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'l/a o ê. Poc&e.

G a rd ia si,
410- <Se44- A/féc& cco-?

John Ankerberg
e John Weldon

da Meia-Noite
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Mateus 25.6 w w w .c h a n ia d a .c o m .b r
Traduzido da original em inglês:
"The Facts on Holistic Health and
the New Medicine"
Copyright © 1992 by
The Ankerberg Tneological Research Institute
publicada par
Harvest Hause Publishers
Eugene, Oregan 97402 - EUA
Tradução: Neyd Siqueira
Revisão-, Inga Haake
Ingrid H. L. Beitze
Capa e Layout: Reinhald Federolf
Tadas os direitas reservadas para as países de língua portuguesa
© 1995 Obra Missionária
Chamada da Meia-Noite
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fins lucrativas, que crê em toda a Bíblia camo infalível e eterna Palavra
de Deus (2 Pe 1.21). Sua tarefa é alcançar todo o mundo com a mensa­
gem de salvação em Jesus Cristo e aprofundar as cristãas na conheci­
mento da Palavra de Deus, preparando-as para a volta do Senhor.

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DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO

A 61 l f
A n k erb e r g , J o h n , 1 9 4 5 -
Os fa to s so b r e sa ú d e h o lístic a e a n o v a m ed icin a :
v o c ê pod e c o n fia r n o s e u m éd ico ? / J o h n A n k e r b e r g
e J o h n W eldon ; [tradução: N ey d S iq u eira ], - 2. ed. -
P orto A le g r e : Obra M issio n á r ia C h a m a d a d a M eia-
N oite, 2 0 0 1 .
8 2 p . ; 1 3 ,5 x l 9 ,5 c m . - (Os fa to s so b r e )
ISBN 8 5 - 7 4 0 8 - 0 4 7 - 0
T rad u ção de: T he fa c ts o n h o listic h e a lth a n d th e
n e w m ed icin e.
1 .M ed icin a a lte r n a tiv a . 2 . M ed icin a h o lístic a . 3.
M ed icin a a lte r n a tiv a - A sp e c to s r e lig io s o s. 4 .
M ed icin a h o lístic a - A sp e c to s r e lig io s o s. I. W eldon,
J o h n . II. T ítulo.
C D D -6 1 5 .5
Indice Página

P r ím e ír a P arte

Introdução à Nova Medicina


1. Por que o tema da saúde holística e da nova
medicina é im portante?.............................................. 7

S eq u n cIa P arte

Práticas e Tratamentos Específicos da


Nova Medicina
2. O que são acupuntura e acupressura?......................12
3. O que são estados alterados de consciência?........13
4. O que é medicina antroposófica?............................. 15
5. O que é cura atitudinal?.............................................16
6. O que é treinamento autógeno?................................17
7. O que é medicina aiurvédica?...................................18
8. O que são bioenergética (trabalho corporal
neo-reichiano) e terapia reichiana (orgonomia)?.. 20
9. O que é “biofeedback”? ...........................................21
10. O que são métodos de trabalho corporal?........... 23
1 1 .0 que é percepção respiratória?........................... 24
12. O que é canalização (m édica)?................................ 25
13. O que é quiroprática?.................................................27
14. O que é cromoterapia ou terapia da c o r? ................35
15. O que é cura por cristais/trabalho com cristais?... 36
16. O que é rabdomancia, hidrom ancia?.......................38
17. O que é trabalho com sonhos?................................. 39
18. Quais são os métodos de cura de Edgar Cayce?... 41
1 9 .0 que é medicina herbórea?................................... 42
20. O que é hom eopatia?...............................................44
2 1 .0 que são hipnose e regressão hipnótica?............ 46
22. O que é intuição (da Nova Era)?.............................50
23. O que é iridologia?................................................... 51
24. O que é fotografia de K irlian?................................52
25. O que são artes m arciais?....................................... 55
26. O que é meditação (da Nova E ra)?........................ 57
27. O que é teste m uscular?...........................................58
28. O que é naturopatia?................................................ 60
29. O que é osteopatia?.................................................. 61
30. O que é terapia da polaridade?................................62
3 1 .0 que são anatomias psíquicas?............................ 63
32. O que são diagnose psíquica, cura psíquica e
cirurgia psíquica?....................................................... 64
33. O que é psicometria (médica, radiônica)?............ 65
34. O que é psicossíntese?.............................................66
35. O que é reflexologia?............................................... 67
36. O que é R eik i?........................................................... 68
37. O que é terapia de auto-ajuda?................................. 69
38. O que é medicina xam anista?.................................. 70
39. O que é programação sublim inar?...........................71
40. O que é toque terapêutico?.......................................73
41. O que é Toque da Saúde?.......................................... 74
42. O que é visualização?............................................... 75
43. O que é io g a?..............................................................76
C onclusão..........................................................................78
Leitura Recom endada...................................................... 80
Glossário............................................................................ 81
Sobre os Autores...............................................................82
P rimeira Parte

Introdução à Nova
Medicina
1. Por que o tema da saúde holística e
da Nova Medicina é importante?
Dezenas de milhares de pessoas no mundo ocidental fo­
ram literalmente expostas aos métodos de medicina ho­
lística* ou fazem uso deles. O reavivamento do ocultis­
mo e a insatisfação com os tratamentos médicos tradi­
cionais, algumas vezes justificada, abriu a porta para
uma grande variedade de terapias alternativas na socie­
dade. De fato, a revista Time (4 de novembro de 1991)
publicou que a medicina alternativa é “hoje uma indús­
tria de 27 bilhões de dólares por ano [nos EUA]”, no­
tando que 30 por cento dos pesquisados haviam experi­
mentado uma terapia não-convencional. Segundo o M e­
dicai World News (Notícias do Mundo Médico; 11 de
maio de 1987), o custo total da suposta fraude dos trata­
mentos de saúde está chegando aos 30 bilhões de dóla­
res anualmente. Os patrocinadores das técnicas holísti-
cas de saúde e a Nova Medicina prosperam, oferecendo
aos pacientes soluções simples para doenças comple­
xas, assim como práticas e remédios declarados como
não apresentando efeitos colaterais. Em nossos dias,
milhares de médicos e enfermeiras estão fazendo uso
desses métodos.

* Que reivindica tratar a pessoa “inteira” (corpo, mente e espírito).

7
Não temos certamente nada contra qualquer método de
tratamento médico cuja segurança e eficácia tenham sido
confirmadas. Nossa preocupação diz respeito à promoção
difundida de métodos que não foram provados ou que são
discutíveis em outros campos (físico ou espiritual).

Embora não minimizemos os problemas do tratamento


médico convencional, nossa pesquisa mostra que o mo­
vimento holístico de saúde como um todo se baseia em
grande parte em métodos ineficazes e/ou potencialmen­
te perigosos que não têm o interesse do paciente como
alvo. De maneira geral, os métodos holísticos rejeitam o
que se sabe a respeito de como o corpo humano funcio­
na, e são quase sempre opostos a uma abordagem cien­
tífica dos cuidados médicos.

Quando a Nova Medicina afirma “funcionar”, nenhuma


das razões caracteristicamente citadas pelos seus patro­
cinadores causa o seu funcionamento. As coisas podem
funcionar e ser mesmo assim perigosas, como acontece
com os carros-bombas. As coisas podem funcionar e
continuar sendo erradas e perigosas, tais como as práti­
cas que se apoiam nos métodos ocultistas. Finalmente,
as coisas podem ser falsas e somente aparentar que
funcionam. Inúmeros tratamentos holísticos parecem a
princípio dar certo com base em seus princípios decla­
rados, mas na realidade funcionam apenas por razões li­
gadas à psicologia humana (o efeito placebo) ou ao ele­
mento tempo (capacidade natural de cura do corpo).

Muitos praticantes da saúde holística supuseram errada­


mente que os seus tratamentos são eficazes, com base
em interpretações deturpadas da medicina empírica (ex­
periência apenas) em lugar de testes científicos cuida­
dosos. Dada a natureza variável do processo da doença

8
em si, qualquer tratamento de saúde holístico pode ga-
bar-se de um número significativo de histórias de “su­
cesso”, mesmo no caso de moléstias graves.

É vital, portanto, determinar (1) se um dado procedi­


mento funciona ou não com base em seus princípios de­
clarados, (2) a relativa credibilidade desses princípios, e
(3) a verdadeira razão para a sua eficácia, quando o mé­
todo é eficaz. Se algo funciona ou parece funcionar, é
essencial saber a razão disso. Deixar de responder a es­
sa pergunta pode custar muito caro.

Outra séria preocupação é que o ocultismo e a influência


espírita são freqüentemente a fonte do poder por trás da
origem e/ou dos tratamentos de inúmeras práticas holís-
ticas específicas de saúde. Além da sua falta de credibi­
lidade científica, essas práticas devem ser questionadas
por causa do seu envolvimento com os métodos ocultis-
tas sobre os quais a Bíblia adverte (Deuteronôrrúo
18.10-12). Os poderes ocultos podem de fato curar fisi­
camente o indivíduo (pelo menos temporariamente),
mas apenas a um custo espiritual e psíquico maior.

Em virtude de sua ligação com o ocultismo, os métodos


holísticos de saúde freqüentemente dependem de uma
forma de canalização de “energia” . Muitos desses trata­
mentos afirmam “equilibrar” ou “restaurar”, ou ainda,
manipular de alguma forma energias pretensamente in­
visíveis que supostamente existem ou circulam no cor­
po humano. Essas energias são quase sempre associadas
com as energias místicas das religiões misteriosas; isto
é, a prana hindu, a chi taoísta, a mana xamanista, etc.
Os proponentes afirmam que a verdadeira causa da
doença é uma suposta desordem do “fluxo natural” des­
ta energia e que, a não ser que o fluxo seja adequada-

9
mente restaurado, a saúde não pode ser mantida. Em
outras palavras, na maior parte da Nova Medicina, a
manipulação das energias ocultas e os cuidados com a
saúde são inseparáveis. Infelizmente, esta manipulação
da energia mística é muitas vezes uma porta aberta para
o espiritismo sob outro nome. É difícil, caso não seja
impossível, distinguir entre o uso da manipulação da
“energia” e da transferência em muitos tratamentos ho-
lísticos de saúde, e o da manipulação da “energia” en­
contrado entre os ocultistas em suas várias práticas.

Os terapeutas de saúde holísticos interpretam incorreta­


mente esta energia como sendo uma energia natural ou
divina que promove a saúde física e espiritual; quando,
de fato, trata-se de uma energia oculta, espírita, danosa
à saúde física e espiritual. Admitimos que os “compen­
sadores de energia” poderiam não estar fazendo absolu­
tamente nada, mas não é possível descartar o envolvi­
mento com poderes ocultos genuínos.

Em resumo, em vista de serem ineficazes, os tratamen­


tos holísticos de saúde são potencialmente perigosos
porque podem deixar de diagnosticar adequadamente
sintomas físicos, deixando assim de descobrir uma con­
dição subjacente grave que pode progredir até resultar
em novos danos físicos ou morte. E sempre possível
que um método não-convencional de tratamento possa
mostrar-se útil ou sugerir caminhos plausíveis para no­
vas pesquisas. Mas, antes de qualquer método ser aceito
pelo público em geral, o bom senso ensina que suas rei­
vindicações devem ser consubstanciadas.

Além disso, a Nova Medicina pode ter consequências


físicas, psicológicas e/ou espirituais, pois até o ponto
em que os seus métodos possam levar a pessoa ao en-

10
volvimento com o mundo invisível, ela produz os mes­
mos tipos de perigos físicos, psicológicos e espirituais
associados com as práticas ocultas. Infelizmente, a res­
posta aos dois textos anteriores do co-autor John Wel-
don sobre este assunto revela que os métodos holísticos
de saúde não só estão sendo cada vez mais empregados
pelos cristãos, como também muitos não parecem se in­
comodar com os problemas espirituais envolvidos -
desde que a prática “funcione”. Grande número de pes­
soas tem esperanças irreais na medicina moderna - elas
quase esperam milagres. No entanto, apesar dos seus
grandes avanços, a medicina científica não é perfeita.
Voltar-se, porém, para a medicina ocultista só irá com­
plicar o problema em todos os níveis.

Nas páginas seguintes, descrevemos brevemente mais de


40 métodos holísticos e contemporâneos de saúde e/ou ad­
juntos do tratamento. Embora alguns deles possam ser físi­
ca ou espiritualmente neutros, tanto a segurança como a
eficácia devem ser estabelecidas antes de poderem ser re­
comendados. A documentação para as nossas conclusões
relativas a 12 desses assuntos pode ser encontrada na obra
Can You Trust Your Doctor?: The Complete Guide to New
Age Medicine and Its Threat to Your Family (Você Pode
Confiar no Seu Médico?: Guia Completo da Medicina da
Nova Era e Sua Ameaça para a Sua Família', Brentwood,
TN: Wolgemuth & Hyatt, 1990). A documentação de todos
os outros se encontra arquivada no The Ankerberg Theolo­
gical Research Institute (Instituto de Pesquisas Teológicas
Ankerberg', Chattanooga, Tennessee, em New Age Medici­
ne (Medicina da Nova Era), um manuscrito não-publicado
de 1.650 páginas (4.000 notas, 1.100 citações bibliográfi­
cas). Os que desejarem mais informações sobre outras tera­
pias devem entrar em contato com The National Council
Against Health Fraud (veja Leitura Recomendada).

11
S equncIa P arte

Práticas e Tratamentos
Específicos da Nova
Medicina
2. O que são acupuntura e
acupressura?
Acupuntura e acupressura são métodos de aplicação de
estímulo a pontos específicos do corpo. Com base na
religião ocultista do taoísmo, afirma-se poder estimular
o fluxo da bioenergia cósmica conhecida como ki (Ja­
pão) ou chi (China), mediante supostos canais invisíveis
ou “meridianos” do corpo. Quando os órgãos ou siste­
mas do corpo são supostamente deficientes num deter­
minado suprimento de energia ki ou chi, isso resulta em
desequilíbrio e consequentemente em doença. Acredita-
se que a restauração do fluxo da energia psíquica atra­
vés dos meridianos irá revitalizar os órgãos e sistemas
do corpo, curando assim a doença e mantendo a saúde.

Alguns cientistas afirmam que a acupuntura é eficaz para


certas enfermidades, e que ela funciona com base em
princípios ainda desconhecidos. Mas a pesquisa científica
mais recente não defende essa afirmação; os estudos ain­
da têm que demonstrar a eficácia da acupuntura. Por
exemplo, uma análise completa da pesquisa conduzida até
hoje e publicada no The Clinicai Journal o f Pain (Jornal

12
Clínico da Dor, junho de 1991) concluiu que a acupuntu­
ra era na melhor das hipóteses um placebo poderoso (cf.
Journal o f Clinicai Epidemiology [Jornal de Epidemiolo-
gia Clínica], 1990, Vol. 43, pp. 1191-99). Quando os
cientistas ocidentais tentam separar a acupuntura de sua
filosofia ou prática ocultista subjacente, e passam a em­
pregar simplesmente um estímulo inespecífico com a agu­
lha, esses métodos tendem a perder a sua eficácia.

Embora a minoria dos praticantes científicos da acupun­


tura evite o ocultismo, a maioria dos médicos tradicio­
nais não faz isso. A acupuntura e a acupressura clássi­
cas envolvem a prática de uma medicina antiga e pagã,
inseparavelmente ligada ao taoísmo. Além disso, os
programas orientais de meditação ou outras práticas
ocultistas podem ser usados em conjunto com a terapia
da acupuntura. A cura psíquica pode ser também deli­
berada ou inadvertidamente envolvida mediante a práti­
ca de tentar normalizar ou canalizar as energias psíqui­
cas (veja Pergunta 32).

O estímulo por meio de agulhas tem produzido complica­


ções físicas, tais como infecção e danos nos nervos. Pro­
blemas graves infreqiientes, tais como pulmão perfurado e
convulsão, têm sido também registrados. A frequência das
complicações é desconhecida porque não foi feito ainda
um estudo a respeito. Em vista do diagnóstico e do trata­
mento poderem ser ineficazes, existe também a possibili­
dade do diagnóstico errado de uma doença grave.

3. O que são estados alterados de


consciência?
Escrevendo no Journal o f Transpersonal Psychology
(Jornal de Psicologia Transpessoal, 1974, N° 2, p. 125),

13
o psicólogo e pesquisador de consciência da Nova Era,
Kenneth Ring, da Universidade de Connecticut, obser­
vou que nenhum período da psicologia ocidental “exce­
deu o atual com relação ao interesse em manipular os es­
tados de consciência”. De fato, existe uma nova busca
global no sentido de cultivar a alteração de consciência,
reforçada pelo fato de que entre cerca de 4.000 socieda­
des modernas, quase 90% já possuem procedimentos
institucionalizados justamente para essas práticas.

Estados alterados de consciência são um produto do


cultivo deliberado de estados anormais de consciência -
estados que não são normalmente experimentados em
separado de uma técnica ou programa específico (geral­
mente ocultista), usado para desenvolvê-los. Milhares
de proponentes afirmam que os estados alterados produ­
zem, conforme se supõe, um estado “mais elevado” de
consciência ou “ser”, inclusive revelações espíritas
(ocultistas) dramáticas, poderes psíquicos, alteração da
personalidade, e uma reestruturação “positiva” dos pon­
tos de vista do participante ao longo das linhas de pen­
samento orientais/ocultistas. Os estados alterados são
usados para a diagnose e cura psíquicas, fazendo fre­
quentemente parte de programas de meditação que
acompanham inúmeras terapias da Nova Era.

A pesquisa científica nesta área é uma mistura da inves­


tigação de estados normais de consciência, marginal­
mente alterados (isto é, sonhos) e da exploração ocultis­
ta e parapsicológica dos estados místicos e ocultos.

Cultivar estados alterados pode ser perigoso, tanto emo­


cional quanto espiritualmente. Muitos casos de insani­
dade temporária e permanente, contato com espíritos,
transformação oculta, e possessão por espíritos resulta­

14
ram dessa prática. De maneira quase inconcebível, a in­
sanidade temporária é muitas vezes interpretada como
indicando “iluminação” espiritual. Até a possessão por
espíritos está sendo cada vez mais interpretada como
um estado alterado de consciência - supostamente uma
condição mais evoluída de existência. Para outros estu­
dos, a pesquisa de Tal Brooke na obra Riders o f the
Cosmic Circuit (Cavaleiros do Circuito Cósmico) é
uma ilustração da área das práticas religiosas orientais
(hindus). O fato dos estados alterados serem rotineira­
mente cultivados na meditação, sonhos, xamanismo, ca­
nalização, visualização, hipnose, várias terapias de au-
to-ajuda, ioga, e em diversas outras práticas indica que
elas se acham difundidas na sociedade e são responsá­
veis pelos danos emocionais e servidão ocultista de um
número crescente de pessoas.

4. O que é medicina antroposófica?


Medicina antroposófica é uma medicina ocultista, ba­
seada na filosofia da antroposofia desenvolvida pelo ne-
cromante Rudolph Steiner (1861-1925). Ela frequente­
mente incorpora a crença na reencarnação, magia, as­
trologia, animismo, espiritismo, e panteísmo. A
medicina antroposófica alega tratar os pacientes “espiri­
tualmente” (ocultamente) e não apenas fisicamente. Por
exemplo, incluindo conceitos relativos às supostas vidas
passadas dos pacientes (problemas de saúde suposta­
mente relacionados com o karma) e questões “espiri­
tuais” da sua vida presente, os médicos antroposóficos
acreditam que podem oferecer aos pacientes uma abor­
dagem “holística” mais abrangente da saúde.

Embora mais de mil médicos americanos a empre­


guem em seus consultórios, as teorias médicas e os

15
métodos antroposóficos se apoiam em grande parte so­
bre conceitos discutíveis, falsos, ou ocultistas que in­
corporam teorias médicas duvidosas de diagnóstico e
tratamento. Os pacientes correm o risco de um diag­
nóstico falso, tratamentos ocultistas, ou conversão ao
ocultismo.

5. O que é cura atitudinal?


A cura atitudinal é um componente importante da Nova
Medicina, praticada de várias formas por milhares de
pessoas. Ela envolve a alegada normalização ou manu­
tenção da saúde física, mental, e/ou espiritual, mediante
o aprendizado de supostas atitudes mentais “apropria­
das” (isto é, ocultistas).

A cura atitudinal afirma operar porque espírito, mente e


corpo estão inter-relacionados; portanto, as atitudes
mentais apropriadas podem influenciar a pessoa total,
levando-a em direção ao alvo físico, psicológico, e/ou
espiritual desejado.

Embora as afirmações da Nova Era quanto à cura atitu­


dinal jamais tenham sido provadas, seu potencial ocul-
tista é claro; suas formas comuns de prática são tipica­
mente ocultistas, incorporando a filosofia, as revela­
ções e os contatos espíritas da Nova Era.

Os textos ocultistas promovem frequentemente a cura


atitudinal. O guia espiritual da médium Jane Roberts
defende isso no livro The Nature o f Personal Reality: A
Se th Book (Natureza da Realidade Pessoal: Livro de
Se th). A bíblia popular da Nova Era, chamada de A
Course in Miracles (Curso de Milagres) também defen­
de esse aspecto. Esses dois livros são formados por re-

16
velações espíritas admitidamente produzidas por meios
ocultos proibidos pela Bíblia (Deuteronômio 18.9-12).
Esses textos rejeitam energicamente o ensino bíblico e
promovem a filosofia e prática ocultistas.

O perigo da cura atitudinal se encontra na adoção da fi­


losofia e prática ocultistas, na suposição errada de que
isso produzirá “saúde” física, mental e espiritual.

6. O que é treinamento autógeno?


Treinamento autógeno é uma terapia médica do tipo
“mente-corpo” , desenvolvida pelo psiquiatra J. H.
Schultz e seu aluno Wolfgang Luth. Ela resulta, em par­
te, das observações de Schultz sobre a pesquisa da hip­
nose do fisiologista de cérebro Oskar Vogt, além dos es­
tudos do próprio Schultz sobre a ioga, Zen Budismo, e
hipnose. A prática envolve um curso de oito a dez se­
manas que inclui uma hora por semana de instrução,
além de vários exercícios três vezes por dia. Esses exer­
cícios se destinam a levar os participantes a um estado
muito profundo de relaxamento. A visualização e a me­
ditação podem ser também empregadas (veja Perguntas
26 e 42).

Há pouca diferença neste ponto-entre treinamento autó­


geno e outros programas de auto-hipnose/meditação/vi-
sualização que podem produzir benefícios à saúde sim­
plesmente através do pensamento positivo e do relaxa­
mento da mente e do corpo. O fato de muitas condições
físicas responderem até certo ponto a um estilo de vida
mais relaxado não é de surpreender. Mas esses métodos
estão longe de ser uma panacéia universal e podem ter
também conseqüências espirituais mais danosas à saúde
do que os benefícios proporcionados.

17
O que nem sempre é reconhecido em tais práticas é o
potencial oculto e/ou implicações espirituais. Por exem­
plo, muitos métodos de treinamento autógeno são simi­
lares aos encontrados no programa de psicossíntese de­
senvolvido pelo ocultista Robert Assagioli (veja Per­
gunta 34). As técnicas que empregam hipnose,
meditação da Nova Era, e visualização e que se apoiam
em um suposto “eu interior” para orientação têm um
excesso de associações potenciais ou reais com o mun­
do oculto.

7. O que é medicina aiurvédica?


A medicina aiurvédica se apóia numa abordagem hindu
do corpo e da vida em geral. Sua dependência do hin-
duísmo, uma religião misteriosa, a toma atraente para
muitos terapeutas da Nova Era.

A medicina aiurvédica é supostamente originária de re­


velações dos deuses hindus. Ela não se ocupa apenas da
saúde física, mas mantém igualmente a saúde mental e
espiritual conforme definida pelo hinduísmo. Assim
sendo, a medicina aiurvédica é um método espiritual (o
desenvolvimento da vida espiritual segundo as crenças
hindus) que abrange preocupações físicas.

A medicina aiurvédica não se baseia na anatomia tradi­


cional, mas sim na anatomia espiritual (ocultista) do
hinduísmo (isto é, chakras. Veja Pergunta 31). Em vista
dos médicos indianos da antigüidade serem também
metafísicos e em virtude do hinduísmo ensinar que o
corpo é criado pela consciência, a medicina hinduísta é
uma “medicina” do consciente. Ao examinar os gráfi­
cos “anatômicos” da medicina aiurvédica, a pessoa não
vê os órgãos típicos ilustrados no livro Gray ’s Anatomy

18
(Anatomia de Gray), mas sim um diagrama em que a
consciência da mente flui enquanto “cria” o corpo. A
medicina aiurvédica tenta então tratar este suposto “flu­
xo psíquico” . Por isso, o médico aiurvédico não trata
simplesmente o corpo, mas também a mente/espírito
que é mais importante.

Desde que o sintoma físico esteja supostamente sob o


controle da consciência e/ou do fluxo de energia psíqui­
ca conhecido como prana, o alvo é modificar a cons­
ciência para curar o mal. Em essência, portanto, a medi­
cina aiurvédica é a aplicação da filosofia e prática ocul-
tistas do hinduísmo (ou seja, a concepção brâmane
através da meditação da ioga) à prática médica.

O Dr. Deepak Chopra é endocrinologista, ex-chefe da


equipe do New England Memorial Medicai Hospital em
Stoneham, no Maine, e presidente-fundador da Am eri­
can Association o f Ayurvedic Medicine (Associação
Americana de Medicina Aiurvédica). Sua obra Quan­
tum Healing: Exploring the Frontiers o f Mind/Body
Medicine (Cura Quantum: Explorando as Fronteiras da
Medicina Mente/Corpo), juntamente com a obra Ayur-
veda: The Indian A rt and Science o f Medicine (Aiur-
veda: A Arte e a Ciência Indianas da Medicina), de
Chandrashekhar G. Thakkur, e a de Baba Haridas e
Dharma Sara Satsang, Ayurveda: The Yoga o f Health
(Aiurveda: A Ioga da Saúde), demonstram claramente
a natureza metafísica e ocultista da medicina aiurvédi­
ca.

Assim sendo, não importa o que mais o médico aiurvé­


dico pratique, ele sempre pratica uma religião ocultista
que exige que seus pacientes façam uma excursão inte­
rior às profundezas do hinduísmo.

19
8. O que são bioenergéfica (trabalho
corporal neo-reichiano) e terapia
reichiana (orgonomia)?
A bioenergética ou trabalho corporal reichiano foi de­
senvolvida por Alexander Lowen, discípulo da Orgono­
mia ou Terapia Reichiana de Wilhelm Reich. Reich
(1897-1957), que se interessava pelo ocultismo, acredi­
tava erradamente que a causa de muitas desordens e
moléstias físicas e mentais era a impossibilidade de se
alcançar um orgasmo satisfatório. Assim sendo, a su­
posta disfunção sexual ajuda a produzir uma “armadura
de caráter” e uma reação psicofísica aos estresses do
mundo exterior. A armadura do caráter poderia ser su­
postamente removida através da “plena satisfação or­
gástica” . Em outras palavras, Reich acreditava que para
curar o paciente, este deveria poder encontrar gratifica­
ção no ato sexual. Ele estava convencido de que o blo­
queio da “bioenergia” sexual, que chamava de “orgô-
nio” , era devido à armadura - cuja condição resulta da
retenção da energia numa contração muscular, impedin­
do que ela corra através do corpo. Reich passou a ex­
plorar o uso terapêutico da assim chamada energia or-
gônica, que ele também acreditava ser a suposta “ener­
gia da vida” do Universo. Neste sentido, o orgônio se
assemelha a outros conceitos místicos de energia na
medicina da Nova Era, tais como prana e chi.

Embora Reich tentasse demonstrar tanto a realidade co­


mo os poderes curativos dessa energia orgônica, Ale­
xander Lowen, um estudioso dedicado, revisou as teo­
rias de Reich de acordo com suas próprias descobertas.
Apesar de ter rejeitado a teoria do orgônio, ele aceitou
mesmo assim o conceito subjacente de uma “força da
vida”, baseada na energia mística. Assim sendo, a

20
“bioenergética” ou terapia neo-reichiana envolve o estu­
do da personalidade humana em termos dos supostos
processos energéticos do corpo.

A terapia bioenergética possui dois aspectos. O primei­


ro envolve o trabalho corporal (“bodywork”) - exercí­
cios bioenergéticos no qual o indivíduo assume certas
posturas da ioga e faz exercícios de respiração, a fim de
ajudar a aliviar, como se supõe, a tensão muscular que
está obstruindo o fluxo da energia.

Segundo, a terapia bioenergética utiliza o aconselhamen­


to para discutir e analisar os sentimentos do indivíduo
antes ou depois do tratamento. A bioenergética também
se apóia na idéia de ajudar o paciente a expandir a sua
consciência mental, aumentando assim, supostamente, a
sua consciência corporal. Ela tenta ultrapassar a cons­
ciência mecânica e mística, a fim de unir a consciência
da mente e do corpo para que haja maior “percepção”. O
alvo é expandir a consciência até aproximar mais a pes­
soa do “inconsciente”, com a finalidade de produzir uma
nova consciência mais acentuada da unidade e do propó­
sito da vida. Não obstante, esses métodos de trabalho do
corpo também podem produzir experiências místicas, e
muitos pacientes parecem ter alguma forma de experiên­
cia transcendental no decorrer da terapia.

A eficácia da bioenergética jamais foi confirmada, e es­


sas terapias podem encorajar o paciente a buscar o ocul­
tismo (veja Pergunta 10).

9. O que é “biofeedback”?
“Biofeedback” é o uso de equipamento eletrônico espe­
cial e exercícios mentais para influenciar reações fisio-

21
lógicas. O propósito é obter certo controle sobre fun­
ções físicas específicas que as pessoas em geral não
controlam conscientemente.

O controle mental sobre as funções corporais se estende


até a antigüidade mediante a ioga e práticas relaciona­
das. Elmer Green e Barbara Brown estão entre os líde­
res e inovadores modernos mais reconhecidos em “bio-
feedback”, embora aspectos dos princípios e aplicações
do método tenham sido explorados antes por pioneiros
como Johannes Schultz, que desenvolveu o treinamento
autógeno (veja Pergunta 6).

O “biofeedback” afirma trabalhar capacitando as pes­


soas a aprenderem a reconhecer e controlar a nível de
consciência certos parâmetros biológicos, tais como
temperatura da pele, tensão muscular, ondas cerebrais,
pulsação, etc. Como resultado, a pessoa pode controlar
melhor problemas físicos geralmente associados com
esses parâmetros, por exemplo, dor de cabeça tensional,
hipertensão, etc.

O “biofeedback” oferece somente eficácia limitada para


pessoas altamente motivadas e, em particular, para
aquelas adeptas da visualização ou meditação. Esse mé­
todo pode ser também usado para desenvolver estados
alterados de consciência, habilidades psíquicas, e conta­
to com espíritos. Além disso, pode ter resultados desco­
nhecidos ou inesperados relativos à manipulação do
consciente.

Embora o “biofeedback” seja permitido em teoria, não


recomendamos necessariamente a sua prática. Como no
caso da hipnose, as perguntas sem resposta continuam,
certas questões não passam de tentativas, e grande parte

22
do trabalho é experimental. Além disso, problemas físi­
cos ou mentais podem surgir mediante o uso inadequado
por parte de terapeutas não-qualificados. As pessoas que
decidem usar o “biofeedback” devem evitar quaisquer
métodos ou aplicações ocultistas e verificar a orientação
e qualificações do profissional que vai tratar delas.

10. O que são métodos de trabalho


corporal (“bodywork”)?
Métodos de trabalho corporal, também conhecidos co­
mo ciências somáticas (isto é, “rolfing”, integração fun­
cional, orgonomia, bioenergética, método Alexander, e
Arica) representam diversos métodos tanto na prática
quanto na filosofia. Em conjunto, eles são usados por
milhares de pessoas. Nesses métodos, o corpo é fre-
qüentemente empregado como uma ferramenta para
ajudar a “iluminar” ou, de outra maneira, influenciar a
mente. O propósito declarado é aperfeiçoar o funciona­
mento mente/corpo ao longo de um caminho ou pers­
pectiva predeterminada que esteja em harmonia com a
filosofia e os alvos subjacentes do método “bodywork”
específico - alvos que são freqüentemente orientais. Es­
ta ênfase oriental está documentada em textos tais como
Bodymind (Corpo/Mente) do Dr. Ken Dychtwald, uma
autoridade da Nova Medicina.

A influência de Wilhelm Reich (veja Pergunta 8) é vista


em muitos métodos “bodywork”; e semelhanças com a
ioga, uma técnica de “bodywork” original, são freqüen­
temente encontradas. Em vista do corpo ser geralmente
considerado como uma camada grosseira da mente, a
manipulação “adequada” do corpo pode ser usada para
causar impacto na mente e orientá-la em direção aos al­
vos religiosos, psicológicos ou-ocultistas desejados.

23
A experimentação científica é esparsa, embora as pes­
quisas iniciais e outras considerações sugiram que a
maioria desses métodos não funciona com base nos
princípios por eles estabelecidos. Por exemplo, o médi­
co e escritor premiado Hank Pizer, em seu livro Guide
to the New Medicine: What Works, What Doesn ’t (Guia
para a Nova Medicina: O Que Funciona e o que Não
Funciona', 1982, p. 90), afirma: “Há pouca evidência
científica para apoiar as formulações teóricas sobre a
eficácia clínica do método Rolfing ou Feldenkrais (inte­
gração funcional)” . Isto não quer dizer que eles não
possam causar efeitos dramáticos no consciente da pes­
soa; eles podem. Esta a razão de muitos métodos
“bodywork” serem usados em conjunto com várias tera­
pias da Nova Era para assegurar os alvos da Nova Era,
tais como desenvolvimento psíquico, despertamento io-
gue kundalini, desenvolvimento da suposta consciência
mais “elevada”, etc.

O problema com a disciplina “bodywork” é que a


maioria dos seus métodos não foi avaliada clinica­
mente e/ou é suspeita em termos das afirmações fei­
tas. Muitos possuem um potencial ocultista; por exem­
plo, o perigoso fenômeno do despertamento iogue kun­
dalini - que parece ser uma ocorrência bastante
frequente em muitos métodos “bodywork” (veja Per­
gunta 43). Além do mais, as filosofias religiosas da
Nova Era, subjacentes a vários desses métodos, po­
dem condicionar os praticantes segundo os princípios
da Nova Era.

11. O que é percepção respiratória?


Um bom número de religiões e psicoterapias empre­
ga técnicas de “respiração adequada” como um supos­

24
to regulador da saúde física e psicológica, ou com
propósitos da chamada iluminação espiritual (ocultis-
ta). Em virtude dos métodos de percepção respirató­
ria serem geralmente influenciados pela filosofia e prá­
tica oriental ou ocultista (por exemplo, a ioga) e por
serem frequentemente destinados a alterar a consciên­
cia da pessoa, eles são também encontrados nas mui­
tas formas ocultas da psicoterapia transpessoal e pe­
riférica. Os místicos e iogues orientais afirmam des­
de há muito tempo que a respiração é um instrumento
vital para a alteração da consciência. É necessário con-
centrar-se na respiração e no controle do seu “fluxo”
para atingir a iluminação ocultista. Por exemplo, a prá­
tica iogue pranayama tenta usar a respiração para re­
gular o controle da energia da vida mística “sob” a
respiração, prana. O alvo final é a iluminação ocul­
tista que freqüentemente envolve contato com espíri­
tos e/ou possessão (ver Pergunta 43). Os métodos de
percepção respiratória têm pouco a ver com o exercí­
cio cardiovascular. Eles são o que o seu nome impli­
ca - percepção respiratória ou meditação respiratória
(ver Pergunta 26).

12. O que é canalização (médica)?


A canalização médica ocorre quando alguém permite
que uma entidade espiritual o possua com propósitos de
cura da Nova Era. Os espíritos podem possuir aquele
que cura, a fim de fazer um diagnóstico psíquico ou cu­
rar através dele, ou os espíritos podem usar as cordas
vocais para falar através da pessoa, a fim de transmitir
ensinamentos espirituais, médicos, nutricionais, e ou­
tros (veja Pergunta 18). Existem várias formas de co­
municação espiritual através da canalização, tais como
psicografia, transe e ditado de uma voz interior.

25
Até os médicos formados estão se aconselhando ca­
da vez mais com os canalizadores, ou se tornando
eles mesmos canalizadores. Por exemplo, o famoso
neurocirurgião C. Norman Shealy é autor do livro Oc-
cult Medicine Can Save Your Life (A Medicina Ocul-
tista Pode Salvar a Sua Vida) e co-autor com Ca-
rolyn Myss da obra The Creation o f Health: Merging
Traditional Medicine with Intuitive Diagnosis (A Cria­
ção da Saúde: Combinando a Medicina Tradicional
com o Diagnóstico Intuitivo). Em sua clínica, ele em­
prega o conselho psíquico da espírita Myss que ca­
naliza uma entidade chamada “Gênesis”. O canaliza­
dor, Dr. Robert Leightman, ministro ordenado da sei­
ta Ciência da Mente, fala com os espíritos
regularmente. Ele é co-autor, com o médium Cari Ja-
pikse, de cerca de 40 livros de revelação espírita. Seu
trabalho, como consultor psíquico de inúmeros médi­
cos, psiquiatras e psicólogos, vem obtendo para ele
a reputação de ser um dos principais médiuns dos
Estados Unidos.

A canalização afirma operar mediante vários meios. Por


exemplo, pela meditação, visualização, hipnose, estados
alterados de consciência, e outros métodos, os espíritos
conseguem entrar, possuir, e controlar uma pessoa qua­
se da mesma forma que um titereiro controla o seu títe­
re (fantoche). Os terapeutas da saúde da Nova Era afir­
mam que ao permitir que os espíritos os possuam e fa­
lem através deles, a humanidade pode alcançar uma
abundância de sabedoria espiritual e outros conheci­
mentos diretamente dos espíritos que já morreram ou
que estejam altamente evoluídos. Os espíritos afirmam
que podem ajudar nos problemas de saúde das pessoas
e orientá-las em direção a uma verdadeira iluminação
individual e social.

26
O maior problema na canalização é o fato de existir um
grande volume de evidência no sentido de que os espíri­
tos (que afirmam serem entidades sábias e amorosas en­
viadas por Deus para ajudar as pessoas) são na verdade
espíritos mentirosos que a Bíblia identifica como demô­
nios. A canalização faz parte do que a Bíblia associa
com as “forças espirituais do m al” (Efésios 6.10-18),
sendo então especificamente proibida (Deuteronômio
18.9-12). O propósito oculto dos espíritos é ganhar a
confiança dos homens, para que possam exercer in­
fluência e controle sobre eles, a fim de eventualmente
destruí-los.

Alguns dos perigos em potencial da canalização (como


em todo o ocultismo) são o engano espiritual, a servi­
dão oculta, a possessão demoníaca, o esgotamento men­
tal, o dano físico, e outras conseqüências que documen­
tamos em nossos livros The Facts on Spirit Guides (Os
Fatos sobre os Guias Espirituais) e The Facts on the
Occult (Os Fatos sobre o Ocultismo).

13. O que é quiroprática?


Depois da medicina e da odontologia, a quiroprática
é o maior sistema de tratamento de saúde nos Esta­
dos Unidos. A cada ano, aproximadamente 50.000 a
55.000 quiropráticos tratam cinco por cento da popu­
lação norte-americana. A quiroprática foi inventada
por D. D. Palmer (1844-1913), um curandeiro “mag­
nético” que se inclinava ao espiritismo. A quiroprá­
tica enfatiza a importância da coluna vertebral, acre­
ditando ser ela o órgão vital do corpo, muitas vezes
negligenciado pela medicina contemporânea. A teoria
e a prática quiropráticas de hoje são muitas vezes di­
ferentes e contraditórias. Os métodos vão desde os

27
responsáveis e científicos até os irresponsáveis e não-
científicos. O conflito entre a teoria e a prática sig­
nifica que quase toda avaliação da quiroprática pode
ser considerada como “não-representativa” . Não obs­
tante, o artigo do National Council Against Health
Fraud (Conselho Nacional Contra a Fraude na Saú­
de) sobre quiroprática, com base em vasta pesquisa,
afirma que “a maioria dos quiropráticos não compar­
tilha a opinião sobre saúde e doença defendida pelos
cientistas da saúde em todo o mundo” . O Conselho
fornece critérios específicos que devem ser mantidos
pelos praticantes verdadeiramente científicos da qui­
roprática.

É importante compreender que a terapia de manipula­


ção da coluna (SMT7TMC), usada por quiropráticos e
muitos médicos especialistas, tais como os fisiatras, não
é necessariameflte idêntica à quiroprática. A terapia ma-
nipulativa é segura, eficaz e útil para o tratamento de
dor nas costas, dores de cabeça, e certos outros proble­
mas dos músculos e do esqueleto. Os quiropráticos são
geralmente mais habilitados neste método do que os ou­
tros praticantes, por causa do seu treinamento prolonga­
do. Mas a quiroprática como um todo pode envolver
também mais do que a terapia manipulativa (abrangen­
do outros tratamentos, alguns dos quais são da Nova
Era ou cientificamente duvidosos). A terapia manipula­
tiva propriamente dita pode ser utilizada em excesso pe­
los quiropráticos ou aplicada em condições em que não
haja justificativa para ela.

O tratamento quiroprático envolve ajustes físicos para


corrigir “subluxações” ou desvios da coluna. Esses des­
vios supostamente afetam ou pressionam os nervos da
espinha, interferindo com o fluxo dos impulsos nervo-

28
sos para o resto do corpo, produzindo doenças ou susce­
tibilidade às doenças. Ao corrigir as subluxações, o de­
sempenho apropriado do sistema nervoso é suposta­
mente restaurado, mantendo ou melhorando a saúde do
indivíduo. Esta a razão dos dicionários médicos e outros
definirem caracteristicamente a quiroprática como um
sistema de tratamento das doenças apoiado na manipu­
lação da coluna vertebral. Os quiropráticos também
afirmam que uma das suas principais preocupações é a
prevenção de moléstias mediante a correção das sublu­
xações.

Muitos quiropráticos afirmam que podem evitar ou tra­


tar de grande número de doenças e desordens não rela­
cionadas com problemas músculo-esqueléticos. A lite­
ratura quiroprática lista condições como hipertensão ar­
terial, bronquite, asma, problemas psíquicos e
respiratórios, úlcera péptica, diabetes, problemas car­
díacos, etc. Os adeptos acreditam que sua prática produ­
ziu resultados clínicos, melhorando ou curando essas
moléstias. Eles argumentam que tal sucesso clínico oca­
sional significa que é injusto descartar o papel do poten­
cial quiroprático no tratamento de enfermidades orgâni­
cas sem novas pesquisas.

A maioria dos textos médicos nota que a teoria funda­


mental da quiroprática não está confirmada e que a teo­
ria quiroprática não é aceita pela profissão médica com
base no conhecimento atual.

Ao escrever no livro de Scott Haldeman (ed.) M odem


Developments in the Principies and Practice o f Chiro-
practic (Desenvolvimentos Modernos nos Princípios e
Prática da Quiroprática; (1980, pp. 36,37), Walter I.
Wardwell explica o dilema:

29
Os quiropráticos não podem matar dois coelhos com uma
só cajadada. Em vista de rejeitarem os conceitos básicos
da ciência médica como sendo fundamentalmente erra­
dos, e proporem a quiroprática como filosofia e ciência
completamente diversas e capazes de tratar quase toda a
gama dos males humanos, eles inevitavelmente encon­
tram grande dificuldade para convencer a massa de cida­
dãos informados de que a avaliação da quiroprática pela
medicina é errada.

De acordo com um líder influente da Associação Cristã


Quiroprática: “Nenhum D. Q. (Doutor em Quiroprática)
quer praticar a medicina em qualquer das suas formas -
pagã ou científica.”

Os quiropráticos afirmam que o que já se conhece sobre


o sistema nervoso e seu controle do corpo torna pelo
menos plausível o conceito da subluxação quiroprática.
O fato de não podermos provar a existência de subluxa-
ções ou de seus efeitos, não significa que elas não pos­
sam existir e não tenham influência sobre o corpo. Na
obra Chiropractors: A Consumers’ Guide (Quiropráti­
cos: Manual do Consumidor, pg. 46), John Lagone ar­
gumenta: “Ninguém sabe o suficiente sobre a função do
sistema nervoso para dizer com segurança que a quiro­
prática não faz o que ela diz que faz”. Além disso, os
quiropráticos afirmam que os médicos comuns talvez
“não compreendam o caráter essencial de uma subluxa­
ção” ou deixam de observar distinções entre defeitos es­
truturais que não aparecem no raio-X e defeitos fun­
cionais que só se tornam evidentes quando uma junta é
examinada mediante uma série de movimentos.

Os quiropráticos também afirmam que os resultados ob­


tidos por eles em suas clínicas indicam que a pesquisa

30
científica irá eventualmente validar a teoria quiropráti-
ca.

É claro que se as subluxações realmente contribuíssem


para causar moléstias e os quiropráticos pudessem re­
movê-las, ajudando assim na cura da enfermidade, os
médicos e pacientes ficariam extasiados. Mas, até mes­
mo um artigo do jornal quiroprático Journal o f Manipu­
lative and Physiological Therapeutics (Jornal de Tera­
pias Manipulativas e Fisiológicas; janeiro de 1991, p.
48) comentou: “Talvez ainda mais prejudicial à profis­
são é a ausência de seu próprio grupo de pesquisa cien­
tífica, confirmando e explicando a natureza patogênica
exata das subluxações e da promoção da saúde com a
sua eliminação” .

Mark Bricklin, editor executivo da revista Prevention


(Prevenção) escreve na The Practical Encyclopedia o f
Natural Healing (Enciclopédia Prática da Cura Natu­
ral; Nova Iorque: Penguin, 1983-1990, p. 111): “Os cé­
ticos afirmam que não há provas nem evidência clínica
sugerindo que se a coluna vertebral for ‘como a do re­
cém-nascido’ - livre de obstruções - não haverá doen­
ças. Ou que não se pode esperar que as manipulações
quiropráticas acelerem o alívio de mais do que dores e
sofrimentos do sistema músculo-esquelético”.

Os críticos perguntam porque, dentre todos os especia­


listas em medicina do mundo, só os quiropráticos acei­
tam as subluxações. Hank Pizer, conhecido escritor e
médico, observa em seu Guide to the New Medicine:
What Works, What D oesn’t (Nova Iorque: William M or­
row, 1982, p. 83): “A ‘subluxação’ mencionada pelos
quiropráticos parece ser em grande parte uma teoria
aceita principalmente pelos próprios quiropráticos.”

31
O escritor científico e. defensor da quiroprática John
Lagone observa (p. 27) que “todos os quirqpráticos
concordam que a subluxação desempenha um papel
na enfermidade e nas irregularidades de saúde. Mas
as suas opiniões diferem sobre a parte do corpo em
que a subluxação é encontrada, qual a sua importân­
cia nas moléstias e disfunções específicas, e quanto
ao que constitui o tratamento apropriado”.

O Dr. W illiam T. Jarvis é professor de medicina


preventiva na U niversidade de Lom a Linda e pre­
sidente do “Conselho N acional Contra Fraudes na
Saúde” [dos EUA], Ele se especializou em pesqui­
sas sobre quiroprática. O Dr. Jarvis escreve como
crítico da quiroprática e procura estim ular a refor­
m a nessa profissão. N a obra M inistry (Ministério',
m aio de 1990, p. 26), ele observa que a quiroprá­
tica jam ais definiu a subluxação em term os m en­
suráveis, nem provou que ela existe. Nota tam bém
que, apesar da habilidade dos neurofisiólogos para
m edir os im pulsos nervosos, os quiropráticos jam ais
dem onstraram que afetar um nervo da espinha al­
tera um im pulso além da zona afetada ou que in­
terrom per um impulso nervoso pode causar doen­
ça. Ele cita a im portante pesquisa anatôm ica do
anatom ista Edm und Crelin da U niversidade de Ya-
le como tendo dem onstrado que as subluxações não
podem funcionar da m aneira alegada pela quiroprá­
tica. Também afirma que inúm eros estudos foram
conduzidos, nos quais dois ou mais quiropráticos
não conseguiram encontrar as subluxações idênti­
cas, seja na mesm a radiografia ou nos m esm os pa­
cientes, indicando que os quiropráticos podem fa­
cilm ente discordar quanto às condições específicas
que requerem tratamento.

32
Se as subluxações existirem e se houver realmente uma
possibilidade de curar uma doença com a correção das
mesmas, isto seria excelente. Mas é preciso que seja de­
monstrado mediante uma pesquisa-padrão. Confiar nas
afirmações ou na experiência da medicina empírica dei­
xa a pessoa insegura quanto aos efeitos notados pode­
rem ser atribuídos a outras causas.

Não obstante, a manipulação física correta, empregada


pelos quiropráticos, pode ser tanto segura quanto bené­
fica. A massagem geral para as dores de cabeça e a tera­
pia da manipulação racional e conservadora da coluna
para certas dores de costas e outras desordens músculo-
esqueléticas são clinicamente justificáveis. Esta a razão
da maioria dos quiropráticos passar a maior parte do
seu tempo tratando sintomas neuro-músculo-esqueléti-
cos. O British Medicai Journal (Jornal Médico Britâni­
co; 2 de junho, 1990) relata que a quiroprática “era
mais eficaz” para certos tipos de dores severas nas cos­
tas do que o tratamento-padrão ambulatorial do pacien­
te. O Rand Report (Relatório Rand) de 1991 concluiu o
seguinte (p. V):

A qualidade da literatura sobre a eficácia da manipulação


da coluna não é regular... Feita essa advertência, o apoio
é consistente para o uso da manipulação espinhal como
tratamento para pacientes com dores agudas na parte in­
ferior das costas (região sacra) e ausência de outros si­
nais ou sintomas de envolvimento da raiz do nervo nos
membros inferiores. A defesa é menos clara para as ou­
tras indicações, para algumas ela é insuficiente (dores
agudas e sub-agudas na parte baixa das costas [região
sacra] com ciática, dores agudas e sub-agudas no fim
das costas [região sacra] com problemas neurológicos
menores nos membros inferiores, a maioria dos tipos de

33
dores crônicas nas costas), enquanto a evidência para
outras é conflitante (dor aguda na parte baixa das costas
[região sacra] com ciática e problemas neurológicos me­
nores nos membros inferiores, dor sub-aguda na parte fi­
nal das costas [região sacra] sem ciática, e dor crônica
no fim das costas [região sacra] sem ciática).

A qúiroprática, como a odontologia, é uma especialida­


de limitada que não deve substituir o tratamento médico
padrão. Os quiropráticos responsáveis são bons terapeu­
tas físicos e não médicos de primeiros socorros.

Embora a qúiroprática em si não seja da Nova Era,


infelizmente, muitos quiropráticos empregam vários
tratamentos de saúde holísticos citados neste livro. Al­
guns comentaristas acreditam que a qúiroprática pode
desempenhar um papel-chave no avanço da saúde ho-
lística nos EUA. Da mesma forma, a primeira teoria
qúiroprática (incorporando a crença numa força de vi­
da divina chamada de “Inata”) pode abrir a porta pa­
ra as práticas ou crenças ocultistas entre os quiroprá­
ticos que se apegam a este ou outros pontos de vis­
ta similares.

Além disso, várias terapias da Nova Era foram desen­


volvidas por quiropráticos - tais como a iridologia, de­
senvolvida por Bernard Jensen; cinestesia aplicada, de­
senvolvida por George Goodhart; Toque da Saúde, de­
senvolvida por John Thie; e naprapatia, desenvolvida
por Oakley G. Smith. A qúiroprática, infelizmente, co­
meçou quase sozinha a prática falsa do “teste muscular”
nos EUA (veja a Pergunta 27). Também encontramos
algumas pessoas que se tornaram mestras nas terapias
da Nova Era, principalmente porque seu quiroprático
pessoal usou um tratamento da Nova Era especial para

34
elas, estimulando o seu interesse. A reflexologia, irido-
logia, homeopatia, teoria da polaridade são exemplos
(veja Perguntas 20, 23, 30 e 35).

A aceitação de teorias não demonstradas ou métodos


da Nova Era encontrados na moderna quiroprática sig­
nifica que os seus praticantes devem ser cuidadosamen­
te avaliados antes do paciente iniciar o tratamento. A
influência cristã significativa na quiroprática deve es­
tar em primeiro plano na reforma dessa área de ativi­
dade.

14. O que é cromoterapia ou terapia


da cor?
A terapia da cor envolve o suposto uso e percepção psí­
quicos da cor para diagnosticar e tratar as moléstias físi­
cas e/ou os problemas emocionais. Por exemplo, os te­
rapeutas da cor afirmam poder diagnosticar corretamen­
te a condição do corpo “vendo” e avaliando
psiquicamente a condição da “aura”, uma camada psí­
quica que supostamente envolve os seres vivos, ou os
chakras, centros psíquicos supostamente existentes no
interior do corpo. Eles afirmam que prescrever “trata­
mentos apropriados mediante a cor” ou “canalização da
energia” irá corrigir deficiências de cor/vibração na au­
ra e/ou chakras, ajudando a curar o corpo.

O campo da cromoterapia está repleto de práticas subje­


tivas e crenças conflitantes, tornando impossíveis o
diagnóstico e o tratamento objetivos. A cromoterapia é
quase sempre uma prática ocultista e/ou fraude. Exem­
plos do potencial ocultista encontrado nos tratamentos
por cromoterapia incluem desenvolvimento psíquico,
canalização da energia, meditação ocultista, e desenvol­

35
vimento de estados alterados da consciência (veja Per­
gunta 31).

Complicações resultantes da terapia da cor podem in­


cluir diagnóstico errado de uma enfermidade grave ou
suscetibilidade a influências ocultistas. A terapia da cor
deve ser distinguida do estudo científico legítimo da cor
e seus efeitos sobre animais e seres humanos.

15. O que é cura por cristais/trabalho


com cristais?
A cura por cristais, no momento uma das práticas mais
populares da Nova Era, é o uso do “poder” supostamen­
te inerente aos cristais para a cura, desenvolvendo habi­
lidades psíquicas, contato espiritual, e outros alvos da
Nova Era. Os cristais pretensamente contêm a capacida­
de de enfocar e dirigir as energias psíquicas para a cura
e outras atividades ocultas.

O trabalho com cristais é uma forma de animismo, em


que objetos inanimados são tidos como possuindo po­
deres espirituais que podem ser contatados, utilizados
ou dirigidos. Mas no animismo qualquer poder sobrena­
tural contatado é originário do mundo espiritual. Assim
sendo, os cristais não possuem poderes mágicos em si
mesmos, e só se tornam um instrumento através do qual
os espíritos podem trabalhar. Quando pressionados, a
maioria dos que curam com cristais admitem que o po­
der por trás dos cristais é espírita.

Muitos objetos similares são também considerados co­


mo possuindo propriedades mágicas (amuletos, pedras
mágicas, ou gemas), mas um fato anula esta crença: as
habilidades e poderes psíquicos permanecem, embora o

36
objeto não seja mais utilizado. Em outras palavras, es­
ses objetos são apenas material de contato - um disfar­
ce através do qual os espíritos trabalham para obter in­
fluência sobre a vida das pessoas.

Todos os métodos divinatórios utilizam algum obje­


to principal que se torna o foco e/ou veículo me­
diante o qual os espíritos trabalham para servir o
cliente e produzir as respostas necessárias às ques­
tões, análise de caráter, prognosticação futura, poder
sobrenatural, etc. As formas comuns de adivinhação
e os objetos usados incluem astrologia (horóscopo);
tarô (cartões com símbolos); I Ching (varetas, hexa-
gramas); runas (dados); tabuleiro Ouija (prancheta
com o alfabeto); radiônica?psicometria (varinha de
adivinhação, pêndulo, “caixa preta”, etc.); quiroman­
cia (leitura das linhas da palma da mão); observação
de cristais (bola ou pedra de cristal); metoscopia/fi-
siogonomia/frenologia (testa, rosto, crânio); geoman-
cia (combinações de pontos); rabdomancia (forquilha
ou outro objeto).

É lógico esperar que simples pedaços de papel contendo


símbolos (horóscopos), simples forquilhas, cartas,
mãos, dados, letras do alfabeto, pedras, linhas faciais,
ou pontos possam conferir poder sobrenatural ou dar in­
formação milagrosa sobre uma pessoa ou o seu futuro?
Até os praticantes dessas artes se referem a “influências
sobrenaturais” - a “deuses” e espíritos que operam me­
diante esses métodos.

Os problemas em potencial resultantes da cura por


cristais incluem os da M edicina da Nova Era em ge­
ral: diagnóstico e tratamento errados, e influência
ocultista.

37
16. O que e rabdomancia,
hidromancia?
Rabdomancia é uma prática psíquica que emprega ins­
trumentos (vara e pêndulo, forquilhas) e métodos divi­
natórios, a fim de obter a informação desejada. Por
exemplo, a rabdomancia é usada para descobrir a natu­
reza ou localização da doença, e determinar o tratamen­
to apropriado. E também usada para localizar água ou
minerais, objetos perdidos, pessoas desaparecidas, te­
souros escondidos, etc. A hidromancia afirma operar
mediante uma pretensa sensibilidade natural aos fenô­
menos geomagnéticos, “radiações pela água”, ou algu­
ma suposta “habilidade motora” inconsciente que opera
de maneira desconhecida.

Mas a rabdomancia não é a habilidade humana que


muitos supõem que seja. Pelo contrário, é um poder es­
pírita (veja Pergunta 33). Aprender a rabdomancia en­
volve muitas vezes o cultivo de estados de consciência
alterados, leves ou moderados, desenvolvimento dos
poderes psíquicos, e até contato com espíritos. Como
documentado na literatura específica sobre rabdomancia
ou no livro de Ben Hester, Dowsing: An Exposé ofH id-
den Occult Forces (Rabdomancia: Uma Exposição das
Forças Ocultas', publicado pelo próprio autor, à disposi­
ção no seguinte endereço: 100 North 8th St., Montague,
CA, 96064, USA), muitos rabdomantes conhecidos ad­
mitem abertamente que a rabdomancia é uma habilida­
de sobrenatural e alguns chegam a confessar que pos­
suem guias espirituais.

Em relação à Bíblia, a rabdomancia é rejeitada tanto


descritivamente (Oséias 4.12) quanto pela sua natureza
(como adivinhação, Deuteronômio 18.9-12).

38
Alguns dos prováveis perigos incluem riscos à saúde
mediante diagnóstico ou tratamento inadequados, in­
fluências ocultistas, e perda financeira ou outra fraude
quando a rabdomancia falha.

17. O que é trabalho com sonhos?


Os sonhos fascinam milhares de pessoas, inclusive
grande número de pesquisadores. O trabalho com so­
nhos envolve a exploração e/ou a interação com os so­
nhos como um auxiliar da cura física, para a percepção
psicológica na psicoterapia, para a percepção espiritual
no trabalho “cristão” com o sonho, e/ou a manipulação
dos sonhos para revelações ocultas ou crescimento espi­
ritual nas práticas da Nova Era.

As práticas de trabalho com sonhos, que se estendem


até a antigüidade, afirmam que nossos sonhos podem
refletir poderosamente e/ou influenciar as realidades fí­
sicas, psicológicas e espirituais. Na cura física, os so­
nhos podem ser supostamente usados para revelar obs­
táculos e auxiliar no processo de cura. Na psicoterapia,
pretende-se que o estudo dos sonhos possa abrir as por­
tas do inconsciente para revelar e ajudar a resolver con­
flitos emocionais ocultos ou outros problemas. No tra­
balho cristão com os sonhos, estes são vistos como si­
nais ou até mensagens ou revelações pessoais de Deus.
Portanto, para alguns, estudar os sonhos equivale a estu­
dar a “Palavra de Deus”. Nas práticas da Nova Era, os
sonhos podem ser explorados e até manipulados, como
no trabalho lúcido com sonhos. Neste tipo de trabalho,
os sonhos são empregados por várias razões, inclusive
revelação ocultista, contato com espíritos, desenvolvi­
mento psíquico, viagem astral, e estados alterados de
consciência induzidos.

39
Inúmeras pesquisas foram feitas quanto à natureza, pro­
pósito e significado dos sonhos; todavia, muitas não
passam de tentativas. Os sonhos podem refletir os acon­
tecimentos ou preocupações de nossa própria vida, mas
não a solução para todos os nossos problemas.

Os principais problemas do trabalho com os sonhos são


os seguintes: (1) o valor do trabalho no que se refere à
cura física não foi confirmado; (2) a interpretação dos
sonhos na psicoterapia e outras terapias é quase sempre
subjetiva e contraditória; (3) no trabalho psicoterapêuti-
co e “cristão” com os sonhos e na manipulação ocultista
dos sonhos pela Nova Era, a prática pode ter conse­
quências inesperadas ou imprevistas. Por exemplo, al­
guns pesquisadores especularam quanto à possibilidade
desse método inibir os processos normais no que diz
respeito a esquecer as experiências danosas; (4) muitos
dos livros e manuais sobre sonhos que consultamos pro­
moviam o contato com espíritos sob o disfarce de dialo­
gar com “personagens de fantasia” . O trabalho com os
sonhos pode ser também usado com propósitos ocultis-
tas, explicando a razão dos espíritos-guias frequente­
mente encorajarem a prática (isto é, as revelações espí­
ritas encontradas em livros, tais como On Dreams (So­
nhos) de Edgar Cayce e Seth: Dreams and Projection o f
Consciousness (Seth: Sonhos e Projeções do Conscien­
te) de Jane Roberts.

Talvez seja melhor que os sonhos normais não recebam


um significado espiritual ou qualquer outro que não
possuem. Os sonhos divinamente inspirados, tais como
os encontrados na Bíblia são (1) relativamente raros, (2)
dados por Deus para realizar a Sua vontade, (3) não po­
dem ser induzidos ou manipulados pelo homem, e (4)
claros em propósito e significado. O uso que Deus faz

40
dos sonhos na Bíblia contrasta com o seu emprego co­
mum na psicoterapia, no trabalho cristão com os so­
nhos, e na manipulação ocultista do sonho onde o seu
valor e significado não são estabelecidos.

18. Quais são os métodos de cura de


Edgar Cayce?
Os livros de Edgar Cayce venderam milhares de cópias,
todos eles enfatizando a importância da saúde. Os méto­
dos de cura de Edgar Cayce envolvem um programa de
saúde e filosofia baseado nas revelações espíritas (cha­
mado “Leituras”) do médium Edgar Cayce (1877-1944).
Seguir as sugestões de saúde dadas nessas leituras ocul-
tistas resulta em saúde excelente para a pessoa, segundo
afirmado. As sugestões para a saúde combinam com te­
rapias naturais, tal como compressas de óleo de rícino,
com atitudes mentais (cura atitudinal, veja Pergunta 5)
“apropriadas” e “sintonia” espiritual “adequada”.

Embora Edgar Cayce tenha canalizado a informação re­


lativa à cura, os programas específicos baseados nela
foram desenvolvidos em conjunto com a organização
Cayce oficial, a ARE - Association fo r Research and
Enlightenment (Associação de Pesquisa e Iluminação)
de Virginia Beach, na Virgínia. Um grande número de
médicos se converteu aos métodos de Cayce, que são
também promovidos por várias clínicas Cayce, progra­
mas referenciais, e inúmeros simpósios ARE sobre a
medicina da Nova Era oferecidos no decorrer dos anos.

A maioria dos métodos de Cayce, se não todos, foi de­


sacreditada com base em dados científicos conhecidos.
Se eles funcionam, funcionam por razões que indepen­
dem das teorias dadas. Por exemplo, os tratamentos têm

41
um resultado muito melhor para aqueles que adotam o
ponto de vista ocultista de Cayce, sugerindo componen­
tes psicológicos e ocultistas para a cura. Até mesmo os
líderes dos métodos de saúde de Cayce, tais como o Dr.
Harold J. Reilly, admitiram que os métodos geralmente
funcionam só para aqueles que acreditam na filosofia
ocultista de Cayce.

O principal problema desta abordagem é que as “Leitu­


ras” de Cayce não se baseiam nas descobertas da medi­
cina científica. Pelo contrário, são integradas com a fi­
losofia da reencarnação, curas por correspondências
“vibratórias” *, e outras idéias ocultistas da Nova Era.
Em vista das “Leituras” ensinarem que a “saúde” é pro­
movida por uma atitude mental e/ou espiritual “adequa­
da”, as pessoas que empregam as revelações de Cayce
como parte de um programa de saúde geralmente aca­
bam tendo uma visão ocultista do mundo.

Não se deve acreditar nas revelações espíritas sobre qual­


quer assunto, porque qualquer verdade vem sempre mis­
turada com erros espirituais ou outros erros graves. Os
perigos dos métodos de Cayce envolvem a conversão ao
ocultismo, e o fato de que os tratamentos sugeridos pelas
“Leituras” podem ser ineficazes, falsos ou perigosos.

19. O que é medicina herbórea


(botanoterapia, fitoterapia,
aromaterapia, vegetoterapia)?
Medicina herbórea é o uso de ervas e outros produtos
extraídos das plantas para supostamente ajudar na cura

* Supostas ligações psíquicas entre o corpo e o Universo, ou entre


o corpo e a “medicina” do paciente.

42
de grande variedade de males físicos; ou o uso de ervas
e plantas com um “potencial espiritual” para a cura físi­
ca ou psíquica e/ou outros aspectos ocultos - como os
Florais de Bach, Vita Florum, aromaterapia e práticas
similares. Determinadas ervas, plantas ou flores são ti­
das como possuidoras de propriedades curativas físicas
ou espirituais. Raízes, folhas, caules, plantas, sementes,
etc. são preparados de várias formas, algumas vezes
mediante métodos psíquicos, e consumidos oralmente
como medicamento ou usados na pele como pomada.

Algumas ervas e plantas contêm realmente proprieda­


des medicinais, e na forma de extratos ou produtos sin­
téticos são usadas nos modernos cuidados de saúde e
tratamentos médicos. A matéria científica conhecida co­
mo farmacognosia é um campo legítimo e importante,
sendo porém necessária pesquisa científica considerável
para separar o joio do trigo. Infelizmente, a Nova Era
ignora em grande parte as preocupações científicas
quanto às ervas e procura seus próprios métodos e inte­
resses.

Por exemplo, a medicina herbórea da Nova Era poderia


incorporar práticas como o desenvolvimento de estados
alterados de consciência e contatos espíritas através do
uso de plantas alucinógenas (como em muitas formas
de xamanismo) ou práticas de curas psíquicas através
do controle de um suposto poder oculto latente nas
plantas ou ervas.

A medicina herbórea da Nova Era é praticamente, se


não exclusivamente, uma combinação de comércio du­
vidoso e ilusões baseadas na ignorância (cf. V. E. Tyler,
The Honest Herbal [O Herbanário Honesto]). Muitos
remédios feitos de ervas e até alguns chás comumente

43
vendidos são potencialmente perigosos por si mesmos
ou através de reações alérgicas ou sinergia. Alguns me­
dicamentos que contêm ervas são cancerígenos e outros
são rotulados erradamente ou contaminados por frag­
mentos de insetos. Além disso, o uso de tratamentos
ineficazes ou perigosos pode retardar a cura ou, de ou­
tra forma, exacerbar doenças graves. É também possível
encontrar outras influências ocultistas na medicina her-
bórea da Nova Era.

20. O que é homeopatia?


Homeopatia é o sistema de diagnose e tratamento de­
senvolvido por um médico rebelde e místico, Samuel
Hahnemann (1755-1843). Ela é baseada no princípio “o
semelhante cura o semelhante” - isto é, a mesma subs­
tância que causa sintomas num indivíduo sadio irá curar
esses sintomas numa pessoa doente. Na Europa, a ho­
meopatia é cada vez mais aceita pela profissão médica,
e, nos Estados Unidos, vários milhares de homeopatas
tratam centenas de milhares de clientes satisfeitos.

A homeopatia alega curar corrigindo o desequilíbrio ou


problema na “força vital” ou energia da vida do corpo,
que se manifesta ou irá manifestar-se mais tarde como
doença. Mediante um processo quase ritual de diluir e
agitar, as substâncias homeopáticas (supostos medica­
mentos) se tornam medicamentos poderosos em energia
que irão estimular o sistema de imunização ou corrigir
problemas na pretensa “força vital” do corpo, curando
assim a enfermidade.

Existem três tipos diferentes de homeopatas: (1) o tradi­


cional que segue quase inteiramente as teorias não-cien­
tíficas e potencialmente ocultistas de Samuel Hahne-

44
mann; (2) o orientado cientificamente e/ou parapsicolo-
gicamente que tenta introduzir a homeopatia no século
vinte, incluindo porém a prática altamente suspeita de
diluir quase infinitamente as suas “receitas” ; e (3) o ho-
meopata “demitologizado” que pensa que os remédios
homeopáticos podem operar mediante princípios desco­
nhecidos, mas duvida que eles possam ser eficazes nu­
ma diluição tão alta em que literalmente não permaneça
sequer uma molécula do “medicamento” original.

Apesar das muitas afirmações e supostos paralelos com


as práticas e fenômenos médicos modernos, a homeopa­
tia não é uma prática médica legítima. O diagnóstico
homeopático é subjetivo e ineficaz. A maioria dos “re­
médios” homeopáticos são tão diluídos que não podem
exercer um efeito físico. A afirmação de que eles ope­
ram sobre a “força vital” ou “corpo astral” não é prova­
da e pode abrir caminho para as práticas ocultistas.

Os homeopatas se referem a cerca de 20 ou mais estu­


dos que afirmam confirmar o valor da homeopatia, ig­
norando entretanto inúmeros estudos que refutam as
“leis” homeopáticas. É claro que com literalmente mi­
lhares de substâncias homeopáticas extraídas de plan­
tas, minerais e animais, sendo largamente testadas, co­
mercializadas e consumidas (tudo, desde beladona, ve­
neno de cobra, arsênico, e pólvora até areia, baratas, e
lagostas) é pelo menos possível, em diluições baixas,
que algumas possam ter valor medicinal (veja Pergunta
19). Mas cada substância iria requerer testes rigorosos
para provar a sua eficácia. Além do mais, isto não pro­
varia o valor da homeopatia, mas somente que as pro­
priedades medicinais pré-existentes de certas substân­
cias (não a sua “força vital”) estavam sendo empregadas
e que faziam um efeito físico e não oculto.

45
Exemplos do potencial oculto do diagnóstico e trata­
mento homeopático incluem homeopatas que empre­
gam: diagnóstico e cura psíquicos; espiritismo; astrolo­
gia e outras filosofias ocultistas; assim como o uso de
pêndulos, instrumentos radiônicos, e outros dispositivos
dessa espécie.

2 1 . 0 que sõo hipnose e regressão


hipnótica?
Hipnose é uma condição deliberadamente induzida de
sugestionabilidade e transe acentuados, produzindo um
estado dé consciência altamente flexível e capaz de ser
dramaticamente manipulado. O método é empregado
por milhares de médicos e psicoterapeutas.

Vestígios dessa prática podem ser encontrados desde a


antiguidade e ela é associada com freqüência ao ocultis­
mo. O hipnotizador e psicoterapeuta Anton Mesmer (de
onde se deriva o termo “mesmerismo”) é no geral con­
siderado como o moderno pai da hipnose.

Os processos exatos que fazem a hipnose funcionar são


desconhecidos. Pesquisas científicas foram conduzidas,
suprindo grande volume de informação a nível do tran­
se hipnótico e suscetibilidade a ele; todavia, o que é a
hipnose e como ela funciona são pontos ainda larga­
mente discutidos. Afirmações difundidas e freqüente-
mente exageradas são feitas quanto à sua aplicação à
medicina, psicoterapia, educação e muitos outros cam­
pos. Alguns promotores de processos de auto-ajuda fa­
zem alegações sensacionais no sentido do uso da hipno­
se para tratar ou curar uma infinidade de problemas físi­
cos e pessoais - desde alergias, obesidade, e câncer até
baixa auto-estima, tabagismo, e culpa. Eles afirmam

46
que as suas possibilidades de aplicação na área de cres­
cimento pessoal, potencial humano, e auto-transforma­
ção são quase infinitas.

Concordamos facilmente que a hipnose é um estado


singular de alteração da consciência que pode ser uti­
lizado em uma grande variedade de propósitos ocultis-
tas - inclusive desenvolvimento psíquico, contato com
espíritos, viagem astral, psicografia, regressão e/ou te­
rapia de vidas passadas (reencarnação), e muitos ou­
tros. Mas, como documentamos no livro The Facts on
the Occult (Os Fatos Sobre o Ocultismo) e The Facts
on Hinduism in America (Os Fatos Sobre o Hinduísmo
na América; Harvest House), tais práticas são perigo­
sas.

Outros problemas também se apresentam com o uso da


hipnose, não sendo um dos menores a entrega da men­
te do indivíduo às sugestões e controle de outra pes­
soa, assim como as possíveis incertezas quanto à natu­
reza e implicações a longo prazo do estado hipnótico.
É também possível que a hipnose possa estar ligada à
prática biblicamente proibida do “feitiço” e/ou “encan­
tamento”. Caso positivo, ela seria realmente proibida,
pois o cristão deve ser enchido com o Espírito Santo.
O que ele não deve é permitir que a sua mente seja
controlada por outra pessoa, em especial um incrédu­
lo, ou permitir a possibilidade da influência por enti­
dades espirituais, como em certas aplicações ocultistas
da hipnose.

Outros riscos da hipnose incluem a possibilidade de in­


fluências ocultas não intencionais e inesperadas, ou ou­
tros problemas surgidos do estado de transe e abuso por
parte do hipnotizador.

47
Outrossim, inúmeros psicoterapeutas da Nova Era e
alguns tradicionais empregam o que é chamado de te­
rapia das “vidas passadas”. Mais de uma dúzia de tex­
tos foram escritos a este respeito por psicólogos di­
plomados. A terapia das vidas passadas emprega a hip­
nose para colocar o indivíduo em estado de transe
com um propósito específico. Esse propósito é enviar
a pessoa de “volta” à sua suposta vida ou vidas an­
teriores, a fim de resolver conflitos emocionais ou es­
pirituais ocultos que estejam supostamente afetando a
sua saúde física, emocional ou espiritual no momen­
to. Mas os resultados dessa terapia são tipicamente
para apoiar a filosofia e os alvos ocultistas da Nova
Era.

Nossa extensa pesquisa dos fenômenos da reencar-


nação nos leva a concluir que essas e outras expe­
riências de reencarnação resultam de um ou mais fa­
tores: (1) sugestões do terapeuta; (2) invenções ou
ilusões do paciente; ou (3) manipulação espírita da
mente.

A hipnose pode facilmente induzir um estado de transe


conducente à manipulação espírita. Em vista da filoso­
fia da reencarnação ser tão antibíblica em suas implica­
ções e todo o propósito da regressão às vidas passadas
ser o de encontrar vidas pretensamente anteriores, a in­
fluência espírita dificilmente está fora de cogitação. Até
mesmo alguns pesquisadores seculares conhecidos, tais
como o Dr. Ian Stevenson da Universidade da Virgínia,
confessaram que a possessão por um espírito maligno é
uma das explicações possíveis para os fenômenos da
reencarnação, em Twenty Cases Suggestive o f Reincar-
nation (Vinte Casos que Sugerem a Reencarnação)',
1978, p. 374 ess.).

48
As pessoas que passam por essas experiências de “vidas
anteriores” podem ser profundamente afetadas por elas
e isso leva com certa freqüência ao envolvimento com o
ocultismo. Elas podem produzir mudanças enormes de
vida e visão de mundo. Por exemplo, o indivíduo que
passa a acreditar na reencarnação mediante a regressão
a uma vida passada fica convencido de que não irá en­
frentar o juízo divino quando morrer, como a Bíblia en­
sina, mas simplesmente uma outra vida. Assim sendo,
quem crê na reencarnação logicamente não pode aceitar
a sua necessidade de crer em Cristo como Salvador do
pecado. Se vai expiar seus pecados em muitas vidas
mediante o carma e alcançar sua própria perfeição, por
que precisa de um Salvador?

A Bíblia, porém, rejeita toda e qualquer filosofia da


reencarnação. Se Cristo pagou por todos os pecados na
cruz, realizando um sacrifício de uma vez por todas (Hb
9.26-28; 10.14), que pecado resta para expiarmos indivi­
dualmente através de muitas vidas? A expiação de Cris­
to refuta a teoria cármica de uma remissão gradual do
pecado e da autoperfeição, assim como a doutrina bíbli­
ca da ressurreição individual refuta a idéia de que pro­
gredimos através de muitas vidas em corpos diferentes.

Infelizmente, a terapia das vidas passadas se torna mui­


tas vezes uma forma de prática ocultista que leva os pa­
cientes a adotarem uma visão ocultista do mundo e a
buscar tais atividades como se elas desenvolvessem es­
tados alterados de consciência, poderes psíquicos, e
contato com espíritos. Em vista da sutileza das implica­
ções espirituais envolvidas, a terapia das vidas passadas
não é menos profunda em seu potencial destrutivo do
que áreas similares onde a guerra espiritual é insuspeita,
mas não obstante difundida. Por exemplo, experiências

49
de morte aparente e o fenômeno de episódios de “conta­
tos imediatos” com os OVNIs induzem frequentemente
a iniciações e transformações ocultistas no indivíduo.

22. O que é intuição (da Nova Era)?


Intuição da Nova Era é um eufemismo para uma grande
variedade de poderes psíquicos e ocultos da Nova Era.
A intuição da Nova Era é freqüentemente empregada
em conjunto com a cura, telepatia, clarividência, diag­
nóstico psíquico e espiritismo ocultistas. A “intuição” é
desenvolvida da mesma maneira que as habilidades psí­
quicas (isto é, programas de treinamento envolvendo
meditação, concentração, estados alterados de consciên­
cia, etc.). Uma vez desenvolvida, a pessoa busca suas
habilidades intuitivas e confia na sua orientação e ins­
trução para qualquer cura ou outras tarefas que devam
ser feitas.

O problema básico com a intuição da Nova Era é sua


premissa parapsicológica injustificada: a normalização
dos poderes psíquicos como “habilidades intuitivas” la­
tentes à raça humana. Isso mascara a sua verdadeira
realidade como habilidades sobrenaturais originárias do
mundo dos espíritos. As habilidades ocultas e os pode­
res espirituais são, portanto, internalizados psicologica­
mente como parte do “potencial humano” latente; a in­
tuição por si, um processo humano normal, se torna
uma capa para o ocultismo, enquanto a guerra espiri­
tual continua atrás dos bastidores. Desse modo, distin­
guir entre os poderes psíquicos e a intuição normal hu­
mana se torna difícil ou até mesmo impossível. De fa­
to, é amedrontador saber que muitos espíritas
confessam não conseguirem distinguir entre a influên­
cia de seu guia espiritual sobre a sua mente e a inspi-

50
ração ou criatividade humanas normais. Isto significa
que as pessoas que se expõem à influência do mundo
espiritual podem ser imperceptivelmente manipuladas
pelos espíritos.

Biblicamente, as práticas ocultistas são proibidas, não


importa como sejam chamadas (Deuteronômio 18.9-
12). Os perigos da intuição da Nova Era incluem pro­
mover o desenvolvimento ocultista sob o disfarce de au­
mentar a intuição humana normal; juntamente com os
perigos físicos, mentais e espirituais normalmente asso­
ciados com as práticas ocultistas.

23. O que é iridologia?


Iridologia é o estudo da íris do olho humano para
diagnosticar doenças presentes e futuras, segundo se
supõe. Ignatz von Peczely (1822-1911) é considerado
o seu moderno criador. Todavia, práticas similares po­
dem ser vistas nos métodos chineses da antigüidade
relacionados com a astrologia. O ocultista Bernard Jen-
sen é considerado a principal autoridade norte-ameri­
cana.

Os iridologistas afirmam que os olhos podem espelhar a


condição de saúde do corpo porque a íris supostamente
manifesta em detalhe o estado de cada sistema orgâni­
co. Supostamente, a ligação da íris com o sistema ner­
voso central permite enviar de volta à íris informações
detalhadas do resto do corpo. Além disso, segundo a
teoria da iridologia, cada íris revela o que está aconte­
cendo do seu lado do corpo, uma impossibilidade ana­
tômica (os impulsos nervosos que chegam de um lado
do corpo quase sempre cruzam para o lado oposto a ca­
minho do cérebro).

51
A iridologia tem sido desacreditada em inúmeros estu­
dos e é, portanto, uma forma de fraude da saúde. Al­
guns desses estudos foram incluídos no Journal o f the
American Medical Association (Jornal da Associação
Médica Americana; 28 de setembro de 1979), Austra-
lian Journal o f Optometry (Jornal Australiano de Opto-
metria\ julho de 1982), e Journal o fth e American Opto­
métrie Association (Jornal da Associação de Optome-
tria Americana; outubro de 1984). Apesar da sua falta
de credibilidade, a iridologia está sendo cada vez mais
aceita, mesmo quando usada como ou em conjunto com
o diagnóstico e cura psíquicos.

Os problemas associados com o uso da iridologia in­


cluem o progresso de uma doença grave não revelada
pelo método, ansiedade pessoal, perda de dinheiro em
vista de um diagnóstico errado, e problemas espirituais
devidos a influências ocultistas de maneira camuflada.

24. O que é fotografia de Kirlian?


A fotografia de Kirlian é um método controverso de fo­
tografia desenvolvido pelo técnico em eletricidade rus­
so, Semyon Kirlian. Ele revela supostamente uma coroa
ou “aura” ao redor dos seres vivos. Os ocultistas fre-
qüentemente afirmam que esta fotografia oferece evi­
dência da natureza interior psíquica do homem associa­
da com o seu pretenso “corpo astral”, “eu mais eleva­
do” , ou aura oculta. Os paranormais afirmam também
ver auras ao redor das pessoas, as quais dizem interpre­
tar sua condição física, emocional ou espiritual. A foto­
grafia de Kirlian revela supostamente esta aura que os
paranormais afirmam ver. E também dito que ela ofere­
ce evidência da capacidade de cura dos paranormais e
espíritas, na medida em que revela a existência do “cor­

52
po astral”, “eu mais elevado” , ou outros componentes
psíquicos do homem associados variadamente com o
processo de cura que os ocultistas alegam empregar.

Mas o significado e valor da fotografia de Kirlian não


são conhecidos e as interpretações ocultistas da Nova
Era são duvidosas na melhor das hipóteses. As interpre­
tações ocultistas destes fenômenos muitas vezes os as­
sociam com energias ocultas místicas ligadas ao espiri­
tismo, que são depois interpretadas erradamente como
energias divinas, naturais ou neutras (veja Pergunta 31).

Ninguém nega que existam fenômenos elétricos fracos


no corpo ou que entidades vivas possuam o que poderia
ser interpretado como campos de “energia”. Por exem­
plo, o eletroencefalograma pode detectar fenômenos
eletrodinâmicos no cérebro, e outros instrumentos po­
dem detectar a energia calorífica que se irradia de nos­
sos corpos. É, porém, um erro dizer que representam
qualquer evidência para o conceito ocultista da “aura”
ou da energia oculta chamada prana, chi, ki, etc. Os
adeptos da Nova Era podem referir-se à atividade térmi­
ca ou elétrica do corpo como “bioenergia”, mas isso
não deve de forma alguma ser confundido com a “au­
ra” , ou a prana, mana, ki, chi, etc., da medicina da No­
va Era. Comparar as descrições científicas de fenôme­
nos corporais conhecidos com as descrições ocultistas
da aura revela que ambos os “campos” e “energias” são
vastamente diversos.

O que a fotografia de Kirlian revela exatamente é ain­


da incerto. Ela pode ter usos experimentais, mas não
para os crentes da Nova Era. Seus fenômenos são ex­
plicáveis, recorrendo a coisas mais mundanas, tais co­
mo o suor humano ou o processo fotográfico propria-

53
mente dito. (Veja The Skeptical Inquirer [O Inquiri­
dor Cético], Inverno 1989.) Como mencionado, as in­
terpretações dos fenômenos de Kirlian pela Nova Era
são citadas como evidência de uma aura humana que
muitos paranormais afirmam ver. Mas, primeiro, nem
todo paranormal afirma ser capaz de ver as auras. Fi­
camos imaginando a razão disso, caso seja certo que
todos possuem uma aura que pode ser psiquicamente
percebida. Segundo, se as auras são universais para o
homem e são geradas internamente pelo corpo ou es­
pírito humano, elas deveriam poder ser vistas no es­
curo. Mas nem todos os paranormais podem vê-las
nessas condições.

Terceiro, a fotografia de Kirlian revela auras ao redor de


tudo - objetos inanimados, tais como moedas e mesas
inclusive, e não apenas pessoas, folhas, ou outras coisas
vivas. Isto também sugere que o fenômeno de Kirlian
esteja ligado ao processo fotográfico. Biblicamente, sa­
bemos que os objetos inanimados não contêm uma es­
sência espiritual. Assim sendo, o que quer que a foto­
grafia de Kirlian revele, não parece ser algo espiritual.
Se ela revela a mesma aura ao redor dos objetos mortos
que não podem ter espírito ou vida espiritual, por que
devemos concluir que a aura revelada ao redor de obje­
tos vivos é algo espiritual? Quarto, o que quer que os
paranormais estejam vendo, não parece ser percepção
psíquica genuína do espírito humano ou algum campo
universal e místico de energia, porque as informações
que os paranormais dão são muito diferentes e contradi­
tórias.

Finalmente, qualquer energia ou eletricidade corporal é


fraca demais para tornar-se um poder curativo ou a fon­
te de habilidades psíquicas alegada pelos ocultistas. Se

54
todo indivíduo tem um núcleo interior de poder místi­
co divino, então todos deveriam ser capazes de desen­
volver poderes psíquicos. Mas, na verdade, os únicos
que o fazem são os ocultistas que possuem guias espi­
rituais.

25.0 que são artes marciais (aikidô,


tai-chi-chuan, tae-kwon-dô,
caratê, judô, kenpo, ninjutsu, etc.)?
Artes marciais são sistemas de disciplina física que
enfatizam o controle da mente e do corpo para a au­
todefesa, saúde, e muitas vezes “iluminação” espiri­
tual. Métodos diferentes têm diferentes criadores e ên­
fases. As artes marciais afirmam trabalhar pela unifi­
cação da mente/espírito e corpo mediante meditação,
disciplina física e outros procedimentos. Isto suposta­
mente ajuda a (1) regular o fluxo da energia mística
através de todo o corpo (ki em japonês; chi em chi­
nês); e a (2) capacitar o indivíduo para alcançar um
estado de unidade entre mente/corpo. Ambos os ele­
mentos são considerados importantes para o desempe­
nho efetivo das técnicas de autodefesa e/ou “ilumina­
ção”.

O maior problema das artes marciais é que as pessoas


que freqüentam um programa dessas artes apenas com
propósitos físicos podem ser facilmente convertidas à
filosofia subjacente do sistema particular que está sendo
praticado. Em vista da maioria dos métodos empregar
ensinamentos e técnicas orientais, as artes marciais
constituem uma excelente oportunidade para a conver­
são ao taoísmo, budismo e outras religiões da Ásia
Oriental. Além disso, alguns programas de artes mar­
ciais envolvem a meditação ocultista, desenvolvimento

55
de poderes psíquicos, e até contato com espíritos (So-
matics [Somática], Vol. 4, N° 3, pp. 48-49).

Em virtude das artes marciais ou suas precursoras terem


sido originalmente criadas como disciplinas físicas e só
mais tarde terem incorporado o ocultismo do Oriente,
na prática, as artes marciais podem ser uma técnica neu­
tra de profundo desenvolvimento físico. Isto não quer
dizer que formas neutras das artes marciais possam ser
necessariamente desenvolvidas em todos os métodos;
alguns talvez estejam irremediavelmente ligados à teo­
ria e prática orientais. Qualquer programa que envolva
crenças ou métodos orientais ou ocultistas deve ser evi­
tado.

Além do mais, não devemos subestimar a questão deli­


cada de quando o indivíduo é convertido das artes mar­
ciais para a fé cristã. Tal pessoa pode considerar essen­
cial abandonar toda e qualquer associação com seus
costumes anteriores como uma exigência para o cresci­
mento espiritual. A orientação moderna, direcionada
para um comportamento agressivo, pode também tornar
problemática a questão da participação cristã. As artes
marciais exigem demasiado do físico. Portanto, além da
possibilidade da influência ocultista nas formas orien­
tais, alguns riscos físicos graves (tal como danos ao cé­
rebro) podem ocorrer em vista da própria natureza da
prática das artes marciais. Um artigo no jornal Taek-
wondo Times (janeiro 1987, p. 84), Neurological Disor-
ders in the Martial Arts (Problemas Neurológicos nas
Artes Marciais), pelo Dr. Michael Trulson, adverte que
“os danos ao cérebro são os mais ignorados nas artes
marciais. Com freqüência não são levados a sério e fata­
lidades que poderiam ser facilmente evitadas podem
ocorrer”.

56
26. O que é meditação (da Nova Era)?
A meditação da Nova Era (oriental-ocultista) é pratica­
da por milhares de pessoas. Ela envolve o controle e
ajuste da mente com vários propósitos físicos e espiri­
tuais (ocultos). Os promotores da meditação afirmam
que a prática resulta em inúmeros benefícios físicos;
mas, mesmo que isto seja verdade, o potencial espiritual
e até os riscos físicos os superam. A meditação afirma
trabalhar “imobilizando” a mente ou influenciando-a de
qualquer outro modo. Quem medita é supostamente ca­
paz de perceber a verdadeira realidade, sua própria ver­
dadeira natureza, e alcançar a verdadeira iluminação es­
piritual. A maioria das formas de meditação praticadas
hoje é ocultista. Em seu livro The Varieties-of Meditati­
ve Experience (As Variedades da Experiência Meditati­
va-, p. 117), o Dr. Daniel Goleman, autoridade em medi­
tação, observa: “Todo sistema de meditação virtualmen­
te reconhece o estado desperto como o alvo final da
meditação... Cada caminho rotula de modo diferente es­
te estado final. Mâs, por mais diversos que sejam os no­
mes, todos esses caminhos propõem a mesma fórmula
básica numa alquimia (transformação ocultista) do eu”.

Além de uma “resposta de relaxamento”, os estudos


científicos confirmaram outras influências físicas e psi­
cológicas da meditação, mas o seu significado e valor
são interpretados de maneira genérica.

A meditação da Nova Era usa caracteristicamente a


mente de maneira anormal para reestruturar radicalmen­
te as percepções do indivíduo, levando-o a apoiar a filo­
sofia e os alvos ocultistas. Estados de consciência re­
gressivos ou induzidos espiritualmente são interpreta­
dos de maneira errada como estados de consciência

57
“mais elevados” ou “divinos”. Por exemplo, em muitas
formas da prática da meditação, a possessão espiritual
propriamente dita é interpretada como um tipo de ilumi­
nação espiritual; além disso, os poderes desenvolvidos
através da meditação são falsamente interpretados como
evidência de uma natureza divina latente. Quase todos
que fazem meditação, infelizmente não compreendem
os possíveis resultados a longo prazo ou as conseqüên-
cias dessas práticas. Por exemplo, o fenômeno perigoso
e crescente do despertar kundalini (veja Pergunta 43)
incorpora caracteristicamente períodos de desordem
mental severa e influência demoníaca.

A filosofia subjacente, o propósito estabelecido, o mé­


todo físico, e o contexto espiritual da meditação deter­
minam o seu resultado. A meditação bíblica responsá­
vel é uma prática espiritualmente saudável; mas, repeti­
mos, a maior parte da meditação praticada hoje envolve
métodos ocultistas que podem provocar consequências
danosas. Entre eles estão a influência por espíritos e até
a possessão demoníaca, assim como várias formas de
danos físicos, psicológicos e espirituais que são cada
vez mais relatados na literatura.

27. O que é teste muscular (cinestesia


aplicada, Toque da Saúde, cinestesia
comportamental)?
“Teste muscular” é uma das técnicas de cuidado alter­
nativo da saúde que mais cresce nos Estados Unidos.
Os programas de teste muscular variam, mas são fre­
quentemente uma combinação da quiroprática e da teo­
ria chinesa da acupuntura, além do teste muscular em
si. Primeiro, esses programas envolvem o diagnóstico
físico testando a suposta força ou fraqueza dos múscu-

58
los que se acredita estarem relacionados com os siste­
mas orgânicos. Os músculos fracos refletem suposta­
mente a falta de “energia” nos órgãos correspondentes,
produzindo suscetibilidade a doenças. Na “técnica do
desafio”, um agente suspeito de causar danos físicos
(qualquer coisa desde açúcar branco e outros alimentos,
até os medicamentos receitados) é colocado na boca ou
na mão. A seguir, o terapeuta “prova” seu efeito enfra-
quecedor sobre o corpo, mediante demonstração do su­
posto enfraquecimento da resistência muscular do pa­
ciente. Outros métodos (por exemplo, “terapia da locali­
zação”) usam um simples toque para diagnosticar ou
curar.

Segundo, esses programas podem empregar tratamento


ou cura mediânte o pretenso ajuste de energias “cósmi­
cas” , acupressura, traçado de meridianos, quiroprática e
outros métodos. O teste muscular afirma freqüentemen­
te manipular supostas energias do corpo para produzir e
manter a cura. No pretenso desbloqueio da energia con­
gestionada ao longo dos meridianos e/ou, ao infundir
energia em sistemas ou áreas deficientes do corpo, os
praticantes acreditam que a saúde física pode ser me­
lhorada.

O teste muscular rejeita com freqüência os fatos conhe­


cidos da anatomia humana e afirma tratar energias cor­
porais cuja existência nunca foi provada. Além disso, a
manipulação dessas energias invisíveis pode tornar-se
uma prática ocultista; isto é, uma forma de cura psíqui­
ca ou ausente (à distância). Os que fazem o teste mus­
cular também podem empregar dispositivos ocultistas,
tais como pêndulos, instrumentos de rabdomancia, e
outros dispositivos radiônicos (veja Perguntas 15, 16).
Por se tratar de uma prática não consubstanciada, ba-

59
seada caracteristicamente na filosofia taoísta ou em ou­
tras metafísicas orientais, e ser potencialmente ocultista,
ela deve ser evitada. Os praticantes cristãos afirmam
evitar o ocultismo quando estão manipulando energia;
mas, como podem estar certos de que (1) estão, afinal,
fazendo alguma coisa, ou (2) estão, realmente evitando o
ocultismo?

O teste muscular moderno deve ser distinguido da disci­


plina científica da cinestesia. Cinestesia formal é o es­
tudo dos princípios da mecânica e anatomia em relação
aos movimentos humanos, ou a ciência dos movimentos
musculares humanos. Ela é constantemente usada na
educação física e na terapia. Embora os testes muscula­
res possam ou não empregar alguns dos métodos e teo­
rias da cinestesia formal, a cinestesia científica nunca
emprega os métodos de testes musculares da Nova Era.
As duas disciplinas são baseadas em diferentes aborda­
gens da fisiologia e da saúde.

28. O que é naturopatia?


Naturopatia é uma abordagem da saúde e da doença que
pressupõe que os métodos naturais de tratamento são
preferíveis aos tratamentos sintéticos, tais como medi­
camentos e cirurgia. A naturopatia se baseia na idéia de
que a enfermidade é devida ao acúmulo de toxinas ou
produtos residuais no corpo. Os sintomas físicos são as
tentativas do corpo de livrar-se dessas toxinas.

O problema básico da naturopatia é que os seus. méto­


dos são caracteristicamente ineficazes ao confrontar
doenças graves, e seu preconceito contra a medicina
moderna apenas aumenta o problema. Além disso, a de­
finição de “natural” é freqüentemente subjetiva; o trata-

60
mento “natural” pode incluir métodos da medicina
ocultista. Neste ponto, a naturopatia emprega uma larga
gama de tratamentos da Nova Era com potencial ocul­
tista, tais como radiônica, homeopatia, meditação, e io­
ga. Desse modo, a naturopatia pode impedir o diagnós­
tico correto de um problema, permitindo que uma mo­
léstia curável assuma proporções graves ou incuráveis.
Ela pode também oferecer tratamentos ineficazes e en­
volver os clientes em métodos ocultistas. Não obstante,
mediante revisão teórica e salvaguardas práticas, a natu­
ropatia poderia funcionar como um modelo recomendá­
vel para o cuidado preventivo da saúde e tratamento de
pequenos males. Todavia, os cristãos entusiasmados de­
vem ter cautela: a naturopatia em seu todo faz parte da
medicina da Nova Era.

29. O que é osteopatia?


Os médicos osteopatas de hoje possuem diploma tradi­
cional e empregam geralmente, portanto, a medicina
científica. Embora na prática, a maioria dos osteopatas
não se diferencie muito dos médicos convencionais, al­
guns buscam manter os aspectos distintos da sua profis­
são. A osteopatia clássica é a prática da manipulação fí­
sica destinada a ajudar na restauração da saúde do cor­
po. Criada por Andrew Taylor Still (1828-1917), um
médico rural excêntrico interessado em metafísica, a os­
teopatia considera a estrutura e função do corpo como
interdependentes. Desse modo, uma estrutura anormal
pode afetar as funções do corpo físico. Se o médico
conseguir restaurar a estrutura apropriada, a saúde deve
melhorar e/ou ser mantida.

Certos conceitos osteopáticos apresentam problemas.


Por exemplo, a lesão osteopática (similar em natureza e

61
importância à subluxação quiroprática) não foi cientifi-
camente provada. Além do mais, algumas teorias e
abordagens dos osteopatas tradicionais, e de alguns dos
modernos, tais como a “osteopatia craniana”, são rejei­
tadas pela ciência médica. A medicina convencional
também não dá tanta importância ao sistema músculo-
esquelético nem aceita as afirmações de alguns osteopa­
tas sobre a sua relação com as funções orgânicas.

Por outro lado, alguma pesquisa osteopática, como


acontece com a pesquisa quiroprática, pode ser valiosa
por investigar novas áreas peculiares a essas disciplinas.
Em resumo, a osteopatia parece ser uma prática médica
legítima, mas ocasionalmente marginal ou suspeita. É
possível encontrar também associações infreqüentes da
Nova Era/Edgar Cayce relacionadas com certas teorias
antigas e práticas modernas da osteopatia.

30. O que é terapia da polaridade?


Terapia da polaridade é a prática de canalização da
energia da pessoa que cura para o cliente, a fim de res­
taurar ou equilibrar supostamente o depósito corporal
da energia mística (chi, prana) que se acredita fluir en­
tre os “polos” positivo e negativo do corpo. Criada pelo
ocultista Randolph Stone, a terapia da polaridade afirma
que os pontos “sensíveis” são localizados em primeiro
lugar para determinar onde existe um bloqueio chi. A
Tabela de Zonas de Polarização determina a seguir o ór­
gão ou parte do corpo correspondente ao “ponto sensí­
vel”. Quando a energia psíquica é canalizada através
das mãos do terapeuta, o fluxo chi é restaurado aos ór­
gãos correspondentes do corpo. Essas práticas, acres­
centadas a outros métodos (por exemplo, acupressura,
bioenergética, ioga, auto-hipnose, energia astrológica) e

62
práticas (por exemplo, dieta, exercícios especiais, afir­
mações mentais) são tidas como mantenedoras da saúde
física e espiritual.

As práticas da terapia da polaridade jamais foram pro­


vadas como funcionando com base em seus princípios
estabelecidos. Outrossim, como no toque terapêutico, a
maioria das pessoas concluiu erradamente que este não
é um método ocultista por causa da sua aparência ino­
cente. Todavia, a terapia da polaridade é uma forma de
cura psíquica envolvendo a canalização de energia e,
potencialmente, o espiritismo. Associada a outras for­
mas de cura psíquica, os perigos em potencial incluem
erro de diagnóstico, tratamento errado, e influências
ocultas.

31. O que são anatomias psíquicas


(corpos astrais, meridianos, auras,
chakras, nadis)?
Anatomias psíquicas são supostas “estruturas” interio­
res e invisíveis, não-físicas, frequentemente associadas
com religiões orientais/ocultas, relacionadas com a
energia mística, e empregadas muitas vezes no diagnós­
tico e cura da Nova Era. Essas estruturas foram aparen­
temente notadas pela primeira vez, psiquicamente, por
ocultistas de várias tradições religiosas pagãs que ti­
nham espíritos-guias. Os “médicos” da Nova Era, que
se utilizam dessas estruturas, afirmam que elas ajudam
a revelar males físicos, mentais e algumas vezes espiri­
tuais, ainda antes deles se manifestarem a nível físico
ou mental.

O uso dessas “anatomias” depende caracteristicamente


de estados alterados de consciência, desenvolvimento

63
psíquico, e/ou contato com espíritos necessário para
“vê-las” e “inflüenciá-las” .

Em teoria, tais estruturas internas poderiam existir, em­


bora isso seja duvidoso em vista dos que afirmam vê-
las psiquicamente oferecerem relatórios controversos
quanto ao seu número, natureza e função. Por exemplo,
os números dos corpos astrais variam de 1 a 9; dos me­
ridianos de 72 a 2.000; de chakras de 6-12; e de nadis
de 72.000 a 326.000. A sua associação quase universal
com o ocultismo e a necessidade de desenvolvimento
ocultista para usá-las nega qualquer alegação da exis­
tência de uma ciência neutra de anatomias psíquicas.
Assim sendo, várias contradições em teoria e na prática
desmentem a afirmação de que essas estruturas podem
ser usadas de qualquer maneira objetiva no diagnóstico
e tratamento médicos.

32. O que são diagnose psíquica, cura


psíquica e cirurgia psíquica?
São métodos espíritas antigos de diagnóstico e cura,
realizados sobrenaturalmente em conjunto com espíri-
tos-guias, cuja presença pode ou não evidenciar-se ao
“médico” ou cliente. Os praticantes afirmam que eles
diagnosticam, curam, ou até realizam “cirurgias” me­
diante estados alterados de consciência, dispositivos ra-
diônicos, e/ou espíritos-guias. Tal espiritismo é muitas
vezes disfarçado sob conceitos da Nova Era, psicológi­
cos, ou parapsicológicos, tais como “eu superior”, “con­
selheiro interior”, “arquétipos” junguianos, capacidade
psíquica latente, etc. Mas, quaisquer que sejam as expli­
cações naturais oferecidas para explicar esses fenôme­
nos, a pesquisa (como a relatada num estudo de dez
anos: Healers and the Healing Process [Curadores e o

64
Processo de Cura] de George Meek, ed.) revela cons­
tantemente que o mínimo denominador comum dessas
práticas é o contato com espíritos e/ou possessão demo­
níaca. Biblicamente, o espiritismo é uma prática proibi­
da (Deuteronômio 18.9-12), e os que se envolvem nes­
ses métodos correm não apenas o risco de servidão ao
ocultismo mediante influência espírita, como também
de possessão por espíritos. Os perigos em potencial in­
cluem diagnóstico errado e uma transferência psíquica
da doença física para um nível mental ou espiritual. Isto
pode ter conseqüências piores do que o problema físico
original. (Veja nosso livro The Facts on the Occult [Os
Fatos Sobre o Ocultismo], Harvest House, 1990.)

33. O que é psicometria (médica,


radiônica*)?
A psicometria médica consiste em métodos de diagnós­
tico e tratamento psíquicos. Essas diferentes práticas
afirmam trabalhar ensinando aos “médicos” uma supos­
ta sensibilidade psíquica às “radiações” ou energias
místicas em objetos ou pessoas. Tal sensibilidade su­
postamente permite que a condição física do paciente
seja diagnosticada e/ou prescrito o seu tratamento (isto
é, uso de dispositivos radiônicos ou medicamentos ho­
meopáticos). A homeopatia emprega freqüentemente
esses métodos e a rabdomancia é uma forma de prática
radiônica que alega haver uma sensibilidade natural à
água ou a várias outras “radiações”.

Nunca foi provado que esses métodos funcionam con­


forme se afirma. Por exemplo, foi cientificamente pro-
* Radiônica é uma forma de psicossíntese em que o curandeiro é
ajudado por um aparelho mecânico tal como a caixa preta de
Abram ou um pêndulo.

65
vado que os dispositivos radiônicos tais como forqui­
lhas para localizar água não contêm poderes misteriosos
em si mesmos (veja Pergunta 16). Essas técnicas ope­
ram mediante poderes espíritas e não através de uma
sensibilidade humana ou mecânica a “radiações” estra­
nhas. O desenvolvimento psíquico é necessário para o
seu uso e as práticas são basicamente formas de diag­
nóstico e cura espírita e psíquica (veja a Pergunta 32).

Os problemas em potencial incluem diagnóstico incor­


reto de uma enfermidade grave, prescrição errada de
tratamento, e influência oculta conforme textos como
Spirit Psychometry (Psicometria Espírita).

34. O que é psicossíntese?


Psicossíntese é um método psicológico/ocultista de ilu­
minação pessoal. O sistema foi desenvolvido pelo psi­
quiatra e ocultista Roberto Assagioli, colega de Freud e
Jung, assim como psicoterapeuta pioneiro na Itália. As­
sagioli estudou a filosofia oriental e ocidental e o mun­
do oculto, tendo sido durante anos diretor italiano do
movimento ocultista fundado por Alice Bailey, líder da
Nova Era, o “Arcana/Lucis Trust”.

Um dos propósitos da psicossíntese é estabelecer conta­


to com um suposto “eu superior” e interior, para receber
sua pretensa sabedoria e inspiração. A fim de conseguir
contato e harmonia com o eu superior, vários métodos
da Nova Era são empregados. Por exemplo, algumas
técnicas incluem imagens guiadas (“guided imagery”),
meditação, desenvolvimento da vontade, psicologia jun-
guiana, trabalho com sonhos, meditação oriental, tera­
pia Gestalt, visualização, e desenvolvimento da intui­
ção.

66
Como resultado de seus estudos ocultistas, Assagioli
acreditava que todo indivíduo tem sete “camadas” de
consciência; o propósito da psicossíntese é uma integra­
ção completa desses sete estados. Em vista da psicos­
síntese ter sido desenvolvida por um ocultista que incor­
porava teorias e práticas ocultistas em seu método, ela
pode tornar-se um meio de alcançar alvos ocultos. Por
exemplo, o contato com o suposto “eu superior” da pes­
soa, com o “inconsciente coletivo”, etc. pode ser um
disfarce para o contato com uma entidade espiritual dis­
farçada em dinâmica psicológica. O próprio Assagioli
acreditava que o “eu superior” previa o futuro e iria
guiar pessoalmente o indivíduo.

Quando o alvo da terapia é contatar uma fonte interna


de sabedoria, estabelecer diálogo com ela, e receber os
seus ensinamentos, o método se torna infelizmente um
meio em potencial para o contato e inspiração por parte
de espíritos.

35. O que é reflexologia?


Reflexologia é uma forma nova de acupressura, empre­
gando massagem com os pés ou as mãos. A reflexolo­
gia afirma trabalhar mediante manipulação das bioener-
gias {chi, prana), utilizando massagem específica com
os pés ou as mãos. Ela declara que tal massagem quebra
os chamados depósitos cristalinos que provavelmente
obstruem o fluxo prânico de energia. Quando o fluxo é
restaurado, ele alcança os órgãos e sistemas do corpo,
produzindo saúde.

Na verdade, a massagem com os pés ou as mãos não re­


sulta em qualquer dos benefícios médicos declarados
pelos reflexologistas. Na melhor das hipóteses, a refle-

67
xologia faz uma boa massagem. Na pior, pode ser uma
forma de desenvolvimento psíquico e canalização de
energia. No que diz respeito à medicina, ela é inútil.

36. O que é Reiki?


Reiki é uma técnica japonesa antiga que enfatiza a cura
psíquica mediante a manipulação de bioenergias místi­
cas. A técnica foi “redescoberta” no Japão pelo Dr. Mi-
kaousui em meados de 1800. Supõe-se que, depois de
muitos anos de estudo dos escritos indianos da antigüi-
dade, ele inventou uma fórmula para ativar e dirigir a
bioenergia mística.

O Reiki é um processo destinado não só à cura psíqui­


ca, como também à transformação pessoal e espiritual
(ocultista). A fim de tomar-se um instrutor de Reiki, o
indivíduo deve ser iniciado por um dos “mestres” de
Reiki. Durante o processo de aprendizado da técnica, o
mestre injeta energia psíquica no aluno, abrindo preten­
samente seus centros psíquicos (chakras) e ativando a
sua “força de vida”. Este processo faz lembrar a dramá­
tica transmissão de poder oculto que os gurus do Orien­
te faziam aos discípulos, conhecida como shaktipat
diksha. Ele também é usado para ajudar as pessoas a
entrarem em estados “superiores” de consciência.

Por exemplo, a iniciação para o Primeiro Grau do Rei­


ki inclui quatro “sintonias” específicas. Essas cerimô­
nias secretas e solenes permitem ao mestre ativar a
bioforça universal no aluno. Isto supostamente capa­
cita o iniciante a receber e depois canalizar a energia
psíquica. No Segundo Grau do Reiki, o iniciante pro­
gride para a cura ausente (cura psíquica de indivíduos
à distância).

68
O Reiki é pois uma técnica ocultista destinada a mani­
pular energias ocultas. Os instrutores de Reiki funcio­
nam de maneira comparável à dos “médicos” psíquicos
que utilizam guias espirituais.

Encontramos no Reiki os mesmos problemas ilustrados


através do toque terapêutico, terapia da polaridade, e
métodos similares. A prática parece inocente e muitas
pessoas acham que “não prejudica”. Infelizmente, as
práticas ocultistas podem prejudicar e realmente preju­
dicam, podendo ser tudo menos inocentes.

37. O que é terapia de auto-ajuda?


A terapia de auto-ajuda é um termo abrangente, usado
para dezenas de práticas que empregam supostos pro­
cessos místicos interiores para a cura pessoal. Essas
práticas envolvem a introspecção para buscar a pretensa
“sabedoria da saúde” de guias interiores, imaginação
“santificada”, “arquétipos” junguianos, etc. Os concei­
tos da psicologia de Jung são particularmente emprega­
dos nessas práticas. O pressuposto básico é que cada
pessoa tem um “núcleo divino” ou “eu superior” que
pode ser contatado através de métodos apropriados (me­
ditação, visualização, práticas xamanistas, etc.). Este
núcleo místico é um depósito de sabedoria e informação
sobre inúmeras questões, inclusive saúde e cura.

O problema básico com a terapia da auto-ajuda (isto é,


uso de guias interiores e da imaginação para a cura pes­
soal) é a confiança em uma suposta natureza interior di­
vina. Biblicamente, a natureza interior do homem não é
divina nem é um depósito de sabedoria divina; pelo
contrário, a verdadeira natureza do homem é pecadora e
serve a si mesma (Jeremias 17.9; Mateus 15.19,20).

69
A terapia de auto-ajuda não passa, infelizmente, na
maioria das vezes, de espiritismo camuflado sob uma
terminologia neutra e redefinida como potencial hu­
mano latente. Os possíveis riscos incluem influências
ocultas e problemas relacionados com a tentativa de
auto-medicação numa doença grave (veja a Pergunta
42).

38. O que é medicina xamanista?


Medicina xamanista* é a aplicação de técnicas animis-
tas e várias outras técnicas antigas da feitiçaria aos cui­
dados da saúde. Ela pode envolver o xamanismo pro­
priamente dito como meio de alcançar a saúde e a ilu­
minação (iniciação xamanista e seguimento do
“caminho da vida” do xamã) ou o uso variado de técni­
cas xamanistas específicas em conjunto com um progra­
ma particular de saúde (visualização, estados alterados
de consciência, trabalho com sonhos, uso de “poderes
animais” [espíritos que aparecem na forma de animais,
aves, ou outras criaturas para instruir o xamã], etc.).

A medicina xamanista afirma que os seus métodos pro­


duzirão cura em uma grande variedade de problemas fí­
sicos e psicológicos, e também colocará o praticante em
harmonia com a natureza, mantendo assim a saúde.

Em vista do xamanismo ser um caminho oculto, alegan­


do contato com entidades sobrenaturais, não se trata de
uma prática médica legítima, mas sim de uma fornia an­
tiga de espiritismo. Os xamãs são, por definição, indiví­
duos possuídos por espíritos cujas vidas são reguladas

* Um xamã é um sacerdote pagão que adquiriu poderes ocultos


mediante possessão por espíritos.

70
pelos seus espíritos-guias. De fato, para alcançar a ver­
dadeira saúde segundo o xamanismo é necessário que o
praticante seja “energizado” pelo seu “poder animal” ou
espírito-guia. Assim sendo, a cura e possessão pelos es­
píritos são uma única coisa. No xamanismo, para obter
capacitação, manutenção da saúde pessoal e habilidades
de cura, a possessão por um ou mais espíritos é funda­
mental. Em vista do próprio xamã ser possuído por es­
píritos, os indivíduos a quem ele trata correm o risco de
serem influenciados pelos espíritos ou até serem possuí­
dos por eles.

Usar as técnicas xamanistas num programa de saúde


não significa necessariamente a mesma coisa que seguir
o caminho xamanista. Uma coisa pode levar à outra,
mas elas não são equivalentes. Os métodos xamânicos
podem levar a pessoa ao xamanismo, e este pode ou não
levá-la a seguir o estilo de vida do xamã. Não obstante,
os perigos em potencial da prática xamanista incluem
insanidade temporária, possessão demoníaca, sofrimen­
to físico extremo por causa da iniciação no xamanismo,
e conversão ao ocultismo como resultado do tratamento
com técnicas xamanistas.

39. O que é programação subliminar?


A indústria de auto-ajuda audio e audiovisual é um em­
preendimento multibilionário. As pessoas em toda parte
pagam centenas de dólares por materiais de instrução
sobre como comprar e vender imóveis e propriedades,
perder peso, melhorar a auto-imagem, ter boas notas na
escola, etc.

Muitas fitas instrutivas são úteis, oferecendo sessões de


aprendizado diretas. Outras empregam o princípio de

71
que a repetição de diretrizes de bom senso para a vida
ajudam a integrar padrões sólidos de conduta na vida do
indivíduo - quase do mesmo modo que a memorização
das Escrituras é feita.

Mas existem também fitas audiovisuais usadas com


propósitos discutíveis ou ocultistas que devem ser evita­
das. Por exemplo, muitas fitas afirmam ou encorajam
falsamente a visualização, a fim de experimentar esta­
dos alterados de consciência ou experiências fora do
corpo. As fitas que fazem falsas afirmações não são rea­
listas, ou promovem uma auto-imagem pessoal baseada
em distorções que provavelmente não servirão para aju­
dar o indivíduo.

Fitas seculares e cristãs “subliminares” são um exem­


plo. O Oxford American Dictionary (Dicionário Ox­
ford Americano) define “subliminar” como “inferior,
que não ultrapassa o limiar da consciência”, como no
caso da publicidade que busca influenciar a consciên­
cia do telespectador sem que ele o perceba. As afir­
mações muito propagadas quanto à eficácia das fitas
subliminares são pelo menos discutíveis. Em 1990, a
publicação Psychology A nd Marketing (Psicologia e
Marketing) dedicou dois números especiais ao assun­
to, notando que a ineficácia e a fraude eram eviden­
tes. Em vista das mensagens subliminares não pode­
rem ser ouvidas por meios normais, promotores deso­
nestos podem vender fitas falsas e facilmente ganhar
muito dinheiro. Não obstante, mesmo quando há men­
sagens, os que pesquisaram independentemente as ale­
gações dos programas subliminares concluíram que não
há evidência de que as mensagens subliminares pos­
sam influenciar a motivação ou o comportamento com­
plexo.

72
40. O que é toque terapêutico?
O toque terapêutico é uma forma de cura psíquica, enfa­
tizando a manipulação de supostas energias corporais
como a prana.

O toque terapêutico foi idealizado por duas paranor-


mais, Dolores Krieger e Dora Kunz. Kunz é a atual pre­
sidente da Sociedade Teosófica ocultista. O toque tera­
pêutico afirma trabalhar mediante a canalização (trans­
ferência psíquica) da pretensa prana (energia mística)
do terapeuta para o paciente. Os praticantes afirmam
que isto impele as “energias vitais” do paciente em dire­
ção à cura.

O toque terapêutico parece muito inocente e é tão


aceito pelos enfermeiros que muitas pessoas se recu­
sam a classificá-lo como uma forma de cura psíqui­
ca. Mas é exatamente isto que ele é. O toque tera­
pêutico: (1) foi idealizado por indivíduos paranormais;
(2) exige estados alterados de consciência; (3) desen­
volve a capacidade psíquica; e (4) utiliza outras ati­
vidades ocultistas tais como a rabdomancia (veja Per­
gunta 16), e pode estar associado a outras práticas
ocultas. Além do mais, descrições feitas por usuários
quanto a essa prática não se diferenciam daquelas fei­
tas pelos que realizam curas psíquicas, e estratégias
recomendadas de ensino para aprender o toque tera­
pêutico incluem livros escritos por “médicos” paranor­
mais, médiuns, € outros espíritas. Em vista do poder
por trás da cura psíquica ser espírita, a mesma con­
clusão se aplica ao toque terapêutico. Lamentavelmen­
te, práticas como essa estão fazendo aumentar a acei­
tação da cura psíquica em nossos hospitais. Podemos
alcançar em breve os padrões ingleses onde milhares

73
de médiuns têm liberdade para operar nos hospitais.
Os riscos em potencial de todos esses métodos in­
cluem diagnóstico e tratamento incorretos e influência
ocultista.

41. O que é Toque da Saúde?


Toque da Saúde é a avaliação da condição de um pa­
ciente testando a suposta força ou fraqueza dos múscu­
los. Trata-se de uma versão popularesca da cinestesia
aplicada de George Goodhart (ver Pergunta 27).

Idealizada pelo quiroprático John Tie, a prática afirma


que os órgãos e sistemas do corpo estão ligados a deter­
minados músculos mediante o suposto sistema de meri­
dianos. Os músculos “fracos”, conforme o teste, indi­
cam um bloqueio da “energia vital” {chi) para o órgão
correspondente. Mediante acupressura (pressão dos de­
dos nos pontos da acupuntura), passes de mão (traçando
as linhas dos meridianos sobre o corpo), ou outros mé­
todos, o fluxo chi é supostamente restaurado, os múscu­
los restabelecidos e os órgãos e sistemas do corpo revi­
gorados.

Todavia, os músculos não estão ligados aos sistemas


orgânicos da maneira afirmada pelo Toque da Saú­
de, tornando tal diagnóstico e tratamento inúteis.
Além do mais, esta prática pode tornar-se uma for­
ma de diagnóstico e cura psíquicos. O Toque da Saú­
de pode não só envolver o indivíduo em influências
ocultistas, como também pode levá-lo a extrair fal­
sas conclusões relativas ao estado geral da sua saú­
de, como em supostas alergias a alimentos ou outras
condições médicas cuja existência é pretensamente
determinada.

74
42. O que é visualização?
Visualização da Nova Era é o uso da concentração men­
tal e imagens dirigidas (“directed imagery”), na tentati­
va de alcançar determinados alvos físicos, mentais, ou
espirituais (ocultistas). A prática da visualização é anti­
ga e afirma trabalhar de várias formas. Por exemplo,
usando a mente para entrar em contato com uma supos­
ta divindade interior ou “eu superior”, os praticantes
alegam que podem manipular a sua realidade pessoal a
fim de alcançar os alvos desejados, tais como boa saúde
e aquisição de riquezas.

A pesquisa científica sobre formas de imaginação


(não necessariamente a visualização) forneceu enfo­
ques úteis a respeito da interação entre cérebro/men-
te e da capacidade dos processos mentais afetarem
em certos casos a função mente-corpo. Infelizmente,
a ciência m oderna nem sempre emprega diretrizes
apropriadas para separar a pesquisa legítima da dis­
cutível. Tal pesquisa é facilmente mal utilizada quan­
do vinculada a premissas ou alvos parapsicológicos/da
Nova Era.

A visualização é frequentemente usada em combinação


com estados alterados de consciência ou como um meio
de chegar aos mesmos, sendo muitas vezes acompanha­
da de meditação ocultista. Ela foi desde há muito asso­
ciada a religiões e práticas pagãs, como o xamanismo e
a medicina xamanista. Ela é também muito usada para
desenvolver habilidades psíquicas e na canalização para
entrar em contato com “conselheiros interiores” ou
guias espirituais. Muitos seminários ocultistas da Nova
Era, tais como o Silva M ind Control (Controle Mental
Silva; com sete milhões de diplomados) e o est/The Fo-

75
rum (com um milhão de diplomados), o empregam em
seus programas.

O problema básico é que a visualização da Nova Era


atribui à mente humana uma condição divina ou quase
divina. Isto não só representa uma grande distorção da
natureza humana, como pode também camuflar a mani­
pulação da mente por espíritos, definindo o processo
como um empreendimento natural ou divino.

O uso da visualização na prática da saúde pode levar a


influências ocultistas e problemas surgidos da negação
da realidade por excesso de confiança na mente “divi­
na” da pessoa e seu suposto poder de cura ou “sabedo­
ria” da saúde. No campo da medicina (auto-diagnóstico
físico) e da religião (revelação psíquica), o processo po­
de produzir a confiança em dados falsos que talvez re­
sultem em danos físicos ou fraude espiritual.

43. O que é ioga?


Milhares de pessoas empregam a ioga como um supos­
to exercício de saúde ou como parte de um programa
mais amplo de manutenção da saúde. Mas a verdadei­
ra ioga é o uso ocultista de exercícios de respiração
(veja Pergunta 11), posturas físicas, e meditação (veja
Pergunta 26) para pretensa iluminação espiritual. Um
dos principais idealizadores foi Patanjali (ca. 400 A.
D.), o compilador do texto clássico da Raja ioga Yoga-
sutra.

Acredita-se que os exercícios físicos da ioga previnem


a doença e mantêm a saúde mediante o ajuste corpo­
ral da prana (energia mística). Além disso, o corpo é
também considerado como uma camada tosca da men-

76
te (veja Pergunta JO), várias manipulações do corpo fí­
sico (algumas severas) podem supostamente afetar a
mente, produzindo pretensa iluminação espiritual (ocul-
tista).

Na mitologia hindu, a deusa-serpente Kundalini “repou­


sa” na base da espinha. Ela é despertada pela prática da
ioga, sobe pela espinha regulando a prana, abre os su­
postos chakras (centros psíquicos) do corpo, desenca­
deia os poderes psíquicos, e finalmente chega ao chakra
mais alto ou coroa, permitindo a iluminação ocultista.
Sintomas do despertar da kundalini - que frequente­
mente constitui possessão por espíritos - incluem dores
mentais e físicas indescritíveis, condições médicas (al­
gumas severas) não diagnosticáveis, e/ou insanidade
temporária e algumas vezes permanente.

Religiões orientais ou místicas diferentes praticam dife­


rentes formas de ioga. Mesmo numa dada religião, há
várias escolas, dependendo da ênfase de cada uma. No
hinduísmo, encontramos Hatha (físico), Raja (mental),
Bhakti (devocional ou emocional), Jana (do conheci­
mento ou espiritual), Siddha (dos poderes paranormais),
Carma (da ação ou responsabilidade social), Laya (do
som), Mantra, e outras iogas. A kundalini pode ser rotu­
lada como uma ioga separada; todavia, deve ser obser­
vado que toda ioga pode despertar a kundalini. Embora
a ênfase possa variar, o alvo básico é semelhante: união
com uma realidade final, qualquer que seja a sua defini­
ção. No hinduísmo isto seria a união do “eu” (atman)
do indivíduo com o “eu” supremo (paramatman), que é
um com Brama, o mais elevado deus hindu impessoal.
No budismo ela iria incorporar a união com o nirvana,
etc. Qualquer que seja o seu alvo, a ioga é caracteristi-
camente uma prática pagã, ocultista.

77
Os problemas apresentados pela ioga são tanto indivi­
duais quanto sociais. Embora as alegações em contrário
sejam difundidas, a ioga não é uma prática de saúde. A
pessoa que se envolve na ioga com propósitos de saúde
pode acabar convertida a um estilo ocultista de vida.
Apesar da sua percepção como uma técnica segura e va­
liosa, a verdadeira ioga envolve meditação ocultista e o
desenvolvimento de poderes psíquicos que podem re­
sultar em contato com espíritos ou possessão por espíri­
tos.

Embora o público considere falsamente a ioga como


uma prática segura e neutra, até a literatura autorizada
sobre a técnica está repleta de advertências a respeito de
graves conseqüências físicas, desordens mentais e efei­
tos espirituais danosos. Paralisia, insanidade e morte
são freqüentemente mencionadas. Tais conseqüências
surgem supostamente da prática errada da ioga; mas
elas surgem realmente, de fato, porque a ioga é uma
prática ocultista. Os que se interessam pela sua saúde
total não devem praticar a ioga.

Conclusão
A N ova M edicina afirm a oferecer boa saúde - físi­
ca, m ental, e espiritual - às pessoas. Todavia, em
virtude dos m étodos oferecidos serem caracteristi-
cam ente negativos e/ou ocultistas, eles têm m aior
probabilidade de prejudicar do que de ajudar. As
pessoas que fazem uso dessas práticás p ara a cura
de enferm idades, m uitas vezes ficam com a saúde
prejudicada ou são convertidas ao ocultism o. A m e­

78
dicina da N ova E ra está correta em reconhecer um a
dim ensão espiritual no que diz respeito à vida e à
saúde. Todavia, a dim ensão espiritual que ela ofere­
ce é perigosa e tem m ais conseqüências em p o ten ­
cial do que a m aioria das doenças.

Infelizm ente, qualquer que seja o nosso estado de


saúde, cada um irá finalm ente m orrer de algum a
doença que se tornou incurável para nós. Todos ire­
m os enfrentar a m orte de m aneira m uito pessoal.
M as passam os tanto tem po buscando o significado
da saúde nesta vida, que geralm ente esquecem os as
realidades da m orte e da eternidade.

Os que estão buscando a verdade devem considerar


os ensinam entos dA quele que afirm ou: “E u so u a
verdade” e “Q u em crê em m im , ainda q u e m orra,
viverá” (João 14.6; 11.25).

Q uem quiser, pode receber a C risto com o


seu Salvador, fazendo a seguinte oração:

Z“ \
D eus am ado, confesso diante de Ti que
sou um p eca d o r e que não posso gan h ar
m inha entrada no céu p o r m eus p róprios
m eios. O brigado p o r enviar Jesus Cristo
p a ra m orrer na cruz p elo s m eus pecados.
A fasto-m e agora do m eu pecado e recebo
Jesus com o m eu S en h or e S alvador p e s­
soal. Por favor, entra em m inha vida e
ajuda a viver p a ra Ti. A m ém . u

79
Leitura Recomendada
Documentos, etc., sobre quiroprática, acupuntura, ho­
meopatia e outros tratamentos, do National Council
Against Health Fraud, Box 1276, Loma Linda, CA
92354, (714) 824-4690. Lista de materiais à disposição
no NCAHF Resource Center, 3521 Broadway, Kansas
City, MO 64111, 1 (816) 753-8850 -E U A ).

Marlin Y. Nelson, “Health Professionals and Unproven


Medical Alternatives” (“Profissionais da Saúde e Alter­
nativas Médicas Não Provadas”), Journal o f Pharmacy
Technology (Jornal de Tecnologia Farmacêutica); mar-
ço/abril 1988.

Douglas Stalker, Clark Glymour, eds., Examining H o­


listic Medicine (Examinando a Medicina Holistica),
Prometheus Books.

Petr Skrabanek, James McCormick, Follies and Falla­


cies in Medicine (Loucuras e Falácias na Medicina),
Prometheus Books.

David e Sharon Sneed, The Hidden Agenda: A Critical


View o f Alternative Medical Therapies (A Agenda Se­
creta: Uma Visão Crítica das Terapias Médicas Alter­
nativas), Thomas Nelson.

80
Glossário
Animismo: doutrina segundo a qual uma só e mesma
alma é o princípio da vida e do pensamento; tendência a
considerar todos os seres da natureza como dotados de
vida e capazes de agir conforme uma finalidade.

Empírico: baseado apenas na experiência e, pois, sem


caráter científico.

Holístico: vem do termo grego “holos”, que significa in­


teiro ou unificado. As práticas da saúde holística preten­
dem tratar a pessoa inteira, considerando o impacto do
meio-ambiente e a interdependência de todas as partes
do corpo, da mente e do espírito, na prevenção e trata­
mento das enfermidades.

Metafísica: sistema de princípios relacionados ao que é


transcendente ou sobrenatural.

Parapsicologia: suposta ciência que estuda experimen­


talmente os fenômenos ocultos.

Panacéia: remédio para todos os males.

Placebo: medicamento inerte ministrado com fins suges­


tivos ou morais, ou, ainda, em trabalhos de pesquisa,
quando é dado a um grupo de pacientes que ignoram es­
tar, paralelamente, tomando o remédio que se quer inves­
tigar.

Sinergia: associação simultâmea de vários fatores que


contribuem para uma ação coordenada.

Transcendente: que ultrapassa os limites da experiência


possível; metafísico.

81
A série “Os Fatos Sobre” é uma fonte de recursos extrema­
mente valiosa para a compreensão e o testemunho eficaz
do cristão num mundo cada vez mais voltado ao paganis­
mo. Recomendo muito a sua leitura. _ D a v e Hunt
0 movimento holístico de saúde reuniu inúmeros métodos de cu­
ra ocultistas sob o seu abrigo em anos recentes. A larga aceita­
ção desta Nova Medicina pela sociedade torna difícil saber quais
as práticas perigosas ou espiritualmente enganosas. Este livro
esclarecedor
• exam ina m ais de 4 0 práticas suspeitas
• revela os perigos em potencial de vários
tratam entos holísticos
• discute a validade científica da Nova
M edicina
• expõe a influência ocultista em muitos
tratam entos holísticos
Uma avaliação bíblica de cada prática, desde quiroprática e hip­
nose até "biofeedback" e visualização, torna este guia conciso
sobre os cuidados modernos da saúde uma refe­
rência útil.
John A n kerb erg é apresentador do premia­
do programa "The John Ankerberg Show" em rede
nacional nos EUA. Ele é orador internacional e di-
plomou-se em teologia, história da igreja e pensa­
mento cristão.
John W eldon é autor e co-autor de 30 livros
sobre seitas, ocultismo e questões sociais. Formou-
se em sociologia, apologética cristã e religiões
comparadas.

Caixa P ostal 1688


9 0 0 0 1 -9 7 0 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil
Fone: (51) 3 2 4 1 -5 0 5 0 • Fax: (51) 3 2 4 9 -7 3 8 5
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