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Lucía Eilbaum
Simoni Lahud Guedes
Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
Metas
Objetivos
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Antropologia do Direito
Introdução
Os ramos da Antropologia
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
A Antropologia Biológica
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Antropologia do Direito
A Arqueologia
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
Antropologia Social
O nascimento
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Antropologia do Direito
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
metros ocidentais, mas, pelo menos, que a maioria deles não coloca uns
e outros em uma escala valorativa.
Ora, essa passagem de uma teoria a outra não é só relativa à forma de
entender o outro e construir a diferença, mas é também uma mudança
do método de estudo.
Os primeiros antropólogos construíam seus dados a partir de nar-
rativas de terceiros (viajantes, missionários, colonizadores), através de
relatos escritos e do material que esses personagens coletavam nas suas
viagens. Essa geração de antropólogos ficou conhecida como “antropo-
logia de gabinete”, já que o pesquisador não vivenciava um deslocamen-
to físico e pessoal ao local de estudos.
Posteriormente, os antropólogos começaram a viajar para as socie-
dades estudadas. A metodologia ficou conhecida pelo nome de “Antro-
pologia de varanda”, pois o antropólogo ficava na varanda de sua mo-
radia ou da sede da missão e os “nativos” desfilavam diante dele para
ele obter as informações procuradas. Na maioria das vezes, tratava de
questionários sobre sistemas de parentesco, terminologias, formas de
alimentação, quando não a descrição e/ou a medição de algumas ca-
racterísticas físicas. Esse encontro instantâneo entre o antropólogo e os
“nativos” era mediado por intérpretes que falavam as duas línguas.
Já no século XX, a grande mudança foi justamente passar da pes-
quisa realizada “da varanda” para aquela realizada “no campo”, isto é, a
passagem do antropólogo para o convívio na sociedade estudada, junto
com os “nativos”. Essa metodologia ficou conhecida como “observação
participante” e tem uma série de pressupostos que gostaríamos de men-
cionar na seção seguinte.
Atividade 1
Atende ao Objetivo 1
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Antropologia do Direito
Resposta Comentada
1. O objeto de pesquisa da Antropologia se constitui, sobretudo, nos
primeiros tempos de constituição da disciplina pelo estudo dos po-
vos chamados “exóticos” ou “primitivos”. O texto opera com uma
diferenciação entre “nós” (“nações mais cultas e humanas”) e “os ou-
tros” (“nações bárbaras e desumanas”). As culturas de ambos os gru-
pos são colocadas em ordem hierárquica em uma linha de evolução,
sendo as primeiras consideradas superiores às segundas.
2. Na visão do texto, as diferenças são consideradas resultado da “na-
tureza”, enquanto a Antropologia propõe entender as diferenças en-
tre os homens como produto cultural e social, e não biológico, físico
ou natural.
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
A observação participante
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Antropologia do Direito
Do estranho ao familiar
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
A etnografia
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Antropologia do Direito
Atividade 2
Atende ao Objetivo 2
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
Resposta Comentada
O antropólogo buscaria descobrir e entender os sentidos que os compor-
tamentos descritos têm naquela cultura específica e contrastá-los com
aqueles de sua própria sociedade. A partir dessa identificação, poderia
encarar o movimento de familiarização do exótico e estranhamento do
familiar. O olhar etnográfico consistiria justamente em compreender e
interpretar os significados que estão por trás dos comportamentos, ou
seja, não apenas o fato de usar ou não sandálias ou roupas, mas do que
sua proibição, ou não, significa em cada cultura.
O “outro” é diferente
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Antropologia do Direito
Atividade Final
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Aula 3 • A Antropologia como Ciência Social
Resposta Comentada
a) Trata-se do intuito de entender o outro para, a partir da diferença,
entender melhor a própria sociedade e cultura. O trecho mostra que
estudando as noções de bruxaria de um outro povo é possível passar a
rever nossas próprias explicações dos infortúnios.
b) Enquanto o pensamento Azande atribui a explicação dos infortúnios
à bruxaria, o ocidental os explica através de causas objetivas, físicas ou
naturais. Por exemplo, para um Azande a caça não deu certo em uma
determinada ocasião por ação de um bruxo; para um ocidental, trata-se
de um período não propício para a espécie, ou da quantidade barulho ou
do clima, etc.
c) O antropólogo Evans-Pritchard “viveu” com os Azande e, a partir
dessa convivência, passou a entender e até partilhar da crença deles so-
bre a bruxaria. Trata-se do método da observação participantes, pelo
qual o antropólogo convive com os nativos por um tempo prolongado e
aprende sua língua, para poder entender o ponto de vista deles.
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Antropologia do Direito
Resumo
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Leituras recomendadas