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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Química

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III

Docente: Samira Maria Leão de Carvalho


Discentes: Carlos Vinicius De Araújo Anchieta – 201707540025
Josué Chaves Tuma – 201507540046
Petterson Felipe Lacerda – 201307540076

Belém, 2020.
2

Universidade Federal do Pará


Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Química

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III

Relatório apresentado como parte avaliativa, da


disciplina Laboratório De Engenharia Química
III, referente ao curso de Engenharia Química,
na Universidade Federal do Pará.

Docente: Samira Maria Leão de Carvalho


Discentes: Carlos Vinicius De Araújo Anchieta – 201707540025
Josué Chaves Tuma – 201507540046
Petterson Felipe Lacerda – 201307540076
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SUMÁRIO

RESUMO ..........................................................................................................................4

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

METODOLOGIA .............................................................................................................6

RESULTADOS E DISCURSSÕES ..................................................................................9

CONCLUSÃO ................................................................................................................11

ANEXO ..........................................................................................................................12

REFERÊNCIAS ..............................................................................................................13
4

RESUMO
A medição de vazão está presente em larga escala em diversos segmentos industriais,
além de ter importante papel no cotidiano, como, por exemplo, no consumo de água, gás,
gasolina etc. A medição de vazão está muitas vezes associada à comercialização de
fluidos, como no caso da indústria petrolífera. Portanto a qualidade da medição de vazão
é determinante em termos financeiros, tornando cada vez maior o nível de exigência do
mercado em relação a medidores com menor erro possível. A precisão destes sistemas é
de fundamental importância em aplicações como gerenciamento de reservatórios,
sistemas de detecção de vazamentos, controle de processos de produção e medição fiscal.
Este trabalho tem como objetivo avaliar os parâmetros a serem considerados durante a
inspeção dimensional de placa de orifício e da rugosidade dos trechos retos de tubulações
usados para medição de gás natural, visando orientar os profissionais responsáveis pela
medição de volume de gás natural por placa de orifício, como também a profissionais de
laboratórios de calibração visando a emissão do certificado de calibração, com
especificações descritas nas normas ISO 5167 (1991) e AGA Report Nº 3 (1990) [3-4].
Palavras-chave: Medição de vazão, placa de orifício, pressão diferencial.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural (RTM),


aprovado pela Portaria Conjunta PANP/INMETRO nº 1 (2000), estabelece os requisitos
mínimos que os sistemas de medição de gás natural devem possuir no sentido de garantir
uma medição exata e completa [1].
Estas instalações serão munidas de sistemas de medição para a determinação dos
dados dos fluidos: vazão, volume, temperatura, pressão, massa específica, composição do
gás, viscosidade, encolhimento e diversos outros parâmetros, agora com uma estimativa
de incerteza substancialmente melhor do que nos passos da perfuração do poço. Estas
medições servirão de base para o pagamento das Participações Governamentais
(royalties, participações especiais, pagamentos aos proprietários de terras, entre outras),
5

impostos, encargos contratuais e custo unitário do processo produtivo. modo, os


hidrocarbonetos nas fases líquidas e gasosas são tratados, transportados e entregues para
um terminal ou parque de armazenamento, e os gases são tratados e armazenados nas
Unidades de Processamento. A partir deste ponto, o gás já especificado segue para o
mercado e o petróleo na fase líquida segue para o refino, sendo posteriormente enviado
aos postos de combustíveis e derivados. No refino do petróleo, as medições dos produtos
de saída (gasolina, óleo diesel, querosene, GLP, etc) devem ser mais exatas, tendo em
vista que os produtos e suas características devem ser controlados para se ajustar às
especificações previstas nos contratos com os diversos clientes. Resumindo, a cada passo
do processo produtivo do petróleo, a metrologia se faz presente em diversas formas: ora
para atender os desígnios da exploração, como o desafio de encontrar petróleo no subsolo,
ora na determinação dos volumes produzidos, para possibilitar o exato pagamento das
Participações Governamentais (royalties, etc) e impostos, ora na segurança do processo e
do meio-ambiente, e finalmente na venda dos produtos refinados ao consumidor.
Portanto, a medição é a “caixa registradora” das empresas envolvidas, aumentando de
exatidão e exigência medida que se aproxima dos pontos de entrega, onde diferenças de
0,1% são discutidas. [5]
Entre os diversos elementos de medição de vazão disponíveis e utilizados na
indústria, um dos mais conhecidos e talvez o mais utilizado é a placa de orifício. De forma
conceitual, são medidores deprimogênios (que utilizam o princípio de pressão diferencial)
primários de vazão instantânea (conforme NBR 10396). Se no interior de uma tubulação
tiver uma restrição em qualquer ponto do fluxo, de acordo com a Lei de Bernoulli da
conservação de energia, haverá um aumento da velocidade do fluído e uma redução na
pressão estática. Ou seja, o que o fluido ganha em pressão dinâmica perderá em pressão
estática. Ao passar pela restrição haverá uma recuperação parcial desta perda da pressão
estática, mas haverá uma pequena perda permanente da mesma pressão. [2]

Os medidores deprimogênios apresentam como vantagens um custo relativamente


baixo, boa resistência (não possui peças móveis) e realizam medidas instantâneas. Como
desvantagens, apresentam sensibilidade a distúrbios do escoamento e à qualidade da água,
e inserem perda de carga na linha [5].
6

2. METODOLOGIA

O medidor de vazão é um instrumento capaz de medir a massa (medidor de vazão


mássica) ou o volume de um fluido (medidor de vazão volumétrica) que escoa em uma
tubulação ou um canal em um determinado intervalo de tempo. A vazão poderá ser
volumétrica (volume na unidade de tempo, usualmente representada por Q) ou mássica
(massa na unidade de tempo, muitas vezes representada por m ou M).
A medição de vazão por elementos primários deprimogênios, em particular por
placas de orifício, apesar de ser a mais antiga, ainda é a mais utilizada em todo o mundo,
por dar origem a medidores extremamente versáteis, empregáveis na maioria das
aplicações industriais. O elemento primário, diretamente em contato com o fluido, é o
primeiro elo de uma malha de medição. A malha completa é geralmente complementada
por um transmissor de pressão diferencial e um instrumento receptor, como é mostrado
na Figura 1.

Figura 1 - Esquema de malha de medição por placa de orifício.


7

Um estudo teórico foi realizado sobre a descrição geral de medidores de gás


natural por placa de orifício e dos trechos retos de tubulações. Vários parâmetros influem
na queda de pressão ao longo da tubulação, entre os quais o seu comprimento, a
velocidade e a viscosidade do fluido que se move através da tubulação e o atrito
provocado pela rugosidade da parede interna da tubulação.
Foram estudadas as variáveis que são influenciadas pelas características
construtivas das placas de orifício, estabelecendo-se valores mínimos e máximos
toleráveis para esses componentes, visando a obtenção dos parâmetros de aceitação de
placas submetidas à inspeção dimensional e rugosidade superficial dos trechos retos da
tubulação, como estabelecido pelo item 7.1.7 do Regulamento Técnico de Medição de
Petróleo e Gás Natural (RTM), antes referida.
Independente do tipo de tomada, as placas de orifício clássicas, segundo as normas
ISO 5167 e AGA3, devem ser fabricadas e instaladas de acordo com determinadas
especificações mínimas. Valores uma vez fora das especificações determinadas podem
influenciar na medição da vazão, por isso é necessário seguir a rigor os limites impostos
pelas normas. A inspeção de uma placa de orifício implica na verificação ou medição de
quinze itens, que são os seguintes:
➢ Planicidade da placa: plana ou empenada (medir o desvio de planicidade).
➢ Medição da rugosidade superficial da placa.
➢ Medição de pelo menos quatro diâmetros do furo da placa.
➢ Média das medições do item anterior.
➢ Medição da espessura da placa.
➢ Temperatura durante a medição da placa.
➢ Identificação de quem realizou o serviço e data da inspeção.
➢ A placa possui abertura cônica ou não? Qual ângulo do cone?
Todo o estudo foi desenvolvido baseado nos padrões estabelecidos pelas normas
ISO 5167 (1991) e AGA nº 3 (1990) com o intuito de ser aplicado no procedimento para
inspeção dimensional de placa de orifício e de rugosidade de trechos retos de tubulações
na indústria do petróleo que tenham como finalidade estabelecer a confiabilidade na
medição do gás natural.
8

A equação da vazão volumétrica para escoamentos subcríticos, utilizados para a


determinação do volume produzido de gás natural, é mostrada a seguir. Os parâmetros
dessa equação são discriminados na Tabela 1.

𝛼𝜀𝐹ℎ𝑎√2𝜌𝛥𝑃 (1)
𝑄ѵ =
𝜌𝑟

Onde:

𝐶 (2)
𝛼=
√1 − 𝛽 4

𝑑 (3)
𝛽=
𝐷

𝜋𝑑 2 (4)
𝑎=
4

Tabela 1 - Parâmetros utilizados na equação da vazão.

Símbolos Parâmetros

C Coeficiente de descarga*

𝜀 Fator de expansão

Fh Furo de dreno ou respiro

𝛽 (d/D) Relação entre o diâmetro do


orifício e o diâmetro do tubo

𝛼 Coeficiente de vazão

d Diâmetro do Orifício (m)

D Diâmetro da Tubulação (m)

a Área do orifício (m²)

*Coeficiente de descarga para placas de orifício concêntricas


com D < 50 mm.
9

O coeficiente de descarga é a relação entre a vazão real (com o medidor) e a vazão


teórica (sem o medidor). O coeficiente de descarga influencia diretamente o coeficiente
de vazão α, como se vê na equação (2) mostrada acima, e varia com o perfil da velocidade
da tubulação, sendo calculado pela equação a seguir.
106
C = 0,5959 + 0,0312 𝛽 2,1 + 0,1840 𝛽 8 + 0,0029 𝛽 2,5 [𝑅𝑒 ] (5)
𝐷

Levando em consideração as equações acima, foram realizados cálculos


simulados da influência das tolerâncias dimensionais dos diâmetros dos orifícios nos
coeficientes de descarga e de vazão a partir de valores de diâmetros de tubulação e orifício,

e de 𝛽 estabelecidos na tabela 2.

Tabela 2 - Valores dimensionais do sistema placa de orifício/tubulação.

Amostra Diâmetro do Diâmetro da 𝜷 (d/D)


orifício. (mm) tubulação (mm)

AM -01 25 100 0,25


AM -01 50 100 0,50
AM -01 100 143 0,70

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para um escoamento ser mais eficiente precisa fazer seleção adequada do material
da tubulação para que a corrosão e a incrustação sejam sempre as mais reduzidas
possíveis.
É necessário que se conheça a relação “k” do calor específico do gás a ser medido,
para podermos calcular o seu coeficiente de correção da expansão térmica, e
posteriormente dimensionar a placa de orifício. Em relação do calor específico K é a
relação do calor específico de um volume constante CV relativo ao calor específico da
pressão constante CP do gás.
k = CP/CV (6)
Onde:
k = relação dos calores específicos
CP = calor específico à pressão constante J/Kg x K
10

CV = calor específico a volume constante J/kg x K


K → Temperatura em Kelvin
Sendo assim, o uso da placa de oríficio para medição de vazão de gases é calculado
de modo que seja o mais preciso possível, e suas dimensões sejam suficientes para
produzir à máxima vazão uma pressão diferencial máxima adequada. É essencial que as
bordas do orifício estejam sempre perfeitas, porque, se ficarem gastas, corroídas pelo
fluido, a precisão da medição será comprometida. A placa de orifício pode ser ajustada
mais convenientemente entre flanges de tubo adjacentes e pontos de tomadas de impulso
feitos em lugares adequados, uma montante da placa e o outro em um ponto no qual a
velocidade, devido à restrição, seja máxima. Este ponto não é próprio orifício porque,
devido à inércia do fluido, a área de sua secção transversal continua a diminuir após passar
través do orifício, de forma que sua velocidade máxima está a jusante do orifício, na vena
contracta. É neste ponto que a pressão é mais baixa e a diferença de pressão a mais
acentuada.
Como a vazão é calculada por meio da equação da conservação da energia, sendo
função da raiz quadrada da pressão diferencial gerada no elemento primário, a tendência,
portanto, é sobrestimar a vazão de gás natural. No entanto, devido às variadas
características construtivas, cada medidor reage de uma determinada maneira à presença
de líquido, não havendo uma regra geral para determinar a sobrestimação na vazão de
gás. Além disso, essa superestimação depende da forma como as fases estão distribuídas
ao longo da linha (interação entre o gás e o líquido), ou seja, do padrão de escoamento
gerado [6].
As normas existentes para determinação da vazão de gás nesses medidores de
pressão diferencial não levam em consideração a fração de líquido presente no
escoamento; portanto, as vazões de gás obtidas são sempre sobrestimadas. Como na
maioria dos problemas relacionados à mecânica dos fluidos, a determinação da vazão de
gás em escoamento de gás úmido, através de medidores de princípio de pressão
diferencial, é dependente de relações complexas entre as características físicas e
operacionais do sistema, e os parâmetros dos fluidos. De forma a analisar esses aspectos,
foram realizadas diversas modelagens do escoamento, ajustadas por dados experimentais.
Em geral, os modelos utilizam parâmetros adimensionais, como o parâmetro de Lockhart-
Martinelli e o número de Froude. A partir dos estudos realizados, algumas correlações
foram então desenvolvidas para correção da medição de vazão de gás natural em
escoamento de gás úmido, em medidores do tipo pressão diferencial. Estas correlações
visam a determinar um fator de correção para obtenção da vazão real de gás em
escoamento na tubulação, considerando a superestimação causada pela presença de
líquido. Elas são possíveis de serem aplicadas desde que o medidor apresente uma boa
repetitividade em suas leituras, já que o erro sistemático apresentado pode ser minimizado
por meio da aplicação dessas correlações [7].
O fator de correção (FC) é utilizado para corrigir a vazão de gás medida em um
escoamento de gás úmido da seguinte forma:
Qg = Qgu / FC (7)
11

Onde Qg representa a vazão de gás, em escoamento de gás úmido, obtida pelo


medidor de pressão diferencial e Qgu representa a vazão real de gás natural corrigida.
No caso de escoamento de gás úmido, as correlações mais utilizadas para a
correção da medição de vazão de gás são as correlações de Murdock e Chisholm.

4. CONCLUSÃO

Os principais métodos de determinação de incerteza dos volumes de gás natural


utilizados no segmento de Exploração e Produção estão bem definidos e baseados nos
métodos consolidados pelo ISO GUM.
As equações para a apuração dos volumes são bem estabelecidas pelas normas e
as avaliações das incertezas de medição podem ser derivadas daquelas equações,
considerando um número expressivo de fatores de influência.
O artigo norteia-se pela escolha acertiva de métodos e análise dos parâmetros de
inspeção dimensional da placa de orífio, desde a escolha do medidor de vazão aos
highlights da sua instalação.
12

ANEXO
Exemplo típico de avaliação de incerteza para um sistema de medição de gás natural por placa
de orifício.

Coeficiente
Estimativa Incerteza padrão Graus de Distribuição de de Contribuição
Grandeza Xi xi liberdade probabilidades sensibilidade
ci [Xi]-1 Incerteza (%)
u (xi)
ci
Coeficiente
de descarga
C 0,604 U(C)/2 0,0015 Infinito Normal Qm/C 7,355E+00 0,011033 25,0%
(incerteza da
equação)
Coeficiente
de descarga C 0,604 U(C)/2 0,0000 Infinito Normal Qm/C 7,355E+00 0,000000 0,0%
(acréscimos)

Aproximação
E 1,02081 U(E)/k 0,0000 4 Retangular Qm/E 4,323E+00 0,000000 0,0%
de velocidade

Coeficiente
 0,9988 U()/k 0,0003 Infinito Normal Qm/e 4,419E+00 0,001487 0,5%
de expansão
Diâmetro do
orifício da d 0,09157 U(d)/3 0,0000115 3 Retangular 2Qm/d 9,639E+01 0,001113 0,3%
placa [m]
Pressão
diferencial dP 50000 U(p)/k 263 Infinito Normal 1/2*Qm/Dp 4,413E-05 0,011586 27,6%
[Pa]
Massa
específica do
 12,000 U()/k 0,0819 24 Normal 1/2*Qm/r 1,839E-01 0,015058 46,6%
fluido [kg/m³]
(cond. oper.)
Vazão em 4,413 Incerteza padrão
112 Normal 0,0220 100%
massa Qm = kg/s combinada uc(Qm) =
Fator de Incerteza
abrangência 1,98 expandida 0,044 kg/s
k= U(Qm) =

Vazão volumétrica =
Resultado: Incerteza: 0,99%
413297 ± 4091 m³/d
A incerteza expandida relatada é baseada em uma incerteza padrão combinada, multiplicada por um fator de abrangência k =
1,98, fornecendo um nível de confiança de aproximadamente 95%.
13

REFERÊNCIAS
[1] Lomas, D., Selecting Flowmeters for Industrial Applications. Brovm Boveri Review,
Vol. 2, pp. 69-79, 1986.
[2] Delmée, G. J., Manual de Medição de Vazão, Edgard Bliicher Ltda, 1983.
[3] ISO 5167-1,“Measurement of fluid flow by means of pressure diferential devices –
Part 1: Orifice plates, nozzles and venturi tubes inserted in circular cross- section conduits
running full”, International Organization for Standardization, Switzerland, First Edition,
1991.
[4] AGA Report No. 3, API 14.3, GPA 8185-90, “ORIFICE METERING OF
NATURAL GAS AND OTHER RELATED HYDROCARBONS FLUIDS – PART1:
General Equation and Uncertainty Guidelines”, American Gas Association, USA, Third
Edition, October, 1990.
[5] CAMARGO, A. P.; 2009. Desenvolvimento de um medidor eletrônico de vazão
utilizando célula de carga, Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo,
Piracicaba.
[6] Kawakita, K., “Estimativa de Incertezas na Medição de Gás Natural por
Placa de Orifício”, Apresentação em Encontro Técnico sobre Incertezas de
Medição, Rio de Janeiro, 2006.

[7] Mata, J. D., Silva Filho, J.A.P., “Noções de Medição de Fluidos”, Programa
Alta Competência, 2009.

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