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Manejo da Lavoura
Olá! Receba nossas boas-vindas ao Módulo 4 do curso!
Você já deve saber que, para ter uma lavoura com boa produtividade, não basta apenas plantar boas
sementes. É preciso cultivá-las, ou seja, cuidar do seu crescimento em todas as etapas.
Por isso, neste módulo, você vai aprender sobre diferentes tipos de adubação, para garantir os nutrien-
tes necessários às plantas. Vai aprender também como fazer o controle de pragas e doenças por meio do
manejo integrado e, por fim, como fazer as podas no cacaueiro.
Tudo pronto para adquirir todo esse conhecimento? Então, avance para a Aula 1 e comece seus estu-
dos!
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Módulo 4 - Aula 1
Adubação
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podcast
O resgate de Santo Isidoro
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- Edu, tô impressionada com os resultados que a gente tem alcançado nessa trajetória. Am-
pliamos a lavoura e estamos renovando a área que já tínhamos... Vi que várias vezes você
mexeu com adubo, mas ainda não te perguntei sobre o assunto...
- É verdade, Gabi. Se você quer uma lavoura altamente produtiva, não pode descuidar dos
nutrientes que são oferecidos aos cacaueiros. Tenho aplicado adubos tanto na lavoura nova
quanto na antiga, e tem técnica pra isso. Deixa eu te explicar melhor...
A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, pois é responsável pela qualidade
dos produtos cultivados. A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento sau-
dável, e isso se reflete na produtividade e na lucratividade do produtor.
Nesta aula, você vai aprender sobre a nutrição dos cacaueiros e conhecer diferentes formas de aduba-
ção.
Adubação/nutrição de cacaueiros
Você já sabe que, assim como os seres humanos, as plantas precisam estar nutridas para crescerem for-
tes e saudáveis. Para a lavoura de cacau, como em muitas outras, o mais comum é o uso de fertilizantes.
Seu uso tem relação com alguns aspectos, como:
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No caso das plantas, os nutrientes essenciais podem ser de dois tipos, ambos essenciais para promover o
desenvolvimento e a formação de flores e frutos saudáveis, veja a seguir:
N B
Ca
P Fe Cu
S
K
Cl Zn
Mg P N
K Mb Mg
Macronutrientes Micronutrientes
São requeridos em São necessários para
maior quantidade pela os vegetais, mas em
planta. Os principais quantidade menor. Os
são: nitrogênio (N), principais são: boro
potássio (K), fósforo (B), cloro (Cl), mo-
(P), cálcio (Ca), magné- libdênio (Mb), cobre
sio(Mg) e enxofre (S). (Cu), ferro (Fe), zinco
(Zn) e manganês (Mn).
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Adubos químicos
Sulfato de
Superfosfato Sulfato de
amônio
triplo potássio
Nitrocálcio Monoamônio
fosfatado
Atenção!
Não deixe de contar com o apoio especializado. Tanto a recomendação de correção
de solo (com uso de calcário ou outro composto) quanto do fertilizante deverá ser
feita pelo responsável técnico, engenheiro agrônomo ou técnico agrícola.
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Dada a diversidade de matéria orgânica existente, é neces-
sário fazer a adubação com os macro e micronutrientes de
acordo com a análise química do solo.
Na prática
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O cultivo intensivo de cacaueiros com o uso prolongado
de fertilizantes químicos pode resultar numa necessidade
maior de micronutrientes pela planta. Isso causa sintomas
de deficiência nutricional pela falta de B, Mn, Fe e Cu.
Vá além!
Para conhecer os sintomas da deficiência nutricional do cacaueiro, clique aqui e
conheça o Manual de nutrição e adubação do cacaueiro.
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Videoaula
De olho no horizonte
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com este conteúdo.
A primeira parcela deve ter quarenta por cento da dose total recomendada pelo agrôno-
mo ou técnico, e é aplicada no início do período chuvoso. As demais devem ser colocadas
em intervalos de cinquenta a sessenta dias, e cada parcela corresponde a trinta por cento
da dose total.
Caso use adubos de fonte de fósforo, a aplicação pode ser feita de uma única vez, no
momento da primeira parcela de adubos contendo nitrogênio e potássio, porque a planta
demora para absorver o fósforo. Nos dois primeiros anos, os fertilizantes devem ser incor-
porados ao solo. Também são recomendadas as práticas de conservação do solo, como
o uso de cobertura morta, como restos vegetais, na projeção da copa, para retenção de
umidade e controle de plantas invasoras.
A forma de aplicação depende da idade das plantas. Se tiver menos de dois anos, o adubo é
depositado ao redor da coroa num raio de meio metro. Entre dois e três anos, num raio de
um metro. Entre três e quatro anos, num raio de um metro e meio.
A adubação de produção é feita após o quarto ano de cultivo, com adubos contendo nitro-
gênio e potássio divididos em pelo menos três parcelas e aplicada a lanço, ou seja, não é
necessário revolver a terra para incorporação.
Fique atento! O adubo deve ser distribuído no quadrante formado pelas plantas, evitando
o desperdício. Dessa maneira, as “ruas” não recebem adubo, gerando economia. A aplica-
ção é feita conforme as recomendações citadas anteriormente: a primeira parcela, equiva-
lente a quarenta por cento da dose total, é feita no período chuvoso e o restante em até
sessenta dias.
Muito bem! Agora você já sabe como é feita a adubação de manutenção e de produção.
Adubação foliar
A adubação foliar é importante, principalmente para evitar deficiências de micronutrientes que reduzem
a produtividade, muito comum em regiões com solos de baixa fertilidade, como o sudeste da Bahia.
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Além da análise de solo, é possível fazer a análise das folhas para conhecer os níveis de nutrientes
absorvidos e a necessidade de suplementação. O método consiste na análise química que compara uma
folha sadia (ou seja, com nutrição adequada) com outra com sintomas de deficiência. Conheça agora o
passo a passo dessa adubação.
Na prática
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As folhas devem ser acondicionadas em sacos de papel e
enviadas para o laboratório no mesmo dia da coleta. Caso
não seja possível fazer o envio em até 8 horas, as amostras
devem ser mantidas em temperatura baixa (de 7 a 10 °C).
Após a análise, você saberá o nível dos nutrientes presentes nas plantas, o que permitirá uma adubação
mais precisa. Nos casos de deficiência de micronutrientes, é necessário fazer adubações mensais até que
os sintomas desapareçam. Elas devem ser feitas em dias ensolarados até as 10h. Deve-se pulverizar a
solução na parte inferior das folhas.
Dos micronutrientes, o zinco é o que mais demanda atenção, já que sua deficiência pode causar a morte
da planta. Por isso, consulte um técnico/agrônomo para saber a quantidade a aplicar.
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Aplique os adubos foliares
Faça análise do solo e Faça o controle de em áreas de baixa
das folhas pragas e doenças incidência de ventos e com
terreno pouco declivoso
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Faça o manejo do
Corrija o pH e a sombreamento compatível
fertilidade do solo com seu sistema de cultivo
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Fertirrigação
Uma opção para recuperar áreas dizimadas pela vassoura-de-bruxa é a produção de cacau com mudas
clonais, com irrigação e fertirrigação, especialmente em regiões do Semiárido brasileiro. Mas você sabe o
que é fertirrigação? Descubra agora!
podcast
Direto do campo
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O que é fertirrigação?
É o uso de fertilizantes diluídos em água e aplicados diretamente via água de irrigação. Essa
é uma alternativa econômica porque otimiza o uso dos equipamentos, reduzindo o custo
com a aplicação de agroquímicos. Com a técnica, é possível aumentar o peso das sementes,
passando de 0,8 gramas para até 1,4 gramas.
Para a fertirrigação ser um sucesso, é preciso manter as condições de água ideais para o cacau e conhe-
cer o nutriente mineral aplicado na cultura. Atente-se às necessidades nutricionais do cacaueiro.
Agora que você já sabe que a fertirrigação é uma boa ideia, conheça outras vantagens:
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Para que a fertirrigação seja bem-sucedida, a água deve ser de boa qualidade e os nutrientes usados
devem ter alta solubilidade, pois a solução não deve formar precipitados (grumos), que podem entupir o
sistema de irrigação.
Use os sistemas por gotejamento ou microaspersão, pois a aplicação da água com fertilizante é feita na
zona radicular do cacaueiro. A solução deve ter pH entre 5,0 e 6,3 para evitar a precipitação de nutrien-
tes e o entupimento dos bicos de irrigação.
Atenção!
Elaborar um cronograma detalhado para a aplicação de fertilizantes é uma boa
estratégia para alcançar altos rendimentos na lavoura. Não deixe de elaborar o seu!
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E na sua porteira?
Esta aula teve por objetivo apresentar como deve ser a adubação do ca-
caueiro. Você aprendeu sobre:
⚫ A adubação/nutrição de cacaueiros;
⚫ A adubação de manutenção;
⚫ A adubação de produção;
⚫ A adubação foliar; e
⚫ A fertirrigação.
Agora, diante do cenário apresentado e pensando na sua realidade, reflita: quais técnicas pre-
cisam ser aprimoradas na sua propriedade?
Agora, avance para a Aula 2 e aprenda a identificar as principais pragas e doenças do cacaueiro, como
controlá-las e a importância do manejo integrado nesse processo.
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Módulo 4 - Aula 2
Controle de pragas
e doenças
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podcast
O resgate de Santo Isidoro
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- Edu, sei que a gente tá fazendo um ótimo trabalho e que você tá me acompanhando em
cada detalhe. Mas preciso ser sincera: tenho tanto medo que a vassoura-de-bruxa retorne à
lavoura e a gente acabe perdendo todo esse esforço... O que podemos fazer pra evitar isso?
- Sabe, Gabi, na verdade não é só com a vassoura-de-bruxa que a gente tem que se preocu-
par. Existem outras pragas e doenças que podem afetar os cacaueiros... Deixa eu te expli-
car.
No início deste curso, você aprendeu que a vassoura-de-bruxa foi uma das grandes responsáveis pelo
declínio da produção de cacau no sul da Bahia. Você se lembra?
Nesta aula, você vai conhecer as principais pragas e doenças do cacaueiro, os métodos de controle e o
manejo integrado delas.
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herbívoros. Uma produção sustentável parte da definição de manejos produtivos para prevenir o ataque
dessas doenças e pragas. Mas o que é manejo integrado?
Manejo integrado nada mais é do que um conjunto de técnicas que, quando unidas, garantem grande
proteção aos cultivos contra doenças e pragas.
Que tal darmos início ao assunto falando sobre como lidar com as principais pragas e doenças do ca-
caueiro?
Videoaula
De olho no horizonte
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com este conteúdo.
Agora você vai saber mais sobre as pragas e as doenças que afetam o cacaueiro. Acompa-
nhe!
O cultivo de cacau possui uma diversidade de insetos associados às plantas, desde espé-
cies que polinizam as flores até as que causam danos econômicos. No cacaueiro, os insetos
herbívoros aparecem na época de lançamento das folhas novas e durante o crescimento
dos frutos. No sistema pleno sol, esse momento coincide com temperaturas elevadas e
falta de água, estimulando as pragas, que reduzem a produtividade e a qualidade das plan-
tações.
Por isso, quanto mais espécies vegetais diferentes plantadas em uma área de cultivo, menor
a chance de um inseto se tornar uma praga agrícola, já que a diversidade de inimigos natu-
rais estimula o equilíbrio entre os indivíduos. Isso torna os sistemas cabruca e agroflorestal
mais vantajosos, não é?
Mas não são apenas os insetos que causam preocupação! O cacaueiro é uma planta bastante
suscetível ao ataque de bactérias e fungos causadores de doenças. Mas como evitá-los?
Uma produção sustentável parte de manejos produtivos para prevenir o ataque dessas do-
enças e pragas.
A estratégia mais efetiva é optar por híbridos ou clones resistentes às principais ameaças
no momento da seleção de mudas para cultivo. Outras ações, como a manutenção da diver-
sidade vegetal e animal, o manejo do sombreamento, a nutrição das plantas, são fatores
importantes para manter o cacaueiro sadio e diminuir os efeitos dos ataques em seu cultivo.
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Porém, caso ainda ocorra a incidência de pragas e doenças na lavoura, é necessário entrar
com práticas corretivas, como o uso de inseticidas e outros defensivos, na medida necessá-
ria para controlar o problema. Os agroquímicos devem ser utilizados sob recomendação
técnica!
Quer conhecer em detalhes as principais doenças e pragas? Então, continue seus estudos!
Planta oente
Aiente
favorável
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As principais doenças do cacaueiro são de origem fúngica,
como:
Vassoura-de-bruxa
Muito já falamos sobre a vassoura-de-bruxa, mas, agora, vamos detalhá-la para que você possa reconhe-
cê-la no campo.
Por anos, a doença ficou restrita à Amazônia, mas se expandiu por todo o país, chegou aos grandes cen-
tros produtores e ainda causa diversos problemas econômicos, sociais e ambientais. Com grande impac-
to, pode causar perdas de até 90% da produtividade! Conheça agora os sintomas dessa doença:
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Elas podem ter forma e tamanho variados e alcançar
o triplo do diâmetro, do tamanho e do volume de
folhas de um ramo normal.
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Os sintomas da vassoura-de-bruxa são facilmente
confundidos com a podridão-parda, doença que você
conhecerá a seguir. Para diferenciá-las, apalpe o fruto
infectado: o fungo ataca de dentro para fora, ao con-
trário da podridão.
Atenção!
O manejo integrado consiste em impedir o aparecimento da vassoura-de-bruxa e
o controle imediato logo quando aparecem os primeiros sintomas. Para isso, faça a
poda constantemente, atente-se ao sombreamento e faça aplicação de defensivos à
base de cobre. Além disso, ao renovar a lavoura, escolha mudas de híbridos e clones
resistentes ao fungo.
Podridão-parda
Até 1989, era a principal doença do cacaueiro no sul da Bahia. O fungo atinge os frutos, as almofadas
florais, os troncos e as raízes e causa o apodrecimento desses tecidos. A doença pode causar perdas que
chegam a 30% da produção e ocorre em quase todas as regiões que cultivam o cacau pelo mundo.
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O controle compreende o uso de medidas preventivas, como:
Monilíase
Trata-se de uma doença muito grave, que ataca os frutos do cacau em qualquer fase do desenvolvimen-
to e resulta em perdas totais da produção. Conheça mais sobre a doença:
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A disseminação da doença pode ocorrer pelo con-
tato direto com plantios e material vegetal infectado
ou pelo contato indireto, por meio de sacarias, equi-
pamentos, roupas e até calçados.
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Atenção!
Atente-se e monitore seu cultivo, principalmente durante o período de frutificação,
para observar se existe algum fruto com os sintomas listados acima. Caso encontre,
não retire os frutos das árvores; isole a área e comunique imediatamente às autori-
dades competentes: entre em contato com a Ceplac e a Superintendência Federal
de Agricultura e Agências de Defesa Estadual (SFA). Lembre-se de que o contato
com o fruto contaminado pode disseminar a doença por toda a área!
Vá além!
A prevenção é a principal forma de evitar que a monilíase chegue ao seu plantio de
cacau. Evite transitar com frutos, sementes e mudas de viveiro não certificados e
sacarias. Para conhecer o Protocolo de Biossegurança da Monilíase, clique aqui e
consulte as recomendações do Mapa.
Selenothrips rubrocinctus
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A seguir, você vai saber mais sobre as principais pragas, confira.
Monalônio
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Cigarrinha
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Vaquinha
As vaquinhas verdes e pretas têm com- O monitoramento deve ser feito por
primento de 3 a 5 mm e são os insetos meio da divisão da área em glebas com,
que mais atacam as plantas de cacau. no máximo 5 ha, da seleção de vinte
Alimentam-se das folhas jovens, sem plantas que tenham o dano de “rendi-
consumir as nervuras, o que causa um lhamento”. Siga este passo a passo:
aspecto chamado “rendilhamento”.
Também destroem os lançamentos fo- ⚫ coloque um tecido branco estendido
liares, a casca e os frutos do cacaueiro. sob o cacaueiro e aplique o inseticida
recomendado pelo agrônomo/técnico;
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Ácaro-da-gema
Vá além!
Além das pragas citadas aqui, é importante que você conheça também os tripes.
Clique aqui e conheça mais sobre esse inseto.
• Manejo Integrado de Pragas: tudo o que você precisa saber sobre ele
São muitas pragas e doenças que podem causar danos ao cacaueiro, não é mesmo? Por isso, é preciso
atentar-se à lavoura e observar atentamente os cacaueiros para agir logo ao primeiro sinal de anormali-
dade.
Você viu também que, em alguns casos, há a orientação de aplicar defensivos agrícolas, sempre sob a
orientação de um técnico especializado. Também é fundamental o uso de EPIs. Mas você sabe o que é
isso? Descubra agora!
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podcast
Direto do Campo
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EPI significa Equipamento de Proteção Individual e se refere aos acessórios que garantem
a segurança do trabalhador. Os principais EPIs na agricultura são as luvas, as máscaras, os
óculos, uniforme cobrindo braços, peito e pernas e as botinas de proteção. Os itens devem
ser aprovados pelo Ministério do Trabalho, garantindo que o EPI é capaz de resguardar o
trabalhador dos riscos da atividade.
Diz o Currículo…
O Currículo de Sustentabilidade do Cacau traz algumas orientações específicas
sobre o uso de defensivos agrícolas. Veja:
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⚫ os locais de armazenamento de defensivos devem ter sistema de contenção de
vazamento e respeitar as distâncias recomendadas de mananciais, residências e
estradas; e
⚫ separe os produtos vencidos dos demais e armazene-os em local seguro até o mo-
mento da devolução. As embalagens vazias de defensivos devem retornar correta-
mente quando houver chances de devolução. Para tanto, mantenha arquivados os
recibos de devolução.
Vá além!
O trabalhador responsável por aplicar os defensivos agrícolas deve seguir os pro-
cedimentos estabelecidos na Normativa Regulamentadora n.º 31. Ela estabelece o
uso obrigatório de EPIs e a posse do certificado de treinamento para exercer essa
função. Lembre-se: segurança em primeiro lugar!
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E na sua porteira?
Esta aula teve por objetivo apresentar as principais pragas e doenças do
cacaueiro. Você aprendeu sobre:
Agora, diante do cenário apresentado e pensando na sua realidade, reflita: quais ações você
poderia tomar para manter sua lavoura livre de pragas e doenças?
Escreva sua resposta na caixa de texto abaixo.
Salve este arquivo novamente em seu computador para registrar a reflexão.
Agora, avance para a Aula 3 e compreenda a importância das podas para o cacaueiro e os principais
tipos usados.
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Módulo 4 - Aula 3
Poda
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podcast
Direto do campo
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- Edu, você comentou que semana que vem precisaremos fazer as podas dos cacaueiros
que plantamos na área nova... Não seria melhor a gente deixar que a planta cresça natural-
mente, pra ter mais galhos e produzir mais frutos?
- Ah, Gabi, pra ter alta produtividade, as coisas não funcionam dessa maneira... Uma poda
bem-feita faz com que a planta tenha mais equilíbrio, cresça com vigor e produza mais,
além de manter a copa em uma altura que facilita o manejo. Vamos conversar mais sobre
isso...
A poda da planta do cacau serve para dar forma e equilíbrio, além de melhores condições de produção,
por meio de eliminação de ramos doentes, secos, sombreados e malformados. Sem ela, o cacaueiro pode
atingir até oito metros de altura, como vimos lá no Módulo 2.
Mas a altura descontrolada é um entrave tanto para a colheita comercial quanto para a distribuição nutri-
cional da planta!
Nesta aula, você vai aprender tudo sobre essa importante etapa do manejo da lavoura.
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⚫ contribui para o arejamento da plantação;
⚫ evita o aparecimento de doenças;
⚫ minimiza a invasão de copas por plantas vizinhas, que
prejudica o manejo da cultura; e
⚫ garante que as plantas tenham uma altura que facilite o
processo de colheita.
Diz o Currículo…
De acordo com o Currículo de Sustentabilidade do Cacau, é fundamental imple-
mentar práticas de poda conforme recomendação técnica e que considerem a otimi-
zação da luz, a nutrição e a fitossanidade a fim de visar à produtividade e à eficiência
operacional.
Agora que você já sabe por que a poda é importante, deve estar se perguntando como ela deve ser feita.
Mas, primeiro, vamos falar das ferramentas usadas no processo.
podcast
Direto do campo
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Para cortar ramos flexíveis sem causar danos à planta nem propiciar o desenvolvimento de
doenças e pragas, utilize tesouras de podas, facão ou faca. Para ramos grossos, escolha o
serrote. O corte deve ser sempre no formato “bisel” para evitar assim o acúmulo de água e
apodrecimento do ramo.
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Quando a poda é feita em excesso ou sem critérios técnicos, com a retirada de ramos produtivos, sa-
dios e expostos ao sol, podem ocorrer diversos problemas. Confira os principais no infográfico a seguir:
Problemas da
poda malfeita Aumento dos custos com controle, por causa
da necessidade maior de roçagens
Tipos de podas
São quatro os tipos de poda para a manutenção do cacaueiro: de formação, de manutenção, de reabilita-
ção e poda fitossanitária. Cada uma delas tem funções específicas e devem ser feitas conforme as orien-
tações que você aprenderá a seguir.
Poda de formação
Também chamada de poda precoce, é feita nas plantas jovens, na fase de viveiro ou em áreas novas/em
renovação. O objetivo é dar forma e equilíbrio à planta por meio da retirada de brotos e de galhos inde-
sejáveis. Busca-se uma copa formada por 3 ou 4 galhos principais, em formato de cálice. Descubra como
a poda de formação deve ser feita:
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Na prática
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Algumas variedades, como a Criollo, tendem a ter uma
ramificação voltada para baixo, que prejudica o sombrea-
mento e a ventilação no interior da copa.
Poda de manutenção
Esta poda busca formar uma planta com uma copa mais eficiente na captação de luz e favorecer a fase
de reprodução (produção de flores e frutos). Também é feita para manter as plantas dentro do espaça-
mento planejado inicialmente e evitar o autossombreamento.
É feita quando o cacaueiro tem mais de 2 ou 3 anos de idade, por meio de uma poda leve, para retirar
apenas os galhos mortos ou mal posicionados, uma ou duas vezes ao ano, no verão.
Como vimos nas aulas anteriores, o cacaueiro produz ramos ortotrópicos (ramos com folhas que crescem
no formato de leque ao longo da haste, de ambos os lados) e plagiotrópicos (conhecidos como “ramos
chupeta” ou “chupão”, têm folhas que crescem ao redor do caule e surgem logo abaixo dos ramos orto-
trópicos). Ambos são de grande importância no manejo da cultura, porque influenciam a arquitetura da
copa da planta e a produtividade.
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Ramos
ortotrópicos
Ramos
plagiotrópicos
A poda deve ser feita para retirar todos esses ramos abaixo do joguete. Se isso não for feito, o cresci-
mento vertical será prejudicado e afetará todo o desenvolvimento e a produção de frutos.
Ramos mortos, doentes, fracos, secos, que estão muito próximos uns aos ou-
tros ou pendurados na árvore devem ser eliminados ainda novos. O objetivo
é impedir o desvio de nutrientes destinados para os frutos. A poda estimula
novos ramos vegetativos e busca alcançar um equilíbrio com a parte produti-
va da planta. Evite remover ramos em leque.
Poda de reabilitação
A poda de reabilitação representa a reestruturação do cacaueiro que se tornou improdutivo, porque foi
descuidado e cresceu livremente na área ou por abandono da plantação. Saiba agora como proceder
nesses casos:
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Na prática
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Atenção!
Você sabia que a plantação de cacau costuma reagir muito bem à poda parcial?
Quando associada a um bom manejo de adubação e a um programa eficiente de
controle de pragas, doenças e plantas invasoras, a produtividade pode aumentar
ano após ano.
Poda fitossanitária
Essa poda deve ser feita em todas as plantas, no viveiro ou no campo. Consiste em retirar todos os ramos
ou as folhas doentes com o auxílio de uma tesoura de poda. Quando as plantas são adultas, pode-se
eliminar toda a parte da planta atacada por doenças ou pragas, como folhas, botões florais, ramos ou
frutos.
A poda fitossanitária é primordial para o controle da vassoura-de-bruxa, pois remove os galhos atacados,
verdes ou secos. Atente-se a essas orientações:
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A desbrota (eliminação de ramos que não produzem frutos) e a limpeza
geralmente são feitas ao fim da safra por meio do corte dos galhos secos e
doentes. A desbrota é feita antes do período chuvoso (de setembro a no-
vembro) e grande parte acontece durante a colheita dos frutos.
E na sua porteira?
Esta aula trouxe tudo o que você precisa saber sobre as podas, para que
você possa manter os cacaueiros saudáveis e com alta produtividade!
Você aprendeu sobre:
Agora, pense na realidade da propriedade em que você atua: as podas são feitas adequada-
mente? Alguma técnica precisa ser revista?
Muito bem!
Depois de todo esse aprendizado, você já pode responder à próxima atividade.
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Atividade
de aprendizagem
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Este é um momento de autoavaliação, em que você vai poder refletir e validar o que aprendeu neste
módulo. Leia com atenção a pergunta e, no ambiente virtual de aprendizagem, escolha a resposta ade-
quada.
Atividade de aprendizagem
Questão 1
O fornecimento adequado de nutrientes é um aspecto crucial para se al-
cançar bons rendimentos na lavoura de cacau. Assim, com base nos tipos
de adubação do cacaueiro, assinale verdadeiro ou falso:
B) Os micronutrientes (B, Mn, Fe e Cu) têm pouca importância para o cacau, pois a
planta não necessita desses elementos para fazer os processos vitais de crescimen-
to e desenvolvimento. Tampouco há expressão de sintomas na planta quando são
escassos no solo.
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Atividade de aprendizagem
Questão 2
O cacaueiro é uma planta de clima tropical, nativa de florestas. Devido a
essa característica, a cultura é bastante suscetível ao ataque de pragas e
doenças que comprometem em até 100% as perdas de produtividade. A
respeito das principais doenças e pragas do cacaueiro, assinale a alternati-
va correta:
C) O monalônio é uma praga causada por vaquinhas que se alimentam das folhas e
formam o efeito chamado “rendilhado”. O intenso ataque causa seca e queda das
folhas e compromete o desenvolvimento e a produção de frutos.
D) As cigarrinhas ficam alojadas na face inferior das folhas e nas superfícies dos
frutos e seu hábito de alimentação é do tipo raspador-sugador. Os sinais corres-
pondem ao amarelecimento das folhas e a formação de frutos com coloração
marrom.
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Atividade de aprendizagem
Questão 3
O cacaueiro é uma planta de crescimento dimórfico, o que demanda um
calendário de poda bastante criterioso. A poda é feita para direcionar a
arquitetura da copa e promover diversos benefícios à plantação. Sobre
poda do cacaueiro, assinale verdadeiro ou falso:
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