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2019/2020
REFLUXO GASTROESOFÁGICO E
ÚLCERA PÉPTICA
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Albertina Teixeira || Andreia Raimundo || Bia Abreu || Maria Leonor Cunha || Matilde Milheiro
CASO 1
IDADE: 29 anos
GÉNERO: Masculino
Sinais e sintomas:
➔ Dor epigástrica que acalma com
ingestão de alimentos
➔ Ardor com intensidade moderada
➔ Regurgitação
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CASO 1
➔ Stress relacionado com situação laboral
➔ Hábitos tabágicos intensos
➔ Consumo de bebidas alcoólicas aos fins
de semana.
“In patients with uninvestigated dyspepsia who are under the age of 60 years and without
alarm features, non-endoscopic testing for H. pylori infection is a consideration. Those who
test positive should be offered eradication therapy.”
Chey, William D MD, FACG1; Leontiadis, Grigorios I MD, PhD2; Howden, Colin W MD, FACG3; Moss, Steven F MD, FACG4 ACG Clinical Guideline: Treatment of Helicobacter pylori Infection,
American Journal of Gastroenterology: February 2017 - Volume 112 - Issue 2 - p 212-239 doi: 10.1038/ajg.2016.563
Teste respiratório
Eficazes e Não invasivos
(teste de ureia na respiração)
“Em sintomas dispépticos não provocados por DRGE, nos doentes com 55 anos ou menos e sem sinais de
alarme os IBP podem ser a primeira linha, mas pode-se, também, testar, tratar e erradicar a H. pylori (Hp)
se a infeção estiver presente e considerar a execução de endoscopia. “
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4. Quais as possíveis abordagens nesta situação?
Objectivos da Terapêutica:
1. Aliviar os sintomas (dor ou dispepsia)
2. Promover a cicatrização da úlcera
3. Prevenir recidivas e complicações
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5. Que recomendações serão importantes dar a este doente
acerca da sua doença e do seu tratamento para melhorar a
adesão ao tratamento, assegurar o sucesso das intervenções,
minimizar efeitos adversos e prevenir futuras complicações?
Antibioterapia
➔ Tome sempre este medicamento até o tratamento estar terminado, mesmo que se sinta melhor. Se parar de
tomar este medicamento demasiado cedo, a infecção pode voltar. Além disso, as bactérias podem tornar-se
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resistentes ao medicamento
CASO 2
IDADE: 27 anos
GÉNERO: Masculino
Sinais e sintomas:
➔ Dor + Ardor na zona do externo
➔ Regurgitação
➔ Ocorrem: pelo menos 1 vez por semana
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CASO 2
○ PA: 130/70 mmHg
○ FC: 80
○ PESO: 100 kg
○ ALTURA: 1,70 m
○ IMC: 34,6
○ Sintomas gástricos:
antiácidos
(comprimidos de
carbonato de cálcio)
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1. Qual o diagnóstico mais provável associado às
queixas gástricas do doente?
DGS
AJG
DGS
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2. Comente o facto de não ter sido pedida uma
endoscopia digestiva alta ao doente
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3. Quais os factores de risco que o doente apresenta
e que podem contribuir para o desenvolvimento
da sua patologia
Fatores de risco para a DRGE:
Factores de risco do doente:
1. Hérnia do hiato;
2. Obesidade; 1. Obesidade (IMC: 34,6)
2. Refeição abundante (jantar)
3. Gravidez;
3. Ingestão de álcool
4. Tabagismo;
5. Diabetes; IMC, perímetro abdominal, aumento de peso,
6. Diminuição da saliva (pH alcalino) presença dos sintomas e das complicações da
7. Doenças do tecido conjuntivo e doenças que DRGE → doença gastroesofágica com lesão
aumentem a secreção de ácido no estômago. erosiva e eventualmente esófago de Barrett
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Savarino E, Bredenoord AJ, Fox M, et al. Advances in the physiological assessment and diagnosis of
GERD. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2017;14:665‐676.
5. Que medidas não farmacológicas serão úteis para
este doente?
1. Perda de peso;
2. Elevação da cabeceira da cama e evitar refeições 2-3horas antes de ir para a
cama bem como refeições abundantes;
3. Evitar “substâncias ou alimentos, que podem promover o refluxo (cafeína,
álcool, tabaco, mentol, chocolate, alimentos gordos ou fritos, condimentados
ou ácidos) pode ser útil, mas a sua eliminação global e indiscriminada, não
pode ser recomendada como tratamento da DRGE”.
x x x x 19
6. Quais as opções farmacoterapêuticas mais adequadas para tratar
este doente e qual a duração recomendada do tratamento?
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7. Quais as recomendações a dar ao doente relacionadas com a
medicação?
RECOMENDAÇÕES IBP
➔ Duração: 4 semanas;
➔ Posologia: 1 administração diária;
➔ Posologia: administração 30-60 minutos antes
da primeira refeição do dia;
➔ Se os sintomas descritos forem noturnos,
necessário alterar a dosagem para 2 tomas
diárias;
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8. Quais as precauções e principais efeitos adversos
descritos para os fármacos que referidos?
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9. Quais são os objectivos terapêuticos para este doente?
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS:
1. Aliviar os sintomas:
a. Melhorar o esvaziamento gástrico
b. Diminuir a acidez do líquido refluído
2. Diminuir a frequência ou a recorrência e a duração do refluxo GE
3. Promover a cicatrização da mucosa danificada
a. Proteger a mucosa esofágica
4. Prevenir complicações
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CASO 3
IDADE: 65 anos
GÉNERO: Masculino
Sinais e sintomas:
➔ Dor + Ardor na zona do externo
➔ Dispepsia
➔ Tosse seca
➔ Pieira 24
CASO 3
Terapêutica atual:
○ Valsartan 100 mg/dia
○ Domperidona 10 mg 3x/dia
○ Sucralfato 1g 2x/dia
DOR
SENSAÇÃO DE QUEIMADURA NA ZONA DO EXTERNO
TOSSE SECA E PIEIRA
AUSCULTAÇÃO COM SIBILOS b) Síndromes extra-esofágicas divididos em
dois subgrupos:
i. Com associações estabelecidas:
(i) Síndrome tosse de refluxo gastro
esofágico (RGE), síndrome laringite de RGE,
Doença do refluxo síndrome de asma de RGE.
ii. Com associações propostas:
gastroesofágico extra-esofágica (i) Faringite, sinusite, fibrose pulmonar
idiopática, otite média recorrente.
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2. Qual a abordagem diagnóstica que considera útil nesta fase da
doença?
“No caso de a observação endoscópica revelar mucosa normal, ou com aspeto sugestivo de
esofagite péptica, não deve ser efetuada biópsia, especificamente, para o diagnóstico de DRGE”
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3. Quais as opções farmacoterapêuticas mais adequadas para
tratar este doente? Quais as recomendações a dar ao doente?
Qual a duração recomendada do tratamento?
RECOMENDAÇÕES:
● Elevação da cabeceira da cama
● Redução da ingestão de gorduras (fritos)
● Perda de peso
● Evitar ingerir grandes quantidades de alimentos
● Alimentos a evitar: cafeína, pimenta, alimentos gordos, chocolate, citrinos, tomates e
derivados e álcool
● Evitar bebidas gaseificadas
● Evitar alimentos com aditivos, conservantes e especiarias
● Evitar roupa apertada ao redor do abdómen
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4. Que alterações sugere relativamente à terapeutica
anteriormente instituida?
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5. Quais são os objectivos terapêuticos para este doente?
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS:
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6. Em caso de esófago de Barret qual a terapêutica recomendada?
Situação caracterizada pela substituição do habitual epitélio pavimentoso do esófago distal, por um epitélio
cilíndrico anormal, com metaplasia intestinal especializada. Tem propensão para o desenvolvimento de alterações
malignas, com formação de displasia e, ulteriormente, de adenocarcinoma, conferindo um risco relativo 11,3 vezes
superior ao da população geral.
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Farmacoterapia I
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ÚLCERA PÉPTICA
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Albertina Teixeira || Andreia Raimundo || Bia Abreu || Maria Leonor Cunha || Matilde Milheiro