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Ficha Informativa

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

(ANÁLISE SINTÁTICA), já falamos um pouco sobre frase, oração e período.


Agora, preocupar-nos-emos apenas com a classificação das orações. As
orações podem ser coordenadas ou subordinadas.

ORAÇÃO COORDENADA

É a oração que se une a uma outra, também coordenada, sem lhe


representar um termo sintático. É, portanto, independente. Podem ser:

ASSINDÉTICAS - Se estiverem, simplesmente, justapostas, isto é, colocadas


umas ao lado da outra, sem qualquer conectivo que as enlace:
Será uma vida nova, / começará hoje, / não haverá nada pra trás.

SINDÉTICAS - Quando se prendem às outras pelas conjunções


coordenativas:
A Grécia seduzia-o, / mas Roma dominava-o.

As Sindéticas classificam-se em:


Aditivas - Expressam adição, sequência de fatos ou pensamentos.
A doença vem a cavalo e volta a pé.
Adversativas - Exprimem contraste, oposição, ressalva.
A espada vence, mas não convence.
Alternativas - Exprimem alternância, alternativa, exclusão.
Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.
Conclusivas - Expressam conclusão, dedução, consequência.
Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar.
Explicativas - Exprimem explicação, motivo, razão.
Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.

ORAÇÃO SUBORDINADA

É a oração que representa um termo sintático de uma outra oração, que se


diz principal. Podem ser:
Substantivas - Exercem as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal, aposto).
Peço / que desistas.
Adjetivas - Exercem a função dos adjetivos (adjunto adnominal).
Pessoa / que mente / não merece fé. (pessoa mentirosa)
Adverbiais - Exercem a função dos advérbios (adjunto adverbial).
Chegamos / quando anoitecia.

SUBSTANTIVAS

Um método prático para identificar este tipo de oração é trocando-a pelo


pronome ISSO. Classificam-se em:
Subjetivas, quando exercem função de sujeito:
É certo / que a presença do dono o sossegava um pouco.
(ISSO é certo)

Objetivas diretas, quando exercem a função de objeto direto:


Respondi-lhe / que já tinha lido a receita em qualquer parte.
(Respondi-lhe ISSO)

Objetivas indiretas, quando exercem a função de objeto indireto:


Não me esqueço / de que estavas doente / quando ele nasceu.
(Não me esqueço DISSO...)

Completivas nominais, quando exercem a função de complemento nominal:


Ele tem a mania / de que alho faz bem à saúde!
(Ele tem a mania DISSO)

Predicativas, quando exercem a função de predicativo:


A verdade é / que eu ia falar outra vez de Noêmia.
(A verdade é ISSO)

Apositivas, quando exercem a função de aposto:


Só dizia uma coisa: / que venceria os obstáculos.
(Só dizia uma coisa: ISSO)

Agentes da passiva, quando exercem a função de agentes da passiva.


O quadro foi comprado / por quem o fez.
(O quadro foi comprado por ISSO)

Adjetivação orações iniciadas por pronome relativo. Podem ser:

Orações subordinadas adjetivas restritivas


Há saudades que a gente nunca esquece.

ATENÇÃO! Essas orações restringem, limitam a significação do antecedente e


não podem vir entre vírgulas.

Orações subordinadas adjetivas explicativas·Valério, que nasceram rico,


acabaram na miséria.

ATENÇÃO! Essas orações explicam, esclarecem o termo antecedente e devem


ser separadas por vírgulas.

ADVERBIAIS
Classificam-se de acordo com as conjunções que as introduzem. Podem ser,
segundo Cega-la:

Causais - exprimem causa, motivo, razão:


O tambor soa porque é oco.
Comparativas - representam o segundo termo de uma comparação:
Certos cantores gesticulam mais do que cantam.
O esquilo é tão ágil quanto o macaco.

Concessivas - exprime um fato que se concede em oposição ao da oração


principal:
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim arriscou uma
opinião.

Condicionais - exprimem condição, hipótese:


Que diria o pai se soubesse disso?

Conformativas - exprimem conformidade de um fato com outro:


Consoante opinam alguns, a História se repete.

Consecutivas - exprimem uma consequência, um efeito ou resultado:


De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.

Finais - exprimem finalidade, objetivo:


Fiz-lhe sinal que se calasse.

Proporcionais - denotam proporcionalidade:


O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.

Temporais - indicam o tempo em que se realiza o fato na oração principal:


Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias.

Modais - exprimem modo, maneira: (não estão consignadas na NGB)


Entrou na sala sem que nos cumprimentasse.

Locativas - equivalem a um adjunto adverbial de lugar e são iniciadas pelo


advérbio onde que pode vir precedido de preposição: (não são
mencionadas na NGB)
Venha por onde eu passar.

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA X ORAÇÃO


SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL
Observem os exemplos e vejam o que primeiro acontece neles:

1) O tambor soa porque é oco 2) Não vou à praia que o tempo está feio 3)
Não saia agora, que vai chover 4) Ela chorou, que eu vi
Os exemplos 1 e 2 são de orações subordinadas adverbiais causais. A causa
acontece primeiro e depois vem o efeito dela.

Primeiro o tambor é feito com uma forma oca.


Depois o som que ele produz ecoa.
Primeiro o tempo fica feio
Depois eu resolvo não ir à praia

As vírgulas, nestes casos, não aparecem porque estão no sentido direto


(principal+subordinada). Se houver anteposição, a vírgula será obrigatória.

Os exemplos 3 e 4 são de orações coordenadas sindéticas explicativas. A


explicação acontece depois.

Primeiro eu não saio


Depois vai chover
Primeiro ela chora
Depois eu vejo (a causa do choro é outra: uma queda, uma emoção, mas ela
não chora porque eu vejo)

As vírgulas nestes casos são obrigatórias.

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