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Wesley Carlos da Rocha Ribeiro

FICHA N.º 001

ADEODATO, João Maurício. Uma teoria retórica da norma jurídica e do direito subjetivo. São
Paulo: Noeses, 2011. cap. 6, p. 185-217. [33 p.]
Palavras-chave. Norma Jurídica (conceito) – Simbologia (expressão) – Dogmática – Racionalização –
Validade (da norma)
Dados de catalogação da obra: CDU – 340.132; ISSN 978-85-99349-56-4
p. CONTEÚDO Palavra-Chave Item
185 Ante a dificuldade de se compreender o que vem a ser, ou conceituado Conceito de Signo
como norma o símbolo, como pressuposto de eficácia, possibilita o ou significante
alcançar esse entendimento, tendo em vista permitir perceber a
diferença entre imaginação e da representação.
186 O conhecimento é transmitido por meio de uma simbologia na qual se A importância dos
insere os sinais, por exemplo, em que podem ser representados ou símbolos para a
transmissão do
vistos como: “...ações, objetos, locais, datas...”, dentre outros. //O conhecimento.
direito nos é apresentado por meio ne normas que são disponibilizadas Signos.
também por símbolos, no caso específico a escrita como forma de Significante. Sinais
linguagem//.
187 O simbolismo permeia amplamente o direito. Os signos (sinais), deve Os Signos.
ser coerentes e indicar objetivamente a realidade esperada. Quando Efetividade das
normas.
temos uma norma apontada com simbólica, essa norma será
considerada apenas como mais uma em um ordenamento já inflado em
leis que não possuem muita efetividade.
188 O senso comum equivoca-se e também o realismo linguístico no Diferença.
sentido de tentar demonstrar que a diferenças no concatenamento dos Fonemas.
Realismo
fonemas não são eivados de arbitrariedade e convencionalismo: “...a linguístico
realidade é toda constituída pela retórica (linguisticamente)...”.
189 As ideias nos contextos individuais propostos por Platão, ou até nas Linguagem
discussões propostas entre Heráclito e Parmênides, não foram tão significante. Ideia
significada. Sinais.
morosos quanto a percepção da distinção percebida entre linguagem
significante e ideia significada.
190 No sentido de amparar as proposituras o autor reforça a dificuldade Dificuldade em
em enumerar conceitos que possam contribuir para a compreensão do conceituar. Sinal,
signo, texto.
que sejam os significantes linguísticos, quais sejam: sinal, signo, texto.
190 Riccardo Guastini propõe que “norma é o enunciado que constitui o Conceito de
produto, o resultado da interpretação” norma.
191 Item 6.2. Como poderíamos analisar os significantes e os significados Palavras genéricas,
em detrimento da generalidade e da individualidade linguística? O isto, aquilo, etc.
compreensão em
indivíduo se utiliza de linguagem genérica que, em tese, só seria em um contexto
contexto específico, o que o autor denomina como evento. Surge a específico.
dúvida se essa individualização pode ou não ser utilizada como forma
de expressão da ideia.
191 O autor propõe uma forma de compreensão da distinção no que tange Predicadores.
aos significantes, significados e, ainda, no âmbito desta discussão, Indicadores.
uma separação entre os significantes, as ditas expressões simbólicas Conceito e
em predicadores e indicadores. Mas o que seriam os predicadores e os significação de
indicadores? Os predicadores procuram suscitar os elementos mais eventos gerais e
básicos retirando os eventos da individualidade e os lançando em um individuais.
aspecto em que a generalidade impera. Por ex.: conceito de homem.
Assim, os predicadores tratam dos conceitos gerais. Em se tratando de
indicadores, tem-se que estes tratam de mister mais complexo, devido
ao fato de procurar fazer justamente o contrário que é a tentativa de
conceituar (significar) a individualidade.
192 Para haver comunicação faz-se necessário que haja uma ligação entre Comunicação.
os predicadores e os indicadores como forma permitir o trânsito de Predicadores.
informações necessárias à consecução dos significados e o mundo Indicadores.
real. Pois, além da generalidade pertinente é preciso compreender que Informações.
a individualidade é parte do geral, caso contrário as informações
seriam um vazio impossível de se compreender.
193 Caso se verifique o distanciamento entre significantes e significados, Perspectiva
estaremos diante do que se chama de ambiguidade, algo vago que não ontológica entre
poderia ser partilhado. Não seria possível, no caso, alcançar a precisão significantes e
ontológica. Em havendo confusão na comparação dos gêneros há o significados.
risco de enxergar o significante de maneira errônea.
195 Para o autor “...o direito trata-se de um fenômeno empírico...”. e, Fenômeno
sendo assim, os elementos que realmente importam seriam os empírico.
individuais pois, nunca se repetem seriam incompatíveis com o
significantes normativos, por exemplo as fontes do direito. A
mitigação desta possível incompatibilidade seria a decisão ou mesmo
o próprio conhecimento
197 Item 6.3. O direito deixa de ser tratado como oriundo especificamente Dogmática.
dos argumentos como a teologia e filosofia e é encampado pelo Questão
juspositivismo com o objetivo de romper definitivamente com ontológica.
aspectos até então determinados pela religião por exemplo. E, sendo Fontes
assim há um direcionamento para o direito positivo inclusive do poder materiais e
constituinte. Assim, o autor nos traz a distinção entre os tipos de formais.
fontes do direito, no sentido de encerrar essa questão.
198 //A divisão das fontes no âmbito do direito não é algo tão simples, Divisão das
tendo em vista tratar de temática deveras complexa. Conforme o autor fontes do
o conflito se estabelece a partir da incompatibilidade entre as fontes direito.
mas sob o aspecto ideológico. Ao abrir mão da interdisciplinaridade o Primárias.
argumento jurídico fundamental, necessitou hierarquizar as fontes. Secundárias.
Entretanto, é importante salientar que, mesmo que uma fonte tenha
sido classificada como sendo primária, não quer dizer que seja mais
importante//.
199 Item 6.4. As fontes formais secundárias, impreterivelmente precisão
das fontes tidas como primárias.

200 Por fontes primárias entende-se as que tiram elas mesmas o poder de Conceito de
coerção, em detrimento de outras classes de fontes. O problema fontes
suscitado aqui é que com o poder dado à essa classe de fonte é notório primárias.
que haverá conflitos. Outros elementos aparecem no sentido como o
fato de os julgados ganharem ares de lei. O que não deve ser visto
desta forma.
201 Ainda, conforme o autor, o direito poderá manifestar-se também como Direito
um costume. consuetudinário
203 No § 2º, o autor tece comentário a respeito da produção jurídica no Legalismo.
Brasil. A produção estaria reduzida a descrições, superficiais, sem
nenhum ou poucos argumentos metodológicos bem desenvolvidos. Ou
seja, o conhecimento jurídico, ou a sua “produção” tem se pautado em
textos legais e decisões de nossos tribunais.
204 No Brasil não se dá a devida importância à hermenêutica, sendo Hermenêutica.
assim, resta prejudicado a tentativa de se construir uma educação Dogmática
jurídica pautada na metodologia dogmática jurídica. jurídica.
205 //Diante desta perspectiva os resultados são preocupantes sob o ponto Significante
de vista da produção do significante jurídico. Pois o que se vê são jurídico de
informações inacessíveis ao indivíduo comum que não esteja inserido primeiro e de
neste contexto do mundo jurídico//. Ainda, o autor suscita uma segundo nível
classificação distinta daquela até aqui utilizada. Ao invés de classificar
como fontes primárias e secundárias o autor propõe: significantes
jurídicos de primeiro nível e significantes jurídicos de segundo nível
206 //§1º Sob a perspectiva das fontes de primeiro nível, o estudo jurídico Memorização
pautado apenas na memorização de normas, considera-se algo sem de leis. Algo
propósito pois, estaria assim criando indivíduos que seriam apenas sem perspectiva
repetidores de leis//. hermenêutica
207 Item 6.5. o emissor, no caso o comunicador, engana-se em supor que Preconceito
os indivíduos compreendem igualmente, pois a compreensão dos racionalista.
significado é vista diferente. Quando a linguagem significante se Preconceito
mistura com o mundo real temos o preconceito empirista. Já quando empirista.
temos uma situação em que não é possível distinguir o significante do
significado estamos diante do preconceito racionalista.
208 Compreender a norma jurídica juntamente com seu significante, e Compreensão
enfim perceber a norma jurídica em seu aspecto mais antigo. do que seja
norma
210 Significantes pictóricos: a televisão, a internet quebram os paradigmas Significantes
e com isso permitem uma nova perspectiva a respeito da comunicação, pictóricos
pois esta, deixa de ser necessariamente realizada frente a frente.
211 Com a criação do elemento texto tem-se um objeto para a ampliação Memória.
do elemento memória. Com a invenção do texto, cria-se uma nova Cognição. texto
perspectiva em que se propicia as funções cognitivas que antes não se
cogitava acessar.
212 As norma devem ser dotadas dos elementos de validade, inclusive
formal, de eficácia e vigência. Ou seja, deve haver também pertinência
com o bem e o caso concreto a ser protegido.
Goiânia, 29/09/2018

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