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Movimento como resultado de uma experiencia cultural, por isso um movimento como forma
de linguagem, o que explica que diferentes crianças bricam de coisas diferentes, cantam
músicas diferentes, etc.
A Medida que essas experiencias aumentam, isso muda o modo como lidamos com o nosso
corpo e a maneira com que vemos os corpos daqueles que nos rodeiam
Cada grupo cultura produz sua corporeidade que não depende deles, mas sim daquilo que os
outros dizem a respeito do próprio corpo e da maneira como nós posicionamos o nosso corpo.
Vivências corporais - que não se reduzem as aulas de educação física, podem estar presentes
na prática corporal da leitura. Todos acumulam vivencias corporais nas inúmeras atividades do
dia a dia.
Discursos – Por exemplo: livros, vídeos, programas de saúde, modo, que tem discursos que nos
dizem como o corpo deve ser, que não apenas recebemos, mas também as incporamos de
diferentes modos
Experiências estéticas – aquilo que aprendemos a gostar tem muita relação com a maneira
com que lidamos com essas experiências.
Tudo isso nos influencia de maneiras diferentes e cada um de nós vai se constituindo de
acordo com a maneira com que nos relacionamos com essas vivências, discursos e
experiencias estéticas.
Identidade corporal, nossas vivencias e experiencias nos proporcionam certa identidade. O que
formam as diferenças.
Enquanto a escola tem um politica de formar uma identidade apenas, vamos discutir sobre os
diferentes corpos.
29/09
Até os anos 80 se fazia força para que todos se apropriassem de uma mesma cultura.
Acreditava-se que todos deviam ser iguais. Hoje trabalhamos com outra ideia de cultura.
Se acessa outras culturas e assim se acessa outras realidades diferentes da sua família.
Temos uma identidade pós moderna, pois não é pura, mas é uma unidade discursiva que
atravessa vários significados muitas vezes contraditórios.
Identidade não é algo genético e natural. É errado, por exemplo, dizer “brasileiro gosta de
carnaval”
Representação cultura presente nos discursos culturais em seu viés prós estruturalista, a
representação é algo colocado em circulação e que de alguma maneira influencia na forma
com que compreendemos as coisas do mundo.
Entendemos que somos representados por aquelas pessoas que partilham das mesmas formas
de ver o grupo.
O discurso produz uma determinada identidade sobre o corpo feminino. Não somente a
linguagem oral, mas também as imagens estabelecem essa identidade.
A imagem da mulher jovem e bela, aparece como quem merece mais oportunidades (a
imagem de corpo legitimo), isso estabelece certa identidade. E pra alcançar essa identidade
corporal a sociedade fai consumir, produtos, discursos, práticas, etc. Tornando uma certa
noção de corpo como um fetiche.
O que diferença identidade e diferença são situações de poder. Ao dizer que sou uma coisa,
me coloco como referencia para algo que não é positivo e que quero me afastar. Ser a
diferença, portanto, é estar do lado de lá, do que não tem o poder. A própria presença de
quem esta afastado, incomoda quem esta do lado da identidade.
Os professores produzem uma certa identidade de estudante a perseguimos, aquele que não
corresponde, vamos sempre tentanto afasta-lo. Aprendemos que a diferença é a criança que
não para quieta, que pergunta toda hora, etc. A presença da criança diferença traz um certo
desconforto.
Na maior parte do tempo as aulas de educação física produzem uma certa identidade.
Para os estudos culturais a produção de significados é uma produção de cultura. Duas crianças
brincando estão produzindo cultura... tudo que nos circula é produção da cultura.
A cultura age de duas maneiras: regulando as coisas do mundo e também é regulada. Essa
regulação atua em conjunto: estabelece uma maneira de ser e agir (uma norma), diz o que é
pior e melhor, certo e errado, a maneira como devemos ser (é classificatório) e também
constitui os sujeitos.
Como os discursos constroem um corpo? Discurso médico narra um corpo, o pedagógico narra
outro, discurso psicólogo narra outro e econômico narra outro. Vários discursos dizem como
esse corpo deve ser. Nos interagimos com esse discurso e produzimos uma identidade
corporal na medida em que nos relacionamos com ele.
Marcadores sociais da diferença: existem certos grupos que existem como privilegiados
enquanto outros são produzidos como diferença. Quais são as marcas do meu corpo que me
produzem como identidade e quais são os que me produzem como diferente?
Uma identidade corporal é produzida através das vivências corporais, discursos e experiências
estéticas.
Não basta verbalizar que todo mundo é igual, se não empreender ações pedagógicas de
valorização e afirmação das diferenças. Precisamos de práticas pedagógicas que afirmem a
construção da identidade.
05/10
Pedagogia do corpo
O currículo colocado em ação na escola e as pessoas que lá estão são subjetivados para a
adoção de um ser estilo de vida, que diz respeito as alimentações e atividade física (pedagogia
do fitness).
Foucault: estuda a maneira como o corpo se torna alvo das politicas públicas e das
intervenções do Estado. E isso para ele é uma forma de controlar a sociedade. A biopolítica é
uma forma de regular a presença dos corpos na sociedade.
Estuda como um certo discurso passa a ser defendido no mundo. Em Vigiar e Punir fala como
certas instituições são criadas para produzir sujeitos de uma certa maneira que interessa a
sociedade. A escola, a prisão e o hospital vão atuar para produzir nos corpos das pessoas um
determinado tipo de sujeito.
Houve um momento em que o poder estava sobre o poder dos soberanos, escolhia em podia
viver. Então a sociedade se transforma
A sociedade industrial cria instituições que vão disciplinar os corpos, para o rendimento e para
obtenção de lucros.
XVII e XVII – os corpos são tratados de forma individual, as políticas de intervenção coletiva
surgem no final do século XIX.
Relação de poder par Foucault: uma produção de condutas. O poder atua de uma série de
maneiras. O desejo disso tudo é o governamento: forma de controle sobre o outro. Exemplo
de governamento: multa por não usar cinto de segurança e máscara. É uma forma de controlar
conhecida. As propagandas do poder estatal também é um tipo de governamento. Como é
muito repetido, as pessoas internalizam e acabam controlando as outras pessoas.
Após a segunda guerra mundial essas técnicas ficam mais elaboradas: são as técnicas liberais
de poder. AO diminuir o poder do Estado na economia e aumentar a presença da iniciativa
privada e colocar o mercado como regulador, esta cada vai mais controlado.
A partir do discurso da saúde dentro da escola acaba se tornando um sujeito que muito
interessa ao mercado. Quando se aprende por si só a adotar hábitos que tornam sua vida mais
rentável e produtivo, se está produzindo o sujeito que interessa ao contexto neoliberal.
É preciso de uma política curricular que conheça e valoriza tudo o que todos os corpos
produzem.