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1º Bimestre: prova dissertativa + ED = reflexão teórica texto (AVA – responder perguntas).

2º Bimestre: seminários (7 equipes, estudo de caso: neurose, psicose, perversão, autismo, em


contexto hospitalar, sistema de saúde e judiciário) + ED = resenha/ questionário (análise terminável
e interminável – Freud).

AULAS

Lacan coloca a psicanálise no divã. Ele diz não ter acrescentado muito para a psicanalise, mas ter
tirado muito dela.

“Agir de acordo com o seu desejo é poder colocar a cabeça no travesseiro e respirar aliviado, é de
arrepiar” – Sandra

AULA 2

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=S-QtbFaZjmw&feature=youtu.be

Descrevem Lacan como o Diabo, mas não essa figura que todos conhecemos, mas como Diabo que
no mais profundo do ser vem perguntar “o que você quer?”.

Toda psicologia de Lacan vem de seu consultório. Descrito como uma pessoa extremamente
atenciosa e que prestava uma atenção cuidadosa e acolhedora na fala dos pacientes, até nos
assuntos mais banais ele coletava esses conteúdos e “os transformava em objetos preciosos a serem
trabalhados”. “Lacan se ocupava, sobretudo, de ouvir aquele que lhe falava”. “Ele sabia as palavras
que importavam para cada um e sabia utilizá-las com conhecimento”.

“Ele extraia, daquilo que era dito, uma palavra, uma frase e dizia: essa é a sua música, esse é você.”

Embora não tenha conhecido Freud, foi o que mais cuidadosamente leu sua obra. Sua frase mais
emblemática: “o inconsciente é estruturado como uma linguagem” = o pivô da teoria Freudiana. E
disse ele próprio: “O que levou Freud a chegar á ideia que ele precisava interpretar os sonhos, lapsos
e piadas? Como deciframos uma mensagem cifrada, em seus 3 livros: a interpretação de sonho e
sobre a psicopatologia da vida cotidiana, vemos que se trata apenas de uma decifração.

Lacan dizia sobre a psicanálise: “Acabamos sempre por nos tornar os personagens da nossa própria
história. A psicanálise apenas permite acelerar as coisas”. Ele te segurava com uma mãe e sacudia
com a outra. A dureza estava sempre presente, mas a doçura fazia com que a análise continuasse.

Fazer análise com Lacan era um acelerador para viver uma vida mais intensamente. Ele dizia que
todos tem um desejo com o qual lutamos ou nos distanciamos, quando os sintomas no incomodam.
E a psicanálise te permite conhecer e liberar esse desejo, diminuindo o sofrimento.

- Por que é tão difícil analisar o inconsciente?

Lacan: “A verdade é sempre difícil de suportar e a psicanálise acaba por nos mostrar o que
preferiríamos ignorar. Quanto mais nos aproximamos da verdade da nossa história mais temos
vontade de lhe dar as costas”. Por esse motivo, Lacan sempre desencorajou aqueles que buscavam
análise “para se conhecer melhor”. Isso não basta. É preciso que alguma coisa falte, desequilibre e
intrigue para prosseguir com as sessões. É preciso desejar que algo crucial mude na existência. E é
por isso que Lacan demostrava uma humanidade que não era fachada.
A RELAÇÃO QUE TINHA COM O DINHEIRO ERA INTERESSANTE, PARA ELE OMAIS IMPORTANTE ERA A
PSICANÁLISE E PROVOCAR O INTERESSE DE CADA UM, POR ISSO OS PREÇOS VARIAVAM DE PESSOA
PARA PESSOA.

Lacan introduz a singularidade do indivíduo, o “um a um”.

Ele diz que o “sintoma é o que muita gente tem de mais real”, esse sintoma que a sociedade não
queria olhar, ele ia na contramão “vamos prestar atenção ao que o sintoma diz, não para aceita-lo
como uma fatalidade, mas para domestica-lo e transforma-lo”. Ao perguntar a um médico que fez
análise com Lacan se isso mudou sua visão da medicina, ele responde: sim, não pude mais praticar”.

Ao apresentar estudos de casos, ele não tentava enquadrar o paciente em um diagnóstico, mas ouvir
a singularidade de cada um.

Ele estava no presente e um passo à frente.

AULA 1 - INTRODUÇÃO

Quebrar os preconceitos para com a psicanálise. Ninguém nunca disse que a análise tem que ser 5x
por semana, e Lacan dizia que o psicanalista tem que alcançar a subjetividade da sua época (da
nossa, psicanálise online). A psicanalise não tem estilo, tem alicerce teórico, quem tem estilo é o
psicanalista.

Como posso ser hipócrita em querer que o outro saiba a sua verdade se eu não sei a minha?

As verdades são provisórias até que encontramos um nova. Nós nos reinventamos o tempo todo.

Pilares fundamentais: associação livre, transferência (tudo que o paciente traz não é para nós,
terapeutas, é para quem nós representamos + o que o paciente causa em nós (não gosto dele = o
que ele diz que eu não quero ouvir em mim ou gosto do que o paciente fala = mas por que?) e ato
analítico (o paciente precisa perceber uma mudança na própria vida, caso contrário não é análise,
pois depois que o véu cai não tem mais como voltar atrás, ai você vai ter que se implicar, assumir a
responsabilidade, “o que te faz permanecer ali?”, a partir dai não podemos culpar ninguém) + ato
falho e sonhos.

Tudo que foi falado em analise será usado contra você, a seu favor;

O inconsciente é constituído de linguagem, mas a linguagem não da conta de tudo e onde não se
dá conta é onde criamos um sintoma, angustia e então precisamos criar uma outra forma de dizer
o indizível.

Falou é material de análise: o silencio pode ser uma fala (o que está difícil, elaborar, contar, ouvir,
definir?); na analise todo objeto tem uma representação, o individuo quer a representação e não o
objeto.

No documentário cada paciente de Lacan, conhecia um Lacan diferente, o fato de que com um ele
tomava todo dinheiro, com outro deixava a porta aberta ou atendia o telefone... cada um precisava
de algo diferente.

Não trabalhe por dinheiro, mas por amor. Negociar o valor.

A abordagem da conta de todos os pacientes, mas nem todo paciente dá conta da abordagem.
As pessoas tem medo de perder, mas ninguém perde o que escolhe largar.

AULA 2 – TRIPÉ

PARA SER ANALISTA É PRECISO SUSTENTAR O MEU DESEJO NO TRIPÉ DA FORMAÇÃO.

1- ANÁLISE PESSOAL: é a analise pessoal que me leva a conhecer-me, sustentar a minha


verdade (nosso jeito de ser) lembrando do rigor teórico, com limites. Que me leva a
reconhecer minhas particularidades como psicólogo. (o rigor técnico é o analista que
sustenta, são coisas que estão acontecendo em análise: ato analítico – mudança de ser e
estar no mundo, transferência e associação)
Uma análise deve ser buscada para se conhecer saber da própria verdade e se livrar, dentro
do possível de inibições, sintomas e angustias. (percurso da análise, que antes de propor
esse percurso para o paciente, temos que ter percorrido esse caminho nós mesmos).
A análise terapêutica vai se revelar enquanto possibilidade de um fazer-se analista a
posteriore. Foi tão singular e valiosa para alguns que buscam um percurso de formação
para devolver o que encontraram.

2- TRANSMISSÃO DA TEORIA: não existe uma coisa que certifique um analista, não é apenas
um diploma. Se forma no encontro com os outros e não sozinho.
A partir do encontro com o desejo e a autorização de si mesmo, neste percurso ético, é
imperativo que aconteça a troca entre pares: grupos de estudo, carteis, seminários e
encontros (CIRCULAR O CONHECIMENTO, COMPARTILHAR).

3- SUPERVISÃO: a gente não leva o paciente para supervisão, levamos a nossa dúvida, pois as
perguntas que o supervisor faz, vai dizer do meu manejo. É para tirar dúvidas do que eu
estou fazendo e não para saber o que preciso fazer.
CADA UM É RESPONSÁVEL POR SUA FORMAÇÃO, QUANDO ESCOLHE UM PERCURSO, UM
SUPERVISOR, UM ANALISTA, UM TEXTO.

O PASSE: (noção de passe) o relato de um sujeito que diz ter chegado ao fim de sua análise é preciso
ser compartilhado com o todo, para que outros aprendam. A análise tem fim no momento, mas o
real trás outros conteúdos que convocam a nós para um novo início.

(Dispositivo de passe) instrumento de qualificação do analista- Lacan considera isso um desastre.

Ser analista, é se autorizar a ocupar uma posição discursiva que é o desejo do analista.

A PESSOA QUE NÃO DÁ CONTA DO DESEJO, ESTÁ SEMPRE PLANEJANDO E NUNCA FAZ. QUEM DÁ
CONTA SE OCUPA E FAZ.

AULA 3 – A PULSÃO (fronteira entre biológico e psicológico)

Pulsão é o encontro da necessidade de satisfação + experiencia de satisfação, que vai ser marcada
pela intensidade desse encontro e que vai inscrever no sujeito o princípio de prazer.
Para fazer parte da cultura o sujeito deve abrir mão de uma parte do prazer. A cada perda de objeto
eu estou sendo castrada.

A cada experiencia busco o prazer da primeira experiencia, e essa impossibilidade marca a castração.

PULSÃO DE VIDA = demanda interna que nos leva a buscar o prazer, quando estamos investidos em
um projeto estamos investindo libido nele e retirando de outros projetos.

PULSÃO DE MORTE = busca do isolamento, destruição e morte. (sujeito que tira prazer de onde
existe o perigo.

Como foi inscrito no sujeito uma experiencia de prazer? Isso defino porque alguns sentem prazer na
dor.

O NOSSO PRIMEIRO DESEJO DE SATISFAÇÃO É UM DESEJO DE MORTE... pois o momento que


desejamos voltar, no útero, um momento de ausência de necessidade só pode ser encontrado na
morte.

A PULSÃO POSSUI: Todo estimulo tem uma fonte endógena com uma representação erógena.
Finalidade: redução do desprazer/ satisfação. Não existe um objeto que de conta da pulsão, pois no
momento que se alcança a meta muda.

Submetidas às influencias de três grandes polaridades: 1. Atividade – passividade; 2. Eu – mundo


exterior; Prazer – Desprazer.

Uma pulsão jamais será recalcada, somente seu representante. (A pulsão eu não recalco, ela é voraz,
mas um sujeito que quer o peito da mãe pode substituir por cigarro, álcool).

A pulsão pode te consumir: decifra-me ou te devoro. (a força pulsional pode levar ao suicídio). A
pulsão é voraz.

A pulsão exerce uma pressão constante e sempre ativa, mesmo quando se posiciona passivamente
(a energia para não fazer é imensa).

As pulsões sexuais passam por 4 destino: (SUBJETIVIDADE E NÃO UMA DOENÇA)

1- REVERSÃO EM SEU OPOSTO: VOCÊ SE IDENTIFICA NO SEU OPOSTO. “eu não gosto de ser
julgada, eu gosto de julgar”.
- Sadismo e masoquismo/ voyerismo e exibicionismo.
Toda vez que escuto um discurso tenho que verificar a reversão em seu oposto e se ele
não está voltando para a pessoa.
2- RETORNO EM DIREÃO À PROPRIA PESSOA:
3- REPRESSÃO (resistências): mecanismo de defesa do Ego. Para não se deparar com a
castração e com a angustia provocado pelo desejo (ID) e os compromissos civilizatórios
(SUPEREGO) o sujeito sintomatiza. (Pulsão fica de satisfazendo da repetição do sintoma).
A pulsão inscreveu esse corpo. Esse sintoma para não se deparar com o conflito é como
um acordo com o verdadeiro objeto e uma distração (um atalho de desvio de energia, uma
gambiarra pulsional).
4- SUBLIMAÇÃO: simbolização é encontrar na linguagem uma nova possibilidade e para isso é
preciso criar. Uma pulsão é sublimada quando deriva para um alvo não-sexual.
SUBLIMAÇÃO É NA ARTE QUE APARECE. EU ME DESTACO/ DISTANCIO DO OBJETO.
Para entender sublimação, assistir: Helena.

USO DE DROGAS É QUANDO A PULSÃO SE VOLTA CONTRA O SUJETIO, A DROGA NÃO É MAIS
O OBJETO DO SUJEITO É O SUJEITO QUE É O OBJETO DA DROGA.

COMO ESCUTAR ALGO QUE NEM A PESSOA SABE QUE DIZ?

Repetição:

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