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Lição 3 13 a 20 de abril

Um Deus santo e justo (Joel)

Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 7, 8

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor levanta a voz diante do Seu exército;


porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas
ordens; sim, grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl
2:11).

Leituras da semana: Jl 1; 2:28, 29; At 2:1-21; Jl 2:31, 32; Rm 10:13; Mt 10:28-31

Pensamento-chave: Deus permite as crises para que Seu povo sinta dependência dEle e
necessidade de reavivamento e reforma espirituais.

N
a grande praga de gafanhotos e na severa seca que estava devastando o reino de
Judá no sul, o profeta Joel, contemporâneo de Amós e Oseias, via o sinal de um
“grande e terrível dia” de juízo (Jl 2:31). Confrontado com uma crise de tal intensidade e
proporção, ele convidou todo o povo de Judá a abandonar o pecado e voltar-se para
Deus. Ele descreveu os gafanhotos como exército do Senhor e viu na vinda desse
exército o castigo divino sobre o Israel infiel.

Joel profetizou que as pragas de gafanhotos se tornariam insignificantes em comparação


com os futuros juízos divinos. Mas esse mesmo juízo traria bênçãos sem paralelo para os
fiéis ao Senhor, que obedecessem aos Seus ensinamentos. Portanto, apesar da sua
severidade, o juízo podia conduzir à salvação e redenção daqueles cujo coração estivesse
aberto à orientação do Senhor.

Ore por todos que receberão o livro “A Grande Esperança” ou o DVD “A Última Esperança” no dia 20 de abril.

Comentários de Ellen G. White

Este é o tempo de preparo para a vinda de nosso Senhor. A prontidão para encontrá-Lo
não pode ser conseguida em um momento. O preparo para aquele solene evento deve
ser uma espera vigilante, combinada com zeloso trabalho. A união dessas duas coisas
nos torna completos em Cristo. É assim que os filhos de Deus O glorificam. Em meio
ao corre-corre da vida, sua voz será ouvida pronunciando palavras de encorajamento,
esperança e fé. A vontade e as afeições serão consagradas a Cristo. Assim eles se
preparam para o encontro com seu Senhor e, quando Ele vier, eles dirão com alegria:
“Este é o nosso Deus; nós confiamos nEle, e Ele nos salvou… exultemos e alegremo-
nos, pois Ele nos salvou.” (Review and Herald, 20 de julho de 1897).

Será bom considerarmos o que está prestes a sobrevir à Terra. Este não é tempo para
frivolidades nem para o egoísmo. Se o tempo em que vivemos deixar de nos
impressionar profundamente, o que nos poderá atingir então? Não requerem as
Escrituras trabalho mais puro e santo do que o que até aqui se tem visto?

Necessitam-se agora homens de compreensão clara. Deus está apelando para os que
desejam deixar-se guiar pelo Espírito Santo a um trabalho de completa reforma. Vejo
uma crise diante de nós e o Senhor roga aos Seus obreiros que se ponham a postos.
Cada cristão deve agora colocar-se numa posição de consagração a Deus, mais sincera e
profunda do que nos anos passados. …

Fiquei profundamente impressionada pelas cenas que recentemente passaram diante de


mim, à noite. Parecia existir um grande movimento – um trabalho de reavivamento –
em ação em vários lugares. Nosso povo se movia em linha e respondia ao apelo de
Deus. Meus irmãos, o Senhor está falando a cada um de nós. Ouviremos Sua voz?
Espevitaremos nossas lâmpadas e agiremos como pessoas que esperam a vinda de seu
Senhor? O tempo atual é dos que pedem que se comunique a luz, dos que exigem ação
(Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 514, 515).

Domingo, 14 de abril Ano Bíblico: 1Rs 9, 10

Desastre nacional
1. Leia Joel 1:1-12. O que estava acontecendo com a terra de Judá?

O
profeta, que vivia em uma sociedade agrícola, exorta os agricultores a ficar
angustiados diante da perda dos cereais e da colheita de frutos. A destruição
ecológica poderia enfraquecer a economia do país por muitos anos. Além da perda dos
alimentos, sombra e madeira, existia o risco de erosão do solo. Algumas árvores
frutíferas na Palestina levam vinte anos para crescer e se tornarem produtivas. Na
verdade, a devastação agrícola e o desmatamento eram táticas típicas de exércitos
invasores que buscavam punir os povos conquistados, tornando-lhes impossível qualquer
perspectiva de recuperação a curto prazo.

2. Leia Deuteronômio 28:38. Como esse texto nos ajuda a entender o que estava
acontecendo com Judá?

Joel usou quatro termos diferentes para mencionar gafanhotos (Jl 1:4), a fim de expressar
a intensidade e totalidade da praga. A seca tornou ainda maior a destruição causada pelos
gafanhotos. Todas as colheitas esperadas haviam secado e os agricultores se
desesperaram porque não tinham nada para comer nem vender. Eles não tinham sequer
sementes para plantar novamente. Uma calamidade dessa proporção jamais havia sido
vista entre seus antepassados e devia ser contada às futuras gerações. O fato de que um
desastre semelhante nunca houvesse acontecido antes aumenta a importância da situação.

O profeta anunciou também a destruição dos principais alimentos da terra de Israel,


como uvas, cereais e óleo (Dt 14:23); (18:4). Trigo e cevada eram os grãos mais
importantes na Palestina. Na Bíblia, videiras e figueiras simbolizam vida pacífica com
abundância das bênçãos de Deus na Terra Prometida (1Rs 4:25; Mq 4:4, Zc 3:10). A
encantadora imagem da paz e prosperidade é poder sentar-se sob a própria videira ou
figueira. Tudo isso estava ameaçado pelo juízo divino que ocorreria por causa dos
pecados de Israel.

A época de colheita era um tempo de alegria (Sl 4:7, Is 9:3). Embora a terra em Israel
fosse um presente do Senhor, ela ainda pertencia a Deus. Israel devia ser um mordomo
fiel da terra. Acima de tudo, as pessoas deviam adorar e obedecer a Deus porque Ele era
Aquele que lhes tinha dado a terra.
Hoje é o dia de você contar ao seu(sua) amigo(a) que está orando por ele(a).
Prepare-se para o Impacto Esperança!

Comentários de Ellen G. White

Para o abatido Israel havia apenas um remédio: abandono dos pecados que tinham
atraído sobre ele a mão disciplinadora do Altíssimo, e voltar-se para Senhor de todo o
coração. Àquela nação havia sido dada esta garantia: “Se Eu fechar o céu para que não
chova ou mandar que os gafanhotos devorem o país ou sobre o Meu povo enviar uma
praga, se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar e orar, buscar a
Minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu
pecado e curarei a sua terra.” Foi para conseguir esse abençoado resultado que Deus
continuou retendo deles o orvalho e a chuva, até que uma decidida reforma tivesse lugar
(Review and Herald, 21 de agosto de 1913).

Deus não pode abençoar os homens em suas terras e rebanhos quando eles não usam as
bênçãos recebidas para glorificá-Lo. Ele não pode confiar Seus tesouros àqueles que os
empregam mal. Na linguagem mais simples o Senhor tem falado a Seus filhos o que
requer deles. Devem devolver o dízimo de todas as suas posses e ofertar daquilo que
lhes tem sido outorgado. As misericórdias e bênçãos do Senhor têm sido abundantes e
sistemáticas. Ele envia chuva e sol, e faz com que a vegetação floresça. Dá as estações,
tempos de semeadura e colheita ocorrem na devida ordem. A infalível bondade de Deus
nos chama a uma atitude melhor que a ingratidão e o esquecimento com que os homens
O tratam. Acaso, retornaremos a Deus e, com coração agradecido, Lhe apresentaremos
nossos dízimos e ofertas? O Senhor nos apresenta esse dever com tanta clareza que, se
negligenciarmos o cumprimento dele estaremos sem desculpas. Ele deixou Seus bens
nas mãos de Seus servos para que sejam administrados com equidade, para que o
evangelho possa ser pregado em todo o mundo. O arranjo e provisão para a propagação
de Sua verdade não foram deixados ao acaso. O dízimo é do Senhor, é dinheiro de Seu
interesse e deve ser entregue regular e prontamente em Sua tesouraria. Devemos
entregar o que Lhe pertence, com alegria por Seu amor para com aqueles que são
indignos de Sua misericórdia. O evangelho de Cristo deve ir aos mais longínquos
lugares da Terra e, quando falhamos em nosso dever de entregar a Deus o que é dEle,
somos mordomos infiéis. Outras pessoas que Lhe são tão preciosas como nós somos,
também precisam ser salvas, missionários devem ser enviados a elas, para que seja
difundida a preciosa luz da verdade que o Senhor tem permitido brilhar sobre nós nestes
últimos dias. Devemos entender que há provisão feita para a causa de Deus e para o
alívio do pobre, para que essas reivindicações não sejam negligenciadas. Elas devem ser
atendidas com a invariável prontidão que sua importância requer. O Senhor diz:
“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em Minha casa.
Ponham-Me à prova, e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre
vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Impedirei que pragas devorem
suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto, diz o Senhor dos
Exércitos” (Signs of the Times, 13 de janeiro de 1890).

Segunda, 15 de abril Ano Bíblico: 1Rs 11, 12

Toque a trombeta!

Q
uando ocorrem catástrofes naturais, elas provocam muitas perguntas, como: “Por
que Deus permitiu que isso acontecesse?”, “Por que algumas pessoas vivem,
enquanto outras morrem?”, “Podemos aprender uma lição com essa experiência?”. Joel
não tinha dúvida de que a praga dos gafanhotos podia levar a um conhecimento mais
profundo do plano universal de Deus. Sob inspiração divina, o profeta relacionou no
capítulo primeiro a crise nacional com a situação espiritual na terra. Os gafanhotos não
haviam deixado nada que pudesse ser oferecido como sacrifício ao Senhor. A oferta de
cereais e a oferta de libação faziam parte da oferta diária no templo, de acordo com as
instruções registradas em Êxodo 29:40 e Números 28:5-8. A interrupção dos sacrifícios
foi severa, mas deve ter servido como advertência para as pessoas quanto à sua grave
condição. A perda da oportunidade até mesmo de oferecer sacrifícios simbolizava o
rompimento da aliança entre Deus e Israel. Mas, ao contrário de muitos outros profetas,
Joel não gastou muito tempo analisando as faltas do povo. Ele estava muito mais
interessado em enfatizar a cura prescrita pelo divino Médico de Israel.

3. Leia Joel 1:13-20. O que Joel disse ao povo? Embora as circunstâncias fossem
únicas, de que forma esse apelo é visto em toda a Bíblia?

O profeta exortou os líderes espirituais a proclamar um dia nacional de oração e jejum


para que as pessoas examinassem profundamente o coração, renunciassem seus pecados
e voltassem para Deus. Assim, elas sairiam dessa experiência com renovada confiança
no amor e justiça de Deus. No fim, esse desastre podia levar os fiéis a um
relacionamento mais profundo com seu Senhor.
Ao longo da Bíblia, Deus é descrito como o Senhor da natureza. Aquele que a criou,
sustenta e também a usa para Seus propósitos divinos. Nesse desastre natural, em vez de
rasgar as vestes, o profeta Joel disse que as pessoas deviam rasgar o coração e abri-lo
para a graça e compaixão de Deus.

Desastres podem nos alcançar de muitas formas. Quando isso acontece,


independentemente da nossa compreensão deles e de suas causas, a quais promessas
bíblicas podemos nos apegar em busca de esperança e força? Que promessas são
especialmente significativas para você?

Leia o livro “A Grande Esperança” antes de entregá-lo a alguém.

Comentários de Ellen G. White

O jejum recomendado pela Palavra de Deus é algo mais que uma forma. Não consiste
meramente em nos privar da comida, em usarmos pano de saco em lugar da vestimenta,
em lançarmos cinza sobre a cabeça. Aquele que jejua com verdadeira tristeza pelo
pecado, jamais buscará exibir-se.

O objetivo do jejum que Deus nos convida a fazer, não é afligirmos o corpo pelo pecado
do coração, mas o ajudar-nos a perceber o caráter ofensivo do pecado, a humilharmos o
coração diante de Deus e recebermos Sua graça perdoadora. Sua ordem a Israel foi:
“Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso
Deus” (Jl 2:13).

De nada nos aproveita o fazer penitência, ou lisonjear-nos de que, por nossas boas
obras, havemos de merecer ou comprar uma herança entre os santos. Ao ser feita a
Cristo a pergunta: “Que faremos para executarmos as obras de Deus?” respondeu Ele:
“A obra de Deus é esta: que creiais nAquele que Ele enviou” (Jo 6:28, 29).
Arrependimento é volver-se do próprio eu para Cristo e, quando recebemos a Cristo, de
modo que, pela fé, Ele possa viver Sua vida em nós, as boas obras se manifestam (O
Maior Discurso de Cristo, p. 87).

Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga; não desprezes, pois, o castigo
do Todo-poderoso. Porque Ele faz a chaga, e Ele mesmo a liga; Ele fere, e as Suas mãos
curam (Jó 5:17, 18).

Nosso Pai celestial não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens. Ele
tem um propósito no redemoinho e na tempestade, no fogo e nas inundações. O Senhor
permite que calamidades sobrevenham a Seus filhos a fim de salvá-los de perigos
maiores. Deseja que cada um examine íntima e cuidadosamente o próprio coração e,
então, se aproxime de Deus, para que Deus dele Se aproxime.

Nossa vida está nas mãos de Deus. Ele vê os perigos que nos ameaçam, sem que nós os
possamos ver. É Ele o doador de todas as nossas bênçãos; o provedor de todas as nossas
bênçãos; o ordenador de todas as nossas experiências. Ele vê os perigos que nós não
vemos. Talvez permita que sobrevenha a Seus filhos aquilo que lhes encha o coração de
tristeza, porque vê que eles precisam fazer caminhos certos para seus pés, a fim de que
o que coxeia não se desvie do caminho. Conhece nossa estrutura e sabe que somos pó.
Os cabelos de nossa cabeça estão contados. Ele age por meio de causas naturais, para
levar Seu povo a se lembrar de que Ele não o esqueceu, mas sim deseja que Seus filhos
abandonem o caminho que, se lhes fosse permitido seguir sem serem detidos nem
reprovados, os levaria a grande perigo. As provas nos sobrevêm a todos, para nos levar
a examinar o coração, para ver se está purificado de tudo que contamine.
Constantemente, o Senhor atua para nosso bem presente e eterno. Ocorrem coisas que
parecem inexplicáveis mas, se confiarmos no Senhor e nEle esperarmos com paciência,
humilhando diante dEle nosso coração, Ele não permitirá que triunfe o inimigo…

Toda pessoa salva precisa ser participante dos sofrimentos de Cristo, a fim de poder
participar de Sua glória. Quão poucos compreendem porque Deus os submete às
provas! É pela prova de nossa fé que ganhamos força espiritual. O Senhor procura
educar Seu povo de modo que se apoie inteiramente nEle…

Examine cada qual seu próprio procedimento. Pergunte cada qual, de si para si, se está à
altura da norma que Deus colocou à sua frente. Podemos dizer, de coração: “Ponho de
lado minha própria vontade? ‘Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, a
Tua lei está dentro do meu coração?’” (Sl 40:8). Perguntamos diariamente: “Senhor,
qual é Tua vontade a meu respeito?” (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 265).

Terça, 16 de abril Ano Bíblico: 1Rs 13, 14

O dom do Espírito de Deus


4. Leia Joel 2:28, 29 e Atos 2:1-21. Como Pedro interpretou essa profecia de Joel?
N
o dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro anunciou que o Senhor havia cumprido Sua
promessa, dada por intermédio de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo.
Acompanhando o derramamento do Espírito, e como sinal visível da intervenção
sobrenatural de Deus na história da humanidade, Deus fará com que fenômenos
extraordinários sejam vistos na natureza, na Terra e no céu.

“Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, por meio do
profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito (Jl 2:28). Essa profecia
recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a
obra final do Evangelho” (Ellen G. White, O Grande Conflito, edição de 1988, p. 11).

No contexto imediato de Joel, o arrependimento seria seguido por um grande


derramamento do Espírito de Deus. Isso traria uma maravilhosa renovação. Em vez de
destruição, se seguiria a dádiva das bênçãos divinas. O Senhor reafirma a Seu povo que
Sua criação será restaurada e a nação será libertada dos opressores.

O Espírito é derramado sobre o povo de Deus, assim como o óleo da unção era
derramado sobre a cabeça dos que eram eleitos por Deus para um ministério especial. O
Espírito é também um dom concedido aos que O recebem para que eles façam uma obra
específica para Deus (Êx 31:2-5; Jz 6:34). Só que desta vez a manifestação do Espírito
assumirá proporções amplas. Nesse grande ponto da História, a salvação estará
disponível a todos que buscarem a Deus. O Espírito de Deus cairá sobre todos os fiéis,
independentemente de idade, gênero ou condição social, em cumprimento do desejo de
Moisés no sentido de que todos os filhos de Deus se tornassem profetas e de que o
Senhor colocasse Seu Espírito sobre eles (Nm 11:29).

O que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito
Santo?

Assista ao DVD “A Última Esperança”. Ele o motivará para a distribuição que será feita no sábado.

Comentários de Ellen G. White

Em todas as épocas do mundo o dom do Espírito Santo é a grande promessa para a


igreja. “Peçam, e Eu lhes darei.” Há suprimento para todos. “Derramarei do Meu
Espírito sobre todos os povos.” A promessa do Espírito Santo para cumprimento da
missão é repetida a toda pessoa que se converte à verdade. Todo novo membro da igreja
deve ser instruído a respeito do trabalho que deve fazer para o Mestre, em conduzir
outras pessoas a Cristo.
O Senhor requer que todo professo cristão seja cheio do Espírito Santo e consagre
talentos e recursos à Sua causa. Então, terá em alta estimativa o que é devido ao
Redentor do mundo. Todos precisam compreender que devem usar cada jota e til de sua
influência para ajudar um ao outro a apreciar o dom celestial. A ausência de meios ou
influência de alguém cujo nome esteja registrado nos livros da igreja significa roubo a
Deus. Todos devem tomar o jugo de Cristo e levar suas cargas, velando por aqueles
pelos quais devem dar conta. A cada cristão é dada sua obra; ninguém é isentado.

A prometida influência do Espírito Santo, que modela e dá feitio ao obreiro, habilita-o a


cooperar com as inteligências celestiais. Tal obreiro será habitação de Deus, agente útil
por meio do qual Ele pode Se manifestar. Mas aqueles que não são diariamente
convertidos para uso do Mestre desonram sua profissão de fé. Desonram o Espírito
Santo, que é designado para ajudar o povo de Deus na grande tarefa de advertir as
pessoas das quais deve dar conta (Review and Herald, 22 de março de 1898).

“Homens da Judeia e todos os que vivem em Jerusalém, deixem-me explicar-lhes isto!


Ouçam com atenção: estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são
nove horas da manhã! Ao contrário, isto é o que foi predito pelo profeta Joel: ‘Nos
últimos dias, diz Deus, derramarei do Meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos
e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os
Meus servos e as Minhas servas derramarei do Meu Espírito naqueles dias, e eles
profetizarão.’”

O efeito das palavras de Pedro foi marcante e muitos que haviam ridicularizado a
religião de Jesus foram então convencidos de Sua verdade. Certamente, era irrazoável
supor que mais de cem pessoas pudessem estar embriagadas àquela imprópria hora do
dia, e numa ocasião de solene festa religiosa. Essa maravilhosa demonstração aconteceu
antes da costumeira refeição durante a qual se tomava vinho. Pedro mostrou aos
ouvintes que aquela manifestação era cumprimento direto da profecia de Joel, segundo
a qual o poder celestial seria derramado sobre os filhos de Deus, capacitando-os para
uma obra especial (Panfleto: Redemption: or the Ministry of Peter and the Conversion
of Saul, p. 7, 8).

Quarta, 17 de abril Ano Bíblico: 1Rs 15, 16

Proclamando o nome de Deus


“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível
dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo;
porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor
prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Jl 2:31, 32).

O
escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser
compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente
dia do Senhor. Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como
deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Dt 4:19).
Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a
desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o
exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória
do Senhor ofuscaria tudo.

5. Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos


receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? Is 25:9; Jl 2:32; At 2:21; Rm 10:13

Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém
dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. Pode significar também
proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o
Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. Abraão edificava altares e proclamava o nome
de Deus na terra de Canaã (Gn 12:8). A Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua
bondade e graça (Êx 33:19; 34:5). O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e
invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Sl 105:1). As
mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta
Isaías (Is 12:4).

Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que
Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas
no contexto das ações de Deus e Seu caráter. Significa também contar a todos sobre o
generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.

O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que
acontece quando você faz?

Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração!


Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas.

Comentários de Ellen G. White


Estamos vivendo nos últimos dias, num tempo em que podemos esperar muito do
Senhor. Essas palavras devem nos levar ao trono da graça e motivar-nos a suplicar
grandes coisas dEle. Aqui é dada a promessa de que o Espírito Santo virá para homens
mulheres, seus filhos e filhas; “e todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo!” Isso nos dá uma visão do maravilhoso trabalho a ser feito, para o qual
necessitamos do poder convertedor de Deus, diariamente, em nosso coração. É nosso
privilégio experimentar isso. O Céu está repleto de bênçãos e é nosso privilégio pedir o
cumprimento das ricas promessas de Deus para nós, individualmente. Necessitamos
buscar o Senhor dia e noite, para que possamos conhecer o caminho a seguir e o que
devemos fazer.

O Senhor tem um trabalho especial para nós, individualmente. Enquanto vemos a


maldade do mundo trazida à luz das cortes de justiça e publicada nos jornais diários,
aproximemo-nos de Deus e, com fé viva, firmemo-nos em Suas promessas, para que a
graça de Cristo possa se manifestar em nós. Podemos exercer influência, poderosa
influência, no mundo. Se o convincente poder de Deus estiver em nós, seremos
habilitados a levar pessoas que estão no pecado para a conversão.

Nossa simplicidade fará muito nesse trabalho. Não devemos tentar elevar-nos a uma
posição exaltada nem ganhar o louvor dos homens. Nosso objetivo não deve ser a
grandeza material. Devemos ter em vista apenas a glória de Deus. Devemos trabalhar
com toda a inteligência que Deus nos tem dado, colocando-nos ao alcance da luz, para
que a graça de Deus possa vir sobre nós, modelando-nos e formando-nos à semelhança
divina. O Céu está esperando conceder suas ricas bênçãos àqueles que se consagrarem
ao trabalho de Deus nestes últimos dias da história do mundo. Certamente, seremos
provados e tentados. Podemos ser chamados a passar noites insones, mas que esse
tempo seja investido em fervorosa oração a Deus, para que Ele nos dê entendimento e
capacite a mente a discernir os privilégios que são nossos.

Não revelemos uma religião perversa. Não haja discussão sobre quem deve ser o maior,
mas cada um busque a grandeza da humildade, para compreensão da vontade do
Senhor. Deus deseja que permaneçamos como homens e mulheres livres nestes últimos
dias da história da Terra. Embora todo tipo de maldade seja praticada por aqueles que
não levam Deus a sério, devemos permanecer como pessoas que estão revestidas com o
Espírito de Deus, porque O buscamos com todo o nosso coração…
Devemos ser Suas testemunhas, não simplesmente pela palavra, pela pregação de
Cristo, mas por viver a verdade, tendo a Testemunha Verdadeira em nosso coração. Ao
vir o grande dia de Deus, e aqueles que têm seguido a Cristo forem claramente
revelados com a luz de Deus brilhando sobre eles, os que neste tempo se têm provado
infiéis farão a si mesmos estas perguntas: Por que não falei a verdade como a conhecia?
Por que não a vivi? Por que não proclamei a verdade com coração e voz santificados?
Esses são os pensamentos que lhes virão, enquanto consideram o que poderiam ter feito,
mas não fizeram. Meus irmãos e irmãs, peço-lhes, em nome de Jesus de Nazaré, que
tomem tempo em oração, buscando Sua palavra a fim de que possam compreender as
promessas estendidas a vocês (Review and Herald, 1º de abril de 1909).

Quinta, 18 de abril Ano Bíblico: 1Rs 17–19

Refúgio em tempos de provas (Joel 3)

P
rofetas bíblicos comparam o futuro julgamento divino ao rugido de um leão, um som
que faz com que todos tremam (Jl 3:16; Am 1:2; 3:8). Na Bíblia, Sião indica o local
do trono terrestre de Deus em Jerusalém. A partir desse lugar, Deus castigará o inimigo,
mas ao mesmo tempo defenderá Seu povo que, pacientemente, espera Sua vitória. Eles
participarão de Seu triunfo quando Ele renovar a criação.

Para algumas pessoas, as descrições bíblicas do juízo final de Deus são difíceis de
compreender. É bom ter em mente que o mal e o pecado são muito reais, e eles exercem
grande força na tentativa de se opor a Deus e destruir toda forma de vida. Deus é um
inimigo do mal. É por isso que as palavras de Joel nos convidam a examinar nossa vida a
fim de ter certeza de que estamos do lado de Deus, para que sejamos protegidos no dia
do juízo.

6. Leia Mateus 10:28-31. Como esses versos nos ajudam a entender, mesmo durante
tempos de calamidade, o que Jesus nos oferece?

O Senhor sustenta os que perseveram na fé. Ele pode devastar a Terra (Jl 3:1-15). No
entanto, Seus filhos não devem temer Seus atos soberanos de juízo porque Ele prometeu
protegê-los (v. 16). Ele lhes deu Sua palavra de certeza. Seus atos soberanos e bondosos
demonstram que Ele é o fiel Deus da aliança, que jamais permitirá que o justo seja
novamente envergonhado (Jl 2:27).
O livro de Joel termina com a visão de um mundo transformado, em que um rio flui no
meio da Nova Jerusalém e a própria presença do Deus eterno entre um povo perdoado (Jl
3:18-21).

Essa mensagem profética nos desafia a andar no Espírito, a prosseguir a vida cristã de
todo o coração e alcançar os que ainda não invocam o nome de Cristo. Ao fazermos isso,
reivindicamos a promessa divina da presença permanente de Cristo, por meio do Espírito
Santo que habita no coração de Seu povo fiel.

“Precisamos conhecer nossa verdadeira condição, do contrário não sentiremos nossa


carência do auxílio de Cristo. Necessitamos compreender nosso perigo, do contrário não
correremos para o refúgio. Precisamos sentir a dor de nossas feridas, ou não desejaremos
cura” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 158).

Qual é a sua “verdadeira condição”? Que dores você está sentindo? Você experimentou
o “refúgio” prometido em Cristo?

Está chegando o dia! No próximo sábado sairemos às ruas para levar esperança. Envolva-se!

Comentários de Ellen G. White

Jesus ordenou a Seus discípulos que tornassem conhecidas a outros aquelas verdades
que Ele lhes tinha falado, dizendo: “O que Eu lhes digo na escuridão, falem à luz do
dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados.” Conhecendo a
rejeição e a perseguição que eles enfrentariam no ministério em que estavam prestes a
entrar, o Mestre os fortaleceu para a realização do trabalho, assegurando-lhes que, em
todos os perigos e dificuldades, Deus estaria velando sobre eles. Portanto, eles deveriam
ir, independentemente da oposição dos homens, buscando apenas agradar a Deus em
cujas mãos eles estavam: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem
matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo
no inferno.”

Eles deviam avançar, conduzindo seu testemunho da verdade e deixando seu destino nas
mãos do Pai celestial. Jesus os confortou com a garantia do cuidado divino sobre eles,
dizendo: “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai
no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão
todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!”

Finalmente, Ele coroou Suas instruções e encorajamento com a grande certeza da


recompensa eterna para aqueles que aceitam o Filho de Deus e obedecem a Seus
mandamentos, e de reprovação para aqueles que O rejeitam: “Quem, pois, Me confessar
diante dos homens, Eu também o confessarei diante do Meu Pai que está nos Céus. Mas
aquele que Me negar diante dos homens, Eu também o negarei diante do Meu Pai que
está nos Céus.”

Assim, o Salvador comissionou Seus discípulos a ir ao mundo e pregar Sua palavra,


curar os doentes e confortar os tristes, à semelhança do que O haviam visto fazer. Eles
avançaram, trabalhando conforme as orientações recebidas. A missão dos servos de
Deus hoje é da mesma vital importância que aquela recebida pelos apóstolos enviados
por Cristo, com as solenes instruções. Aceitar ou rejeitar a mensagem de Cristo
assegurará os resultados indicados pelo Mestre aos discípulos naquela solene ocasião
em que Ele os comissionou a ensinar Sua Palavra ao mundo (Spirit of Prophecy, v. 2, p.
257, 258).

Deus conhece a habilidade que Satanás tem para enganar e desanimar. Mas, por meio de
Cristo, Ele declarou Seu poder para salvar. Pelo concerto da promessa, Cristo está
determinado a interceder por todos aqueles que vão a Deus por meio dEle. Ele sabe que
Satanás tenta fazer com que o homem pense que Deus é um juiz severo. Sabe que o
inimigo esconde dos seres humanos a realidade do amor e misericórdia do Pai, tentando
fazê-los pensar que são demasiadamente pecadores para solicitar piedade. Portanto, na
linguagem mais simples, o Salvador nos assegura de que Deus é cheio de misericórdia e
compaixão, e que Ele mesmo, nosso Salvador, é tocado por nosso sentimento de
debilidade, tendo sido tentado em tudo como nós somos, mas sem pecado. Plenamente
familiarizado com as tentações e os enganos do inimigo, Ele apresenta diante de Seus
filhos o que eles podem esperar, assegurando-lhes, ao mesmo tempo, que os ajudará a
enfrentar o que possa vir. Ele conhece nossas dificuldades, compreende nossas aflições.
Nenhum suspiro é ouvido, nenhuma pulsação angustiada é sentida sem que atinja o
coração de Cristo. Com terna simpatia por nossas fraquezas, Ele nos aponta o cuidado
por Deus dispensado ao pequeno pardal, que voa de galho em galho, e nos diz que
nenhum desses minúsculos pássaros cai sem o conhecimento do Pai. “Portanto, não
tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!” (Signs of the Times, 1º de
agosto de 1900).

Sexta, 19 de abril Ano Bíblico: 1Rs 20, 21

Estudo adicional
O
nome do profeta, Joel, era comum nos tempos bíblicos, e significa “O Senhor é
Deus”. Esse nome é apropriado ao tema geral do livro: Somente Deus é totalmente
santo e justo, e Sua obra é soberana na Terra. A história de Seu povo e das outras nações
está em Suas mãos. O mesmo vale para a vida de cada ser humano.

“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma
religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a verdade é mantida no recinto
exterior da existência. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da
Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada
em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida espiritual. Em
muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a consciência
e leva vida ao coração. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o
coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc
24:32). Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença.
Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que têm ouvido
apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode
renovar o coração para a vida eterna” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 626).

Perguntas para reflexão

1. Por que a mensagem de Joel é especialmente importante para nós no fim do tempo, quando
nos esperam eventos sérios e preocupantes?
2. Com base no livro de Joel, responda à seguinte pergunta: Até que ponto a mensagem de
Joel, se aplica à sua geração e até que ponto tinha aplicação futura?
3. Joel descreveu vários tipos de bênçãos divinas derramadas sobre o povo de Deus. Será que
sua profecia faz distinção entre bênçãos materiais e espirituais? De que maneira?
4. Como nossa visão do grande conflito nos ajuda a compreender as terríveis provações e
calamidades que o mundo enfrenta?
5. O que significa uma “religião do pensamento”? (veja citação acima) Como podemos saber
se nossa religião é verdadeira ou apenas de pensamento?
Respostas sugestivas: 1. A terra estava sendo arruinada pela invasão de gafanhotos, pelas nações inimigas e pela crise na
produção agrícola. Essa crise devia despertar o povo de sua embriaguez espiritual. 2. O povo estava sofrendo o castigo pela
desobediência aos termos da aliança com Deus. 3. Os líderes e o povo deviam se humilhar e clamar a Deus diante daquela
grande crise espiritual e econômica. Sempre que as pessoas sofriam por causa de seus pecados, Deus as chamava ao
arrependimento e à renovação da aliança com Ele. 4. Pedro viu o cumprimento da profecia de Joel no derramamento do
Espírito Santo no dia de Pentecostes, quando os apóstolos falaram em línguas, profetizaram e milhares de pessoas se
converteram. 5. Com alegria e emoção, porque foram chamados por Cristo, eles invocaram Seu nome e se tornaram servos do
Senhor. A diferença estará na salvação dos justos pela Sua graça. 6. Ele nos oferece segurança. Não precisamos temer o
homem. Deus ama Seus servos e cuida deles.

Amanhã será o dia do Impacto Esperança. Participe desse movimento. Você foi chamado por Deus!

Auxiliar para o professor


Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Joel 2:11

O ALUNO DEVERÁ...
Conhecer: O significado do Dia do Senhor, como dia de juízo. Ele pode ser um dia de
condenação ou de salvação.

Sentir: Incentivar as pessoas a encontrar no Dia do Senhor a felicidade e a libertação.


Fazer: Ajudar os outros a estar cientes da segunda vinda de Cristo, levando-os a andar
com Ele, ser cheios do Espírito Santo e, assim, conduzi-los na preparação para esse dia.

ESBOÇO
I. Conhecer: O dia está próximo
A. Em que se fundamenta seu conhecimento de que Cristo virá?

B. Por que você pode afirmar que a segunda vinda de Cristo está próxima?

C. Por que os cristãos não devem ter medo desse dia?


II. Sentir: O terror desse Dia
A. Qual é seu primeiro pensamento quando ouve que Deus nos julgará?

B. Por que Joel é tão solene ao anunciar o Dia do Senhor?

C. Que emoções e comportamentos surgem do reconhecimento de que aqueles que


invocam o Senhor serão salvos?
III. Fazer: Dia de libertação
A. Entender que, por nós mesmos, não temos capacidade de nos prepararmos para a
vinda do Senhor.

B. Como o Senhor nos prepara?

C. No centro do livro de Joel está o chamado para voltar a Deus de todo o coração e a
promessa do derramamento do Espírito Santo. Por que isso é suficiente para nos
capacitar a suportar esse Dia?

RESUMO: O Dia do Senhor escatológico está se aproximando. Esse grande dia


histórico será um dia de libertação para os que invocam o Senhor e são guiados por Seu
Espírito.

Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando a Palavra: Joel 2:11-17
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus quer ajudar Seu povo
a sair da crise espiritual chamando-o a um genuíno arrependimento. Os filhos
do Senhor precisam estar cientes de que o juízo de Deus não é parcial e
eliminará todos os ímpios. Contudo, Deus será um refúgio para os que
invocam Seu nome com fé e confiança. Ele é a sua fortaleza e os capacitará a
permanecer firmes durante os eventos finais do mundo.
Só para o professor: A lição desta semana focaliza a mensagem de Joel, que
viveu em um tempo no qual toda a comunidade de crentes estava em crise de
adoração. Em vez de adorar o Deus Criador, as pessoas se curvavam diante
de Baal. Joel pregava o reavivamento, e reformou a vida espiritual das
pessoas, chamando sua atenção para o único verdadeiro Senhor.

Discussão de abertura: No centro do livro de Joel há um chamado ao arrependimento:


“Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com
pranto” (Jl 2:12). Como podemos ter certeza de que nosso arrependimento é genuíno?
Qual é a diferença entre o arrependimento verdadeiro e o falso? Por que e do que
precisamos nos arrepender?

Perguntas para discussão:

1. Como as catástrofes e desastres naturais – por exemplo, uma praga de gafanhotos


(como no tempo de Joel), terremotos, incêndios, inundações, tsunamis, etc. – podem
levar o povo ao arrependimento?

2. Como as crises da vida podem produzir fé ou revelá-la?

3. O que o apóstolo Paulo quis dizer quando perguntou “Quem nos separará do amor de
Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou
espada?” (Rm 8:35). Algumas pessoas se tornam muito amargas ao tomar conhecimento
das coisas que Paulo menciona nesse texto. Por que há diferenças tão grandes nas
reações das pessoas a problemas semelhantes?

Compreensão

Só para o professor: Os estudiosos estão divididos a respeito do tempo em


que o profeta Joel realizou seu ministério, porque o livro não contém
nenhuma data. O contexto histórico que melhor se adapta à situação é a
grande apostasia no tempo do rei Acabe em Israel, quando a adoração a Baal
era muito dominante e os profetas Elias e Eliseu tiveram que intervir. O
significado do nome Joel (“O Senhor é Deus”) é muito semelhante ao de
Elias (“O Senhor é o meu Deus”). A situação era muito dramática, porque a
comunidade da fé estava corrompida e em estado de confusão mental. Havia
muito sincretismo religioso – mistura de rituais pagãos com o culto a Deus.
Em resumo, eles precisavam de uma completa reorientação.

Comentário Bíblico
A principal expressão do livro é “o Dia do Senhor”, que ocorre cinco vezes no livro (Jl
1:15; 2:1, 11, 31; 3:14). Esse dia está próximo e é descrito em termos negativos e
sombrios, como um dia de condenação. Naturalmente, essa condenação é para os
ímpios de todas as nações, incluindo Israel.

I. Deus age e chama ao arrependimento genuíno

(Recapitule com a classe Jl 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14.)

A praga dos gafanhotos devia fazer o povo de Deus se lembrar da advertência de Joel
sobre o dia do juízo. O desastre seria como a destruição associada ao Dia do Senhor.
Esse juízo local era destinado a dirigir a atenção deles para o dia do juízo escatológico,
quando todos seriam julgados com justiça e nenhuma pessoa teria vantagem sobre as
outras.

O apelo divino é claro: “Convertei-vos a Mim”. É um chamado pessoal à ação com o


objetivo de ajudar os crentes a se aproximarem de Deus e entrar em relacionamento
pessoal com Ele. É importante não apenas aceitar Seus ensinos, leis, verdade e estilo de
vida, mas entrar em comunhão estreita e íntima com Ele.

Além disso, Deus convidou: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Jl 2:13).
Era costume nos tempos bíblicos rasgar as roupas em momentos de luto. No entanto,
Deus mostra que o verdadeiro luto não é apenas uma demonstração exterior de
lamentação feita por meio do ato de rasgar as vestes, mas é, ao contrário, o ato de rasgar
o coração. É como se Deus estivesse dizendo: “Eu quero que vocês lamentem, mas não
apenas por meio da aparência exterior de lágrimas ou dos sinais de luto esperados e
requeridos, mas com o coração. Quero que seu luto seja real e que venha de dentro.”
Pense nisto: O que está errado com a ideia distorcida de que devemos pecar mais a fim
de receber mais graça? Por que é importante que o juízo de Deus seja imparcial?

Perguntas para discussão:

1. Como Deus pode Se tornar uma fortaleza em sua vida, especialmente quando
desmorona toda a segurança externa?

2. Como você pode “rasgar o seu coração”?

II. Deus envia Seu Espírito antes do dia do juízo

(Recapitule com a classe Joel 2:28, 29.)

Antes do terrível dia do Senhor, Ele enviará Seu Espírito (Jl 2:28, 29) e realizará
grandes sinais na natureza (Jl 2:30, 31), a fim de preparar as pessoas para os eventos
finais. Joel assegura que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl
2:32). Então, não precisamos temer os eventos finais, porque a libertação está
intimamente associada com nosso poderoso Deus. Quando você andar com Deus, estará
voltado para a esperança, porque os que amam a Deus não são pessoas medrosas, mas
pessoas orientadas em Deus (Is 35:4; Dn 7:22; Jo 5:24; Rm 8:28; 1Jo 2:28; 4:17, 18).
Deus deve ser sempre o ponto focal de todos os nossos pensamentos e comportamento
(Sl 1:1, 2; Cl 3:1-4).

O Espírito de Deus e a chuva têm um papel dominante entre as imagens de Joel,


principalmente na segunda parte do capítulo 2. Quando a terra está seca, a chuva é
necessária. Como a água traz vida à terra, também o Espírito de Deus torna vibrante a
vida espiritual. O Espírito do Senhor precisa ser derramado sobre as pessoas para que a
aridez seja transformada em abundância das bênçãos de Deus (Jo 7:37-39; 10:10).

Há também um trocadilho no texto hebraico com a expressão “as chuvas de outono em


justiça [em justa medida a chuva, RA]”, o que também pode ser traduzido como
“ensinador de justiça” (Jl 2:23, RC). A seita de Qumran esperava, com base nesse verso,
a vinda do “Ensinador de justiça” como o cumprimento dessa profecia. Somente a
aceitação dos ensinos do Mestre Jesus Cristo, e o Espírito Santo, irão nos preparar para
adorar a Deus em verdade e em espírito, a fim de ser livrados no dia do juízo.

Pense nisto:Por que o Espírito Santo é tão importante em nossa vida? O que significa o
derramamento do Espírito sobre o povo de Deus a fim de que eles tenham a plenitude
do Senhor? (Ez 36:26-28; Jo 16:7-15; Rm 8:13-17).
III. Deus julgará todas as nações no vale da decisão

(Recapitule com a classe Jl 2:32.)

O livro de Joel fala sobre o último julgamento no vale da decisão. O mesmo vale é
chamado vale de Josafá. O nome Josafá significa “O Senhor julga.” Não se trata de um
vale geográfico literal em algum lugar na Palestina (nenhum vale é grande o suficiente
para conter todas as nações do mundo). É um lugar simbólico, mas com um julgamento
real, no qual Deus julgará o mundo inteiro. É possível ver claramente essa verdade a
partir do nome simbólico do vale. Ocorrerão as decisões executivas finais de Deus, e o
julgamento divino revelará as decisões que as pessoas fizeram (Dn 7:9, 10, 22, 25, 26;
Mt 16:27). O julgamento de Deus não é inventado nem caprichoso.

Pense nisto: A questão fundamental é: Quem pode suportar o juízo de Deus e como?
Explique aos membros de sua classe o que significa invocar o nome do Senhor (Jl
2:32).

Aplicação

Só para o professor: Explique aos alunos como eles podem receber o


batismo do Espírito Santo a cada dia.

Todo cristão sincero deseja ter com Deus um relacionamento significativo, íntimo e
verdadeiro. No entanto, esse relacionamento não pode ser sentimental, mas deve ser
bíblico, no sentido de que toda a personalidade humana esteja envolvida: intelecto,
sentimentos e vontade. Como o cristianismo envolve toda a personalidade dessa forma?
Como as religiões orientais se comparam com o cristianismo, e o que o cristianismo
oferece que as religiões orientais não oferecem?

Aplicação prática: Joel apela a todos – adultos, crianças, velhos, jovens, recém-casados
– para que realmente se convertam ao Senhor com jejuns e com pranto. Como os
pastores e líderes da igreja podem ajudar os membros da igreja a convidar todos para
que experimentem o verdadeiro arrependimento? Que papéis o jejum e o estudo das
Sagradas Escrituras devem ter no verdadeiro reavivamento? O que o jejum e o estudo
da Bíblia têm a ver com o arrependimento?

Criatividade
Só para o professor: A praga de gafanhotos foi um evento local de enormes
dimensões, que desempenhou o papel de um tipo apontando para o juízo
universal de Deus sobre todas as nações no fim do tempo. Esse
acontecimento escatológico é chamado antítipo. Faça uma pesquisa sobre
tipologia e explique para a classe, seguindo as orientações da atividade
seguinte.

Atividade: Ajude os membros de sua classe a entender o que é um tipo, como funciona,
e seu propósito. Apresente vários exemplos de diferentes tipos e explique claramente
por que a compreensão de um tipo é importante. Se houver recursos, desenhe gráficos
diferentes para ajudálos a visualizar a relação entre o tipo e o antítipo. Para informações
sobre o sentido da tipologia e como ela funciona, leia Richard M. Davidson, “Biblical
Interpretation” [Interpretação Bíblica], em Handbook of Seventh-day Adventist
Theology [Tratado de Teologia Adventista], ed. Raoul Dederen, p. 58-104; publicado
em Inglês em Commentary Reference Series, v. 12 (Hagerstown, Md.: Review and
Herald Publishing Association e Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia,
2000).

Informativo Mundial das Missões

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