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22/09

Movimento como resultado de uma experiencia cultural, por isso um movimento como forma
de linguagem, o que explica que diferentes crianças bricam de coisas diferentes, cantam
músicas diferentes, etc.

A Medida que essas experiencias aumentam, isso muda o modo como lidamos com o nosso
corpo e a maneira com que vemos os corpos daqueles que nos rodeiam

Cada grupo cultura produz sua corporeidade que não depende deles, mas sim daquilo que os
outros dizem a respeito do próprio corpo e da maneira como nós posicionamos o nosso corpo.

O corpo é uma produção da cultura.

Cultura como produção de significados.

O processo de construção da identidade cultural se deve a influencia de 3 fatores:

Vivências corporais - que não se reduzem as aulas de educação física, podem estar presentes
na prática corporal da leitura. Todos acumulam vivencias corporais nas inúmeras atividades do
dia a dia.

Discursos – Por exemplo: livros, vídeos, programas de saúde, modo, que tem discursos que nos
dizem como o corpo deve ser, que não apenas recebemos, mas também as incporamos de
diferentes modos

Experiências estéticas – aquilo que aprendemos a gostar tem muita relação com a maneira
com que lidamos com essas experiências.

Tudo isso nos influencia de maneiras diferentes e cada um de nós vai se constituindo de
acordo com a maneira com que nos relacionamos com essas vivências, discursos e
experiencias estéticas.

Identidade corporal, nossas vivencias e experiencias nos proporcionam certa identidade. O que
formam as diferenças.

Enquanto a escola tem um politica de formar uma identidade apenas, vamos discutir sobre os
diferentes corpos.

29/09

A diferença esta presenta na identidade

Cultura como contexto de disputa.

Até os anos 80 se fazia força para que todos se apropriassem de uma mesma cultura.
Acreditava-se que todos deviam ser iguais. Hoje trabalhamos com outra ideia de cultura.

Se acessa outras culturas e assim se acessa outras realidades diferentes da sua família.

Temos uma identidade pós moderna, pois não é pura, mas é uma unidade discursiva que
atravessa vários significados muitas vezes contraditórios.

Identidade não é algo genético e natural. É errado, por exemplo, dizer “brasileiro gosta de
carnaval”
Representação cultura presente nos discursos culturais em seu viés prós estruturalista, a
representação é algo colocado em circulação e que de alguma maneira influencia na forma
com que compreendemos as coisas do mundo.

Citacionalidade: na medida em que determinados discursos são colocados em circulação com


muita evidencia, a possibilidade desses discursos influenciarem no processo da produção das
identidades aumentam. Se não garantimos que todos os grupos sociais ou grande parte deles
seja representado nos nossos materiais didáticos, nas nossas aulas, nas nossas atividades e
discussões, haverá pouca possibilidade de parte dos nossos alunos criarem um processo de
identificação.

Entendemos que somos representados por aquelas pessoas que partilham das mesmas formas
de ver o grupo.

O discurso produz uma determinada identidade sobre o corpo feminino. Não somente a
linguagem oral, mas também as imagens estabelecem essa identidade.

A imagem da mulher jovem e bela, aparece como quem merece mais oportunidades (a
imagem de corpo legitimo), isso estabelece certa identidade. E pra alcançar essa identidade
corporal a sociedade fai consumir, produtos, discursos, práticas, etc. Tornando uma certa
noção de corpo como um fetiche.

Para os estudos culturais a identidade contém a diferença. A produção da identidade se da


junto a produção da diferença, uma esta contida na outra. Ao dizer sou brasileiro, eu não sou
argentino, paraguaio, etc... Ao mesmo tempo que sou uma coisa, não sou outras.

O que diferença identidade e diferença são situações de poder. Ao dizer que sou uma coisa,
me coloco como referencia para algo que não é positivo e que quero me afastar. Ser a
diferença, portanto, é estar do lado de lá, do que não tem o poder. A própria presença de
quem esta afastado, incomoda quem esta do lado da identidade.

Os professores produzem uma certa identidade de estudante a perseguimos, aquele que não
corresponde, vamos sempre tentanto afasta-lo. Aprendemos que a diferença é a criança que
não para quieta, que pergunta toda hora, etc. A presença da criança diferença traz um certo
desconforto.

Na sociedade quais são as diferenças que nos incomodam?

Na maior parte do tempo as aulas de educação física produzem uma certa identidade.

Para os estudos culturais a produção de significados é uma produção de cultura. Duas crianças
brincando estão produzindo cultura... tudo que nos circula é produção da cultura.

Deixamos de entender a cultura como produção material e passamos a entender a cultura


como território em que determinados grupos disputam o significado, disputam a identidade.

A cultura age de duas maneiras: regulando as coisas do mundo e também é regulada. Essa
regulação atua em conjunto: estabelece uma maneira de ser e agir (uma norma), diz o que é
pior e melhor, certo e errado, a maneira como devemos ser (é classificatório) e também
constitui os sujeitos.

Como os discursos constroem um corpo? Discurso médico narra um corpo, o pedagógico narra
outro, discurso psicólogo narra outro e econômico narra outro. Vários discursos dizem como
esse corpo deve ser. Nos interagimos com esse discurso e produzimos uma identidade
corporal na medida em que nos relacionamos com ele.

As relações sociais são relações de poder-saber. Para Foucoult estão intimamente


relacionadas.

Marcadores sociais da diferença: existem certos grupos que existem como privilegiados
enquanto outros são produzidos como diferença. Quais são as marcas do meu corpo que me
produzem como identidade e quais são os que me produzem como diferente?

Uma identidade corporal é produzida através das vivências corporais, discursos e experiências
estéticas.

Não basta verbalizar que todo mundo é igual, se não empreender ações pedagógicas de
valorização e afirmação das diferenças. Precisamos de práticas pedagógicas que afirmem a
construção da identidade.

05/10

Pedagogia do corpo

O currículo colocado em ação na escola e as pessoas que lá estão são subjetivados para a
adoção de um ser estilo de vida, que diz respeito as alimentações e atividade física (pedagogia
do fitness).

Foucault: estuda a maneira como o corpo se torna alvo das politicas públicas e das
intervenções do Estado. E isso para ele é uma forma de controlar a sociedade. A biopolítica é
uma forma de regular a presença dos corpos na sociedade.

Estuda como um certo discurso passa a ser defendido no mundo. Em Vigiar e Punir fala como
certas instituições são criadas para produzir sujeitos de uma certa maneira que interessa a
sociedade. A escola, a prisão e o hospital vão atuar para produzir nos corpos das pessoas um
determinado tipo de sujeito.

Houve um momento em que o poder estava sobre o poder dos soberanos, escolhia em podia
viver. Então a sociedade se transforma

A sociedade industrial cria instituições que vão disciplinar os corpos, para o rendimento e para
obtenção de lucros.

Recentemente passamos pelo processo de disciplinarização que somos controlados interna e


externamente pelo próprio desenho da sociedade. Não precisa mais de uma punição, você já
está regulado pelo discurso e acabamos regulando os demais.

XVII e XVII – os corpos são tratados de forma individual, as políticas de intervenção coletiva
surgem no final do século XIX.

Relação de poder par Foucault: uma produção de condutas. O poder atua de uma série de
maneiras. O desejo disso tudo é o governamento: forma de controle sobre o outro. Exemplo
de governamento: multa por não usar cinto de segurança e máscara. É uma forma de controlar
conhecida. As propagandas do poder estatal também é um tipo de governamento. Como é
muito repetido, as pessoas internalizam e acabam controlando as outras pessoas.
Após a segunda guerra mundial essas técnicas ficam mais elaboradas: são as técnicas liberais
de poder. AO diminuir o poder do Estado na economia e aumentar a presença da iniciativa
privada e colocar o mercado como regulador, esta cada vai mais controlado.

A partir do discurso da saúde dentro da escola acaba se tornando um sujeito que muito
interessa ao mercado. Quando se aprende por si só a adotar hábitos que tornam sua vida mais
rentável e produtivo, se está produzindo o sujeito que interessa ao contexto neoliberal.

É preciso de uma política curricular que conheça e valoriza tudo o que todos os corpos
produzem.

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