a televisão”, mostrando ao jornalista responsável qual é a sua
opinião sobre o assunto. É fundamental que você cite o nome do texto antes de dar
sua opinião. Escreva, pelo menos 6 linhas. Capriche!
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 PRODUÇÃO DE TEXTO

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Em 2011, você leu a notícia abaixo e deseja escrever uma carta de leitor
ao jornal. Imagine como seria essa carta e escreva-a.

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Em 2011, você leu a notícia abaixo e escreveu uma carta de leitor ao

jornal, para agradecer pelas informações. Imagine como seria essa carta e
escreva-a. Antes, leia a notícia com muita atenção:

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Crie um texto para a história abaixo. Observe bem quem são os

personagens que aparecem nela e o título que Maurício lhe deu.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

ATENÇÃO: Dê nomes aos personagens.

 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

DESCREVENDO UMA PESSOA QUERIDA

Fale sobre uma pessoa de quem você gosta muito: suas características físicas, suas
qualidades, o que ela representa para você. Não se esqueça do título. Capriche na
descrição!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

MISTURANDO HISTÓRIAS

Os personagens abaixo fazem parte de histórias bem conhecidas. Escolha pelo menos
dois e crie uma história nova com esses personagens.

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Seguindo o roteiro abaixo, escolha um personagem e depois fale sobre ele. Cuidado
com a pontuação!

ROTEIRO
 Nome do personagem;
 Cor de cabelos e olhos;
 Outras características
físicas;
 Onde vive;
 Com quem vive;

 O que faz.

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

INVENÇÃO MALUCA

Muitas coisas podem ser inventadas. Imagine um objeto maluco que

pudesse facilitar a sua vida de estudante ou de criança. Faça o desenho
desse objeto no cartaz abaixo e escreva um texto descrevendo suas
qualidades e dizendo para que ele serve.

QUALIDADES DO OBJETO

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UTILIDADE:
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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

ENTREVISTANDO UM PERSONAGEM
Imagine que eu sou jornalista e que fui escalada (a) para entrevistar um dos
personagens de uma história em quadrinhos abaixo. Escolha um dos personagens
abaixo para ser o entrevistado:

( ) Mônica

( ) Cebolinha

( ) Cascão

( ) Magali

Você irá responder as perguntas como se fosse esse personagem.

1 - Qual é o seu nome completo? ___________________________________________

2 – O seu criador é o Senhor Maurício de Souza. O que ele representa para você e para
a sua turminha?

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3 – De qual colega você gosta mais? Por quê?

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4 – De qual colega você gosta menos? Por quê?

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5 – Se você se encontrasse com um gênio, que desejo você gostaria que ele realizasse?

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6 – Que conselho você daria para a turminha do 3º. ano?

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Imagine que uma vizinha está grávida e vai preparar um chá de

bebê. Ela está esperando a chegada de um menino. Ajude-a fazer o
convite.
Ao escrever o convite, não se esqueça: da data, do local e da hora
em que será o chá de bebê.
Imagine que quem está convidando é o próprio bebê que já tem um
nome. Você deverá dar um nome para o menino.
No convite deverá constar qual lembrancinha o convidado levará para o
bebê.

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(escreva aqui o nome do bebê)

 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Um dia desses, quando foi pegar água gelada, você notou que havia na porta da
geladeira um bilhete para você:

Olá, meu anjo!

Quando você acordar, apanhe as
roupas que estão no varal, por favor.
Fui ao mercado comprar algumas
verduras e volto logo.
Bjs!

15/01/2016.

Não sabemos ao certo quem escreveu esse bilhete, pois quem o escreveu não assinou.
Quem será? O texto dá algumas dicas que podem ajudar, não é mesmo? Quem
poderia ter escrito esse bilhete para você?
a) Alguém que também mora na sua casa;
b) Alguém que chama você de “meu anjo”;
c) Alguém que costuma fazer as compras no mercado...

Viu só? Quantas dicas! Agora ficou bem fácil!

Quem escreveu o bilhete foi _______________________________________ .
 A RESPOSTA

Imagine que você fez tudo o que lhe foi pedido. Como tem que ficar fora de casa por
algumas horas, deixará um bilhete como resposta na porta da geladeira. Capriche! Não
se esqueça de assinar o bilhete, sim?
Mãos na massa!

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Faça a revisão do que escreveu. Observe se

a) cumprimentou a pessoa para quem está escrevendo;

b) colocou assinatura no final do texto;

c) registrou a data em que escreveu o bilhete;

d) pontuou corretamente o texto;

e) Despediu-se.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Letícia vai comemorar o seu aniversário de nove anos e precisa de sua ajuda para fazer
o convite que enviará para seus amigos.

Pedro também comemorará seu aniversário com os amigos. Crie um convite para a sua
festa de 8 anos. Capriche!
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Sua família resolveu fazer uma festa junina para os vizinhos. Preencha o
convite. Não se esqueça de colocar todas as informações necessárias:

a) a data da festa;

b) o horário em que acontecerá;

c) o local da festa:

d) outras informações: se vai ter quadrilha, tipos de comida e bebida,

etc.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Seu amigo estará completando 6 anos neste mês e você quer fazer uma
festa surpresa para ele.
Escreva o convite pra distribuir entre os amigos.
Não se esqueça de falar quem é o aniversariante, onde e a que horas será
a festa.
Informe à pessoa convidada que o aniversariante não sabe da festa, para
não estragar a surpresa.
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Imagine que você viajou no feriado e fez uma nova amizade. As férias
terminaram e você voltou para sua cidade.

Agora, está com saudades... Escreva uma carta para esse (a) novo (a)
amigo (a) contando como foi a sua volta para casa.
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Depois de pronta, é chegada a hora de preencher o envelope:
 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Leia a notícia e escreva uma carta do leitor para o jornal:

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

Crie anúncios para cada produto apresentado:

 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________

A história em quadrinhos abaixo baseia-se na fábula “O leão e o ratinho”.

Escreva o final da história, relatando o que vê nos quadrinhos 5 e 6.
Capriche!

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 PRODUÇÃO DE TEXTO

NOME: ________________________________________________________________

Invente a RECEITA DA FADINHA SININHO. Não se esqueça de que fada usa varinha e
faz mágica. Capriche! Escolha um título para a receita.

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INGREDIENTES:

MODO DE FAZER:

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 FILMES INFANTIS

PRODUÇÃO TEXTUAL
 A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE

SINOPSE: Willy Wonka é o excêntrico

dono da maior fábrica de doces do
planeta. Um dia, ele decide realizar um
concurso mundial para escolher um
herdeiro para seu império. Cinco
crianças de sorte encontram um
convite dourado em barras de
chocolate Wonka e com isso ganham
uma visita guiada pela fábrica de
chocolate. – Uma dessas crianças é
Charlie Bucket, um garoto pobre que vive
com os pais e os avós numa casa bem
simples.

DÊ SUA OPINIÃO SOBRE O FILME. DIGA SE GOSTOU E O MOTIVO E O QUE APRENDEU

COM ELE:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): Após a sessão e antes de propor a produção, o

ideal é que haja espaço para os (as) alunos (as) colocarem as suas opiniões. Trabalhar
com a importância da solidariedade, como forma de combate ao egoísmo, presente
em alguns personagens. Realçar a individualidade dos personagens, caracterizando-os,
para logo depois, expor os seus comportamentos em grupo, mostrando como
devemos ser pessoas mais respeitosas com o próximo.
 O MENINO MALUQUINHO

SINOPSE: Maluquinho é um menino travesso da classe média que adora brincar e

“pregar peças” nos amigos. O menino sofre muito quando seus pais se separam. Mas
aí aparece o Vovô Passarinho que o leva para umas férias na fazenda, onde vive
agitadas aventuras.

DÊ SUA OPINIÃO SOBRE O FILME. DIGA SE GOSTOU E O MOTIVO, O QUE APRENDEU

COM ELE:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): O filme aborda questões como amizade e respeito às
pessoas mais velhas e também trata do tema “família”. Discutir essas questões, ajudando as
crianças a organizarem suas ideias e expor suas opiniões sobre o filme a que assistiram.
 PROCURANDO NEMO

SINOPSE:

O passado reserva tristezas para

Marlin nos recifes de coral, onde
perdeu sua esposa. Marlin passa a
criar seu único filho Nemo com
todo o cuidado do mundo, mas
peixe-palhaço acaba exagerando
durante uma discussão e é
capturado por um mergulhador. O
pai muito protetor precisa entrar
em ação e parte numa busca
incansável pelo mar aberto, na
esperança de encontrar seu amado
filhote. No meio do caminho, ele
acaba conhecendo Dory e, juntos,
a dupla vai viver uma incrível
aventura.

DÊ SUA OPINIÃO SOBRE O FILME. DIGA SE GOSTOU E O MOTIVO,. O QUE APRENDEU

COM ELE:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): O professor, após a exibição do filme pode discutir
com a turma questões ligadas à família, ao respeito aos pais. Procurando Nemo também pode
ser trabalhado em projetos de meio ambiente, ao tratar da poluição, das correntes marinhas,
etc. Esta produção é ideal para trabalhar a questão da cadeia alimentar, nas aulas de Ciências.
 O REI LEÃO

SINOPSE: O filme conta a história de

Simba, um pequeno leãozinho que é
filho de Mufasa, o Rei Leão, e da rainha
Sarabi. O recém-nascido recebe a
bênção do sábio babuíno Rafiki mas,
ao crescer, é envolvido nas artimanhas
de seu tio Scar, o invejoso e
maquiavélico irmão de Mufasa, que
planeja livrar-se do sobrinho e herdar o
trono. Quando Simba se vê
injustamente acusado pela morte de
Mufasa, sua única chance de salvar sua
vida é se exilar das Terras do Reino. Ele
encontra abrigo junto a outros dois
excluídos da sociedade, um javali
chamado Pumba e um suricate
chamado Timão, que lhe ensinam a
filosofia do “Hakuna Matata” (sem
preocupações). Anos depois, ao ser
descoberto por Nala, sua amiga de
infância, Simba tem que decidir se deve
assumir suas responsabilidades como
rei ou seguir com seu estilo de vida
despreocupado.

O QUE VOCÊ ACHOU DO FILME? GOSTOU? POR QUÊ?

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): O Rei Leão é um filme muito interessante e pode
ser explorado para se trabalhar relações de poder e hierarquia existentes na
sociedade, obviamente e realçar valores familiares como as perdas da vida . Mostrar
como uma mentira pode prejudicar toda a vida de uma pessoa.
 BAMBI

SINOPSE:

Numa floresta os animais ficam

agitados com o nascimento de um
filhote de cervo, Bambi, que foi
chamado de "Príncipe da Floresta“.
Bambi cresce, faz amizade com outros
animais da floresta, aprende como
sobreviver e descobre o amor. Um dia
chegam caçadores e ele precisa
aprender como ser tão corajoso como
seu pai, para saber como conduzir
outros cervos para um lugar seguro.

QUAL É A MENSAGEM QUE O FILME PASSOU PARA VOCÊ? COMENTE.

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): Expor o sentimento de proteção e cuidado com o

próximo, tema presente no filme. Explicar a importância da comunidade, da
comunicação e do respeito às opiniões alheias. O filme pode ser trabalhado nas aulas
deficiências. Mostrar a vida animal, as funções dos animais na floresta, a intervenção
do homem na natureza, realçando valores como o cuidado e a preservação do meio
ambiente.
 A FUGA DAS GALINHAS

SINOPSE: A Sra. Tweedy é a dona de um galinheiro no interior da Inglaterra, onde a

maior parte das aves vive uma vida curta e pacata. A vida delas é produzir ovos e
terminar na panela. Mas quando um galo vindo dos Estados Unidos surge voando por
cima da cerca da Granja, as coisas começam a mudar. Começa uma verdadeira
revolução no galinheiro.

FALE UM POUCO SOBRE O FILME:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): Um dos focos do filme é o trabalho em equipe. O

filme aborda também outros temas: a coletividade, o ideal de liberdade e a busca por
uma sociedade mais justa. Aproveite para discutir esses temas com as crianças.
 BABE, O PORQUINHO TRAPALHÃO

SINOPSE: A fazenda do Sr. Hoggett era um lugar quase perfeito, onde cada coisa ocupa
o lugar certo. Até que nasce Babe, um leitãozinho que pensa que um cachorro. Ele
convence até o dono da fazenda, que o inscreve no Campeonato Nacional de Cães
Pastores, com consequências imprevisíveis.

O PERSONAGEM PRINCIPAL DA HISTÓRIA É BABE. EXPLIQUE QUEM É BABE E COMO

ELE É:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): A identidade é um dos temas do filme. A palavra

chave da história é a aceitação. Realçar a necessidade do aluno aceitar ser quem é, da
família que ele pertence, incluindo questões de raça, temas importantes para debate
nesta fase. O reino animal, os animais domésticos, a cadeia alimentar, e, até mesmo, o
respeito ao próximo e a vida em sociedade são temas que podem ser debatidos após a
exibição do filme.
 DUMBO

SINOPSE: Quando a cegonha chega, igual a todos os anos, para entregar os bebês às
suas mães, a senhora Jumbo se depara com uma surpresa: seu pequeno Jumbo Jr. tem
orelhas grandes demais para um elefante recém nascido. Logo que os outros animais
começam a zombar dele, o que leva a mamãe elefanta à ira, confinada pelo circo.
Ridicularizado e sozinho, Jumbo Jr. ganha o apelido de Dumbo.

O FILME NARRA A HISTÓRIA DE UM ELEFANTE DE ORELHAS GRANDES E FOI POR

CAUSA DELAS QUE ELE GANHOU UM APELIDO. E VOCÊ, TEM ALGUM APELIDO?
DÊ SUA OPINIÃO: O QUE VOCÊ PENSA SOBRE APELIDOS?

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): Realçar os valores familiares que a obra apresenta.
Ao ser abandonado e ridicularizado, Dumbo vai ganhar o apoio de um amigo rato,
conhecido popularmente como o maior inimigo do elefante. Debater estas questões. A
questão mais central é a aceitação do individuo em relação aos seus dotes físicos. A
história ensina o respeito às particularidades de cada individuo.
 A ERA DO GELO 2

SINOPSE: A era glacial está chegando ao fim e como consequência surgem em todo
lugar gêiseres e verdadeiros parques aquáticos. O mamute Manfred, o tigre Diego e o
bicho-preguiça Sid logo descobrem que toneladas de gelo estão prestes a derreter, o
que inundaria o vale em que vivem. Logo, o trio de amigos precisa correr para avisar a
todos do perigo e ainda encontrar um local em que não corram riscos.

ESCOLHA UM DOS PERSONAGENS DA HISTÓRIA E FALE SOBRE ELE:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): O meio ambiente é uma questão importante

trabalhada no filme. O derretimento das calotas polares, o impacto do homem na
natureza são temas possíveis de se trabalhar. A vida em sociedade é um dos temas nos
três filmes. Use o filme para trabalhar os valores familiares e o respeito ao próximo.
 SHREK

SINOPSE: Em um pântano distante vive

Shrek, um ogro solitário. De repente, sua
vida ser invadida por personagens de
contos de fada, como três ratos cegos,
um grande e malvado lobo e ainda três
porcos que não têm um lugar onde
morar. Todos eles foram expulsos de
seus lares pelo maligno Lorde Farquaad.
Decidido a recuperar a tranquilidade de
antes, Shrek resolve encontrar Farquaad
e com ele faz um acordo: se resgatar
para o Lorde uma princesa que está
adormecida em um perigoso e distante
castelo, Farquaad devolve-lhe a paz.

NARRE A CENA DE QUE VOCÊ MAIS GOSTOU:

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SUGESTÃO AO (À) PROFESSOR (A): Proporcionar um espaço e tempo para explorar as

opiniões dos alunos sobre o filme. Solicitar aos alunos que identifiquem os
personagens principais do filme e suas características.
SUGESTÃO DE LEITURA
Minhas férias,
pula uma linha,
parágrafo.

Christiane Gribel
Editora Salamandra
1ª. Edição/2000

FRIDA

Yolanda Reyes
Trad. Ruth Rocha
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEAL, Leiva de Figueiredo et al. Professor-leitor, aluno-autor: reflexões sobre avaliação

do texto escolar. Belo Horizonte, Formato, Cadernos CEALE, vol. III, ano II , outubro/98.

MORAIS, Artur Gomes de; FERREIRA, Andréa Tereza Brito. Avaliação do texto escrito:
uma questão de concepção de ensino e aprendizagem. Capítulo 4, p. 65-79. In: LEAL,
Telam Ferraz; BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. 4 Produção de textos na escola : reflexões e
práticas no Ensino Fundamental. 1ed., 1 reimp.— Belo Horizonte : Autêntica , 2007.

SIMÕES, Darcília. Considerações sobre a fala e a escrita: fonologia em nova chave. São
Paulo: Parábola Editorial, 2006.
 TRABALHO COM PRODUÇÕES TEXTUAIS - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ano Número de Número de Gêneros textuais a serem Observações

dias do produções contemplados
reconto textuais
1º. 15 Dependerá Poema, trava-língua, lista, música, Produção coletiva de textos de
ano (2º. semestre) do nível de quadrinha, regra de jogo, rótulo, estrutura simples (frase), sem
escrita das conto, parlenda, bilhete, receita e finalidade de revisão. Os
crianças fábula. gêneros textuais são os que
aparecem na metodologia.
2º. 19 10 Bilhete, poema, convite, música, tira Produção individual e coletiva.
ano (2º. semestre) cômica, história em quadrinhos, Os gêneros textuais são os que
panfleto, propaganda, fórmula de aparecem na metodologia.
escolha dialogada, quadrinha, trava-
língua, notícia, manchete,
propaganda, carta, poema.
3º. 38 10 Convite, receita, fábula, noticia, Produção individual com
ano (1º. e 2º. verbete de dicionário, conto, lista correção coletiva e/ou
semestres) telefônica, carta, lenda, adivinha, individual. Atenção: nem todos
piada, autobiografia, regras de jogo, os gêneros deverão ser
entrevista, história em quadrinhos, contemplados nas propostas de
diário produção textual. A lista
telefônica, por exemplo, poderá
surgir nas atividades em que se
pretenda ensinar o caráter
social da ordem alfabética, na
leitura, etc. O verbete de
dicionário será explorado para
saber o significado e/ou sentido
de uma palavra.
4º. 20 12 Tirinha, notícia, verbete de dicionário, Produção individual com
ano (1º. e 2º. carta, receita, conto, propaganda, correção coletiva e/ou
semestres) manual de instrução, e-mail, biografia, individual. Atenção: nem todos
provérbio, entrevista, relato, bula de os gêneros deverão ser
remédio, lista telefônica, folheto, contemplados nas propostas de
biografia, e-mail. produção textual. A bula de
remédio, por exemplo, deverá
ser lida e interpretada. O
mesmo se dá com os verbetes
de dicionário que deverão ser
lidos e interpretados Não há
lógica em fazer com que as
crianças produzam um verbete
ou uma bula de remédio.
5º. 20 12 Tirinha, entrevista, conto, verbete de Produção individual com
ano (1º. e 2º. dicionário, piada, cordel, cardápio, correção coletiva e/ou
semestres) anúncio, biografia, autobiografia, individual. Atenção: nem todos
charge, manual de instrução, e-mail, os gêneros deverão ser
relato, música, resumo. contemplados nas propostas de
produção textual. O e-mail, por
exemplo, deverá ser
reconhecido e lido.