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século XXI
Fábio Palácio
“A política fascista invoca um passado mítico puro que foi que foi tragicamente destruído.
Dependendo de como a nação é definida, o passado mítico pode ser religiosamente puro,
racialmente puro, culturalmente puro ou todos os itens acima.” (Stanley, 2018, p. 19)
Propaganda
“É difícil promover uma política que prejudicará um grande grupo de pessoas diretamente. O papel
da propaganda política é ocultar os objetivos claramente problemáticos de políticos ou movimentos
políticos, mascarando-os com ideais amplamente aceitos.” (Stanley, 2018, p. 37)
Anti-intelectualismo
“A política fascista substitui o debate fundamentado por medo e raiva. [...] Troca a realidade pelos
pronunciamentos de um único indivíduo, ou talvez de um partido político. Mentiras óbvias e
repetidas fazem parte do processo pelo qual a política fascista destrói o espaço da informação.”
(Stanley, 2018, p. 66)
Hierarquia
“De acordo com a ideologia fascista, [...] a natureza impõe hierarquias de poder e dominância
que contrariam categoricamente a igualdade [...] proposta pela teoria democrática liberal.”
(Stanley, 2018, p. 85)
Vitimização
“A propaganda fascista amplia [...] [o] medo ao sexualizar a ameaça do outro.” (Stanley, 2018, p.
127).
Nos EUA, os brancos “presumiam que havia uma epidemia de estupro em massa perpetrada por
homens negros a mulheres brancas que justificava os horrores do linchamento” (Stanley, 2018,
p. 130).
“Onde a ansiedade sexual pode parecer extrema, paranoica ou abstrata, muitas vezes há
por trás dela uma insegurança mais tangível à espreita.” (Stanley, 2018, p. 130)
Sodoma e Gomorra
“Na política fascista, ‘eles’ podem ser curados da preguiça e do roubo com trabalho duro. É
por isso que os portões de Auschwitz [...] exibiam o slogan ARBEIT MACHT FREI – o trabalho
liberta.” (Stanley, 2018, p. 153)
“Sob a pressão do paradigma do estado de exceção, é toda a vida político-constitucional das
sociedades ocidentais que, progressivamente, começa a assumir uma nova forma que, talvez,
só hoje tenha atingido seu pleno desenvolvimento.” (Agamben, 2004, p. 27)
Bibliografia
AGAMBEN, G. Estado de Exceção. Tradução Iraci Poleti. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2004.
BERTOLINO, O. et al. “A esquerda ausente e a guerra presente – Entrevista com Domenico Losurdo”. Princípios, nº 147, pp. 48-54, mar./abr. 2017.
GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. V. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.