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Tudo o que restou foram carnificina e destruição depois daquela batalha, que, de longe, fora a

mais sanguinária e covarde. Idosos e crianças foram estripados num chão rubro do próprio
sangue atraíam um exército de insetos. Mulheres tiveram seus corpos violados e degolados
por criaturas inumanas, de pele vermelha e, em muitos, necrosada, com olhos em preto e
roxo, chifres e asas nas mais diversas formas.

Corpos sem vida. Apenas o que haviam restado da guerra. Mortes.

Aquelas mortes não foram causadas por quaisquer armas conhecidas. Queimaduras por
eletrocussão, corpos carbonizados, perfurados por estacas de gelo ou esmagados por grandes
blocos de pedra. Era o que há muito tempo é chamado de magia.

Um senhor passava entre os corpos. Caminhava com algo semelhante a uma bengala em sua
mão direita enquanto coçava sua enorme barba branca com a outra. Seu rosto era triste, como
se pudesse ter evitado todas aquelas mortes. É uma pena, tão jovens, pensava.

– Mestre, – gritava um jovem, aparentando 15 anos – encontramos alguém vivo.

Ele se vira e caminha por alguns metros, com dificuldade, tanto pela quantidade de corpos
quanto pela idade avançada, até o garoto que acenava desesperadamente. Ao chegar ao local,
se depara com um homem, entre 30 e 40 anos, cabelos raspados, franzino, fardado e de tronco
destroçado, com alguns órgãos expostos e ensopado com o próprio sangue.

– Eles... – o soldado respirava com dificuldade e cuspia sangue – vão voltar.

– Eles quem, meu filho?

Antes que pudesse responder, sua pulsação acabou. Morrera olhando para os olhos do velho.
Medo. A única coisa que seu olhar transmitia.

– Pobre coitado. – o velho fechou seus olhos – Vamos levar esses corpos daqui. Procure com
os outros.

– Sim, senhor.

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CAP 1
1000 ANOS DEPOIS

Talvez não fosse o melhor dia do qual se lembrava. Estava atrasado para a aula na
escola nova, na cidade nova, mas não era como se importasse com isso. Eram quase 7h20 e
tudo o que queria era dar meia volta e dormir. Aquilo o irritava. Detestava se mudar, embora
mudança fosse algo constante devido aos pais serem militares. Detestava ainda mais a ideia
de ir para a capital.

Uma selva de pedra, era no que pensara para definir a cidade. Embora não fosse a
maior nem a mais populosa, era ridiculamente movimentada naquela hora da manhã. A
quantidade de pedestres era absurda. Mal havia espaço para transitar, algo que seus pouco
mais de 1,60 de altura não conseguissem resolver, embora esbarrassem muito nele.

Depois de quase 20 minutos "engarrafado", conseguiu chegar. Não sabia o que


impressionava mais: conseguir chegar com antecedência ou com o tamanho do CEMA. Era
enorme, assemelhava-se mais a um centro militar do que a um colégio. Ocupava quase um
terço da cidade, que era a quarta maior do reino. Os muros que limitava a entrada de toda a
área escolar. Tinha um único prédio em todos os seus mais de 500 mil metros quadrados, com
seus três andares. Embora não fosse alto, era um prédio largo, com um vão em seu centro,
onde descia um feixe de luz solar da única parte do teto que era de vidro. Mais ao fundo,
além das paredes amarelas e vermelhas, havia um outro portão, que levava a área de
treinamento, onde eram aplicadas as aulas práticas de magia. Realmente impressionante, mas
é protegido por isso?, pensou ao balançar a grade do portão, meio decepcionado, embora
surpreso pelas aulas começarem às 7h45.

REESCREVER DESCRIÇÃO DA ESCOLA.

Entrou timidamente, cumprimentando o porteiro, encantado com o cheiro das plantas


e assustado com o fato do edifício estar mais barulhento que a rua. Olhava por todos os lados,
procurando a secretaria ou algum mural que informasse as turmas, mas estava tão bagunçado
que apenas se sentou perto da porta. A parede estava tão gelada que a única coisa que queria
fazer era dormir. Cochila. Acorda assustado com o sinal em seu ouvido. Vê o mural completo
de papéis quase vazio de pessoas e se levanta para ver, e vai para a sua sala.

Era insano o quão grande era aquele lugar. Parecia uma cidade dentro de outra.

Queria explorar aquele lugar, mas ele precisava ir pra aula. Levantou-se, foi ao mural
que havia no mural e saiu procurando a sala, mas a única coisa que conseguiu foi se perder.

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– Perdido? – disse uma garota que surgiu do seu lado. Ela era um pouco menor do que ele,
longos cabelos ondulados e seu aparelho destacava no sorriso dela. LEMBRAR DA COR DO
APARELHO DA ERIKA

– Um pouquinho. Onde fica essa sala? – mostrou-lhe um papel escrito "C42".

– É a penúltima sala no lado esquerdo do bloco C – ela o olha e dá um leve sorriso. – A


minha sala fica lá perto, quer ir comigo?

– Quero - e os dois saem. – Qual o seu nome?

– Anna, e o seu?

– Eric. Estuda aqui a quanto tempo?

– Desde de que eu era criança.

E os dois continuaram a conversa até a porta da sala, e ela explica como a escola e as
aulas funcionam. Ao chegar lá, eles se despedem. Eric fica parado na porta olhando para
Anna, sem um motivo aparente, torcendo para que os outros alunos fossem tão gentis e legais
quanto ela. Ela olha para trás, sorri e acena, enquanto um grandalhão quase o arrasta para
dentro.

– Sai da porta.

Eric tira a mochila das costas.

– Porque não vem me tirar daqui?

Parte da sala ri, enquanto a outra incentiva a briga.

O gigante se vira, tentando acertar o rosto de Eric, o qual erra. Eric se escora na
parede do lado de fora da sala e coloca a mochila no chão, enquanto a turma sai para ver a
briga.

Eric encosta na parede, do lado de fora, de braços cruzados

– Você vai morrer hoje.

Tenta acertá-lo de novo, e novamente erra, acertando a parede, deixando um pequeno


buraco da sua mão enorme. Tentou várias vezes golpear Eric, de todas as formas, e falhou
miseravelmente em todas.

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– Você é a típica muralha – Eric diz enquanto desvia, – forte e lento.

– Cala a porra dessa boca – responde irritado.

Ele junta as duas mãos e tenta golpear Eric na cabeça, o qual o segurou com uma
mão.

– É só isso que consegue? – Eric pergunta.

Ele o chuta na barriga, e o gigante dá cinco passos para trás, com a mão na barriga,
com dificuldade para respirar. Se ergue novamente, e avança. Tenta de todas as maneiras, mas
é bloqueado e golpeado de volta.

– Fraco - é a última coisa que o colossal aluno ouve antes de cair no chão, com a boca
sangrando, por causa do chute que levou. - Você achou que eu seria como um daqueles caras
com quem você faz bullying? – o rosto do Eric mostrava indignação e nojo. Quando o
gigante tenta levantar, leva outro chute em seu corpo maciço, fazendo-o se chocar contra a
parede.

Eric levantou a cabeça e viu que havia mais gente do que uma turma. Estavam todos
surpresos, e ele não entendia muito bem o porquê.

– O que está acontecendo aqui? – gritou uma senhora, aparentava ter quase 60 anos. Ela
olhou para o garoto no chão, em seguida para Eric. – Foi você que fez isso?

– Foi.

– Os dois, comigo, agora – ela deu as costas e saiu andando.

– Mas, diretora... – o grandalhão tentou explicar, mas ela vira com o rosto fechado, de como
se quisesse matá-lo ao primeiro som que emitisse, e ele desistiu e se levanta.
Ela continua andando, e os dois a seguem, enquanto os outros alunos se dispersam em meio
aos cochichos.

A diretoria era a última e, por algum motivo, a sala do térreo, como se a escondessem
de qualquer eventual invasão. A mobília era linda, aparentemente antiga, mas precisava de
reformas em alguns móveis, como o sofá em falso o qual os dois alunos sentaram-se ao lado
da porta, ou a cadeira giratória barulhenta da mesa da diretora; a estante de documentos
ocupava quase metade da sala e tinha um leve cheiro de mofo. Pela quantidade de coisas na
mesa, ela dividia a sala com alguém, provavelmente a vice-diretora.

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– Então – a diretora pergunta, sentada na beirada da mesa, – por que vocês estavam brigando?

– Pergunta para ele – Eric diz.

– A culpa foi sua, seu anão.

– Sem discussão - a diretora elevou o tom de voz. – Por quê?

– Ele caçou confusão comigo – o grandão respondeu.

– Eu? - Eric começou a rir. – Você tromba em mim na porta, é mal-educado comigo e a culpa
é minha?

– É verdade, Hugo?

– É, mas...

– Sem mais – a diretora o interrompe. – Só no último mês de aula do ano passado, teve 3
casos parecidos envolvendo seu nome. A sua sorte é que não tinham qualquer prova do seu
envolvimento. Ligarei para os pais dos dois.

– Mas... – Hugo diz.

– Sem mais, Hugo. Você está suspenso. Quanto a você – ela aponta para Eric, – vai consertar
a parede. Agora saiam da minha sala, tenho muita coisa para fazer e ainda tenho que falar
com os pais de vocês. Hugo, espere seus pais na sala.

Os dois se levantam e saem em direção à sala.

Hugo estava nitidamente revoltado. Ao aproximarem da sala, que ficava a menos de


10 metros da diretoria, ele pega Eric pelo colarinho e o ergue contra a parede.

– Se der qualquer merda comigo, vou vir tirar satisfação contigo.

Eric agarra seu pulso e aperta, forçando-o a largá-lo no chão e o puxa pela orelha.

– Onde e quando quiser – e o solta.

Ambos seguem para a sala, pedem licença à professora e entram; Eric na 1ª cadeira da
2ª das 5 fileiras, e Hugo na última da 1ª fila.

***

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Estava ali a poucas horas, mas pareciam anos. As aulas eram entediantes e não
mostravam nada de novo a ele, e boa parte dos professores apenas se apresentava. Acho que
vou morrer aqui, pensava.

As aulas eram divididas em obrigatórias, teóricas e práticas. As obrigatórias eram as


que entravam no currículo de todos os alunos do país, como matemática, história e geografia;
as teóricas, como eram chamadas as aulas sobre magia, envolviam a forma de execução das
mesmas, as quais são classificadas entre 1, as mais simples, a 100, mas eram ensinadas até o
nível 50 nas escolas, enquanto as demais eram lecionadas em algumas faculdades e no
exército, por serem difíceis ou perigosas; as práticas englobam a forma de lutar, armado,
desarmado ou usando feitiços.

Eram 17h30. A última aula acaba e todos vão embora. Talvez Eric fosse quem
estivesse mais animado para ir embora. Não pelas aulas serem difíceis, o que muitos alunos
achavam, mas pelo tédio que sentia nelas. Não havia algum desafio, físico ou mental, ou
qualquer outro estímulo para ele. Pensava em como iriam ser as outras aulas, e esperava que
elas o estimulassem de alguma forma.

Ao passar pelo portão, sente um leve puxão em sua mochila, e se vira.

– Ah, oi Anna.

– Oi. Fiquei sabendo da briga sua hoje mais cedo.

– Acho que todo mundo ficou.

– Por que você brigou com o Hugo?

– Ele me provocou. É seu amigo?

– Meu primo.

– Não sabia – Eric fica nitidamente sem graça, – desculpa.

– Assim, não é como eu me importasse com ele. Vamos sair do portão antes de carregarem a
gente? – os dois saem.

Eric e Anna ficam conversando por quase uma hora, como se já se conhecessem a
muito tempo.

Um carro buzina. Era a mãe da Anna.

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– Tenho que ir. Tchau – eles se despedem com um abraço.

– Tchau.

Assim que ela entra no carro, Eric segue para casa. A sua preguiça para ir embora era
nítida. Ainda teria que treinar, embora não sentisse vontade naquele dia.

Eric chega em casa e a única coisa viva naquele lugar era seu cachorro, Sansão, um
pitbull de três anos enorme que começa a pular em suas pernas. Seus pais estavam, como de
costume, viajando a trabalho nas forças armadas. Seu pai era capitão da guarda real, e tinha
que viajar com a família real, por ser considerado muito bem treinado e de confiança, além de
intimidador, com seus quase dois metros e cem quilos; anualmente, ficava cerca de quarenta
dias na capital treinando os novos recrutas, enquanto nos quase nove meses restantes, fazia
plantões, geralmente 24 por 48 horas, e, nas férias ao final do ano, era convidado para as
festividades no castelo, por ser um velho amigo do rei. Sua mãe possuía a mesma patente,
porém, ela era do exército, responsável pelo departamento de tecnologia, viajava com menos
frequência para palestras, reuniões sobre engenharia e pesquisas governamentais, enquanto
no restante do tempo pesquisando em seu laboratório particular, tornando-se mais presente no
crescimento do filho, e, ao contrário de seu pai, era baixa e fofa demais para intimidar
alguém, mas possuía uma tendência a ser mais agressiva. Devido a isso, deram todas as
condições necessárias para Eric estudar em boas escolas, porém não se tornou uma pessoa
muito sociável por causa da timidez.

Eric trocou de roupa, comeu uma maçã e preparou seus pesos no quintal de casa, mas
antes levou Sansão para passear no parque que havia lá perto, que já o esperava no portão.
Passeara com ele, completou seu treino rotineiro, jantou e dormiu antes das 23 hrs, embora
não se sentisse cansado, precisava acordar cedo.

COLOCAR UM DESENHO DA ESCOLA (TALVEZ)

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CAP 2
Talvez não tivesse sido sua semana tão animada. Escola, estudo e treino. Ainda não
conhecia ninguém além da Anna, embora não se importasse com isso. Ele gostava de
conversar com ela, sempre ficavam depois da aula conversando. Era a única hora do dia em
que se divertia. Era a única amizade que tinha feito em quase duas semanas.

Toda essa rotina de treinamento o entediava. Seu corpo não ficava forte tão rápido
quanto antes, mais rápido ou mais resistente, não importava o quanto treinasse, quantos
quilos erguesse. Com a sua magia era a mesma coisa. Sentia que tudo aquilo era inútil, não o
motivava mais nem o forçava a ir ao seu limite. Aquilo não mais o divertia. Sentia falta de
treinar com a Julia, sua irmã mais velha, de poder vê-la, de tê-la por perto só por ter, assim
como era quando criança. Ela era sua única companhia e em quem mais confiava. Depois
dela partir para estudar fora alguns anos antes, tem sido solitário para o Eric, embora ela
ligasse, principalmente para ele, sempre que pudesse. Sua única companhia era Sansão.

***

Talvez ter um horário vago durante a manhã não fosse tão interessante, já que não
poderia sair da sala, ainda mais durante o último horário antes do almoço. Não tinha o hábito
de levar algum livro que gostasse de ler para a escola nem tinha jogo no seu celular. Não
tinha feito amizade com ninguém da sua turma para poder conversar.

_Ei gente – grita um garoto que surge repentinamente na porta da sala, que na hora fica em
silêncio por acharem ser alguém da diretoria – pela cara de vocês, aqui é primeiro ano né? -
ele entra na sala. Era claramente mais velho, cabelo liso amarrado em coque, alargador na
orelha esquerda e as tatuagens coloridas nos braços faziam contraste com a pele branca, como
se não tomasse sol há uns dias. - Então, eu sou o Bruno, sou um dos alunos escolhidos para
ajudar no interclasse que vai rolar aqui na escola e quem quiser participar, pode falar comigo.
Vão ter umas fichas de inscrições também na direção. Tenho o regulamento comigo, alguém
vai querer? - alguns alunos levantam a mão, Eric é um deles.

_ Qual vai ser o prêmio? - Eric pergunta.

_ Os 10 melhores ganham uma vaga no interescolar do semestre que vem, e o que ficar em
primeiro leva 500 reais.

O dinheiro não o animava o bastante para competir, mas a possibilidade de competir


contra pessoas fortes o interessava. Desde que pudesse se lembrar, Eric assistia as
competições estudantis nacionais pela televisão, embora escondido, já que os pais achavam
agressivo demais para uma criança com menos de 10 anos. As lutas eram incrivelmente

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violentas para pessoas tão jovens. Sempre ocorriam fraturas expostas, quebra de ossos e,
alguns casos mais graves, decepações de algum membro, mesmo que algum dedo. Era raro
alguém morrer ou entrar em coma já que, antes de entrar, todos recebiam um feitiço
específico para pararem a luta ao serem impossibilitados de lutar ou se matarem na primeira
oportunidade, além da equipe médica produzirem runas mágicas para encapsular seus órgãos,
a fim de protegê-los de danos.

Eric realmente adorava lutar. Desde pequeno lutava. Queria ser mais forte que todo
mundo. Mais resistente, mais rápido, mais poderoso. Aquilo o fazia treinar incansavelmente.
Entrava em todos os campeonatos que conseguia. E sempre ganhava, mal podiam tocá-lo ou
vê-lo. Mas com o tempo, foi perdendo o interesse em participar deles, achava fácil, além de
se sentir limitado, já que alguns golpes e magias eram proibidas. Mas torneios como aqueles,
sem restrições, eram o tipo de oportunidade que não costumava perder.

Para poder ter uma vaga no campeonato nacional, é preciso passar por três etapas
classificatórias, todas a fim de reduzir o número de participantes e sempre em forma de
combate: Interclasse, Interescolar e Estadual. Na primeira, há uma seletiva dos 5 alunos mais
fortes, independente da qualidade do aluno; o CEMA fazia testes físicos e mágicos quando há
muitos inscritos e os 32 melhores participavam de um torneio entre eles pelas vagas. A
segunda ocorre apenas onde tem mais de uma escola inscrita, os grupos lutam entre si e o que
tiver em melhores condições após o tempo determinado pelos organizadores, passa para a
próxima fase. Na terceira, os grupos lutam com outros de sua região do país até que sobrem
apenas quatro, cada um representando cada uma parte do país: Norte, Sul, Leste, Oeste e
Centro; são formados quatro chaves de batalha, com um representante de cada região nela, e
os que obtiverem os melhores desempenhos em suas respectivas chaves avançam para o
Nacional.

***
Anna não se interessava muito pela aula de filosofia, o professor a tornava
desinteressante. Era um homem alto, por volta dos 40 anos que sempre se vestia como um
roqueiro dos anos 90 e sempre falava mais das experiências que teve na vida do que da
matéria. Ela queria entrar no Interclasse, mas queria ir com alguém conhecido pois sabia que
tinha chance de passar para o Interescolar e como era o resto da escola, tinha receio de
carregar todo mundo nas costas. Chamou todas as amigas, mas só a Paula aceitou participar.
Não era o tipo de pessoa que aceitaria com pouca insistência.

Elas eram o completo oposto uma da outra. Enquanto Anna tinha um temperamento
mais calmo, Paula tem um jeito um tanto quanto intimidador de demonstrar as coisas, desde
como você fez ou falou algo errado a, em vezes, afeto. Toda a tranquilidade do seu rosto e em
seus pouco mais de 1,70 de altura se perdia nesses momentos, embora raramente fosse algo
que se mantia além daqueles poucos segundos, voltando aquele sorriso tão branco quanto a
sua pele.

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_ Pensou em chamar mais alguém? - Paula pergunta.

_ Não, mas tem um garoto do 1° ano que podíamos chamar.

_ Quem? Aquele que bateu no seu primo e que você costuma ficar bastante tempo depois das
aulas? Hm, danadinha - ela a olha insinuando que faziam algo além de conversar.

_ Haha, palhaça.

_ Chama ele, palhaça.

_ Vou chamar.

O sinal toca e as duas saem. Sobem as escadas e vão conversando sobre os últimos
lançamentos dos animes que acompanhavam até um dos refeitórios da escola no último andar.
Servem-se e sentam em uma das longas mesas brancas enfileiradas que ficavam no centro do
restaurante. Estava um tanto quanto vazio para o horário, a fila para entrar também estava
pequena, provavelmente por causa da isca de carne que seria servido, frequentemente sem
gosto algum, assim como o resto da comida e pouco temperada. Anna vê Eric de relance
passando e o chama. Ele senta-se na frente delas.

_ Essa é a minha amiga paula. Paula, Eric.

_ Prazer - Paula estende a mão e Eric a cumprimenta a segurando com um sorriso.

_ Então - Anna põe os cotovelos sobre a mesa, - ficou sabendo do Interclasse? Que tal se a
gente formasse um time para participar, um que dê para os cinco passarem? Já seríamos
você, eu e a Paula.

_ Tem ideia de quem mais vai chamar?

_ A gente conhece mais algumas pessoas - Paula responde.

_ Eu vou.

_ Nossa, aceitou rápido - Paula fala, surpresa.

_ Mas está falando sério mesmo? Se não, vou ficar chateada contigo.

_ Seríssimo.

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_ Top. Vou chamar mais algumas pessoas e aviso vocês.

REESCREVER DIÁLOGO EM ITÁLICO

A discussão sobre animes recomeça. Eric se perde um pouco, já que a maioria que
elas falam ele sequer ouviu falar.

***

Aquela busca implacável por mais gente para completar o time realmente complicada.
Falou com todo mundo que conheciam, até com que não tinham tanta intimidade, mas
ninguém queria participar ou já tinham combinado com outras pessoas. Isso fez com que os
três desanimassem de procurar por mais gente. Iriam aproveitar o mês que faltava para
treinarem.

Pensaram em treinar em conjunto, já que era frequente terem provas que lutariam
juntos. O maior problema seria quando treinar, já que passavam o dia na escola. Teriam que,
além de conseguirem se livrar de algumas aulas, conseguir um espaço para treinar por lá
mesmo, e espaço certamente não era o que faltava. Eles conversavam sobre como fariam
isso, e perceberam uma coisa um tanto quanto curiosa: as habilidades de combate deles
combinavam, principalmente físicas. Anna era forte e resistente, além de ser treinada com
machados, porém velocidade não era seu forte, a qual compensa com eletrocinese para
combate físico e geocinese e pirocinese a distância; Paula era rápida, que se contrastava sua
altura e porte físico, além de exímia arqueira e lutadora de ALGUMA COISA,
REESCREVER PODERES DELA; Eric era o equilíbrio de poderes, não era o melhor em
cada capacidade que tinha, mas era versátil e bem treinado o bastante para que pudesse
lidar com qualquer situação. REESCREVER

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HISTÓRIA DO ERIC
Eric não aparentava ser um garoto diferente das outras; era um tanto quanto calado e
distraído, não conseguindo ficar sentado, sempre correndo de um lado para o outro. Seus pais
não sabiam como lidar bem com toda aquela energia. O que realmente os preocupava era sua
total incapacidade de controlar seus poderes, que, apesar de não se comparam aos de um
adulto, eram grandes demais para uma criança de 5 anos. Nitidamente um talento a ser
trabalhado, mas um risco a si e aos outros.

Como militares, seus pais se mudavam com bastante frequência, então não criavam
tantos vínculos. Eric reclamava bastante disso, já que nunca tinha com quem brincar e sempre
ficava com babás que nunca davam muita atenção para ele, já que sua irmã mais velha tinha
algo da escola para fazer.

A última mudança que fizeram faz cerca de quatro meses, para uma cidade próxima a
fronteira, curiosamente em uma quadra repleta de crianças da idade do Eric. Aquilo o
alegrou. Todos os dias ele falava como tinha se divertido brincando, especialmente com uma
amiga que tinha feito, Alessandra. “Ela é muito engraçada”, dizia com a maior empolgação.

_ Você fez mais alguma amizade além dela? - perguntou seu pai.

_ Tem o Carlinhos, ele é bem divertido. Mas o Tom é muito chato e mandão, mas brinquei
com ele porque todo mundo insistiu.

_ Nada de ser mal com ele, está bem? - disse sua mãe - Agora come para ir dormir, está tarde.

_ Está bem, mamãe.

Eric termina a refeição, se levanta e vai em direção da cozinha com seu prato
enquanto seus pais continuam na mesa.

_ Estava pensando em começar a treinar o Eric essa semana – disse Pedro, - o que acha?

_ Seria bom, ele já está grandinho o suficiente. Vai começar com o quê?

_ Aerocinese e boxe. Talvez pirocinese.

_ Já falou com ele?

_ Ainda não, queria fazer uma surpresa para ele.

_ Tudo bem, mas nada de pegar pesado com ele.

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Eric fere a amiga M
Ela fica com medo dele por anos
Eric se distancia das pessoas, por medo de ferir alguém
A irmã o convence de se reconciliar com M
Eric tenta se reaproximar de M
Eric briga com um amigo dela
M não aceita
Faz amizade com a princesa
Rei e irmã morrem
Não aceita o novo rei
Discute com os pais (não entendem a dificuldade dele de superar a morte da irmã e ele se
culpa por ela ter morrido ~ela quem cuidava dele e quem ele mais se importava~)
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PERSONAGENS
Eric – principal
● indiferente a maioria das coisas
● adora lutar
● tendência a ser cruel e impiedoso lutando
● quer ser a pessoa mais forte do mundo
● carinhoso
● problemas com solidão

Anna – 1ª amiga do Eric. Gentil. FAZER A APARÊNCIA


● Baixa
● Inteligente
● Cara de estar sempre séria, mas sempre descontraída
● Carinhosa
● Forte

Hugo – bully da escola. É grande e forte fisicamente, mas é lento, babaca e com poder
mágico mediano.
● auge da babaquice
● medo do pai
● fazer ele ser algo que ninguém esperava

Carla e Pedro – pais do Eric

Julia - irmã mais velha do Eric


● absurdamente carinhosa
● inteligentíssima
● interesse gigante por luta (inclusive foi ela quem viciou o eric)
● a própria hinata enfiando a mão na cara de todo mundo

Paula - amiga da Anna


● primeiro bate, dps explica q vc fez merda

Personagem futuro - o pai dele elogia Eric e fala do talento dele, e o garoto fica ressentido
por isso, já que seu pai nunca falou isso dele. COLOCAR MAIS ALGUM MOTIVO
● Arrogante
● Impaciente
● Babaca

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MAGIAS
É dito que a telecinese foi a primeira forma de poder de origem mágica sem runas ou rituais,
criada e desenvolvida por Merlin, o primeiro bruxo conhecido, a partir do conceito de ki
(chakra ou energia vital), que todos os seres vivos possuem e que, ao aplicá-lo a algo, pode
manipulá-lo a vontade, embora não fosse capaz de manipular ou criar elementos. Após isso,
começou estudos para ver a possibilidade de tornar isso possível (e conseguiu).
● Geocinese - manipulação da terra
● Pirocinese - manipulação do fogo
● Aerocinese - manipulação do ar
● Eletrocinese - manipulação da eletricidade
● Hidrocinese - manipulação da água
● Atmocinese - manipulação de tempestades (uma mecatrônica da vida)
● Biocinese - manipulação biológica, na maioria das vezes do próprio corpo (talvez
possa hipnotizar outras pessoas?)
● Criocinese - manipulação sobre gelo
● Magia de fortificação - meio óbvio oq faz
● Magia (de um modo mais amplo) - mexe principalmente com armadilhas, runas,
selamentos e remédios

Força Vel Eletro Hidro Geo Bio Atmo Piro Fortificação Aero Magia Crio Tele

Eric x x - - - - - x - x - x -

Anna x - x - x - - x - - - - -

Paula - x - - - x - x x - - - -

Julia - x - - - x x - x - x - x

Carla - x x - x - - x - - - x -

Pedro x - x - x - - x - x - - -

Hugo x - - - - - - x - - x - -

Sem - x - x - x - - - x - - -
nome

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IDEIAS
● Poderes se ampliam com abertura dos 7 principais pontos de chakra (só um talvez)
● Modo berserker – poderes se ampliam, mas perde o controle; é muito desgastante
e raro

ENREDO
● Eric entra na escola mágica
● Participa do torneio interclasse
● Conhece os amigos por causa disso
● Consegue uma vaga no estadual
● Primeiros sinais que os vilões estão se juntando pra fazer merda

CAMPEONATO
● NACIONAL
○ divisão em 4 grupos, juntos, as equipes de cada região do país
○ a equipe mais forte de cada vão para as semifinais
● ESTADUAL
○ mesmo procedimento do interescolar
● INTERESCOLAR
○ acontece quando tem mais de uma escola mágica
○ equipes lutam entre si, como na arena de albion
○ a mais forte passa
● INTERCLASSE
○ prova para ver o nível mínimo de competência do aluno
○ campeonato entre os 32 melhores
○ seletiva dos 5 mais fortes
● Colocar mundial???

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