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O novo presidente da Companhia de Águas e Esgotos (Caern),

Roberto Linhares, garantiu, durante a cerimônia de posse da


governadora Fátima Bezerra, que a empresa pública não será vendida
e que ela será lucrativa.

“Não há nenhuma possibilidade de privatização enquanto eu estiver


na condição de presidente, isso já deixei bem claro. Posso dizer que
enquanto a governadora estiver a frente do Executivo, também não há
nenhuma possibilidade de privatização. Vamos tornar a companhia
lucrativa sem precisar vendê-la. Existem planos para isso e
conseguiremos torná-los possíveis”, prometeu.

A venda da Caern já foi uma recomendação do Tesouro Nacional para


o Estado tanto pela falta de lucros como por ser um ativo atrativo para
empresas se colocado à venda, como uma alternativa para colocar as
contas em dia.

A Caern detém a concessão dos serviços públicos de saneamento


básico, captação, tratamento e distribuição de água em vários
municípios do Rio Grande do Norte. Mesmo não dando lucros,
funcionários defendem a companhia diante do importante papel social
que ela desempenha distribuindo água para comunidades que sofrem
com as contantes secas.
Governo descarta a privatização de
estatais, diz Antenor Roberto
 
Proposta de venda ativos e privatização de empresas públicas foi uma
recomendação da Secretaria do Tesouro Nacional, através do ministro
da Economia, Paulo Guedes
17/01/2019 às 14:51

José Aldenir / Agora RN


Vice-governador do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto

 
Redação
 
O vice-governador do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto (PC do
B), descartou a realização, a curto prazo, de abertura de processo de
privatização de empresas estatais.

“Nosso programa [de Governo] não consta a questão de privatização.


Já tomamos providências com relação às despesas”, disse Antenor
Roberto, durante entrevista ao programa “Jornal Agora”, da rádio
Agora FM (97,9), que é apresentado pelos jornalistas Alex Viana e Ana
Karina Castro.
A proposta de venda ativos e privatização de empresas públicas foi uma
recomendação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), através do
ministro da Economia, Paulo Guedes, para que os Estados – que
enfrentam hoje grave crise econômica – possam se enquadrar nas
regras do Regime de Recuperação Fiscal.

Ele cita como a principal medida de contenção de gastos públicos a


decretação do “Estado de Calamidade Financeira”, anunciado no
último dia 2 de janeiro. Além disso, a atual gestão reduziu o horário de
expediente dos órgãos estaduais, bem como está analisando os valores
dos atuais contratos governamentais.

Ainda de acordo com Antenor Roberto, mesmo que o atual governo do


Estado deflagre programa de venda de ativos, a privatização da
Companhia de Abastecimento e Esgotos do Rio Grande do Norte
(Caern) está descartada. “Poderemos colocar terrenos para leilão. Mas
para algumas empresas, como a Caern, não há qualquer possibilidade
de privatização, em razão da sua função social”, encerra.

https://robsonpiresxerife.com/notas/caern-e-pra-privatizar-fatima-
bezerra-nao-tem-peito/

CAERN: é pra privatizar! Fátima Bezerra não tem


peito
21/08/2019
Blog de Currais Novos - Notícias - RN

Link: http://www.cnovos.com/2019/08/caern-e-pra-privatizar-fatima-bezerra.html

 
21 agosto 2019

CAERN: é pra privatizar! Fátima Bezerra não tem peito


 

Entre 2010 e 2017, as despesas da Companhia de Águas e


Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) se concentraram
cada vez mais em salários e encargos sociais do que com
investimentos. É o que mostra um estudo do Ministério da
Economia sobre as empresas públicas de saneamento do
Brasil, obtido pela TRIBUNA DO NORTE. Os gastos com o
funcionalismo da Caern cresceram R$ 169 milhões no
período e, com os investimentos, R$ 14,8 milhões, ou seja,
dez vezes mais. Descontada a inflação no período, a
evolução  com pessoal chega a ser seis vezes maior do
que as melhorias para o sistema.
Proporcionalmente, a Caern teve o segundo maior aumento
de despesas com funcionalismo do Nordeste, atrás
somente da Companhia de Água e Esgotos do Maranhão.
O crescimento real no período foi de 62,17% – o que mais
contribuiu para isso, considera a equipe econômica, foi o
aumento de 30% no número de funcionários. Os
investimentos, nos mesmos anos analisados, evoluíram
apenas 13%. Os dados são do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS).
Ela tem que privatizar...
 

O governo do RN
Tem que providenciar
Dinheiro novo no caixa
Pra cada conta pagar
Fátima tem que tomar gosto!
Vai ter que empurrar imposto
Vai ter que privatizar
 
Vai ter que pagar as contas
Do governo estadual
Quem deve tem que pagar
Isso pra mim é normal
Privatizar com gerência
Isso aí são exigências
Do Tesouro Nacional
 
Porque a coisa está preta
A coisa está de amargar
Será que é com a CAERN?
Que ela vai negociar
A coisa não ta boa não!
Mas se for essa a solução
Ela tem que privatizar

(Lalauzinho de Lalau)
 

Caern concentra gastos com pessoal


21/08/2019
Tribuna do Norte - Natal - RN

Link: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/caern-concentra-gastos-com-
pessoal/457421

Entre 2010 e 2017, as despesas da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do


Norte (Caern) se concentraram cada vez mais em salários e encargos sociais do que
com investimentos. É o que mostra um estudo do Ministério da Economia sobre as
empresas públicas de saneamento do Brasil, obtido pela TRIBUNA DO NORTE. Os
gastos com o funcionalismo da Caern cresceram R$ 169 milhões no período e, com os
investimentos, R$ 14,8 milhões, ou seja, dez vezes mais. Descontada a inflação no
período, a evolução com pessoal chega a ser seis vezes maior do que as melhorias
para o sistema.

Sem recursos para investir, o avanço da Caern nos serviços prestados foi tímido nos
sete anos, aumentando apenas 5% a coleta de esgoto no período

Proporcionalmente, a Caern teve o segundo maior aumento de despesas com


funcionalismo do Nordeste, atrás somente da Companhia de Água e Esgotos do
Maranhão. O crescimento real no período foi de 62,17% - o que mais contribuiu para
isso, considera a equipe econômica, foi o aumento de 30% no número de
funcionários. Os investimentos, nos mesmos anos analisados, evoluíram apenas 13%.
Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Em 2010, os gastos da Caern com pessoal e investimento foram semelhantes, com


uma diferença de R$ 4 milhões a mais para o último (R$ 107 milhões contra R$ 103
milhões). Com a evolução dos gastos, a despesa com salários saltou para R$ 273
milhões e as melhorias do sistema ficaram com R$ 121 milhões. O investimento hoje
chega a ser menos da metade do valor gasto com pessoal.
No mesmo período, houve um crescimento de 72,7% das receitas, acima da inflação
do período, de aproximadamente 60%. Esses gastos ficaram centrados na folha de
pagamento de pessoal.

Além de justificar o aumento como resultado da contratação de funcionários, o


Ministério da Economia também destaca que a despesa anual por funcionário dobrou
nos sete anos analisados. Esse valor passou de R$ 59,23 mil em 2010 para R$ 118,96
mil em 2017, representando aumento de 100,82%. Hoje, a Caern tem 2.897
funcionários e 2.328 empregados próprios.

No Distrito Federal, o custo anual por funcionário chega a ser de R$ 306 mil, sendo o
mais alto do Brasil. Em seguida, está o Piauí com R$ 247 mil gastos por ano com cada
funcionário. “O custo médio por funcionário é algo impressionante, mais de R$ 300
mil (por empregado) no caso da Caseb (DF). Quase isso no Piauí, que é um estado
pobre. É inadmissível”, continuou Mac Cord para O Globo.

Atendimento e perdas

Sem grande aumento de recursos para investir, o avanço da Caern nos serviços
prestados foi tímido nos sete anos analisados pela equipe econômica do Governo
Federal. A coleta de esgoto realizada pela companhia atendeu 23,69% da população
em 2010 e aumentou apenas 5% até 2017, quando alcançou 28,08%. O índice é abaixo
da média nacional, de 51%.

A redução do desperdício de água no período foi de 8%, saindo de 60,48% em 2010


para 52,05% em 2017. Neste caso, o Rio Grande do Norte também está longe da
média nacional, de 38,3%, segundo o Instituto Trata Brasil.

Marco do saneamento

O estudo elaborado pelo Ministério da Economia deve servir de argumentos pelo


governo durante a discussão do novo marco do saneamento. Segundo reportagem d'O
Globo, o Governo Federal deve argumentar que a resistência a mudanças na
legislação se deve ao lobby de funcionários que buscam manter salários altos nas
estatais.

A proposta de novo marco para o setor, enviada no início de agosto para o Congresso
Nacional, é abrir as estatais para a iniciativa privada. O texto prevê que municípios
privatizem o serviço ou abram licitação para serviços de água e esgoto, iniciando
uma concorrência.

Caern

A TRIBUNA DO NORTE solicitou o posicionamento da Caern sobre a concentração de


gastos com pessoal, as diferenças com os valores de investimento e as possíveis
soluções. A estatal não respondeu as perguntas até o fechamento desta reportagem.

Confira a evolução dos gastos:


Funcionalismo

Gasto total

2010 - R$ 103.394,04

2017 - R$ 273.183,22

Despesa média anual por funcionário

2010 - R$ 59,23 mil

2017 - R$ 118.956,33

Variação da despesa com pessoal próprio (2010 – 2017)

62,17%

Investimento/ Gasto total

2010 - R$ 107.092,52

2017 - R$ 121.974,28

Variação da despesa com investimento (2010 – 2017)

13%

Índices

Atendimento Urbano de Água- 2017 - 87,60%

Cota de Esgoto – 2017 - 28,08%

Perda de Água - 2017 - 52,05%


Privatização de empresas de saneamento pode
render R$ 140 bilhões; Caern avaliada em R$ 1,6
bi
13/10/2019
Tribuna do Norte - Economia - RN

Link: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/privatizaa-a-o-de-empresas-de-
saneamento-pode-render-r-140-bi-ao-paa-s-caern-avaliada-em-r-1-6-bi/461860

As privatizações de empresas de saneamento pelo Brasil podem render R$ 140


bilhões. É o que aponta levantamento realizado pelo Governo Federal e divulgado
pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (13). Os valores, no entanto, não
levam em consideração os débitos dessas empresas. Valor estimado da Companhia de
Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) é de aproximadamente R$ 1,63
bilhão.

Caern é avaliada em R$ 1,63 bilhão

A discussão sobre o tema ocorre em momento que o Congresso Nacional discute novo
marco legal para o saneamento e o Executivo busca mais abertura para atuação do
setor privado nessa área.

De acordo com a Folha, com base em documento a que tiveram acesso, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, acredita que a universalização do saneamento básico só
terá possibilidade de ser alcançado em 2033 caso ocorram as privatizações. Por isso,
o Governo Federal busca convencer governadores sobre a necessidade de
privatização na área.

Os valores de R$ 140 bilhões seriam alcançados com a venda de 100% das 22


empresas de saneamento a que Governo Federal teve acesso às informações
financeiras. Foi feito ainda um levantamento sobre o valor de venda de 49% das
companhias, mantendo o controle estatal, mas com o aporte financeiro do setor
privado.

Para a venda de 49%, a Caern foi avaliada em R$ 350 milhões. Já na hipótese de que
seja vendida integralmente, passando o controle ao setor privado, o valor estimado é
de R$ 1,63 bilhão.

Um estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento de Infraestrutura aponta


que, caso o país mantenha as empresas de maneira estatal, o Brasil abriria mão de
R$ 109 bilhões que poderiam ser aplicados em outras áreas e ficaria inviável o
investimento de aproximadamente R$ 700 bilhões para bater a meta de
universalização do saneamento até 2033.
Por outro lado, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de
Saneamento (Aesbe), Marcus Vinícius Fernandes Neves, disse à folha que discorda
que a solução para o setor é a privatização e argumenta que há setores que não
interessam à iniciativa privada. "Tem algumas áreas que não interessam ao mercado,
e a simples privatização não é a solução. Cada estado tem sua estratégia.
Entendemos que a universalização do saneamento é conseguida com a junção do
esforço público com o privado. Há espaço para os dois e há necessidade de
complementaridade", disse o presidente da Aesbe.

Para governo, empresas de saneamento valem até


R$ 140 bi se privatizadas. Caern avaliada em R$
350 milhões
13/10/2019
Blog do BG - Notícias - RN

Link: https://www.blogdobg.com.br/para-governo-empresas-de-saneamento-valem-
ate-r-140-bi-se-privatizadas-caern-avaliada-em-r-350-milhoes/

 13/10/2019 às 06:56 em ECONOMIA, MEIO AMBIENTE

Para governo, empresas de saneamento


valem até R$ 140 bi se privatizadas. Caern
avaliada em R$ 350 milhões

Na tentativa de estimular governadores a vender


companhias estaduais de saneamento, o Ministério da
Economia fez um estudo para detalhar o potencial de
ganho aos cofres públicos com as privatizações.
Se a opção for pela venda de 100% do capital, essas
empresas podem atingir um valor próximo a R$ 140
bilhões.
As contas não consideram as dívidas contraídas pelas
companhias. Para chegar ao valor que seria
efetivamente arrecadado pelos estados, portanto, é
necessário descontar os débitos.
 

O debate se dá no momento em que o Congresso


discute um novo marco legal para o saneamento e o
governo defende maior abertura.
No documento obtido pela Folha, o ministério
liderado por Paulo Guedes conclui que a meta de
universalizar o saneamento básico no país até 2033
não será cumprida sem privatizações.
 

Na quarta-feira (9) desta semana, quando iniciou a


publicação da série de reportagens Saneamento no
Brasil, a Folha mostrou que o atendimento da meta
de universalização pelo Brasil pode atrasar ao menos
30 anos se o ritmo atual de melhorias e investimentos
no setor for mantido.
Enquanto acompanha a elaboração no Congresso do
novo marco legal do setor, o governo federal busca
argumentos para convencer governadores a seguir
pelo caminho das privatizações, especialmente em
um momento de aperto nas contas estaduais.
O levantamento, elaborado pela Secretaria de
Desenvolvimento da Infraestrutura, avaliou as
empresas que cuidam de tratamento de água e de
coleta e tratamento de esgoto em 22 estados.
Nos outros entes da federação, a pasta não teve
acesso às informações necessárias para fazer os
cálculos.
Para chegar às estimativas, dados das estatais sob
poder dos governos regionais foram comparados de
duas maneiras, usando técnicas de avaliação de
empresas.
Primeiramente, foram calculados os valores que as
companhias do setor teriam se os estados vendessem
49% do patrimônio das empresas, mantendo o
controle estatal. A segunda hipótese mediu os valores
que seriam atingidos com a eventual venda de 100%
do capital.
Para chegar ao resultado, a equipe técnica usou como
base os valores observados em companhias de
saneamento que já abriram parte do capital e
empresas do setor elétrico que foram privatizadas.
O resultado mostra que o potencial de ganho se
multiplica quando é feita a privatização de 100% das
companhias. Nessa hipótese, as 22 estatais analisadas
valeriam R$ 139,7 bilhões. A opção de vender 49%
da participação faria com que essa fatia das empresas
valesse R$ 30,6 bilhões, ou apenas 22% do montante
inicialmente projetado.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento de
Infraestrutura, Diogo Mac Cord, o cálculo mostra que,
se os estados optassem por manter o controle das
companhias, o país abriria mão de R$ 109 bilhões,
para poder ser aplicado em outras áreas, como
educação e segurança.
Segundo ele, o Brasil não terá os R$ 700 bilhões
necessários para bater a meta de universalizar o
saneamento até 2033, definida no Plano Nacional de
Saneamento Básico, que previa que isso ocorresse
até 2033 se não optar pelas privatizações.
“O setor público não tem esse dinheiro. Ou vem o
setor privado, ou o governo não vai entregar”, diz.
“No entendimento do Ministério da Economia,
privatizar é o melhor caminho, mas isso não significa
que a gente quer obrigar quem não concorda com a
gente a seguir esse caminho. O importante é entregar
um bom serviço”, afirma Mac Cord.
O secretário ressalta que os índices de cobertura e
atendimento à população chegam a quase 100% nos
setores de telecomunicações e elétrico, que foram
abertos para as privatizações.
Na área de saneamento, contudo, a cobertura da
coleta de esgoto é de cerca de 52%. Hoje, 100
milhões de pessoas no Brasil vivem sem acesso à rede
de esgoto.
Atualmente, a legislação impede a privatização
completa das companhias de saneamento e exige que
seja mantido o controle do estado sobre elas.
O governo espera que a trava seja retirada com a
aprovação do novo marco legal do setor, que tramita
no Congresso sem expectativa de prazo para
conclusão.
Os técnicos do ministério argumentam que as
ineficiências de uma companhia de comando estatal
acabam por ser pagas por toda a população,
enquanto resultados negativos de uma empresa
privada são absorvidos pelos acionistas.
O relatório do ministério mostra ainda que
companhias que já abriram capital sem que o controle
fosse retirado do governo seguiram com ineficiências
e privilégios.
“Quando uma empresa pública faz um IPO [initial
public offering, ou abertura de capital na Bolsa]
minoritário, mantendo o controle público, junta-se a
ineficiência com a necessidade de aferição de lucro
[prometido aos novos acionistas], criando-se uma
dicotomia de difícil gestão”, diz o documento.
 

Pelo estudo, a Sabesp (Companhia de Saneamento


Básico do Estado de São Paulo) teria o maior valor de
mercado, atingindo R$ 44,9 bilhões em caso de venda
de 100% das ações.
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do
Rio de Janeiro) seria a segunda mais valiosa, com R$
19,3 bilhões (veja todos os valores no gráfico que
acompanha este texto).
FOLHAPRESS
Estudo diz que a CAERN vale R$ 350 milhões
13/10/2019
Blog do Robson Pires - Notícias - RN

Link: https://robsonpiresxerife.com/notas/estudo-diz-que-a-caern-vale-r-350-
milhoes/

 13/out/2019

Estudo diz que a CAERN vale R$ 350


milhões
 
Por Robson Pires, em

Notas

 
Se for privatizada a a CAERN está avaliada em R$ 350
milhões. Na tentativa de estimular governadores a vender
companhias estaduais de saneamento, o Ministério da
Economia fez um estudo para detalhar o potencial de ganho
aos cofres públicos com as privatizações.

Governo renova situação de emergência pela seca


em 147 municípios do RN
06/02/2019
Agora RN - Cidades - RN

Link: http://agorarn.com.br/destaquefotos/governo-renova-situacao-de-
emergencia-pela-seca-em-147-municipios-do-rn/

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Medida

Governo renova situação de emergência


pela seca em 147 municípios do RN
 

Decreto leva em consideração análises técnicas dos diversos órgãos


que integram o Comitê e que monitoram a segurança hídrica do
estado
06/02/2019 às 20:25

Superinteressante Abril

Ao todo, 147 municípios potiguares estão em situação de emergência

Redação
 

O Governo do Rio Grande do Norte vai decretar, por mais 180 dias, a
situação de emergência pela seca em 147 municípios, o que representa
88% dos municípios potiguares. A renovação do decreto que vigora até
dia 11 de março foi definida na tarde desta quarta-feira, 6, em reunião
do Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate aos Efeitos
da Seca, entidade coordenada pelo Gabinete Civil.

Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, tenente coronel


Marcos Carvalho, o decreto leva em consideração análises técnicas dos
diversos órgãos que integram o Comitê e que monitoram a segurança
hídrica do estado. A situação de emergência pela seca facilita o trâmite
dos processos que envolvem obras e serviços que minimizem os
impactos causados pela escassez de chuvas.

Dados da Caern apresentados na reunião mostram que 151 municípios


são abastecidos pela companhia, dos quais 92 estão em rodízio e cinco
em situação de colapso. De acordo com o secretário-chefe do Gabinete
Civil, a situação mais preocupante é dos municípios do Alto Oeste onde
os reservatórios ainda estão com baixo volume hídrico.

Municípios em situação de emergência:

Acari, Açu, Afonso Bezerra, Água Nova, Alexandria, Almino Afonso,


Alto do Rodrigues, Angicos, Antônio Martins, Apodi, Areia Branca,
Baraúna, Barcelona, Bento Fernandes, Boa Saúde, Bodó, Bom Jesus,
Brejinho, Caiçara do Norte, Caiçara do Rio do Vento, Caicó, Campo
Grande, Campo Redondo, Caraúbas, Carnaúba dos Dantas,
Carnaubais, Cerro Corá, Coronel Ezequiel, Coronel João Pessoa,
Cruzeta, Currais Novos, Doutor Severiano, Encanto, Equador, Espírito
Santo, Felipe Guerra, Fernando Pedroza, Florânia, Francisco Dantas,
Frutuoso Gomes, Galinhos, Governador Dix-Sept Rosado, Grossos,
Guamaré, Ielmo Marinho, Ipanguaçu, Ipueira, Itajá, Itaú, Jaçana,
Jandaíra, Janduís, Japi, Jardim de Angicos, Jardim de Piranhas,
Jardim do Seridó, João Câmara, João Dias, José da Penha, Jucurutu,
Jundiá, Lagoa D´Anta, Lagoa de Pedras, Lagoa de Velhos, Lagoa Nova,
Lagoa Salgada, Lajes, Lajes Pintadas, Lucrécia, Luís Gomes, Macaíba,
Macau, Major Sales, Marcelino Vieira, Martins, Messias Targino,
Montanhas, Monte Alegre, Monte das Gameleiras, Mossoró, Nova
Cruz, Olho D´Água dos Borges, Ouro Branco, Paraná, Paraú,
Parazinho, Parelhas, Passa e Fica, Passagem, Patu, Pau dos Ferros,
Pedra Grande, Pedra Preta, Pedro Avelino, Pendências, Pilões, Poço
Branco, Portalegre, Porto do Mangue, Rafael Fernandes, Rafael
Godeiro, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Riachuelo, Rodolfo
Fernandes, Ruy Barbosa, Santa Cruz, Santa Maria, Santana do Matos,
Santana do Seridó, Santo Antônio, São Bento do Norte, São Bento do
Trairi, São Fernando, São Francisco do Oeste, São João do Sabugi, São
José de Campestre, São José do Seridó, São Miguel, São Paulo do
Potengi, São Pedro, São Rafael, São Tomé, São Vicente, Senador Eloi
de Souza, Serra Caiada, Serra de São Bento, Serra do Mel, Serra Negra
do Norte, Serrinha, Serrinha dos Pintos, Severiano Melo, Sítio Novo,
Taboeleiro Grande, Taipu, Tangará, Tenente Ananias, Tenente
Laurentino Cruz, Tibau, Timbaúba dos Batistas, Triunfo Potiguar,
Umarizal, Upanema, Várzea, Venha-Ver, Vera Cruz e Viçosa.

Caern tem R$ 525 milhões a receber


03/03/2019
Tribuna do Norte - Natal - RN

Link: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/caern-tem-r-525-milha-es-a-
receber/440882

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Fonte: Tribuna do Norte


Publicada em: 03/03/2019 às 00h00 (coletada em 02/03/2019 às 14h02)
Link alternativo

Luiz Henrique Gomes

Repórter

A Caern (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte) tem


aproximadamente R$ 525 milhões acumulados para receber de grandes devedores,
segundo afirmou Roberto Linhares, diretor-presidente da estatal. Metade desse valor
(R$ 274 milhões) é dívida de órgãos públicos dos Municípios, Estado e União. A outra
metade, de R$ 250,9 milhões, é de devedores privados. O valor total dessa dívida
está atualizada até dezembro do ano passado.

Roberto Linhares informou que a Caern tem cerca de R$ 525 milhões acumulados
para receber de grandes devedores. Metade do valor (R$ 274 milhões) é dívida
pública e o restante, R$ 250,9 milhões, do setor privado
Débitos somam as pendências acumuladas ao longo da história da estatal, criada em
1969. A esfera com mais dívida é a Municipal, que soma os 150 municípios do estado
que são tarifados pela Caern. São R$ 136 milhões devidos. Outros R$ 134,8 milhões
são de órgãos do Estado, gestor da estatal. O restante (R$ 3,5 milhões) é da União. A
reportagem questionou ao diretor-presidente quantos entes são devedores, mas ele
não soube responder durante a entrevista concedida na última quinta-feira (28) à
TRIBUNA DO NORTE. .

“Precisamos recuperar as dívidas do setor privado e também do setor público. A água


é um bem essencial à vida, não dá para se gastar água e não pagar. Ou estar fazendo
faturamento de água e não receber. É um prejuízo duplo”, afirmou Roberto Linhares.
Ele não soube estimar quanto pode recuperar dessas dívidas em um ano.

A recuperação é um dos pilares para buscar um superávit orçamentário em 2019. A


expectativa, segundo afirmou o diretor-presidente, é fechar o ano com lucros
líquidos de R$ 50 milhões. Se os planos derem certo, a meta para 2020 é lucrar R$
100 milhões. “A ideia é aumentar lucros com o aumento da receita, que inclui cobrar
os devedores, diminuir o desperdício de água, o combate às fraudes e as despesas”,
afirmou o diretor-presidente.

Linhares comparou o valor devido à Caern com o prejuízo acumulado pela Companhia
desde a sua criação, de R$ 290 milhões. “Os R$ 290 milhões são os prejuízos
acumulados desde o surgimento da Caern, mas se não houvessem devedores nós
estaríamos com mais lucros do que prejuízos”, afirmou.

Para além das dívidas, um ponto preocupante e visto como prioridade da gestão de
Roberto Linhares, que assumiu a pasta no governo Fátima, é o desperdício de água.
Linhares afirma que essa taxa chega a 54%: ou seja, mais da metade de água liberada
pela Caern se perde no caminho e não é cobrada. A situação não é proveniente
somente dos 'gatos' (ligações clandestinas). Estão incluídas também as tubulações
ultrapassadas e problemas com adutoras.

A diminuição desse desperdício passa tanto pelo aumento da fiscalização em


residências com ligações clandestinas, quanto nos projetos de manutenção das
adutoras. “Esse é um ponto que se eu trabalhar a redução de perdas em 20% eu
estarei alavancando o meu resultado no mínimo em R$ 80 milhões no ano. Isso é
respeito à crise hídrica que estamos vivendo no Estado, respeito às pessoas, respeito
ao ambiente, preservação de algo essencial, que é a água, e melhora na questão
financeira”, afirma Linhares.

O orçamento da estatal este ano estima um investimento de R$ 300 milhões, que


serão utilizados tanto na melhoria da rede, quanto no saneamento de Natal, onde há
duas Estações de Tratamento de Esgotos (Jaguaribe e Guarapes) em construção. Uma
parte dos investimentos também vai ser destinado à conclusão da adutora Santa
Cruz-Apodi, que vai servir para o abastecimento de Mossoró.
O senhor aproveita a experiência na Caixa dentro da gestão da Caern? Há alguma
semelhança?

Eu já tinha um relacionamento com a Caern enquanto superintendente da Caixa, com


os diretores da Companhia, principalmente o diretor de empreendimento, o diretor
financeiro. E apesar de estar saindo de uma instituição bancária para uma companhia
de águas, a gestão é muito parecida: os problemas são parecidos, as soluções são
parecidas. Os processos é que são bem diferentes. Mas o envolvimento das pessoas, a
busca por resultado sustentável, o lidar com as pessoas de forma respeitosa
carregando as energias para esses resultado são praticamente a mesma coisa.

Qual é a situação financeira que o senhor encontrou na Caern?

A Caern é uma grande companhia. Ela tem um capital social de quase R$ 1 bilhão,
cerca de R$ 980 milhões, com R$ 750 milhões de patrimônio líquido, que com certeza
vai ser aumentado com o inventário que está em finalização. A capacidade de
investimento não é tão grande em função de algumas dificuldades que a gente tem
de fluxo financeiro em função das contas e da sobra de caixa não ser tão grande para
essa atuação. Mesmo assim, a gente tem uma previsão de investimento total em 2019
de mais de R$ 300 milhões, sendo R$ 31 milhões com recursos próprios e R$ 288
milhões com recursos do Fundo de Garantia e Orçamento Geral da União, através de
repasses.

Quais são as áreas que vão receber esse investimento?

Isso a gente conta com os projetos que já estão assinados e os que vão ser
continuados. A previsão mais certeira é de R$ 319 milhões de investimento. Para uma
Companhia que tem um capital social R$ 980 milhões é praticamente 30%. É um
volume significativo, mas se dá para trabalhar um pouco mais a frente com a
melhoria do caixa e do fluxo financeiro para um investimento próprio bem maior. Se
você consegue aumentar a lucratividade, aumentar o resultado, você também
consegue ter mais capacidade de reinvestimento e investimento com recursos
próprios. Esse é o objetivo da Caern mais a frente.

O crescimento da arrecadação leva em conta o aumento da taxa da tarifa ou existem


outras estratégias?

Levamos em conta redução de desperdício, combate às fraudes, hidrometização


(renovação de hidrômetros para medições mais precisas) e cobrança também do que
é devido a companhia, dos devedores que têm alguma dívida e a Caern precisa
recuperar. E, além disso, você pode aumentar os lucros com a redução de despesas.
A gente quer fazer as duas coisas: aumentar as receitas e reduzir as despesas do
outro lado. Isso faz com que se tenha um superávit positivo.

E onde a redução da despesa pode acontecer?

A redução de custeio, com água, luz, telefone, energia. Água e energia inclusive são
vitais por se tratarem do meio-ambiente. Também queremos reduzir o material de
consumo, com pessoal. A Caern é uma empresa pública, não pode reduzir despesas
com pessoal, mas pode reduzir despesas com hora-extra, diárias, processos com
aquisição de equipamentos. Dá para se reduzir custos administrativos, custos de
pessoal e outros custos diretos e indiretos que podem fazer que essa parte da
despesa seja minorada.

Existe uma meta financeira para o ano?

A meta que a gente tem é: queremos um lucro líquido de R$ 50 milhões. E aí vamos


trabalhando nas duas pontas, aumentando a receita e reduzindo a despesa.

O senhor citou a questão dos devedores entre a arrecadação. Existem grandes


devedores hoje na Caern?

Existem. Sejam eles no setor privado e no setor público. Por incrível que pareça, o
setor público tem uma dívida muito grande com a Caern. Estamos trabalhando
inclusive isso. Precisamos recuperar as dívidas do setor privado e também do setor
público. A água é um bem essencial à vida, não dá para se gastar água e não pagar.
Ou estar fazendo faturamento de água e não receber. É um prejuízo duplo.

O senhor saberia estimar de quanto seria essa dívida?

A dívida do setor público supera R$ 270 milhões. Isso envolve Governo do Estado,
Municípios e uma parte do Governo Federal. O Governo Federal com menos, mas o
Governo do Estado e Municípios têm um volume maior. A soma dos municípios tem
um volume maior que o Governo do Estado. A do setor privado é menor.

Também existem as questões das perdas d’água. Quais são os planos para tentar
diminuir essa perda?

A questão da redução de perdas sempre tem que estar presente nos planos de uma
Companhia de Águas. Eu repito o que eu falei: água é essencial à vida. A perda da
água não é somente a perda de arrecadação por ter distribuído a água, mas nós
estamos em uma crise hídrica sem precedentes, com sete anos de seca constante no
estado e, apesar de ter tido uma melhoria significativa dos mananciais, nós tínhamos
11% dos mananciais com água no ano passado e hoje nós temos cerca de 20% da
capacidade deles. Melhorou? Sim, mas é só 20%. A gente ainda tem cinco municípios
em colapso de água. Apesar da previsão de chuvas positivas, o cenário ainda é
preocupante.

É uma prioridade?

O combate às perdas é fundamental. Não dá para uma companhia como a Caern


sobreviver com uma perda superior a 52%. Essa perda que eu digo é: o que eu disparo
aqui para fornecer, no final chega a menos da metade. A situação hoje é essa, mas
podem ser inclusive maiores. Esse é um ponto que se eu trabalhar a redução de
perdas em 20% eu estou alavancando o meu resultado no mínimo em R$ 80 milhões
no ano. Isso é respeito à crise hídrica que estamos vivendo no estado, respeito às
pessoas, respeito ao ambiente, preservação de algo essencial, que é a água, e
melhora na questão financeira.

No combate às perdas, qual o aspecto mais difícil?

O combate às perdas vai desde a substituição de um duto à consertar adutoras,


porque tem as que estão com o prazo de validade vencido. Se perde muito nesse
aspecto. Mas também se perde muito quando você olha que uma área de Natal, a
zona Norte, por exemplo, tem 5 mil unidades sem água. A gente sabe que não tem,
então isso significa muita ligação clandestina, apesar dele não ser o principal
problema. Há outros pontos que também precisam ser focados, como a utilização
inadequada de poços, por exemplo. Só se pode utilizar poços autorizado pela
Companhia de Águas ou pelo Instituto de Gestão de Águas. E só se faz poço onde não
se tem viabilidade de água para que a companhia depois passe a distribuir essa água.
A água não é de disponibilidade privada, é um bem público. Na hora que você utiliza
sem medida aquilo você está impactando o lençol freático. Quando você tira essa
água do lençol freático você está causando problema para a distribuição mais a
frente. Inclusive, pode impactar de forma contundente na questão da contaminação.

Hoje, existem necessidades de construir mais adutoras, além das que já estão em
construção?

Um Estado que tem dificuldades hídricas tamanhas como é o Rio Grande do Norte
sempre tem que haver adutoras, barragens. Tenho que pensar Umari, Oiticica, e
outros tipos de equipamento que vão trazer um impacto menor da seca ou da falta
de chuvas no Estado.

Quem

Roberto Linhares. 30 anos de Caixa Econômica Federal, 23 anos na gestão. Atuou na


superintendência regional no Ceará e no Rio Grande do Norte. É formado em Direito,
com pós-graduação em gestão empresarial e desenvolvimento regional sustentável,
pela Fundação Getúlio Vargas e Universidade Federal da Bahia. Atua bastante com
gestores de banco na parte de mercado financeiro e finanças voltados para o
empreendedorismo.

Se Fátima Bezerra privatizar CAERN, UERN,


Potigás e… o RN terá mais dinheiro. É só querer
29/03/2019
Blog do Robson Pires - Notícias - RN

Link: https://robsonpiresxerife.com/notas/se-fatima-bezerra-privatizar-caern-uern-
potigas-e-o-rn-tera-mais-dinheiro-e-so-querer/
 

Se Fátima Bezerra privatizar CAERN,


UERN, Potigás e… o RN terá mais
dinheiro. É só querer
 
Por Robson Pires, em

Notas

 
Deu na Agência Brasil:
O pacote de ajuda a estados com dificuldades financeiras,
que será chamado de Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF),
será enviado ao Congresso Nacional em até 30 dias, disse
hoje (28) o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto
Almeida. Segundo ele, o texto está passando por análises
finais na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN),
antes de receber o aval do ministro da Economia, Paulo
Guedes.
O PEF prevê a concessão de empréstimos com garantia da
União (nos quais o Tesouro cobre eventuais calotes) em
torno de R$ 10 bilhões por ano a estados com dificuldades
financeiras, mas com baixo endividamento. Em troca, os
governos locais terão de entregar um plano de ajuste ao
Tesouro Nacional, que prevê o aumento da poupança
corrente ano a ano. A princípio, as operações de crédito
seriam feitas por bancos privados, mas o Tesouro ainda
avalia se o governo federal concederá alguns empréstimos
diretos aos estados.
“Os estados terão de aumentar a poupança corrente ano a
ano até serem enquadrados com nota B em 2022”, disse
Almeida. Ele esclareceu que os estados em boa situação
financeira não serão prejudicados porque o pacote prevê
limites de empréstimos menores para os governos que
recorrerem ao PEF do que para os estados com notas A e B.
Almeida também esclareceu que, diferentemente do Regime
de Recuperação Fiscal (RRF), o PEF não obriga os estados a
privatizarem empresas locais. “Os estados que quiserem
privatizar empresas terão direitos a limites maiores de
empréstimos. É um incentivo, não uma obrigação, como
ocorreu com o Regime de Recuperação Fiscal no Rio de
Janeiro”, explicou;
O dinheiro será liberado de maneira gradual até 2022, uma
parcela por ano até o fim do mandato dos atuais
governadores. O Ministério da Economia acompanhará as
medidas de ajuste fiscal dos estados. Caso o plano não
prossiga, a liberação do dinheiro é interrompida.

Tomba Farias: ”Fátima deve vender tudo se


quiser resolver problemas do RN”
29/03/2019
Agora RN - Política - RN

Link: http://agorarn.com.br/politica/tomba-farias-fatima-deve-vender-tudo-se-
quiser-resolver-problemas-do-rn/

 Entrevista
 
Tomba Farias: ”Fátima deve vender tudo
se quiser resolver problemas do RN”
 

Deputado estadual foi perguntado em programa da Agora FM sobre


quase tudo da política atual do Rio Grande do Norte e do Brasil
29/03/2019 às 11:58
José Aldenir / Agora RN

Deputado estadual Tomba Farias (PSDB)

Redação
 

Luiz Antônio Lourenço de Farias, ou simplesmente Tomba Farias, é um


político cuja experiência como prefeito de Santa Cruz por duas vezes e
deputado estadual pode ser resumida num desafio: resolver problemas.
Muito antes que se falasse numa economia de guerra, ele promoveu
demissões em série na prefeitura de sua cidade e, quando o político só
falava em agradar suas bases, ele cobrou impostos atrasados e
enfrentou a ira popular.

Ao participar nesta quinta-feira, 28, do programa A Hora é Agora, na


rádio Agora FM (97,9), ancorado por Renato Dantas, Tomba Farias foi
perguntado sobre quase tudo da política atual do Rio Grande do Norte
e do Brasil. Organizamos um resumão com os tópicos mais
importantes.

100 dias de Fátima Bezerra

“Justiça seja feita. Ela pegou a situação do Estado já deteriorada.


Agora, a governadora precisará fazer o que deve ser feito. Porque nada
vai cair do céu. Fátima Bezerra deve vender todos os ativos possíveis
para superar a crise. Hoje, quem tem saudade da Cosern como ela era
antes da venda? Aliás, a venda da companhia possibilitou fazer várias
obras no RN e hoje, a cada novo governador que passa pelo Estado, é
uma Cosern nova que se recebe, já que a empresa paga entre R$ 250
milhões a R$ 280 milhões de ICMS todo ano. Na minha opinião, até a
Caern deve ser vendida, como também a Potigás e o Centro de
Convenções, que funcionará bem melhor com a iniciativa privada. Da
mesma forma, o Governo do Estado não deve aportar recursos na
educação superior. Hoje, há 9 mil alunos na Uern, dos quais 4.500 são
do RN e os demais de outros estados. Pergunto: qual a obrigação do
Estado de pagar o ensino (superior) para as pessoas que vem de fora?”.

Bolsonaro X Maia

“O presidente está no caminho errado. Não se resolve nada numa


democracia sem o Congresso, não se administra um país sem o
presidente da Câmara, sem o presidente do Senado. A hora é de união,
já que a urgência do momento é a reforma da Previdência – uma tarefa
muito árdua e difícil, diga-se de passagem. E nós sabemos: o País
precisa dessa reforma para retomar a trilha do desenvolvimento. O
Brasil está com 13 milhões de desempregados, uma crise econômica e
política muito grande; os estados estão aí com o pires na mão,
enquanto o presidente da República gasta uma manhã assistindo a um
filme no cinema. O presidente reconhece que não é um bom
conciliador, mas é preciso lembrar mais uma vez Tancredo Neves para
quem a política não se fazia sem a presença e uma boa conversa”.

Congresso e Reforma da Previdência

“Eu vejo no Rodrigo Maia boa vontade de levar esse processo da


reforma da Previdência adiante. A troca de farpas entre o presidente e
Rodrigo Maia precisa ser substituída por uma conversa definitiva sobre
a intenção de ambos no processo. O presidente pode ter até boas
intenções, quando diz que quer acabar com o fisiologismo, mas não
pode se perder em declarações nas redes sociais”.

Filhos de Bolsonaro

“É o problema que mais me preocupa. Eles falam o que vem à cabeça e,


o pior, falam em nome de quem? Do presidente da República. Trata-se
de um momento delicado que vivemos em que qualquer desequilíbrio
pode custar caro ao País”.

Robinson e o rombo

“Robinson está pagando hoje pelos próprios erros. Ele tinha as


condições de fazer as mudanças e não fez. E acho que Fátima Bezerra
pode entrar no mesmo caminho. Durante sua gestão, Robinson sacou
R$ 1,3 bilhão do fundo da previdência dos servidores e se beneficiou do
dinheiro da repatriação de brasileiros no exterior, que rendeu mais uns
R$ 700 milhões. Acrescente a esta conta outros R$ 670 milhões que o
deputado Fábio Faria obteve para a Saúde e que chegou de uma vez
para o Rio Grande do Norte. Robinson ainda negociou a conta do
Estado com o Banco do Brasil, o que rendeu algo como R$ 180 a R$
200 milhões. Somando, tudo deu em torno de R$ 3,1 bilhões. E o que
aconteceu? O Estado ainda ficou com um déficit de R$ 30 milhões
referente ao décimo terceiro dos servidores de 2017 e outros R$ 90
milhões do décimo terceiro de 2018, além das folhas de novembro e
dezembro último”.

Representatividade do RN

“Infelizmente, nós perdemos nossos grandes nomes em Brasília.


Quando tínhamos essa representação, recebemos coisas importantes.
As ambulâncias do Samu, por exemplo. Os R$ 27 milhões trazidos para
a reforma do Centro de Convenções. Os R$ 12 milhões que ajudaram
na construção do teleférico de Santa Cruz e aí com ajuda do ex-senador
José Agripino. Tudo isso foi trazido pelo então presidente da Câmara
Federal, Henrique Eduardo Alves. Da mesma forma, ele teve
participação na finalização do Museu da Rampa e sob muitos aspectos
em obras de pavimentação na cidade de Natal.

Já Fernando Bezerra e Iberê Ferreira de Sousa tiveram participações


importantíssimas na atração de recursos federais. Fernando Bezerra,
quando foi senador da República e líder no Congresso Nacional,
chegou a trazer R$ 130 milhões para os municípios do Rio Grande do
Norte. E, nessa época, todo o município recebia ajuda, qualquer que
fosse”.

Tomba, prefeito

“Quando assumi a prefeitura de Santa Cruz, uma das minhas primeiras


medidas foi demitir 280 funcionários. Na época, a prefeitura tinha mil
funcionários da folha de pagamento. Depois de enxugar a folha, eu e
minha sucessora pagamos todos os precatórios. Só eu paguei R$ 8
milhões. O prefeito que assumir Santa Cruz em 2020 não encontrará
nada para pagar. Implementei o ISS, o IPTU, a CIDE – Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico. Cobramos os tributos devidos, o
que sempre gera grande impopularidade. Ou era isso ou um processo
por improbidade. Aguentei passeatas populares contra as medidas. E
hoje tenho amigos prefeitos que não fizeram o que eu fiz e estão com os
bens bloqueados pela Justiça. E, mesmo assim, nunca deixei de ganhar
uma eleição em Santa Cruz”.

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