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Unidade 1 –

reprodução e
regulação da
fertilidade

O Beijo -
Auguste
Rodin
Unidade 1 – reprodução e regulação da
fertilidade

Morfofisiologia
do Sistema
Reprodutor
Masculino
Situação Problemática
De que modo os processos reprodutivos interferem
na
qualidade de vida dos seres humanos?

Em que difere a Quais são as


morfofisiologia dos condições essenciais
sistemas Como é para que ocorra a
Capítulo 1. reprodutores constituído o fecundação?
masculino e sistema
Anatomia, feminino? reprodutor
humano e como Capítulo 1.
gametogénese e Quais as
funciona?
controlo Que mecanismos modificações que o
Fecundação,
hormonal regulam o seu organismo
feminino sofre desenvolvimento
funcionamento?
após a fecundação? embrionário e
gestação

Essencial para
compreender

Como diminuir a
Capítulo 2. Como aumentar a Capítulo 2.
fertilidade
Como controlar
humana? fertilidade
Contraceção a fertilidade
humana? Técnicas de
e métodos humana? reprodução
contracetivos medicamente
assistida
Reprodução dos seres vivos
Todos os seres vivos têm um tempo de vida limitado. Para
assegurarem a manutenção da espécie e a transmissão das
características hereditárias à descendência é imprescindível que
se reproduzam.

Reprodução sexuada Reprodução assexuada


• Envolve a união de células sexuais • Não há intervenção de células
haploides ou gâmetas; sexuais ou gâmetas;
• Intervêm geralmente dois • Intervêm apenas 1 só
progenitores; progenitor;
• A divisão celular é a meiose; • A divisão celular é a mitose;
• Permite grande variabilidade • Ausência de variabilidade
genética; genética;
• Descendência pouco numerosa; • Descendência muito numerosa e
• Processo demorado e idêntica entre si;
energeticamente dispendioso; • Processo rápido e menos
• Ocorre quando as condições do dispendioso;
meio são menos favoráveis. • Ocorre quando as condições do
meio são mais favoráveis.
 A espécie humana
Ciclo de vida
reproduz-se sexuadamente
Legenda Gâmetas haplóide(n = 23)
Haplóide(n) com participação de
Oócito II (n)
Diplóide(2n) indivíduos de sexo
diferente.
Espermatozóide (n)

MEIOSE FECUNDAÇÃO  A recombinação genética


assegura descendência com

Ovário Testículo
grande variabilidade.
Zigoto diplóide
(2n = 46)

Mitose e  O ciclo de vida é diplonte


desenvolvimento e a meiose pré-gamética.

Adulto multicelular
diplóide (2n = 46)
Morfologia do Sistema Reprodutor
Masculino
Sistema Reprodutor Masculino
Morfofisiologia do Sistema Reprodutor
Masculino
Bexiga
(Sistema
excretor)
Vesícula
seminal
(atrás da
bexiga)

Próstata

Glândula bulbo- Uretra


uretal
(Cowper) Corpo
-- Gónadas esponjoso
Canal deferente
--Vias genitais Corpo
cavernoso
--Glândulas Epidídimo
Escroto
anexas
Testículo
--Órgãos sexuais
externos Glande
Morfofisiologia do Sistema Reprodutor
Masculino
Corte transversal do pénis
Estrutura do testículo e de túbulo seminífero

Os testículos, a partir da puberdade e de um modo contínuo, são


responsáveis pela produção de espermatozoides e da hormona sexual
masculina testosterona.
Corte longitudinal
do testículo

Observam-se os
lóbulos, nos quais
estão contidos os
túbulos seminíferos.
(Saindo do testículo,
os túbulos formam a
rete testis e, em
seguida, originam
doze pequenos dutos
que se unem no
canal do epidídimo,
que se prolonga no
canal deferente.
Estrutura do túbulo seminífero
Em diferentes
fases de
espermatogénese
. Células somáticas
que:

* controlam o
processo de
maturação das células
germinativas
(segregando
substâncias
necessárias para a
nutrição e
diferenciação);
Células somáticas
* responsáveis pela
responsáveis pela coesão e proteção
produção de das células da linha
testosterona. germinativa.
Corte histológico de um túbulo
seminífero
Espermatogénese - Processo de formação de
espermatozoides maduros. Inicia-se na puberdade e ocorre, de
modo contínuo, até ao final da vida do homem.
Espermatogénese - Processo de formação de
espermatozoides maduros. Inicia-se na puberdade e ocorre, de
modo contínuo, até ao final da vida do homem.
A
espermatogénese,
processo de
diferenciação das
espermatogónias
(2n) em
espermatozoides
(n), ocorre nos
túbulos seminíferos
de forma
centrípeta.
Funções desempenhadas pelas células
de Sertoli
Intervêm na sustentação e na
nutrição das células germinativas.
Protegem as células germinativas
formando uma barreira entre estas e
qualquer substância tóxica que
possa estar a circular no sangue
Coordenam a formação de
espermatozoides – produção do
recetor da testosterona “Proteína
Ligante do Androgénio” (ABP).
Segregam um líquido que assegura
o transporte dos espermatozoides até
ao epidídimo.
Fagocitam o excesso de citoplasma
eliminado pelos espermatozoides
durante a espermiogénese.
Produção de inibina que exerce um Ação dos lisossomas
controlo de retroação negativa na nas células de Sertoli.
secreção de FSH.
Espermatogénese
Fase de
Espermatogénese Multiplicação
As espermatogónias,
células germinativas
Multiplicação Espermatogónias diploides (2n=46 XY)
localizadas na periferia
do túbulos seminíferos,
dividem-se por mitoses
Crescimento Espermatócito I sucessivas a partir da
puberdade.

As células germinativas
Maturação Espermatócito II primitivas formam-se
durante o
desenvolvimento
embrionário até à
Espermatídio
adolescência.
Diferenciação De cada duas
espermatogónias
Espermatozoide formadas, uma volta
a dividir-se por
mitose e a outra
prossegue a
espermatogénese.
Espermatogénese
Fase de
crescimento
Multiplicação Espermatogónias

As espermatogónias
Crescimento Espermatócito I aumentam de
volume, devido à
síntese e
Maturação Espermatócito II
acumulação de
substâncias de
reserva e replicação
do DNA, originando
Espermatídio
os espermatócitos I
Diferenciação ou espermatócitos
de 1ª ordem (2n=46
XY).
Espermatozoide
Fase de
Maturação
Espermatogénese Cada espermatócito I sofre
uma divisão nuclear meiótica.
No final da 1ª divisão estão
formadas 2 células haplóides
Multiplicação Espermatogónias (n=23X ou n=23Y), os
espermatócitos II ( ou de 2ª
ordem), nas quais cada
cromossoma tem dois
Crescimento Espermatócito I cromatídeos.
No final da 2ª divisão da
meiose formam-se 4
Maturação Espermatócito II células haploides, os
espermatídios, em que
cada cromossoma
possui um só
Espermatídios cromatídeo.
No final da maturação formam-
Diferenciação se 4 espermatídeos
Espermatozoide geneticamente distintos devido
a fenómenos de crossing-over e
separação aleatória dos
cromossomas homólogos e
cromatídeos durante a anáfase I
e II, respetivamente.
Espermatogénese Fase de
Diferenciação
ou
Espermiogénese
Multiplicação Espermatogónias

Ocorre a
transformação
Crescimento Espermatócito I dos
espermatídios em
células altamente
Maturação especializadas,
Espermatócito II
os
espermatozoides.
Espermatídio

Diferenciação
Espermatozoide
Espermiogénese
 Eliminação de grande parte do citoplasma, que é fagocitado pelas
células de Sertoli.
 Reorganização de
organelos:
• o complexo de Golgi forma
uma grande vesícula, o
acrossoma, que armazena
enzimas digestivas e se
adapta ao núcleo (que se
torna mais compacto);

• os centríolos dispõem-se
no pólo oposto ao
acrossoma e um deles
origina microtúbulos do
flagelo;
• as mitocôndrias dispõem-
se na base do flagelo e
fornecem energia, que
permite o movimento deste
prolongamento.
Espermiogénese – fase de diferenciação da
espermatogénese .
Funções dos androgénios
 NA VIDA FETAL – estimulam a formação
dos órgãos sexuais e a descida dos
testículos para o escroto.

 NA PUBERDADE – estimulam o
aparecimento das características
sexuais secundárias e o crescimento
dos órgãos genitais;; estimulam a
espermatogénese; contribuem para a
ereção e ejaculação e estimulam o
desejo sexual; aumentam a
agressividade do comportamento
masculino.

 NO ADULTO – manutenção das


características sexuais secundárias ;
estimulam a espermatogénese;
contribuem para a ereção e ejaculação e
estimulam o desejo sexual; aumentam a
agressividade do comportamento
masculino.
Esquema de um
espermatozoide
Maturação dos
Secção do cabeça corpo cauda
espermatozoides epidídimo
e formação do Entre uma
Tempo de
esperma permanência
e
duas semanas

% de 0% 10- 80%
20%
espermatozoides
com mobilidade

•Reabsorção da maioria do
líquido produzido pelas
células de Sertoli;
•Secreção de proteínas
Fenómenos associadas à locomoção;
•Aquisição pelo
espermatozóide de uma
região de reconhecimento e
ligação ao oócito II.
Maturação dos espermatozoides e formação do
esperma
 Os fluidos produzidos pelas células de
Sertoli auxiliam a condução dos
espermatozoides dos túbulos seminíferos
até ao epidídimo.
 Nos epidídimos ocorre a síntese de
nutrientes, hormonas e enzimas que
auxiliam a maturação dos
espermatozoides.
 Os espermatozoides que chegam aos
epidídimos apresentam reduzida
mobilidade, sendo incapazes de participar
na fecundação. Aqui tornam-se mais
resistentes a variações de temperatura e
de pH.
 Em caso de estímulo sexual as
contrações do epidídimo conduzem os
espermatozoides aos vasos deferentes.
Maturação dos espermatozoides e formação do
esperma
 Das vesículas seminais provém o líquido seminal, de
consistência espessa (com muco, proteínas, frutose,
prostaglandinas, etc.), constituindo 60% do volume do
esperma.
 Da próstata provém o líquido prostático, pouco
espesso, de aspeto leitoso (com ácido cítrico, cálcio,
enzimas, prostanglandinas, etc.). Com um pH de 6,5 é
mais básico do que as secreções vaginais, inibidoras da
progressão dos espermatozoides.

Glândulas de Cowper - segregam o fluido pré-ejaculatório


que integra em cerca de5% o volume do fluido seminal, com
função lubrificante facilitadora da relação sexual.

As prostaglandinas estimulam as contrações rítmicas do sistema


reprodutor feminino auxiliando a movimentação dos espermatozoides
até ao local onde o encontro com o oócito II pode ocorrer.
Tornam menos espesso o muco do colo do útero, facilitando o
movimento do esperma.

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