pedro.victor17@gmail.com FAMÍLIA A instituição familiar "é um fato cultural socialmente condicionado" e, portanto, a sua configuração está diretamente ligada a sociedade que está inserida. A família não é uma instituição natural da sociedade, mas sua estrutura é históricamente determinada. (PEREIRA, 2010) FAMÍLIA A família é um conjunto de indivíduos aparentemente ligados entre si, seja pela aliança (o casamento), seja pela filiação, mais excepcionalmente pela adoção (parental) ou pela vida sob o mesmo teto (coabitação) (OLIVEIRA, 2014, p.45) FAMÍLIA A família é unidade básica da sociedade formada por sujeitos com ancestrais em comum ou LIGADOS POR LAÇOS AFETIVOS. É a primeira referência da pessoa. Mediadora entre o sujeito e a sociedade, é onde APRENDEMOS a perceber o mundo e a nos situarmos nele. É um dos grupos responsáveis por nossa formação pessoal. FAMÍLIA E PCD
Devem ser observadas :
Integração Social Integração familiar Aspectos que faciliam ou impedem essa integração no sistema familiar e social. GÊNERO Mulheres são as principais cuidadoras de pessoas com deficiência; Homens os principais provedores; Mudanças e transformações no papel de gênero na contemporaneidade, gradativamente, tensionam mudanças nesses padrões. FAMÍLIA E PCD
"quanto mais integrada em sua família uma
pessoa com deficiência for, mais esta família vai tratá-la de maneira natural ou "normal" deixando que, na medida de suas possibilidades, participe e usufrua dos recursos e serviços gerais da sua comunidade, consequentemente, mais integrada na vida social esta pessoa será" (GLAT 1996, p. 111) FAMÍLIA E PCD Em estudo que teve como foco de análise as relações familiares quando há uma criança com deficiência (auditiva, física, intelectual, visual ou múltipla) na família, segundo os depoimentos das mães, dos pais, dos irmãos e da própria criança com deficiência. Os dados sugerem que a presença de uma criança com deficiência, por si só, não representa um evento adverso para o desenvolvimento do indivíduo e de sua família, mas apenas um possível fator de risco. Dependendo da dinâmica das relações que se estabelecem entre os membros da família, logo após o nascimento da criança e sua posterior evolução no decorrer do curso de vida, as relações familiares podem se manter com harmonia e equilíbrio, favorecendo o enfrentamento da família diante dos seus momentos de crise e das adversidades vividas ao longo das variadas etapas evolutivas do seu desenvolvimento. (SILVA; DESSEN, 2014) O PAPEL DO PROFISSIONAL CRÍTICAS
Monopolio das Comunicações - Atitude de
profissionais especialistas; Família sendo tratada como problematica, culpabilizadas e responsabilizadas; Carência de abordagens humanizadas (GLAT, 1996; CHACON, 2011 ) O DESEJO DA FAMIÍIA "Quando um casal está esperando o nascimento de um filho, os futuros pais (assim como os outros membros da família) têm uma série de fantasias e expectativas sobre quem será esse filho, e que lugar essa criança ocupará na suas vidas e no mundo de maneira geral. Ninguém espera que a criança nasça com (ou venha a adquirir) uma deficiência ou uma doença crônica - que tenha uma imperfeição" (GLAT, 1996, p. 114) ASPECTOS PSICOLÓGICOS Impactos Psicológicos Sentimentos de ambivalência (amor e ódio, alegria e sofrimento) sobrecarga emocional e familiar com os cuidados, choque da descoberta, desepero, desapontamento, medo do futuro desconhecido e não programado. ASPECTOS PSICOLÓGICOS Vergonha e isolamento social (Preconceito) Culpabilização Cíclo do Luto (Perda da fantasia de filho perfeito) - Negação, Depressão, Barganha, Raiva, Aceitação. Superproteção, infantilização e permissividade. Rejeição, sobrecarga e estresse. LUTO
O luto, a sensação de perda e sofrimento
psicológico voltará a ocorrer em momentos chaves da vida da criança: na hora de aprender a falar e andar, primeira festa de aniversário, quando entrar para a escola, na adolescencia e mudanças significativas em seu processo de desenvolvimento. DEPOSITÁRIOS DA DOENÇA FAMILIAR É preciso ficar claro, que viver em função de um filho ou irmão deficiênte, não significa aceitação, nem solidariedade familiar. Na verdade este tipo tão comum de atitude representa uma falsa integração, já que se confere um status diferenciado, excepcional, a este membro. E todos os outros problemas da família são encobertos ou minimizados por ter um membro da família com deficiência. (GLAT, 1996) ASPECTOS PROTETORES
Harmonia entre os cuidadores
Compartilhamento de tarefas Relações fraternais afetuosas Autonomia e integração das PCD Comunicação e expressões das emoções Apoio e suporte social INTERVENÇÃO Psicoeducação; Orientação e Acolhimento; Grupos de apoio; Avaliação contextual; Articulação com redes de assistência (SUS/SUAS/Escolas) INTERVENÇÃO Programa de Educação Famíliar (a) conhecimento compartilhado; (b) natureza ética das práticas educativas familiares; (c) respeito pelas diferenças individuais; (d)desenvolvimento da competência e da capacidade de recuperação da família; (e) intervenção no nível das relações familiares; (f) posição menos central dos profissionais; (g) orientação teórica e empírica. (SILVA; DESSEN,2014) REFERÊNCIAS CHACON, Miguel Cláudio Moriel. Aspectos relacionais, familiares e sociais da relação pai-filho com deficiência física. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 17, n. 3, p. 441-458, 2011. GLAT, Rosana. O papel da família na integração do portador de deficiência. Revista Brasileira de EducaçãoEspecial, v. 2, n. 4, p.111-118,1996. OLIVEIRA, Rosilene Ribeiro de. Os critérios e estratégias utilizados por assistentes técnicos judiciários psicólogos na avaliação de pretendentes à adoção. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. PEREIRA, Ivana Carla Garcia. Do ajustamento à invenção da cidadania: serviço social, saúde mental e intervenção na família no Brasil. In.: VASCONCELOS, E. M.; ROSA, L. C.; PEREIRA, I. C. G.; BISNETO, J. A. Saúde mental e serviço social: o desafio da subjetividade e da interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2010. SILVA, Simone Cerqueira da; DESSEN, Maria Auxiliadora. Relações familiares na perspectiva de pais, irmãos e crianças com deficiência. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 20, n. 3, p. 421-434, 2014.