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TRABALHO (MEMORIAL) AULA 11 – PERSPECTIVAS CRÍTICAS DO

PSICODIAGNÓSTICO (18/05/2020).
Alunos: Bruna Camarão Vieira Martins, Eduardo Diniz Libaneo, Nágila Maria Labella Telles
e Técio Araújo dos Santos.
Disciplina: Psicodiagnóstico Professora: Gabriela Campos dos Santos

Este memorial procurou elucubrar a respeito da formação do psicólogo, a partir da


institucionalização da psicologia enquanto ciência e ofício em nossa sociedade, traçando-se
uma comparação em meio a inclusão histórica e social da ciência psicológica e a
representação desta na formação e atuação profissional do psicólogo, nas quais se constata a
prevalência de um exemplo hegemônico fundamentado nos valores de indivíduo abstrato e a-
história da sociedade ocidental moderna. Analisou-se a concretização profissional através das
aulas práticas ministradas pela professora Gabriela que, naturalizando o fato psicológico que
são acessíveis e limitadas a alguns segmentos sociais, configurando-se numa ação elitista,
descontextualizada e pouco sintonizada com as necessidades das classes menos favorecidas
como mostrou o vídeo assistido durante a aula ministrada, aprovisionando um abarcamento
social difícil de se realizar, que contribui para uma ideia de profissão de utilidade social
prescindível.
O objetivo deste memorial foi, por meio da abordagem qualitativa de pesquisa,
reconhecer o ímpeto deste fato nas experiências vividas por nós aluno do quinto termo de
Psicologia, e constatar se esta inclusão beneficiaria a colocação de uma consciência crítica de
nossa realidade social. Utilizou-se slide em sala de aula online, bate papo virtual e vídeo de
curta metragem para 23 alunos.
Ao analisarmos as apreciações perpetradas à ação do psicólogo e sua desarticulação
com a verdade, permanecemos remetidos a refletir que, de certa forma, aquilo que um dia
podemos realizar em nosso exercício profissional reflexiona a maneira pela qual a psicologia
institucionalizará em nossa sociedade.
As questões feitas por nossa professora, para nós do grupo foram pertinente já que
falar de instituições é identificar de uma maneira complexa de suas vivencias, as principais
instituições de nossas vidas foram: a família, a escola, religião, trabalho, maternidade,
rompimento do casamento (divórcio), casamento dentre outras.
Foram abordados alguns artigos através de slides. Os artigos são referentes a
paradigmas, a questão de psicodiagnóstico interventivo e tradicional. O primeiro artigo com o
título: Psicodiagnóstico tradicional e interventivo: confronto de paradigmas (2010). Neste a
professora discursou um pouco sobre o que seria.
Quando falamos de paradigmas, lembramos que inclui um conjunto de saberes,
verdades, leis, teorias e instrumentos de pesquisa.
O psicodiagnóstico tradicional consiste na entrevista inicial para elaborar uma
hipótese, ou seja, através de uma problematização formular uma hipótese. Este chega muito
perto do modelo médico.
No psicodiagnóstico interventivo é por premissa a testagem de hipóteses, neste caso
haverá aqui uma intervenção. O interventivo olha para o sujeito em sua totalidade.
A intervenção é uma possibilidade, o interventivo é real, faz a intervenção terapêutica.
Enquanto um trabalha de forma qualitativa que seria um início de investigação, ela vai
buscar conceitos, reformulações, mesmo que não muito valorizada, usa-se para reflexões, não
consigo provar, mas, consigo levantar ideias. O método quantitativo é o que mais se utiliza,
pois é de forma sistematizada por uma série de passos sucessivos e organizados. Neste
método a regra geral inclui métodos, números, técnicas, dentre outros.
No segundo artigo: O caso do psicodiagnóstico: um estudo institucional, aborda na
visão de Foucault sobre instituição, poder, discurso dentre outros temas abordados e
explicados pela professora.
Para Foucault o poder está constantemente nas relações, e toda relação de poder gera
resistência. Professora pediu para que cada um fizesse quais instituições ainda prevalecem em
nós, as especiais.
Dando sequência a essa discussão sobre instituições, assistimos a um vídeo e logo em
seguida um vídeo com uma poesia, cada aluno com organização explanou suas dúvidas, o que
julgava correto ou errado principalmente em se tratando de nossa sociedade que muitas vezes
julga ou prefere apenas patologizar sem antes ver todo o contexto, por fim, entender e olhar
sempre para o ser humano em sua TOTALIDADE.
No momento em que a professora nos coloca frente a uma questão do curta metragem
nos remete de instante a instituição da saúde mental como dispositivo social de produção
subjetiva como: sofrimento psíquico, pedido de ajuda, sofrimento mudo, discursos
ideológicos, pobreza, prostituição, escola, educação, discriminação, heteronormatividade,
religião, raça (classe social), criança e infância.
Na questão em citar Luz Ribeiro, ela traz uma fala em seu poema sobre estas questões
acima citadas, bem como as questões religiosas, sociais, políticas e amorosas. Em seu poema
Deu (s) Branco é visível indagar que se assinala na tradução da bibliografia negra o protesto e
a revelação das questões raciais que começa no Brasil, questões de escravidão, mais
designadamente o mercado de vendas de homens e mulheres escravizados.
Portanto iremos responder a seguinte pergunta: qual o papel do psicodiagnóstico na
garantia da psicologia enquanto ciência?
A psicologia vista como ciência que busca estudar o comportamento humano e seus
processo mentais e que é também regida por métodos científicos, necessita ser mais
valorizada, pois desempenha papel fundamental em nossa sociedade que muitas vezes exclui,
a psicologia em si através de conselhos demanda entender e acolher os indivíduos muitas
vezes excluídos sem ter a mínima chance de se expressar. É preciso mais investimento nas
pesquisas, pois ainda um dos problemas levantados por inúmeras vezes é a falta de
reconhecimento e também de psicólogos engajados em pesquisas sobre diversas áreas sobre
desenvolvimento humano e saúde mental. Mas sabemos que a maior dificuldade continua
sendo o apoio federal, bolsas cientificas, como citado acima, a falta de investimento.
Chegamos a seguinte conclusão, o tipo de desempenho denominada tradicional ou
clássica, se distingue a uma atividade centralizada no sujeito abstrato e a-histórico, de modo
reestruturante e curativo, fundamentado no modelo médico inquestionável, praticado no
consultório particular e imperado a alguns segmentos sociais. Esse exemplo que privilegia a
doença e a naturalização do fenômeno psicológico, não só coibindo o aspecto da ação da
psicologia enquanto ciência como também previne que este seja conhecido e aproveitado nas
áreas de precaução e ascensão a saúde, interrompendo em parte seu abarcamento social.

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