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UNIÕES DE VEIOS
Zdena Tavares
• Chavetas
− Tipos
− Aplicações
− Dimensionamento
• Uniões de veios
− Funções
− Tipos, características
− Materiais e aplicações
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CHAVETAS
• Chavetas - são elementos mecânicos de fixação utilizados para fazer ligação entre 2
peças de secção circular (por exemplo, um veio e uma coroa), evitando tanto o
movimento angular entre elas como o movimento axial relativo.
• Chavetas permitem a transmissão de potência e por isso são, as vezes, classificadas
também como elementos de transmissão.
• As chavetas podem agrupar-se em dois tipos principais: de secção constante e de
secção variável.
• As chavetas de secção constante têm forma prismática com faces laterais
paralelas. Incluem:
a) Chaveta embebida (embutida - brasileiro) - é o tipo chaveta mais comum quando
se pretende transmitir momentos torçores elevados. Têm secção transversal
quadrada ou rectangular, com extremidades redondas ou planas.
CHAVETAS
b) Chaveta redonda - é usada quando o cubo fica à face do veio e não é preciso
realizar montagens frequentes. Provoca um menor enfraquecimento do veio.
c) Chaveta à face - é uma chaveta rectangular montada sobre uma face plana do
veio, mas sem escatel (ranhura, rasgo). Usa se quando há problemas de
enfraquecimento do veio provocado pelo escatel. O momento torçor transmitido
não deve ultrapassar metade da capacidade do veio.
d) Chaveta Barth - é semelhante à chaveta embebida, mas as arestas do escatel e a
parte da chaveta embebida no veio são chanfradas (afagadas). Permitem uma
melhor aderência entre a chaveta e o veio e diminuem a tendência para a torção.
Não exigem montagem com aperto. A ligeira folga permitida facilita a
montagem/desmontagem.
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CHAVETAS
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DIMENSIONAMENTO DAS CHAVETAS
• A tensão de corte na chaveta é:
em que
• T é o momento torçor a transmitir; D é o diâmetro do veio; L é o comprimento da chaveta;
• h é a altura da chaveta; b é a largura da chaveta.
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UNIÕES DE VEIOS - ACOPLAMENTO
• Em construção mecânica, é vulgar a ocorrência de situações em que é necessário
fazer uma ligação entre 2 veios próximos. Nestes casos utilizam-se dispositivos
especiais, designados por uniões de veios (acoplamentos).
• A classificação das uniões de veios é, em geral, feita com base na sua capacidade
para absorver desalinhamentos: uniões rígidas, flexíveis e universais.
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UNIÕES DE VEIOS - ACOPLAMENTO
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UNIÕES RÍGIDAS
• As uniões rígidas não suportam nenhum tipo de desalinhamento.
• A união rígida mais vulgar é a união de flange, que consiste num dispositivo
composto por 2 flanges enchavetadas nos veios e ligadas entre si por parafusos;
utiliza-se nas transmissões de grandes potências a baixas velocidades.
• A união de discos ou pratos - usadas nas transmissões de grandes potências.
• A união de luva de compressão é uma união fixa utilizada com objectivo de facilitar a
manutenção de máquinas, com vantagem de não interferir no posicionamento dos
veios unidos, podendo ser montada e removida sem problema de alinhamento.
• Os pontos críticos da união rígida são as chavetas, os parafusos e a região entre os
parafusos e as flanges que estão sujeitas ao esmagamento. O dimensionamento
dos parafusos ao corte pode ser feito considerando a força de corte igualmente
distribuída pelos parafusos.
UNIÕES FLEXÍVEIS
• As uniões flexíveis permitem eliminar alguns dos inconvenientes provocados
pelos desalinhamentos, desde que estes não sejam demasiado grandes. Assim,
é possível evitar as vibrações excessivas ou as sobrecargas nas chumaceiras.
• As uniões flexíveis são normalmente agrupadas em: uniões sem flexibilidade
torcional, de baixa flexibilidade torcional e de elevada flexibilidade torcional.
• As uniões sem flexibilidade torcional incluem uniões por corrente e por
engrenagem ou as do tipo Oldham.
• As uniões por corrente e por engrenagem são aquelas em que o elemento
intermédio da transmissão é metálico; têm grande capacidade de transmissão de
binário e permitem corrigir apenas desalinhamentos torcionais muito pequenos.
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UNIÕES FLEXÍVEIS
• As uniões Oldham também permitem desalinhamentos torcionais muito pequenos
e transmitem grandes potências (até 675 hp), ao mesmo tempo que admitem
desalinhamentos paralelos e axiais consideráveis.
• Têm 2 elementos enchavetados ou aparafusados aos veios e um elemento intermédio
e metálico móvel; este elemento móvel necessita de ser lubrificado e pode ser
substituído quando desgastado.
• Nas uniões flexíveis, o elemento móvel pode ser também de borracha endurecida o
que permite aumentar a flexibilidade torcional, mas reduz a capacidade de carga
- as uniões de baixa flexibilidade torcional.
UNIÕES FLEXÍVEIS
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UNIÕES FLEXÍVEIS
• Quando se pretende corrigir grandes desalinhamentos ou controlar as vibrações
torcionais podem usar-se uniões com um só elemento de borracha ou o dispositivo
para serviço pesado em que 2 peças enchavetadas nos veios são ligadas entre si por
um elemento de borracha aparafusado em ambas peças - as uniões de alta
flexibilidade torcional.
UNIÕES UNIVERSAIS
• As uniões universais são utilizadas em máquinas em que necessário um
desalinhamento angular definido e elevado.
• Uma união isolada não tem flexibilidade torcional, nem permite nenhum
desalinhamento paralelo. o uso de 2 uniões com um veio intermédio permite um
desalinhamento paralelo muito maior do que no caso de qualquer união flexível.
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UNIÕES UNIVERSAIS
• O tipo de união universal mais comum é a união Hooke’s ou união Cardan que
consiste em 2 forquilhas e um bloco intermédio com 2 pinos em forma de cruz.
b) As forquilhas das extremidades do veio intermédio devem estar simultaneamente nos planos
de intersecção dos veios respectivos.
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