Você está na página 1de 7

DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO

CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO


Os novos mundos dos emigrantes portugueses
por MARIANA ALBUQUERQUE

28/08/2019

Paula Tulha, engenheira geotécnica, 43 anos, passa entre


quatro e seis meses em plataformas petrolíferas
espalhadas pelo Mundo. (Foto: Pedro Granadeiro/Global
Imagens)

João André Cardoso tem em si vários mundos que moldam a sua maneira de ser e de
estar na vida. Em Londres, interiorizou a pontualidade britânica. Em São Paulo, tornou-
se mais emocional na partilha do que lhe vai na alma. Em São Francisco, percebeu o
valor do pragmatismo nos negócios. Em Paris, aprendeu a ser direto na forma de
comunicar. Nunca perdeu a arte do desenrasque de Portugal, aquele jeitinho de dar a
volta. “A minha forma de ser e de trabalhar acaba por ser um resumo dos países onde
estive.” É um exemplo da nova vaga da emigração portuguesa.
Sai de Leiria aos 18 anos para estudar Economia em Lisboa. Aos 21, está a estudar em
Bruxelas, e hoje, aos 36, lidera uma start-up de seguros em Paris, a Lovys, conhecida
como a Netflix dos seguros em França e que acaba de receber uma injeção de capital de
3,3 milhões de euros. Gere uma equipa de 18 pessoas, de oito nacionalidades, tem
centenas de clientes. E é o acionista maioritário da Tá Certo, start-up que fundou no
Brasil em 2011, primeiro fornecedor de seguros numa plataforma digital e que permite
subscrições mensais, procedimento inédito num país com mais de 200 milhões de
habitantes.
“Vivemos num Mundo maravilhoso. O único limite é a própria imaginação.” Aos 22 anos,
está em Londres como analista no melhor banco de investimentos do Mundo, na
Morgan Stanley. Na altura, sabe que é uma “ave rara”. “Há tanto Mundo por descobrir,
vou desafiar-me ao máximo para ser a melhor versão de mim mesmo.” Assim pensou,
assim foi. Quatro anos na banca, dois anos num fundo de investimento em Londres e,
enquanto isso, a apalpar terreno para instalar o seu próprio negócio no Brasil. Aos 28
anos, aterra em São Paulo e cria a Tá Certo.
Muda a agulha no país habituado a comprar seguros a corretores, a empresa cresce
rapidamente, uma média de mil novos clientes todos os meses, 150 funcionários no final
de 2014. “Inovámos neste mercado, criámos um modelo de distribuição diferente,
baixámos os preços, tornámos o negócio mais transparente e seguro para os clientes.”
O colapso do real no início de 2015 coloca tudo em perspetiva. Cria uma plataforma
tecnológica com imobiliárias para vender seguros no momento da compra de habitação.
Não corre mal. Nos últimos seis meses de 2016, muda-se para São Francisco, Estados
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
Unidos, para analisar novos territórios e decide apostar na Europa. Muda-se para Paris
com vontade de ser disruptivo num “mercado mais sofisticado” com o mesmo produto
do Brasil, mas com novas tecnologias.
A emigração é um fenómeno que marca Portugal. De várias formas e feitios. A
percentagem de emigrantes portugueses a viver na Europa tem aumentado: de 16% em
1960 para 53% em 1990, de 62% em 2015 para 66% em 2017, nas estimativas das
Nações Unidas. No final de 2017, Portugal é o país da União Europeia com mais
emigrantes em proporção com a população residente. Nesse ano, 22% dos portugueses
vivem fora do país.
João Cardoso é um deles e um dos rostos de uma nova vaga de emigrantes, diferente da
dos anos 1960 e 1970. “Já não há o sentimento de inferioridade. Os portugueses que
estão fora vibram com o nosso sucesso, têm orgulho.” As saudades atenuam-se todos
os dias num ecrã, num telemóvel, numa chamada em tempo real, em vídeos e
mensagens. A distância deixou de ser um peso no coração. E França, onde João Cardoso
tenciona ficar algum tempo, continua a ser o país do Mundo onde vive o maior número
de emigrantes nascidos em Portugal, mais de 615 mil em 2017.

João André Cardoso, economista, 36 anos, fundador da


startup Lovys. Vive em Paris. (Foto: DR)

O clima, a gastronomia, o jeitinho de receber


Depois de França e da Suíça, os Estados Unidos da América são o terceiro país onde
residem mais emigrantes portugueses, eram 148 mil em 2016.
Filomena Gomes, 34 anos, natural de Braga, é nutricionista em saúde pública, trabalha
no 40.º andar do World Trade Center, no coração de Nova Iorque. Gere programas do
Sackler Institute for Nutrition Science, que pertence à Academia de Ciências de Nova
Iorque, que colabora com a Unicef, a Organização Mundial da Saúde, a Fundação Bill e
Melinda Gates, entre outras organizações internacionais. É a única portuguesa num
instituto com cerca de 80 funcionários, desenvolve projetos de nutrição, muitos dos
quais em países em desenvolvimento, como o combate à deficiência de tiamina no
Cambodja ou a múltiplas deficiências nutricionais em grávidas de Madagáscar.
Há dez anos que vive e trabalha fora de Portugal. Sabe que tem a vida mais facilitada
quando compara com a emigração do século passado. “Não consigo imaginar o que seria
passar meses sem fazer uma videochamada entre a minha filha e a família em Portugal,
nem quero imaginar o que seria ir a casa apenas uma vez por ano”, diz numa chamada
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
por skype, a partir de Nova Iorque. É uma nova geração melhor qualificada e preparada,
quanto mais não seja, enfatiza, “com algum domínio da língua do novo país”.
O trajeto tem valido a pena por várias razões: “Oportunidades profissionais únicas, pela
exposição a uma grande diversidade cultural, pelas amizades fortes que ficam por todo
o Mundo”. No quinto ano da licenciatura muda-se para San José, Califórnia, para um
estágio. A primeira saída mostra-lhe que há mais chão. “Foi essa experiência que me fez
pensar que podia ir um bocadinho mais além, na quantidade e variedade de experiências
que estavam à disposição”, recorda. Volta a Portugal, trabalha na Santa Casa da
Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. Um ano depois, é selecionada entre mais de dez mil
candidatos para um estágio na Comissão Europeia em Bruxelas, onde trabalha na
legislação alimentar.
Cinco meses depois, muda-se para Londres para tirar o doutoramento em Ciências da
Nutrição no King’s College, conduz estudos para determinar a associação entre o estado
nutricional e os desfechos clínicos no pós-AVC, colabora no desenvolvimento de linhas
de orientação nacionais nessa área, e arranja trabalho num hospital como nutricionista
clínica e investigadora num projeto sobre desnutrição em idosos. Em 2015, muda-se
com o marido para Zurique, Suíça, e cria dois empregos em duas cidades. Numa,
desenvolve um novo serviço de nutrição numa clínica de reabilitação para doenças
neurológicas; noutra, integra uma equipa de investigação para colaborar em ensaios
clínicos sobre desnutrição em contexto hospitalar. À noite, aprende alemão. No início
de 2018, muda-se para Nova Iorque com o marido e a filha de meses.
Nunca esquece as raízes. “Não podia ser mais orgulhosa do país onde nasci e onde me
formei como nutricionista.” Tem saudades do clima, das praias, da gastronomia, da
família e dos amigos, dos sotaques típicos, daquele jeitinho de receber, da atenção
especial do comércio tradicional, do sapateiro ao empregado do café da esquina. O
regresso não está afastado. “Continuo a ter como objetivo de vida um dia regressar a
Portugal e contribuir para a melhoria do país, com os conhecimentos que vou adquirindo
fora dele.”

Filomena Gomes, nutricionista, 34 anos,


trabalha no World Trade Center, vive em
Nova Iorque, Estados Unidos. (Foto: DR)
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
Outras prioridades, uma forma de crescer
Tiago Fernandes é informático, tem 30 anos, também é natural de Braga, também pensa
voltar, mas não sabe quando. Neste momento, trabalha na Google, em Dublin, Irlanda,
como gestor de produto. A Irlanda é, atualmente, o 17.º país para onde os portugueses
mais emigram, com subidas e descidas nestes números. Eram cerca de quatro mil em
2016.
“A nova emigração é feita de pessoas qualificadas com outro tipo de pensamento.
Vivemos mais a vida, já não vamos com o intuito de sofrer tanto, de trabalhar muitas
horas. A cultura, as viagens, o conhecer são a nossa riqueza.” As prioridades mudaram.
“Apesar do caminho que percorremos ser diferente, o objetivo acaba por ser o mesmo:
voltar a Portugal.”
Segundo o Eurostat, 16,1% dos portugueses que residem no espaço europeu são
licenciados, um aumento de 10,5% relativamente a 2007. Mesmo assim, Portugal está
na lista dos países da União Europeia em que os emigrantes possuem um nível de
educação inferior comparativamente aos que permanecem no país de origem. E não
está sozinho. Bulgária, Croácia, Luxemburgo, Estónia, Lituânia e Letónia estão do mesmo
lado. Em 2017, Portugal manteve a maior percentagem de emigrantes não qualificados
no espaço europeu, seguido da Bulgária e da Grécia. São os portugueses menos
qualificados que continuam a sair para trabalhar noutros países europeus.
Tiago Fernandes contraria esse cenário, não encaixa no perfil. Antes da Google, vários
países. Três anos e meio em Brno, na República Checa, a trabalhar na multinacional
informática IBM. Entra como helpdesk, chega a gestor de uma equipa de 50 pessoas.
Uns meses antes, está em Istambul, Turquia, na coordenação do gabinete de receção
aos alunos estrangeiros. E é numa pequena cidade da Polónia, durante o Erasmus do
curso na área de informática industrial, que percebe que havia mais mundo e que o
Mundo não era todo igual. “Foi o primeiro passo que me abriu os horizontes, para
explorar o Mundo e mais de mim próprio. Estar fora do país dá um crescimento enorme,
ver como outras pessoas trabalham, conhecer outras culturas. É sempre mais uma
experiência, uma forma de crescer. Se for preciso, parto para outra aventura.” Com a
ideia do regresso na cabeça.

Tiago Fernandes, informático, 30 anos, trabalha na


Google em Dublin, Irlanda. (Foto: Gonçalo
Delgado/Global Imagens)
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
Para Rita Ochoa, arquiteta, 43 anos, de Lisboa, a emigração nunca foi um mundo
estranho. A história que a avó lhe contava do bisavô que deu a volta ao Mundo para
perceber como funcionavam os sistemas políticos, por volta de 1905, está viva na
memória. Tal como as idas e vindas dos familiares emigrados nos anos 1970 e 1980.
Nessa altura, tão miúda, não entendia as longas viagens muitas vezes sem paragens para
dormir. “Não conseguia perceber por que vinham sempre a Portugal, para a aldeia, e
não sentiam vontade de ir para outros sítios passar férias.” Em criança, viveu um ano na
Suíça e isso conta. “Ajuda imenso a abrir horizontes, a perceber que o Mundo é muito
maior.”
Vive e trabalha em Manchester, Reino Unido, há quase seis anos. A primeira mulher e a
primeira estrangeira na gestão do gabinete de arquitetura AFL, com 80 funcionários e
trabalho nos cinco continentes. Há cerca de um mês, estava no Japão e agora tem entre
mãos a construção de um estádio de futebol em Londres. O Brexit retraiu a emigração,
mas não os planos de Rita, que faz parte dos 131 mil emigrantes portugueses que lá
moram. De 2016 para 2017, o número de entradas de portugueses no Reino Unido teve
uma quebra de 26%. Ainda assim 23 mil portugueses mudaram-se para o Reino Unido
em 2017.
Trabalhou noutros países, deu formação e aulas no Lobito, Angola, esteve envolvida na
construção de um estádio em São Petersburgo, Rússia. Entre Lisboa e outras geografias,
vem a crise e Inglaterra parece-lhe boa ideia. “Tinha imenso para aprender, imenso para
dar.” Envia por e-mail o portefólio para uma agência de emprego numa quinta-feira à
meia-noite e às oito da manhã do dia seguinte tinha resposta. Na semana seguinte, sete
entrevistas em Inglaterra e a possibilidade de ficar onde queria. Muda-se de malas e
bagagens. “Valorizo muito a amplitude da visão que fui ganhando do Mundo”, conta.

Rita Ochoa, arquiteta, 43 anos, vive e trabalha em


Manchester, Reino Unido, há quase seis anos. (Foto:
Orlando Almeida/Global Imagens)

Outros horizontes, outras oportunidades


Renato Silva, 46 anos, de Oliveira de Azeméis, também tem uma visão alargada do
Mundo. É inquieto. Nas férias do liceu e da universidade, partia de mochila às costas
para a apanha da maçã em França para melhorar o francês, trabalhou num restaurante
italiano em Londres para aperfeiçoar a língua.
Neste momento, trabalha na Maersk, líder mundial do setor de transporte marítimo,
multinacional dinamarquesa com negócios em mais de 130 países. É diretor do serviço
de apoio ao cliente a nível global da Safmarine, empresa adquirida pela Maersk, e
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
responsável pela mesma área para a região da África Subsariana de todo o grupo. Num
mês, passa uma semana em Copenhaga, duas semanas a trabalhar a partir de casa na
ilha espanhola de Menorca, alguns dias na Cidade do Cabo na África do Sul e viaja por
todo o Mundo. Quando entra na cantina na sede da empresa, em Copenhaga, encontra
gente de 85 nacionalidades.
A miscelânea cultural faz parte dos seus dias. Quando se anda pelo Mundo não se é
verdadeiramente nada, é-se um bocadinho de tudo. Sente-se um pouco assim sem
cortar o cordão umbilical. “Conheço novos mundos, novas maneiras de pensar, aprendo
novas realidades, não deixando de respeitar as minhas origens e honrar as minhas
raízes”, sublinha. Faz parte da nova geração de emigrantes. “Há um enfoque maior em
fazer algo em que se sinta orgulho e não tanto no que dê mais dinheiro.”
Portugal é o quarto país da União Europeia com mais cidadãos em idade ativa, cerca de
848 mil, a residir noutro país da Comunidade Europeia, apenas superado pela Roménia,
Lituânia e Croácia. Os dados são do Gabinete de Estatística da União Europeia. Renato
Silva está nestes números. Licenciado em Relações Públicas e Internacionais, entra na
Maersk para as vendas no norte de Portugal. Dois anos como executivo de vendas, mais
dois como chefe de vendas. Depois Madrid, para chefiar um departamento de preços e
produtos na América do Sul e América do Norte. Dois anos na capital espanhola. Segue
para Casablanca, Marrocos, como coordenador da integração desse país na área do
grupo da Península Ibérica.
Dois anos depois novamente Madrid como responsável pelo serviço de apoio ao cliente
de Portugal, Espanha e Marrocos. Três anos e meio em Madrid. Nova restruturação,
muda-se para Valência, Espanha, como diretor-geral da Safmarine para a região ibérica,
onde fica quatro anos. Passa por Lisboa, no cargo de diretor nacional, durante 14 meses.
Mais mudanças e a proposta de instalar-se em Varsóvia, na Polónia, como diretor
comercial da Maersk da Europa Central e Oriental. Um ano e meio na capital polaca.
Passa a diretor do serviço ao cliente a nível global da Safmarine. Vai para Copenhaga,
fica dois anos e meio até negociar a situação em que agora se encontra. Adaptou-se
rapidamente à mentalidade nórdica. “É uma empresa dinâmica, em constante mudança,
nada é adquirido. Há uma hierarquia e respeito pela individualidade.”
Quase 2,3 milhões de portugueses são emigrantes, mas a emigração portuguesa tem
vindo a diminuir desde 2016, depois de, nos últimos anos, ter atingido o pico em 2013 e
2014, quando saíram do país mais de 120 mil portugueses. Os dados mais recentes do
Instituto Nacional de Estatística indicam que saíram do país 81 051 emigrantes em 2017.

Renato Silva (ao centro), 46 anos, trabalha na


multinacional dinamarquesa Maersk, companhia
de transporte marítimo. É diretor de serviço de
apoio ao cliente a nível global da Safmarine,
empresa do grupo. (Foto: DR)
DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO

Paula Tulha não se sente a emigrante típica, que se encaixa no perfil do antigamente. É
engenheira geotécnica, tem 43 anos, é do Porto, trabalha em todo o Mundo. Faz análises
de solo para fundições em água, estudos para companhias petrolíferas. Este ano, esteve
no Brasil e na Guiana. No ano passado, no Senegal, no Azerbaijão, no Gana e no Brasil.
Passa quatro a seis meses do ano fora de Portugal, sobretudo em plataformas
petrolíferas. Se não fosse engenheira, seria hospedeira/assistente de bordo. Sempre
gostou de viajar.
Em 2001, vai para Holanda tirar o mestrado na Universidade de Delft. Era para ficar dois
anos, ficou 11 anos. Arranja trabalho numa multinacional holandesa da indústria de
exploração e produção de petróleo e gás. Em 2012, vai para o Rio de Janeiro, Brasil, e
trabalha no mesmo setor. No início de 2016, regressa a Portugal. Adora o que faz,
mesmo que a mala não tenha sossego, e prefere usar a palavra “desafiador” à palavra
“complicado” quando fala da vida e das suas opções.
O Mundo é global, o distante se faz perto, os emigrantes de ontem não são os mesmos
de hoje. “É muito diferente, as razões são outras. Os emigrantes desta nova geração vão
mais pelas oportunidades geradas, não tanto por questões económicas. Não somos
escravos do trabalho da maneira como era antigamente. Gastamos o dinheiro que
ganhamos, temos um horizonte diferente, outras informações, novas tecnologias. Não
nos acomodamos, temos de criar as nossas próprias oportunidades”, acrescenta Paula
Tulha. E, quando se sai, percebe-se o valor de Portugal. “É o melhor país do Mundo.”
Ontem, hoje, sempre.

Você também pode gostar