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UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

REPARTIÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

TEMA:

A RACIOLOGIA
_____________________________________________________________________________

Autor: Edvaldo Teles

Cadeira: Antropologia

Especialidade: Educação Especial (1º ano)

Benguela, 30 de Agosto de 2019


UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

REPARTIÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

TEMA:

A RACIOLOGIA
_____________________________________________________________________________

Autor: Grupo nº1

Cadeira: Antropologia (1º ano)

Especialidade: Educação Especial

O Docente

______________________________

MSc. Alberto de Jesus Kapitango

Benguela, 30 de Agosto de 2019


UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

REPARTIÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

ÍNDIC

Benguela, 30 de Agosto de 2019


E
PENSAMENTO..........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................5
RACIOLOGIA.............................................................................................................................6
1. Definição Biológica de Raça.....................................................................................6
2. Conceitos de raça........................................................................................................7
3. Factos científicos que contrariam a teoria das raças......................................10
3.1. A cor da pele.......................................................................................................10
3.2. Os sistemas imunológicos..............................................................................12
4. Origem das raças......................................................................................................14
5. As grandes migrações.............................................................................................15
5.1. Herança da migração........................................................................................17
6. Racismo.......................................................................................................................18
6.1. O racismo na história.......................................................................................18
7. Classificação das raças...........................................................................................18
POSIÇÕES DOS AUTORES.................................................................................................24
CONCLUSÃO..........................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................26
WEBGRÁFIA............................................................................................................................26
PENSAMENTO

“Somos todos mestiços e sê-lo-emos cada vez mais”

Robert Clarke

5
INTRODUÇÃO

No presente trabalho abordaremos sobre a temática da Raciologia, que


deriva da junção híbrida da palavra latina “radix”, que significa “raiz” e da
palavra grega “logia”, que significa “estudo” ou tratado. Ao passo que outros
autores acham que ela tem origem na palavra italiana “razza”, que significa
linhagem ou criação. Seja qual for a sua origem, ela foi introduzida na literatura
científica há cerca de 200 anos e desde então tem aparecido em diferentes
contextos que hoje a “raça” não teve o seu significado exatamente claro.

Deste modo, ela é definida como ciência que se preocupa em estudar os


agrupamentos naturais de individuos que apresentam um conjunto comum de
caracter hereditário tais como: a cor da pele, os traços do rosto, o tipo de
cabelo, etc., que difinem variações dentro da mesma especie ou linhagem.

No primeiro momento falaremos da definição biológica da raça, onde


apresentaremos que as variações genéticas ocorridas no meio. No segundo
momento trataremos sobre os conceitos de raça, onde demostraremos
posições tomadas por alguns cientistas em volta desta temática.

No terceiro momento abordaremos sobre factos científicos que


contrariam a teoria das raças, onde falaremos se somos ou não biologicamente
diferentes. A seguir, no quarto momento, abordaremos a origem das raças,
onde veremos como surgem as inúmeras “raças”. Dando continuidade, no
quinto momento, estudaremos as grandes migrações feitas pelos nossos
antepassados. No sexto momento observaremos o racismo, suas implicações
e história. No sétimo momento veremos a classificação das raças e os seus
respectivos autores.

Por último, veremos as posições tomadas pelos autores deste trabalho,


a respeito alguns conteúdos.

6
RACIOLOGIA

1. Definição Biológica de Raça

A ideia de “raça” há muito tempo vem sendo questionada pela chamada


genética de populações, que se debruça sobre a variabilidade biológica das
populações humanas. Desde as atrocidades do nazismo, no contexto da
Segunda Guerra Mundial, a ideia “raça”, do ponto de vista biológico, vem sendo
refutada por biólogos e cientistas sociais.1

Os genes, unidades que carregam todas as informações sobre o


organismo de ser humano, determinam as características físicas. Mas as
partículas que definem a cor do cabelo ou o formato do rosto são tão poucas
que perdem seu
significado quando
comparadas ao numero
total de genes. A cor da
pele de uma pessoa
pode representar a
adaptação biológica a
certas condições
geográficas ao longo
de sua evolução.2 Fig. 1: Genes, onde está escrita a nossa forma física

Raça tem somente um significado cientifico e é biologicamente única.


Referem-se a uma única subdivisão das espécies conhecidas, membros de
uma herança física, a qual visa distinguir-se de outras populações da mesma
espécie.3

Biologicamente, as raças podem tornar-se como subespécies, formadas


como resultado de um isolamento geográfico que nunca foi inteiramente
estanque por longo tempo. Os cruzamentos entre grupos vizinhos propagados
a escala do mundo inteiro definiram um futuro genético comum a toda espécie
humana. O que varia, em regra, são as frequências relativas de certos
elementos genéticos de população para população.4

1
Cfr. Maria Alice CABRAL, Introdução à Antropologia (2006), Benguela, Centro Universitário de
Benguela, p. 33
2
Id.
3
Ibid., p.34
4
Id.

7
2. Conceitos de raça

De acordo com Marks (1997), a teoria popular da raça está baseada na


crença de que partilhamos mais coisas com as pessoas da nossa categoria
racial (ex.: cor da pele). O que fazemos é ordenar o nosso universo social (para
dar sentido ao mesmo) reunir com as pessoas em grupos definidos
especificamente de acordo com alguns critérios como a mesma geração, o
mesmo sexo, o parentesco, etc. Mas a maneira como classificamos não esta
determinada pela genética, porém é resultado duma construção social que
impomos à natureza para organizar as coisas.5

No século V a.C. Heródoto menciona numerosos povos, sobretudo do


mundo mediterrâneo, dos quais dá o nome e a localização geográfica, ao
mesmo tempo que descreve os costumes e o aspecto físico.6

O naturalista romano Plínio o Velho (Século I a.C.) explica as diferenças


físicas entre africanos e europeus pela influencia do clima.7

No século XVIII o conde Buffon estava convicto de que os seres


humanos pertenciam a uma única espécie, com pequenas diferenças por
causa do clima.8

No ano de 1776, o naturalista alemão Johann Friedrich Blumenbach, pai


da Antropologia Física, afirmou a unicidade da espécie humana, que o
subdividi em variedades: caucásica, etíope, americana, malaia e mongoloide.9

No final do século XVII quase todas as terras tinham sido visitadas pelos
europeus por via marítima. Embarcava-se em um lugar onde a gente tinha um
determinado tipo físico e desembarcava-se noutro com tipos físicos diferentes.
Em 1758, o naturalista sueco Linnaeus estabeleceu as diferenças raciais entre
as diferentes populações. É fácil criticar a classificação de Linnaeus. A maioria
dos habitantes do Sul da Ásia, da Índia ou do Paquistão é de pele escura como
os africanos, parecem-se aos europeus pelos traços do rosto e vivem na Ásia. 10
Ainda em 1758 (no século XVIII), Carolus Linnaeus, considerou que todos os
homens pertencem a uma única espécie, Homo sapiens. 11

5
Ibid., p. 35
6
Id.
7
Id.
8
Id.
9
Id.
10
Ibid., p.36
11
Anderson MAICON, Racismo - a origem dos diversos grupos humanos, (DOC), p.2,
disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/61134673/racismo, consultado no dia 17
de Julho de 2019 as 10:07.

8
Por tanto a raça, mais que uma realidade
biológica, é uma categoria cultural. Desde o ponto
de vista do senso comum utiliza-se a palavra
“raça” em vez de grupo étnico e também raça no
sentido de grupo étnico com base biológica (o que
não é assim, porém
pensa-se assim).
Portanto a “raça” é
um grupo percebido culturalmente. É um grupo
que lhes são atribuídos nomes ou etiquetas sem
quais quer base genética ou biológica.12

Mais tarde (em 1871), Charles Darwin, no


seu livro “A ascendência do Homem”, livro este
que foi publicado algum tempo depois do seu
famoso livro «A origem das espécies»,
considerou que a espécie humana era o
resultado de uma longa evolução que partiu de
espécies ancestrais, que por sua vez teriam sofrido seleção natural. 13 Darwin
também defendeu que o homem e os grandes símios actuais possuem um
ancestral comum.14

No entanto, Darwin cometeu um erro científico, ele considerou, tal como


se referiu atrás, que a espécie humana surgiu a
Fig. 2: Charles Darwin
partir dos símios, e que esta passou
sucessivamente por várias fases evolutivas como, «Homem primitivo»,
«Homem Selvagem» e finalmente « Homem Civilizado», no entanto, Darwin
considerou que nesta última fase, só se encontravam os povos europeus.15

T. Huxley e Ernest Haeckel, que foram dois grandes divulgadores da


teoria evolucionista, continuaram a defender a existência de um ancestral
comum ao homem e aos grandes símios. Em 1889, Haeckel, idealizou uma
linha ancestral para o homem, cujo ancestral seria o Pithecantropus alalus, no
entanto, tanto a linha por ele criada, como o nome do ancestral eram
puramente teóricos.16

Hoje em dia ainda existem alguns neodarwinistas que consideram a


espécie humana dividida em várias raças ou subespécies2, tendo mesmo uma
classificação específica.17

12
Ibid., p. 43
13
Anderson MAICON, Op. Cit, p.2.
14
Id.
15
Id.
16
Id.
17
Id.

9
Theodosius Dobzhansky apresenta duas definições de raça. A primeira
tem por base o conceito biológico e a este respeito Dobzhansky (1951) diz, «
Raças são populações alopátricas da mesma espécie, geneticamente
distintas ...», mas este autor não fica por aqui e apresenta ainda outra definição
de raça, esta baseada no conceito tradicional, «Na
antropologia e na morfologia clássicas, as raças
são descritas em termos de médias estatísticas
dos caracteres em que elas diferem umas das
outras. Uma vez obtido,, este sistema de médias
serve de padrão racial com o qual cada indivíduo
ou grupo pode ser comparado» Dobzhansky
(1951).18

Henry-Victor Vallois, no seu livro « As raças


Humanas» (1959), considera que na população
humana existem cerca de 27 raças que se
agrupam em quatro grupos principais.19

Para Vallois (1959), raças são « agrupamentos naturais de homens que


apresentam um conjunto de caracteres físicos hereditários comuns », nesta
definição estão incluídos os caracteres fisiológicos, psicológicos e
anatómicos.20

A classificação de Vallois foi, sem dúvida, a mais considerada na década


de 1950.21 Fig. 3: Henry-Victor Vallois

Stephen Jay Gould, no seu livro « O mundo depois de Darwin » (1977),


afirma «Ninguém pode negar que o Homo sapiens é uma espécie fortemente
diferenciada, poucos discutirão a observação de que as diferenças de cor da
pele são o sinal exterior mais nítido desta variabilidade. Mas a existência de
variabilidade não exige a distinção de raças. Há melhores maneiras de estudar
a espécie humana» 22

É digno de nota, porém, que tanto Darwin como a maioria dos cientistas
modernos concordam que a humanidade teve uma só origem comum. Segundo
declara a Enciclopédia Americana: “A humanidade é uma única espécie
biológica.” O escritor científico Amram Scheinfeld escreveu recentemente: “A
ciência corrobora agora aquilo que a maioria das grandes religiões há muito
pregam: Os seres humanos de todas as raças são . . . descendentes do
mesmo primeiro homem.”23

18
Id.
19
Id.
20
Id.
21
Id.
22
Ibid., pp. 2-3

10
Quando o espermatozoide de um homem se une ao óvulo de uma
mulher, concebe-se uma nova vida humana embora os pais sejam de raças
diferentes. Contudo, dentro daquela pequeníssima célula há milhares de
genes, os transmissores dos traços hereditários. Esses traços refletem
características vistas nos pais ou em outros antepassados.24

3. Factos científicos que


contrariam a teoria das
raças
3.1. A cor da pele

A importância que o homem


dá à cor da pele do seu semelhante,
é deveras preocupante. Na
realidade em muitos dos casos a
diferença da cor da pele é uma barreira muito mais determinante para a
comunicação entre as pessoas do que a própria diferença linguística. Isto pode
ser considerado um fenómeno anti-natural, uma vez que na natureza não
vemos os animais minimamente preocupados com as diferentes cores de
pelagem ou penas.25
Fig. 4: variações da cor da pele humana
A pele humana é constituída
por vários pigmentos, entre os quais salientamos a melanina e os pigmentos
sanguíneos.26

A melanina é a verdadeira causa das diferenças de cor das peles


humanas. André Langaney (1994) apresenta-nos 3 categorias de melaninas27:

 « Melanina verdadeira », que é um pigmento de cor castanho - negro.

 « Feomelanina », pigmento castanho vermelho, que aparece nos


indivíduos ruivos e que pode aparecer isolado ou associado à melanina
vermelha.

 Existe ainda uma variante vermelha e que é conhecida na Indonésia.

23
jw.org. As raças - Qual é a origem delas?Despertai!-1982.Consultado no dia 17 de Julho de
2019.
24
Id.
25
Anderson MAICON, Op. Cit., p. 3
26
Id.
27
Id.

11
A melanina pode-se encontrar em várias partes do corpo, tais como, nos
olhos, cabelos, pelos e ainda nas camadas profundas da epiderme. Está
provado cientificamente que a cor da pele humana não depende propriamente
do número ou da densidade de melanócitos, que não são mais do que células
que produzem melanina, na realidade estes melanócitos variam pouco dentro
dos vários grupos humanos.28

A cor da pele dos humanos depende, principalmente, da quantidade de


melanina das camadas profundas da epiderme e ainda da sua disposição.29

Podemos então dizer que não há diferenças qualitativas no tipo de


pigmentação das várias peles humanas, trata-se de um único tipo de
pigmentação, o que existe são diferenças quantitativas, pois esse mesma
pigmento apresenta-se em diferentes quantidades consoante o tipo de pele. As
variações de cor de pele encontradas nas populações humanas devem-se
fundamentalmente ao meio. Os povos que vivem juntos aos trópicos, onde o
clima é mais quente, por exemplo, as populações da África, Ásia do sul e
Oceânica, apresentam peles mais escuras. À medida que nos vamos afastando
dos trópicos as populações vão apresentando peles cada vez mais claras,
culminando nos povos Nórdicos.30

Parece pois que, nas condições do passado, a cor média da


pele das populações se adaptou de forma relativamente rápida, ao
meio físico no qual as populações viviam como parece provável, hoje
em dia, que o homem seja originário da zona intertropical e aí tenha
habitado durante muito tempo, antes de conquistar as zonas
temperadas frias, é também provável que as primeiras populações
humanas tenham tido pele escura e que as que se destacaram
posteriormente para migrar para o norte se tenham tornado
progressivamente mais claras.31

28
Id.
29
Id.
30
Id.
31
André LANGANEY, O homem: passado, presente, condicional (1988), p.105

12
As maiores concentrações de melanina e como tal a pele mais escura
serve de protecção da radiação solar, até nas populações mais claras isso se
verifica, pois quando se expõem ao sol a sua pele torna-se mais escura. 32

Fig. 5: Distribuição da cor da pele humana antes da colonização

É um dado cientifico de que a vitamina D é sintetizada sob as influências


dos raios ultravioleta provenientes do sol. Os indivíduos de pele escura retêm
parte dessas radiações, protegendo deste modo as suas células internas, no
entanto este processo limita a síntese de vitamina D. Como é sabido a falta de
vitamina D conduz ao aparecimento de uma doença denominada raquitismo.
Estudos apontam para o facto de que os indivíduos de pele escura que residem
em zonas de fraca intensidade solar, como é o caso dos países nórdicos, estão
mais sujeitos ao raquitismo do que os indivíduos de pele clara, pois sintetizam
menos vitamina D. Provavelmente a selecção natural terá incidido neste
aspecto, favorecendo a predominância de peles claras em zonas de menos
intensidade solar.33

O contrário também se verifica, pois como é sabido, as peles claras em


zonas de elevada intensidade solar, como na região do equador, estão mais
desprotegidas dos malefícios do sol e mais sujeitas a doenças, como o cancro
de pele. Relativamente a este aspecto podemos então concluir que as
diferenças de cor entre os homens devem-se unicamente a adaptações físicas
ao meio ambiente, e nada mais.34

Como apontamento final poderemos citar o documento L.G.B feito por


J.G.Elias; N.Humbert Van Blyenburg; T. Reymond e D. Roessli que serve
perfeitamente como conclusão de tudo o que foi aqui referido sobre a cor da
pele. « Os homens não são "negros", "amarelos" ou " brancos", mas
simplesmente mais ou menos escuros, segundo a quantidade de melanina
presente e da sua disposição na epiderme. A variação no interior das
populações é de tal ordem que são necessários apenas quatro indivíduos para

32
Anderson MAICON, Op. Cit., p. 4
33
Id.
34
Id.

13
passar de maneira contínua, dos humanos mais claros para os mais escuros
».35

3.2. Os sistemas imunológicos

Os sistemas imunológicos são na realidade os determinantes da


individualidade humana. São eles os responsáveis pela incompatibilidade de
transfusões sanguíneas e de órgãos entre diversos indivíduos dentro de uma
mesma população, ou seja, um indivíduo negro pode dar sangue ou órgãos a
um indivíduo branco, desde que sejam compatíveis, no entanto esse indivíduo
branco poderá não receber sangue ou órgãos de um outro indivíduo branco se
forem incompatíveis.36

Os primeiros sistemas conhecidos desde o início do século foram os


sistemas sanguíneos ABO e o rhesus. Estes Fig. 6: Sistema Imunológico humano
sistemas são determinados por moléculas químicas denominadas antigénios e
que existem na superfície dos glóbulos vermelhos, estes antigénios são
reconhecidos por outras moléculas que existem no soro sanguíneo e que se
chamam anticorpos.37

Mais tarde foi descoberto um outro sistema imunológico a que se


denominou de HLA, também conhecido por sistema da Histocompatilibidade,
que não é mais do que o factor determinante para aceitação ou rejeição de
células e consequentemente de tecidos humanos pelos glóbulos brancos de
um receptor. Este sistema é determinante para o sucesso ou fracasso do
transplante de órgãos.38

A base de funcionamento deste sistema assenta numa reacção


imunológica em que se dá um reconhecimento específico de um antigénio por
um anticorpo, naturalmente que este é um modo simplista de explicar um
processo que é bem mais complexo, no
entanto para os mais interessados aconselha-
se a leitura do livro Os Homens ( passado,
presente, condicional)( pag.129), do biólogo
André Langaney.39

Relativamente ao sistema ABO e


rhesus é sabido que a sua distribuição
mundial se faz de um modo relativamente
aleatório, havendo no entanto alguma
35
Id.
36
Ibid., pp. 4-5
37
Ibid., p. 5
38
Id.

14
predominância de certas combinações em alguns pontos do globo,
provavelmente devido a um certo isolamento genético dessas populações
devido a aspectos sociais, tais como, a proibição de casamentos fora do grupo,
o que leva a uma menor frequência de combinações e como tal a uma menos
variabilidade genética. No entanto, o que importa referir é que tanto há
indivíduos, por exemplo, A RH+ na Europa como na Ásia e que não é devido ao
facto de pertencerem a grupos humanos diferentes que não podem fazer
transfusões sanguíneas.40

Relativamente ao
sistema HLA, o numero
total de combinações
que este sistema
permite é tão grande
que teria de ser escrito
com mais de cem
números, daqui se conclui que não existem dois homens perfeitamente iguais à
excepção dos gémeos verdadeiros.41

O estudo destes sistemas HLA permite compreender, ao mesmo tempo,


a profunda unidade da espécie humana e o absurdo que é querer dividi-la a
partir das aparências físicas. Ou seja, um habitante de Paris pode encontrar-se,
biologicamente, muito mais perto de um camponês africano ou asiático do que
do seu vizinho do lado.42

4. Origem das raças

Em antropologia estudam-se duas teorias para explicar a origem das


raças humanas, que são: Teoria Policentrica e Teoria Monocentrica.

Teoria Policêntrica: Ela foi fundada por Franz Weindenreich nos


Estados Unidas, que diz que a formação do homem actual ter-se-ia realizada
em vários territorios independentes. Esta teoria tem como fundamento, a
existência de Fig. 7: Cartoon da evolução humana
semelhanças entre representantes dos vários grupos humanos actuais e
representante dos grupos que existiram no passado. Existem estudos fosseis
que comprovou ter existido o homem de Java, Homem de Pequim e outros.43

39
Id.
40
Id.
41
Id.
42
Id.
43
Cfr. Maria Alice CABRAL, Op. Cit., p. 32.

15
Teoria Monocêntrica: Considera que as inumeras provas existentes
apontam para o factor, de que o homem actual surgiu num território único, que
se pensa ser uma região situada entre a Asia Central, a Meridional e o
Nordeste africano. Neste território terão ocorrido cruzamentos genéticos entre
os varios hominidios existentes, que contribuiu para o enrequecimento
geneticos, depois surgiram varias populações.44

Actualmente, já se afirma, com base na ciência, que a única teoria com


credibilidade é a Monocêntrica. Fazendo uma análise ao DNA mitocondrial é-
nos possível concluir que todos os grupos humanos terão derivado de uma
população base, com características muito semelhantes às do Homo erectus, e
nesta população existiriam três principais tipos de DNA.45

Não há dois seres humanos iguais. O exame dos detalhes mostra


alguma diferença, mesmo entre sósias. Mas, ao mesmo tempo, os círculos
científicos modernos concordam que todos os seres humanos vivos pertencem
a uma única espécie. Uma espécie se compõe de todos os organismos que
podem reproduzir-se sexualmente, criando descendentes férteis.

A concentração de certas características em cada agrupamento humano


torna-se a base da classificação das raças. Assim, as populações nativas da
África central têm taxas muito mais altas de genes que produzem pele escura
do que as populações europeias.46

As raças se diferenciam dentro da espécie humana devido a quatro


fatores,que deram origem às diferentes raças. Esses quatro fatores são47:

a) Seleção: a influência do meio ambiente em várias intensidades, que


impede ou encoraja a reprodução de genes dos indivíduos que os
transportam. Há forças que permitem que certas populações se
multipliquem mais rapidamente do que outras.
b) Desvio genético: refere-se à perda de genes através de acidentes no
processo de produção e recombinação de genes. Em uma população
numerosa, a contribuição de um indivíduo é menor do que no caso de
populações rarefeitas.
c) Mutação: a reorganização molecular do código genético. Um gene não
se repete exatamente dentro do processo de réplica, o que ocorre com
relativa raridade. As mutações, porém, só produzem variações dentro de
uma espécie, e nunca em novas espécies. Mas em seguida há a
regressão ao tipo anterior.
44
Id.
45
Id.
46
Julian Carlos DITCHUM. Qual é a origem das raças?. Disponível em:
http://horaluterana.org.br/duvida-espiritual/qual-e-a-origem-das-racas/, consultado no dia 16 de
Junho de 2019.
47
Id.

16
d) Fluxo genético: a transmissão de genes de uma população para outra.

Cientistas recentemente afirmaram que chegaram à conclusão de que


as origens da raça humana está ligada a uma origem específica, ou seja,
surgiu de um casal. Esta conclusão está sendo levantada através do estudo do
genoma.

5. As grandes migrações

Entre o europeu, o africano e o asiático existem diferenças físicas que


qualquer um pode enxergar. Essa diversidade apareceu ao longo do tempo, à
medida que o homem precisou se adaptar na marra aos diversos ambientes e
regiões que foi ocupando no planeta. Ao chegar e se estabelecer num local
mais frio e pouco ensolarado, por exemplo, uma pele mais clara ajudava a
aproveitar melhor os raros raios solares – importantes, entre outras coisas,
para o corpo produzir vitamina D. Dessa forma, toda essa população clareava
sua pele de geração em geração, por meio da seleção natural. 48

Fig. 8: As grandes migrações pré-históricas

O antropólogo americano Eugene Harris, pesquisador visitante do


Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), destaca que o
isolamento foi um elemento importante nesse processo de diferenciação. Um
grupo que não mantinha contato com outros arranjava soluções próprias para

48
Roberto Navarro (2011, 18 de Abril). Como surgiram as raças que constiituem a
humanidade?

17
enfrentar os desafios do ambiente em que vivia. Dessa adaptação forçada nas
andanças pela Terra, surgiram os três grandes grupos em que o ser humano
tradicionalmente é dividido: negróides, caucasianos e mongolóides. Apesar das
diferenças físicas, todos eles tiveram os mesmos ancestrais, que,
provavelmente, viviam na África há, no mínimo, 150 mil anos.49

Evidências arqueológicas indicam que o Homo sapiens surgiu na África


há pelo menos 200 mil anos. Cem mil anos atrás, ele começou a se espalhar
pelos outros continentes. O primeiro destino foi o Oriente Médio. Entre 70 mil e
50 mil anos atrás, surgiram duas novas rotas de migração do Homo sapiens:
uma população seguiu do Oriente Médio para o restante do continente asiático
e a Austrália. O outro grupo rumou em direção à Europa. No nordeste da Ásia
começou a viagem que levaria o homem a ocupar a última região do planeta: a
América. Estima-se que isso possa ter ocorrido até 30 mil anos atrás, embora
os fósseis mais antigos achados no continente americano não ultrapassem 15
mil anos.50

5.1. Herança da migração

As andanças do ser humano deram origem a seus três principais grupos


étnicos51:

Negróides: Grupo formado pelas populações que permaneceram no


continente africano. A cor da pele, escura, é sua principal característica. Lábios
grossos e narinas largas também são traços comuns.

Caucasóides: O nome refere-se à região do Cáucaso, no sul da Rússia, onde


as primeiras populações desse grupo teriam vivido. Acabaram desenvolvendo
uma pele mais clara porque se espalharam pela Europa, onde a pele escura
prejudicava a absorção dos raios do Sol, bem mais raros que na África

Mongolóides: Surgiram em regiões da Ásia de baixas temperaturas. Isso


explicaria características físicas como o nariz mais achatado – adaptação
adequada para evitar o congelamento que atinge principalmente as
extremidades do corpo. A população humana que se espalhou pelo continente
americano seria um subgrupo dos mongoloides.

Sobre o isolamento geográfico a Encyclopedia Americana explica:


“Quando terras habitadas por duas ou mais populações são separadas por
mares, cordilheiras, desertos, ou outros obstáculos para viagem, os membros
dessas populações ficam forçosamente confinados a seus respectivos

49
Id.
50
Id.
51
Id.

18
territórios. . . . as raças ficarão separadas por lacunas de frequência genética
que correspondem às fronteiras geográficas. . . . esta condição é como a que
existe na África, onde o deserto do Saara forma uma fronteira entre as raças
europeias (brancas) e as africanas (negras). O Saara é bem esparsamente
habitado, e é difícil de ser atravessado pelo homem; constitui um agente
isolador há muito existente.” Assim, as barreiras genéticas, linguísticas e
geográficas ajudam a explicar por que há em todas as parte da terra grupos
raciais que se distinguem.52

6. Racismo

Consiste no preconceito e na
descriminação com base em percepções
sociais baseadas em diferenças
biológicas entre os povos. Muitas vezes
toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistema politico que
consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente
superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou
qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de
diferentes raças devem ser tratados de forma distinta.53

6.1. O racismo na história

52
Jw.org. As raças - Qual é a origem delas?
53
Artigo disponivel em: http://www.wikipédia.org/wiki/racismo. Consultado no dia 30 de Agosto
de 2019 as 10:43.

19
Na história, o racismo foi uma força motriz por trás do tráfico Transatlântico de
escravos e de Estado que basearam-se na segregação racial, como os
Estados Unidos no século XIX e inicio do século XX e a África do Sul sobe o
Apartheid. As práticas e ideologia do racismo são universalmente condenadas
pela ONU, na Declaração dos Direitos Humanos. Ele também tem sido uma
parte importante de base politica e ideológica de genocídio ao redor do planeta,
como o holocausto, mas também em contextos coloniais, como os ciclos da
borracha na América do Sul e no Congo e Fig. 9: Separação racial do Apartheid.
na conquista europeia das Américas e no processo de colonização da África,
Ásia e Austrália.54

Fig. 10: Hitler, líder nazista.

7. Classificação das raças

A despeito do mau uso da palavra “raça”, e pela dificuldade em aplica-la


precisamente, seria absurdo dizer-se que as pessoas não fazem nenhuma
observação sobre as diferenças de grupos. Tem havido, contudo, uma
pequena concordância sobre um número de raças dentro da espécie humana.
Desde que muitos dos traços acima mencionados são independentes um do
outro, entre as populações diferentes do mundo, o número de raças varia de
acordo com o número de traços utilizados
para definir a raça. 55

A UNESCO tem sugerido o uso


destas três classificações básicas: Cada
uma manifesta algum traço físico comum,
sendo que o principal é a cor da pele.
Aceitando-se esta simples classificação,
deve ser lembrado que o vasto número de
pessoas cai simultaneamente dentro de
dois ou mesmo três destas categorias raciais.56

Quando o botânico sueco Carolus Linnaeus, empreendeu a elaboração


do seu monumental trabalho de sistematização da natureza, veio propor, em
1745, a classificação dos homens em 4 grupos designados pela área
geográfica em que predominam e identificados sobretudo na base da
pigmentação57:

1-Europeus: branco, sanguíneo, musculoso, engenhoso, inventivo,


governado pelas leis, usa roupas apertadas.

54
Id.
55
Maria Alice Cabral, Op. Cit., pp. 43-44
56
Ibid., p. 44
57
Ibid., p. 45

20
2-Africanos: negro, fleumático, astucioso, preguiçoso, negligente,
governado pela vontade de seus chefes, unta o corpo com óleo
ou gordura.

3-Asiaticos: amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos


preconceitos, usa roupas largas.

4-Índios americanos: moreno, colérico, cabeçudo, amante da


liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado.

Linnaeus conseguiu relacionar a cor da pele com a inteligência, a cultura


e as características psicológicas num esquema sem duvida hierarquizante, esta
hierarquia sobreviveu ao tempo e aos progressos da ciência e se mantem
ainda intacto no imaginário coletivo das novas gerações58.

Classificação das raças existentes, segundo Henri Vallois59:

Raças Europa África Ásia Oceania América


Etíopes Australianos
Vedas
Primitivas
Negritos Negritos
Negras Melano- indiana
“Khoisan” Melanésia

Nórdica Aino

Dinárica Anatólia
Brancas
Alpina Turaniana

Mediterrânica Indo-afegã

Siberiana

Norte-central Esquimós
Amarelas Polinésia
Ameríndios
Sul mongol

Indonésia

O antropólogo francês Henri V. Vallois, que é o autor de uma das


classificações de raças em uso, distingue por seu lado 27 raças, que reúne nos
4 grupos raciais seguintes:60
58
Id.
59
Ibid. p. 44
60
Ibid. p. 46

21
1- Raças primitivas;
2- Raças negras ou negroides;
3- Raças brancas ou leucodermes;
4- Raças amarelas ou xanlodermes.

O fisiologista alemão Johann Friedrich Blumenbach, que publicou em


1781 uma classificação dos homens baseada na configuração do crânio,
considerava 5 raças: Caucasiana, negra, mongol, malaia e índia americana.61

Com base em diversos caracteres proposto por diferentes estudiosos


que no decurso do século XIX procuraram completar as classificações
assentes na pigmentação e na configuração do crânio. Joseph Deniker
publicou, no inicio do século XX, uma mais completa classificação das raças.
Com efeito, o sistema de Deniker procura enfrentar o problema das
características intermedias, individualizando 27 raças e 22 sub-raças.62

Em 1975, Dr. Thomas Fitzpatrick propôs a classificação das diferentes


cores de pele. Ela baseia-se principalmente na tolerância à luz solar. Nela
existem seis tipos específicos.

Observe as características das cores dos cabelos e dos olhos


associados às várias cores de pele63:

Tipo Cor da pele Cor dos cabelos Cor dos olhos


Ruivo, Castanho e
Celta Muito Clara Azul, Verde e Cinzento
Loiro
Europeu Azul, Verde, Castanho,
Clara Claros ou Escuros
Claro Cinzento e âmbar
Europeu Azul, Verde, Castanho e
Clara Média Castanho
Caucasiano âmbar
Escura Castanho Escuro Azul, Verde, Castanho ou
Mediterrâneo
Média ou Preto Preto
Marrom ou
Escura Preto Castanho ou Preto
Parda

Africano Negra Preto Preto

Com base em dados morfológicos, genéticos e bioquímicos, apontam-se


nove raças geográficas principais:

61
Ibid. p. 45
62
Ibid. pp. 45-46
63
Leonardo Dâmaso. (2018, 27 de Fevereiro). A Origem das Raças Humanas.

22
1 – Ameríndios (compreende diversas populações da América pré-
colombiana);
2 – Polinésios (inclui os habitantes das ilhas orientais do pacifico,
desde a Nova Zelândia até o Havaí e a ilha de Páscoa);
3 – Micronésios (abrange os habitantes das ilhas da Micronésia,
situadas na parte ocidental do pacifico);
4 – Melanésio-papuas (compreende habitantes de Nova Guiné e
outras ilhas menores, a nordeste da Austrália);
5 – Australianos (inclui os aborígines da Austrália)
6 – Asiáticos (abrange a enorme massa de população que ocupa o
centro e o leste do continente asiático desde a Sibéria até o
Tibete, Japão, China Mongólia, Indochina e Indonésia);
7 – indianos (habitantes do subcontinente indiano);
8 – europeus (compreende as populações originarias da Europa, do
norte da África e da parte ocidental da Ásia);
9 – Africanos (abrange as populações da África Subsaariana).

Essas nove raças geográficas formam a imensa maioria da população


mundial, embora não incluam pequenos grupos raciais, como os Ainos do norte
do Japão.

Temos ai às raças locais que são as unidades que mais variam no


decorrer do tempo evolutivo. Especialmente isoladas pela distancia, barreiras
geográficas ou proibições sociais, as raças locais são em grande maioria
endógenas, sendo, pois de pequeníssimo porte o intercambio genético com
raças contíguas ou aparentadas.

São 32 raças locais proposta para a humanidade moderna64:

1. Europeus do noroeste (Escandinávia e norte da Alemanha, Norte de


França, Países Baixo, Reino Unido e Irlanda);
2. Europeus do Nordeste (Polônia, Rússia e a maior parte da população da
Sibéria);
3. Alpinos (França Central, Sul da Alemanha, Suíça e o Norte da Itália);
4. Mediterrâneos (Populações de ambos os lados do mar mediterrâneo,
Tânger à Turquia);
5. Iranianos (Populações da Turquia asiática, também no Irã e na Índia);
6. Africanos do leste (leste da África, Etiópia, parte do Sudão);
7. Sudaneses;
8. Bantos e Negros das Florestas (África Meridional, Ocidental, parte da
Oriental e maior parte do Congo);
9. Túrquicos (Turquestão e oeste da China);
10. Tibetanos
11. Chineses do Norte;
64
Maria Alice Cabral, Op. Cit., p. 47

23
12. Mongoloides clássicos (população dispersar na Sibéria, Mongólia,
Coreia e Japão);
13. Asiáticos do Sudeste (Sul da China até a Tailândia, Myanmar, Malásia e
Indonésia);
14. Hindus;
15. Dravidianos (populações aborígenes do sul da Índia e Sri Lanka);
16. Índios da América do Norte;
17. Índios da América Central (do Sudoeste dos Estados Unidos até a
Bolívia);
18. Caribenhos (Indígenas do sul da Flórida, do Caribe e parte das baixadas
da América Central);
19. Índios da América do Sul;
20. Fueguinos;
21. Lapões;
22. Negrilhos (populações baixas e de cabelos encarapinhados, das
Filipinas às Andaman, Malásia e Nova-Guiné);
23. Pigmeus Africanos ou Negritos () Floresta da África Equatorial);
24. Esquimós;
25. Ainos (arborigenes do Nortes do Japão);
26. Murraynos (arborígenes do Sudeste da Austrália);
27. Carpentarianos (Arborigenes do centro e norte da Austrália);
28. Bosquímanos e hotentotes;
29. Negros da América do Norte;
30. Negros da África do Sul;
31. Ladinos (população em formação na América Central e do Sul)
32. Neo-havaianos (população em formação no Havai).

24
POSIÇÕES DOS AUTORES

Para o grupo, a teoria de Marks, é a mais conhecida, na justificação das


segregações e divisões raciais existentes no mundo. Podemos observar nos
inúmeros refugiados (a destacar os sírios) que são segregados em países que
os recebem em zonas ou bairros separados dos outros.

As ideias de que só existe de Buffon e Blumenbach, é conhecida e


aceite até os dias de hoje. Junto com ele esta Linneus, que diz que a única
espécie é Homo saphiens.

Entre as teoria Evolucionista ou Criacionista, nós consideramos que não


tem teoria errada, porque tudo é uma questão de escolha, cada um que
escolhe defende a sua teoria, ninguém consegue provar o oposto ao outro e
com a existência de varias teorias a origem da raça humana ainda permanece
desconhecida.

Só existe uma raça, e os traços diferenciados só nos resultado de


processo, podem ser explicados por um número de genes, traços como a cor
da pele, os olhos, tamanho do nariz.

Nós, apegamo-nos na ideia do antropólogo Harris, dizia que da


adaptação forçada dos seres humanos surgiram os três grandes grupos. Que
os homens são devidos em: mongoloides; caucasoides e negroides.

Actualmente já não se nota tanto, divisão por conta do clima por causa
da colonização.

25
CONCLUSÃO

Chegamos a conclusão que existiu varias teorias sobre a origem das


raças, como a Monocêntrica e a Policêntrica, onde se afirma cientificamente
que a única teoria com credibilidade é a Monocêntrica.

No passado a raça humana era dividida, sobretudo nas cores da pele


branca e negra, mas com o decorrer do tempo foi se mudando o conceito.
Actualmente é aceite a existência de apenas uma raça: a humana. Dentro
desta raça, os indivíduos são apenas diferenciados pela cor da pele, formato
da face, a cor dos olhos, a forma do nariz, a cultura, etc..

A raça humana divide-se basicamente em três grupos: Caucasianos,


Mongoloides e Negroides. Observa-se que estes grupos estão espalhados por
todos os cantos do mundo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CABRAL, Maria Alice. Introdução à Antropologia (2006). Benguela. Centro


Universitário de Benguela.

LANGANEY, André. O homem: passado, presente, condicional (1988). Paris


(PDF)

WEBGRÁFIA

MAICON, Anderson. Racismo - a origem dos diversos grupos humanos, (DOC).


Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/61134673/racismo. Consultado
no dia 17 de Julho de 2019 as 10:07.

jw.org. As raças - Qual é a origem delas?Despertai!-1982.Consultado no dia


17 de Julho de 2019.

DITCHUM, Julian Carlos. Qual é a origem das raças?. Disponível em:


http://horaluterana.org.br/duvida-espiritual/qual-e-a-origem-das-racas/.
Consultado no dia 16 de Junho de 2019.

http://www.wikipedia.org/wiki/racismo

http://www.reformados21.com.br/2018/02/02/origem-das-raças-humanas.

https://www.passeidireto.com/arquivo/61134673/racismo

http://www.google.com/imagem

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