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AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE
PINTURA DE DEMARCAÇÃO VIÁRIA HORIZONTAL
EM TRECHOS DA BR-287 E
RS-509.
2015
2
Por
Elaborada por
Eduardo Martins Renz
________________________________
Luciano Pivoto Specht, Dr.
(Presidente/Orientador)
________________________________
Carlos José Antônio Kümmel Félix, Dr.
_______________________________
Magnos Baroni, Me.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................ 11
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13
1.1 Justificativa ......................................................................................................................... 16
1.2 Objetivos............................................................................................................................. 17
1.2.1Objetivos Gerais ............................................................................................................... 17
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 17
1.3 Organização do trabalho ..................................................................................................... 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 19
2.1 Sinalização Viária ............................................................................................................... 19
2.1.1 Sinalização Semafórica.................................................................................................... 20
2.1.2 Sinalização Vertical ......................................................................................................... 23
2.1.3 Sinalização Horizontal..................................................................................................... 24
2.1.3.1. Dispositivos auxiliares ................................................................................................. 25
2.2 Demarcações viárias ........................................................................................................... 27
2.2.1 Padrões ............................................................................................................................ 27
2.2.1.1 Formato ......................................................................................................................... 27
2.2.1.2 Coloração ...................................................................................................................... 28
2.2.1.3 Dimensões .................................................................................................................... 29
2.2.2 Classificação .................................................................................................................... 30
2.2.2.1 Marcas Longitudinais ................................................................................................... 30
2.2.2.2 Dispositivos de Canalização permanente ..................................................................... 31
2.2.2.3 Marcas Transversais ..................................................................................................... 32
2.2.2.4 Inscrições no pavimento ............................................................................................... 34
2.2.3 Materiais .......................................................................................................................... 35
2.2.3.1 Tintas ............................................................................................................................ 36
2.2.3.2 Termoplásticos ............................................................................................................. 37
2.2.3.3 Elastoplásticos .............................................................................................................. 38
2.2.4 Propriedades: ................................................................................................................... 40
2.3 Retrorrefletividade .............................................................................................................. 41
2.3.1 Fenômenos Óticos ........................................................................................................... 41
12
1. INTRODUÇÃO
foram avaliados como Ótimo (11,7%) ou Bom (21,0%), mostrando que, em 31.617 km da
extensão os sinais indicativos de faixas centrais ou laterais e as placas trazem informações
adequadas aos usuários, resultando em maior segurança e agilidade ao tráfego.
Porem 33,2% (32.145 km) da extensão, a sinalização foi classificada como regular.
A sinalização é ruim em 21,1% da extensão e péssima em 13%. Nestes 32.952 km (34,1%), a
sinalização não cumpre sua função, o que se deve ao fato de as pinturas das faixas centrais e
laterais em sua maioria estarem desgastadas ou inexistentes em boa parte da extensão
pesquisada.
A World Health Organization (WHO, 2004) estima que em 2020 os acidentes de
transito serão a terceira maior causa de mortes no mundo, saltando do nono lugar ocupado em
pesquisa realizada em 1990, perdendo apenas para doenças cardíacas e para a depressão.
Dentre as inúmeras causas dos incidentes nas rodovias, a Associação Portuguesa de
Sinalização e Segurança Rodoviária (AFESP, 2010) alerta que a cada cinco acidentes
rodoviários, um é causado por problemas na sinalização.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN, 2007) define a sinalização horizontal
como sendo um subsistema da sinalização viária constituída de marcas, símbolos e legendas
colocados sobre o pavimento. Também indica que a mesma deve ser reconhecida e
compreendida por todo o usuário, independentemente de sua procedência, frequência com que
usa a via, condições do clima e horário do dia.
Segundo o diagnóstico de acidentes no trânsito de 2013 do Detran, no Rio Grande do
Sul, o número de acidentes fatais envolvendo pedestres nas rodovias gaúchas em 2013 que
15
ocorreram no período noturno (noite e madrugada) chega a 52% dos acidentes registrados,
como mostra a Figura 3. Mesmo com o tráfego sendo muito menor nestes horários, a
periculosidade aumenta graças à falta de visibilidade dos usuários da via.
sua fonte. A Figura 4 demonstra duas faixas (dupla continua), a da direita com material
retrorrefletivo e da esquerda sem.
.
Figura 4 - Faixas com e sem retrorrefletividade
Fonte: Moreira e Menegon (2003)
1.1 Justificativa
Estudos tem mostrado que 99% das informações recebidas pelo ser humano são
captadas através da visão. Sendo assim, a integridade da sinalização – vertical e horizontal –
precisa estar de acordo com a necessidade dos condutores.
17
Segundo Moreira e Menegon (2003), para que uma sinalização horizontal cumpra com
eficiência o seu papel, deve possuir os seguintes requisitos:
- Atrair a atenção do motorista;
- Impor respeito ao usuário;
- Transmitir uma mensagem simples e inequívoca;
- Ser vista, de modo a permitir que o usuário da via execute a manobra com segurança.
A falta de sinalização, ou a má projeção desta, tem repercussão direta e imediata em
um fator da circulação de veículos: os acidentes de trânsito. Dentro da engenharia de tráfego,
este é considerado um problema de primeira magnitude, visto que envolve risco de vida.
O tema deste trabalho surgiu da observação de uma série de acidentes no local e a
observação da precariedade da sinalização no período noturno. Sendo assim, faz-se necessário
um estudo para analisar as condições da sinalização pelos critérios da norma e determinar o
real estado da mesma.
1.2 Objetivos
1.2.1Objetivos Gerais
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
desfavoráveis, onde muitas vezes se torna o único meio de direção do condutor, a sinalização
horizontal mostra-se uma essencial parte da segurança de motoristas e pedestres no uso da via
(European Co-operation in the field of scientific and technical research – COST, 1999).
Assim como a sinalização vertical, a sinalização horizontal também é classificada
segundo a sua função:
• Ordenar e canalizar o fluxo de veículos;
• Orientar o fluxo de pedestres;
• Orientar os deslocamentos de veículos em função das condições físicas da via, tais
como geometria, topografia e obstáculos;
• Complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação,
visando enfatizar a mensagem que o sinal transmite;
• Regulamentar os casos previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Por estar no centro do campo visual do motorista, este não precisa desviar a atenção
para ver e interpretar a mensagem. Outra vantagem desse tipo de sinalização é que em
comparação com a sinalização vertical, ela recebe uma quantidade de luz muito maior (cerca
de 1000 vezes mais) de luz dos faróis dos veículos, tornando-se a mais visível e legível no
período noturno. Porém a sinalização horizontal apresenta menor durabilidade, principalmente
quando submetida a tráfego intenso, e a falta de visibilidade quando existe neblina, pavimento
molhado ou tráfego intenso.
Em algumas situações a sinalização horizontal pode vir a atuar por si só, como
controladora de fluxos, podendo vir a ser complementada com dispositivos auxiliares.
• Tachas: podem ser com elemento refletivo em só uma face (mono direcional)
aplicadas no eixo, com a função de separar faixas com o mesmo sentido ou refletiva nas duas
faces (bidirecional) aplicadas no bordo e no eixo, separando faixas de sentidos opostos;
• Tachões: além de delineador em trechos com muita neblina ou com alto índice
pluviométrico, são muito utilizados, devido as suas dimensões, como canalizadores,
conferindo desconforto ao motorista quando transposto.
Sobre as cores dos dispositivos auxiliares (Figura 7), Miles et al. (2007) informa que
as cores empregadas são amarelo para a faixa de eixo e branco para as demarcações de bordo;
vermelho para faixa de sentido oposto de forma a indicar a direção errada; e azul para
localização de hidrantes.
27
2.2.1 Padrões
2.2.1.1 Formato
De acordo com o CTB (2008) os traçados são separados nos seguintes padrões:
28
2.2.1.2 Coloração
2.2.1.3 Dimensões
2.2.2 Classificação
O CONTRAN (2007) nos fala que as marcas longitudinais são utilizadas para separar
e ordenar as correntes de tráfego. Define a parte da pista que se destina aos veículos, a divisão
da via em faixas de mesmo sentido, fluxos opostos, faixas de uso exclusivo ou preferencial de
veículos específicos, as faixas reversíveis, e ainda estabelecem as regras de ultrapassagem e
transposição.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER, 2006) classifica as
marcas longitudinais de acordo com sua finalidade, são elas, linhas de divisão de fluxos
opostos, linhas de divisão de fluxo de mesmo sentido e linhas de bordo. Esses mesmos três
tipos são explicados pelo CONTRAN (2007) em seu Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito como:
• Linhas de fluxos opostos: divide fluxos opostos de circulação, delimitando o espaço
disponível para cada sentido e regulamentando trechos em que a ultrapassagem e os
deslocamentos laterais são proibidos para os dois sentidos, exceto para acesso a imóvel
lindeiro. Com coloração amarelada, deve ter a largura definida em função da velocidade
regulamentada na via conforme a Tabela 3.
seja imposto. Sempre na cor branca, precisa estar localizado a fim de propiciar maior
segurança para os ciclistas, e orientá-los quanto às trajetórias a serem obedecidas.
2.2.3 Materiais
VDM
1000 a 3000 1000 a 3000 3000 a 10000 3000 a 10000 3000 a 10000
(veic/faixa/dia)
Durabilidade
24 12 24 12 36 24 24
(meses)
Fonte: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG, 2006)
36
2.2.3.1 Tintas
O DNER (2006) define tinta como uma mistura de ligantes, partículas granulares
com elementos inertes, pigmentos e seus agentes dispersores, microesferas de vidro e outros
componentes que propiciem ao material qualidades que atendam à finalidade a que se destina.
As tintas são compostas por uma material base (ligante) que forma o corpo da tinta,
um solvente para dar trabalhabilidade e por pigmentos que conferem a cor desejada ao
material. No Brasil, as tintas são classificadas somente pelo material base, podendo ser de
resina acrílica, à base de resina natural e /ou sintética e ainda à base de água. Os dois
principais grupos são:
• Tintas à base de solvente: Pelo seu tempo de secagem rápido, baixo custo e a
possibilidade de aplicação nos mais diferentes ambientes, a tinta a base de solvente durante
anos foi o material mais utilizado nas pinturas de demarcação. Porém, em estudos recentes,
foi descoberto que tal material era extremamente danoso ao meio ambiente, isso somado ao
fato de sua durabilidade reduzida quando exposta ao volume de tráfego elevado e a descoberta
de materiais mais “limpos” e duráveis fez com que esta tinta, ainda bastante utilizada,
começasse a perder mercado. São geralmente aplicadas quentes, e sobre pressão por algum
equipamento do tipo “spray” para que seu tempo de secagem seja reduzido, suas
características são dadas em função do tipo de material usado como resina, que podem ser
resinas alquídicas, acrílicas (mais utilizada no Brasil), e poliolefinas ou borracha clorada
(HACKER, 2005).
• Tinta à base de água: De acordo com o Center of Transportation Research and
Education (CTRE, 2001) essas tintas mesmo tendo apresentado pouca durabilidade perante o
tráfego intenso, também se apresentaram bem menos prejudiciais ao meio ambiente já que
possuem menos compostos orgânicos voláteis (COV). Mesmo não podendo ser considerado
um material de alto desempenho, tem grande utilidade para vias de baixo movimento devido
ao seu preço acessível. Tem restrições conforme temperaturas baixas, já que como precisa que
a água que funciona como solvente precisa evaporar, pode vir a precisar de equipamentos
aquecidos para transporte e aplicação.
37
2.2.3.2 Termoplásticos
2.2.3.3 Elastoplásticos
aditivos. A aplicação pode ser realizada a quente (Figura 11) ou a frio (Figura 12). Quando
aplicadas a quente (permanente), o tráfego pode ser liberado mais rapidamente do que a frio.
Em conseqüência disso, exige equipamentos e mão-de-obra qualificados, já que para uma boa
aderência, a temperatura do material precisa ficar em torno de 190ºC. Já quando aplicado a
frio (temporária ou permanente), essa ação é eliminada do processo, onde é utilizado um
adesivo com solvente e a aderência é conseguida através da pressão exercida dobre a película
no pavimento.
2.2.4 Propriedades:
2.3 Retrorrefletividade
São normalmente fabricadas com vidro tipo soda-cal-sílica, com teor de sílica
superior a 65%. A sucata de vidro plano é moída e submetida a elevadas temperaturas (cerca
de 1200ºC), com velocidade controlada, em fornos verticais com correntes ascendentes de gás
aquecido, por tensão superficial, vão se tornando esféricas (SCHWAB, 1999). Pike (2005)
complementa informando que a quantidade de luz refletida de volta à fonte depende de
algumas características da esfera, são elas: índice de refração (mínimo 1,5), forma, tamanho,
43
Os tipos II e III podem ser aplicados por simples ou dupla aspersão de acordo com o
tipo de equipamento que será utilizado. Quando na dupla aspersão, dois “bicos” expargidores
aplicam o material sobre a tinta, isso elevará a retrorrefletividade da demarcação.
2.3.2.2 Ancoragem
Schawab (1999), diz que o ideal de ancoragem das microesferas de vidro é de 60%
do seu diâmetro. Isso é explicado pelo fato de que a luz incidente, ao penetrar no material, em
razão das características ópticas das esferas, adquire a forma de um semicírculo luminoso, que
tem seu topo em torno de 60% do diâmetro da esfera. Logo, quanto mais próximo desse valor
for a ancoragem das microesferas, o valor da retrorrefletividade fornecido pela demarcação
será maior , conforme mostra a Figura 16.
Um estudo realizado por Schwab (1999) sobre a taxa ideal de microesferas a serem
aplicadas no drop-on, utilizando tinta acrílica e com a adição de microesferas do tipo II-A, a
Figura 17 nos mostra o resultado.
46
Pode ser percebido no gráfico, que as taxas mínimas e máximas para que se alcance o
máximo de retrorrefletividade são, respectivamente, 237g/m³ e 295g/m². Valores que sejam
inferiores a estes não apresentam uma capacidade retrorrefletiva satisfatórias. Caso haja taxas
muito elevadas, também não são interessantes, pois isso acarreta em uma sobreposição das
esferas dificultando a retrorreflexão. Em 1992, a ABNT indicava uma taxa de 250g/m², o que
segundo o estudo, seria ideal. Porem, três anos depois, essa taxa foi ampliada para 350g/m²,
valor que segundo o exemplo seria inadequado.
O DER-MG (2006) faz alusão a uma taxa de micro esferas do tipo I para premix de
200g/l, já para o drop-on a quantidade de microesferas tipo II, deve estar entre 250 e 300g/m².
Já para o DNER (2000) a taxa para drop-on é de 200 a 250g/l e para premix de 200g/m² a
400g/m².
Kopf (2004) diz que os principais elementos responsáveis por dar retrorrefletividade à
demarcação viária são as micresferas e esferas de vidro. Logo, a retirada de tal material acaba
sendo o fator mais crítico no decréscimo da propriedade ao longo do tempo.
47
2.4.1.1 Unidades
2.4.1.2 Equipamento
na edição seguinte que a superfície precisa estar livre de pedras, umidade ou resíduos capazes
de comprometer a medição as duas se equivalem na preparação da superfície.
Já em relação ao procedimento são encontradas algumas diferenças, principalmente
de acordo com o tamanho do trecho a ser determinada a retrorrefletividade. Na norma atual,
constam diferentes maneiras de determinação das estações de medição para trechos de até
300m de demarcação, trechos entre 300m e 10 km de demarcação e trechos com mais de 10
km de demarcação.
Para tal tema, existem também opiniões técnicas de alguns autores, porém a
disparidade de valores limites é bem grande, assim como a disparidade nos limites para
substituição dos materiais e da marcação viária.
Segundo Moreira e Menegon (2003), os índices mínimos para a retrorrefletização
inicial deverá ser de 250 mcd.m‾².lx‾¹ e 150 mcd.m‾².lx‾¹, para as cores branca e amarela
respectivamente.
No caso de sinalização provisória, os autores afirmam que o valor mínimo passará a
ser de 150 mcd.m‾².lx‾¹ para a cor branca e 100 mcd.m‾².lx‾¹ para a cor amarela.
Quando se tratar de retrorrefletividade residual para repintura, Moreira e Menegon
(2003) dizem ser de 80 mcd.m‾².lx‾¹. Abaixo disso a sinalização deverá ser refeita.
Sobre a espessura da demarcação horizontal, alegam:
“É recomendável que a espessura da demarcação horizontal seja
medida em amostra coletada em folha de flandres, a cada 5 km de
aplicação, logo após sua secagem ou cura, utilizando um relógio
comparador ou outro equipamento adequado.
Quando se tratar de aplicação de tinta, a espessura úmida pode ser
obtida durante a execução da sinalização, com o chamado pente
medidor de espessura. (MOREIRA e MENEGON, 2003, p. 76).”
Em outra pesquisa, Debaillon e Carlson (2007 apud SALLES, 2011, p. 59),
concluíram em seus estudos que as taxas e tachões na sinalização horizontal, quando
utilizados em quantidades significativas e estejam em um estado de conservação adequado,
diminuem a necessidade de marcas retrorrefletivas. A Tabela 9 a seguir, elaborada pelos
próprios autores, leva em consideração também a velocidade máxima da via.
1
= (1)
0+ 1 + 2
Segundo Bahar et al (2006 apud SALLES, 2011, p.64), os conjuntos de hipóteses são
criados considerando diversos fatores, entre eles os de maior relevância são: tipo de
55
3 METODOLOGIA
Os segmentos que foram avaliados estão situados na região central do estado do Rio
Grande do Sul, dentro do perímetro urbano da cidade de Santa Maria, mais precisamente na
rodovia BR-287 entre os entroncamentos com a RS-509 e BR-158 com jurisdição do
Departamento Nacional de infra-estrutura de Transportes (DNIT) e na rodovia RS-509, entre
os entroncamentos com a BR-287 e a BR-158, com jurisdição do Departamento Autônomo de
Estradas de Rodagem (DAER), rodovias que ligam o Bairro Camobi ao centro da cidade de
Santa Maria. Tais trechos são de suma importância, já que fazem a ligação da Universidade
Federal de Santa Maria, com mais de 20mil alunos, além de servidores e professores e da
Base Aérea de Santa Maria que tem um efetivo de mais de 1,4mil pessoas.
A localização do segmento de estudo pode ser conferida na Figura 21:
3.3 Levantamentos
estações da maneira proposta pela norma vigente ABNT NBR 14723-2013, e também sua
verão anterior ABNT (2005). Em cada estação de medição foram aferidas dez medidas, cada
vez distanciando em torno de 30 centímetros para a próxima aferição. Todas as medições
realizadas foram realizadas durante o dia, com o tráfego desviado e utilizando todas as
considerações que constam nas normas já citadas.
3.3.1 Retrorrefletômetro
4. RESULTADOS
LBE LC
61
LBE LC
62
LBE LC
63
LBE LC
Tabela 15 - Tabela para os dois trechos de acordo com a NBR 14723 (2013)
RETRORREFLETIVIDADE NO TRECHO - PONTOS 2, 5, 7
LEVANTA
TRECHO GEOMETRIA LBE LC LBD
MENTO
BR-287 1 15 38,00 57,15 24,86
BR-287 2 15 30,19 52,32 24,41
BR-287 3 15 29,04 47,59 23,08
BR-287 1 30 11,65 18,56 9,56
BR-287 2 30 9,10 15,20 8,09
BR-287 3 30 11,24 16,87 8,08
RS-509 1 15 52,51 47,07 50,07
RS-509 2 15 45,91 43,45 49,54
RS-509 3 15 44,34 41,56 48,00
RS-509 1 30 11,36 19,68 20,55
RS-509 2 30 14,31 18,41 20,65
RS-509 3 30 15,56 14,06 19,11
A partir das dos dados já mostrados, foram realizadas diversas correlações entre os
mesmos e outros parâmetros, para efetuar diferentes possibilidades de análise dos resultados.
Lembrando que segundo o DNIT, para a geometria de 15 metros a retrorrefletividade residual
mínima é de 80mcd/lux/m².
A primeira coisa que se nota ao analisar os gráficos são os valores realmente baixos
para a retrorrefletividade encontrada nos dois trechos. Como citado anteriormente, o DAER
nos fala em retrorrefletividade residual mínima de 130mcd/lx/m² para as rodovias gaúchas e o
DNIT em 80mcd/lx/m². O que também é de fácil identificação é a disparidade entre os valores
do mesmo trecho para diferentes geometrias. Os valores para a geometria de 15 metros são
em média 65% maiores do que os apresentados pela geometria de 30m, ou seja 2,85 vezes
maiores.
O resultado apresentado na avaliação com geometria de 15 metros tem um
decréscimo bem perceptível ao longo do tempo, o que não se observa quando a geometria
utilizada é a de 30 metros. Isso ocorre justamente pela diferença dos valores encontrados.
Quando os valores encontrados são maiores, a diferença entre eles também é maior. Como os
valores para a geometria de 30 metros são muito baixos, o equipamento faz uma leitura dentro
de uma faixa de retrorrefletivide, que mesmo com o passar do tempo, como já estão em um
patamar muito baixo acabam não variando mais, ficando novamente dentro de tal faixa de
retrorrefletividade.
Considerando a geometria de 15 metros, utilizada na norma nacional, o maior
decréscimo de retrorrefletividade no decorrer dos nove meses nos dois trechos, foi a linha de
bordo esquerda, onde na BR-287 teve uma queda de 23,6% e na RS-509 a queda foi de
15,6%. A linha que menos sofreu durante o período de estudo também foi a mesma para os
dois trechos, a linha de bordo direito teve uma queda de 7,1% e 4,1% em sua
retrorrefletividade para a BR-287 e RS-509 respectivamente. A linha de eixo teve uma queda
na retrorrefletividade de 16,7% na BR-287 e 11,7% na RS-509.
67
90
80
70
60
mcd/lux/m²
26/09/2014
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12/04/2015
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mcd/lux/m²
26/09/2014
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6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAHAR, G. et al. Pavement marking materials and markers: real-world relationship between
retroreflecivity and safety over time. National Cooperative Highway Research Program,
Transportation Reasearch Board, Toronto, 2006, 194 p.