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2ª Aula data
1.2 Interpretação e fontes do Direito Comercial
Fonte de direito são as formas de revelação e formação do direito, pode dizer que para
que as normas jurídicas sejam constituídas o legislador busca inspiração em modos de
vida de determinada sociedade no caso em apreço comercial.
Para serra 20099 ) para o direito comercial encontramos as fontes internacionais que se
distinguem das nacionais , as delibar acções das organizações internacionais, o costume
internacional, as jurisprudência dos Tribunais internacionais e a doutrina.
1.2.1 Fontes internacionais
i) Os tratados internacionais
Os tratados ou acordos internacionais validamente aprovados e ratificados vigoram na
ordem jurídica moçambicana após a sua publicação oficial.
As normas de direito internacional tem na ordem jurídica internam o mesmo valor que
assume actos normativos infraconstitucionais emanados da assembleia da república e
do governo.
ii) As convenções
Convenções de genebra de 07 de 06 de 1930 e 19/03/1931 que aprovam a lei
uniforme sobre as letras livranças e cheques
Convenção de Bruxelas de 25/08/1924 pra unificação de certas regras em matéria
de conhecimento de cargas relativa a transporte marítimo.
Convenção de Varsóvia de 12.10.1929 para unificação de certas regras relativas ao
transporte aéreo internacional, modificada pelo protocolo da Haia de 28.09.1955.
As recomendações referentes a boas praticas na área de legislação de países de
língua oficial portuguesas (PALOP)
Tratado das comunidades de desenvolvimento dos países da África austral SADC
assinado em agosto de 1992 ratificado através da resolução 3/93 de 01 de Junho.
13 Fontes internas
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Elaborado por: Msc Alberto J. Marqueza, Advogado, formador e politólogo contacto 879894646
Apontamentos da cadeira de Direito Comercial 2020
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Como fontes internas temos a constituição, a lei ordinária, o decreto-lei e o decreto.
13.1 Lei Constitucional
A actual Constituição foi aprovada aos 16 de Novembro de 2004, sobrepõe-se
hierarquicamente, aos demais actos legislativos e apresenta-se como programática,
incluindo vários princípios fundamentais, dos quais destacam-se os que constituem a
base da organização económica e social da República de Moçambique, tais como:
a) Princípios sobre os quais assenta a organização económica e social do país
(artigo97):
- forças do mercado (alínea b);
- iniciativa dos agentes ( alínea c);
- coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social
(alínea d);
- protecção do sector cooperativo e social( alínea f);
- acção do Estado como regulador e promotor do crescimento e desenvolvimento
económico e social (alínea g).
b) O princípio da economia nacional ser o garante da coexistência dos três sectores de
propriedade dos meios de produção: sector público, sector privado e sector cooperativo
e social (artigo 99).
c) O princípio de o Estado promover, coordenar e fiscalizar a sctividade económica
directa ou indirectamente para a solução dos problemas fundamentais do povo e para a
redução das desigualdades sociais e regionais (artigo 101, nº 1).
d) O princípio de o Estado promover e apoiar a participação activa do empresariado
nacional e de criar incentivos destinados a proporcionar o seu crescimento (artigo 108).
13.2. Lei ordinária
A lei ordinária, cuja aprovação compete á Assembleia da República, apresenta-se como
a fonte da maior parte das normas de direito comercial, como se pode constatar:
- pela lei n.º 9/79, 10 de Julho, que define a constituição, tipo e forma de organização
cooperativa na República de Moçambique;
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- pela própria Lei n.º 10/2006, de 23 de Dezembro, que visando adequar o código
comercial ao imperativo da modernidade, segurança e eficácia da justiça, aos princípios
constitucionais de igualdade entre o homem e a mulher, á necessidade de simplificação
e modernização, autorizou o Governo a introduzir alterações ao código comercial de
1888;
-pela lei n.º 7/79, de 3 de Julho, que cria a base legal para o licenciamento e
funcionamento do sector privado na República de Moçambique, cujo Âmbito é reger o
exercício da actividade comercial a título privado, nas modalidades de venda a grosso e
a retalho ( artigo 3, n,º 1);
- pela lei n,º 8/79, de 3 de Julho, que estabelece regime jurídico do arrendamento de
imóveis do parque imobiliário do Estado, para a habitação, indústria, comércio e
serviços, com as alterações introduzidas nos seus artigos 15 e 23 pela lei n.º 8/87, de 19
de Setembro;
-pela lei n.º 9/79, de 10 de Julho, que define a constituição, tipo e forma de organização
cooperativa na República de Moçambique;
- pela lei n.º 2/81, de 10 de Setembro, que define as regras de organização e
funcionamento porque se regem as Empresas Estatais e revoga o Estatuto-tipo das
mesmas, aprovado pelo Decreto-lei n.º 17/77, de 28 de Agosto;
- pela lei n.º 5/91, de Janeiro, que regulamenta as actividades de construção, venda e
transmissão de casas;
- pela lei n.º17/91, de 3 de Agosto- lei das Empresas públicas;
Para a além das fontes internacionais podemos encontrar as fontes internas as fontes
prioritária do direito comercial nomeadamente:
a) O código comercial Ccom;
b) Código das sociedades comerceia (CSC);
c) Código de registo Comercial;
d) Código de insolvência e da recuperação de empresas (CIRE);
e) Código de propriedade Industrial;
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f) Código de valores imobiliários;
g) A lei uniforme relativa a letras e livranças e Lei do cheque; Etc.
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