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Dorsalgia

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Regiões da coluna vertebral.

Dor nas costas (ou "Dorsalgia") é a dor sentida nas costas. Pode provir
dos músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas ligadas à coluna
vertebral. A dor pode ser constante ou intermitente, localizada ou difusa. Pode
ter características em picada ou ardor. A dor cervical pode deslocar-se
pelo braço e mão e parte superior das costas. Na parte inferior pode deslocar-
se pela perna e pé e incluir fraqueza e dormência.
A dor nas costas é uma das queixas mais frequentes. Estima-se que entre 65%
e 80% da população mundial desenvolvam a enfermidade em alguma fase das
suas vidas; todavia, a dorsalgia não costuma ser incapacitante, e mais da
metade dos que padecem dela costumam recuperar-se em até uma semana [1].
Crises agudas de dorsalgia ou uma das suas variantes, a lombalgia (que afecta
a parte inferior das costas), são uma das principais causas de afastamento ao
trabalho[2], algo que pode estar ligado a questões de postura.
A espinha dorsal é uma complexa rede que liga nervos, articulações, músculos,
tendões e ligamentos, e todos são capazes de produzir dor. Grandes nervos
que se originam da espinha e vão até as pernas e braços podem espalhar dor
para as extremidades. Todavia, algumas vezes a dor nas costas pode ser
experimentada mesmo quando nenhum problema anatômico subjacente é
aparente.

Índice

 1Situações de risco
 2Causas subjacentes
o 2.1Causas evolutivas
 3Tratamento
o 3.1Recomendações
o 3.2Cirurgia
o 3.3Tratamentos não-cirúrgicos
 4Bibliografia
 5Referências
 6Veja também
 7Ligações externas

Situações de risco
Embora seja raro, a dor nas costas pode ser o sintoma de um problema médico
mais grave:

 Sinais de alerta típicos dum problema potencialmente ameaçador são


incontinência intestinal ou incontinência urinária, ou fraqueza progressiva
das pernas. Pacientes com estes sintomas devem procurar ajuda médica
imediatamente.

 Uma dor nas costas muito forte (suficiente para interromper o sono, por
exemplo) e que ocorra com outros sintomas de enfermidade grave (tais
como febre e perda de peso) podem também indicar um grave estado
médico subjacente, tal como câncer.

 A dor nas costas que ocorre após um trauma, como um acidente de


carro ou queda, deve também ser prontamente avaliada por um profissional
médico para verificar uma possível fratura ou outra lesão.

 A dor nas costas em indivíduos com condições médicas de alto risco de


fracturas, tais como osteoporose e mieloma múltiplo
Em geral, todavia, a dor nas costas não é um sinal de um estado médico grave.
Na grande maioria dos casos de dor nas costas, estas são benignas, auto-
limitadas e não-progressivas. A maioria dos síndromes de dor nas costas
devem-se a inflamações, especialmente na fase aguda, e duram tipicamente
entre duas semanas e três meses.[3]

Causas subjacentes
Lesões por esforço são de longe a causa mais comum de lombalgia, e a dor
provocada por tais traumas geralmente retrocede em duas ou seis semanas.
Quando a lombalgia dura mais do que três meses, ou acomentendo mais as
pernas do que as costas, um diagnóstico mais específico deverá ser feito.
Existem várias causas comuns de lombalgia e dores nas pernas: para adultos
abaixo de 50 anos, estas incluem hérnia de disco e moléstia degenerativa de
disco; em adultos com mais de 50 anos, causas comuns também
incluem osteoartrite e estenose espinhal. Todavia, alguns pesquisadores
acreditam que 90% destas dores nas costas decorrem de uma síndrome de
tensão nervosa e que são causadas por estresse emocional[4].
Causas evolutivas
Estudo de bioarqueologistas sugeriu que a causa dor nas costas pode ser
a evolução e a forma da coluna vertebral. O estudo mostra a associação entre
a forma vertebral e a dor nas costas à história evolutiva de nossa linhagem.
[1]
 Em estudos anteriores, os cientistas haviam demonstrado que seres
humanos com hérnias de disco intervertebrais têm vértebras mais semelhantes
às dos chimpanzés modernos e aos de nossos ancestrais fósseis do que seres
humanos com espinhas saudáveis.[2]

Tratamento
Os principais objetivos no tratamento da dor nas costas são:

 Alcançar a máxima redução na intensidade da dor tão rapidamente


quanto possível;
 Restabelecer o paciente às suas actividades normais;
 Auxiliá-lo a lidar com a dor residual;
 Ajudá-lo com os efeitos colaterais da terapia;
 Facilitar a passagem do paciente através dos impedimentos legais e
sócio-econômicos à sua recuperação.
Nem todos os tratamentos funcionam em todas as condições ou para todos os
indivíduos na mesma situação, e muitos descobrem que precisam tentar várias
opções de tratamento para determinar o que funciona melhor para eles.
Somente uma minoria (estimados entre 1% e 10%) dos casos necessita de
cirurgia.
Geralmente, acredita-se que alguma forma consistente de alongamento e
exercício seja um componente essencial da maioria dos programas de
tratamento das costas. Repouso total é raramente recomendado, e quando
necessário, é geralmente limitado a um ou dois dias. Em acréscimo, a maioria
das pessoas irá se beneficiar em não empregar quaisquer factores
ergonômicos ou de postura que possam contribuir para a dor nas costas, tais
como técnicas impróprias de levantamento de pesos, má postura ou apoio
deficiente em camas, cadeiras de escritório etc.
Também se consegue algum alívio através da aplicação de uma botija de água
quente, ou os chamados adesivos (emplastros) de forma a criar calor na zona
afetada. Massajar a área que está sendo afetada pela dor é outra das formas
de amenizar a dor de costas.
Recomendações
Boa parte dos problemas de dor nas costas podem ser resolvidos por atitudes
simples, como dormir em colchão duro ou sentar-se preferencialmente em
cadeiras de encosto reto. Pesos só devem ser erguidos a partir de uma postura
agachada, mantendo-se as costas retas. Da mesma forma, pessoas que
passam longo tempo sentadas (como motoristas e trabalhadores
administrativos), devem mudar de posição ou erguer-se de vez em quando
para descontrair e exercitar os músculos.
Caminhar com as costas retas e mantendo o peito ligeiramente elevado,
também contribui para uma melhoria da postura física e da própria aparência
pessoal.
Cirurgia
Existem vários tipos diferentes de cirurgia na coluna vertebral para tratar uma
variedade de problemas nas costas. Algumas das formas mais comuns são:

 Substituição por disco artificial: forma de cirurgia utilizada há décadas


na Europa, mas que só recentemente tem sido empregada para tratamento
da lombalgia provocada por um disco vertebral danificado.
 Discectomia/microdiscectomia: utilizada geralmente para tratar a dor
(especialmente aquela que se irradia pelos braços ou pernas) provocada
por uma hérnia de disco.
 Quifoplastia/Vertebroplastia: procedimentos para tratar a dor oriunda
de fracturas de compressão osteoporóticas ou outras.
 Estimulação da coluna vertebral: onde um dispositivo elétrico é
utilizado para interromper os sinais de dor enviados para o cérebro.
 Fusão espinhal: geralmente utilizado no tratamento de dor crônica ou
aguda causada por moléstia degenerativa de disco, espondilolistese ou
deformidades provocadas por escoliose.
Tratamentos não-cirúrgicos
Há uma vasta variedade de tratamentos não-cirúrgicos para dores nas costas,
que incluem:

 Aplicação de uma bolsa térmica gelada sobre a área afetada, após


determinadas actividades físicas ou após uma lesão;

 Aplicação de uma bolsa de água quente ou compressas quentes na


região atingida, ou um banho de imersão com temperatura entre 39° e 40°
C);
 Medicações tais como relaxantes musculares, drogas anti-inflamatórias
não-esteróides, narcóticos, paracetamol ou uma aspirina de quatro em
quatro horas para os casos mais comuns;
 Injeções de esteróides epidurais ou infiltrações intra-lesionais nas
articulações.
 Terapêutica física e exercícios, incluindo alongamento e reforço dos
músculos que apóiam a espinha, freqüentemente ensinados por um
profissional de saúde, tal como um fisioterapeuta ou uma escola da coluna.

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