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RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
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Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso “Engenharia Civil” e foi apresentado ao final do
curso de Engenharia Civil sob a orientação do Prof. Dr. Iury Sousa e Silva e Prof. Roberto Luiz Frota de
Menezes Vasconcelos.
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Técnico em Edificação, graduando em Engenharia Civil, com experiência em obras viárias, de infraestruturas e
prediais. E-mail: anderson.gadelha@hotmail.com.
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1 INTRODUÇÃO
implantados até o presente momento para a mitigação desse problema baseado na Engenharia
de Tráfego.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Minas Gerais (889). Esse percentual mostra que o estado de Pernambuco apareceu muito
acima da média brasileira que foi de 449 casos (ONSV, 2015).
O baixo nível educacional e a falta de informação, são um dos principais fatores
que agravam a violência no trânsito, sendo vista, até, como um problema de saúde pública,
social e econômico, gerando uma sobrecarga de responsabilidade aos órgãos públicos
executivos, uma vez que existe a necessidade de atuar em prol de melhorias na fiscalização,
engenharia, educação, e também na implementação de políticas públicas específicas para o
tratamento de problemas relacionados à temática (KOIZUMI, 1985).
O desmedido número de acidentes ligados à motocicleta por vezes é associado à
sua grande exposição frente aos demais veículos, proporcionando uma ampla possibilidade de
resultar na ocorrência de acidentes com alta gravidade. Todavia, existem outros fatores –
consumo de bebidas/álcool, distração, desatenção, fadiga – que acentuam o risco e reduzem a
habilidade dos motoristas (DA SILVA et al., 2017).
Dados estatísticos do IPEA (2015) apontam que entre 61% a 82% dos acidentes
envolvendo motociclistas geram vítimas, para automóveis esse valor gira em torno de 7%,
evidenciando a problemática dos acidentes com motocicleta. A previsão que a OMS deu para
2020 é de que o número de óbitos atinja 2,3 milhões, sendo considerada a sexta causa de
morte em todo o mundo (MORAIS NETO et al. 2012, p. 2224).
De acordo com o especialista em transportes e segurança do trânsito, Horácio
Augusto Figueira, “no mundo todo, independentemente de quem seja o condutor, o risco de
acidente grave com motocicleta é cinco a dez vezes maior do que com um veículo de quatro
rodas” (PEREIRA, 2018).
Miziara et al. (2014) afirma que a grande frota de motocicletas, está relacionado
aos altos índices de mortalidade (50% de todos os acidentes fatais entre os acidentes de
trânsito) tanto de pilotos como de passageiros, mostrando a grande vulnerabilidade deste meio
de transporte e de trabalho.
Diante disso, em 11 de maio de 2011, a ONU deliberou a Década de Ação para
Segurança no Trânsito, cujo objetivo do movimento internacional é estimular a participação
da população, empresas, governos e entidades para colocar em pauta, a atenção que todos
devem ter com o trânsito.
No Recife, em 2014, ano em que foi criado o Movimento Maio Amarelo, houve
uma preocupação devido ao crescimento anual na quantidade de motocicletas. Segundo
informações mais recentes do Departamento Nacional de Trânsito, dos mais de 687 mil
veículos registrados em 2019 na cidade do Recife, a frota de motocicletas era de 150.782, um
aumento de 17,97% desde a criação da campanha (figura 2).
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Diante disso, com base nos dados apresentados, a relação entre o número de
motocicletas e os acidentes envolvendo veículos dessa categoria questionada no início deste
estudo, cabe ressaltar que um dos maiores desafios ainda é a segurança dos usuários
historicamente mais vulneráveis – pedestres e ciclistas – acompanhados dos usuários de
motocicletas, que estão diretamente ligado ao crescimento da frota de motocicletas.
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De acordo com a CTTU, em 2018, 71,43% dos acidentes com vítimas fatais
tinham motocicletas envolvidas, um aumento de 43,22% em comparação a 2017. Pensando
nisso, o Departamento de Trânsito de Pernambuco (DETRAN/PE) tem investido no
monitoramento do tráfego da cidade, observando desde a falta do uso do capacete, ao uso de
calçados inadequados, além de promover constantemente blitz educativas nas principais vias
da cidade do Recife, conduzidas pela turma do Fom-Fom e pelos agentes do Programa de
Educação de Trânsito e apoiadas pelo Batalhão de Polícia de Trânsito do estado (BPTrans),
Operação Lei Seca, DPVAT, Honda e Universidade de Pernambuco (UPE).
A Lei Seca é outra medida aplicada na diminuição de acidentes de trânsito.
Segundo dados do governo federal, no primeiro ano de vigência, o número de mortes caiu em
10% em todo o país.
Seguindo esse foco, em 2015, a prefeitura da cidade de São Paulo, por exemplo,
realizou algumas mudanças no trânsito como a diminuição da velocidade máxima permitida
em rodovias como as marginais Pinheiro e Tietê. Pensando nisso, o site da UOL consultou o,
então, pesquisador de mobilidade urbana e professor de Engenharia Automotiva da
Universidade Mackenzie de São Paulo, Luiz Vicente Mello, e a Companhia de Engenharia de
Tráfego de São Paulo (CET-SP), para apontar algumas verdades e mitos sobre essas medidas.
Segundo Mello, a diminuição do número de veículos nas vias é uma consequência
na diminuição da velocidade máxima permitida nelas. O professor afirma, ainda, que o
impacto não é muito relevante nos horários de pico, pois a grande quantidade de veículos
naturalmente manterá um fluxo mais lento, no entanto, fora desses horários, “a velocidade
menor aumenta o tempo de reação dos motoristas e, assim, tende a melhorar mais a segurança
do que a fluidez". De acordo com o CET-SP, "algumas experiências mostram que também há
impacto positivo no fluxo de veículos, pois a redução da velocidade máxima pode aumentar a
velocidade média dos carros" (PADRÃO, 2015).
Ainda assim, o especialista multidisciplinar em trânsito, Celso Mariano, afirma
que mesmo neste ano de 2020, quando se encerra a Década de Ação pela Segurança no
Trânsito, não terá como saber exatamente os resultados brasileiros:
“Como não dispomos de agilidade na disponibilização de dados estatísticos,
acabamos sempre por olhar para um cenário do passado, o que complica para termos
análises esclarecedoras. No momento, por exemplo, o dado mais atual do Datasus,
nossa fonte oficial, é de 2017. Neste ritmo, vamos ficar sabendo se cumprimos ou
não a meta lá pelo fim de 2022 ou meados de 2023. Mas acho pouco provável que,
quando estivermos vivendo os dias do ano 2023, estejamos comemorando ‘meta
cumprida’, junto à OMS” (BATISTA, 2020)
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Mariano cita, ainda, que cidades como Rio Branco, Belo Horizonte, Aracaju,
Curitiba, Porto Alegre e Salvador devem alcançar a meta de redução em até 50% da meta
estipulada pela campanha.
5 CONCLUSÃO
aumento percentual da frota, que vão desde a criação do Comitê Estadual de Prevenção aos
Acidentes de Moto (CEPAM) cujo objetivo é combater o crescente índice de acidentes com
esse tipo de veículo que causam sequelas psicológicas, incapacidades e até vítimas fatais,
impactando economicamente o sistema de saúde pública, como também ações de intervenções
urbanas através da CTTU.
Assim, faz-se necessário um estudo para apontar melhor as soluções para os
problemas de mobilidade urbana, como também a carência na prática de engenharia do
tráfego, observando cidades como Fortaleza, onde demostrou ser uma excelente saída para os
problemas urbanísticos. Afinal, nada se deriva de um único fator, quando as características
dos acidentes motociclísticos são decorrentes de múltiplas circunstâncias.
RESUMEN.
PALABRAS-CLAVE.
REFERÊNCIAS
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