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Ensilagem
Manual de Ensilagem
Índice
Introdução 6
O que é ensilagem? 7
Porque ensilar? 7
Por que utilizar inoculante biológico para silagem? 7
A importância do volumoso na nutrição animal 8
Transformações físico-químicas da silagem 8
Por que o silo se conserva? 8
Quais transformações ocorrem na silagem? 9
• Fase 1 9
• Fase 2 10
• Fase 3 12
• Fase 4 12
Ponto de Colheita 13
Milho 14
Sorgo 14
Grão Úmido 14
Forrageiras de Inverno 14
Capim-elefante e outras gramíneas tropicais 15
Cana-de-açúcar 15
Aspectos mecânicos 16
Tipos de silo 16
Tamanho da partícula 16
Como inocular adequadamente 16
Tempo de enchimento 17
Compactação 17
Vedação 17
Retirada do material do silo 18
Interpretando análises da forragem 19
Interpretando análises da silagem 20
Interpretando análises microbianas 20
Particularidades de algumas silagens 21
Grão Úmido 21
Aveia e Cevada cervejeira grão pastoso 23
Pré-secado 24
• Corte 24
• Recolhimento 24
• Uso de inoculante para uma boa fermentação
e preservação da silagem pré-secada 25
Cana-de-açúcar 26
Capim-elefante 26
Aspectos importantes na escolha de um inoculante 26
KERA-SIL 28
• Benefícios 28
• O mecanismo 29
• Eficiência 29
• Modo de usar 29
• Dosagens 29
Estudo econômico do uso de KERA-SIL 29
KERA-SIL GRÃO ÚMIDO 31
• Benefícios 31
• O mecanismo 31
• Princípio de atuação 31
• Modo de usar 31
• Dosagens 32
• Efeitos nos animais do desenvolvimento de
fungos na silagem 32
KERA-SIL CANA 33
• Benefícios 33
• O mecanismo 34
• Princípio de atuação 34
• Modo de Usar 34
• Dosagens 34
• Efeitos nos animais do desenvolvimento de
fungos na silagem 34
Síntese 35
BPE - Boas Práticas de Ensilagem 35
Resumo da otimização das 4 fases 36
Anotações 36
Manual de Ensilagem
Introdução
A preservação dos alimentos tem sido sempre uma parte vital da sobre-
vivência humana. Nossos antepassados usavam técnicas para conservar os alimen-
tos durante os meses de inverno, quando a caça e a colheita não existiam.
Os métodos de conservação, que são utilizados até hoje, são todos ba-
seados em processos biológicos naturais. A única diferença é que hoje sabemos
como os microrganismos atuam e este conhecimento nos permite controlar o pro-
cesso e principalmente, o resultado.
Com o Manual de Ensilagem Kera, pretendemos esclarecer alguns pon-
tos cruciais no processo de ensilagem para ajudá-lo a garantir uma alimentação de
qualidade para o seu rebanho e a maximizar os lucros de sua fazenda.
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O que é ensilagem?
A ensilagem nada mais é do que um processo para conservação de ali-
mentos, baseado na redução do pH (aumento da acidez) pela ação microbiana e na
eliminação do oxigênio do meio, com o objetivo de conservar ao máximo o valor
nutritivo original da forragem.
Porque ensilar?
Por que ensilar é a forma mais eficiente e barata que conhecemos para
garantir o suprimento de volumoso para o rebanho durante o período de entressa-
fra. Além disso, a ensilagem é a fonte mais adequada de volumoso para os siste-
mas modernos de produção que visam maximizar o uso da terra, do trabalho e do
tempo.
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Manual de Ensilagem
8
>QUAIS TRANSFORMAÇÕES OCORREM NA SILAGEM?
Por motivos didáticos dividimos a ensilagem em 4 fases:
FASE 1: Enchimento do silo até o fechamento
FASE 2: Início da fermentação, pH > 4,5
FASE 3: Fermentação a pH < 4,5
FASE 4: Abertura do silo
6,5
6,0
Fase 1
5,5 Fase 2
Fase 3
5,0 Fase 4
pH
4,5
4,0
3,5
3,0
-12 0 12 24 36 48 60 72
» FASE 1
Na FASE 1 ocorrem dois tipos de atividades:
I) Respiração: Ela irá ocorrer até o momento em que não houver mais
oxigênio (O2) em contato com a planta, mas até lá a respiração da planta
transformará açúcares em água, gás carbônico e calor, com conseqüente
perda de valor nutritivo da forragem.
Açúcares + O2 p CO 2
+ H2O + Calor
II) Modificações estruturais: Essas modificações estruturais são causa-
das pelas enzimas da planta:
9
Manual de Ensilagem
OTIMIZAÇÃO DA FASE 1
A única coisa que podemos fazer para diminuir as perdas de nutrientes
nessa fase é realizá-la da maneira mais rápida possível, e com boa compactação.
Também é importante para uma boa compactação picarmos bem a forragem, no
caso de silagens de planta inteira (0,5 – 2cm), ou termos uma boa umidade no caso
de grão úmido (~35%).
» FASE 2
As transformações dessa fase iniciam com o desaparecimento do oxigê-
nio do silo e nesta fase temos vários tipos de microrganismos ativos como os clos-
trídios, coliformes e bactérias lácticas heterofermentativas e homofermentativas.
Abaixo veremos resumidamente a ação de cada uma dessas bactérias:
Clostrídios: Seu habitat natural é a terra, mas também estão presentes
na planta. Eles ocasionam perdas de energia e proteínas, e também produzem subs-
tâncias tóxicas e de gosto e cheiro ruins, como a amônia, o ácido acético e o ácido
butírico. Os Clostrídios podem ser de dois tipos:
Clostrídios Sacarolíticos (fermentação butírica): Se olharmos a reação
química que esse microrganismo ocasiona veremos que eles prejudicam a redução
do pH da silagem pois ele transforma 2 moléculas de ácido láctico, que é um ácido
forte, em 1 molécula de ácido butírico. O ácido butírico é um dos principais respon-
sáveis pelo mau cheiro da silagem.
2 Ácido Láctico p 1 Ácido Butírico + 2 CO2 + 2 H2O
Clostrídios Proteolíticos (fermentações amoniacais): Essa espécie de
clostrídio é a principal responsável pela produção de substâncias tóxicas e de gosto
ruim. Eles consomem proteínas e produzem: ácido acético, NH3, CO2, ácido isobutí-
rico, histamina, cadaverina, triptamina, e outras aminas tóxicas.
Coliformes Fecais: Seu habitat é o intestino dos animais, principalmen-
te das fezes, e são levados para o silo pela terra. Eles consomem principalmente
energia.
Açúcares p Ácido Acético + CO 2
10
A flora láctica é dividida em homofermentativa e heterofermentativa.
Suas diferentes atuações são apresentadas a seguir:
• Bactéria Lácticas Heterofermentativa
OTIMIZAÇÃO DA FASE 2
Para otimizar esta fase, ou seja, perder menos nutrientes e obter uma
silagem mais apetitosa e saudável, o que necessita ocorrer é uma redução rápida
do pH de 6,0 para 4,5 ou menor; e para que isso aconteça, podemos tomar duas
medidas:
1. LIMPEZA: Devemos fazer o silo da maneira mais limpa possível, evi-
tando ao máximo o contato da forragem com a terra.
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Manual de Ensilagem
» FASE 3
Essa fase inicia-se quando atingimos o pH de estabilidade, ou seja,
pH<4,5; nesta fase somente temos atividade das bactéria lácticas, das quais deve-
mos favorecer as homofermentativas, já que estas produzem exclusivamente ácido
láctico, conforme explicado na Fase 2.
OTIMIZAÇÃO DA FASE 3
Para otimizar esta fase tudo o que podemos fazer é utilizar um inoculante
que possua alta concentração bacteriana e composto de bactéria lácticas homofer-
mentativas de alta eficiência, como foi explicado na otimização da Fase 2.
» FASE 4
Essa fase inicia-se com a abertura do silo para a alimentação. Ela é carac-
terizada por ser uma fase em que a parte frontal do silo entra em contato com o ar,
ou seja, torna-se possível o desenvolvimento de fungos, leveduras e mofos.
Esses organismos estão presentes no ar, mas a principal contaminação
da silagem é da forragem; a única razão pela qual eles ainda não haviam se desen-
volvido é por que não havia oxigênio no meio.
OTIMIZAÇÃO DA FASE 4
Existem quatro procedimentos para otimizar esta fase:
I. COMPACTAR MUITO BEM: A compactação é uma das operações mais
importantes para se obter uma silagem de boa qualidade, pois é compactando bem
que expulsamos o máximo de ar de dentro do silo e tornamos o meio anaeróbico,
ou seja, sem a presença de oxigênio. Para uma boa compactação devemos observar
que a largura do silo seja de pelo menos uma vez e meia a largura do trator utiliza-
do, os pneus do trator sejam o mais finos possíveis e a forragem seja picada em
pedaços de até 2cm. No caso de silagens de grão úmido é essencial para uma boa
compactação termos uma umidade de aproximadamente 35%.
II. FEEDOUT 1: A alimentação do rebanho deverá ser de pelo menos
20cm da frente do silo por dia, pois em média, em um silo bem compactado, é esse
o tanto que o ar infiltrará no silo.
III. FEEDOUT 2: A retirada de silagem deverá ser feita de maneira mais
próxima do ideal que seria se pudéssemos cortar uma fatia perfeita da frente do
silo.
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IV. INOCULAÇÃO ESPECÍFICA: Existem inoculantes específicos no mer-
cado para melhorar a estabilidade aeróbica da silagem, como o KERA-SIL GRÃO
ÚMIDO ou KERA-SIL CANA. Esses inoculantes têm em sua formulação, além de
bactérias lácticas, bactérias propiônicas que transformam o ácido láctico em ácido
propiônico, substância que tem propriedades fungistáticas, ou seja, impede o de-
senvolvimento de fungos, leveduras e mofos. Esses inoculantes foram formulados
especificamente para silagens de grão úmido e cana devido aos seus problemas
com mofos e leveduras.
Ponto de Colheita
O ponto de colheita é um parâmetro fundamental para a qualidade da
silagem que depende essencialmente da maturidade da planta e de sua umidade. A
maturidade da planta é importante pois esta assegura a quantidade necessária de
açúcares para a fermentação bacteriana e o melhor valor nutricional para o rebanho.
Já a umidade é importante pois esta favorece a compactação, que é um aspecto
importante para otimizar a anaerobiose dentro do silo, e assim, preservar melhor o
valor nutritivo.
A seguir apresentamos algumas informações que podem auxiliar na de-
terminação do ponto de colheita ótimo de algumas forragens
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Manual de Ensilagem
>MILHO
O milho deve ser colhido com aproximadamente 28-35% de matéria-
seca. Isso pode ser observado pela linha do leite, quando ela estiver entre 1/2 e 2/3
do grão a colheita já pode ser feita. A escolha entre 1/2 e 2/3 depende também da
velocidade de colheita da propriedade. Em propriedades que tem a possibilidade de
realizar a colheita rapidamente, recomenda-se colher com 2/3 da linha de leite, pois
é nesse ponto que observa-se a maior produção de NDT. Já em propriedades onde
a colheita é mais demorada, recomenda-se inicia-la quando a linha de leite estiver
em 1/2 para não correr o risco de ensilar o milho com maturidade muito avançada,
ou seja, com baixa digestibilidade.
>SORGO
O sorgo deve ser colhido com aproximadamente 30-33% de matéria
seca, na fase de grão farináceo. Isso ocorre aproximadamente com 100-110 dias.
>GRÃO ÚMIDO
O ponto de colheita do grão de milho para ensilagem deve ocorrer quan-
do a matéria seca estiver entre 62 a 70%. Neste ponto o grão apresenta seu melhor
aproveitamento com relação ao amido presente e a digestibilidade. Com matéria
seca inferior a 62% temos perda na produção do amido, com valores superiores a
70% teremos perda na digestibilidade.
>FORRAGEIRAS DE INVERNO
(azevém, aveia, cevada, centeio, triticale, trigo, alfafa)
O ponto ideal do corte é o estágio vegetativo, quando a forrageira atinge
de 25 a 30cm de altura. A altura do corte deve ficar a +/- 8cm do solo, pois um corte
muito rente ao solo prejudicará o rebrote da cultura, além de levar terra para dentro
do silo. O corte neste estágio, no entanto, proporciona um material com umidade
elevada, em torno de 85%, necessitando-se pré-secagem até atingir matéria seca
de 25 a 35% para ensilagem em silo trincheira ou superfície. O murchamento da
planta durante 4 a 6 horas, com clima propício, permite atingir um bom nível para
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ensilagem. Quando o material cortado vai ser ensilado em silos de superfície ou
trincheira a planta deve ser picada no tamanho de 2 a 4cm. Silos plásticos (silopa-
cks tubulares) estão sendo muito utilizados para ensilagem de material pré-secado,
principalmente, pela facilidade de comercialização da silagem. Nestes silos, a maté-
ria seca deverá estar entre 35% e 45%.
>CANA-DE-AÇÚCAR
O período mais recomendado é a época da seca, porque é nele que a
cana apresenta maior teor de açúcares. A colheita pode ser manual ou mecânica.
Para a colheita mecânica é necessário utilizar colhedeira de grande porte, associada
a trator de potência compatível. Devido ao alto teor de sacarose e sua solubilidade, é
imprescindível o uso de inoculantes que iniciem o processo de fermentação o mais
rápido possível. Deve-se dar preferência a inoculantes que produzam alguns ácidos
orgânicos, tais como o ácido propiônico devido ao seu poder fungistático. Inoculan-
tes que produzem somente o ácido láctico devem ser evitados, já que se necessita,
nesta silagem, além da diminuição de pH produzida pelo ácido láctico, também da
atividade fungistática do ácido propiônico, que inibe a formação de álcool.
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Manual de Ensilagem
Aspectos mecânicos
>TIPOS DE SILO
Existem diversos tipos de silos e a sua escolha dependerá de diversos
fatores, tais como: disponibilidade de maquinários, mão de obra, topografia e mate-
rial usado. Pode-se destacar: tipo trincheira, de encosta, cisterna, aéreo, superfície,
bolas e bags.
>TAMANHO DA PARTÍCULA
Não existe uma recomendação única para todos os materiais a serem
ensilados. Para cada tipo de material devemos seguir a recomendação abaixo:
• Silagem de sorgo e milho planta inteira – Duas condições devem
ser consideradas: o tamanho das fibras e a quebra dos grãos de milho. Geralmen-
te, tamanhos de partículas em torno de 0,5 a 2,0cm são eficientes para estimular
ruminação e adequados para quebrar os grãos de milho. Não podemos esquecer
que quando plantamos milho para utilizar a planta inteira, estamos interessados em
aproveitar o amido presente nos grãos.
• Silagem de gramíneas – Partículas grandes dificultam a compactação.
Em geral, partículas de 2 a 5cm promovem boa compactação e ruminação eficiente
nos animais.
• Silagem de grão úmido de milho – Neste caso, o importante avaliar é
a digestibilidade do material. Maior digestibilidade pode ser conseguida reduzindo
o tamanho da partícula do material. Conseqüentemente, a silagem de grão úmido
deve preferencialmente ter uma textura mais fina, evitando a presença de grãos
inteiros. Texturas mais finas propiciam melhor fermentação e compactação, bem
como maior digestibilidade.
• Silagem de cana – Apesar da planta de cana de açúcar não ser muito
rica em fibra detergente neutra, é muito rica em lignina que é uma fibra de baixo
valor nutricional. O melhor aproveitamento do material é conseguido com partículas
entre 0,5 a 1cm.
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usada vai depender do inoculante utilizado bem como da concentração requerida
no material a ser ensilado.
>TEMPO DE ENCHIMENTO
Encontramos freqüentemente na literatura que o silo deverá ser cheio e
fechado em um dia; na prática, sabemos que nem sempre é possível. Entretando,
devemos ter em mente que o ideal é um dia e portanto, quanto mais perto chegar-
mos ao ideal, melhor será a qualidade da silagem final.
>COMPACTAÇÃO
A compactação é fundamental para a qualidade final da silagem: Ao ex-
plusar o ar presente entre as partículas de forragem, ela minimiza as perdas por
respiração, melhora a estabilidade aeróbica da silagem e aumenta a capacidade de
estocagem do silo. Guarda-se mais matéria seca por metro cúbico de silo.
>VEDAÇÃO
Cheio e compactado o silo deve ser vedado completamente com lona
plástica, de alta resistência. Sobre a lona, o ideal é colocar um peso para eliminar
o ar entre a silagem e a lona, por exemplo: terra ou outro material similar pesado
sobre a lona. Esta cobertura deve ultrapassar em pelo menos um metro a lateral do
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Manual de Ensilagem
silo e um peso adicional deve ser colocado ao longo de toda a parede para impedir
a entrada de ar ou de água.
Fazer o acabamento do silo de forma abaulada, evitando silos chatos e
a entrada de água.
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Interpretando análises da forragem
MS – Matéria Seca: depende muito do tipo de forragem. Normalmente
está entre 15% e 50%.
19
Manual de Ensilagem
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UFC de Leveduras: é a quantidade de células de leveduras. Concentra-
ções superiores a 3 x 105UFC/g de silagem podem causar aquecimento do silo e
grandes perdas nutricionais.
Mofos: sua presença em altas contagens é um indicativo de que a ve-
dação do silo não foi adequada, ou que a compactação não foi bem feita. O seu
desenvolvimento causa a maior parte do aquecimento dos silos.
>GRÃO ÚMIDO
DEFINIÇÃO:
Silagem de grãos úmidos é uma prática que permite a armazenagem de
sua safra da maneira mais econômica e eficaz, melhorando muito os rendimentos
da sua propriedade.
VANTAGENS:
• Libera a terra mais cedo;
• Evita problemas de grãos ardidos;
• Não tem descontos de umidade, impurezas, ou transporte;
• Não tem impostos;
• Melhora o ganho de peso e sanidade dos animais;
• Aumenta a lucratividade da sua propriedade;
COMO FAZER:
01 – O milho deve ser colhido com umidade entre 25% e 40%. A pre-
sença de sabugo e outras impurezas deve ser evitada ao máximo, portanto deve-se
escolher um híbrido que debulhe bem com alta umidade.
02 – Após a colheita o milho deve ser IMEDIATAMENTE moído e ensila-
do, poderá ser utilizado o mesmo moedor de grãos secos, apenas precisamos de
uma peneira maior.
OBS: A granulometria da moagem dependerá da espécie ou categoria de
animais que iremos alimentar.
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Manual de Ensilagem
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>AVEIA E CEVADA CERVEJEIRA GRÃO PASTOSO
A partir do estágio de grão leitoso e pastoso, o teor de matéria seca tanto
na silagem de aveia como a silagem de cevada cervejeira situa-se entre 30 a 35%,
desde que sejam feitos tratamentos com fungicidas para doenças foliares. Caso
ocorra perda de área foliar por ocorrência de doenças fúngicas, o teor de matéria
seca fica em torno de 40%, o que vai dificultar a compactação do silo.
Devido ao alto valor energético da silagem de aveia e cevada na fase
de grão pastoso, é importante que o pique da forragem seja de 1cm, afim de que
possibilite uma boa compactação no silo, e não ocorra desestabilidade aeróbica e
aquecimento na fase de utilização da silagem.
Silagens de aveia e cevada no estágio de grão duro apresentam um teor
de matéria seca em torno de 50%.
Em experimento que conduzimos com cevada cervejeira, concluímos
que o ponto ideal de corte é a fase de grão pastoso, conforme mostra a tabela a
seguir.
Nesta fase o nível de proteína bruta é maior na fase de grão duro por Kg
de material ensilado, porém a digestibilidade e o consumo voluntário são melhores
na fase de grão pastoso, comparativamente com a fase de grão duro e grão leitoso.
O nível energético da silagem também é superior no grão pastoso. Na fase de grão
duro (MS de 54,49%) ocorreram dificuldades de compactação.
Em termos de valor relativo do aumento, a fase de grão pastoso apresen-
ta o melhor resultado e a fase de grão leitoso o pior resultado.
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Manual de Ensilagem
>PRÉ-SECADO
» CORTE
Para se obter bons resultados com silagens pré-secadas é necessário
atentar para os seguintes pontos:
• Regular bem o equipamento de corte para evitar perdas;
• Afiar bem as facas;
• Cortar numa velocidade do trator não maior que 10Km/hora;
• Cortar de 6 a 8cm de altura para preservar o rebrote.
» RECOLHIMENTO
O recolhimento deve ser feito quando o teor de matéria seca deve atingir
de 25 a 35%.
O pique da silagem pré-secada deve ficar entre 2 a 4cm, quando ensilar-
mos culturas de inverno até o emborrachamento. Teremos mantido um bom valor
estrutural da forrageira, e no silo teremos outras vantagens tais como:
24
• Durante a ensilagem o material pré-secado é melhor distribuído no
silo.
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Manual de Ensilagem
>CANA-DE-AÇÚCAR
Provavelmente uma das culturas mais difíceis de ensilar. Deve-se ter
atenção em alguns fatores que são decisivos para a obtenção de uma boa silagem:
1 – Colher quando o teor de açúcar estiver no máximo. Este ponto acon-
tece em torno de 1 (um) ano e meio após o plantio, para o primeiro corte e nos
cortes subseqüentes, após 1 (um) ano.
OBS: Atualmente, há centros de pesquisa desenvolvendo variedades
mais precoces.
2 – Evitar a contaminação com terra. A cana traz para o silo microrganis-
mos indesejáveis em tão maior quantidade quanto mais terra vier com a forragem.
3 – Proceder a picagem do material em partículas menores, seguindo
as especificações já mencionadas, para garantir uma fermentação mais rápida com
perdas menores.
4 – Usar inoculantes específicos, como por exemplo, os que possuem
bactérias produtoras de ácido propiônico.
>CAPIM-ELEFANTE
Devido ao alto índice de umidade do capim-elefante, é importante a ob-
servação de alguns aspectos:
1 – Colher o material no ponto correto; caso contrário, deixar murchar.
2 – O capim deve estar com mais de 20% de matéria seca. Isto ocorre
entre 70 a 90 dias.
26
1) O inoculante deverá ter uma determinada quantidade de células de
bactérias, que garanta a inoculação mínima de 200.000 células por gra-
ma de silagem;
P x C
1.000.000
Onde:
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Manual de Ensilagem
2 x 100.000.000.000
= 2000.000UFC
1.000.000
KERA-SIL
» BENEFÍCIOS
• Melhora a digestibilidade da forragem;
28
• Aumenta a proteína disponível. Há um acréscimo de 11% nas proteínas
digeríveis no intestino.
» O MECANISMO
Forragem
fresca pH 6,5 p Pediococcus acidilactici p pH 5,0
pH 5,5 p Lactobacillus plantarum p pH 4,0 Silagem
estável
» EFICIÊNCIA
• KERA-SIL reduz a fase de respiração da planta depois do corte, reduzin-
do as perdas de açúcares segundo a seguinte reação:
Açúcar + Oxigênio p CO 2
+ água + calor
• Depois de 10 horas a respiração para
» MODO DE USAR
• Dissolver o inoculante em água limpa e sem cloro, em proporções que
assegurem o uso das dosagens recomendadas.
» DOSAGENS
• 1 (um) sachet de 200g para 50 toneladas de silagem.
• 1 (um) sachet de 1kg para 250 toneladas de silagem.
Inocula a forragem com 320.000UFC/g de material ensilado.
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Manual de Ensilagem
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KERA-SIL GRÃO ÚMIDO
KERA-SIL GRÃO ÚMIDO combina a eficiência da bactéria láctica na di-
minuição do pH com a ação fungistática da bactéria propiônica. Esta sinergia entre
ambas impede o desenvolvimento de bactérias indesejáveis (graças à diminuição
rápida do pH) e também de fungos e leveduras (devido à produção de ácido propi-
ônico).
» BENEFÍCIOS
• Inibe a formação de toxinas;
» O MECANISMO
Açúcares p Lactobacillus plantarum p Ácido Láctico
Ácido Láctico p Propionibacterium p Ácido Propiônico
» PRINCÍPIO DE ATUAÇÃO
Ácido Láctico p Diminuição de pH p estabilidade a
bactérias indesejáveis (estabilidade anaeróbica)
» MODO DE USAR
• Dissolver o inoculante em água limpa e sem cloro em proporções que
assegurem o uso das dosagens recomendadas.
31
Manual de Ensilagem
» DOSAGENS
• 1 (um) sachet de 200g trata 50 toneladas de silagem quando o grão é
moído fino. Inocula o grão úmido com 180.000UFC/grama de material
ensilado.
32
48000
43200
38400
Testemunha
33600
28800
Inoculado
UFC/g 24000
19200
14400
9600
4800
0
abertura 2 dias 4 dias
KERA-SIL CANA
KERA-SIL CANA combina a eficiência da bactéria láctica na diminuição
do pH com a ação fungistática da bactéria propiônica. Esta sinergia entre ambas
impede o desenvolvimento de bactérias indesejáveis (graças à diminuição rápida do
pH) e também de fungos e leveduras (devido à produção de ácido propiônico).
» BENEFÍCIOS
• Inibe a produção de álcool e preserva o valor energético da cana;
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Manual de Ensilagem
» O MECANISMO
Açúcares p Lactobacillus plantarum p Ácido Láctico
Ácido Láctico p Propionibacterium p Ácido Propiônico
» PRINCÍPIO DE ATUAÇÃO
Ácido Láctico p Diminuição de pH p
estabilidade a
bactérias indesejáveis (estabilidade anaeróbica)
» MODO DE USAR
• Dissolver o inoculante em água limpa e sem cloro, em proporções que
assegurem o uso das dosagens recomendadas.
» DOSAGENS
• 1 (um) sachet de 200g trata 50 toneladas de silagem de cana. Isto equi-
vale a uma inoculação de 240.000UFC/grama de material ensilado.
34
Síntese
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Manual de Ensilagem
COLHER NO PONTO
CERTO
Milho: estágio pastoso EVITAR ENTRADAS
COMPACTAR MUITO BEM
duro DE AR
Pasto: início da UTILIZAR UM
espigação INOCULANTE DE
ALTA EFICIÊNCIA
ADAPTAR O TAMANHO DO
PICAR EM PEDAÇOS TRABALHAR DE SILO AO CONSUMO
PEQUENOS MANEIRA LIMPA Usar uma fatia de no
mínimo 20cm/dia
Anotações
36
37
Manual de Ensilagem
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Se você tem alguma sugestão em relação a este
manual, por gentileza envie-a para:
www.graphiadesign.com.br