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Sobre a autora

Fundadora do 1 º Congresso Online de Micropigmentação.


CEO & Fundadora do Micropigmentador de Sucesso.
Palestrante e Professora Nacional e Internacional.
Micropigmentadora e estudante de Biomedicina.

Com mais de mil alunos em 20 países, ajuda os


micropigmentadores a se especializarem de forma
gratuita através das redes sociais e ensino a
distância.
Introdução

Meu objetivo com este e-book é in-


formar sobre Colorimetria de um jeito
simples e eficaz.
Libertando os profissionais de tabelas e
regras, permitindo que cada um escolha
a marca que traz para si os melhores re-
sultados.
Fiz muitos cursos e procurei junto aos mai-
ores mestres, informações que facilitassem
a sua vida.
Por isso, aproveite este presente :)
Pigmentos
Orgânicos ou
Sintetizados
O pigmento orgânico tem na sua composição
carbono, hidrogênio e oxigênio. O termo
“orgânico” leva ao entendimento errado de que
os pigmentos são derivados da natureza. Muitas
vezes dito que são de plantas, flores e folhas.
Mas não são. Todas as cores são produzidas
em laboratório através da molécula do preto
(carbon black). Por isso eles são conhecidos
como Sintetizados.
O pigmento preto carbono tem origem vegetal,
reduzido através da queima. Por ele sofrer um
processo de transformação, não caracteriza
como “extraído da natureza”. O carbon black é a
partícula responsável pela geração de todas as
outras cores, com a inserção de metais pesados
no seu núcleo, como o cobre e o cloro. Presos
dentro da partícula entre moléculas de
nitrogênio, esses metais são responsáveis pela
reação química geradora da cor e estabilidade
da tinta.
Quando utilizado preto na composição da tinta
para a micropigmentação, na degradação da
mesma dentro da pele, a tendência é a cor ficar
cinza com o passar do tempo, pois o preto
carbono é uma partícula tão pequena que fica
entre as células e não é encontrada facilmente
para a fagocitose.
Inorgânicos ou Minerais

Os pigmentos inorgânicos não possuem


ligações de hidrogênio, carbono e oxigênio.
Na micropigmentação são em sua maioria
óxidos de ferro. Onde o preto e o amarelo
são subprodutos, criados a partir da
queima e hidratação do óxido de ferro
vermelho. Este que é aquecido a mais 900
graus, passa por um processo chamado
calcinação, e ao resfriar gera em redução o
óxido de ferro preto. E o óxido de ferro
amarelo é criado a partir de um processo
de hidratação.
Por este motivo o amarelo e o preto saem
mais rápido da pele, onde o vermelho que
é a matéria prima fundamental, tende a
ficar como resíduo ao longo do tempo após
a realização do procedimento com a cor
castanho, em sobrancelhas.
Esqueça de identificar a
temperatura de pele
Já faz algum tempo que identificar a
temperatura da melanina não é mais
utilizado na escolha da cor do pigmento a
ser implantado. O motivo é que
cientificamente não existe temperatura de
pele fria e quente. Este conceito que veio
do visagismo não funciona na
micropigmentação principalmente porque
trabalhamos com um procedimento invasivo
e não sobre a pele, como a maquiagem por
exemplo. E por esta razão não existe
interação química entre melanina e
pigmento, caindo por terra o conceito de
implantar pigmento frio em pele quente e
vice versa. Como não existe a possibilidade
de o pigmento entrar dentro do melanócito e
ocorrer uma reação química que altera a
temperatura do pigmento, não é necessário
se preocupar com esta definição.
Sabendo disso você está liberto de ter
que perguntar para sua cliente como é a
reação da pele dela ao sol, se bronzeia
ou não facilmente, ou qual cor das
gengivas e aréolas!
E sobre Fototipos?

O estudo dos fototipos criado por Ftizpatrick classifica as pessoas em


escala de 1 a 6 conforme a quantidade de melanina e a sua reação ao sol.
O problema está em aliar este conceito a receitas prontas de que cor
aplicar em cada fototipo, visto que na prática temos uma infinidade de
outras possibilidades.
Aprender fórmulas prontas, te inibe de criar. A melhor forma de se tornar
livre é entender as cores como elas se formam e como se comportam em
misturas. E assim você pode criar a cor para cada cliente. Porque você
entende o resultado gerado.
Porque você não precisa estudar a Estrela de Oswald
para entender a Colorimetria?

Especificamente na Micropigmentação os fabricantes


de pigmentos não seguem os parâmetros da estrela,
pois a estrela de Oswald define como cores
secundárias algumas cores que na verdade são
primárias na matéria prima utilizada para produzir os
pigmentos.
A Estrela de Oswald define as cores azul, vermelho e amarelo como primárias, e
verde, roxo e laranja como secundárias. Além de cores frias e quentes. Mas na
micropigmentação a prática é bem diferente. As cores laranja e verde podem ser
primárias, são encontradas puras, então nem sempre será através de uma mistura. A
temperatura das cores também já são diferentes, já que o amarelo não é frio nem
quente e sim depende de com quem ele está.
O azul também pode ser utilizado na fabricação do castanho junto com o amarelo e o
vermelho, como você pode ter aprendido através do estudo das cores primárias na Estrela de
Oswald. Mas o peso molecular do azul é muito alto e bem maior que o do preto. Por esta
razão o azul tem deixado de ser usado e substituído pelo preto.
A ftalocianina e o azul ultramarino tem sido alteradas pelo óxido de ferro preto ou carbono
black.
Já que é o melhor ter um procedimento após alguns anos, cinza em vez de azul.
E qual a melhor forma de agrupar pigmentos que tenham
um resultado único?

O primeiro passo é conhecermos as cores e descobrir se o pigmento é frio ou quente.


A melanina você não identifica se é fria ou quente, mas os pigmentos você precisa ok?

Este conhecimento irá influenciar diretamente nos seus resultados.

E pra começar precisamos conhecer s cores que são produzidos os pigmentos.


Também é correto chamá-los de tinta. Afinal os pigmentos são utilizados para compor a
tinta usada no procedimento. Pigmento é a matéria prima, tinta é o produto final.
Segundo a pigmentologia são quatro cores básicas
que podem conter num pigmento.
Branco

Amarelo

Preto

Vermelho
E todas as outras cores advém de misturas delas.
A mistura dessas cores em pares geram uma terceira cor:
A mistura dessas cores em pares geram uma terceira cor:
E a soma de 3 delas deram a quarta cor:
Somando as quatro cores você terá o castanho perfeito.
Agora que conhecemos as cores que misturadas formam as tintas que usamos na
micropigmentação, precisamos descobrir se esta tinta é fria ou quente.

Lembre-se que o preto em maior quantidade torna a cor formada fria.


O vermelho torna ela quente.
E o amarelo? Bom o amarelo é a cor “safadinha”, ela tende a ser com quem ela está. Se
está com preto é fria, se está com o vermelho é quente.
O branco torna a cor leitosa e mais clara.
Como devo misturar os pigmentos?

Sempre amornar. Nem tão frio, nem tão quente.


Na proporção 4 para 1. 4 gotas do pigmento
principal e 1 do modificador.
Vamos descobrir na prática como isso funciona?

Este é um exemplo com a marca Iron Works, mas você pode aplicar
a qualquer marca, utilizando os conceitos principais.

Agora vamos fazer um exercício:


Pegue uma folha de papel.
Pingue uma gota e espalhe com um cotonete
úmido.

verifique se a predominância é de vermelho ou


preto, identificando assim os pigmentos quentes
e frios.
Quando você abre o pigmento, quais tons aparecem?

+ amarelo + vermelho – preto + amarelo + preto – vermelho


Pigmento quente Pigmento frio
Quando você abre os pigmentos, quais tons aparecem?

amarelo + vermelho - preto


Pigmento quente
Como misturar as tintas?

4 gotas de castanho e 1 4 gotas de castanho claro e 1


gota de ph esverdeado, gota de castanho escuro,
quando loira de fios brancos quando loira de fios
castanhos

Quando a cliente é loira com o s fios das sobrancelhas também loiros usar castanho
claro amornado com o ph esverdeado, quando for loira castanho usar castanho claro
amornado com castanho escuro.
Exemplo com pigmento Works, mas pode ser aplicado a qualquer marca
Como misturar as tintas?

4 gotas de castanho 4 gotas de castanho


escuro 1 gota de escuro 1 gota de
castanho claro quando castanho
morena com pele clara intermediário quando
pele escura

Tenho como opção as tintas: castanho claro (quente) ou o castanho intermediário


(quente), qual caso devo usar cada uma?
Quando a cliente tem medo de ficar escuro amorno com castanho claro, quando a
cliente tem a pele mais escura e preciso manter a força da cor por isso uso
castanho intermediário.
E com poucas cores tenho a possibilidade de atender 90%
das clientes. Se você estudar como as tintas são formadas
e abri-las, independente da marca que você trabalhe
poderá resolver qualquer situação.
Se você é iniciante espere mais um pouco para começar a
neutralizar as cores em procedimentos anteriores.
Conheça mais dos pigmentos que trabalha, o peso da sua
mão e os resultados dos seus procedimentos depois de
cicatrizados.
É muito importante salientar dois fatores determinantes
o resultado: Saturação e Profundidade!

Saturação: Inserir mais pigmentos do que necessário. Pode acontecer


aplicando muitas camadas ou quando a cliente retorna para o retoque e refaz
uma área que não teria necessidade. Também pode acontecer saturação de
pigmento ao longo dos anos, quando a cliente volta para as manutenções e
se deposita pigmento diversas vezes, um em cima do outro.

Profundidade: Atingir uma profundidade maior que o ideal. A camada


correta é a derme. E você pode treinar o peso da sua mão para atingir a
camada correta, treinando na faixa smarch, conhecida carinhosamente
como pele artificial.
E nestas duas situações excedidas o procedimento ficará cinza, muitas
vezes com a impressão de estar azulada.
Você precisa treinar os seu solhos, afinal se
você não é um artista plástico, não está
acostumado a ver cores e nuances delas.
Mas fique tranquilo que esse conhecimento será
adquirido com tempo e treino.
Comece a observar o que existe ao seu redor.
As plantas verdes e as flores, as paredes e
objetos ... tudo ao seu redor está cheio de cores.
Quais são as misturas que criaram elas?
É um exercício gostoso e muito gratificante,
porque a cada dia você vai crescendo como
profissional e dominando o conhecimento de
Colorimetria e desenvolvendo a sua Habilidade
como Micropigmentador.
É muito importante salientar que por diversas
vezes vejo profissionais que estão
desesperados por entender Colorimetria, mas
se esquecem que existem outros fatores que
compõem o resultado final.
De nada adianta saber a cor perfeita se estiver
com erros de aplicação, ou não tiver o
conhecimento de como limpar e preparar esta
pele, antes, durante e após o procedimento.
A Colorimetria está ligada ao entendimento da
pigmentologia, anatomia, fisiologia da pele e
aplicação das técnicas.
Referências
Livro Micropigmentação Sem Mistérios Prof. Léo Calheiros e Prof. Sidney Duarte, 201 6 Livro Micropigmentação
Alisson Schuster e Iesmin Cury, 2017 Livro Micropigmentacíon: Tecnología, metodologia y práctica
Mario Gisbert 201 5 Artigo “O Enigma que envolve o subtom da pele” Blog Prof. Léo Calheiros
Link: http://leocalheiros.blogspot.com.br/201 6/04/o-enigma-que-envolve-o-sub-tom-de-pele.html
Site http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/melanina.htm
https://biologianet.uol.com.br/histologia-animal/melanina.htm
http://www.dermatologia.net/
1 º Congresso Nacional Online de Micropigmentação fio afio, 201 6 Palestra Beth Mere
1 º Congresso Nacional Online de Micropigmentação fio a fio, 201 6 Palestras Alisson Schuster
1 º Congresso Nacional Online de Micropigmentação fio a fio, 201 6 Palestra Dr Wolfgang Bäumler
PMU Alchemist 2017
Consultoria com a Professora Vivian Borges

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