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ANO LETIVO 2020/2021

2º TAI

Módulo 5
A acção pedagógica desenvolvida em creche
A Creche

    Uma Creche é um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico e cuidados às


crianças com idade até aos três anos. Conforme o país e o seu sistema educativo, a creche
pode integrar-se na Educação Pré-Escolar ou na Educação Infantil .
    As primeiras creches surgiram no século XIX na Europa, antecipadas pela estruturação do
capitalismo, a crescente urbanização e a necessidade de reprodução da força de trabalho
composta por seres capazes, nutridos, higiénicos e sem doenças.
    As creches foram criadas para que as mães tivessem onde deixar seus filhos para
trabalhar. Estas associações eram compostas por grupos femininos e surgiram para atender à
necessidade da mulher por não ter esta outra alternativa quanto ao lugar para deixar os seus
filhos. A creche surgiu também para atender os filhos das “mães incompetentes”, assim
consideradas por não serem boas donas-de-casa e não cuidarem adequadamente de seus
filhos, não evitando os perigos que pudessem levá-los à vagabundagem e à morte.
 
Escola do Tricô- Fundanda em 1767 pelo Padre Oberlin, na França.
Escola Infantil- Criada em 1816 por Robert Owen, na Escócia.
Jardim de Infância- Criada por froebel, na Alemanha.
Casa dei bambini (casa das crianças) - No início do Séc.XX por Maria Montessori, na Inglaterra.
O Infantário - No início do Séc.XX por Margaret McMillan, na Inglaterra.

Retirado do Documento "A Criança na Creche":  

   Creche como uma resposta social, onde a criança deve ser acolhida, amada e respeitada na
sua originalidade e ajudada a crescer harmoniosamente.

O Processo de Aprendizagem necessita de três fatores muito importantes a saber:

1. Possibilidade de experienciar ( descobrir, sentir....);

2. Bem estar físico e emocional (saúde);

3. Sentir e estar num ambiente seguro e calmo.

Organização da vida em estabelecimentos de Primeira Infância

A Rotina Diária na Creche: 

    Na educação infantil a rotina diária tem uma grande importância, no entanto é ainda
maior para as crianças da creche (até 3 anos) pois exerce um importante papel de segurança
e conforto.

    A rotina diária na creche é muito importante, uma vez que proporciona à criança uma
sequência de acontecimentos que ela segue e compreende, ou seja, oferece-lhe uma
estrutura de acontecimentos do dia. Deve ser consistente, permitindo que a criança antecipe
os acontecimentos que se vão seguir, sendo uma estrutura de segurança para a criança.

    A rotina desempenha também um papel facilitador na captação do tempo e dos processos
temporais. A criança aprende a existência de fases, do nome dessas fases e o seu
encadeamento sequencial.
 O Contato com a Familia e a Comunidade: 

    A familia é o primeiro contexto na qual a criança desenvolve padrões de socialização,


deste modo, ela se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante a sua experiência
de vida primária que vai refletir na sua vida escolar, sendo assim, o sucesso da tarefa da
escola da escola depende da colaboração familiar ativa.

    É impossível colocar à parte a escola, a família e a sociedade, pois, se o indivíduo é aluno,
filho e cidadão, ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete apenas à escola, porque
o aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera
significativas, dos meios de comunicação, do quatidiano. Sendo assim, é preciso que
professores, família e comunidade tenham claro que a escola precisa contar com o
envolvimento de todos.

    É necessário que a família e escola se encarem responsavelmente como parceiras de


caminhada, pois, ambas são responsáveis pelo que produz, podendo reforçar ou contrariar a
influência uma da outra. Família e Escola precisam criar, através da educação, uma força
para superar as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva, atuando
juntas como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando.

Utilização do Tempo e do Espaço na Creche:

 Criar ordem e flexibilidade no ambiente físico

 Áreas distintas de cuidados e de brincadeiras.

 Preparação de alimentos e refeições, sono, sesta e higiene.

 Sítios para interacção social, locais privados.

 Um espaço de chão livre.

 Áreas especializadas à volta do espaço.

 Espaço central livre para jogos activos.

 Mobiliário, equipamento e caixas móveis.

 Acesso fácil ao exterior.

Proporcionar conforto e segurança a crianças e adultos

 Chão, paredes e tectos limpos e acolhedores.

 Locais acolhedores (almofadas, sofás, cadeirões, tapetes).

 Luz natural suave.

 Mobiliário e equipamento à medida dos bebés e crianças.


 Mobiliário à medida dos adultos.

 Arrumação para os objectos dos educadores, das crianças, brinquedos e roupa de


reserva.

 Armários para as crianças.

 Estantes e caixas de arrumação acessíveis às crianças.

 Estantes, armários e cabides para os adultos.

 Acesso seguro e conveniente dos adultos a apetrechos e utensílios de todos os dias.

 Uma zona com entrada acolhedora.

 Coisas agradáveis que lembrem a casa.

 Objectos de conforto da criança.

 Fotografias de família.

 Espaço para as produções criativas das crianças.

 Focalização a nível do chão.

Apoiar a abordagem sensório-motora das crianças à aprendizagem

 Materiais que façam apelo aos sentidos das crianças.

 Coisas para cheirar, ouvir, tocar, saborear, ver.

 Materiais versáteis (de desperdício/naturais e também comercializado).

 Ambiente com texturas variadas (superfícies interiores, exteriores, mobiliário).

 Vistas interessantes (janelas, clarabóias, aquário).

 Espaço e materiais para as crianças se movimentarem.

 Variedade em termos de escala (equipamento, mobiliário, brinquedos).

 Níveis físicos múltiplos.

 Locais adequados a diferentes níveis de actividade.

 Jogo activo.

 Jogo calmo, no mesmo lugar.

 
O dia a dia das creches e pré-escolas é repleto de atividades organizadas por educadores
que, de uma maneira ou de outra, lidam com o espaço e o tempo a todo o momento. 

Como organizar tempos de brincar, de tomar banho, de se alimentar, de repousar de


crianças de diferentes idades nos espaços das salas de atividades, do parque, do refeitório,
do banheiro, do pátio? É tarefa dos educadores organizar o espaço e o tempo das escolas
infantis, sempre levando em conta o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das
crianças.

E à organização das atividades no tempo, nas escolas de Educação Infantil, são necessários
momentos diferenciados, organizados de acordo com as necessidades biológicas,
psicológicas, sociais e históricas das crianças maiores). Nesse sentido, a organização do
tempo nas creches e pré-escolas deve considerar as necessidades relacionadas ao repouso,
alimentação, higiene de cada criança, levando-se em conta sua faixa etária, suas
características pessoais, sua cultura e estilo de vida que traz de casa para a escola 

Retirado do documento nº1 "Atividades em Creche":

Na Creche, o Educador deve propocionar à criança as condições necessárias para que ela
possa desenvolver todos os aspetos da sua personalidade, nomeadamente nos campos
sociais, intelectual, físico e emocinal, não obstante a consciência de que existem ritmos
diferentes de desenvolvimento em cada criança que importa respeitar.

Assim, é necessário que se tenha em conta:

 Devemos encorajar a criança, gradualmente, a desenvolver a sua capacidade para


"estar" com os adultos, com o grupo de pares, com o meio envolvente;

 Devemos ajudá-la a dominar, a desembaraçar-se e a aprender;

 Devemos ensinar-lhe que existem várias maneiras de olhar o mundo e que deve
aceitar e respeitar a maneira de ser dos outros.  

Rotina

    As situações de rotina são momentos favorecidos de interação entre adulto e criança,
durante as quais o adulto pode falar, brincar, jogar, sorrir e estabelecer uma relação
afetuosa com a criança, uma vez que cada uma delas é unica e têem carências diferentes.

    O acolhimento, a mudança da fralda, as refeições, o repouso, a higiene, o jogo, fazem


parte de uma rotina diária organizada que deve ser mantida, sendo no entanto flexível,
tendo em atenção as necessidades de cada criança, respeitando os diferentes ritmos, hábitos
e preferências de cada bebé.
    Estas rotinas oferecem segurança, hábitos, pois vão progressivamente adquirindo uma
noção de tempo e espaço e compreendendo a continuação das várias ocorrências diárias.  

Refeições

    A importância das refeições é criar uma oportunidade diária de fortalecer relações com as
crianças, apoiando-as na conversação, na exploração e na repetição, proporcionando assim,
uma aprendizagem e uma autonomia, fazendo com que a criança se torne independente e se
consiga alimentar sem a ajuda do adulto. 

    Cada criança tem o seu tempo, e esse tempo deve ser respeitado, ao adoptar este
comportamento o adulto está a transmitir à criança uma mensagem positiva, e esta
mensagem não é só pelo acto de comer mas também sobre as relações sociais, tornando-se
uma criança mais autónoma.

    Durante a refeição trabalha-se também para que a criança perceba e tome consciência da
função dos alimentos no organismo, dando assim maior valor às refeições. São estimuladas
através de vários meios, introduzidos como experiências, tais como: conversas, histórias,
pesquisas, etc.... 

    Na hora da refeição trata-se que a criança alcance bons hábitos à mesa, utilizando
corretamente o talher e tendo oprtunidade de sentir alimentos novos e diferentes.  

Elaboração de Ementas: 

Deverá ser: 

 Equilibrada, variada e rica em nutrientes;

 Diversificada e estar de acordo com o desenvolvimento das crianças a que se


destina;

 Respeitar as diversas perferências e necessidades individuais de cada criança;

 Elaborada com a coloboração de todos os responsáveis no estabelecimento por este


processo e com o aconselhamento de um nutricionista;

 Elaborada, no minímo, semanalmente, pelos responsáveis por este processo no


estabelecimento;

 Em situação de necessidade, possuir dietas especiais;


 A ementa e respetivas dietas especiais são divulgadas e afixadas em local visível de
forma a poderem ser consultadas pelas famílias;

 As famílioas são informadas das ementas e das eventuais alterações das mesmas;

 O responsável pelo fornecimento de refeições tem conhecimento em tempo útil,


de:   

                        - Ementa;

                        - Número de refeições a confeccionar;

                        - Tipo de dietas e respetivo número.                                                                                                                   

A Higiene

    Os hábitos de higiene por parte da criança são adquiridos ao longo do seu processo de
desenvolvimento, por isso são os pais que têm um papel fundamental para que a criança
consiga interiorizar a importância desses hábitos.

    É importante que os pais apoiem e ensinem a criança a responsabilizar-se pela sua própria
higiene, criando desde cedo rotinas e promovendo, gradualmente, a autonomia nos seus
cuidados pessoais e gosto pela imagem.

    A falta de higiene não é apenas um problema que pode interferir com a saúde pois está
relacionada com a auto-estima e o bem-estar, podendo causar nos jovens dificuldades de
relacionamento entre os seus pares.

    A higiene pessoal da criança inclui: 

         - Tomar banho;

         - Limpar os ouvidos e nariz;

         - Pentear o cabelo;

         - Lavar os dentes; 

 Cuidados a ter durante:

  O Sono: 

               - Mantenha as portas e as janelas abertas, inclusive nos dias frios, para evitar o
aumento de germes no ar, o que facilita a transmissão de doenças. 

              - Garanta que entre os colchonetes haja meio metro de distância.    


              - Disponha os bebês em posições opostas: a cabeça de um não deve ficar próxima à
do outro.

              - Assegure que todos tenham fronha e lençóis próprios e identificados, assim como
chupetas e paninhos.            

              - Auxilie as crianças a fazer a higiene nasal antes de dormir.    

           - Lave as chupetas após o uso com água e detergente e guarde-as em potes individuais.
Amarrá-las às roupas é anti-higiénico. 

Troca de fralda:

            - Lave as mãos antes e depois, evitando a contaminação própria e entre os bebês. Eles
também devem ter as mãos lavadas, pois existe a chance de tocarem nas secreções
enquanto são limpos e trocados. 

            - Mantenha o cesto de lixo (com pedal) próximo e descarte as fraldas sujas tão logo
sejam retiradas.   

           - Evite fraldas de pano. É difícil acondicionar as usadas para que sejam enviadas à casa
das crianças. A pré-lavagem também não é recomendada, pois há o risco de contaminação.    

        - Limpe o colchonete sempre antes e depois de cada troca com água e sabão. Outro
procedimento possível é forrá-lo com uma toalha de uso individual (que deve ser substituída
todos os dias) e, sobre ela, colocar papel toalha.   

              - Use luvas descartáveis só se houver machucados na criança ou em você. Mesmo


assim, lave bem as mãos antes e depois.  

Lavagem das Mãos:

                   - Lave as mãos com água e sabonete em abundância e ensine as crianças a fazer o
mesmo ao chegar à creche, antes das refeições, depois de ir ao banheiro ou de trocar a
fralda e na volta do parque. A limpeza deve incluir as palmas, os dorsos, todos os dedos, as
unhas e os punhos. 

                - Para a secagem, dê preferência a toalhas de papel descartáveis. Se apenas as de


tecido estiverem disponíveis, garanta que sejam para uso individual. Nesse caso, é
fundamental que sejam trocadas com frequência a fim de serem lavadas e secas antes de
serem usadas novamente.     
               - Combine com todos os profissionais da creche envolvidos no preparo e na
manipulação dos alimentos servidos que eles lavem as mãos em pias específicas para a
tarefa. 
               - Oriente a comunidade - o que inclui os pais dos bebês - a limpar as mãos ao entrar
na creche, com água e sabão ou com álcool gel.

 Alimentação: 

                   - Deixe os alimentos esfriar à temperatura ambiente. Não assopre, pois isso


aumenta a chance de contaminações. 

              - Identifique as mamadeiras com o nome dos bebês. 

           - Leve as crianças para o refeitório em grupos pequenos, evitando que fiquem


aglomeradas enquanto se alimentam. Assim, todas podem aproveitar o momento e receber
ajuda para aprender hábitos à mesa, como se servir e usar talheres. 

             - Reserve um espaço para que as mães amamentem os bebês, distante dos locais de
troca de fralda e de banho. 

               - Certifique-se de que todos lavem as mãos antes das refeições, inclusive os bebês
que tomam mamadeira ou mamam no peito. 

Atividades:

        - Diariamente, solicite que a equipe de limpeza limpe os brinquedos depois de a criança


usá-los.

        - Coloque os materiais, a cada período de atividades,numa gaveta de plástico, a ser


retirado pelos funcionários. Assim, todos poderão ser lavados com água e sabão e colocados
para secar ao ar livre. Enquanto isso, os pequenos poderão usar uma nova leva de
brinquedos. 
        - Assegure a ventilação dos ambientes que os pequenos frequentam, bem como a
alternância entre momentos de atividades internas e externas, evitando que as crianças
passem longos períodos em um único ambiente fechado, o que aumenta a chance de
transmissão de males como gripes, resfriados e infecções.

O Repouso

O Sono é importante para a aprendizagem e para o crescimento, além de ser uma


necessidade fisiológica. Quando uma criança adormece, é porque está realmente
precisando. 

Tal como nas outras rotinas, também esta assume um caráter especializado e flexível.
Quanto mais pequena a criança, maior é a sua necessidade de dormir.  Existem, no entanto,
fatores a ter em conta, tais como: 

    - Adormecer num espaço calmo, silencioso;


    - Preservar as necessidades individuais e o ritmo individual de cada criança, deixando-a
usufruir de um "bom soninho";

O facto de possuir algum objeto provisório, um objeto que facilite a ligação ao sono é,
muitas vezes, o elo de ligação entre a família e a creche, devendo, por isso mesmo, ser
respeitado. Este objeto provisório transmite à criança conforto e alívio, permitindo-lhe
representar a mãe ausente e tolerar melhor a separação.

Em resumo, os bebés devem ser deitados sempre que necessitem, na sua cama, com a
chucha, fralda oiu boneco conforme estão habituados.   

O Jogo

A Importância dos Jogos na Creche

    As crianças precisam de distrair-se, brincar e jogar. Os jogos são uma forma de educar
como outra qualquer, pois incluem as componentes lúdicas e de lazer ao mesmo tempo. 

    Os jogos permitem uma grande mobilidade, quer seja física ou imaginária, a todas as
crianças. Por mais apáticas ou rebeldes que as mesmas possam ser, as crianças gostam
sempre de jogar a alguma coisa. Motivam-se com o desafio e com a novidade de entrar num
mundo que não conhecem, apurando o seu imaginário.

    A criança descobre novas coisas do mundo e de si mesma, investiga e desenvolve-se a ela
própria. Óbvio que não se pode exigir jogos muito profundos e desenvolvidos a uma criança
com poucos meses. Os jogos adequam-se à idade de cada criança e ao objectivo do jogo,
bem como o grau de dificuldade do mesmo, passa sempre pela capacidade dos mais novos
tendo em conta a idade.

    Durante o jogo a criança deve-se esforçar por fazer tudo sózinha, mas sempre que a
pessoa que está com ela notar dificuldades excessivas deve de imediato explicar-lhe as
coisas, para que ela não se sinta impotente e com falta de habilidade ou inteligência.
Todavia, cabe às crianças descobrirem a solução ou a saída para uma determinada situação.
O adulto só deve intervir em último caso, e quando sentir que a criança está irrequieta. 

Atividade Espontânea e Orientada

 
As Atividades Espontâneas são atividades feitas através de brincadeiras e jogos que
possibilitem a aprendizagem da criança por meio das interações e do convívio com as outras
crianças, sempre decorrida pelo professor. 

As Atividades Orientadas são atividades que visam despertar o interesse da criança para


uma atividade orientada. Isso pode envolver uma atividade lúdica, através de jogos de
montagem que estimulem a percepção da criança ou mesmo desenhos para averiguar
o desenvolvimento da sua coordenação motora.

Exemplos de Atividades Espontâneas e Orientadas:

    Canções: Memorização, linguagem, ritmo, gosto pela música, disciplina;

    Lenga-lengas: Exploração dos sons e ritmos, expressão através da linguagem oral,


gestual e corporal;

    Pintura com dedo, mãos e pés: Exploração de diferentes materiais, cores, formas e


texturas, controlo da motricidade;

    Jogos: Compreensão de regras, socialização;

    Modelagem: Controlo da motricidade, capacidade de exploração;

    Rasgagem e colagem: Motricidade, autonomia, iniciativa;

    Histórias: Descoberta de si e do outro, linguagem verbal e não verbal, imaginação;

    Fantoches: Concentração, visualização;

    Brincadeira livre e orientada: Socialização autonomia, liberdade de escolha

Objetivos

Desenvolvimento Afetivo:

    Em todos os estágios do desenvolvimento mental da criança há um paralelismo entre o


desenvolvimento cognitivo e afetivo, isto é, há uma relação direta entre a inteligência e a
afetividade. A afetividade constitui a energética da ação, ou seja, é o interesse e a vontade
que funcionam como impulsionadores da conduta, e as estruturas de que a criança dispõe
para agir correspondem às funções cognitivas.
    O afeto é de fundamental importância na construção da inteligência, isto é, a afetividade
corresponde aos sentimentos, às emoções, aos desejos, às vontades e aos valores, que dão
suporte às ações. À medida que a criança estiver afetivamente perturbada por qualquer
razão e, por isso, encontrar-se ansiosa, triste, desanimada, com baixa auto-estima etc, o
desenvolvimento geral dela poderá ser atrasado, já que suas preocupações infelizes
canalizam as suas energias. 

Desenvolvimento Motor:

    O desenvolvimento psico-motor vai ocorrendo de acordo com as capacidades da criança


de autocontrolar os seus movimentos e as suas respostas aos estímulos, bem como a
influência que pode ter no meio que a rodeia, assim como a atitude geral e o controlo da
cabeça. É o processo de aprendizagem que envolve, entre outros, a linguagem, memória,
visão, coordenaç ão motora, interacção com as pessoas e objectos.

Linguagem:

    A criança durante o primeiro ano de vida desenvolve as bases necessárias para a visão da
linguagem oral, as suas primeiras palavras. Até esse momento a criança ja é capaz de
comunicar com as pessoas à sua volta embora ainda não fale. 

    Desde que nascem, as crianças mostram um especial interesse pela voz humana e ,
embora nos dê a impressão de que compreendem o que dizemos, na realidade o que
entendem são as situações nas quais se empregam essas palavras.

    As primeiras etapas do desenvolvimento da linguagem são fundamentais e constituem a


base para um correto desenvolvimento da linguagem. Mas isto não quer dizer que não
apareçam dificuldades posteriores, não só na linguagem, mas também na sua fala, na sua
comunicação e inclusivo na aprendizagem da linguagem escrita.

Que fazer para estimular o desenvolvimento da linguagem nas crianças:

 Há que estimular a criança para a actividade verbal desde que nasce; falar-lhe
embora acreditemos que não nos entende.

 Deixar sempre um espaço para que a criança expresse os seus desejos, necessidades,
sentimentos e pensamentos. Sendo pacientes perante a sua dificuldade de
expressão, que cada vez será mais fluida. Quando perguntar algo à criança dê-lhe
tempo para que responda.

 Utilize palavras correctas para designar os objectos, acções e situações. A linguagem


infantil é muito graciosa para as crianças, mas não para os adultos.
 Fale com elas num tom de voz correcto. Não se pode pedir a uma criança que não
grite se os adultos o fazem ao pé dela.

 Não faça comentários negativos sobre a sua linguagem à sua frente.

 Festeje o seu esforço e felicite-o quando algo sai bem. Se disser algo mal não lhe diga
nada.

 Estimule na criança o gosto pela leitura, seleccionando os livros adequados à sua


idade.

Autonomia:

É criar técnicas e métodos para que a criança consiga alcançar a sua independência, ter
vontade própria, iniciar atividades sem ajuda e sem lhe ser solicitado.

Este processo é um trabalho contínuo, para que este obtenha sucesso é preciso muito
trabalho e dedicação. É importante que exista uma boa coordenação entre escola/família e
família/escola.

Regras para desenvolver a Autonomia Infantil:

 Não crie dependência de si durante muitos anos;

 Proporcione à criança liberdade de exercer totalmente as competências de


intimidade e conciência;

 Não impeça a criança de manisfestarem de forma honesta o seu amor, ou a falta


dele. Incentive-as a pedir, dar, aceitar e rejeitar afectos, bem como se auto-valorizar;

 Dar valor aos seus sentimentos, ao seu pensamento e intuições. Devemos responder
as suas exigências quando eles nos pedem;

 Nunca minta as crianças, se existir a necessidade de o fazer devemos explicar-lhes a


razão de o fazer;

 Deixe a criança aprender usando todos os seus sentidos livremente ( visão, olfato,
tato, paladar e audição);

 Dê a criança uma oportunidade de tentar sozinha antes de ir "ajudá-la"

 Não ensine as crianças a competir. ensine-as, por exemplo, a cooperar.


Desenvolvimento Sensorial: 

    As crianças aprendem sobre o mundo ao seu redor no início principalmente através de
seus sentidos. Os sentidos incluem:

- Visão;

- Audição;

- Olfato;

- Gustação ( gosto);

- Tato ( Tocar, Sentir);

    Um bebê aprende a sentar, engatinhar, ficar de pé e andar. As crianças continuam a


aprender a manter o equilíbrio como correr, pular, saltitar, subir e descer escadas, praticar
desportos e participar de outras atividades através dos sentidos.

    A criança está desnvolvendo seus sentidos antes do nascimento. Os bebés recebem
estímulos sensoriais do mundo ao seu redor, mesmo quando dentro do útero da mãe.
Desenvolvimento Sensorial da criança é um processo contínuo. O cérebro aprende a receber
os impulsos dos sentidos, a fim de interagir com o ambiente ao seu redor. Desenvolvimento
sensorial da criança é parte integrante de ensinar a aprender ao longo da vida.

  Os bebés exploram o mundo através dos seus sentidos. À medida que crescem eles usam
todos os seus sentidos. Eles começam a reconhcer o cheiro de suas comidas favoritas. Um
bebé responde a voz da mamãe ou papai. Crianças gostam de tocar. Eles tentar tentam
pegar suas roupas e seus brinquedos favoritos. As crianças continuam a usar seu senso de
paladar para adquirir um amor para alguns alimentos.

 Desenvolvimento Percetivo:

Todo movimento voluntário envolve um elemento de percepção. Desde o nascimento, as


crianças aprendem como interagir com o seu ambiente e essa interação é um processo
perceptivo e, também, motor.

Aos dois anos os aspectos anatômicos e fisiológicos dos olhos estão completos, mas as
habilidades perceptivas não estão completas. As crianças pequenas são capazes de fixar os
olhos em objetos,acompanhá-los e fazer avaliações de tamanho e forma, contudo precisam
de muitos refinamentos.

O desenvolvimento motor é influenciado pela acuidade visual, a percepção de imagens em


nível plano, a percepção de profundidade e a coordenação visual-motora.
As habilidades visual-perceptivas em crianças são restritas se comparadas às dos adultos.
Esse processo não é totalmente inato, portanto quanto mais experiências de aprendizado
motor perceptivo tiverem mais fácil será desenvolver certa plasticidade de reação à várias
situações motoras. Restrições ambientais podem atrasar o aprendizado motor-perceptivo
das crianças.

Percepção significa saber ou interpretar informações, é o processo de organizar informações


novas com informações já armazenadas, o que leva a um padrão de reação modificado.

Desenvolvimento Relacional:

    Procura dar um espaço de liberdade onde a criança aparece inteira, com seu corpo, suas
emoções, sua fantasia, sua inteligência em formação. Este espaço é onde podem ser
expressos seus conflitos, seus medos, , seus sentimentos, tudo dentro de uma estrutura
narrativa do jogo e nas relações que estabelecem com seu dia-a-dia e com o adulto.

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