Você está na página 1de 3

Catarina Monteiro dos Santos Martins 12ºL

Síntese
 Preconceitos
Os preconceitos são atitudes que envolvem um pré-juízo, um pré-julgamento, na maior parte das
vezes negativo, relativamente a pessoas ou grupo sociais.
O preconceito é uma disposição adquirida cujo objetivo é a diferenciação social. Nos
preconceitos predomina a função socioafetiva, dado que manifestam um desejo de coesão e de
proteção de um grupo social, assumindo, frequentemente, posições radicais
contra estes. O preconceito tem três componentes: Nota: o preconceito distingue-se do
estereótipo porque não se limita a
1. A componente cognitiva: corresponde a um estereótipo geralmente atribuir características a um
negativo que se formula face a um grupo social. determinado grupo ou pessoa,
2. A componente afetiva: refere-se aos sentimentos que se envolve uma avaliação.
experimentam relativamente ao objeto do preconceito.
3. A componente comportamental: refere-se à orientação do comportamento face à pessoa
ou ao grupo, pode refletir-se num comportamento mais ativo concretizando atos de
discriminação.

 Discriminação
A discriminação é o comportamento dirigido aos indivíduos visados pelo preconceito. O tipo de
discriminação está ligado ao preconceito que lhe está subjacente: racial, sexista, religioso,
étnico, etc.
A discriminação pode manifestar-se em diferentes níveis, podendo ir desde uma atitude de
evitamento até comportamentos hostis e a agressões aos indivíduos e grupos visados.
Pode ocorrer também em discriminação positiva, por exemplo, quando se criam medidas que
visam apoiar aqueles que sofrem de exclusão económica.

 Discriminação e autoestima

Um dos aspetos mais inquietantes na discriminação é o efeito que tem sobre a autoestima dos
discriminados. Kurt Lewin, um investigador, considerava que as pessoas objeto de
discriminação interiorizavam o estatuto de vítimas, autodesvalorizando-se, e estudos mais
recentes têm vindo a confirmar esta relação ( grupos frequentemente discriminados, como as
mulheres e os homossexuais, acabam por partilhar juízos negativos sobre si próprios).

 Conflito e cooperação
O conflito é uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou interesses
incompatíveis, este ocorre em relações próximas e/ou interdependentes em que existe um estado
de insatisfação entre as partes.
A situação de conflito pode assumir o caráter de conflito interpessoal (conflito interno), conflito
interpessoal (entre pessoas) e conflito intergrupal (entre grupos).
 Conflito e relação

Se não há relação, não há conflito, seja entre pessoas, seja entre grupos. Uma característica que
acompanha o conflito é o estado de insatisfação, que pode ter várias origens.
Nas últimas décadas, a psicologia tem encarado os conflitos intrapessoais numa perspetiva
positiva, afirmando que, a vivência de conflitos e as crises que daí decorrem correspondem,
geralmente, a processos de desenvolvimento psicológico. Ultrapassando o conflito, somos
capazes de responder de forma mais adaptada á situação que vivemos.
Constata-se também que os conflitos intergrupais têm sido encarados de forma diferente.
Considera-se que os conflitos têm aspetos negativos porque correspondem a períodos de tensão
e de insatisfação das pessoas e dos grupos, e têm aspetos positivos porque o confronto é gerador
de mudança, que é o fundamento da evolução do desenvolvimento social. O conflito social é
encarado como um elemento vital da mudança e das dinâmicas sociais.
Perdendo a conotação totalmente negativa, os conflitos passaram a ser encarados como “estados
de relacionamento” inerentes à vida social, sendo uma das manifestações das interações socias.

 Conflito e identidade grupal

Um dos aspetos estudado dentro dos conflitos interpessoais é a força da identidade do grupo,
visto que, o conflito reforça a conceção de “nós”- endogrupo- por oposição a “eles”- exogrupo.
Este sentimento corresponde à necessidade das pessoas verem o seu grupo como “melhor” que
qualquer outro grupo. A situação de conflito reforça esta necessidade, podendo aumentar a
coesão do endogrupo, ao mesmo tempo que pode aumentar a rejeição ao exogrupo. Estes
sentimentos estão relacionados com o desenvolvimento dos preconceitos e da discriminação.
Os conflitos podem ser úteis nas diferentes instâncias, porque impedem a estagnação, a
consequência poderá ser uma forma mais adequada, mais ajustada e dinâmica de integrar a
sociedade.

 Conflito e cooperação

Experiências vieram a mostrar que, entre grupos hostis, o contacto que envolva a cooperação, a
entreajuda e a interdepêndencia, tem muito mais possibilidade de sucesso na superação de
conflitos e preconceitos. Efetivamente, é necessária a cooperação, isto é, a ação conjunta que
implique colaboração dos envolvidos para se atingir um objetivo comum.

 Conflito e mediação

A mediação é uma forma de resolver um conflito, recorrendo a uma outra parte - o mediador –
que não está envolvida no conflito. Recorre-se a um mediador quando os adversários já não
conseguem comunicar serenamente, mas pretendem resolver o conflito.
A mediação pode:

 Ser familiar, por exemplo, quando há um divórcio e os cônjugues já não conseguem,


sozinhos, ultrapassar a dificuldade ou a impossibilidade de comunicar;
 Existir nos conflitos laborais;
 Existir nas relações internacionais, onde, um exemplo de um mediador é a ONU, que
procura ser a mediadora de crises e conflitos entre países.
 Conflito e negociação

A negociação é um processo de resolução de conflitos em que as partes intervenientes,


voluntariamente, procuram construir um acordo no sentido de impedir o agravamento da
hostilidade. Esta visa evitar a confrontação direta e é um processo dinâmico em que as duas ou
mais partes fazem cedências e exigências mútuas.

Página 187- Testa o que sabes


4. B
5. A
6. B
Página 192- Testa o que sabes
1. A
2. B
3. D
4. C
5. Não, visto que muitas vezes se compete com pessoas com as quais não se tem uma
relação e, se não há relação, não há conflito.
6.
7.
7.1 O conflito é entre dois grupos profissionais numa empresa pública de transportes, o
grupo dos condutores e o grupo dos operários da manutenção.
7.2 Õs investigadores designam o grupo dos condutores como o dominador porque este
ganha sempre e tem mais recursos, e designam o grupo dos operários como o
dominado porque este é sempre o perdedor e tem menos recursos.
7.3 O objetivo superordenado é a fortalecer a ligaçãodos dois grupos profissionais à
estação, permitindo a emergência de uma nova realidade pela qual todos se sintam
responsabilizados e criar uma maior eficácia funcional.
7.4 Foi necessária a manutenção dos dois grupos devido a cada um ter funções
específicas e, assim, poder responsabilizar cada um pela realização dos objetivos
parcelares.
7.5 Para estabelecer uma interdependência entre os grupos.
7.6 Foi criado um esquema de contactos institucionalizados incidindo sobre problemas
gerais da estação, bem como sobre problemas específicos do funcionamento dos
dois grupos, evitando a confrontação direta.

Você também pode gostar