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INTRODUÇÃO
Recalque é o deslocamento vertical ou inclinação que uma edificação sofre
devido às deformações ocorridas no maciço de apoio de suas fundações.
O Recalque é causado pela diminuição de volume dos vazios de um solo. No
fenômeno do recalque, a diminuição de vazios está ligada a aproximação das
partículas causadas por deformações elástico/plástico/viscosa, perda de sucção,
esmagamento das ligações laterizadas, compressão de sujeira, saída de água e
rebaixamento do nível do lençol freático. O maciço sofre uma diminuição de volume
sem que entretanto ocorra uma formação nítida de uma superfície de ruptura
(cisalhamento) relativo entre partículas.
Fig 17.1.1 Exemplo de Recalques lento, por adensamento nas argilas de Santos
17.2 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
ρ2- ρ1/L.
Daí a sugestão do autor em desvincular o conceito de carga admissível da
carga de rutura submetida a um coeficiente de segurança SF=2 a 3, mas ligando-o
diretamente ao conceito da carga admissível como sendo aquela que não produz
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.3
Recalque é o deslocamento (para baixo) que uma edificação sofre a diminuição dos
vazios dos terreno de apoio.
Importante, a partir de 1974 o autor apoiado nas análises dos danos causados por
recalques nas edificações vem colocando em destaque que o melhor indicador dos
riscos e patologias deixou de ser recalque diferencial, dando lugar ao recalque
distorcional.
s Zf
Recalque de Recalque de
Fundações Fundações
Rígidas Flexíveis H
s - Coeficiente de Poisson
Es - Módulo de Elasticidade
Solo
Rocha
aaa
Fig 17.2.1 Recalques imediatos para fundações flexíveis e rígidas
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.5
Pc = ∆℮ / (1- ℮i ) recomenda-se Pc ≤ 2%
PC PC %
Panos Causados
Praticamente nenhum 0 a 0,01 0a1
Danos Moderados 0,01 a 0,05 1a5
Danos Problemáticos 0,05 a 0,10 5 a 10
Muito Problemáticos 0,10 a 0,200 10 a 20
TEMPO t,anos
ra RECALQUE PRIMÁRIO
Perda de Agua em Camadas
Moles Adensáveis
RECALQUE SECUNDÁRIO Rs
Foto 17.2.3 Colapso devido a Rutura Foto 17.2.4 Colapso – Cratera em Pista
de adutoras de águas em Causada por Saturação do
Ceilândia -DF Sub-Leito
ρ1
Ρ2
Inclinação e Desaprumo
Típicos de Estruturas
Rígidas e terrenos
linearmente desuniformes
Recalques linearmente
desuniformes
Estrutura sofre pequenos
mín máx danos
Fig 17.3.3 Inclinação Uniforme
Fig 17.1.4 Ruptura por Puncionamento Causado por Colapso das Fundações ,
(Gama DF. Cortezia Infrasolo Ltda)
Solo heterogêneos
Recalques Diferenciais
Estrutura sofre Danos e
Fissurações
Outros exemplos:
W
A B C D
recalque
sA sB sC sD uniforme
A Ømáx inclinação
w
D
C
B
A
AB CD D
AB CD
C
B
b. Perfil dos Recalques Diferenciais após a Eliminação
dos Recalques Uniforme e da Inclinação
FIG. 17.3.12 Deslocamento . Definições . Grant et al (1974),
Apud Velloso & Lopes (2002).
Desaprumo w: É a rotação da estrutura como um todo (ou uma parte dela bem
definida analisada em separado) como se fosse um bloco rígido.
Como raramente uma estrutura pode ser considerada como se fosse
um bloco rígido, as vezes fica difícil definir e quantificar seu
desaprumo
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.15
Introdução
Como foi visto anteriormente, os recalques e deformações da
estrutura, são os principais causadores das fissuras e até em certos casos, do
colapso total da estrutura.
Toda edificação recalca, mas ela suporta certo recalque sem
nenhum dano considerável ou aparente, mesmo porque quando pequenos,
durante o processo de construção a edificação é construída as lajes e aprumando
as pilares de tal forma a não acumular os recalques.
Vários pesquisadores e entidades técnicas têm procurado
estabelecer um paralelo entre estes deslocamentos e os danos causados aos
vários tipos de estruturas.
Os recalques, principalmente os diferenciais e os distorcionais
dependem muito da interação solo/estrutura que por si só é um fenômeno
complexo e depende de uma enorme gama de hipóteses ainda questionáveis.
17.16 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
dos recalques das obras, se possível desde seu início (e mesmo não
se não se dispondo de medidores mais sofisticados).
Caso .1
Rec.
Fundações
argilas saturadas
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.21
Patologia e Reforço
Caso . 2
Flexa Laje/Viga
argilas saturadas
Patologia e Reforço
FRISC Sintomatologia
afis = 0,85mm (0,05 a 0,10) = 1/1175 (1/2000 a 1/800) Frisc = 0,85 (0,50 a 1,25)
Foto 17.4.2 Trincas múltiplas causadas por flechas nas cintas. Descartada a hipótese
de recalques no pilar a esquerda face a ocorrência da .trinca .horizontal prolongada
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.27
médio ==0,85
Frisco médio
Frisco 0,85 Fissuras Capilares confusas misturam-se
a fenômenos térmicos e de retração das
0,15
0,15
alvenarias.
mm
y ==0,0387x +-0,0287
y 0,078x
R22 ==0,0279
0,0184
Fissuras Visíveis em paredes portantes
R 0,4452
de Fissura
0,10
concavidade para cima. Segundo
de Fissura
afis = 0,13mm (0,10 a 0,16) = 1/770 (1/800 a 1/700) Frisc = 1,3 (1,25 a 1,45)
y = -0,6227x + 1,0946
corrigidas durante o acabamento final – Dano na
0,16 R2 = 0,0072
Categoria I segundo I.S.E (1989).
0,15 Acentuam-se as microfissuras. Painéis
externos de alvenaria trincam descolando-se da
0,14 estrutura. Nos dias chuvosos pode-se divisar o
contorno da estrutura através da umidade que
0,13
atravessa as paredes, podendo inclusive mofar
0,12
armários e moveis em contacto com as mesmas.
0,11
0,10
1,2 1,3 1,4 1,5
Frisc = (1000.( 2 - 1) / L
afis = 0,10mm (0,10 a 0,18) = 1/550 (1/600 a 1/500) Frisc = 1,8 (1,66 a 2,0)
Abertura de Fissura mm
Edifícios estreitos e largos: sem registro y = 1,7607x - 2,7231
R2 = 0,6653
de danos ou inclinações inadmissíveis.
0,8
Segundo Thorburn & Hutcinson (1985) com
trincas entre 0,10 a 0,20mm os danos as
edificações residenciais e industriais podem 0,6
ser consideradas leves a moderadas e
muito leves para as industriais.
0,4
Limite segundo NAVFAC (1971) para
distorção angular = 1/550 (medido ao
longo do diâmetro) para radier circular rígido 0,2
Foto 17.4.4 Trincas generalizadas, causadas por abatimento do aterro e cintas, e nada tem a ver
com recalques
17.30 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
Foto 17.4.5 Trinca causada por abatimento da cinta apoiada em aterro colapsado
( vazamento de esgoto com pH elevado ~6.3). A parede se manteve intacta puxando o
revestimento do teto, por serem reforçado por banita (centro radiológico). O que parece ser
um pilar é na realidade uma boneca. Berberian / Infrasolo (1982b).
afis = 1,30mm (1,0 a 1,6) = 1/425 (1/500 a 1/360) Frisc = 2,4 (2,0 a 2,77)
Edifícios Largos (B > 15 m): fissuras
milimétricas inclinadas. Aparecimentos de
fissuras paralelas e/ou com torção (serrilhadas).
Afofamento de Azulejos, sem, entretanto se
desprenderem.
Limites de tolerância em edificações de um ou
dois pavimentos com paredes de tijolos e
estrutura leve, um recalque maior pode ser
tolerável se uma parcela importante do
recalque ocorrer antes que os acabamentos
estejam ~ 1,6mm = 1/425
terminados.
Foto 17.4.6
Limites de tolerância em edifícios com
acabamento em interior ou exterior pouco
sensível.
Segundo Thorburn (1985), trincas entre 1 e 2mm causam danos leves e moderados em
edificações residenciais e comerciais e muito leves em edificações
industriais.........................................................
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.31
Foto 17.4.9 Trinca com afis=1,8mm Causada por Flecha na Laje. Parede sobre laje
sem apoio de pilares
17.32 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
afis = 1,80mm (1,6 a 2,0) = 1/315 (1/350 a 1/270) Frisc = 3,10 (2,77 a 3,70)
mm
do esquadro e agarram ao fechar. Idem, 2,0 y = 0,5488x
armários embutidos que se descolam do teto R2 = 0,0403
Abertura de Fissura
e das paredes. 1,9
Trincas Inclinadas nos Azulejos, primeiros
desprendimentos e soltura de azulejos. 1,8
Provavelmente problemas em partes
rolantes. 1,7
Valores limites aplicáveis a reservatórios
sobre bases flexíveis. Bases rígidas não 1,6
toleram este nível de recalque distorcional
sem apresentar trincas ou rupturas 1,5
localizadas por flambagem. 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7
Guindastes e pontes rolantes acusam
recalques longitudinais ao longo do trilho. Frisc = (1000.( 2 - 1) / L
Recalques transversais (entre os trilhos)
em geral não governam o projeto.
Segundo a NBR 6118 (2003) considera-se como flecha admissível (l/300) em vigas
biapoiadas quando só atuam as sobrecargas (acidentais) e (l/360) em elementos estruturais
suportando paredes de tijolos de vidro.
afis = 3,0mm (2,0 a 4,0) = 1/240 (1/270 a 1/240) Frisc = 3,90 (3,70 a 4,16)
4,2
y = 0,2101x + 3,3106 fissuras paralelas e/ou com torção.
R2 = 0,5361 Algum Desaprumo e abertura de juntas de
4,1 dilatação, principalmente entre prumadas
onde o aterro apresenta espessura variável,
4,0 podendo ocorrer fundações mais curtas na
região dos aterros mais espessos.
Possivelmente as trincas que originalmente
3,9
eram recorrentes somente nas alvenarias,
passam também a acontecer nas vigas.
3,8 Desaprumo Edifícios Estreitos (B < 15 m),
visível em edifícios altos e rijos.
3,7 Segundo Thornburn & Hucthinson (1985),
2,0 3,0 4,0 trincas entre 2 a 5 mm produzem somente danos
leves nas edificações industriais e moderadas nas
Frisc = (1000.( 2 - 1) / L residênciais e comerciais.
Meyerhof (1956) alerta para ocorrência de
danos estruturais quando alcança 1/25
Levantamento de pisos cerâmicos e graníticos devido a torção nas lajes.
Foto 17.4.12 Trinca de recalque (no pilar a direita, com ligeira torção)
17.34 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
afis = 4,5mm (4,0 a 5,0) = 1/235 (1/240 a 1/230) Frisc = 4,25 (4,16 a 4,35)
Portas e janelas fogem do esquadro e
Frisc médio = 4,25 passam a agarrar.
4,4 Pode ocorrer infiltração através das
Abertura de Fissura mm
trincas de fachadas.
y = 0,0894x + 3,8137
R2 = 0,6166 Categoria de dano (2 em 5) segundo a
I.S.E
4,3 Fissuras são facilmente preenchidas.
As barras de aço, embutidas nas vigas de
concreto já apresentam estriccionamento
da sua seção na região da trinca.
4,2 Desajuste nas Guias dos Elevadores,
problemas em pontes rolantes.
Em Paredes Internas as trincas crescem
no sentido do maior recalque.
4,1
Edifícios Largos, inclinação pequena mais
4,0 5,0 6,0 visível.
Frisc = (1000.( 2 - 1) / L
afis = 5,5mm (5,0 a 6,0) = 1/220 (1/230 a 1/210) Frisc = 4,6 (4,54 a 4,6)
y = 0,7467x - 0,3061
Serviçais Reclamam de pó e da
R2 = 0,2013 ocorrência de farelo de argamassa no
4,0 chão ou sobre móveis.
Vidros Justos trincam, necessitando de
aumento de folga nos caixilhos.
3,5
Portas e Janelas Emperram,
necessitando de ajuste nos furos das
3,0 lingüetas e esquadrias.
Vazamentos e gotejamentos devido a
pequenas rupturas das redes
2,5 hidrossanitárias imersas no concreto
estrutural.
2,0
Fissuras na Estrutura progridem da
4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 alvenaria para a estrutura (ainda quando
capilares - 0,2 mm).
Frisc = (1000.( 2 - 1) / L
Reforço de Fundações já recomendável.
Fissuras Subcentimétricas nas alvenarias (2,0 a 6,0mm).
Acelerar o intervalo das medições dos recalques.
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.35
afis = 8,0mm (6,2 a 10,0) = 1/195 (1/210 a 1/175) Frisc = 5,20 (4,7 a 5,7)
y = 2,7962x - 6,7407
2
Necessidade de Reforço: nítida
Empoçamento de água no canto da áreas
R = 0,5897
9,0 de serviço.
Empenamento de esquadrias.
Descolamento de Armários embutidos por
8,0 falta de esquadro da estrutura.
Levantamento do Piso (com afofamento) e
soltura de tacos.
7,0 Necessidade de acelerar medições de
recalques, dos prumos e da malha de
fissuras.
6,0
Avaliar a velocidade de recalques/dia.
4,7 5,0 5,3 5,6 Danos moderados a severas em edificações
Frisco = 1000.( 2 - 1) / L
residenciais e comerciais, moderados em
edificações industriais conforme critério de
Thornburn & Hutchinson, quando afis está entre 5 a 15mm.
Polshin e Tokar (1957) alerta para a ocorrência de danos estruturais quando
= 1/200.
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.37
afis = 12,5mm (10,0 a 15,0) = 1/175 (1/175 a 1/30) Frisc = 6,70 (5,7 a 7,70)
15,0
Abertura de Fissura mm
y = 1,9121x - 0,4011
R2 = 0,5833
14,0
13,0
12,0
11,0
10,0
5,7 6,2 6,7 7,2 7,7
Frisco = 1000 . = 1000.( 2 - 1) / L
Foto 17.4.15 Fissuras a 45°. Causadas pelo Recalque do Pilar a Esquerda do painel.
Infrasolo/Fundex
Foto 17.4.15 – Fissura a 45°. Causada pelo recalque do pilar a Esquerda do painel
afis = 17,5mm (15,0 a 20,0) = 1/118 (1/130 a 1/110) Frisc = 8,40 (7,70a 9,10) C
a
tegoria 4 de Danos do I.S.E (1989).
F risc médio = 8,40 Rutura de Armações e concreto.
Perigo Eminente em estruturas
Abertura de Fissura mm
afis = 35mm (20,0 a 50,0) = 1/100 (1/110 a 1/90) Frisc = 10 (9,10a 11,10)
D
esprendimento de Alvenarias flexíveis e
cobogós.
Frisc médio = 10,10
Eminência e/ou colapso da edificação.
50,0 Estampidos que ecoam em toda estrutura
Abertura de Fissura mm
Foto 17.4.24 Morfologia da trinca logo após o Desabamento do Edifício Gama. Cortesia
Infrasolo/fundex
Fator de
Frisc = 1000 1,25 1,43 1,66 2,00 2,5 3,33 5,0 10
Risco L
10,0
Distorção = =
1 1 1 1 1 1 1 1
L 800 700 600 500 400 300 200 100
Angular L
Limite a partir do qual são temidas
dificuldades com máquinas sensíveis a
recalques (1/750)
Limite de perigo p/ pórticos com contravamentos (1/750)
Edifícios estreitos: não são produzidos danos ou
Inclinações (1/540)
Limite de segurança para edifícios no qual não são admitidas
fissuras (1/500)
Edifícios largos: não há danos ou inclinações (1/490)
Edifícios largos (largura B > 15m): fissuras na alvenaria (1/490)
Edifícios estreitos largura (B < 15m): fissuras na alvenaria (1/320)
Limite em que são esperadas dificuldades com pontes rolantes (1/300)
“ “ “ “ “ as primeiras fissuras em paredes divisórias (1/300
Bjerrum (1963)
Vargas Silva (1973)
Danos
estruturais =1/150 1/250 1/200 1/150
smin. smin.
B
Recalque Diferencial
Linha de Recalque canto ao centro
RECOMENDAÇÕES DO NAVY-NAVFAC
Cresce o risco da
Muito severa Severa a
> 25 Severa a estrutura tornar-se
a perigosa perigosa
perigosa perigosa
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.49
Categoria Abertura
do Dano Aproximada da Danos Causados pelas Fissuras
fissura (mm)
/l cm
G 3050/l 1 a 1,1B
max Br 1 4,0cm
a 1,1B 10,2 cm
G . Grant et al. (1974)
max S 7,6 cm -
7,6
maxcm Br 6,5- cm 7,5 Br . Burland (1977)
-
1/R S 1524 1905
B . Largura da
G 1524 são duvidosos
Fundação
areias
recalques calculados
sem a ISE
Recalques
recalques amortecidos
pela ISE
P1 P2 P3 P4
FIG. 2.6.2Fig
. 17.6.1 – Redistribuição
Redistribuição de Recalques em um
de recalques Prédioa ISE. Interação Solo
devida
que Perdeu um de seus Pilares
Estrutura
1. Acompanhamento de fissuras
2. Medições de recalques
3. Medições de desaprumos e desnivelamentos
4. Ensaios não destrutivos da estrutura
5. Provas de carga
infrasolo fundex
Fig. 17.7.1.3 Fissurômetro de Acetato de Lamina
Cortesia Alonso (1991)
Marcar o crescimento com traços para cada data I,II,III, repetir a cada
nova leitura esse procedimento,medindo-se, adicionalmente o ângulo .
As fissuras são particularmente características quando provém do
escoamento lateral dos solos arenosos, junto a sapatas limítrofes, devido a
falta de suporte lateral das terras, provocada por escavações próximas ou,
ainda, com consequências de solapamentos devidos ao arrastamento de
partículas finas de solo não-coesivo, pelo rebaixamento do nível d’água, mal
feito, ou vazamentos de canalizações.
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.63
desl.(mm)
L1 = + 8 desl.(mm)
L2 = + 9
L1 = + 14
P1 L2 = + 7
P2
desl.(mm)
P3 L1 = 00
L2 = -1
desl.(mm) P4
L1 = + 7 P5
L2 = + 12 desl.(mm)
L1 = + 2
L2 = + 6
17.66 ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES D. Berberian
(A)
(C) (D)
FIG. 17.7.3.6
Exemplo de Acompanhamento de Desempenho pelo
Controle de Recalques das Fundações de um Silo
P1 P2 P3 P4
12
P5 P6 P7 P8
20 10 30
Entre os pilares principais (P1 a P8) onde foram lidos recalques, através
do nível ótico de Terzaghi, existem pilares secundários (Pa a Pl) dividindo
os vãos entre os pilares principais. Face a rigidez das cintas, os recalques
diferenciais entre os pilares secundários e os principais foram menos
importantes.
A leitura dos recalques somente foi iniciada após já terem sido detectados
os problemas, e nesta data após 90 dias foram:
esmagamento
F.2 = 0,6 mm
esmagamento
F.4
F.3
Solução:
Como pode observar-se pelo diagrama da FIG. 7.8.2 o pilar P7 da
empena norte é o que mais sofreu recalque total, podendo considerar o
prédio composto de dois elementos distintos. Além do mais o prédio sofreu
como um todo uma inclinação no sentido transversal para o lado norte.
junta de
dilatação
P5 P6 P7 P8
Observe ainda que: 1. Segundo Berberian (1987) o fator Frisc = 9,6 é
muito crítico. 2. Apesar de não ter sido fornecido a idade o prédio e
nem a data em que os primeiros sintomas apareceram, é bem provável
que já tenha ocorrido recalques anteriores, o que torna o quadro
patológico mais crítico ainda.
w º -4
w 1,35 x 10
7-A 48
7-5 30
5 w
7
FIG. 17.9.4 Edifício em Análise
CAP. 17 Fissuras : Um Alerta no Diagnóstico 17.77