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1.

– (1,0 ponto) - No que tange à indignidade analise as assertivas abaixo:


I – não é automática, precisando de sentença transitada em julgado.
II – o indigno fica obrigado a devolver os frutos da herança que porventura tenha
auferido, pois pelo princípio da saisine o herdeiro se tornou dono imediatamente após a
morte.
III – os efeitos da indignidade são pessoais, só atinge o herdeiro, até porque, tratando-se
de uma pena, não pode ultrapassar a pessoa do infrator; assim os filhos do indigno
receberão a herança face ao direito de representação.
IV – o efeito não é “ex tunc”, mas “ex nunc”, não retroagindo considerando-se válidas as
alienações onerosas feitas pelo indigno antes da sentença a terceiro de boa-fé.
Está CORRETA a afirmação:
(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III apenas
(C) I, II e IV apenas
(D) I, II, III e IV.

2. – (1,0 ponto) - João Paulo faleceu, em maio de 2019, na cidade de Atibaia (SP).
Empresário próspero tinha domicílio na cidade de São Paulo (SP), e possuía inúmeros
bens, dentre os quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda em
Lucas do Rio Verde (GO) e alguns veículos de luxo, atualmente guardados em uma
garagem em Salvador (BA).
Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente para o inventário e a
partilha dos bens deixados por João Paulo.
(A) - Os foros de Búzios (RJ) e de Lucas do Rio Verde (GO), concorrentemente.
(B) - O foro de São Paulo (SP).
(C) - O foro de Salvador (BA).
(D) - O foro de Atibaia (SP).

3. – (1,0 ponto) - A respeito da sucessão legítima, assinale a opção incorreta.


(A) A existência de herdeiros na classe dos descendentes afasta da sucessão os
ascendentes.
(B) O cônjuge sobrevivente herdará a totalidade da herança na ausência de
descendentes e ascendentes.
(C) Os herdeiros colaterais são herdeiros necessários.
(D) Concorrendo à herança sobrinho e tio do finado, conquanto sejam ambos colaterais
de terceiro grau, apenas o primeiro receberá, excluindo-se, por conseguinte, o segundo.

4. – (1,0 ponto) - No que tange ao objeto da sucessão analise as afirmações que


seguem:
I – Os Direitos personalíssimos não se transmitem com a herança. Igualmente não se
transmitem as obrigações de fazer infungíveis, o uso, o usufruto, a habitação, e, também
as obrigações alimentares.
II – A herança é tida como universalidade de bens e indivisível. Ainda, todos os bens que
a compõem reputam-se imóveis, independentemente de que natureza originária tenham
(ex. imóveis, móveis, semoventes, depósitos bancários e aplicações financeiras).
III - Com a partilha cessa o estado de indivisão da herança, formando-se, a partir de
então o quinhão hereditário de cada herdeiro, não havendo óbice, no entanto, que se
mantenha condomínio, só que agora formado pelos herdeiros.
Esta correto o que se afirma:
(A) – itens I e II, apenas.
(B) – itens I e III, apenas.
(C) – itens II e III, apenas.
(D) – todos os itens estão corretos.

5. – (1,0 ponto) - Dentre outras causas há deserdação:


I - Dos descendentes por seus ascendentes quando há ofensa física ou injúria grave ou
relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto ou, ainda, desamparo do ascendente
em alienação mental ou grave enfermidade.
II - Dos ascendentes pelos descendentes quando se configura ofensa física ou injúria
grave ou relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o
marido ou companheiro da filha ou o da neta, ou, também, desamparo do filho ou neto
com deficiência mental ou grave enfermidade.
III – Do cônjuge ou companheiro em relação ao outro cônjuge/companheiro, quando
houver ofensa física ou injúria grave ou relações ilícitas com o filho ou neto, ou
desamparo do cônjuge/companheiro com deficiência mental ou grave enfermidade.
Está correto o que se afirma:
(A) – itens I e II, apenas.
(B) – itens I e III, apenas.
(C) – itens II e III, apenas.
(D) – todos os itens estão corretos

6. – (1,0 ponto) - Pedro Paulo faleceu no estado de solteiro. Na data do falecimento


deixou patrimônio estimado em R$ 1.000.000,00. Tinha um filho. Ainda, deixou pai e mãe
vivos, e, igualmente, dois sobrinhos filhos de seu irmão cujo falecimento antecedeu ao
seu. No caso em apreço a herança de Pedro Paulo será distribuída:
(A) – entre o filho e seus pais, excluindo, apenas os sobrinhos.
(B) – unicamente a seu filho, excluindo, por conseguinte, os demais herdeiros.
(C) – entre o filho e seus sobrinhos.
(D) – entre seus pais e seus sobrinhos.

7. – (1,0 ponto) - Acerca dos pressupostos para se apurar a capacidade sucessória


analise as afirmações seguintes:
I – Necessária sobrevivência do sucessor, uma vez que se este falecer antes do autor da
herança perderá a capacidade para suceder.
II – é possível ser sucessor legal pessoa ainda não concebida. Ainda, na sucessão
testamentária lícita será a destinação de patrimônio aos filhos, ainda não concebidos, de
pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão.
III – Lícita será a transmissão hereditária condicional, subordinada, portanto, a evento
futuro e incerto.
Está correto o que se afirma:
(A) – itens I e II, apenas.
(B) – itens I e III, apenas.
(C) – itens II e III, apenas.
(D) – todos os itens estão corretos

8. – (1,0 ponto) - Antonio Marcos foi declarado indigno de receber a herança de seu
finado pai Robson. Ao tempo do falecimento Robson além do indigno deixou outros dois
filhos (Augusto e Marcilio). Antonio Marcos tem um único filho (Pedrinho). A herança
deixada por Robson, que monta R$ 600.000,00, será distribuída entre seus herdeiros da
seguinte forma:
I – A Augusto, Marcílio e Pedrinho, na razão de 1/3 (um terço) cada.
II - A Augusto e Marcílio, apenas, na razão de ½ (metade) cada.
III – A Augusto, Marcilio e Pedrinho, na razão de 33,33% cada um deles.
IV – A Augusto, Marcilio e Perinho, bna razão de R$ 200.000,00 cada um.
Está correto o que se afirma:
(A) – itens I, apenas.
(B) – itens II, apenas.
(C) – itens I e III, apenas.
(D) – itens I, III e IV.

9. (até 2 pontos) – Disserte, pelo menos, sobre duas causas que podem ensejar o
reconhecimento de indignidade de modo a retirar do herdeiro a possibilidade de suceder.

A Indignidade é a exclusão do sucessor devido ao fato do mesmo ter praticado um ato


reprovável contra o autor da herança sendo então punido com a perda do direito
hereditário. A indignidade é uma sanção civil que acarreta na perda do direito sucessório.
Para que ocorra a indignidade, é necessário que o herdeiro excluído tenha praticado, em
síntese, Atos contra a vida, contra a honra e contra a liberdade de testar do autor da
herança, como descreve o artigo 1814.

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