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Frente 2 Módulo 4
Módulo 1 1) E 2) B 3) B
4) O soneto marca-se pela predominância do aspecto cultista ou
1) Nos versos 5 e 9, o poeta refere-se ao Amor como um conceito, um gongórico, pelo jogo de palavras, pela ênfase no elemento
valor intemporal, universal, abstrato e absoluto. Por isso, vale-se sensorial, pela sintaxe apoiada na inversão e na repetição de
da inicial maiúscula, da chamada maiúscula alegorizante. No ver-
elementos oracionais.
so 13, a palavra amor está grafada com minúscula por referir-se à
5) O amor, em um primeiro plano, é metaforicamente associado às
experiência humana, à relação interpessoal, concreta, à relação
palavras ardor, pranto, rio de neve, fogo, cristais, chamas, neve,
amorosa vivida, não idealizada.
algumas repetidas no texto, reafirmando a intensidade do
2) a) En / quan / to / quis / For / tu / na / que / ti / ve // sse
sentimento.
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6) O poeta entretece as metáforas por meio de um jogo de oposições,
Es / pe / ran / ça / de al / gum / con / ten / ta / men // to
em torno do eixo quente x frio:
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incêndio x mares d’água
Os versos são decassílabos.
fogo x rio de neve
b) Nos quartetos, as rimas são interpoladas ou opostas:
fogo x cristais
abba - abba (ESSE-ENTO-ENTO-ESSE).
chamas x cristal
Nos tercetos, são alternadas ou intercaladas:
fogo x passas brandamente
cde - cde (EITOS-ERDES-ERSOS).
ardente x neve
3) a) “triste e leda” (v.1) e “fogo frio” (v. 13).
chama x fria
b) “... as lágrimas... que... Se acrescentaram em grande e largo rio”.
c) Entre os versos 5 e 6.
4) Até as almas condenadas ao sofrimento das chamas infernais se Módulo 5
consolariam de seus padecimentos, diante do sofrimento maior, a
dor dos amantes que se separam. 1) Nem sempre os limites entre o cultismo e o conceptismo são níti-
dos e, embora haja distinções, em muitos textos elas se apagam.
Resposta: E
Módulos 2 e 3
2) a) A antítese, contrapondo a opulência dos senhores à miséria dos
1) I-B; II-D; III-C; IV-A; V-E. escravos. O fragmento todo é uma sucessão de antíteses: “poucos”
2) São falsas: I, II, III, VII e VIII. x “muitos”; “galas” x “despidos e nus”; “ouro e prata” x “ferro” etc.
I. Os Lusíadas foram compostos integralmente em decassíla- b) “Perecendo à fome”, “nadando em ouro e prata”, “adorando-os e
bos, na medida nova. Formalmente, nada têm de medieval.
temendo-os como deuses”.
A Idade Média sobrevive no “conteúdo” do poema: as
c) A estrutura paralelística, na repetição das mesmas construções
navegações como ideal de cruzada, a fala do Velho do
sintáticas: orações bimembres e utilização de anáfora, na repetição
Restelo e o episódio cavaleiresco dos Doze de Inglaterra.
dos sintagmas “os senhores” x “os escravos” no início de todas elas.
II. A narração começa em I, 19, com os navegadores em pleno
3) De cinco partes, a saber: o tema (citação da passagem bíblica que
Oceano Índico, no canal de Moçambique, já no meio do
sustente a intenção do discurso); o introito (exposição do plano
caminho para “as Índias”.
geral, antecipando as questões que serão desenvolvidas); a invoca-
III. Não é linear, pois além de se desenvolver do meio para o
ção (pedido de inspiração); a argumentação (corpo do sermão,
fim, há três narrativas que se alternam (a viagem, a história
desdobrando o plano exposto no introito com exemplos, citações,
de Portugal e a Guerra dos Deuses) e vários narradores (o
deduções lógicas, parenética etc.); a peroração (conclusão e
eu poemático, Vasco da Gama, Paulo da Gama).
VII. Não é uma epopeia fruto apenas da erudição clássica e exortação à observância dos preceitos e verdades defendidos na
histórica de Camões; é também projeção da experiência de pregação. Alguns livros didáticos simplificam as partes estruturais
vida do autor, também ele soldado, navegador, náufrago, e identificam apenas três partes, a que chamam de exórdio ou
“exilado” 17 anos no Oriente. introdução (fundindo numa só unidade o tema, o intróito e a invo-
VIII. O herói principal é coletivo, todo o povo português. cação), argumento e conclusão. Essa simplificação desrespeita os
3) I-B; II-D; III-C; IV-E; V-A; princípios da retórica clássica, que Vieira sempre acatou.
VI-A; VII-B; VIII-A; IX-D; X-C. 4) A
4) E 5) A 5) I – D; II – A; III – E; IV – C; V – B.
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5) No texto do Padre Vieira, percebem-se várias construções em que poema de Gonzaga é bucólico (ambientado no campo: fala-se, por
o orador se dirige ao receptor, ao ouvinte do sermão: “Ora, (...) exemplo, em fazer um leito de feno), ao passo que o de Gregório
perguntar-me-eis”, “Não é assim?”. de Matos e o de Basílio da Gama não são bucólicos nem
Essas expressões, que buscam o contato com o receptor, são bem apresentam qualquer cenografia. [Observe-se, porém, que o soneto
próprias do discurso falado. A própria série de orações barroco faz alusão à mitologia greco-latina.]
interrogativas pressupõe um receptor de um discurso falado.
6) No trecho em negrito, percebe-se o movimento (“anda, corre, Módulo 6
voa”). A construção deste trecho, visando-se a expressão de
movimento, contém gradação (“anda, corre, voa”), antítese (“entra 1) O autor refere-se ao teatro e ao romance (“Trata-se de um
por esta rua”, “sai por aquela”; “já vai adiante, já torna atrás” e a romance, de um drama”, “Todo o drama e todo o romance
anáfora de tudo (“tudo cobre, tudo envolve, tudo perturba...”). precisa...”).
7) No texto do Padre Vieira se evidenciam várias características 2) Os principais defeitos apontados por Garrett são a falta de
barrocas, tais como o rebuscamento da linguagem, as construções criatividade, imitando-se os “figurinos franceses”, diluindo-se
anafóricas (“Os vivos são pó levantado... Os vivos são pó que elementos dos romances de Victor Hugo, Eugène Sue e Dumas.
anda”), o jogo de palavras e de conceitos (“distingue-se o pó do Há transposição de estruturas narrativas, simplificando-se e
pó”), o conflito do teocentrismo com o antropocentrismo. sentimentalizando-se o enredo. Enfim, nada há de original, o
8) O fundamento incontestável é “pois Deus o disse”. escritor busca o efeito literário, o Kitsch, procurando agradar ao
gosto dominante.
3) O tom informal ocorre em expressões como “leitor benévolo”, “a
Módulo 4 nossa literatura”, “Não seja pateta, senhor leitor”. Quanto à
mudança nas formas de tratamento, observa-se o emprego da 2.ª
1) E 2) C 3) D 4) E pessoa do singular em: “por esta ocasião te vou explicar” (1.°
5) C 6) A 7) D parágrafo), “Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o
que te fazemos ler” (1.° parágrafo), “Cuidas que vamos estudar”
Módulo 5 (2.° parágrafo), bem como da 3.ª pessoa do singular: “Não seja
pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos” (2.° parágrafo)
e “Eu lhe explico” (2.° parágrafo).
1) Antítese, que ocorre entre “males” e “prazeres” e entre “ventura”
4) O autor acabara de dar a “fórmula” segundo a qual são feitos os
e “desgraça” (as antíteses podem ser, também, entre “males” e
romances e dramas em seu tempo, a partir de uma espécie de
“ventura” e entre “prazeres” e “desgraça”).
“colagem” de personagens e enredos de obras e autores
2) Trata-se de aliteração de r (“... aRRanca os fRios ossos / feRRo do
consagrados, retemperados com “nomes e palavrões velhos”,
toRto aRado”). Essa aliteração é muito sugestiva, pois se associa
extraídos de antigas crônicas. A ironia consiste, pois, em chamar
ao movimento, ao barulho e à brutalidade do arado a revolver os
de original a essa literatura do tipo scrapbook.
ossos de quem foi enterrado ou abandonado no campo em que
5) A natureza na estética romântica é expressiva da emoção, ligando-
morreu. (Supõe-se que tenha morrido lutando e que, em tempos de
se indissoluvelmente à subjetividade do emissor ou da
paz, o campo de batalha se tenha transformado em plantação
personagem. É simbólica, panteísta, nacional, engrandecendo o
cultivada pelo agricultor.)
homem e o país. Neste fragmento, a natureza é caracterizadora da
Resposta: C
subjetividade de Joaninha, a “menina dos rouxinóis”. Nota-se a
3) Até depois da morte nosso destino é incerto: uns repousam no
moldura idílica, em consonância com a protagonista da novela,
túmulo familiar, outros ficam enterrados no campo de batalha,
inserida como índice de Portugal harmonioso, singelo,
sujeitos a todos os azares.
espontâneo, que o passado sepultou, com a ambição capitalista dos
4) Enquanto é possível, gozemos o presente, que o tempo passa sem
barões. A habitação antiga, o pôr do sol visto da janela, os
parar e jamais retorna.
rouxinóis, a alvorada de maio (primavera no Hemisfério Norte)
5) O velho cordeiro triste é imagem da velhice; o jovem cordeirinho
são os elementos que compõem esse quadro.
alegre e saltitante é imagem da juventude.
6) Na passagem dada, o advérbio meio aparece flexionado no
6) O sentido básico é o do tema clássico do carpe diem (“colhe o
feminino, concordando com o adjetivo aberta; essa forma
dia”). A expressão que o resume é “aproveite-se o tempo”
contraria, portanto, o que diz a norma gramatical de nossos dias,
(antepenúltimo verso).
segundo a qual o advérbio é invariável: janela meio aberta.
7) O ponto comum mais notável é o tema clássico do carpe diem; a
diferença básica, quanto à ambientação, deve-se ao fato de que o
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Módulo 6
1) E 2) C
3) a) O valor semântico da conjunção e é de adição ou acréscimo.
b) O paralelismo sintático mantido pelas locuções “não só ...
mas, também” estabelece entre as orações o valor de adição.
c) “Contudo não podemos esquecer” estabelece relação de opo-
sição ou ressalva ao que foi dito no período anterior (“Em
breve... tempo”). “Ainda” imprime ao trecho circunstância de
tempo.
d) “Também” estabelece relação de adição ou acréscimo ao
período anterior.
e) “Até” pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
inclusive, sendo palavra denotativa de inclusão.
f) O paralelismo sintático mantido por “tanto ... como” estabele-
ce, entre os termos da oração, relação de adição (transformou
as relações internacionais e a compreensão do mundo).
4) a) Como (ou porque, uma vez que, já que etc.) abolem as distân-
cias, [as novas tecnologias] concorrem muitíssimo para
moldar a sociedade do futuro.
b) A relação é de causa e consequência.
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