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Departamento de Solos
SOL 671 - Avaliação da Fertilidade do Solo
Janeiro - 1997
Viçosa - MG
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 2
1. Histórico
2. Elementos essenciais e benéficos às plantas
2.1. Critérios de essencialidade
2.2. Macro e micronutrientes
2.3. Elementos benéficos
2.4. Função dos nutrientes nas plantas
3. Conceitos de fertilidade do solo
3.1. Fertilidade e produtividade
3.2. Limitações à interpretação do conceito de fertilidade do solo
3.3. Fertilidade natural, atual e potencial
4. Leis gerais da adubação
4.1. Lei da restituição
4.2. Lei do mínimo
4.2.1. Lei de Mitscherlich como derivação da Lei do Mínimo
4.2.2. Lei da interação
4.3. Lei do máximo
4.3.1. Lei da qualidade biológica
5. Fatores que afetam o desenvolvimento das plantas
6. Métodos para avaliar a fertilidade do solo
6.1. Métodos químicos
6.2. Métodos biológicos
6.3. Métodos microbiológicos
6.4. Outros métodos
6.4.1. Métodos químico - biológicos
6.4.2. Métodos físico - químico - biológicos
6.4.3. Diagnose visual
7. Grau de confiabilidade da generalização das recomendações
8. Literatura citada
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 3
1. Histórico
A ciência do solo sempre foi alvo de interesse e estudo do homem, visto que este
animais, para a posição de um ser que, diferentemente dos demais animais, tinha que
observou que vários fatores influenciavam na produção dos vegetais, sendo um desses
fatores o tipo de solo. Por exemplo, a cobertura vegetal, a cor do solo, a presença ou
fácil identificação, e que deveriam ser utilizadas pelo homem da época como indicativos
homem, que era a causa principal de inúmeras guerras e era a base para o surgimento
dos grandes impérios. Os chineses há mais de quatro mil anos, já utilizavam mapa
esquemático que continha as diferenças dos solos e que era utilizado como base de
cálculo para a cobrança de impostos. Os romanos davam maior valor à terra escura,
Egito, as áreas próximas ao Nilo eram as mais adequadas para a agricultura, devido às
Homero, que menciona a adição de esterco aos vinhetos do pai de Odisseus. E não é
próprio Velho Testamento (700 a. C.), nos escritos de Xenofonte (434-355 a. C.) e nos
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a formulação de hipótese e teorias. Um exemplo disto pode ser dado pelo trabalho de
Hellriegel e Wilfarth, dois alemães, que em 1886 concluíram que uma bactéria presente
expressivo, contudo muitas incógnitas ainda persistem e novos estudos tem importância
forma disponível pode ser absorvido pelos vegetais, contudo a regulação desta
seja fundamental para a nutrição da planta. Em decorrência a esse fato, foi necessário
c) O elemento deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua
Um exemplo clássico de um elemento que satisfaz esse critério é o Mg, que faz
especiais. Esses elementos têm sido classificados como benéficos e são os seguintes:
Al, Co, Ni, Se, Si, Na e V.
Alguns desses elementos benéficos apresentam efeito positivo no crescimento
das plantas decorrente de aumento da resistência a pragas e doenças, ou
favorecimento a absorção de outros elementos essenciais.
biológica do nitrogênio.
2.4.1.1. Nitrogênio
NO3-, exceto em solos sob condições adversas à nitrificação. Uma vez absorvido o
Sua forma mais abundante é como um peptídeo ligado as proteínas, uma ligação
muito estável graças a sua configuração eletrônica que permite fortes ligações
contém 18 dag/kg de N.
folhas de coloração verde escura, com folhagem suculenta, tornando-a mais suscetível
2.4.1.2. Fósforo
concentração nos tecidos vegetais pode variar de 0,10 a 1,0 dag/kg da matéria seca,
sendo que a faixa de suficiência para a maioria das culturas pode variar de 0,12 a
0,30 dag/kg. Da solução do solo, é absorvido nas formas aniônicas (H2PO4- e HPO42-),
as quais apresentam uma forte ligação covalente com o átomo de O, que é mantida
mesmo após sua incorporação aos tecidos vegetais. Ao ligar-se a átomos de carbono,
fosfolipídeos nas membranas, sua maior concentração pode ser observada nas
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2.4.1.3. Enxofre
orgânicos. Pode ser encontrado em concentrações que variam de 0,1 a 0,4 dag/kg, não
Quando o fornecimento de sulfato é amplo, sua absorção pode ser mais rápida
pode, por isso, estar na forma de sulfato - uma fração maior que a correspondente ao
enxofre pode, ainda, levar a um baixo nível de carboidratos e a um acúmulo das frações
2.4.1.4. Potássio
encontrados situam-se na faixa de 1,0 a 3,5 dag/kg. Seu papel tem pouco em comum
não sofre alteração em seu estado redox, permanecendo na mesma forma iônica em
dentro e fora destas células regula a abertura e o fechamento dos estômatos. Junto
ânions.
2.4.1.5. Cálcio
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pode variar entre 0,5 a 3 dag/kg da matéria seca. A maior parte do Ca nas plantas
elemento nas partes mais novas da planta e excesso nas partes mais velhas. Dessa
2.4.1.6. Magnésio
dag/kg de matéria seca. Mais da metade do Mg contido nas folhas pode estar formando
clorofila, já que esta possui um átomo central de Mg não dissociável. Além de seu papel
2.4.1.7. Ferro
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e de Fe, sendo, contudo, a deste último manifestada inicialmente nas folhas novas,
seca de folhas.
2.4.1.8. Zinco
como cofator destas, sua faixa de concentração normal nos tecidos foliares pode variar
de 27 a 150 mg/kg na matéria seca, conforme a espécie. Sua deficiência talvez seja
uma das que mais afeta o crescimento de plantas, resultando em pequena expansão
2.4.1.9. Manganês
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2.4.1.10. Cobre
Assim como o Zn, o cobre atua como constituinte e cofator de enzimas, participa
do metabolismo de proteínas e de carboidratos e na fixação simbiótica de N2.
mobilidade interna, sua deficiência inicialmente manifesta-se como clorose nas pontas e
margens, encurvamento das folhas mais novas, permitindo que as nervuras fiquem
2.4.1.11. Boro
3-
Existindo nas plantas na forma do ânion borato (BO3 ) o principal papel do B nas
importante na síntese de uma das bases que forma o RNA (uracil). Está associado à
germinação do pólen e à formação do tubo polínico. Sua concentração foliar pode variar
100 mg/kg nas dicotiledôneas produtoras de látex. Sintomas de deficiência podem ser
2.4.1.12. Molibdênio
folhas mais velhas, seguida de necrose. Podem ser observados, ainda, murchamento
2.4.1.13. Cloro
do oxigênio nos processos fotossintéticos. Plantas como coqueiro e dendê são muito
foliares de até 2 dag/kg de matéria seca. Como sintomas de sua deficiência podem ser
necrose.
2.4.2.1. Alumínio.
2.4.2.2. Cobalto
O Cobalto pode ser encontrado nas folhas dos vegetais em concentrações que
variam de 0,03 a 1,0 mg/kg de matéria seca. Condições especiais de solos ricos em Co
podem propiciar o acumulo nos tecidos de algumas espécies a teores de 0,2 a 0,4
dag/kg.
2.4.2.3. Níquel
Entretanto, sua utilização como fungicida é restrita pois trata-se de um metal pesado.
soluções com ou sem Ni, e pela detecção desse elemento na urease contida nos
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essenciais.
2.4.2.4. Selênio.
Quanto a seus efeitos benéficos, existem poucos casos na literatura com relatos
muito baixa.
2.4.2.5. Silício.
estruturas.
Ensaios utilizando solo demonstraram efeitos indiretos do Si no crescimento de
2.4.2.6. Sódio
no Chile sua essencialidade tem sido demonstrada. Alguns trabalhos sugerem que o
Na, quando em baixas concentrações, propicia maior crescimento de plantas C4.
2.4.2.7. Vanádio.
vegetais inferiores. Poucas referências citam efeitos benéficos em milho quando suprido
um consenso sobre qual seria a sua melhor definição. Para os mais puristas, fertilidade
(RAIJ, 1981: BRAGA, 1983). Outros autores (MALAVOLTA, 1976; RAIJ, 1981), ainda
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acrescentam que essa capacidade deve ser mantida durante todo o ciclo de
utilizar, numa determinada fase de seu ciclo, determinado elemento que o solo coloca à
sua disposição. Por este conceito, solo fértil nem sempre implica na obtenção de alta
solo, climatologia e, nutrição e fisiologia de plantas: um solo fértil é aquele que tem boas
produtividades.
quando associado aos outros fatores do componente solo, como física, microbiologia,
. Solo Fértil
É aquele que contém, em quantidades suficientes e balanceadas, todos
os nutrientes essenciais, em formas assimiláveis pelas plantas, estando razoavelmente
livre de materiais tóxicos e possui propriedades físicas e químicas satisfatórias.
. Solo produtivo
É aquele que sendo fértil e bem manejado, se encontra em zona climática
capaz de proporcionar suficiente umidade, luz, calor, etc. para o bom desenvolvimento
da cultura nele cultivada.
Ou seja:
diferentes espécies e até variedades de plantas, posto que as plantas variam em sua
2
Y∃ = 6,5386 + 0,4265X - 0,0053X
2
LE: R = 0,996
2
Y∃ = 5,4869 + 0,2341X - 0,0014X
2
AQ: R = 0,975
0
0 238 476 714 952 1190
P (mg/dm3)
2
Andropogon: Y∃ = - 0,4063 + 0,0375**X - 0,0000205**X
2
R = 0,916
2 2
∃
Jaraguá: Y = 0,7479 + 0,0230**X - 0,0000134**X R = 0,924
genótipo a ser cultivado. Porem, a resposta das plantas pode ser diferente quando
(Figuras 2 e 3).
6
Andropogon
3
0
0 204 408 612 816 1020
P (mg/dm3)
2 2
Andropogon: Y∃ = - 0,6289 + 0,0157**X - 0,0000081*X R = 0,970
2 2
Jaraguá: Y∃ = - 0,4139 + 0,0175**X - 0,0000078*X R = 0,989
nutrientes, tem sido revisto, pois, por exemplo, espécies de leguminosas em associação
Com relação ao balanço dos nutrientes, um solo pode ter boa reserva disponível
de um dado nutriente, sendo portanto considerado fértil para esse elemento, porém,
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outro nutriente pode apresentar-se em baixa disponibilidade, o que tornaria o solo não
fértil para esse segundo nutriente. O mesmo se observa em relação à planta a ser
cultivada, ou seja, tem-se um solo com fertilidade adequada para algumas culturas e,
que ao mesmo tempo não propicia boa nutrição para outras, fato que é enfatizado em
No estudo de fertilidade do solo é necessário definir seus limites pois, ele não
(Figura 4). Esse processo é apresentado numa visão hidrodinâmica para explicar a
b PLANTA
^
|
^
|
Q I TRANSPORTE
CT ----------->
|
LIXIVIAÇÃO
NÃO
LÁBIL
FERTILIDADE DO SOLO
restrito à fase sólida e líquida, e tem como limite a solução do solo da fase sólida, a
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intercepção radicular e absorção. Esses processos entre outros, que estão presentes
ser considerados como parte integrante do fator fertilidade do solo, porque são
da planta etc. Por outro lado, como já foi comentado, não se pode deixar de se
estudá-la e quantificá-la.
sofreu nenhum manejo, ou seja, não foi trabalhado e portanto, não sofreu interferência
externa. É muito usada na avaliação e classificação de solos onde não existe atividade
para ceder nutrientes; mostra a diferença entre unidades (LEPSCH, 1983). Por
exemplo, em dois solos com diferentes graus de saturação de bases, o solo distrófico
termos de fertilidade real, já que um solo pode ser distrófico e ter CTC superior, com
maior teores de cátions trocáveis, do que um solo eutrófico e, portanto, ter condições de
calagem, adubação fosfatada etc. É medida por meio das formas dos nutrientes K+ ,
Ca2+ e Mg2+ trocáveis e P disponível ). Em sua interpretação deve ser dada ênfase ao
característica que impede o solo de mostrar sua real capacidade de ceder nutrientes.
A Tabela 2 dá uma idéia clara desse tipo de fertilidade, onde se observa que a
incorporação de gesso ( CaSO4.2H2O ) aumentou significativamente a produção de soja
Por isso, o crescimento das plantas é função, entre outros fatores, da quantidade
derivações: lei da restituição; lei do mínimo, tendo como derivações a lei dos
que não forem reciclados. Essa lei considera o esgotamento dos solos decorrência de
Esta lei foi enunciada por VOISIN (1973) nos seguintes termos: é indispensável,
para manter a fertilidade do solo, fazer a restituição, não só dos nutrientes exportados
interessante, desde que o solo já esteja com um nível de fertilidade bom, ou seja, suas
FfORNECIMENTO RETIRADAS
Ilustração:
RESTITUIÇÃO VS ANTECIPAÇÃO
crescimento de uma planta está limitado pelo nutriente que se encontra em menor
vezes são vários os nutrientes ou fatores que limitam a produção, além da ação de suas
interações.
de outro fator que se torna limitante do crescimento, e que, se suprido, provoca outro
sucessivamente ( Figura 7 ).
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Essa situação é bem representada por uma corrente que suporta um certo peso.
Se há um elo mais fraco, a resistência da corrente não será alterada pelo reforço de
outros elos. Para que a corrente suporte um peso maior deve-se, portanto, reforçar,
tendo algumas tábuas com diferentes alturas, sendo a tábua com a menor altura a que
nível de líquido no barril até o limite de outra tábua, agora a de menor altura.
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Produção
Limite genético, luz etc.
P
( fatores não controláveis)
para A
"Plateau" de produção A (limitação por B)
"Plateau" de produção para A (limitaçã
biológica (obviamente curvilínea), sua utilização atual tem sido por meio de constatação
solo é responsável pela redução da eficiência e não pela eliminação completa dos
reduz a eficácia dos outros elementos e, por conseguinte, diminui o rendimento das
por Mitscherlich, que observou que, com o aumento progressivo das doses do nutriente
resposta linear) e estes aumentos tornavam-se cada vez menores até atingir um
"plateau", quando não havia mais respostas a novas adições (MALAVOLTA, 1980;
pela diferencial:
δY = c(A - Y) δX ( Eq.2 )
nutriente X colocado à disposição da planta (ou outro fator de produção, como luz,
eficácia".
Figura 8.
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Y∃I = A(1 − 10 −c (X + b )
) ( Eq.3 )
do nutriente aplicada como adubo (X), por exemplo, e a quantidade do mesmo nutriente
(GOMES, 1985), e para cinco ou mais níveis, por Braga (BRAGA, 1983) e Alvarez V.
Lei de Mitscherlich.
moderna que é a lei da interação, que se expressa assim (VOISIN, 1973): cada fator de
produção é tanto mais eficaz quando os outros estão mais perto do seu ótimo.
que, pelo contrário, cada fator deve ser considerado como parte de um conjunto, dentro
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do qual ele está relacionado com os outros por efeitos recíprocos, pois eles se
( )
Y = f X i / / φ i , X j , X k + ε ijk ( Eq. 5 )
forma constante (Xj), e, de variáveis aleatórias ou não controláveis (Xk). A isto, deve-se
acrescentar o erro ε i j k.
ao contrário ser negativa, antagônica, onde um fator ou elemento limita a ação de outro
Estes efeitos dependem, em alto grau, das concentrações existentes, como por
a uma produção de 7.000 kg/ha com aplicação dos dois nutrientes em "doses ótimas".
O efeito sobre a produtividade, no caso da aplicação dos dois nutrientes, foi mais do
que aditivo ( 5.000 kg/ha, em lugar de 1.500 + 2.500 kg/ha), ou seja, houve um efeito
interativo ( Figura 9 ).
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NO3- na planta.
10 NxP
8
Pd / N0
6
t/ha
4 Nd / P0
N0 NDO
Figura 9. Efeito do N na ausência de P ( Nd/P0 ), do P na ausência de N (Pd/N0 )
e da interação N x P na produção ( ALVAREZ V., 1987 ).
André Voisin (VOISIN, 1973) enunciou a lei do máximo, nos seguintes termos: o
Produção
Neste ponto
ocorre o efeito
de decréscimo
na produção
Dose do nutriente M
em resultados experimentais. Tal tipo de resposta não foi previsto pela lei de
Y∃ = b0 + b1 X − b2 X 2 ( Eq. 6 )
ao solo.
tenha esta produção, torna-se fácil pelo cálculo de máximos e mínimos (ALVAREZ
V., 1985).
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 38
correção na sua equação (fator que considera o efeito tóxico) e se conhece como
MAGNANI, 1985):
pela diferença entre a primeira aproximação e a segunda (ALVAREZ V., 1985). Assim:
T = Y∃ − Y∃
I II
2
T = A(1 − 10 −c(X + b) )(1 − 10 − k(X + b) ) ( Eq. 8 )
potássica não deve ser realizada com cloreto de potássio, pois, o Cl-, prejudica a
combustão do fumo.
* Fatores Ecológicos
- Umidade, aeração, temperatura, luz.
- Condições de solo:
. Físicas: Profundidade efetiva, textura, estrutura, densidade, etc.
. Químicas: Matéria orgânica, acidez, nutrientes, etc.
- Pragas e enfermidades
- Práticas culturais
* Fatores genéticos
Estes fatores estão ligados ao potencial genético de produtividade da planta.
Ex: Híbridos, clones, variedades.
Assim, o rendimento máximo de uma cultura dependerá da interação positiva do
potencial genético com os fatores ambientais.
Condições
Rendimento ( Kg / há )
Ideais
Fatores
Limitantes
Fatores de Produção
Análise:
* Adição de calcário teve pouco efeito no rendimento do milho;
* O mesmo ocorreu com o fósforo;
* O fator limitante foi o Nitrogênio.
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Calcário(t/ha)
P2O5 ( kg/há ) K2O( kg/há ) -----------------------------------------------
0 7 14
Análise:
* Interação positiva calcário x fósforo ( o efeito do fósforo só foi
pronunciado após a calagem ) ⇒ Acidez do solo é o fator limitante.
* O efeito do Fósforo > Potássio
obter as respostas desejadas. Os ensaios com plantas podem ser desenvolvidos em:
comportamento ou definir uma tendência (WAUGH & FITTS, 1966). São mais utilizados
constituir uma boa fonte de recomendação (HUNTER & FITTS, 1969); podem ser
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 42
utilizados para atingir os mais variados objetivos dentro da fertilidade do solo, tanto nos
solo, pelo uso de extratores químicos, que podem ser ácidos, bases ou sais diluídos.
tempo; geralmente são mais baratos que os métodos biológicos; independem das
estabelecidos.
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 43
planta. Para esta avaliação entra-se na fase de correlação, onde buscam-se métodos
que apresentem uma estreita correlação entre o teor do nutriente no solo determinado
produção. Neste caso, além do solo, a planta também é analisada (RAIJ, 1981;
que ele permite determinar o teor disponível de um nutriente no solo sem a utilização de
análises de solo ou material vegetal. Nesse caso, as plantas são supridas com todos os
aplicado ao solo uma solução nutritiva completa menos boro e cultivam-se cinco plantas
Nesse sistema de avaliação, uma amostra de solo recebe uma fertilização completa e
adicionado. Considerando o peso das produções de matéria seca obtidas nos vários
deficiências.
todos os nutrientes essenciais, além de uma fonte de energia, exceto aquele elemento
que se pretende estudar e que será proporcionado somente pelo solo (MELLO et alii,
plantas.
UNIDADE 1 - Introdução ao Estudo de Fertilidade do Solo 45
volume de planta (100), crescendo em um volume limitado de solo (100 g), absorverão
anormalidades visíveis, as quais são típicas. O sintoma visual é o fim de uma série de
muitas vezes de forma abusiva, tais como: Tukey, Duncan, teste t, Sheffé, Bonferroni e
recomendações (LITTLE & HILLS, 1976 ) COLWELL, 1985; GOMES, 1985 )..
a) Recomendações extrapoladas
b) Recomendações gerais
c) Recomendações estratificadas
d) Funções empíricas
8. Literatura Citada
ARNON, D. I. & STOUT, P. R. The essentiality of certain elements in minute quantity for
plants with special reference to copper. Plant physiol, Washington, 14 : 371-375, 1939.
DIBB, D. W. & THOMPSON JR., W. R. Interaction of potassium with other nutrients. In: R. D.
MUNSON (ed). Potassium in agriculture. ASA, CSSA, SSSA. Madison, 1985.
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GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. 11a ed. Piracicaba, Livraria Nobel, S.A. ,
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KIEHL, E. J. Fertilizantes orgânicos. São Paulo, Editora agronômica Ceres, 1985. 492 p.
MELLO, F. A. F.; BRASIL SOBRINHO, M. O. C.; ARZOLLA, S.; SILVEIRA, R. I.; COBRA
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MENGEL, K. & KIRBY, E. A. Principles of plant. 3a ed., Bern, International Potash Institute,
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