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Fluxogramas dede

Fluxogramas Processos (PFD


Processos e P&ID)
(PFD e P&ID)

Prof. José Luiz Vieira Neto Análise e Otimização de Processos Químicos (AOPQ)
Fluxogramas de Processos (PFD e P&ID)

 Até aqui já vimos...


 A diferença entre síntese e análise de processos;
 Lógica Proposicional (ficou faltando esta parte...)
 Estudamos a estrutura básica de criação de um processo químico (processo de fabricação de Amônia)

 Ainda temos que estudar:

 Síntese de Fluxogramas: Representação esquemática do processo:

o Fluxograma de Massa Energia  Diagrama de Blocos;

o Demais tipos de fluxogramas: PFD; P&ID e Diagramas Adicionais.

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Figura 1.17: Diagrama de Blocos da obtenção de álcool (adaptado de Turton, 1998).


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1.4.1 – DIAGRAMA DE FLUXO DO PROCESSO (PFD)


O Diagrama de Fluxo do Processo, ou PFD (“Process Flow Diagram”),
fundamental no projeto de processos, apresenta as seguintes informações:
1.Todos os equipamentos principais do processo serão representados no
diagrama junto com uma descrição do equipamento. Cada peça de
equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
2.Todas as correntes do processo serão mostradas e identificadas por um
número. Uma descrição das condições do processo e da composição
química de cada corrente será incluída. Estes dados podem ser mostrados
diretamente no PFD ou incluídos em uma tabela resumida acompanhando
as correntes;
3.Todas as utilidades fornecidas ao equipamentos principais e que
desempenham uma função no processo serão mostradas;
4.Malhas (ou laços) de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle
usada para operar o processo em condições normais de operação, também
serão mostradas;
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O PFD é um diagrama complexo e requer um esforço considerável na sua


preparação.
Seu preparo deve ser apurado a fim de evitar erros de apresentação ou
de interpretação e, geralmente é feito em grandes folhas de papel
(tamanho D: 24"× 36"), sendo que para um processo complexo muitas
folhas conectadas podem ser necessárias.
É muito difícil representar aqui um PFD real por limitação de espaço.
A Figura 1.18, na sequência, mostra um PFD simplificado para um
processo menos complexo, onde é possível informar no próprio
diagrama as vazões, temperaturas, etc.

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Figura 1.18: PFD simplificado para a produção de um polímero (Coulson e Richardson, 1983).

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 As informações básicas de um PFD podem ser categorizadas em:

a) Topologia do processo:

A Figura 1.19 mostra o esqueleto do PFD do processo de produção de


benzeno anteriormente apresentado na forma de diagrama de blocos.

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Figura 1.19: Esqueleto do PFD do processo de obtenção do benzeno a partir da


hidrodealquilação - HDA - do tolueno (Turton, 1998).
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Na Figura 1.20 observamos que cada equipamento possui um ícone
específico sendo que estes podem sofrer pequenas variações dependendo
da companhia que foi responsável pela confecção do PFD.

Figura 1.20: Ícones comuns na representação de equipamentos em PFD’s (Turton, 1998).


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Os equipamentos são identificados por números, cuja descrição


aparece no topo do diagrama.

Tais números obedecem a uma convenção (ver Tabela 1.5 a seguir)

 P-101 A/B: identifica o equipamento como sendo uma bomba;

 P-101 A/B: indica que esta bomba específica é a número 01 na


unidade 100. A área 100 neste caso é o processo de fabricação do
benzeno;

 P-101 A/B: indica que há uma bomba reserva (“backup”) instalada.


Portanto, há 2 bombas idênticas P-101 A e P-101 B. Uma bomba
estará em operação enquanto a outra estará ociosa;

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Tabela 1.5: Convenções para a identificação de equipamentos. (Adaptado de Turton, 1998)

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Através da Figura 1.19 (PFD da produção de Benzeno a partir da HDA do
Tolueno), percebemos que as correntes do processo são identificadas
com números em losangos e que a direção do fluxo é mostrada através
de setas.
As correntes de utilidades também são identificadas. As principais
utilidades presentes em um processo são:
• eletricidade;
• ar comprimido;
• água de resfriamento e água refrigerada,
• vapor;
• retorno de condensado;
• gás inerte;
• produtos químicos de limpeza,
• tratamento de água residuária, etc.

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A Tabela 1.6 mostra uma lista das utilidades mais comuns, bem como, sua
identificação em termos de corrente de processo.
Tabela 1.6: Convenções utilizadas na identificação de utilidades (Adaptado de Turton, 1998)

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b) Informações acerca das correntes:

Além dos números que identificam as correntes, outras informações


dever ser fornecidas tais como: temperatura, pressão, composição e
vazão.
Para um PFD simples, contendo poucas operações, tais informações
podem ser dadas diretamente na Figura (adjacente às correntes), tal
qual mostrado na Figura 1.18.
Entretanto, isto não é prático para diagramas mais complexos e
neste caso apenas identifica-se a corrente com um número e em
uma tabela separada as informações são então fornecidas (as vezes
em baixo do próprio PFD e as vezes em anexo).
A Tabela 1.7 mostra estas informações (classificadas em dois grupos).

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Tabela 1.18: Informações fornecidas na tabela de correntes. (Adaptado de Turton, 1998)

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Exemplo 1: (págs. 28 e 29 da Apostila):


Checar o balanço de massa global para o processo de fabricação de
benzeno mostrado na Figura 1.19.
Desta Figura observamos que as correntes de entrada são: corrente 1
(alimentação de tolueno) e corrente 3 (alimentação de hidrogênio);
E as correntes de saída são: corrente 15 (benzeno produzido) e a
corrente 16 (gás combustível).

Na Figura 1.21 (com as informações relativas às correntes da Figura 1.19)


encontramos as vazões (em 103 kg/h), então o balanço fica:

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Figura 1.21 : Informações das correntes do processo de produção de benzeno (Turton, 1998).
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Exemplo 2: (págs. 29 e 30 da Apostila):
Determine a conversão por passagem do tolueno a benzeno no R-101 na
Figura 1.19. Sendo a conversão definida como:
benzeno produzido
ε
tolueno total introduzido
Neste PFD, as correntes de entrada ao R-101 são: Corrente 6
(alimentação do reator) e Corrente 7 (gás de reciclo após o “quench”); e a
corrente de saída é a Corrente 9 (efluente do reator). Das informações da
Figura 1.21 (com unidades em kmol/h), podemos calcular a conversão ():

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c) Informações acerca dos equipamentos:

O elemento final em um PFD é o sumário dos equipamentos.


Este sumário contém as informações necessárias para estimar o
custo do equipamento e fornece a base para o projeto detalhado do
equipamento.
A Tabela 1.8 mostra as informações requeridas no sumário dos
equipamentos para a maioria dos equipamentos encontrados numa
indústria de processos.
As Figuras 1.22 (a-b) mostram os detalhes dos equipamentos para o
processo de obtenção do benzeno mostrado na Figura 1.19.
O PFD de um processo reúne assim: as informações da topologia, os
dados das correntes e as estratégias de controle.

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Tabela 1.8: Descrição dos equipamentos em PFD e P&IDs. (Adaptado de Turton, 1998)

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Figura 1.22-a: Sumário dos equipamentos do PFD de produção do benzeno (Turton, 1998)
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Figura 1.22-b: Sumário dos equipamentos do PFD de produção do benzeno (Turton, 1998)
(Continuação).

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Um exemplo mais realístico do PFD do processo de produção de


benzeno é mostrado nas Figuras 1.24 (a-b) cuja legenda de
representação das informações relativas às correntes é citada
através da Figura 1.25.
A fim de evitar que o PFD se torne muito carregado, dificultando
sua leitura e interpretação, as informações são mantidas no mínimo
necessárias.
Entretanto, informações críticas à segurança e operação da planta
NÃO PODEM SER OMITIDAS. Isto inclui:
• temperaturas e pressões associadas ao reator;
• vazões da(s) alimentação(ções) e do(s) produto(s);
•temperaturas e pressões que sejam muito superiores ao
restante do processo.
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Figura 1.24-a: PFD do processo HDA para produzir benzeno (Turton, 1998).

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Figura 1.24-b: PFD do processo HDA para produzir benzeno (Turton, 1998)
(Continuação)
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Figura 1.25: Símbolos para identificação de correntes (Turton, 1998):

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Outras informações muito específicas (e críticas) também devem constar.
i. Ácido acrílico é sensível à temperatura e polimeriza a 90oC quando presente
em altas concentrações. É separado por destilação e deixa o processo pelo fundo
da torre. Neste caso, uma bandeira (“flag”) com a temperatura e a pressão deve
ser conectada à corrente que sai do refervedor.
ii.No processo HDA, a alimentação ao reator é significativamente maior que o
resto do processo e é crucial à operação deste. Adicionalmente, a reação é
exotérmica e a temperatura do efluente do reator necessita ser monitorada com
cuidado. Por esta razão, as Correntes 6 (entra) e 9 (sai) necessitam de bandeiras
com a temperatura.
iii.A pressão das correntes que entram e saem do R-101 no processo HDA são
também importantes. A diferença em pressão entre as duas correntes dá a
queda de pressão ao longo do reator. Esta, por sua vez, fornece uma indicação
de qualquer má distribuição do gás através do leito catalítico. Por esta razão,
bandeira de pressão deve ser conectada às Correntes 6 e 9.

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Vale lembrar que para bombas, compressores e trocadores de


calor a vazão de entrada e de saída é igual.

A importância do PFD não termina com a construção da planta.

Ele permanece como sendo o documento que melhor descreve o


processo e é usado no treinamento de operadores e novos
engenheiros.

Ele deve ser consultado regularmente para diagnosticar


problemas operacionais e para predizer os efeitos de mudanças
no processo.

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2.2 – DIAGRAMA DE TUBULAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO


(P&ID)
Fluxograma do tipo P&ID (“Process and Instrumentation Diagram”):

Este tipo de fluxograma utiliza símbolos para representar os


equipamentos principais e secundários; as linhas e os instrumentos
obedecem à convenções específicas;

O P&ID, também é chamado de Diagrama de Fluxo Mecânico (MFD) e


provê as informações necessárias pelos engenheiros a fim de iniciar o
planejamento para a construção da planta.

As convenções gerais usadas no desenho de fluxogramas P&IDs são


dados na Tabela 1.19.

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Tabela 1.19: Convenções na construção de P&IDs (Adaptado de Turton, 1998).

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O P&ID inclui todos os aspectos mecânicos da planta, exceto:


1) Condições Operacionais (T, P);
2) Vazões das correntes;
3) Localização dos equipamentos;
4) Rota dos tubos: (a) Comprimento dos tubos e (b) cotas dos tubos
5) Suportes, estruturas e fundações

Cada PFD requer muitos P&IDs a fim de prover os dados necessários.

A Figura 1.26 mostra um P&ID representativo para a secção de destilação do


processo de fabricação de benzeno HDA.

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Dados complementares a este P&ID, tais como informações relativas


às tubulações, podem ser fornecidos em anexo.

Todas as informações do processo que podem ser medidas na planta


são mostradas no P&ID em bandeiras circulares.

Isto inclui informações que serão gravadas e usadas em laços de


controle.

Tais bandeiras indicam onde a informação é obtida no processo e


identifica as medidas tomadas e como a informação é utilizada.

As convenções relativas à parte de instrumentação e controle serão


estudadas no curso de Controle de Processos Químicos, sendo que a
Figura 1.27 mostra alguns símbolos e convenções básicos.

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Figura 1.26: P&ID da coluna de destilação do processo HDA (Turton, 1998).


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Figura 1.27: Simbologia básica de


instrumentação e controle (Turton, 1998).

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O P&ID também é muito importante:

• no treinamento de operadores e novos engenheiros,

• no procedimento de partida ou de parada de um planta.

Mantenha-o sempre atualizado e à mão, e aprenda a utilizar as


ferramentas corretamente.

Esta é a melhor maneira de evitar soluções precipitadas, quase


sempre desastrosas.

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O P&ID é o estágio final no projeto de um processo e serve como um


guia por aqueles que serão responsáveis pelo projeto final e
construção. Baseado neste diagrama:

1.Engenheiros Mecânicos e Engenheiros Civis irão projetar e instalar


peças de equipamentos;
2.Engenheiros de Instrumentação irão especificar, instalar e checar
sistemas de controle;
3.Desenhistas irão desenvolver o layout da planta e as plantas de
elevação;
4.Engenheiros de Projeto irão desenvolver planejamento da planta e
da construção;

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2.3 - DIAGRAMAS ADICIONAIS


Durante as fases de planejamento e construção de um novo projeto,
muitos outros diagramas são necessários, embora não introduzam
informações acerca do processo em si.
Os mais comuns são:
 Fluxograma de utilidades;
 Esquemas dos vasos, diagramas lógicos em cascata, diagrama de
ação, planta do sítio, diagrama de suporte estrutural;
 Diagramas de elevação: equipamentos;
 Isométricas de tubulações: no passado era comum a construção
de modelos em escala. Hoje, realiza-se tal tarefa utilizando
softwares do tipo CAD (“Computer Aided Design”), que possibilitam
ao projetista até mesmo caminhar (virtualmente) dentro da planta
e detectar problemas de localização, segurança, etc.;

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 Representação 3-D: são úteis para detectar problemas de má


localização de equipamentos (por ex., a localização de um trocador
de calor casco-tubo deve ser tal que deve permitir a retirada do
banco de tubos para limpeza e reparos, como mostrado na Figura
1.28). A localização de bombas deve permitir acesso para
manutenção e substituição. Para sopradores, deve haver espaço
suficiente para permitir colocar um guindaste a fim de remover e
substituir um rotor defeituoso.

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 Representação 3-D (continuação): Válvulas de controle devem estar


localizadas numa altura tal a permitir ao operador acesso fácil. Portas
de amostragem e instrumentação também devem ser localizados de
modo conveniente. Para determinar as distâncias mínimas entre
diversos equipamentos, consultar literatura específica, lembrando
que há normas, principalmente relacionadas à segurança, relativas a
esta temática.
Os equipamentos são também localizados ao lado do Pipe Rack, que
tem a função de carrear tubos de utilidades, produtos, alimentação,
de e para a unidade.

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Figura 1.28: Localização correta de um trocador de calor (Turton, 1998).

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As Figuras 1.29 e 1.30 mostram, respectivamente, os subsistemas


para um layout preliminar do processo de obtenção de DME
(DiMetil Éter) a partir do metanol e a possível localização dos
equipamentos do subsistema de alimentação e reação.

A representação 3-D deste processo está nas Figuras 1.31 e 1.32.

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Figura 1.29: Subsistemas do processo DME


para projeto da planta (Turton, 1998).

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Figura 1.30: Localização possível do subsistema reator do processo DME (Turton, 1998).

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Figura 1.31: Visão isométrica 3-D


do processo DME (Turton, 1998).

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Figura 1.32: Representação 3-D


dos equipamentos do processo
DME (Turton, 1998).

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O “footprint” (“pegada” em Português) de um equipamento é o espaço
ocupado pelo mesmo, visto de cima (largura e comprimento). Seu cálculo
pressupõe a dimensionalização do equipamento.

Um exemplo de “footprint”
é mostrado na Figura 1.34.

Figura 1.34: Dimensões aproximadas e “footprint“ do trocador de calor E-202. (Turton, 1998)

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Outro detalhe importante em um processo é a elevação que necessita


ser feita em alguns equipamentos.

Em geral, equipamentos localizados no nível da grade tem acesso


facilitado na operação e manutenção.

Entretanto, há circunstâncias que requerem a elevação dos mesmos.

Por exemplo, se o produto de fundo de uma coluna de destilação for


um líquido no seu ponto de bolha e este for bombeado, a queda de
pressão na linha de sucção devido ao atrito pode permitir que o líquido
entre em ebulição, causando cavitação na bomba.

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Para aliviar este problema é necessário elevar o fundo da coluna relativo


ao ponto de entrada da bomba, de tal modo a aumentar o NPSHd (Net
Positive Suction Head) disponível.

Isto pode ser feito cavando um poço abaixo da grade localizando ali a
bomba ou elevando a coluna.

Entretanto, poços com bombas tendem a acumular gases mais densos


que o ar, tornando a manutenção em tal local perigosa pela possibilidade
de sufocação e envenenamento (se o gás acumulado for venenoso).

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Torres são geralmente elevadas entre 3 a 5 m acima do chão usando


uma saia ou sapata (“skirt”). Isto é ilustrado através da Figura 1.35.

Outra razão para a elevação da coluna é quando se usa um refervedor


do tipo termosifão. Este refervedor utiliza a diferença de densidade
entre o líquido alimentado ao refervedor e a mistura de duas fases
(líquido saturado e vapor) que sai do refervedor para obter a força de
deslocamento (“driving force”) necessária à circulação do líquido de
fundo para o refervedor.

A fim de obter uma força de deslocamento aceitável para esta


circulação, a cabeça estática do líquido necessita ser substancial, e uma
altura de 3 a 5 m entre o nível de líquido na coluna e a entrada de
líquido no refervedor é geralmente suficiente.

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Figura 1.35: Esquema ilustrando razões para a elevação de uma coluna (Turton, 1998).

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Outros exemplos estão descritos na Tabela 1.10 abaixo.
Tabela 1.10: Razões para elevar equipamentos P&IDs (Adaptado de Turton, 1998).

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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 Apostila de Análise e Otimização de Processos Químicos.
Autor: Prof. Adilson José de Assis. Cap. 1 - Introdução à Análise e
Otimização de Processos Químicos, 26/02/2004. 58 págs.
 TURTON, R., BAILIE, R. C., WHITING, W. B., SHAEIWITZ, J. A. Analysis,
synthesis, and design of chemical processes, Prentice Hall, 1998.

 SEIDER, W.D.; SEADER, J.D.; LEWIN, D.R. Process Design Principles:


Synthesis, Analysis, and Evaluation, Jonh Wiley & Sons, 2003.

 KAUFFMAN, D., “Flow Sheets and Diagrams,” AIChE Modular


Instruction, Series G: Design of Equipment, series editor J. Beckman,
American Institute of Chemical Engineers, New York, Vol. 1, 1986.

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