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MANUAL DO CIPEIRO Data: 07/06/2007

Identificação:
UT 667 – BARRO ALTO BRA/M/001
Responsável: Roque Celso Fulini Aprovação: Wagner Neves Magalhães

Histórico
Data Revisão Modificação
12/06/07 00 Emissão inicial.

Este documento foi desenvolvido pela UT 667 – Barro Alto, para a obra de terraplenagem,
constituindo-se em propriedade da empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.
Sendo desenvolvido para ser utilizado pelos seus colaboradores Membros da CPPA.
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Parabéns !

Você foi escolhido para exercer uma importante missão no seu ambiente de trabalho.
A partir de agora você é, ainda mais, o responsável pela prevenção de acidentes, como membro da Comissão
Provisória de Prevenção de Acidentes – CPPA.
Mas, não basta apenas ser membro da CPPA, é necessário que você conheça como funciona e qual a finalidade
da comissão, assumindo de forma atuante, a significativa parcela que lhe foi confiada pela sua gerência ou pelo
voto secreto do seu colega de trabalho.
A importância de suas atividades na empresa, não podem ser maiores do que a sua nobre visão de proteger
vidas, no exercício do trabalho, através de ações, práticas, gestos e atitudes preventivas.
Para ajudá-lo nesse encontro marcado com a prevenção de acidentes, elaboramos este material para
facilitar o seu trabalho, integrando um enorme esforço coletivo de produtividade, qualidade e
segurança.

“Feliz Gestão !”
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1. INTRODUÇÃO

Este manual tem como finalidade orientar os


cipeiros nas diversas atividades que lhe
competem dentro da CPPA – Comissão
Provisória de Prevenção de Acidentes.
Entende-se que as informações constantes
não esgotam o assunto, pois várias situações
irão surgir no decorrer da gestão, implicando
aos cipeiros um constante desafio analítico.
Além de sua finalidade prática, visa também
conscientizar que a CPPA deve buscar as causas
dos acidentes, propor medidas de segurança e
não procurar culpados e que a missão maior é
PREVENIR ACIDENTES.
CURSO PARA COMPONENTES
DA CPPA

CURRÍCULO BÁSICO PREVISTO NA


NR 5
O curso sobre Prevenção de Acidentes do Trabalho, de que trata a NR 5, destinado aos componentes da
CPPA – titulares e suplentes, terá a carga horária mínima de 20 (vinte) horas e obedecerá o seguinte
Currículo Básico:
a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;
Agentes Ambientais
 Físicos
 Químicos
 Biológicos
 Ergonômicos
 De Acidentes
 Inclusive quanto aos critérios relacionados à organização do trabalho.
b) Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa.
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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO

 Acidente do Trabalho: Conceito Legal e Conceito Prevencionista.


 Causas dos Acidentes do Trabalho: Atos Inseguros, Condições Inseguras e Fatores Pessoais de
Insegurança.
 Inspeção de Segurança: Conceitos e importância, objetivos, levantamentos das causas dos acidentes e
relatórios de inspeção.
a) Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho.
 Investigação dos acidentes: procura das causas do acidente, fonte da lesão e natureza da lesão.
 Analise dos acidentes: comunicação dos acidentes, cadastro dos acidentes, fichas de análises dos
acidentes, medidas de segurança a serem adotadas.
 Estatística de Acidentes: dias perdidos, dias computados, dias debitados, taxas de freqüência (Brasil e
Internacional) e taxas de gravidade.
b) Noções sobre a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e
medidas de prevenção.
c) Noções sobre as legislações trabalhistas e
previdenciárias relativas a segurança e saúde
no trabalho.
d) Princípios gerais de higiene do trabalho e de
medidas de controle dos risos.
 Controle das áreas de vivência.
 Equipamentos de Proteção Coletiva.
 Equipamentos de Proteção Individual.
 Proteção contra incêndios.
e) Organização da CPPA e outros assuntos
necessários ao exercício das atribuições da
Comissão.
 Organização e Funcionamento da CPPA.
 Campanhas de Segurança: SIPAT – Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
2. SEGURANÇA DO TRABALHO.
O marco inicial da moderna industrialização teve
origem com o aparecimento da 1ª máquina de fiar
na Inglaterra na época da Revolução Industrial
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(1760 – 1830).
A mão de obra era constituída por homens, mulheres e crianças em quaisquer restrições quanto à
saúde e segurança do trabalhador.
Outro aspecto importante era quanto a improvisação das fábricas, em função do excesso de mão de obra
disponível para a industrialização.
Nessa época os trabalhadores tiveram que suportar sem nenhum amparo as conseqüências dos
acidentes e das doenças ocupacionais.
Os principais problemas ocupacionais eram:
 Máquinas sem proteção;
 Ambiente sem ventilação;
 Ruído;
 Trabalho sem limite de horas.
A primeira preocupação com Segurança, deu-se quando o Parlamento Britânico aprovou a 1ª lei de proteção
aos trabalhadores:
A “lei de Saúde e Moral dos Aprendizes” a qual estabelecia:
 O limite de 12 horas de trabalho por dia;
 Proibição de trabalho noturno;
 A obrigação dos patrões a lavarem as paredes das fábricas duas vezes por ano;
 A obrigação da instalação da ventilação nas fábricas.
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Em 21 / 05 / 58, na 42ª Conferência Internacional do


Trabalho em Genebra, foi estabelecido o Serviço de
Saúde Ocupacional.
Extra oficialmente, o Brasil mantinha na década de 40,
instituída por decreto, a CIPA, hoje regulamentada pela
Lei 6.514, portaria 3.214 de 08 / 06 / 78.
A SEGURANÇA DO TRABALHO É UM CONJUNTO DE
NORMAS E PROCEDIMENTOS QUE TEM POR
OBJETIVO PRESERVAR A INTEGRIDADE FÍSICA E
MENTAL DO TRABALHADOR EM SEU LOCAL DE
TRABALHO.
3. ACIDENTE DO TRABALHO.
3.1. Conceito Legal:
Segundo a lei 8.213, de 25/07/91, em seu artigo 19
assim define o Acidente do Trabalho:
Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho,
a serviço da empresa provocando lesão corporal
ou perturbação que cause:
 Redução temporária da capacidade para o trabalho;
 Redução permanente da capacidade para o
trabalho;
 Perda permanente da capacidade para o trabalho;
 Morte do trabalhador.

De acordo com o artigo 20, da mesma lei, considera-se acidente do trabalho:

 A doença profissional, assim entendida, a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar a determinada atividade e constante na respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
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Exemplo: surdez provocada pelo ruído excessivo (motores de bombas, marteletes, jateamento de areia,
etc.).
 O acidente que, embora não tenha sido causa única, tenha contribuído diretamente para a
conseqüência (morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho).

Você deve notar que do ponto de vista legal somente se considera como Acidente do Trabalho
uma ocorrência em que há lesão ou perturbação, ou seja, uma conseqüência física:
 Ferimento;
 Fratura;
 Debilidade funcional (redução da potencialidade ou mudança de cargo, por motivo de lesão).
Serão também considerados acidente do trabalho:

1. O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:


 Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho;
 Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
 Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiros ou de companheiro de trabalho;
 O ato praticado por pessoa privado do uso da razão;
 Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
 A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.

2. O acidente sofrido pelo empregado, ainda que fora do local ou do horário de trabalho:
 Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
 Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
 Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade particular;
 No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículos de propriedade do segurado;
 No percurso de ida e volta da refeição no intervalo de trabalho.
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Observação: No período destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outra


necessidade fisiológica, no local ou durante horário do trabalho, o empregado será considerado a serviço da
empresa.
3.2. Conceito Prevencionista:
É um acontecimento não programado que interfere em um processo normal de trabalho, provocando ou não,
lesão corporal, redução ou perda da capacidade para o trabalho.
3.3. Causas de Acidentes:
Existe um princípio básico a ser seguido por todos os grupos que atuam em Prevenção de Acidentes:
“Todo e qualquer acidente tem uma ou mais causas”.
Portanto, para se prevenir acidentes, será necessário determinar quais são essas causas, tomando-se
Medidas Prevencionistas para combatê-las.
Os componentes da CPPA, atuando em Prevenção de Acidentes, precisam ser bem familiarizados com as
causas de acidentes, uma vez que seu trabalho estará sempre dirigido para eliminação ou atenuação das
causas.
As causas de acidentes estão distribuídas em 3 grupos:
Grupo I – Fator Pessoal de Insegurança;
Grupo II – Ato Inseguro;
Grupo III – Condição Ambiental de Insegurança.
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1. Fator Pessoal de Insegurança: ou


simplesmente fator pessoal é a causa relativa
ao comportamento humano, o qual leva à
prática do ato inseguro.
Exemplo: Fadiga.
2. Ato Inseguro: é a ação praticada pelo homem
consciente ou inconsciente colocando em
risco a sua integridade física, e de terceiros
ou a de bens materiais.
Exemplo: Deixar de usar Equipamentos de
Proteção Individual.
3. Condição Ambiental de Insegurança: é a
condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência.
Observação: A palavra ambiente inclui, aqui,
tudo o que se refere ao meio, desde a
atmosfera do local de trabalho até as
instalações, equipamentos, substâncias
utilizadas e métodos de trabalho empregados.
Exemplo: Material estocado em prateleiras
muito altas, partes móveis de máquinas sem
proteção.

Nossa empresa possui norma específica a respeito desta comunicação que deve ser realizada
imediatamente após a ocorrência, e esta comunicação é de responsabilidade do encarregado do
colaborador.
Toda a lesão ocorrida no local e horário de trabalho, independente da gravidade da lesão, deverá
obrigatoriamente, ser levada ao conhecimento da chefia imediata do colaborador acidentado para
que seja encaminhada à ASMT – Assessoria em Segurança e Medicina do Trabalho.

A ASMT, tomando conhecimento, procederá a investigação e análise do acidente, e emissão da


Ficha de Análise de Acidente onde constará o relatório sobre o acidente, constando a participação
de todos os envolvidos e demais interessados: supervisores, encarregados, engenheiros de
segurança, técnicos de segurança, medicina do trabalho, etc.
É MUITO IMPORTANTE QUE A DESCRIÇÃO DO ACIDENTE SEJA APRESENTADA
DE FORMA CLARA E OBJETIVA, COM TODA A FIDELIDADE QUE REQUER UM
RELATO DE UM ACIDENTE, POIS SE ISTO NÃO OCORRER PODERÁ ACARRETAR
FALHAS NA INVESTIGAÇÃO E A CAUSA REAL NÃO SERÁ APURADA.
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3.6. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE

Comunicar para fins legais – Conforme determina a Lei, nos casos de acidente do trabalho, toda empresa
deve encaminhar a CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, ao INSS num prazo de 24:00 horas após
a ocorrência do mesmo.

Comunicação interna para fins de registros e estatísticas dos acidentes medidas comparativas, adotar
medidas preventivas, corretivas e campanhas de segurança.

Registros de acidentes para fins técnicos.


Estudar ou participar do estudo de causas, circunstanciais e conseqüências dos acidentes é uma
das atribuições da CPPA enunciadas na NR 5.
O estudo das causas nada mais é do que a análise de dados já obtidos, ao que chamamos de
investigação de acidente, com o objetivo de evitar a repetição de casos idênticos.
Este estudo é o mais elementar existente na prática de prevenção de acidentes e a CPPA, para
realizá-lo deverá compor grupos de trabalho.
Uma investigação bem realizada trará muitas informações para a adequada solução do problema e
as medidas propostas farão surgir efeito.
É difícil aceitar o fato de que, existindo na empresa um serviço especializado em segurança, a
CPPA faça investigação das causas que provocam acidentes. O serviço especializado é que está
credenciado para esta tarefa, mas conta com a CPPA com um órgão auxiliar.

1. Roteiro para auxiliar a investigação:


 De acordo com a ocorrência, se necessário isolar o local;
 Entrevistar as pessoas envolvidas;
 Selecionar materiais elucidativos relacionados ao acidente;
 Verificar os prejuízos materiais;
 Elaborar um relatório de investigação.

2. Cuidados a serem tomados numa investigação:


a) Antes da investigação:
 Planejar os pontos a serem elaborados;
 Verificar as possíveis condições ambientais de insegurança, os atos inseguros e os fatores
pessoais de insegurança;
 Caso a investigação seja em grupo, que os membros se organizem a fim ordenarem as
perguntas.

b) Durante a investigação:
 Respeitar a hierarquia do setor onde se procederá a investigação;
 Apresentar-se aos envolvidos, dando-lhes uma idéia dos objetivos da investigação;
 Não comentar os depoimentos de um envolvido para outro;
 Não tornar a investigação um interrogatório, e sim uma conversa informativa;
 Solicitar aos envolvidos que apresentem sugestões para solucionar o caso;
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 Não emitir opiniões próprias sobre o acidente, mas sim a opinião do grupo da CPPA.

c) Depois da investigação:
 Manter sigilo dos dados obtidos, informando apenas à CPPA e a chefia imediata do
empregado;
 Acompanhar a execução das medidas preventivas adotadas

3. Análise de Acidentes.
Todo acidente traz informações úteis para aqueles que se dedicam à sua prevenção. Revela a
existência de causas ainda não conhecidas, ou seja, causas que permaneciam ocultas e que não
haviam sido notadas.
Sendo um acidente comum, ou seja, um infortúnio, pode revelar possíveis falhas nas medidas
de prevenção que, por alguma razão a ser determinada, estão impedindo esta adoção.
A CPPA deve, portanto, preocupar-se em, após uma completa investigação, analisar cada
acidente em todos os seus pormenores, e proceder a registros e comunicações.
O formulário correto a ser utilizado pela CPPA, para registrar, apontar as causas do acidente
bem como as medidas cabíveis, é a ficha de análise de acidentes, que foi instituída pela Portaria
n.º 3.214 em sua Norma Regulamentadora n.º 5

4. Medidas preventivas e corretivas.


A prevenção de acidentes exige planos e estudos detalhados. A CPPA tem necessidade de
sugerir medidas que visem amenizar ou eliminar diversos problemas de segurança.
Quando um acidente é analisado e se chega às suas causas, é preciso eliminar ou atenuá-las.

De posse dessas informações a CPPA deve estudar:


 A modificação da técnica do trabalho;
 A modificação do método de trabalho;
 A viabilidade em treinar pessoas, etc...
5. ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DO TRABALHO.
A estatística de acidentes é o conjunto de números relativos à ocorrência de acidentes,
classificados de uma forma adequada, cuja finalidade é obter dados comparativos e permitir o
confronto com as estatísticas de outros anos e com unidades, áreas, departamentos, etc.
Os números apresentados na Estatística são fatos conclusivos sobre o comportamento de
acidentes ocorridos no âmbito da CPPA.
Esses indicadores possibilitam aos membros da Comissão a proposição de medidas preventivas
e/ ou corretivas.

 Coeficiente de Freqüência (CF) - Brasil


CF = N.º de AC. CPT x 1.000.0000
HHT

AC. CPT = Número de Acidentes com perda de tempo


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1.000.000 = Coeficiente.
HHT = Horas Homens Trabalhadas.
Observação: O CF (Brasil) traduz o número de acidentes com afastamento em um milhão de
horas trabalhadas.
Exemplo: Num determinado mês em uma empresa, ocorreram 12 acidentes dos quais 10
acidentes sem afastamento e 02 acidentes com afastamento.
Dados adicionais: Efetivo: 100 trabalhadores
HHT= 22.000 h
Dias Perdidos no mês: 10 dias
Dias Transportados (mês anterior): 20 dias
Dias Debitados: 00

Resultado: CF= 02 x 1.000.000 = CF = 90,90


22.000
 Coeficiente de Freqüência (CF) - Internacional CPT = Número de Acidentes com perda de
CF = N.º de AC. CPT + SPT x 200.000 tempo
HHT SPT = Número de Acidentes sem perda de
tempo
200.000 = Coeficiente.
HHT = Horas Homens Trabalhadas.

Observação: O CF (Internacional) traduz o número de acidentes com e sem afastamento em


200.000 horas trabalhadas.
Exemplo: Levando-se em conta o mesmo exemplo anterior
Resultado: CF= 12 x 200.000 = CF = 109,09
22.000

 Coeficiente de Gravidade (CF)

CF = N.º de DP + DT + DD x 1.000.000
HHT

DP = Número de dias perdidos no mês


DT = Número de dias transportados do mês anterior
DD = Número de dias debitados
1.000.000 = Coeficiente.
HHT = Horas Homens Trabalhadas.
Observação: O CG traduz o número de dias perdidos em 1.000.000 de horas trabalhadas.
Exemplo: Levando-se em conta o mesmo exemplo anterior
Resultado: CG = 20 + 10 x 1.000.000 = CF = 1.363 dias
22.000
Observação: O CG traduz o número de dias perdidos em 1.000.000 de horas trabalhadas.
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TABELA DE DIAS DEBITADOS (DD) – NR 5


QUADRO 1-A

NATUREZA AVALIAÇÃO DIAS


PERCENTUAL DEBITADOS
Morte................................................................................................................................ 100 % 6.000
Incapacidade total e permanente..................................................................................... 100 % 6.000
Perda da visão de ambos os olhos.................................................................................. 100 % 6.000
Perda da visão de um olho............................................................................................... 30 % 1.800
Perda do braço acima do cotovelo................................................................................... 75 % 4.500
Perda do braço abaixo do cotovelo.................................................................................. 60 % 3.500
Perda da mão................................................................................................................... 50 % 3.000
Perda do 1º quirodátilo (polegar)...................................................................................... 10 % 600
Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo)...................................................................... 5% 300
Perda de dois outros quirodátilos (dedos)........................................................................ 12 ½ % 750
Perda de três outros quirodátilos (dedos)........................................................................ 20 % 1.200
Perda de quatro outros quirodátilos (dedos).................................................................... 30 % 1.800
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro quirodátilo (dedo).............................. 20 % 1.200
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos (dedos)................................ 25 % 1.500
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos (dedos)................................ 33 ½ % 2.000
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e quatro outros quirodátilos (dedos)........................... 40 % 2.400
Perda da perna acima do joelho...................................................................................... 75 % 4.500
Perda da perna na altura do joelho ou abaixo dele......................................................... 50 % 3.000
Perda do pé...................................................................................................................... 40 % 2.400
Perda do pododátilo (dedo grande) ou dois outros ou mais pododátilos (dedos do pé) 6% 300
Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés................................................. 10 % 600
Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé)............................................................ 0 0
Perda da audição de um ouvido....................................................................................... 10 % 600
Perda da audição de ambos os ouvidos.......................................................................... 50 % 3.000

6. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA.
A inspeção de segurança é a atividade principal que a CPPA desenvolve a fim de verificar a
existência de riscos que possam gerar acidentes do trabalho e propor medidas para corrigir
situações irregulares.
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1. Atitudes:
 Identificação dos riscos existentes;
 Recomendações e medidas preventivas;
 Verificação das Normas e Procedimentos,
se estão sendo cumpridos;
 Emissão de relatórios contendo
recomendações preventivas.
Numa colocação resumida das etapas de
uma inspeção de segurança temos:
 Verificação dos diversos aspectos
ambientais do local;
 Verificação das condições gerais de
segurança (presença de riscos, arranjo
físico, equipamentos de proteção, etc);
 Identificação de riscos;
 Orientação das pessoas envolvidas;
 Providencias no local e
 Emissão de relatório contendo
recomendações preventivas.

Observação: Os casos que se apresentam com graves riscos iminentes de acidentes deverão ser
analisados no próprio local de trabalho e resolvidos de imediato.

2. Riscos Profissionais
É uma das atribuições da CPPA, conhecer os riscos profissionais que ocasionem alterações na
saúde do trabalhador ou afetem o seu conforto e eficiência.
Esses riscos são diferentes de local para local, trabalho para trabalho, tarefa para tarefa, portanto, a
CPPA que é heterogênea em experiências, deve reunir tantas informações quantas possíveis, para
apontar as medidas preventivas e / ou corretivas.
Cabe a quem se dedica à PREVENÇÃO DE ACIDENTES, apresentar medidas para eliminá-los ou
reduzi-los a níveis aceitáveis.
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3. Roteiro para inspeção de segurança


Aspectos importantes a serem observados na inspeção:
 Equipamentos de proteção individual – EPI;
 Uniforme / Normas de Segurança / Estocagem;
 Equipamentos de proteção contra incêndio;
 Condições ambientais;
 Pisos;
 Tubulações e válvulas;
 Edifícios;
 Inflamáveis, tóxicos e corrosivos;
 Equipamentos de transporte / levantamento de carga;
 Ferramentas e máquinas;
 Instalações elétricas.
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A seguir “Relatório Padrão de Inspeção de Segurança”, contendo detalhamento de cada ítem.

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA (SIMPLIFICADO)


SETOR:...............................................LOCAL:......................................................
INSPEÇÃO N.º :................

ESTUDO
SIM

NÃO

SOLICITADO A CHEFIA

IMEDIATOIRREGULARIDADE SANADA DE
NECESSITA DE TREINAMENTO

SOLICITAÇÇÃO DE CORREÇÃO
OBSERVAÇÕES
ESPECIFICAÇÃO DOS ÍTENS

ESPECIAL

1. Equipam. de Proteção Individual – EPI


1.1. Não utilização de EPI
1.2. Uso do EPI inadequado
1.3. Uso incorreto do EPI
1.4. EPI em mau estado de conservação
2. Normas de Segurança / Estocagem
2.1. Cumprimento das normas
2.2. Desconhecimento das normas
2.3. Estocagem de material inadequada
2.4. Falta espaço / Lay out inadequado
3. Equipamentos de Proteção Coletiva
3.1. Utilização de proteção coletiva
3.2. Utilização correta das proteções
3.4. Proteções coletivas adequadas
4. Equipam. de Proteção contra Incêndio
4.1. Falta de extintor
4.2. Extintor de Incêndio obstruído
4.3. Mangueiras e Hidrantes inadequados
4.4. Extintor sem lacre
4.5. Carga de extintor vencida
4.6. Extintor instalado inadequadamente.
DATA ____/_____/______

__________________________________
RESPONSÁVEL PELO LEVANTAMENTO
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7. MAPEAMENTO DE RISCO
1. Objetivo
Fornecer subsídios à todos os membros da CPPA e profissionais da área de segurança e
medicina do trabalho que enquanto grupos de trabalho possam identificar os riscos de
segurança e saúde, sugerir medidas de controle, propondo soluções para os problemas
detectados, bem como obter a implantação das medidas solicitadas.
2. Origem do mapeamento de risco
Em 1983 na Itália, através de Giovanni
Berlinguer em “A SAÚDE NAS FÁBRICAS”
onde, fazendo uma analogia com a
abordagem clínica em Medicina, dizia que:
“Inspecionar uma fábrica sem previamente
conversar com os trabalhadores é como
examinar um doente sem antes ter ouvido a
sua história.
Desta forma, passou-se a inovação
metodológica do desenvolvimento do
Mapeamento de Risco nos Ambientes de
Trabalho, incentivando a participação e o
interesse dos trabalhadores para a avaliação
das condições de trabalho.
No Brasil, por volta de 1990, após uma
experiência sindical, a cidade de Osasco foi a
pioneira da implantação do Mapeamento de
Risco.
Com base nas Normas Regulamentadoras
NR 1, NR 9 e NR 15, passaram a exigir e
notificar as empresas para a elaboração do
Mapeamento de Risco, onde o trabalho
deveria ser realizado de forma solidária,
corporativa e participativa.

3. Legislação
Portaria n.º 5 de 17 / 08 / 1992.
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Estabelece a obrigatoriedade da elaboração de Mapa de Riscos Ambientais.


NR 9 – item 9.4 alínea “C”
“Caberá ao empregador, realizar o mapeamento de riscos ambientais, afixando-o em local visível para
informação aos trabalhadores”, conforme abaixo:
O Mapa de Risco será executado pela CPPA, através de seus membros após ouvido os trabalhadores
de todos os setores produtivos da Empresa e com a colaboração dos Profissionais de Segurança e
Medicina do Trabalho.

4. O Que é Mapeamento de Risco


O Mapa de Risco consiste em representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos
diversos locais de trabalho.
5. Riscos Ambientais
Para compreensão da elaboração é conveniente dizer-se alguma coisa sobre o que se entende por
riscos à saúde.
Os riscos ambientais presentes nos locais de trabalho são divididos em 05 grupos:
 Grupo I – Riscos Físicos

 Grupo II – Riscos Químicos

 Grupo III – Riscos Biológicos

 Grupo IV – Riscos Ergonômicos

 Grupo V – Riscos de Acidentes

a) Riscos Físicos
São caracterizados pela presença de:
Ruído
Vibrações
Temperaturas Externas
Iluminação
Radiações não-ionizantes
Radiações ionizantes
Umidade
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EFEITOS DOS RISCOS À SAÚDE


Conseqüências:

RUÍDOS – cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão arterial,
problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto.
VIBRAÇÕES – cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doenças relacionadas a movimentos
repetitivos, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.

CALOR – taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica, prostração térmica, choque
térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.
ILUMINAÇÃO DEFICIENTE – fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES – queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos.
UMIDADE – doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele, doenças circulatórias.

b) Riscos Químicos
Provém dos Agentes Químicos que atuam sobre o organismo dos trabalhadores e são classificados em
dois grupos: Gases/Vapores e Aerodispersoides.

EFEITOS DOS RISCOS À SAÚDE


Conseqüências:
NÉVOAS, GASES E VAPORES:
Irritantes – irritação das vias aéreas superiores. Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica,
cloro.
Asfixiantes – dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte.
Ex.: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono.
Anestésicos – a maioria dos solventes orgânicos. Ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos
diversos órgãos, ao sistema formador do sangue (benzeno).
Ex.: butano, propano, aldeídos, cetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, alcoois, tolueno.
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POEIRAS MINERAIS – Ex.: sílica, asbesto, carvão mineral. Silicose (quartzo), asbestose (amianto),
pneumoconiose dos mineiros de carvão (mineral).
POEIRAS VEGETAIS – Ex.: algodão, bagaço de cana-de-açúcar, bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-
açúcar).
POEIRAS ALCALINAS – Ex.: calcário. Doenças pulmonares obstruitiva crônica, enfizema pulmonar.
POEIRAS INCÔMODAS – podem interagir com outros agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho,
aumentando sua nocividade.
FUMOS METÁLICOS – doenças pulmonares obstrutivas crônicas, febre de fumos metálicos, intoxicação
específica de acordo com o metal.

c) Riscos Biológicos
São caracterizados pela presença de microorganismos tais como:
 Vírus
 Bactérias
 Parasitas
 Fungos
 Bacilos

PREVENÇÃO
As formas de prevenção para esse grupo de agentes biológicos, são:
 Vacinação, Esterilização, Higiene Pessoal, EPIs, Ventilação e Controle Médico.

d) Riscos Ergonômicos
São caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho, à características psicológicas do
trabalhador.
Os mais comuns são:
 Posturas Incorretas
 Trabalho Físico Pesado
 Posições Incômodas
 Repetitividade
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EFEITOS DOS RISCOS À SAÚDE


Conseqüências:
 Trabalho Físico Pesado, Postura Incorreta e Posições Incômodas:
Cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças tais como: hipertensão arterial, diabetes, úlceras, doenças
nervosas além de alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, etc.
 Ritmos Excessivos, Monotonia, Trabalhos de Turno, Jornada Prolongada, Conflitos, Ansiedade,
Responsabilidade, Desconforto:
Cansaço, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações do sono,
da vida social com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia,
(angina, infarto), tenossinovite (computador), diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade.

e) Riscos de Acidentes
 Arranjo Físico Deficiente
 Máquinas sem Proteção
 Ligações Elétricas Deficientes
 Matéria-Prima sem Especificação
 Ferramentas Defeituosas ou Inadequadas
 EPI inadequado

EFEITOS DOS RISCOS À SAÚDE


Conseqüências:
Arranjo Físico Deficiente – acidente, desgaste físico excessivo.
Máquinas sem Proteção – acidentes graves.
Ligações Elétricas Deficientes – curto-circuito, choques elétricos, incêndio, queimaduras, acidentes
graves.
Matéria-Prima sem Especificação – acidentes, doenças profissionais.
Ferramentas Defeituosas ou Inadequadas – acidentes, prinCPPAlmente com perturbação nos membros
superiores.
EPI Inadequado – acidentes provocando lesões.

6. Critérios de Execução
a) Levantamento de Riscos Ambientais
Dados Preliminares:
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 Elaborar e analisar previamente para cada setor, um roteiro de abordagem, relatando os riscos
ambientais encontrados, através da aplicação de um questionário em anexo:
 Dialogar com os empregados do setor, de modo a obter o máximo de informações possíveis,
sobre sua atividade, sem contudo induzi-lo e/ou direcioná-lo;
 Para que se obtenha resultados satisfatórios, o levantamento dos riscos deverá ser real e fiel
visto que neste primeiro momento, apenas tendo como parâmetro a observação e a forma correta de
abordagem;
 Nesta etapa é desnecessária a utilização de equipamentos de monitoramento ambiental.
Elaboração do Mapa de Risco:
A apresentação gráfica dos riscos ambientais deverá ser feita de maneira fácil e de rápida identificação.
Para tanto convencionou-se atribuir uma cor a cada tipo de risco e representá-los em forma de círculos.

Simbologia Utilizadas – Cor – Agente

GRUPO 1
COR VERDE GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
COR COR MARROM COR AMARELA COR AZUL
VERMELHA
RISCO FÍSICO RISCO QUÍMICO RISCO RISCO ERGONÔMICO RISCO DE ACIDENTE
BIOLÓGICO
 Círculos: O tamanho dos círculos indicará o grau de risco
RISCO GRAVE RISCO MÉDIO RISCO LEVE
10 cm 5 cm 2,5 cm

EXEMPLO:
Quando num mesmo local de trabalho ocorrer incidências de mais de um risco
de igual gravidade, deve-se utilizar o mesmo círculo, dividindo-o em partes
iguais, colorindo os espaços conforme os riscos detectados.
Observação:
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1) Lembramos que a existência de agentes com gravidade máxima, caracteriza a necessidade de


soluções imediata para o (s) problema (s) imediato (s).
2) Quando no local de trabalho existir mais de um agente com gravidades diferentes, indetificá-los de
acordo com o grau de risco.
EXEMPLIFICAÇÃO DE
MAPEAMENTO DE RISCO
7. Metodologia de Execução
a) Rotina da CPPA
 Constituir equipe para elaboração dos mapas;
 Analisar os relatórios selecionando os riscos ambientais de maior gravidade;
 Indicar para cada risco a cor correspondente e o tamanho do círculo de acordo com o grau de
gravidade;
 Traçar na planta no local de trabalho os círculos com os agentes de maior gravidade, de modo a
possibilitar a fácil visualização e entendimento;
 Elaborar relatório contendo discriminadamente para cada área os agentes, grau de gravidade,
conseqüência dos riscos e medidas corretivas propostas;
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 Encaminhar relatório para a chefia maior da unidade com cópia para a área de Segurança do
Trabalho que atende a CPPA e manter cópia em arquivo da CPPA;
 Afixar o mapa de risco no setor inspecionado de modo visível a todos os empregados. O mapa
deverá ficar afixado no local obrigatoriamente por 1 ano;
 A cada situação eliminada e / ou minimizada, ou a cada risco, deve ser revisado e refeito o mapa.
Observação: Os escritórios e almoxarifados não estão contemplados pela legislação, mas não devem
ser excluídos do mapeamento.

b) Rotina da Segurança do Trabalho


 Assessorar a CPPA na elaboração dos mapas de risco, quando solicitado;
 Receber cópia dos relatórios para análise e mapeamento quantitativo complementar;
 Elaborar planilhas de levantamento dos agentes abordados pelo mapeamento de risco;
 Assessorar as chefias das unidades na solução das questões detectadas pelo mapeamento;
 De acordo com o levantamento quantitativo fornecer subsídios à CPPA para reavaliação do grau de
gravidade dos agentes mapeados;
 Manter em arquivo relatório com as planilhas de levantamento ambiental.

MODELO DE COLETA DE DADOS PARA MAPEAMENTO DE RISCO


MODELO DE COLETA DE DADOS PARA MAPEAMENTO DE RISCO
ATIVIDADES RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS DE
FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES
Usinagem Ruído, iluminação Óleo de corte. - Postura incorreta, Fagulhas nos olhos.
deficiente levantamento de peso.
Prensagem Ruído - - Postura, repetitividade, Corte, perfurações.
monotonia.
Caldeiraria Ruído, calor, radiações. Fumos, gases tóxicos. - Postura, levantamento de Choque elétrico,
peso. queimaduras, cortes.
Jateamento de areia Ruído, iluminação Poeira. - Postura incorreta, ritmo Projeção de partículas.
deficiente. excessivo, trabalho em pé.
Pintura Ruído, iluminação Solventes, substâncias - Postura incorreta, ritmo -
deficiente. químicas agressivas. excessivo, trabalho em pé.
Serviços com Ruído, vibração. - - Postura incorreta, ritmo Cortes, perfurações,
ferramentas portáteis excessivo. impactos.
Tornearia Ruído, iluminação Óleo solúvel. - Postura incorreta, trabalho Queimaduras.
deficiente. em pé, levantamento de
peso.
ROTEIRO DE ABORDAGEM

CPPA: DATA:
UNIDADE: SETOR:
NOME (EMPREGADO QUESTIONADO):

CARGO:
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RISCOS FÍSICOS / QUÍMICOS / BIOLÓGICOS


FONTE INTENSIDADE SENSAÇÃO DE TEMPO DE PROTEÇÃO
INCÔMODO
RISCO GERADORA ALTA BAIXA SIM NÃO EXPOSIÇÃO IND. COL.

RISCOS ERGONÔMICOS / MECÂNICOS

RISCO FUNÇÃO DESCRIÇÃO DO HORÁRIO HORAS


LOCAL PROBLEMA DE EXTRAS
TRABALHO (MÊS)

CIPEIRO:

NOME: ASSINATURA:

TÉCNICO DE SEGURANÇA:

NOME: ASSINATURA:

8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI).

1. Conceito:
É UM EQUIPAMENTO DE USO PESSOAL, CUJA FINALIDADE É PRESERVAR A INTEGRIDADE FÍSICA
DO EMPREGADO, NEUTRALIZANDO OU MINIMIZANDO AS CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE.
O EPI não evita a ocorrência do acidente, mas sim, atenua a ação do agente agressivo contra o corpo de
quem o usa. Deve ser usado o EPI quando:
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 Não for possível controlar o risco por outros meios de proteção;


 For necessário complementar a proteção coletiva;
 Executarem-se trabalhos eventuais e em exposição de curta duração.
Exemplos de alguns EPIs: capacetes, luvas, máscaras, calçados (botinas), óculos de segurança, cintos de
segurança, etc.

2. Distribuição, Utilização e Conservação:


O uso e a conservação são obrigações dos empregados conforme NR 6 e portaria 3214 de 08 de junho de
78.
Para a perfeita conservação dos equipamentos de proteção, após o término de trabalho, devem:
 Limpar os equipamentos, removendo todas as impurezas e, se necessário, lavando-os com produtos
que não os danifiquem;
 Fazer uma inspeção geral nos equipamentos para certificar-se do seu bom estado de uso;
 Solicitar à chefia a substituição dos equipamentos sem condições de uso;
 Guardar os equipamentos em local adequado.

3. Tipos e Classificação
PROTEÇÃO PARA TIPO DE EPI QUANDO USAR OBJETIVO
Crânio Capacetes de Segurança Em trabalhos nos quais há: Previne o impacto, perturbações,
- Risco de queda de material. choques elétricos, queimaduras,
- Batidas contra obstáculos. ação de agentes meteorológicos.
- Trabalho a céu aberto.

Face Máscaras de Solda Em operações de solda e corte de Protege o colaborador contra


peças metálicas. queimadura nos olhos.

Protege o colaborador contra


Protetores Faciais Nos trabalhos e operação com impacto de partículas, respingos de
serra-circular, polikortes onde produtos químicos, etc.
existe o risco de projeção de
partículas contra a face do
colaborador.
Ouvidos Concha Em trabalhos em que o ruído é Previne a surdez total ou parcial,
intenso. cansaço, irritação e outros
problemas psicológicos.

Plug s de Inserção
Olhos Óculos contra Impactos Em trabalhos em que há perigo de Evita dano total ou parcial nos
impacto de estilhaços que projetam. olhos.

Em trabalhos em que há poeiras e


Óculos para manuseio de produtos químicos. vapores.

Óculos para soldadores. Em trabalhos com solda ou em


operações em que haja respingos de
materiais fundidos, radiações ou
luminosidade.
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PROTEÇÃO PARA TIPO DE EPI QUANDO USAR OBJETIVO

Tronco Jaquetas de Proteção Para trabalhos de soldagem, em Proteção dos raios ionizaste e não
particular a altas temperaturas, ionizaste
trabalhos em fornos e combate a
incêndios
De couro:
Aventais Para trabalhos de soldagem
elétrica, oxiacetilênica, corte a
quente, etc.

De PVC: para trabalhos pesados,


onde haja manuseio de peças
úmidas ou riscos de respingos de Umidade, produtos químicos,
produtos químicos.

4. Exigências Legais para utilização dos EPIs


Conforme a NR 6, existem exigências legais para o uso dos EPIs, tanto para o empregador como para o
empregado:

Obrigações do Empregador:
a) Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
b) Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTB;
c) Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
d) Tornar obrigatório o seu uso;
e) Substituí-lo imediatamente, quando danificado ou extraviado.

Obrigações do Empregado:
a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.

8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC).


Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), são usados quando os riscos podem afetar a mais de um
trabalhador. São recursos aplicados com a finalidade de neutralizar, isolar ou sinalizar os riscos de
acidentes.

Exemplos:
Para riscos de explosões ou de respingos de produtos químicos, o equipamento de proteção coletiva pode
variar desde uma barreira simples até um completo em cabines, com a operação sendo realizada pelo lado
externo;
 Para risco proveniente de trabalho com radiações ionizantes ou em laboratórios de microbiologia: são
necessários enclausuramentos completos;
 Para riscos provenientes de gases, vapores ou aerodispersóides: é preciso usar algum sistema de
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ventilação;
 Protetores de máquinas e equipamentos (ex.: furadeiras, serras, prensas, dispositivos de proteção em
escadas, esteiras, etc.) são, também, exemplos de equipamentos de proteção coletiva.

9. PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO.


A Prevenção Contra Incêndio consiste numa série de medidas que tenham por objetivo:
 Impedir o aparecimento de um princípio de incêndio;
 Dificultar seu desenvolvimento;
 Proporcionar sua extinção.
Pode-se citar como medidas de prevenção:
 Obediência à legislação em vigor quando se planeja e constrói desde uma cidade, uma grande fábrica
até uma residência: são instruções específicas e pormenorizadas que descem a detalhes como tipo de
material, número e localização de saídas de emergência nos locais de grande afluência de pessoas, largura
e extensão de corredores, portas corta-fogo, escadas, quantidade e localização de extintores, sistemas de
alarme e de sinalização, etc.
 Obediência à legislação em vigor quanto à produção, armazenamento, transporte e utilização de
materiais inflamáveis;
 Treinamento de equipes de prevenção e de combate a incêndios em fábricas, escritórios, condomínios,
etc.
10.1.Treinamento de Equipe de Prevenção e de Combate a Incêndios
A NR 23 – Proteção Contra Incêndios, em suas disposições gerais, estabelece que “todas as empresas
deverão possuir”:
a) Proteção contra Incêndios;
b) Saídas Suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em casos de incêndio;
c) Equipamentos Suficientes para combater o fogo em seu início;
d) Pessoas Adestradas no uso correto desses equipamentos.

1. BRIGADA DE INCÊNDIO
Grupo de trabalhadores treinados para combater princípios de incêndios.

2. GRUPO COORDENADOR DE ABANDONO DE ÁREA


Grupo de trabalhadores treinados para a retirada de pessoal em situações de emergência, com vistas a evitar
o pânico.
Portanto, para a proteção dos trabalhadores, além da eliminação das condições inseguras, é necessário
investir no treinamento de pessoal quanto a: Prevenção contra incêndios, para evitar atos inseguros, e
combate ao fogo em seu início.

Combate ao Fogo em seu início:


A não ser em grandes explosões, o fogo sempre começa pequeno.
Portanto, com calma e conhecimento do assunto, poder-se-ão evitar grandes catástrofes e a perda de muitas
vidas.
Para isso, é de fundamental importância que se formem Brigadas de Incêndio, com a função de:
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 Combater princípios de incêndio;


 Orientar os demais trabalhadores da empresa em casos de emergência;
 Manter em bom estado de uso os equipamentos de combate a incêndios, com fiscalização periódicas;
 Prevenir atos e condições inseguras, juntamente com a CPPA e a ASMT.
Os componentes da BRIGADA DE INCÊNDIO deverão ter treinamento teórico e prático quanto à:
 Normas Básicas;
 Procedimento em caso de incêndio;
 Classe de Incêndio;
 Tipos de equipamentos para seu combate.

10.2. Normas Básicas


Embora haja diferença nos tipos de incêndios, pode-se estabelecer algumas normas básicas:
1) Ao primeiro início de incêndio, acione o alarme geral.
2) Chame imediatamente o corpo de bombeiros.
3) Desligue a chave geral de eletricidade.
4) Procure impedir a propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial.
5) Utilize o equipamento certo de combate ao fogo, disponível na área.

10.3. Procedimentos em Caso de Incêndios


Para o rápido abandono da área, em casos de emergência, proceda baseado nos seguintes itens:
1) Não tente salvar objetos; primeiro tente salvar a vida.
2) Ajude a acalmar os outros.
3) Não use elevadores. Desça pelas escadas. Só suba se realmente for impossível descer. O fogo e o calor
caminha sempre para cima.
4) Ponha um lenço molhado no nariz e caminhe para se livrar da fumaça e do calor. O lenço serve como
um eficiente filtro contra gases.
5) Não fique parado na janela sem nenhuma defesa: o fogo procura espaço para queimar e irá buscá-lo, se
você não estiver guarnecido.
6) Se estiver preso, tente arrombar portas ou paredes com impacto de objeto que seja resistente,
lembrando que antes tem que verificar se as portas ou paredes não estão quentes, pois o fogo poderá estar
do outro lado.
7) Mantenha-se vestido, se possível molhe as suas vestes.
8) Se for descer alguns andares por meios de corda de pequeno diâmetro, faça nós de 1 em 1 metro, para
que você consiga segurar.
9) Quando usar as escadas do corpo de bombeiros, desça com o peito voltado para a escada, olhando
para cima.
10) Se a laje estiver quente, procure uma posição favorável ao vento. Se houver telhas de amianto, faça
uma pilha de três ou quatro folhas, depois monte uma cobertura, com um castelinho feito tipo cartas de
baralho, e fique debaixo dela, protegendo-se do calor.

10.4. Classes de Incêndio


Em princípio de Incêndio, teremos que primeiramente observar o tipo de fogo e determinar a sua classe, a fim
de procedermos a sua correta extinção .
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As classes de incêndios, para facilitar o estudo, foram distribuídas em:


1. CLASSE A
2. CLASSE B
3. CLASSE C
4. CLASSE D

10.4.1. Classe A
Nessa classe, enquadram-se os incêndios em materiais que, ao se queimarem, deixam resíduos, como
papel, algodão, madeira e outros. Para essa classe de incêndio, é necessário o uso de agente extintor com
grande ação de resfriamento e de penetração. A água é o prinCPPAl agente extintor para essa classe de
incêndio.
10.4.2. Classe B
Essa é a classe de incêndios onde se enquadram os materiais que, ao se queimarem, não deixam
resíduos, como os líquidos inflamáveis em geral, tintas, óleos, graxas, etc. A técnica de extinção de incêndios
pertencentes à classe B é o abafamento, ou seja, o agente extintor deve eliminar o oxigênio.
10.4.3. Classe C
São os incêndios em equipamentos elétricos, energizados, caracterizando-se por oferecerem riscos a
quem irá combatê-los. Para sua extinção, é necessário usar um agente extintor não condutor de eletricidade.
Quando a rede elétrica é desligada, ou seja, corte na energia, o incêndio passa a pertencer à classe A.
10.4.4. Classe D
Nessa classe estão incluídos os incêndios em metais pirofóricos que exigem agentes especiais para sua
extinção. Esses agentes extintores têm a propriedade de se fundirem em contato com o metal combustível,
formando uma capa que o isola do ar, interrompendo a combustão.

10.5. Agentes Extintores


Os principais agentes extintores, com o modo de operá-los e os riscos que podem advir de seu uso incorreto,
são os seguintes:

 ÁGUA
A água é o agente extintor mais comum e tem sido utilizada há séculos, por causa de suas propriedades de
resfriamento, abafando e emulsionando.
Podemos utilizá-la de várias formas, vê-la-emos, porém, em três aplicações básicas. Jato sólido, neblina e
vapor.

a) JATO SÓLIDO: terá ação em resfriamento; sob essa forma, a água é própria para ser utilizada em
incêndio de classe A; não deve ser utilizada na classe B, pois além de espalhar o líquido inflamável, deposita-
se no mesmo, por ser mais densa que o combustível, podendo transbordar o recipiente. Nunca deve ser
usada em incêndios da classe C, pois a água é condutora de eletricidade, oferecendo grande risco ao
operador.

b) NEBLINA: realizada através de esguichos especiais, pulverizadores e dispositivos similares,


constituindo-se em uma maneira eficaz e convencional de combater incêndios. Em determinadas situações, é
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necessário que se aplique a água com o máximo poder de resfriamento.


c) VAPOR: aplicado em casos específicos. O vapor extingue o fogo por abafamento, podendo ser
utilizado com vantagens, no controle a incêndios a equipamentos que contenham líquidos inflamáveis ou
combustíveis que trabalhem sob altas temperaturas.
O vapor extingue incêndios através da exclusão do ar ou redução de oxigênio do ar atmosférico, de maneira
similar ao gás carbônico ou outros gases inerentes.

 AREIA
 GASES INERTES
 ESPUMA
 PÓS QUÍMICOS

10.6. Equipamentos Extintores


Os extintores foram criados para eliminar focos de incêndio, no seu início, ou mesmo extinguir pequenos
incêndios. Existem os extintores portáteis, quando operados por uma única pessoa, ou carretas quando exigem
mais de uma pessoa para operá-los.
São os seguintes os tipos de extintores mais comumente usados:

a) EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA


É o aparelho cujo agente extintor é a espuma proveniente da reação química entre o sulfato de alumínio e o
bicarbonato de sódio, tendo, como elemento estabilizador normalmente o alcaçuz.
A espuma apaga o fogo por abafamento e resfriamento, devido a conter grande quantidade de água. É
empregado em incêndios das classes A e B.
Para seu funcionamento, basta invertê-lo e dirigir o jato de espuma à base do fogo, que forma uma camada
queirá abafá-lo e resfriá-lo.
Quanto ao transporte, deve-se tomar o cuidado de não balançá-lo, para evitar que entre em reação.
Obs.: Ao ser utilizado na classe A, deve-se dirigir o jato à base do fogo enquanto que na classe B, deve-se
utilizar um anteparo para que a espuma tenha a ação de abafamento, cobrindo o recipiente progressivamente.
Não pode ser usado em incêndios do tipo “C” e em álcool, acetona, éter, etc.
Os extintores de espuma são encontrados em 5, 10, 20 litros, ou carretas de 75, 100 e 150 litros.
Para que se tenha um bom desempenho, quando utilizado, o extintor de espuma requer os seguintes cuidados:

SEMANALMENTE: Verificar o acesso extintor, a carga e se o bico está desobstruído.


ANUALMENTE: Descarregar o extintor (de preferência, utilizando-o em instrução); verificar o estado do aparelho;
se apresentar qualquer avaria mecânica (amassamento, etc.) submeta-o a teste hidrostático; recarregar o
extintor.

CADA 5 ANOS: Submeter o extintor a ensaio de pressão hidrostática conforme norma EB-17 da ABNT.

a) EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA


Para formar a espuma mecânica, são necessários a água, o ar atmosférico e o extrato (origem sintética) que, ao
se agregarem, formam um dos mais eficientes agentes extintores.
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Este extintor age na classe de incêndio “A” pelo método de resfriamento, e na classe de incêndio “B” por
abafamento.
É importante ressaltar que este extintor pode ser utilizado na extinção em produtos como o álcool, éter, acetona
e seus derivados.
É fabricado em duas versões:
1ª. Pressurização permanente por nitrogênio;
2ª. Pressurização injetada, com cilindro lateral de dióxido de carbono (CO2).
O manuseio deste tipo de extintor, seja o pressurizado ou pressão injetada, se assemelha a todos os outros com
estas características.
Para que este tipo de extintor funcione adequadamente, é necessário observar os seguintes cuidados:
SEMANALMENTE: Verificar o acesso extintor, a carga e se o selo de lacre do cilindro está em ordem.
SEMESTRALMENTE: Verificar o peso do cilindro do gás se for o caso, e desobstruí-lo, se a perda for de 10 %
(do conteúdo).
ANUALMENTE: Examine o aparelho; se apresentar avaria mecânica, submeta-o a teste hidrostático; renove sua
carga.
CADA 5 ANOS: Submeta-o a ensaio de pressão hidrostática.
b) EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA
Nesse tipo de extintor, o agente é a água que age através de resfriamento. O agente propulsor é um gás (CO2,
N2 ou Ar comprimido).
Indicado para incêndios de classe “A”, o extintor de água poderá ser só pressão (pressão permanente) ou a
pressão injetada no momento da utilização.
 Com Pressão Permanente: dentro do cilindro existe água sob pressão de um gás propulsor (CO2, N2 ou ar),
sendo o seu acionamento feito através de uma válvula que permite o controle da vazão.
 Com Pressão Injetada: no cilindro existe a água e uma ampola onde está armazenado o gás. Retirado o pino
de segurança e acionada a válvula, o gás é liberado e sob pressão do mesmo, a água é expulsa através do sifão
e da mangueira.
Os cuidados exigidos para que o funcionamento seja ideal neste tipo de extintor são:

SEMANALMENTE: Verificar o acesso ao extintor, carga e se o selo de lacração do cilindro de gás está em
ordem.
SEMESTRALMENTE: Verificar o peso do cilindro do gás se for o caso, e substituí-lo, se a perda for de 10 %.
ANUALMENTE: Examinar o aparelho; se apresentar avaria mecânica, submeta-o a teste hidrostático; renove sua
carga.

CADA 5 ANOS: Submeta-o a ensaio de pressão hidrostática.


c) EXTINTOR DE CO2
Acondiciona em seu interior CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico) formado por um cilindro de aço sem
costura.
O CO2 é material isolante que atua sobre o fogo pela exclusão do oxigênio, tendo também uma pequena ação
de resfriamento.
Para segurança de seu transporte é dotado de um pino que deve ser removido na hora de utilizá-lo. O
funcionamento se dá pelo acionamento do gatilho com uma das mãos e com a outra empunha-se o difusor,
dirigindo a nuvem formada para a base do fogo, com movimentos horizontais de varredura.
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Não deve ser usado em ambiente fechado. Não havendo corrosivos, seu uso é aconselhável em equipamentos
elétricos energizados, (classe C) prinCPPAlmente aqueles delicados, contornando pequeno início de incêndios
das classes A e B.
Os cuidados são os seguintes:
SEMANALMENTE: Verificar o acesso ao extintor e se o lacre e o pino de segurança estão em ordem.
SEMESTRALMENTE: Verificar o seu peso; no caso de perda de 10 % de carga descarregue-o e após
inspecioná-lo, recarregue-o.
CADA 5 ANOS: Submeta-o a ensaio hidrostático.
Encontrados em tipo portátil de 1 a 13 kg e tipo carreta ou estacionário de 79 a 139 kg.

d) EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO


Como o de água, podemos encontrá-lo em dois tipos.
a) Pressão Injetada: consta de dois cilindros. O agente propulsor é confinado no cilindro menor onde
há uma válvula que, quando acionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho.
Pressionado a válvula na extremidade da mangueira – há liberação do agente extintor; o agente propulsor pode
ser gás carbono ou nitrogênio.
b) Pressurizado: neste tipo, o agente extintor encontra-se sob pressão de um gás propulsor. No
cilindro (tipo) existe uma válvula dotada de manômetro através da qual é liberado o pó.
O pó utilizado é o bicarbonato de sódio não higroscópio, ou seja, que não absorve umidade.
O extintor de pó químico é indicado para incêndios da classe “C” sendo mais eficiente do que o de CO2, pois
sofre menos influência de ar, e para incêndios da classe “B”, agindo por abafamento. Na sua aplicação, usamos
o sistema de varredura. Encontrado no tipo portátil o de 1 a 13 kg e em carreta de 79 a 137 kg.
Quanto aos cuidados:

SEMANALMENTE: Verifique o acesso e se os lacres estão em ordem.


SEMESTRALMENTE: Verifique o peso, substituindo a carga, se houver perda de 10 %.
ANUALMENTE: Aconselha-se substituir a carga, pois poderá haver empedramento do pó.
CADA 5 ANOS: Teste hidrostático.
NOTA (1) – Todo extintor poderá ter presa em seu bojo uma etiqueta constando a data em que foi recarregado,
data para recarga e número de identificação, convenientemente protegida, a fim de evitar danos aos dedos.
NOTA (2) – Todo extintor poderá ter uma ficha de controle de inspeção.
NOTA (3) – Todo extintor se obriga a ter um selo da ABNT, indicando a data de validade do teste hidrostático.

e) Hidrantes
Os hidrantes são facilmente identificáveis pela porta vermelha com um visor no centro, onde se lê em vermelho a
palavra INCÊNDIO.
Localizados normalmente perto de escadas e elevadores, basicamente compreendem:
 Reservatório (elevado ou subterrâneo)
 Canalização
 Registro
 Mangueiras
 Esguichos
 Abrigos
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Para utilizá-los retire a mangueira da caixa, ligue-a ao hidrômetro, coloque o bico e use-a esticada, para evitar
dobras que reduzam a pressão da água. Dirija o jato à base do fogo.

f) Sistemas de Sprinklers
O sistema de chuveiros automáticos para extinção de incêndios, que se tornou conhecimento como
“SPRINKLERS”, é uma instalação de água sob pressão que funciona mediante o aumento de temperatura.
Compõe-se de um conjunto de reservatórios, tubos, válvulas, campainhas de alarmes e os chuveiros
propriamente ditos.

10. CPPA

11.1. Organização e Funcionamento


De acordo com a lei 6.514, de 22/12/77, todas as empresas com mais de 20 empregados são obrigadas a
organizar a CPPA, conforme quadro demonstrativo da nova NR 5 que entrou em vigor, em 24 de maio 1999, a
nova NR 5, que regulamentou o estabelecido no art. 163 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, com
regras para o funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho em anexo a esta
apostila.
Para regulamentar essa lei foi criada a Portaria MTB 3214, em 08/06/78, composta por 28 Normas
Regulamentadoras, sendo a NR 5 referente a CPPA.

CPPA

REPRESENTANTE REPRESENTANTE
DOS DA
EMPREGADOS EMPRESA
VICE PRESIDENTE PRESIDENTE
MEMBROS ELEITOS MEMBROS INDICADOS
(TITULARES E SUPLENTES) (TITULARES E SUPLENTES)
SECRETÁRIO

Caberá ao serviço especializado de Segurança e Medicina do Trabalho, prestar assessoria à CPPA sempre que
necessário.

12. REALIZAÇÃO DOS CURSOS


A empresa através do Serviço Especializado, deverá promover treinamento para os membros da CPPA, titulares
e suplentes antes da posse. O treinamento de CPPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de
trinta dias, contados a partir da data da posse.
Quando o curso for realizado pelo Serviço Especializado das empresas, deverá fornecer para cada participante,
um certificado, onde deverão constar a assinatura do empregador ou de seu preposto, o número do registro de
credenciamento da empresa na DRT, a assinatura do coordenador do Serviço Especializado.
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Bom Curso

Barro Alto - GO, 12 de Junho de 2007.

Responsável

______________________________
Roque Celso Fulini
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA-SP 135469/D

Aprovação

__________________________________
Engº. Wagner Neves Magalhães
Gerente da Obra
UT 667 Barro Alto - GO

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