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EPIDEMIOLOGIA

O carcinoma gástrico, derivado das células da mucosa, constitui mais de 90% dos cancros do
estômago. Mais raramente podem surgir certos tipos de linfomas (menos de 4% dos casos);
tumores carcinoides (<3%) ou tumores das células mães de células musculares ou fibroblastos (menos de
2%). Estas outras neoplasias não são geralmente denominadas na linguagem comum como cancros do
estômago apesar de terem a sua origem neste órgão.

A incidência do carcinoma gástrico varia muito de acordo com os países, provavelmente devido a
diferenças no tipo de alimentação. Uma alimentação muito rica em alimentos conservados por secagem,
fumeiro, salga ou vinagre pode ter um papel fundamental no desenvolvimento do cancro do estômago. Por
outro lado, os alimentos frescos, especialmente fruta e vegetais frescos, bem como alimentos frescos
devidamente congelados, podem proteger desta doença.
Nos EUA (cerca de 3 mortes em 100.000 pessoas por ano), Reino Unido, França e Alemanha,
por exemplo, a incidência é muito menor que no Japão, Chile ou Portugal, que com 29 mortes por 100.000
pessoas por ano tem uma das taxas mais elevadas do mundo para este tipo de cancro.

É, em todo o mundo, uma das principais causas de morte por cancro.


A doença afeta duas vezes mais homens que mulheres e tende a surgir após a quinta década
de vida; é mais comum na raça negra do que na branca (caucasiana).

ETIOLOGIA / CAUSAS
O principal fator de risco para o surgimento do carcinoma é a infeção crónica causada pela
bactéria Helicobacter pylori, que causa uma gastrite atrófica persistente, muitas vezes com formação
de úlcera péptica.
As úlceras pépticas não tratadas podem degenerar devido à grande taxa de multiplicação das
células da mucosa, que tentam cicatrizar a lesão, aumentando a sua taxa de mutação (quanto maior o número
de divisões com cópia do DNA maior a probabilidade de alterações genéticas).
Outros fatores de risco significativos são o tabagismo e o alcoolismo.

SINTOMAS

Inicialmente os sintomas são os de uma possível úlcera péptica, gástrica ou de gastrite, contudo a
grande maioria das úlceras pépticas não são cancerosas. Mesmo assim, a maior parte dos diagnósticos é
efetuada aquando do diagnóstico de uma úlcera gástrica. As úlceras decorrem com dor após as refeições e
falta de apetite e se não são tratadas podem a longo prazo degenerar em carcinomas. É frequentemente
assintomático na fase inicial, o que explica o seu mau prognóstico.
Se o cancro não é detetado na fase inicial, ele dissemina-se, primeiro diretamente para a parede
do duodeno ou esófago, e depois via cavidade peritoneal, via sanguínea e linfática para qualquer órgão,
formando metástases, especialmente no fígado e pulmão. Estes estágios avançados têm pior prognóstico.

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