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Centenário da Revolução Russa nas páginas dos sites O Globo, Estado de S. Paulo
e Folha de S. Paulo
O Presente trabalho apresenta as principais matérias publicadas nos sites dos Jornais O
Globo, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo em ocasião do aniversário do centenário
da Revolução Russa de 1917.
Análise da matéria do Jornal Folha de São Paulo: “Saiba mais sobre a Revolução
Russa, que faz 100 anos em 2017”, escrita por Igor Gielow, e publicada em
15/06/2017.
No geral, foi um texto muito curto, dado a importância histórica deste evento. Bastante
sintético, e pouco explorado pelo autor, pois, diversos apontamentos históricos
apareceram de modo muito superficial. A participação dos trabalhadores não foi exposta
de modo mais claro, para o leitor entender a relevância da revolução, e muito menos os
motivos nos quais ela ganhou força entre boa parte da população. Isso poderia ser feito
se o contexto político e social russo anterior a 1917 fosse retratado, mostrando assim a
insatisfação popular com a dinastia Románov, entre os outros motivos que levaram os
revolucionários ao poder. O processo histórico e a relevância aparentemente se
mostraram em segundo plano na matéria, sobretudo porque a maior ênfase que pode ser
encontrada no texto foi relacionada ao “morticínio” apontado pelo autor.
Centenário da Revolução Russa nas Páginas do site do Jornal o Estado de S. Paulo.
Ao todo foram publicadas três entrevistas com renomados historiadores, quatro artigos,
quatro reportagens produzidas por um enviado especial a Moscou, um infográfico com
100 páginas, e um glossário. O conjunto de matérias destaca o processo revolucionário
de 2017, formação da União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS), ações de
grupos comunistas brasileiros, esfacelamento da URSS e ascensão de Vladimir Putin ao
poder.
Todas as matérias publicadas, são ilustradas com imagens do período em que estão
relacionadas. Os assuntos mais recorrentes estão relacionados a modernização Russa,
autoritarismo, violência, influência à movimentos revolucionários no Brasil e a Rússia
contemporânea.
A reportagem cita ainda fatos históricos como o ataques dos alemães a Petrogrado em
março de 1918 e aponta o legado da revolução bolchevique para compreensão do século
20; Primeiro sistema universal de saúde pública, participação das mulheres no mercado
de trabalho, transformação educacional e planificação da economia.
Traz a foto do presidente russo, Vladimir Putin, discursa em Moscou com a Catedral de
São Basílio, ao lado do Kremlin, ao fundo; nas ruas da capital não há referências ao
centenário da Revolução.
Na entrevista Rabinowitch, defende que a queda do regime czarista foi provocada por
uma reação espontânea e popular.
Entrevista com o historiador Húngaro Tamás Krausz, onde aborda a chegada dos
Bolcheviques ao poder e o uso desenfreado da violência pelo Partido Comunista,
mesmo após o fim da guerra civil, aumentando ainda mais com a ditadura pessoal de
Stalin
A transcrição da entrevista é ilustrada com duas fotos de Soldados do Exército
Vermelho e uma outra do candidato Checo à presidência Vaclav Havel, em dezembro
de 1989 mesmo ano da aqueda pacífica do regime comunista na república Tcheca.
O artigo é ilustrado com duas imagens de 1935, uma retrata a ação das Forças legalistas
a rebelião comunista e a outra a rendição dos revolucionários do 3° Regimento de
infantaria.
Nos 100 anos da Revolução Russa, autoritarismo faz com que a história seja
apagada
Cita o historiador José Luiz del Roio e traz um imagem dos conflitos de julho de 1917.
Conclusão
Jornal alega que a Primeira Guerra Mundial foi uma revolução na Europa, pois deu
alguns países uma mudança de impérios para Estados ou algo do tipo, exemplificou
queda de império austro-húngaro, russo e otomano, não só, mas também, surgimento de
vários países, e isso mexeu com o Oriente Médio.
Seguidamente, classifica os fatos que levaram o Império Russo água baixa, citou as
derrotas, as enormes despesas militares, “a fome e a fúria popular antes do banho de
sangue provocado pelo conflito formaram um terreno fértil para a Revolução
Bolchevique de 19172”. No mês do março de ano citado o czar Nicolau II renunciou se,
esta foi o resultado da primeira revolução, disse o jornal, e a formação do um governo
que não obtinha o controle do Estado e da população. No que veio a resultar na nova
revolução já menos de um ano, mês de novembro, os bolcheviques conseguiram tomar o
poder e começaram a assinar a paz com os países que estavam em guerra com a Rússia.
Ilustrou a assinatura que o Leni fez com a Alemanha e seus aliados, em 3 de março de
1918 em Brest-Litovsk.
POR LUCIANA FRÓES18/06/2018 10:29 hora 'h' russa A hora 'h' russa
Ela não teve oportunidade de ver a comemoração, pois esteve um mês antes da data,
então. “Em meio a um acervo precioso, talvez na sala mais acanhada do Hermitage, lá
estava um pequeno relógio dourado disposto sobre a lareira: os ponteiros, parados há
100 anos, marcavam 14h10m. Não por acaso: foi exatamente nesse momento quando a
Revolução se deu.”
Ela ainda descreve que a sala de refeição simples, “uma grande mesa de jantar e
cadeiras brancas, com algumas tapeçarias nas paredes.” Ilustra as pessoas que se
encontravam ao redor da mesa“ Nicolau II, a mulher Alexandra e os cinco filhos do
casal estavam almoçando” e fala da invasão dos revolucionistas que estava chegando a
casa do Nicolau “quando foram avisados da chegada dos homens de Lenin ao Palácio. ”
A Revolução Russa estava em curso.
Jornal Globo no RIO de Janeiro - vai na mesma senda demonstrando as causas que
incentivou a Revolução Russa, ele afirma “Os imensos sacrifícios impostos pela guerra,
na qual milhões de russos morreram e outros milhões ficaram feridos, só fizeram
acentuar uma situação generalizada de descontentamento, capitalizada por um bem
organizado movimento revolucionário. ” Situações quais não se verificavam só nas
cidades, mas também faziam sentir no campo, ele frisa “a penúria torou-se a marca do
dia a dia, e a ira acumulada sob séculos de opressão finalmente explodiu.”
O jornal citado exemplificou uma conferência pela data do evento "100 anos de
Revolução Bolchevique: História e Memória", em que “um grupo hostilizou a principal
palestrante da conferência de encerramento, na última quarta-feira, na Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). A professora Maria Teresa Toríbio Brittes Lemos”,
ela explicava “o impacto do evento soviético na América Latina”. Em seguida ela, “ao
ser questionada sobre a relação de movimentos sociais inspirados pelo regime da URSS
e o crescimento de oposições que culminariam na ditadura militar brasileira, a
professora foi interrompida por uma pessoa da plateia.”
Entrevista do senhor Luís Manuel Fernandes no jornal globo por Breno Salvador : 100
anos da Revolução Russa
Portanto ela é grande marco mundial, ela deixo séries de impacto que conformam o
mundo quem vivemos até hoje, exemplo, antes de dar exemplo afirmou que talvez por
ela tenha introduzido na agenda mundial a questão social, a Revolução Francesa que é
mais antiga 200 anos muito celebrada, nem é tão questionada, ela tem marca da
expansão do direito político, da cidadania, dos direitos civis, da inauguração do estado
moderno da política moderna, e ela teve influência até hoje. A Revolução Russa, ela
introduziu a questão social de duas formas directamente pelas transformações sociais
que ela empreendeu dentro da Rússia que era imperial, e depois na própria União
Soviético. Mas também de forma indirecta, porque em grande medida a construção dos
Estados Bem-estar na Europa, foram uma resposta ao que era visto como ameaça do
mundo socialista, uma ameaça do bloco soviético.
Questionado sobre o livro dele recém-publicado, como ele nasceu e o que motivou, e o
que fica mais relevante na questão em pauta (económica), ele disse que o livro esse
publicado pela editora de PUC-Rio, traz um painel da evolução da Revolução Russa
desde a sua origem, na origem discute as condições de industrializações promovidas
pelo regime czarista ainda anterior deixou na antiga Rússia imperial, já uma realidade
capitalismo relativamente desenvolvida com grandes indústrias nos centros urbanos do
ocidente do Império Russo.
Mas 80% da população vivia no campo em grande medida emergem em relações que
eram pré-mercantis, além de pré-capitalista, muitas relações de servidão era muito forte
no campo do antigo Império Russo.
Então as condições que geram o triunfo da Revolução Russa à 100 anos atrás, eram bem
diferentes a previsão da teoria socialista do século XIX, que sempre pensou a transição
por uma sociedade socialista se iniciaria ali onde o capitalista estivesse mais
desenvolvido, que na verdade a experiência da revolução teve sucesso no país que
estavam nascendo na periferia da economia capitalista à um século atrás. Portanto isso
sempre colocou grandes desafios para a liderança do poder soviético o que fazer.
E muitas vezes nos temos visão hoje de que o plano do que seria o socialismo soviético
já estava predeterminado, ele seguiu se de forma linear segundo etapas até chegar onde
chegou, na verdade isso é falsa, quer dizer houve enumero de debate sobre o que fazer
nessa condição de atraso da sociedade soviético, houve muita experimentação
inicialmente o modelo que é chamado por eles mesmo o capitalismo do estado onde não
havia socialização de propriedade, mas sim controle da propriedade, que continuavam
nas mãos dos proprietários privados capitalistas, depois mais adiante se atentou uma
nova forma política económica, grosso modo é o que a China faz hoje são várias formas
de propriedades económicas convivendo subdirecção do estado, esse seria o modelo da
transição ao socialista das condições da União Soviética, mas em ultimo instancia
trouxe a esse modelo, que é o modelo de estatização completa das forças produtivas,
combinado com um controle centralizado muito forte, uma economia de guerra. Uma
economia de comando e controle como se fosse economia de guerra.
Essa construção ela foi gerada por considerações geopolíticos um cerco que era hostil.
A previsão que era feita nos inícios dos anos 30, que a Rússia seria invadido num prazo
de uma década como foi, e que era necessário industrializar aceleradamente para ter a
base indústria da defesa, que defendesse o nosso soviete caso ele fosse invadida, como
foi, essa defesa se baseou Segunda Guerra Mundial em boa parte dessa indústria
montada que derrotou a máquina da guerra de Hitler que invadiu a Rússia no período.
Só que esse modelo se revelou eficaz durante um determinado período, que era período
da superação do atraso, da modernização da sociedade soviética, mas a partir de
determinado momento em que base industrial fundamental estava montada, ela se
revelou muito pouco indutor da inovação, quer dizer a economia soviética foi perdendo
dinamismo econômico , foi vendo outros polos capitalista desenvolvendo mais rápido,
na época o Japão e ascensão alemã. URSS perdendo o terreno na corrida econômica
com os países capitalistas. Salientou professor.
Eu acho isso é um fator central na derrota do sistema socialismo soviético, sistema esse
extremamente fechado, incapaz de generalizar o progresso técnico na sociedade, porque
o incentivo básico da atividade econômica era simplesmente cumprir meta do plano,
isso não incentivava inovação, não gerava grandes mudanças em padrões produtivos,
havia uma lógica conservadora no sistema e modelo, o levou perdendo o terreno em
relação outras potenciais capitalistas mais dinâmicas. Comentou professor.