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Manual Técnico:

MÉTODO ED PARA INVESTIR EM AÇÕES


Manual Técnico - Método ED para Investimento em Ações

Índice
1. Introdução...........................................................................................2

2. Critérios do Universo de Cobertura.................................................5


2.1 Governaça Corporativa...........................................................................................................5
2.1.1 IGCX...........................................................................................................................................6
2.1.2 ITAG...........................................................................................................................................7
2.2 Liquidez........................................................................................................................................8
2.3 Classificação da Dívida Empresarial..................................................................................8
2.4 Exceções....................................................................................................................................13

3. Principais Fundamentos..................................................................14
3.1 Receita Operacional Líquida.......................................................................................................14
3.2 Lucro Operacional...........................................................................................................................14
3.3 Margem EBITDA..............................................................................................................................15
3.4 Dívida Líquida ................................................................................................................................16
3.5 Lucro Líquido...................................................................................................................................17
3.6 Margem Líquida..............................................................................................................................17
3.7 Patrimonio Líquido.........................................................................................................................18

4. Principais Indicadores.....................................................................19
4.1 Market Cap - Valor de Mercado................................................................................................19
4.2 Índice preço/lucro ........................................................................................................................20
4.3 Lucro por Ação (LPA)....................................................................................................................22
4.4 Dividendo por Ação......................................................................................................................22
4.5 Dividend Yield.................................................................................................................................22

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Índice
4.6 Payout.................................................................................................................................................23
4.7 Valor Patrimonial da Ação (VPA)..............................................................................................28
4.8 P/VPA..................................................................................................................................................24
4.9 ROE – Return On Equity...............................................................................................................24
4.10 Indice de Confirmação ED.......................................................................................................26

5. Conclusão..........................................................................................27

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1. Introdução
O mercado financeiro pode apresentar alguns desafios para a “PFC”
(Pessoa Física Comum). As siglas, nomenclaturas e fórmulas podem
parecer complexas à primeira vista. O que, do nosso ponto de vista,
também funciona como forma de exclusão social.

Como nós queremos contribuir para que o seu processo de


aprendizagem seja cada vez mais prático e acessível (mesmo que
tenha uma rotina muito corrida), preparamos o manual técnico para
embasar e auxiliar os seus estudos e a utilização do Método ED para
Investir em Ações®.

O que você vai encontrar aqui?


Neste manual você encontrará a metodologia e bases de cálculo
utilizadas na construção dos parâmetros do universo de cobertura
Empreender Dinheiro. Além dos principais múltiplos utilizados no
Método ED de escolha de ações e análise de empresas.

Esperamos que este material auxilie o entendimento e os estudos


através da plataforma Segredos Financeiros®.

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2. Critérios do Universo
de Cobertura
Diante da quantidade de empresas listadas na bolsa brasileira,
percebemos a dificuldade para o Investidor escolher por onde
começar suas análises.

Criamos o universo de cobertura do Método ED para investir


em ações ®, no intuito de categorizar empresas que passaram
por critérios de boa governança, liquidez e endividamento e
auxiliar o investidor em suas escolhas.

2.1 Govençança Corporativa

É fundamental buscar empresas cujas práticas de gestão


estejam alinhadas com políticas éticas, idôneas e modernas, sem
conflitos de interesses, sem práticas de corrupção, e em linha
com o processo de construção de valor para as companhias. É
importante, ao tornar-se sócio de uma empresa, confiar no time
gestor.

Esta validação poderá exigir bastante tempo por parte do


investidor PFC, afinal de contas, o caminho tradicional de
verificação da qualidade da Governançada Corporativa de uma
empresa passa por pesquisar o histórico profissional dos principais
sócios e gestores da companhia.

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Para resolver este problema, o investidor pode incluir em


sua análise o Índice de Ações com Governança Corporativa
Diferenciada, IGCX:

2.1.1 IGCX
Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada.

O objetivo do IGC é ser o indicador do desempenho médio das


cotações dos ativos de empresas listadas no Novo Mercado ou
nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA.

Consulte os critérios oficiais de inclusão no índice no Site oficial:


b3.com.br

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2.1.2 ITAG
Índice de ações com Tag Along diferenciado.

O objetivo do ITAG é ser o indicador do desempenho médio


das cotações dos ativos de emissão de empresas que ofereçam
melhores condições aos acionistas minoritários, no caso de
alienação do controle.

Consulte os critérios oficiais de inclusão no índice no Site oficial:


b3.com.br

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2.2 Liquidez
Dentre as empresas aprovadas nos critérios anteriores, no filtro de
liquidez prevalecem os tipos de ações que possuem maior volume
de negociação na bolsa de valores. Podendo ser ON (ordinária),
PN (preferencial) ou Unit.

Acrescentamos que nossa preferência por ações mais líquidas, se


dá por dois principais motivos, a saber:

1) As ações mais líquidas tendem a acompanhar de maneira mais


fiel a performance dos fundamentos da companhia, no Longo
Prazo, e;

2) Maior liquidez é também, de certa forma, um mecanismo de


proteção ao pequeno investidor. Caso este precise de desfazer
de suas ações, é importante contar com uma alta demanda do
mercado por suas ações, garantindo assim eventuais vendas com
celeridade.

2.3 Classificação da Dívida Empresarial


A classificação da dívida da empresa é essencial para verificar a
saúde financeira da operação. O grau de alavancagem da empresa
e setor podem traduzir informações importantes na hora da
escolha.

Para esta classificação foram utilizados os seguintes critérios:

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- Dívida bruta/Patrimônio Líquido: divisão do endividamento


total bruto pelo patrimônio líquido da empresa. Esse índice indica
quanto de dívida uma empresa está usando para financiar os seus
ativos em relação ao patrimônio dos acionistas.

Regra Geral:

• Índices maiores que 1,5 = Endividamento elevado.


• Índice menor ou igual a 0,5 = Endividamento saudável;
• Entre 0,6 e 1,4 = Dívida sob controle ou alerta.

Exceções são aplicadas caso a caso, de acordo com a análise da


trajetória da dívida da empresa.

- Dívida liquida/ EBITDA ou LAJIDA (lucro antes dos juros


impostos, depreciação e amortização.

Este indicador mostra quanto tempo levaria (em anos) para a


empresa pagar a sua dívida, caso a Dívida Líquida (Dívida Bruta
– Caixa e equivalentes de caixa) e o EBITDA sejam constantes,
considerando que o Mercado interpreta o EBITDA como uma
proxy da geração de caixa da companhia.

Quanto menor o múltiplo, mais saudável é a relação da dívida


com a capacidade de geração de caixa da empresa.

Regra Geral:

• Índice maior ou igual a 4 = alto endividamento


• Índice menor ou igual a 1 = Endividamento saudável

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• Entre 1 e 4 = dívida sob controle ou alerta, analisado caso a


caso.

Exceções são aplicadas caso a caso, de acordo com a análise da


trajetória da dívida da empresa.

- ROIC: Return on Invested Capital ou Retorno sobre capital


investido

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LUCRO LÍQUIDO / CAPITAL INVESTIDO
(ACIONISTAS + TERCEIROS)

Na análise, quanto maior o retorno, respeitando as
particularidades da companhia e setoriais, melhor.

Comparamos o ROIC com o Custo da Dívida da empresa.


Empresas que apresentam um retorno sobre capital investido
MAIOR que o seu custo de endividamento com terceiros,
sinalizam uma excelente eficiência da gestão, no que diz respeito
à gestão do custo das suas dívidas contratadas.

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- Patrimônio Líquido Negativo

Quando o valor das obrigações com terceiros é superior ao total


dos ativos da empresa, o PL será negativo.

Com raras possíveis exceções, trata-se de um sinal de baixa saúde


financeira. Por isso, entendemos que este cenário deve ser evitado
por PFC.

Empresas com este indicador não são classificadas para o


universo de cobertura.

- Bancos

As Demonstrações Financeiras dos Bancos e demais Instituições


Financeiras no Brasil seguem padrões contábeis diferentes. A
exemplo, os Bancos não apresentam “EBITDA” como as demais
empresas de Comércio e Indústria. A análise da estrutura
de endividamento dos Bancos no Brasil, também requer a
consideração de particularidades.

De acordo com a Filosofia PFC, que notadamente busca dedicar


menos tempo ao mercado financeiro, porém sem abrir mão de
segurança, entendemos que uma alterativa para validar com
celeridade a saúde financeira de uma Instituição Bancária, um
excelente caminho é considerar o Índice de Basiléia como critério
de análise.

O Índice de Basiléia é um indicador que mede o grau de


alavancagem financeira de uma instituição financeira/banco. Todo
banco deve manter um índice acima do exigido/recomendado
pelo Banco Central do Brasil.

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Na análise, seguimos os parâmetros sugeridos pelo próprio


BACEN:

• Índice Basiléia >14% - Muito bom.


• Índice Basiléia >11% - Bom, aceitável.
• Índice Basiléia <11% - Reprovado.

- Caixa Maior que a Dívida

Alguns sinais evidenciam plena saúde financeira do ponto de vista


do endividamento empresarial. Um deles, talvez o mais forte
deles, ocorre quando o Caixa e equivalentes de Caixa superam o
valor, em reais, das dívidas contratadas pela companhia.

Quando identificamos situações como estas, sinalizamos para que


o usuário do Método tenha esta importante informação.

Por fim, alguns outros índices e múltiplos podem ser usados para
análise do Endividamento Empresarial, como por exemplo, índices
de liquidez (índice de liquidez seca, geral e principalmente, índice
de liquidez corrente).

- Liquidez Corrente

Os índices de liquidez, que podem ser observados no Balanço


Patrimonial das empresas, evidenciam a capacidade de
pagamento das empresas frente às suas obrigações. Um
deles, bastante relevante na interpretação da estrutura de
endividamento de curto prazo da companhia, é a Liquidez
Corrente.

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Esta é calculada a partir da relação entre os direitos a curto


prazo (disponível em caixa e similares, estoques, clientes) e
as obrigações de curto prazo (Empréstimos, financiamentos,
impostos, fornecedores).

No Balanço Patrimonial, estas informações são evidenciadas


respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.

Regra geral, quanto maior o índice de Liquidez Corrente, é


desejável que a companhia tenha resultado igual ou maior que 1,
o que significa que os direitos de curto prazo são maiores que as
obrigações.

2.4 Exceções
Nos reservamos o direito de, uma vez que os critérios para
aprovação em nosso Universo de Cobertura serem rígidos, incluir
empresas que não atendam a todos os critérios simultaneamente,
mas que apresentam características e histórico de solidez, em
alguns casos, inclusive, com relevante representatividade em
importantes índices do mercado, como o Índice de Dividendos e o
IBOVESPA.

Destacamos que as Empresas que eventualmente sejam incluídas


em nosso Universo de Cobertura como exceções, ou seja, sem
cumprir todos os critérios anteriores (itens 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4), serão
constantemente acompanhadas.

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3. Principais Fundamentos
3.1 Receita Operacional Líquida
Receita bruta (-) impostos incidentes sobre as vendas (-)
descontos e abatimentos concedidos.

É importante que o investidor fique atento ao tipo de balanço,


de acordo com os critérios propostos pela CVM, que a empresa
opta ao publicar suas demonstrações financeiras. A rubrica de
Receita pode mudar a depender da companhia. São estas as mais
comuns:

1) Indústria & Comércio;


2) Bancos;
3) Seguradoras & Resseguradoras.

Como exemplo, no Brasil, o investidor poderá encontrar


Seguradoras que publicam suas demonstrações financeiras em
formato “Indústria & Comércio”.

3.2 Lucro Operacional


Lucro operacional é o lucro produzido exclusivamente pelas
operações correntes dos negócios, subtraindo-se as despesas
administrativas, comerciais e operacionais.

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LUCRO OPERACIONAL =
RECEITAS OPERACIONAIS
-
DESPESAS OPERACIONAIS

3.3 Margem EBITDA


A margem EBITDA ou LAJIDA (Lucro antes de Juros, Impostos,
Depreciação e Amortizações), é de certa forma, considerada como
o potencial de geração de caixa da empresa.

A Margem EBITDA é um indicador de lucratividade operacional do


negócio. Ou seja, aponta quanto de EBITDA (entenda como uma
proxy ao lucro operacional) é gerado a cada R$ 1,00 de receita
líquida auferida pela organização.

Este é um indicador de desempenho exaustivamente


acompanhado pelos analistas e participantes do Mercado
Financeiro em geral.

MARGEM EBITDA =
(EBITDA / RECEITA LÍQUIDA) X 100

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Manual Técnico - Método ED para Investimento em Ações

3.4 Dívida Líquida


A dívida líquida refere-se ao volume de empréstimos e
financiamentos após o desconto de todos os valores disponíveis
no caixa e equivalentes. Ou seja, representa a quantidade de
recursos necessários para liquidar as dívidas empresariais.

Empresas com a dívida líquida muito alta, precisam de mais


atenção na análise. Deve-se observar se a dívida está financiando
algum investimento que gera retorno para o negócio. Além disso,
é indicado comparar os indicadores de dívida de uma empresa,
com o de outras empresas do mesmo setor. Assim, é possível
identificar se um determinado nível de endividamento empresarial
é característico ao setor no qual a empresa está inserida. Esta
conferência é importante para evitar injustiças na análise do
endividamento empresarial.

Como exemplo, empresas de capital intensivo que passam por


fase de expansão das atividades, tendem a ter, temporariamente,
níveis de endividamento elevados. Por outro lado, empresas que
tenham ciclos financeiros baixos ou até mesmo negativos (o
que significa menor necessidade de investimento em capital de
giro), podem conseguir manter endividamento bancário menor
que suas pares, em função do financiamento de parte de suas
operações por parte de fornecedores, impostos e colaboradores.

Estes exemplos podem representar características setoriais.

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3.5 Lucro Líquido


Resultado líquido das operações da empresa, abatendo da receita
produzida, todos os gastos associados. Ou seja, o que resta
de lucro para o negócio após o desconto de todos os custos e
despesas.

LUCRO LÍQUIDO =
RECEITA – DESPESAS FIXAS –
DESPESAS VARIÁVEIS

3.6 Margem Líquida


É a porcentagem de lucro líquido (item 3.5) que uma empresa
possui em relação a sua receita.

Se a margem líquida da empresa é negativa, significa que a


empresa não gera lucro e sim prejuízo. Ou seja, a margem líquida
é uma análise vertical que evidencia o nível de lucratividade
empresarial da companhia. Trata-se de uma importante métrica de
performance.

MARGEM LÍQUIDA =
(LUCRO LÍQUIDO/ RECEITA TOTAL)

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3.7 Patrimonio Líquido


O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que
registra o valor contábil pertencente aos acionistas de uma
empresa.

A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as


sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido é realizada
da seguinte maneira:

• Capital Social;
• Reservas de Capital;
• Ajustes de Avaliação Patrimonial;
• Reservas de Lucros;
• Ações em Tesouraria;
• Prejuízos Acumulados.

Empresas que apresentam o patrimônio líquido negativo, não são


aprovadas no Universo de Cobertura.

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4. Principais Indicadores
Indicadores são fundamentais na análise da performance
empresarial, porém, é sempre bom ter em mente que indicadores
apenas indicam. Não determinam análises, quando usados
isoladamente.

A junção de vários indicadores importantes, além da leitura dos


fundamentos históricos e das perspectivas de crescimento de uma
determinada companhia, levará o investidor a tomar decisões mais
conscientes e de maior qualidade.

4.1 Market Cap - Valor de Mercado


O Market Cap refere-se ao Valor atual de Mercado de uma
determinada empresa, calculado de acordo com o preço atual
negociado em Bolsa no mercado à vista, para a totalidade das
ações emitidas.

Existe um consenso no mercado que elenca as categorias de


capitalização à valor de mercado:

• Micro Cap: capitalização de mercado de menos de US$ 300


milhões;

• Small Cap: capitalização de 300 milhões de dólares até US$ 2


bilhões;

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• Mid Cap: capitalização de US$ 2 bilhões a US$ 10 bilhões;

• Big/Large Cap: capitalização de mercado de 10 bilhões de


dólares ou mais.

4.2 Índice preço/lucro

P/L =
COTAÇÃO / LPA

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É importante entender que o numerador da equação é o preço de


mercado de uma ação. O lucro por ação (denominador) é o lucro
líquido da empresa mais recente, de acordo com o último balanço
divulgado pela companhia, dividido pelo número de ações
emitidas, conforme item 4.3.

A junção de vários indicadores importantes, além da leitura dos


fundamentos históricos e das perspectivas de crescimento de uma
determinada companhia, levará o investidor a tomar decisões mais
conscientes e de maior qualidade.

A razão principal de calcular o índice P/L é tornar comparável para


os investidores PFC (pessoa física comum), duas ou mais ações,
inclusive, resguardando particularidades, torna possível realizar
esta comparação entre empresas de diferentes setores.

Exemplo: Se uma ação apresentar um P/L duas vezes maior do


que de outra ação, este provavelmente é um investimento menos
atrativo (quanto maior for o P/L, mais “cara” estaria a ação), de
acordo com este indicador. É preciso sempre ter muita diligência
ao comparar indicadores entre ações de empresas que atuam em
setores diferentes.

Regra geral: busca-se P/L menor que o P/L do Tesouro Nacional.


Quanto menor o índice P/L, melhor para o investidor.

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4.3 Lucro por Ação (LPA)

LPA =
(LUCRO LÍQUIDO / QUANTIDADE DE AÇÕES)

Lucro por ação (LPA) ou Earnings Per Share (EPS) evidencia a


relação (divisão) entre o lucro líquido, vide divulgação do balanço
mais recente, e o número total de ações emitidas na mesma data.

4.4 Dividendo por Ação


Dividendo pago pela empresa ao acionista, por cada ação
negociada no mercado. Importante indicador para quem deseja
construir uma carteira de investimentos com foco em recebimento
de dividendos.

55
DPA =
DIVIDENDO DO PERÍODO /
QUANTIDADE DE AÇÕES

4.5 Dividend Yield


Indicador utilizado para medir a rentabilidade dos dividendos
de uma empresa em relação ao preço de suas ações. Mostra a
relação entre os dividendos distribuídos e o preço atual da ação.

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DY =
(DIVIDENDOS POR AÇÃO/
VALOR DA AÇÃO) * 100

4.6 Payout
Porcentagem do lucro líquido distribuído, na forma de dividendos
ou juros sobre capital próprio, aos acionistas da empresa.

6666
PAYOUT =
QUANTIDADE DE DIVIDENDOS
DISTRIBUÍDOS /LUCRO LÍQUIDO

4.7 Valor Patrimonial da Ação (VPA)


O VPA é o valor patrimonial de uma ação. Seu valor é calculado
dividindo-se o patrimônio líquido pela quantidade total de ações
(ou da empresa).

6666
VPA =
PL / QUANTIDADE DE AÇÕES

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4.8 P/VPA
Indicador que relaciona o preço de uma ação ao seu valor
patrimonial (item 4.7). Permite a leitura de quanto o acionista
está disposto a pagar por uma ação, em relação ao seu valor
patrimonial.

PREÇO / VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO

Momentos nos quais o P/VPA apresentado é igual ou menor


a 1, normalmente chamam a atenção dos investidores, já que
significa que o valor de mercado (refletido no numerador) é, no
momento da análise, menor do que o valor patrimonial (contábil)
da empresa.

Novamente, indicadores apenas indicam. Tomar decisões isoladas


com base apenas neste indicador (ou em qualquer outro) não é
recomendável.

4.9 ROE – Return On Equity

4. Conclusão
ROE =
LUCRO LÍQUIDO / PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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ROE é o acrônimo de Return On Equity (em português: Retorno


sobre o Patrimônio). Trata-se de um indicador que elucida o
nível de eficiência da gestão da empresa, a partir da relação dos
lucros gerados frente ao patrimônio, ou seja, um indicador de
rentabilidade importantíssimo para a avaliação da performance
empresarial.

O ROE é frequentemente utilizado por investidores, acionistas,


instituições financeiras, e outras entidades para acompanhar a
rentabilidade empresarial.

Outra fórmula para se calcular o ROE é multiplicar a margem


líquida de uma empresa por seu giro de ativos e pela sua
alavancagem financeira: ROE = (Lucro Líquido/Vendas) * (Vendas/
Total de Ativos) * (Total de Ativos/Patrimônio Líquido).

O ROE tem como equivalentes, os termos: “Rentabilidade”,


“Rentabilidade Líquida” e “Retorno sobre o Capital”.

Lucro (ACIONISTAS
Líquido /+ Capital
LUCRO LÍQUIDO / CAPITAL Inves-
INVESTIDO
TERCEIROS)

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4.10 Índice de Confirmação ED


Entenda como um índice Estatístico. Significa que, de acordo com
as premissas adotadas, o espaço para o preço da ação subir é “X”
vezes maior que o espaço para o preço da ação cair.

Validamos a compra de uma determinada empresa, pelo Método


ED, quando o Índice de Confirmação ED é superior a 2,00. O ideal
(aquilo que realmente buscamos), é que este índice seja superior a
3,00.

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5. Conclusão
O Método ED foi inspirado no trabalho desenvolvido pelas
seguintes instituições: nos Estados Unidos, National Association of
Certified Valuators and Analysts & Better Investing Organization.
No Brasil, o antigo Instituto Nacional de Investidores e nas
iniciativas de democratização da cultura de investimentos em
bolsa, conduzidas pela antiga BOVESPA.

Esperamos que este manual técnico tenha auxiliado a


compreensão das premissas e indicadores utilizados no Método
ED para Investir em Ações ®.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o nosso suporte


através do telefone: (81) 98261-1988 ou do email: contato@
empreenderdinheiro. com.

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