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Apontamentos da cadeira de Direito Comercial 2020

UCM
2ª Aula data
1.2 Interpretação e fontes do Direito Comercial
Fonte de direito são as formas de revelação e formação do direito, pode dizer que para
que as normas jurídicas sejam constituídas o legislador busca inspiração em modos de
vida de determinada sociedade no caso em apreço comercial.
Para serra 20099 ) para o direito comercial encontramos as fontes internacionais que se
distinguem das nacionais , as delibar acções das organizações internacionais, o costume
internacional, as jurisprudência dos Tribunais internacionais e a doutrina.
1.2.1 Fontes internacionais
i) Os tratados internacionais
Os tratados ou acordos internacionais validamente aprovados e ratificados vigoram na
ordem jurídica moçambicana após a sua publicação oficial.
As normas de direito internacional tem na ordem jurídica internam o mesmo valor que
assume actos normativos infraconstitucionais emanados da assembleia da república e
do governo.
ii) As convenções
 Convenções de genebra de 07 de 06 de 1930 e 19/03/1931 que aprovam a lei
uniforme sobre as letras livranças e cheques
 Convenção de Bruxelas de 25/08/1924 pra unificação de certas regras em matéria
de conhecimento de cargas relativa a transporte marítimo.
 Convenção de Varsóvia de 12.10.1929 para unificação de certas regras relativas ao
transporte aéreo internacional, modificada pelo protocolo da Haia de 28.09.1955.
 As recomendações referentes a boas praticas na área de legislação de países de
língua oficial portuguesas (PALOP)
 Tratado das comunidades de desenvolvimento dos países da África austral SADC
assinado em agosto de 1992 ratificado através da resolução 3/93 de 01 de Junho.

13 Fontes internas

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Elaborado por: Msc Alberto J. Marqueza, Advogado, formador e politólogo contacto 879894646
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Como fontes internas temos a constituição, a lei ordinária, o decreto-lei e o decreto.
13.1 Lei Constitucional
A actual Constituição foi aprovada aos 16 de Novembro de 2004, sobrepõe-se
hierarquicamente, aos demais actos legislativos e apresenta-se como programática,
incluindo vários princípios fundamentais, dos quais destacam-se os que constituem a
base da organização económica e social da República de Moçambique, tais como:
a) Princípios sobre os quais assenta a organização económica e social do país
(artigo97):
- forças do mercado (alínea b);
- iniciativa dos agentes ( alínea c);
- coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social
(alínea d);
- protecção do sector cooperativo e social( alínea f);
- acção do Estado como regulador e promotor do crescimento e desenvolvimento
económico e social (alínea g).
b) O princípio da economia nacional ser o garante da coexistência dos três sectores de
propriedade dos meios de produção: sector público, sector privado e sector cooperativo
e social (artigo 99).
c) O princípio de o Estado promover, coordenar e fiscalizar a sctividade económica
directa ou indirectamente para a solução dos problemas fundamentais do povo e para a
redução das desigualdades sociais e regionais (artigo 101, nº 1).
d) O princípio de o Estado promover e apoiar a participação activa do empresariado
nacional e de criar incentivos destinados a proporcionar o seu crescimento (artigo 108).
13.2. Lei ordinária
A lei ordinária, cuja aprovação compete á Assembleia da República, apresenta-se como
a fonte da maior parte das normas de direito comercial, como se pode constatar:
- pela lei n.º 9/79, 10 de Julho, que define a constituição, tipo e forma de organização
cooperativa na República de Moçambique;

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- pela própria Lei n.º 10/2006, de 23 de Dezembro, que visando adequar o código
comercial ao imperativo da modernidade, segurança e eficácia da justiça, aos princípios
constitucionais de igualdade entre o homem e a mulher, á necessidade de simplificação
e modernização, autorizou o Governo a introduzir alterações ao código comercial de
1888;
-pela lei n.º 7/79, de 3 de Julho, que cria a base legal para o licenciamento e
funcionamento do sector privado na República de Moçambique, cujo Âmbito é reger o
exercício da actividade comercial a título privado, nas modalidades de venda a grosso e
a retalho ( artigo 3, n,º 1);
- pela lei n,º 8/79, de 3 de Julho, que estabelece regime jurídico do arrendamento de
imóveis do parque imobiliário do Estado, para a habitação, indústria, comércio e
serviços, com as alterações introduzidas nos seus artigos 15 e 23 pela lei n.º 8/87, de 19
de Setembro;
-pela lei n.º 9/79, de 10 de Julho, que define a constituição, tipo e forma de organização
cooperativa na República de Moçambique;
- pela lei n.º 2/81, de 10 de Setembro, que define as regras de organização e
funcionamento porque se regem as Empresas Estatais e revoga o Estatuto-tipo das
mesmas, aprovado pelo Decreto-lei n.º 17/77, de 28 de Agosto;
- pela lei n.º 5/91, de Janeiro, que regulamenta as actividades de construção, venda e
transmissão de casas;
- pela lei n.º17/91, de 3 de Agosto- lei das Empresas públicas;
Para a além das fontes internacionais podemos encontrar as fontes internas as fontes
prioritária do direito comercial nomeadamente:
a) O código comercial Ccom;
b) Código das sociedades comerceia (CSC);
c) Código de registo Comercial;
d) Código de insolvência e da recuperação de empresas (CIRE);
e) Código de propriedade Industrial;

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f) Código de valores imobiliários;
g) A lei uniforme relativa a letras e livranças e Lei do cheque; Etc.

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