Você está na página 1de 3

INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA


BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA
DISCIPLINA: BIOLOGIA DO SOLO
PROFESSOR: MATHEUS SILVA

ALUNO: JOSÉ RANON ALVES GOMES DA PAIXÃO

TRANSFORMAÇÕES DO FÓSFORO E ENXOFRE NO SOLO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A


MANUTENÇÃO DOS SISTEMAS AGRÍCOLAS

Uruçuí-PI
Setembro de 2023
FÓSFORO
O ciclo do fósforo é um processo crucial na natureza que envolve a circulação do
fósforo através dos diferentes compartimentos da biosfera. Ele começa nos depósitos de
fosfato mineral, onde os principais estoques de fósforo ocorrem na água do solo, em rios,
lagos e oceanos, bem como em rochas sedimentares e oceânicos, onde o fósforo é extraído
por processos geológicos e liberado na forma de fosfato solúvel em água. Esse fosfato é
então absorvido pelas plantas, que o utilizam em seus processos metabólicos e o
incorporam em suas estruturas celulares. Quando os animais se alimentam das plantas, o
fósforo é transferido para os níveis tróficos superiores da cadeia alimentar. Ao longo do
tempo, os organismos excretam fósforo na forma de resíduos orgânicos, que podem se
decompor e retornar ao solo.
A atividade microbiana é responsável pela mineralização do P orgânico e atua
também em outros processos do solo. Diversos microrganismos como isolados de
bactérias actinomicetos, fungos e protozoários, são capazes de hidrolisar o P de muitos
compostos orgânicos através da produção de fosfatase. Além disso, a erosão e a lixiviação
também contribuem para o retorno do fósforo aos ecossistemas aquáticos.
A importância do ciclo do fósforo para os sistemas agrícolas é imensa, pois o
fósforo é um dos principais nutrientes necessários para o crescimento das plantas. Os
agricultores utilizam fertilizantes fosfatados para suprir as necessidades de fósforo nas
culturas, melhorando assim a produtividade agrícola. No entanto, o excesso de fósforo
em ecossistemas aquáticos devido à escorrência de fertilizantes pode causar problemas
ambientais, como a eutrofização de corpos d'água.
Portanto, a gestão adequada do ciclo do fósforo é fundamental para garantir a
segurança alimentar e minimizar os impactos ambientais negativos associados à
agricultura.

ENXOFRE
O ciclo do enxofre é um processo natural que envolve a circulação do enxofre na
atmosfera, na litosfera e na biosfera. Três processos biogeoquímicos naturais liberam
enxofre para a atmosfera. A formação de compostos voláteis pela decomposição
enzimática de um composto abundante nos fitoplânctons, a respiração aeróbica por
bactérias redutoras de sulfato e a atividade vulcânica, bem como também atividades
humanas, como a queima de combustíveis fósseis. O enxofre atmosférico pode ser
depositado na superfície da Terra por precipitação, formando depósitos de enxofre em
rochas sedimentares.
Na biosfera, o enxofre desempenha um papel crucial na formação de aminoácidos
e proteínas nas plantas, sendo essencial para o crescimento vegetal. As plantas absorvem
enxofre do solo na forma de sulfatos e incorporam esses compostos em suas estruturas.
Quando os animais se alimentam das plantas, o enxofre é transferido ao longo da cadeia
alimentar.
A importância do ciclo do enxofre para os sistemas agrícolas está relacionada à
fertilidade do solo. A presença adequada de enxofre no solo é essencial para o
desenvolvimento saudável das plantas e a produção de culturas de alta qualidade.
Agricultores frequentemente aplicam fertilizantes contendo enxofre para suprir as
necessidades das plantas.
Além disso, o enxofre tem um impacto na qualidade dos alimentos, afetando o
sabor e a composição química de alguns cultivos, como alho e cebola, que contêm
compostos de enxofre responsáveis pelo seu sabor característico. Portanto, a compreensão
e a gestão adequada do ciclo do enxofre desempenham um papel fundamental na
agricultura, garantindo a produção de alimentos de qualidade e a fertilidade do solo.

REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, F. et al. Microbiologia e Bioquímica do solo. 2. ed. Lavras: UFLA, 2006.
BEGON, M. et al. Ecologia de Indivíduos a Ecossistemas. 4. ed. : ARTMED, 2007.

Você também pode gostar