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FICHAMENTO

CURSO: PSICOLOGIA 1º SEMESTRE


ALUNA: ERIKA C. P. DE SOUZA
PROFESSORA: DANIELLE ZUMA CAPELLANI
DATA: 14/11/2019

BÖING, Elisangela; CREPALDI, Maria Aparecida. O psicólogo na atenção


básica: Uma incursão pelas políticas públicas de saúde brasileiras.
Psicologia Ciência e Profissão, 2010, 30 (3), p. 634-649

A pesquisa proposta por Boing; Crepaldi (p.635) tem por objetivo identificar na
legislação federal de saúde, em que medida e de que forma as políticas
públicas contemplam a atuação do psicólogo na atenção básica no Brasil,
ampliando a compreensão da inserção dos psicólogos no Sistema Único de
Saúde (SUS).

Na citação mostra claramente o objetivo do artigo em análise que é mostrar


legislação, políticas públicas e o papel do psicólogo nesse contexto. Pensando
nisso Ofereço como Projeto de Pesquisa o seguinte tema: Os desafios e as
oportunidades na inserção do profissional dos psicólogos no Sistema Único de
Saúde (SUS).

Concluiu-se que a configuração das políticas de saúde não favorece a


efetivação de uma atuação do psicólogo condizente com as demandas
da atenção básica. Entende-se que o SUS deveria contar com
psicólogos nas unidades locais de saúde, inseridos nas equipes de
saúde da família que desenvolvessem trabalho interdisciplinar voltado
para a atenção integral, e com psicólogos especialistas locados nos
núcleos e nos centros nos níveis secundário e terciário (BOING;
CREPALDI, p. 635).
Infelizmente são inúmeros os desafios na inserção dos psicólogos no SUS, um
deles é a sua efetivação, valorização do profissional que tem muito a contribuir
no SUS desenvolvendo um trabalho interdisciplinar, humano e humanitário,
visto que famílias precisam de base psicológica para enfrentar desafios de
diversos níveis (desde violências como questões emocionais, sociais, culturais,
entre outros a serem resolvidas).

[...] “os princípios do SUS: universalidade; acessibilidade e coordenação do


cuidado; vínculo e continuidade; integralidade da atenção; responsabilização;
humanização; equidade e participação social” (BOING; CREPALDI, p.636).

Os princípios do SUS citado reforça ainda mais a necessidades de


profissionais como os psicólogos devido seu papel social e de humanização
que trazem todo esse contexto.

Conforme Boing; Crepaldi (p. 636) os princípios da integralidade do SUS abre


portas para novos atores nas equipes de saúde, tornando-se imprescindível
que, no primeiro nível de atenção, haja equipes interdisciplinares que
desenvolvam ações intersetoriais, o que permite ao psicólogo dentro desse
contexto oferecer uma importante contribuição na compreensão
contextualizada e integral do indivíduo, das famílias e da comunidade.

Existe todo um espaço de oportunidades na inserção dos profissionais de


psicologia, cabendo ao governo ampliar esse espaço para que mais
profissionais da área possam trabalhar nos temas em pauta.

Boing; Crepaldi (p. 647) relata a busca necessária da construção de políticas


públicas de saúde mais claras e integradoras no que se refere à Psicologia no
setor saúde, definição de papéis do psicólogo a respeito dos três níveis de
atenção e sua inclusão nos três níveis e criação de cargos em quantidade,
abordando para esses salários dignos e equiparados e uma política efetiva de
saúde coletiva.
A citação demonstra claramente a importância do investimento do governo na
inserção do Psicólogo, integrando efetivamente o papel do Psicólogo,
fornecendo inclusive meios e salários dignos para a efetivação do seu papel no
SUS.

O que se percebe, na prática, é que os profissionais, mesmo após dois


anos de formação e de treinamento específicos, como é o caso das
residências multiprofissionais, se encontram em situação indefinida na
atenção básica, pois não encontram espaço e condições para
desenvolverem um trabalho condizente com o novo modelo de atenção
à saúde que se pretende efetivar. Esse impasse ocorre, sobretudo, com
os profissionais não tradicionalmente incluídos no setor saúde, como é
o caso do psicólogo (BOING; CREPALDI, p. 638).

O profissional de psicologia tem muito a contribuir com o SUS, basta fornecer


ao mesmo oportunidades para que possa se inserir nesse sistema. Percebe-se
de certa forma um descaso na parte governamental quando vemos as
questões apontadas no artigo e na citação acima no que se refere a
participação do psicólogo que só tem a contribuir no SUS, visto que muitos
precisam de apoio emocional frente a tantos problemas que indivíduos e
famílias de classes desprivilegiadas passam sem a devida assistência.

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