Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artigo
Development of phosphate slow release organomineral fertilizer based on coffee
Teixeira, Gustavo Fernendes1; Santos, Kássia Graciele2
1
Aluno do Curso de Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: gustavo_azaz@hotmail.com
2
Professora do Curso de Graduação em Engenharia Química, Universidade
Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. E-mail:
kassia.uftm@gmail.com
ABSTRACT: With the large population growth, agriculture needs more and more efficiency
and as a way to optimize production, the use of fertilizers has become necessary. For a
better use of soil fertilizer in order to reduce its losses, this work proposes the production
of a slow release organomineral fertilizer from triple superphosphate. From this, perform
release analyzes and improve their pyrolysis performance, creating biochar, and polymer
coating. Fertilizers were created by hand extrusion, which caused a heterogeneity in the
pellets. This fact was shown through the release, in which in the central compound of the
CCP the replicas did not coincide. Sample F15 presented shorter release time. From this
sample was made an improvement with a polymeric coating and heat treatment. Both tests
showed a good result, but in the heat treatment there were losses of fertilizer due to
unwanted reactions. Weibull's kinetic model was the most suitable for the release
analyzes.
1
INTRODUÇÃO
REVISÃO DA LITERATURA
Fertilizante
Fósforo
3
eficiência agronômica dos fosfatos é, em geral, calculada pela comparação com uma
fonte de referência (MOREL & FARDEAU, 1990), como os superfosfatos simples e triplo
(RAIJ, 1986).
Fertilizantes organominerais
4
e armazenamento de água, melhorando sua disponibilidade para as plantas (REYNOLDS
et al., 2003; VALE et al., 2006).
Extrusão
A extrusão é a fase do ciclo de peletização, estes podem ser gerados por dois
processos, extrusão e esferonização, em que a massa umidificada sofre compactação,
sendo modelada sob a forma de cilindros de aspecto semelhante a “espaguete” de
diâmetro uniforme. A extrusão pode ser descrita através da aplicação de equações
teóricas que caracterizam o fluxo de massa durante o processo.
Esse método tem início com a alimentação da massa umidificada no interior do
aparelho de extrusão. A massa é forçada a passar por uma rede ou placa de orifícios de
raio (R) e comprimento (C) definidos. Devido à geometria dos orifícios da rede ou placa de
extrusão, o comprimento do produto de extrusão irá variar consoante as características
físicas da massa de extrusão e da finalidade a ser dada ao mesmo. Para esta finalidade a
literatura descreve diversos tipos de extrusores (HICKS, FREESE, 1989; SWARBRICK,
BOYLAN, 1992).
Biochar
5
também pode ser um transportador ideal ou matriz para a formulação de fertilizantes de
liberação lenta, devido à alta porosidade e área superficial específica, e as propriedades
de troca iônica potenciais de biochar (DOMINGUES et al., 2014).
Pirólise
Para o desenvolvimento desse trabalho, foi realizado algumas pesquisas para ter
um embasamento teórico. O Quadro 1, mostra alguns desses trabalhos presentes na
literatura.
METODOLOGIA
A biomassa utilizada para a formulação dos pellets foi a borra de café. Este
material foi recolhido da cantina da de Ciências Tecnológicas e Exatas – Unidade 2 da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro localizado na cidade de Uberaba.
Após coletado o material foi seco em estufa em baixa temperatura para não correr
o risco de degradação da matéria orgânica.
O fertilizante utilizado foi trifosfato. Para o preparo dos pellets o fertilizante deve
estar em forma de pó, logo triturou-se o fertilizante com água para diminuir a abrasão
entre as partículas.
Foi aplicado banana a formulação, em específico a sua casca. O material foi batido
no liquidificador, com baixa quantidade de água. Após este processo foi passada em uma
peneira de 500 µm para que não houvesse material mais grosso, sendo que o interesse
deste material é para dar uma liga, juntamente com o amido que foi inserido.
Formulação do fertilizante
7
Tabela 1. Planejamento dos experimentos variando dos aditivos massa de banana (M B) e
a massa de amido (MA), com massa de fertilizante MF=179,15 g e massa de borra de café
MBC= 100 g, bem como as frações mássicas de banana (f B), amido (fA), fertilizante (fF) e
borra de café (fBC).
Variáveis Frações Mássicas
Amostra MB [g] MA [g] fB fA fF fBC
1 8,379 1,464 0,029 0,005 0,620 0,346
2 8,379 8,536 0,028 0,029 0,605 0,338
3 48,866 1,464 0,148 0,004 0,544 0,304
4 48,866 8,536 0,145 0,025 0,532 0,297
5 0,000 5,000 0,000 0,018 0,630 0,352
6 57,245 5,000 0,168 0,015 0,525 0,293
7 28,622 0,000 0,093 0,000 0,582 0,325
8 28,622 10,000 0,090 0,031 0,564 0,315
9 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
10 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
11 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
12 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
13 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
14 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
15 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
16 28,622 5,000 0,092 0,016 0,573 0,320
Fonte: autor, 2019.
8
Fonte: autor, 2019.
Caracterização
Teste de queda
De acordo com Carvalho e Brink (2010). esse tipo de ensaio visa simular as
condições de manuseio de transporte do briquete. O autor descreve que a resistência ao
impacto dos briquetes pode ser determinada a partir de ensaios de queda livre. a partir de
uma altura de 0,3 m, caso não tenha sido submetido a tratamento térmico, até 1,5 m caso
tenha. A resistência ao impacto é determinada pelo número de quedas que o briquete
resiste fragmentando-se apenas até o ponto em que perde no mínimo 5% de sua massa
inicial. O briquete é solto das respectivas alturas até colidir com um anteparo de concreto.
O procedimento é repetido sucessivas vezes até que tenha perdido 5% da sua massa
inicial.
O teste de queda foi realizado em triplicata. sendo que cada teste abrange quedas
de alturas de 100 e 150 cm. para cada uma das amostras produzidas.
As análises de libração seguiram o método feito por Pereira (2019). foi montado um
aparato em que as massas de 3 pellets com uma média de 1.196306 ± 0.178 g. foram
colocadas em um béquer imersos em meio aquoso sob agitação externa ao béquer em 5
L de água. A forma de agitação proposta tem como base garantir que o teor do
componente ativo medido no meio líquido fosse correspondente à difusão para o meio e
não a ação mecânica do agitador. O mecanismo é mostrado pela Figura 2.
Os testes foram realizados em pH neutro. à temperatura ambiente. Mediu-se a
liberação através da condutividade. Foi utilizado um condutivímetro da Vernier e os dados
foram lidos pelo software Logger Lite a cada segundo por 3 horas. Após esse tempo o
material foi desintegrado e agitado até a condutividade manter constante. a fim de obter a
condutividade final, ou seja, todo o fertilizante foi liberado.
Com os dados da condutividade de liberação, realizou-se um tratamento pelo
9
software Excel, fazendo uma porcentagem de liberação dividindo cada ponto pelo o valor
final, como mostra a Equação 1.
σn (1)
Xn=
σf
Melhoramento do fertilizante
Cinética de liberação
10
A fim de conhecer os fenômenos que ocorrem durante a liberação de P em água,
foram ajustados dois modelos cinéticos empregados em testes de liberação, sendo eles o
Modelo de Weobull (Eq. 2) e o Modelo de Korsmeyer-Peppas (Eq. 3).
(2)
(3)
em que X é a razão entre a massa de fertilizante liberada no tempo i ( ) e a massa total
de fertilizante no pellet ( ); A é um parâmetro do modelo de Weibull que define o tempo
escala do processo, b é um expoente que caracteriza a curva como exponencial (b=1,
caso I da difusão), curva sigmóide, com curvatura ascendente seguida por um ponto de
retorno (b>1, caso II da difusão), ou parabólica (b<1).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
12
Fonte: autor, 2019.
Melhoramento do fertilizante
Figura 5. Fração da perda de massa (Mf/M0) da amostra F15 após a pirólise a 300°C e
400°C, nos tempos de tratamento térmico de 10, 20, 30 e 90 min.
13
Tabela 5: Amostras submetidas ao teste de liberação lenta, provenientes do tratamento
térmico da amostra F15, bem como os valores de condutividade obtidos no fim do teste
de liberação lenta.
Variáveis Pirólise Teste de Liberação
Amostra T [ºC] t [min] M0 [g] Mf [g] Mf/M0 CoExp [μSc] CoCalc [μSc]
F-300-10 300 10 1,658 1,537 0,927 123,8 135,1
F-300-30 300 30 1,271 0,887 0,697 62,3 105,2
F-300-90 300 90 1,248 0,784 0,628 25,1 103,4
F-400-10 400 10 1,543 1,221 0,791 73,3 126,1
F-400-30 400 30 1,844 1,169 0,634 89,6 149,5
F-400-90 400 90 1,333 0,784 0,588 41,2 110
Fonte: autor, 2019.
14
Fonte: autor, 2019.
16
estrutura da matriz doS pellets, introduzindo o efeito da difusão Fickiana, diminuindo
assim a taxa de liberação do fertilizante em meio aquoso. No entanto, como
mencionado anteriormente, acredita-se que o tratamento térmico alterou a quantidade de
fertilizante presente no pellet, sendo mais indicado trabalhar com tempos baixos de
tratamento térmico, entre 10 e 20 min, para diminuir a possibilidade de reações
indesejadas que causem a perda de fertilizante.
18
F16 A 0,865674 0,000309 0,9991 K 0,550163 0,000854 0,9694
B 1,130261 0,000611 n 0,570050 0,001946
FPO A 1,516554 0,001020 0,9869 K 0,765969 0,000592 0,9099
B 0,379021 0,000533 n 0,119625 0,000462
F15-R A 0,358736 0,000945 0,9971 K 0,600919 0,003790 0,6550
N 1,556807 0,003169 n 0,194235 0,002494
F300-10 A 0,373328 0,000551 0,9957 K 0,371463 0,000689 0,9802
B 0,575543 0,000643 n 0,292420 0,000701
F300-30 A 0,014978 0,000133 0,9779 K 0,017327 0,000121 0,9831
B 1,051134 0,003175 n 0,947634 0,002487
F300-90 A 0,007857 0,000000 0,9994 K 0,008130 0,000000 0,9994
B 0,850395 0,000397 n 0,822573 0,000399
F400-10 A 0,268693 0,000308 0,9924 K 0,246471 0,000328 0,9833
N 0,422347 0,000496 n 0,310960 0,000558
F400-30 A 0,024928 0,000187 0,9729 K 0,028137 0,000209 0,9674
B 0,823921 0,002565 n 0,733788 0,002513
F400-90 A 0,024943 0,000175 0,9589 K 0,025668 0,000174 0,9573
B 0,643826 0,002544 n 0,606127 0,002449
Fonte: autor, 2019.
CONCLUSÃO
ANDRADE, E. M. G.; SILVA, H. S.; SILVA, N. S.; SOUSA JÚNIOR, J. R.; FURTADO, G.
F. Adubação organomineral em hortaliças folhosas, frutos e raízes. Revista Verde de
Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 7, n. 3, p. 07-11, 2012.
AZEEM, B., et al. Review on materials & methods to produce controlled release coated
urea fertilizer. Journal of Controlled Release, 181, 11-21, 2014.
GOEDERT, W.J. & SOUSA, D.M.G. Uso eficiente de fertilizantes fosfatados. In:
SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA, Brasília, 1984.
p.255-290.
GUARESCHI, R.F. et al. Adubação antecipada na cultura da soja com superfosfato Triplo
e cloreto de potássio revestidos por polímeros. Ciênc. Agrotec. vol.35, n.4, p.643-648.
2011.
HICKS, D.C.; FREESE, H.L. Extrusion and spheronizing equipment. Pharmaceutical
Pelletization Technology, New York, Basel: Marcel Dekker Inc., 1989. p.71-100.
KASONGO, R. K. et al. Coffee waste as an alternative fertilizer with soil improving
properties for Sandy soils in humid tropical environments. Soil Use and Management, 27,
94–102. 2013.
20
LIANG, B., et al. Black carbon increases cation exchange capacity in soils. Soil Science
Society of America Journal, n.70, p.1719–1730, 2006.
LOPES C. M.; LOBO J. M. S.; COSTA P. Modified release of drug delivery systems:
hydrophilic polymers. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.41 no.2 São Paulo, 2005.
NOVAIS, R.F.; BARROS, N.F.; NEVES, J.C.L. & COUTO, C. Níveis críticos de fósforo no
solo para o eucalipto. R. Árvore, 6:29-37, 1982.
NOVAIS, R.F.; SMYTH, T.J. Fósforo em solo e planta em condições tropicais. Viçosa,
UFV, DPS, 1999.
PANDEY, C. R.; SOCCOL, P.; NIGAM, D.; BRAND, R.; MOHAN, S. Biotechnological
potential of coffee pulp and coffee husk for bioprocesses. Biochemical Engineering
Journal, n. 6, p. 153-162, 2000.
PAPADOPOULOU, V.; KOSMIDIS, K.; VLACHOU, M.; MACHERAS, P. On the use of the
Weibull function for the discernment of drug release mechanisms. Int. J. Pharm. 2006,
309, 44–50.
REYNOLDS, W.D. et al. Effects of selected conditioners and tillage on the physical quality
of a clay loam soil. Can. J. Soil Sci. 83. 2003.
21
ROMER, W. & SCHILLING, G. Phosphorus requeriments of the wheat plant in various
stages of its life cycle. Plant Soil, 91:221-229, 1986.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 722p.
TISDALE, S.; NELSON, W. E.; Soil fertility and fertilizers. 5th ed. New York: Mac Milan,
1993.
TISDALE, S.; NELSON, W.L; BEATON, J.D. & HAVLIN, J.H. Soil fertility and fertilizers.
New York, Macmillan Publishing Company, 1993.
VALE, G.F.R., et al. Efficiency evaluation of water absorbing polymers on after planting
coffee plant growth. Coffee Sci. 2006.
22