A Importância Do Treinamento Voltado À Segurança Do Trabalho para As Organizações e Colaboradores

15653
BrazilianJournal of Development
A importância do treinamento voltado à segurança do trabalho para as

organizações e colaboradores
The importance of occupational safety training for organizations and

employees
DOI:10.34117/bjdv5n9-140
Recebimento dos originais: 10/08/2019

Aceitação para publicação: 19/09/2019
Guilherme Gabriel Lopes

Etec Professora Ilza Nascimento Pintus
Endereço: Avenida Salmão, 570, Jardim Aquarius - 12246-260 -São José dos Campos-SP,
Brasil
Marcela Alves de Morais

Brasil
Tamires Kelly Luz

Brasil
Yasmin Cristina Peretta de Siqueira

Brasil
Fernanda de Oliveira Silva

UFABC- Universidade Federal do ABC
Endereço: Alameda da Universidade, s/nº, Anchieta - 09606-045 – São Bernardo do
Campo - SP, Brasil
Maximilian Espuny
Universidade Estadual Paulista /Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá
Endereço: Avenida Dr. Ariberto Pereira da Cunha, 333, Bairro - 12244-000 – Guaratinguetá-
SP, Brasil
E-mail: maximilian.espuny@unesp.br
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 15653-15667 sep. 2019 ISSN 2525-8761

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RESUMO
O treinamento cumpre um papel fundamental nas organizações, por meio dele, os

colaboradores se tornam muito mais ativos, ágeis, empreendedores e capazes de assumir riscos.
Os laboratórios são locais onde são realizadas, atividades de aprendizado prático, que vai além
das salas de aula comum, que são a conversação, a escrita e a leitura. As atividades geralmente
previstas para um laboratório, em geral envolvem a manipulação de materiais, objetos,
equipamentos e ferramentas da área, observação de fenômenos, o controle de variáveis,
interpretação de resultados e anomalias. Os laboratórios auxiliam na interdisciplinaridade e na
transdisciplinaridade, permite desenvolver diversas áreas, examinar e comprovar várias
concepções, beneficiando a capacidade de abstração do estudante. Além do mais, ajuda na
resolução de situações-problema do dia-a-dia, permite a construção de conhecimentos e a
reflexão em relação a vários aspectos, induzindo-o a fazer inter-relações. De acordo com a
análise, 81,08% dos que responderam ao questionário conhecem as normas necessárias. Ao
mesmo tempo em que boa parte desconhece os EPI’s necessários para realizar atividades
laborais. Dos estudantes, 12,61% do curso relataram que já sofreram algum acidente no
laboratório. Deste modo entrevistados, torna-se necessário elaborar placas com avisos de
segurança para a utilização dos laboratórios.
Palavras-chave: Gestão de Pessoas; Treinamento; Laboratório.
ABSTRACT
Training plays a key role in organizations through which employees become much more active,
agile, enterprising and risk-taking. Labs are places where practical learning activities are
carried out, which goes beyond ordinary classrooms, which are conversation, writing and
reading. Activities usually planned for a laboratory usually involve the handling of materials,
objects, equipment and tools in the area, observation of phenomena, control of variables,
interpretation of results and anomalies. The laboratories help in interdisciplinary and trans-
disciplinarity, allow developing several areas, examine and prove various conceptions, and
benefit the student’s capacity for abstraction. It helps in solving everyday problem situations,
allows the construction of knowledge and reflection on various aspects, and induces him to
make interrelationships. According to the analysis, 81.08% of respondents know the standards.
Most of them are unaware of the PPE required to perform work activities. Of the students,
12.61% of the course reported having had an accident in the lab. Thus, it is necessary to draw
up safety warning signs for the use of laboratories.
Keywords: People management; Training; Laboratory.
1 INTRODUÇÃO
O treinamento cumpre um papel fundamental nas organizações, por intermédio dele, os
Além de que um funcionário bem treinado tem um entendimento mais amplo sobre conceitos
abstratos e uma facilidade maior para assimilar informações e desenvolver habilidades.

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O treinamento voltado para a segurança no trabalho se faz necessário para todos os tipos
de organização, em especial, para aquelas que desenvolvem trabalhos insalubres. É uma
maneira eficaz de aumentar a produtividade e diminuir acidentes, perdas, e deve ser
reconhecida pelas organizações e os seus respectivos colaboradores. Todavia, será que as
empresas enxergam o treinamento como um bem e os colaboradores o identificam como uma
oportunidade de agregar em sua vida pessoal e profissional?
Nas escolas públicas não existe verbas para que sejam feitas manutenções e instalações
nos seus laboratórios. Nas empresas se preza pelas manutenções das máquinas e equipamentos
e se esquece dos colaboradores, deixando de lado os treinamentos que deveriam ser adquiridos.
A partir disso, pode se causar acidentes graves, colocando em risco a vida dos alunos e
colaboradores.
O presente trabalho tem por objetivos demonstrar a importância do treinamento voltado
à segurança do trabalho nas organizações, providenciar placas com avisos de segurança para o
uso dos laboratórios de Automação Industrial da Etec Professora Ilza Nascimento Pintus,
analisar modos de treinamentos para diferentes organizações voltado para a segurança no
trabalho e identificar o grau de interesse dos colaboradores para com os treinamentos e
posicionamento dos gestores com eles.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão abordados os principais conceitos que compõem esse trabalho:
Gestão de Pessoas, Treinamento e Laboratório, a fim de introduzir e estruturar o trabalho para
que seja possível direcionar uma solução eficaz para o problema encontrado nas organizações
com relação ao treinamento voltado para a segurança no trabalho, em especial para a instituição
de ensino Etec Professora Ilza Nascimento Pintus.
2.1 GESTÃO DE PESSOAS

A Gestão de Pessoas cuida da alocação de talentos, avaliação de desempenho,
capacitação corporativa, remuneração, benefícios, treinamento, desenvolvimento de pessoal,
entre outras atividades que estão ligadas ao pessoal. Ainda, contribui para o preenchimento de
lacunas de competência que podem ocorrer nas empresas, assim, fazendo com que seja possível
desenvolver planos táticos e a orientação de suas políticas. (SILVA, 2010).
As pessoas criam e sustentam as empresas. Assim como as organizações, as pessoas
também possuem seus objetivos próprios. Portanto, ambos devem estar em sintonia, para que

15656
possam gerar resultados e crescimento para os dois. É necessário que a Gestão de Pessoas
conheça a empresa, o que ela acredita, sua estrutura, missão, valores, visão e sua cultura, para
que seja possível o gerenciamento de habilidades e desenvolvimento de relações “ganha-
ganha” entre a organização e seus colaboradores. (KANAPIK, 2008).
Seis processos caracterizam a Gestão de Pessoas. São eles: agregar pessoas, utilizado
para introdução de pessoas na organização; aplicar pessoas, utilizado para designar a função de
cada um dentro da empresa, acompanhando sua execução; recompensar pessoas, usado como
estímulo para realização de necessidades particulares das pessoas, compreendendo
remuneração, benefícios, serviços sociais e recompensas. (CREPALDI; STUANI;
RODRIGUES, 2013).
Os outros três processos são: desenvolver pessoas, para o desenvolvimento individual
e profissional dos indivíduos; manter pessoas, fornecendo condições mentais e ambientais para
a realização das atividades; monitorar pessoas, analisando os resultados, a partir do
acompanhamento e controle das tarefas. Os processos são harmônicos e interligados entre si.
(CREPALDI; STUANI; RODRIGUES, 2013).
A Gestão de Pessoas preza por uma série de fatores como a rapidez no atendimento e a
eficácia dos testes aplicados, mas alguns desses fatores dificultam a execução dela dentro da
empresa, como os treinamentos e o nível de experiência de um funcionário. (ÁVILA, 2015).
É preciso dar suporte aos processos futuros e aos que já estão em andamento. Mas com
a ausência de instrumentos e um sistema que possibilita a integração dos recursos humanos, há
falhas na tentativa de estabelecê-la. Um aspecto que deve ser considerado crítico é o processo
de desregulamentação do setor, trazendo possíveis consequências e ansiedade aos
colaboradores, mesmo que sintam necessidade de mudanças. (DUTRA; HIPÓLITO; SILVA,
2000).
Na Gestão de Pessoas, fatores que ajudam na orientação dos colaboradores, possibilitam
o desenvolvimento da organização e permitem uma gestão de pessoal mais eficiente.
Estabelecem critérios para alinhamento dos níveis de remuneração e um sistema que possibilita
uma integração das práticas dos recursos humanos da forma que tudo aponte a mesma direção
e seja flexível para acompanhar mudanças repentinas organizacionais e ambientais. (DUTRA;
HIPÓLITO; SILVA, 2000).
O departamento de pessoal integra uma estrutura organizacional e é responsável pelo
cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária da organização, é essencial para o bom
funcionamento da empresa e dentro do departamento está à admissão e a demissão de

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funcionários, o controle de presença, os cálculos de folha de pagamento, 13º salário, férias e
outras coisas. Há a exigência de alta capacidade profissional com o relacionamento interpessoal
e amplo conhecimento em leis trabalhistas. (ARAUJO, 2012).
O treinamento nas empresas geralmente está ligado às operações esquematizadas com
o principal objetivo de melhorar o desempenho atual e futuro, buscando atender a instabilidade
que encontramos no mercado de trabalho. Ele visa preparar o funcionário para futuras situações
profissionais que possam ser inesperadas. (SILVA; CLEMENTINO; BITTENCOURT, 2012).
A moderna Gestão de Pessoas busca o desenvolvimento contínuo e integrado dos
funcionários e da organização. O que determina o futuro das empresas é a aptidão que elas
possuem para desenvolver as pessoas. (SILVA; CLEMENTINO; BITTENCOURT, 2012).
2.2 TREINAMENTO: APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

O treinamento cumpre um papel fundamental nas organizações, por meio dele, os
Ademais, um funcionário bem treinado tem um entendimento mais amplo sobre conceitos
abstratos e uma facilidade maior para assimilar informações e desenvolver habilidades.
(VOLPE, 2009).
Funcionários treinados compõem uma verdadeira fonte de vantagem competitiva, pois
são os responsáveis, em última análise, pela introdução estratégica do serviço ou produto da
empresa no mercado. Se uma organização tem como meta ampliar sua produtividade, terá de
se garantir de que os funcionários têm as habilidades particulares necessárias para o trabalho,
visando esse objetivo. (SILVA, 2006).
A partir do treinamento, as organizações conseguem mudar a cultura e o modo como
trabalham, porque o processo de treinar deve estar de acordo com a missão, visão e valores da
empresa, tendo em vista que o treinamento não se restringe apenas ao desenvolvimento de
habilidades técnicas e conhecimentos, mas também à postura e à conduta desejada no ambiente
organizacional. (MORAES, 2014).
Tem por objetivo dar uma formação profissional, para alcançar um grau de capacidade
laboral; há especialização, para um campo maior de conhecimento ou de prática própria dentro
de uma área especifica; e uma reciclagem, para renovar e atualizar práticas de trabalho; com
isso se consegue um aumento direto na produção e na qualidade, ajudando também na
motivação. E uma otimização pessoal e organizacional, ajudando num atendimento de
exigência de mudanças, já que o mercado sempre pede por inovação. (MARRAS, 2009).

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Diversos benefícios são adquiridos com treinamento, benefícios para o colaborador e
para a organização, mas nem todos eles podem ser expressos em dinheiro. Alguns benefícios
podem ser intangíveis, indefiníveis ou podem ocorrer após o processo de avaliação. Dentre os
definíveis destacam-se a eficácia organizacional, trazendo mais produtividade aos
funcionários, melhorando seu rendimento e enriquecendo sua carreira profissional.
(MANSILHA, 2009).
2.3 LABORATÓRIO: ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA

Laboratório é o local onde são realizadas atividades de aprendizado prático, que vai
além das salas de aula comum, que são a conversação, a escrita e a leitura. As atividades que
geralmente são previstas para um laboratório, em geral, envolvem a manipulação de materiais,
objetos, equipamentos e ferramentas da área, observação de fenômenos, o controle de variáveis,
interpretação de resultados e anomalias. (BORBA; CARVALHO, 2011).
O laboratório auxilia na interdisciplinaridade e na transdisciplinaridade, permite
desenvolver diversas áreas, examinar e comprovar várias concepções, beneficiando a
capacidade de abstração do estudante. Além do mais, ajuda na resolução de situações-problema
do dia a dia, permite a construção de conhecimentos e a reflexão em relação a vários aspectos,
induzindo-o a fazer inter-relações. (CRUZ, 2009).
Dentro das instituições geridas pelo Centro Paula Souza existe um plano de curso que
tem por objetivo trazer todos os requisitos que são necessários para poder ingressar, se manter
e se formar no curso, seja ele, automação industrial, administração ou informática. Dentro do
plano de curso de automação industrial mostra-se as capacitações que os alunos terão após
concluir o curso e áreas de conhecimento que poderão atuar quando forem entrar no mercado
de trabalho. (CENTRO PAULA SOUZA, 2011).
O plano utilizado pelos professores auxilia nos conteúdos que devem ser passados e,
também, traz informações sobre a carga horária em relação a aulas, estágio e TCC. É possível
ver informações sobre as aulas que são dadas em laboratórios da instituição e em como as aulas
são definidas de acordo com o módulo ou ano que se está cursando. (CENTRO PAULA
SOUZA, 2011).
3 MÉTODO
Foram realizadas pesquisas de cunho qualitativo, que tem como objetivo aprimorar o
entendimento de uma empresa, grupo social, entre outros. E pesquisas exploratórias, que

15659
promovem maior intimidade com o problema, visando deixá-los mais evidentes.
(GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
Realizou-se um questionário com 120 alunos do Etim de Automação Industrial da Etec
Professora Ilza Nascimento Pintus, situada na cidade de São José dos Campos, a fim de analisar
as falhas na segurança dos laboratórios utilizados por eles. E verificar como são instruídos na
realização das atividades.
Entrevistas semiestruturadas na qual foram realizadas perguntas aos professores e
coordenadores do curso de Automação Industrial, com intuito de analisar o conhecimento e
preparo dos professores sobre a segurança dos laboratórios.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo iremos abordar os resultados obtidos através de questionário realizado
com alunos e entrevistas realizadas com os professores de Etim e Modular da Instituição. Por
intermédio do questionário realizado foram formulados gráficos para melhor compreender os
resultados obtidos.
4.1 RESULTADO DO QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS

Figura 1 - Frequência do uso dos equipamentos de laboratórios de automação por semana
0,9%
4,5%
10,82% 1 a 2 vezes
3 a 4 vezes
6 ou mais vezes
83,78% nenhum
Fonte: Próprios autores, 2018.
É possível observar na Figura 1, que os alunos utilizam os equipamentos do

laboratório de automação com uma frequência razoável. Levando em consideração que os eles
têm aproximadamente 6 aulas que implicam a utilização de laboratório, cerca de 33,3% dessas
aulas são realmente ministradas neste ambiente.

15660
Figura 2 - Orientação inicial sobre o uso do laboratório
6,31%
11,71%
81,98%
sim não não lembro
A maioria dos alunos relata que obteve orientação no início do curso sobre o uso dos
laboratórios. É possível observar que menos da metade dos estudantes não receberam ou não
se lembram das orientações, mais precisamente, 18,02% dos que responderam ao questionário
(FIGURA 2).
Figura 3 - Exigências quanto ao uso dos laboratórios de automação
24,32%
75,68%
Sim Não
Boa parte dos alunos conhece as exigências necessárias para a utilização dos
laboratórios, como: óculos de segurança, cabelo preso, sapato fechado, EPI’s em geral,
correspondendo a um percentual de 75,68%. Enquanto, 24,32% dos estudantes dizem não
conhecer essas exigências (FIGURA 3).

15661
Figura 4 - Conhecimento sobre as normas de utilização do laboratório de automação
18,92%
81,08%
Sim Não
Observa-se na Figura 4 que a maior parte dos alunos têm conhecimento sobre as normas
de utilização do laboratório. De acordo com a análise, 81,08% dos que responderam ao
questionário conhecem as normas necessárias, enquanto 18,92% corresponde à parcela de
estudantes que não conhece essas normas.
Figura 5 - Índice de acidentes (graves ou não) dentro do laboratório de automação
12,61%
87,39%
Sim Não
A maioria dos alunos relata que nunca sofreu acidente dentro do laboratório, mais
precisamente, 87,39% deles, mas uma minoria de 12,61% diz já ter sofrido algum tipo de
acidente no ambiente escolar (FIGURA 5).

15662
Figura 6 - Conhecimento dos alunos para com as medidas de segurança a serem tomadas em caso de acidentes
27,03%
54,05%
18,92%
Sim, de acordo com os meus conhecientos

Sim, de acordo com as orientações que o professor ou a escola já deram
Não
Conforme a Figura 6, 54,05% dos alunos têm conhecimento sobre as medidas de

segurança a serem tomadas em caso de acidentes, baseado em seus próprios conhecimentos.
27,03% alegam não saber sobre essas medidas e apenas 18,92% dos alunos dizem receber
orientações de seus professores ou da instituição.
4.2 RESULTADO DAS ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES

Foram realizadas entrevistas com os professores do Etim e Modular da instituição
técnica Professora Ilza Nascimento Pintus para melhor entendimento das normas e dos
treinamentos que são aplicados

15663
A partir do Quadro 1, pode-se auferir que apenas dois dos oito entrevistados
apresentaram algum treinamento para auxiliar os alunos no manuseio de máquinas. Ao passo
que apenas dois alegaram não receber treinamento específico para manuseio dessas.
5 DISCUSSÃO
Pode-se verificar que os alunos usam o laboratório com uma frequência razoável.
Observa-se que a maioria frequenta o ambiente de uma a duas vezes na semana, levando em
conta que eles têm aproximadamente 6 aulas que implicam o uso do laboratório, cerca de 33,3%
dessas aulas são realmente ministradas no local.

15664
A maioria dos alunos diz que obteve instruções no início do curso sobre o uso adequado
dos laboratórios de automação. Menos da metade dos estudantes relata não se lembrar ou não
ter recebido as orientações necessárias para o uso dos laboratórios.
Com base na observação da Figura 3, é possível concluir que 75,68% dos alunos
conhecem as exigências quanto ao uso dos laboratórios de automação (EPI’s), mas 24,32%
deles respondem o contrário disso. Esse percentual, embora inferior ao que diz respeito às
respostas positivas, indica que vários estudantes desconhecem a importância dos equipamentos
e vestimentas que contribuem para sua segurança ao executar atividades laborais.
Analisando a Figura 5, observa-se que 12,61% dos alunos relatam que já sofreram
algum tipo de acidente ao executar atividades em laboratório. Esse percentual, mesmo não
correspondendo a nem metade dos estudantes, é preocupante, tendo em vista que o ideal é que
acidentes sejam evitados ao máximo, principalmente se tratando do ambiente escolar.
A análise da Figura 6, acusa que a maior parte dos conhecimentos sobre as medidas
de segurança a serem tomadas em caso de acidente foram adquiridas pelos alunos fora do
ambiente escolar, ou seja, falta instrução quanto a isso. Observa-se também que 27,03% dos
alunos dizem não ter conhecimento sobre nenhuma medida de segurança em caso de acidente,
esse número pode ter relação com os dados que mostram a ocorrência de acidentes nos
laboratórios, já que a falta de conhecimento sobre as medidas de segurança podem acarretar a
ocorrência de acidentes que poderiam ser evitados ou acabar piorando uma situação, trazendo
consequências negativas.
Com base nas entrevistas feitas com os professores do curso de Automação Industrial
da Etec de São José dos Campos, observa-se que eles não recebem um treinamento específico
para auxiliar os alunos no uso das máquinas utilizadas em laboratório, alguns ressaltam que a
capacitação é por conta da formação acadêmica do próprio professor.
Os professores relatam que há treinamento oferecido pelo Centro Paula Souza para
conhecimento sobre o manuseio das máquinas, mas que a realização desse curso depende da
iniciativa do professor, ou seja, não é obrigatório. Ressaltam ainda que a maioria dos
professores não recebem esse treinamento por falta de tempo.
Todos os professorem entrevistados concordam com a importância do treinamento
voltado para a segurança. Cinco dos oito profissionais que responderam à entrevista disseram
que há segurança, na medida do possível, nos laboratórios da escola, mas a maioria fez
ressalvas quanto a ergonomia e instalações elétricas inadequadas.

15665
A partir das entrevistas também foi possível observar que todos prezam pelo uso de
EPI’s. Cinco dos oito entrevistados relataram que já presenciaram acidentes em ambiente
organizacional. Na escola os acidentes não foram graves, apenas cortes pequenos e curto
circuitos, mas fora da instituição já presenciaram situações de alto risco, como um aluno que
ficou preso em uma máquina e um dos professores relatou que presenciou duas mortes por
conta de acidente no trabalho.
Com base na entrevista realizada com o presidente da CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes) da mesma escola, conclui-se que o papel desta comissão é
conscientizar os colaboradores sobre as regras de segurança, procurar áreas ou situações de
risco, determinar soluções para eles e auxiliar as pessoas, visando a máxima segurança.
Segundo o presidente da CIPA, os professores se mostram interessados pelos
treinamentos oferecidos com relação à segurança e ao manuseio adequado das máquinas, mas
falta tempo para que possam colocar o curso em prática.
5 CONCLUSÃO
A partir das pesquisas, entrevistas e questionários foi possível evidenciar a importância
do treinamento voltado à segurança do trabalho.
A má execução de trabalhos com níveis de periculosidade pode causar sérios acidentes,
por isso o treinamento se faz necessário em qualquer organização, a fim de prevenir erros que
podem colocar em risco a segurança dos colaboradores, e também para que quando for preciso
tomar decisões tempestivas por causa de falhas que podem indicar perigo.
Por meio dos questionários aplicados aos alunos foi possível observar que muitos deles
não receberam orientação para uso seguro do laboratório de Automação Industrial, a boa parte
desconhece os EPI’s necessários para realizar atividades laborais. O desejado é que o índice de
acidentes ocorridos fosse o mais próximo de 0, mas 12,61% dos estudantes do curso relataram
que já sofreram algum acidente no laboratório, o que não deixa de ser um dado preocupante.
Observa-se ainda, que a maioria dos alunos só sabe como agir em caso de acidentes baseando-
se em seus conhecimentos próprios, o que indica que não são bem preparados para situações
de emergência.
Analisando a situação dos estudantes do curso de Automação Industrial da Etec Profª
Ilza Nascimento Pintus, torna-se necessário elaborar placas com avisos de segurança para a
utilização dos laboratórios, de forma que todos os que utilizarem possam estar cientes das

15666
preocupações e medidas de segurança que garantem a boa utilização do ambiente, sem riscos
para sua saúde física.
O uso de placas e avisos chamativos é mais dinâmico e permite uma melhor
compreensão da necessidade de se prevenir contra os acidentes, assim as atividades poderão
ser executadas de maneira adequada e com 100% de aproveitamento.
REFERÊNCIAS
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<http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-importancia-do-
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GERHARDT, E.T; SILVEIRA, T, D. Métodos de pesquisa. UFRGS, 1ª Ed, 2009.
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MARRAS, P. J. Administração de Recursos Humanos- Do operacional ao estratégico.

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O treinamento cumpre um papel fundamental nas organizações, por meio dele, os

Palavras-chave: Gestão de Pessoas; Treinamento; Laboratório.

Keywords: People management; Training; Laboratory.

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2.1 GESTÃO DE PESSOAS

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2.2 TREINAMENTO: APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

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2.3 LABORATÓRIO: ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA

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4.1 RESULTADO DO QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS

Fonte: Próprios autores, 2018.

É possível observar na Figura 1, que os alunos utilizam os equipamentos do

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sim não não lembro

Fonte: Próprios autores, 2018.

Figura 3 - Exigências quanto ao uso dos laboratórios de automação

Fonte: Próprios autores, 2018.

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Fonte: Próprios autores, 2018.

Figura 5 - Índice de acidentes (graves ou não) dentro do laboratório de automação

Fonte: Próprios autores, 2018.

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Sim, de acordo com os meus conhecientos

Fonte: Próprios autores, 2018.

Conforme a Figura 6, 54,05% dos alunos têm conhecimento sobre as medidas de

4.2 RESULTADO DAS ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES

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Fonte: Próprios autores, 2018.

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